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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Da nona a décima segunda semana .................. 4 3. Da décima terceira a décima sexta semana .. 6 4. Da décima sétima a vigésima semana .............. 7 5. Da vigésima primeira à vigésima quinta semana ............................................................................... 8 6. Da vigésima sexta à vigésima nona semana ............................................................................... 8 7. Da trigésima à trigésima quarta semana ......... 9 8. Da trigésima quinta à trigésima oitava semana ............................................................................... 9 9. Nascimento ................................................................11 Referências Bibliográficas ........................................14 3EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO 1. INTRODUÇÃO O período gestacional é dividido em três trimestres: o rápido crescimento do corpo e com a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas. Os eventos são marcados por: Formação de todos os principais sistemas 0-12 semanas Crescimento em tamanho Visível principais anomalias 12-24 semanas Aumento de peso 24-36 semanas Primeiro trimestre Segundo trimestre Diminuição relativa do cresciemnto da cabeça comparado ao corpo Taxa de crescimento elevada Ganho de peso significativo nas últimas semanas Terceiro trimestre Neste material, iremos falar do perío- do que compreende a nona semana ao nascimento, denominado período fetal. O desenvolvimento durante esta fase é basicamente relacionado com Períodos de crescimento contínuo se alternam com intervalos prolongados de ausência de crescimento. As mu- danças vão ocorrendo no período de 4 a 5 semanas. SE LIGA! Eventos marcantes do período fetal: Crescimento corporal, aumento de peso, maturação dos tecidos, órgãos e dos sistemas e significativa mudança na forma e dimensões do corpo. 4EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO Figura 1. Nesta imagem, os estágios foram desenhados de modo a ficar com a mesma altura total, a proporção do tamanho está representada na figura 2. O número abaixo do feto, indica as semanas. Fonte: MOORE, 2008 2. DA NONA A DÉCIMA SEGUNDA SEMANA No início da nona semana a cabeça é quase metade do CR do feto (ver box conceito). Em seguida, há uma rápida aceleração do crescimento do corpoe, no final de 12 semanas, o feto já tem o dobro do comprimento (figura 2). A cabeça para de crescer e isso faz com que proporcionalmente, ela “diminua” em relação ao corpo, porém ela ainda está desproporcionalmente grande. A face do feto também muda, pois na 12 semana, os centros de ossificação primária já aparecem, especialmen- te no crânio e nos ossos longos. Os membros superiores já alcançam seu 9 12 16 38 comprimento final relativo, enquanto que os membros inferiores ainda não. A genitália externa de homens e mu- lheres parece semelhante até o final da nona semana. A sua forma fetal madura não está estabelecida até a 12ª semana. CONCEITO! Para as medições do com- primento do feto são realizadas de for- ma diferente. Assim, CR = comprimento do topo da cabeça até as nádegas. Esta medida é utilizada para determinar o ta- manho e a idade provável do feto. 5EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO Figura 2. Fonte: MOORE, 2008. Figura 3. Características: cabeça grande, costelas car- tilaginosas e intestino no cordão umbilical (seta). Fonte: MOORE, 2008. 12 16 20 24 28 32 36 38 Na metade da 10ª semana, as alças intestinais são visíveis na extremi- dade proximal do cordão umbilical. Na 11ª semana, o intestino já retorna para o abdome (figura 3). Em 9 se- manas, o fígado é o local de formação das hemácias (eritropoese), e depois, com 12 semanas, o baço assume esta função. 6EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO A formação de urina começa período (9 a 12 semanas). Esta urina forma o líquido amniótico, onde o feto reab- sorve uma parte e depois degluti. 3. DA DÉCIMA TERCEIRA A DÉCIMA SEXTA SEMANA O crescimento é muito rápido duran- te este período. A cabeça “diminui” mais e os membros inferiores ficam mais compridos. O feto começa a se movimentar, porém são muito dis- cretos para serem percebidos pela mãe, mas visíveis na ultrassonografia (USG). A ossificação do esqueleto é ativa e os ossos já podem ser visto na USG no início de 16 semanas. Com 16 semanas, os ovários se diferen- ciam e contém folículos primordiais com ovogônias. Além disso, já é pos- sível reconhecer a genitália externa e os olhos vão para a posição anterior na face (que antes era anterolateral). O feto tem 11 cm. Cabeça metade do CR Rápida aceletação crescimento Genitália externa não identificável Centro de ossificação 9-12 semanas Figura 4. Feto de 13 semanas. Fonte: MOORE, 2008. 7EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO 4. DA DÉCIMA SÉTIMA A VIGÉSIMA SEMANA O crescimento fica mais lento, mas continua. Os movimentos fetais já conseguem ser percebidos pela mãe. Os pés são cobertos por verniz caseosa (semelhante a um material gorduroso) que protege a pele do bebê da exposição do líquido amni- ótico. Com 20 semanas, seu corpo é coberto pelo lanugo (penugem deli- cada que recobre o corpo todo), que ajuda a manter a verniz caseosa presa na pele. A gordura parda se desenvolve, principalmente na base do pescoço, posterior ao esterno e na área perirrenal; e é o local de produção de calor pela oxidação de ácido graxo. Com 20 semanas, os testículos começam a descer, mas vão até a parede abdominal poste- rior ainda. O feto tem 300g. Figura 4. Feto de 17 semanas. Fonte: MOORE, 2008. Cabeça ereta Olhos em posição anterior11 cm Genitália externa reconhecível 13-16 semanas Crescimento lento Movimentos fetais percebidos pela mãe Cabelo e lanugo 13-16 semanas 8EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO 5. DA VIGÉSIMA PRIMEIRA À VIGÉSIMA QUINTA SEMANA O feto ganha peso, fica com 600g. A pele fica enrugada e mais translúcida. A cor da pele é de rosa a vermelha em espécimes frescos, pois o sangue é vi- sível nos capilares. Com 21 semanas, começam os movimentos rápidos dos olhos. Com 24 semanas, os pneumó- citos tipo II dos septos interalveolares do pulmão começam a secretar o sur- factante, porém o sistema respirató- rio ainda é imaturo. Unhas das mãos também se desenvolvem. SE LIGA! Embora um feto com 22-25 semanas possa sobreviver, a chance de morte é elevada, devido a imaturidade do sistema respiratório. 6. DA VIGÉSIMA SEXTA À VIGÉSIMA NONA SEMANA Os pulmões e os vasos pulmonares já possuem capacidade de realizar troca gasosa adequada. O SNC já amadu- receu e consegue controlar movimen- to respiratório e a temperatura corpo- ral. O feto começa a dormir 90% do tempo e os outros 10% são marcados pelo reflexo do susto (movimentos de autodefesa) – início do funcionamento do ciclo circadiano. Com 26 semanas, as pálpebras abrem. A gordura sub- cutânea desenvolve-se, eliminando as rugas. O baço realiza hematopo- ese. Com 28 semanas, a eritropoie- se no baço cessa e a medula óssea assume esta função, tornando-se o principal local deste processo. O feto pesa 1,1 Kg. Ganho de peso Pele rosa, enrugada e translúcida Pneumócitos tipo II > surfactante 17-25 semanas 9EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO 7. DA TRIGÉSIMA À TRIGÉSIMA QUARTA SEMANA A pele é rosada e lisa. A quantidade de gordura amarela aumenta de 3,5% para 8%, o que dá aos braços uma aparência mais cheia. O feto pesa 2,2 Kg e tem 40cm. integrativas. O crescimento fica mais lento, e geralmente, ganha cerca de 14g por dia, com a circunferência da cabeça e abdome quase iguais, po- dendo o do abdome superar poste- riormente. Atinge cerca de 3,4 kg e 50 cm, na 36ª semana. Com 37 se- manas o tamanho do pé é um pou- co maior que o comprimento do feto, sendo inclusive um parâmetro para definir IG pela USG. Observe no gráfico abaixo a veloci- dade do crescimento fetaldurante o último trimestre. O gráfico permane- ce em ascensão até por volta de 34 semanas, quando nota-se uma desa- celeração e, após 36 semanas, a ve- locidade de crescimento se desvia da linha reta. O declínio, particularmente após chegar a termo (38 semanas), provavelmente reflete a nutrição ina- dequada causada por mudanças na placenta. Troca gasosa SNC: controle respiração e temperatura Eritropoiese: baço > MO Ciclo circadiano 26-29 semanas gordura corporal Pele lisa e rosaUnhas presentes 30-34 semanas 8. DA TRIGÉSIMA QUINTA À TRIGÉSIMA OITAVA SEMANA Esta é uma fase de “acabamento”. O SN fica maduro e efetua as funções 10EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO Gráfico 1. Velocidade de crescimento fetal último trimestre. A média refere-se a crianças nascidas nos Estados Unidos Figura 5. Recém-nascido com 34 semanas. Fonte: MOORE, 2008. 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Média Fumantes Mães mal nutridas Gêmeos 26 30 34 38 Semanas desde a fertilização 11EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO 9. NASCIMENTO Quando a termo, os fetos normais geralmente pesam cerca de 3.400 g e têm medida CR de 360 mm. A quantidade de gordura amarela é de cerca de 16% do peso corporal. O Fase de acabamento Funções interativas Circunferência cabeça e abdome iguais 35-38 semanas 3.400 gramas, 50 cm de comprimento, 36 cm (CR) Testículo no escroto, geralmente Tórax saliente Nascimento tórax é saliente e as mamas fazem leve protrusão em ambos os sexos. Normalmente, em fetos masculinos a termo, os testículos estão no es- croto; meninos prematuros comu- mente apresentam testículos que não desceram. Apesar de a cabeça do feto a termo ser bem menor com relação ao resto do corpo quan- do comparada ao que era no início da vida fetal, ela ainda é uma das maiores partes do feto. 12EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO IDADE (SEMANAS) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS EXTERNAS 9 Cabeça grande e mais arredondada Pálpebras fechando-se ou fechadas Genitália externa ainda não identificável como masculina ou feminina Intestinos na parte proximal do cordão umbilical. Orelhas em posição baixa 10 Intestinos no abdome Desenvolvimento inicial das unhas das mãos 12 Sexo distinguível externamente. Pescoço bem definido 14 Cabeça ereta. Olhos colocados anteriormente. Orelhas em posição próxima à definitiva. Membros inferiores bem desenvolvidos. Início do desenvolvimento das unhas dos pés 16 Orelhas externas destacam-se da cabeça 18 Verniz caseosa cobre a pele. Movimentos sentidos pela mãe 20 Cabelos e pelos do corpo (lanugo) visíveis 22 Pele enrugada, translúcida, com tonalidade rósea a vermelha 24 Unhas das mãos presentes Corpo magro 26 Pálpebras parcialmente abertas Cílios presentes 28 Olhos bem abertos Com frequência, boa quantidade de cabelos presente Pele levemente enrugada 30 Unhas dos pés presentes Corpo ficando gordinho Testículos descendo 32 Unhas das mãos chegam às pontas dos dedos Pele lisa 36 Corpo geralmente gorducho Lanugo (pêlos) quase ausente Unhas dos pés chegam às pontas dos dedos Membros flexionados; mãos fechadas firmemente 38 Tórax saliente; mamas fazem protrusão Testículos no escroto ou palpáveis nos canais inguinais Unhas das mãos ultrapassam a ponta dos dedos Tabela 1. Principais características do período fetal. Adaptado de Moore, 2018. 13EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO MMII ↑ cabeça ↑ Movimentos perceptíveis na USG Desenvolvimento ovários Genitália externa reconhecível Pele: vernix caseosa > lanugo NONA SEMANA - NASCIMENTO9ª - 12ª semana 13ª- 20ª semana 21ª-29ª semana Nascimento 30ª-38ª semana Cabeça quase metade do cabeça-nádega (CR) Rápida aceleração crescimento Centro de ossificação (crânio, ossos longos) Eritropoiese no fígado > baço Formação urina Ganho de peso Sistema respiratório: pneumócito tipo II> surfactante SNC: respiração e temperatura Eritropoiese: baço > MO (28 sem) 3.400 gramas, 50 cm de comprimento, 36 cm (CR) Testículo no escroto, geralmente Tórax saliente Pele rósea + lisa Mais gordura (8%) Crescimento lento Ganho de peso Funções interativas Fase de acabamento MAPA MENTAL – EMBRIOLOGIA DA 9 SEMANA AO NASCIMENTO 14EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Moore. Embriologia Clínica. 8ª edição, 2008. Histologia e Embriologia – Flávia Porto. 1ª Edição SESES. Rio de Janeiro, 2013. 15EMBRIOLOGIA DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO
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