Buscar

6 - NACIONALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NACIONALIDADE - Prof. Augusto Lewin
Nacionalidade origina-se do vínculo existente de um indivíduo para com o seu país, possibilitando que essa pessoa seja um componente do elemento “povo” desse Estado.
A aquisição da nacionalidade pode ser primária (orginária), normalmente de forma involuntária, normalmente pelo nascimento ou pela ligação sanguínea com o Estado dos genitores daquele nacional. 
De outro lado, a aquisição da nacionalidade poderá ser secundária (por derivação), de forma voluntária, pois o interessado apesar de já possuir uma nacionalidade primária, se predispõe a adquirir outra ou substituir a primeira.
O que vem a ser Polipátrida e Heimatlos?
Polipátrida – aquele que possui mais de uma nacionalidade.
Heimatlos (expressão alemã) – aquele que não possui nenhuma nacionalidade.
Modos de aquisição da nacionalidade na Constituição Brasileira
Nacionalidade primária
A aquisição da nacionalidade primária na Constituição Federal, art. 12, I da CF, de 2 (duas) formas distintas, seja pelo nascimento no território brasileiro (ius solis) ou pela via sanguínea de genitor ou genitores brasileiros (ius sanguinis).
A Constituição Federal descreve a nacionalidade primária de indivíduo como sendo brasileiro nato, em diversas hipóteses enumeradas ao longo das alíneas do inciso I do art 12 da F:
Ius loci ou ius soli: critério de aquisição da nacionalidade usado em razão do “local” do nascimento, no caso o território (“solo”) nacional, desde que respeitado os requisitos previstos na alínea a).
“a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;”
Ius sanguinis: critério de aquisição da nacionalidade usado em razão de ao menos um dos genitores ser brasileiro no estrangeiro a serviço da República Federativa do Brasil, isto é, por circular nas veias daquele que não nasceu em solo nacional sangue brasileiro, principalmente por um dos pais estar em missão exterior pelo Brasil, consoante alínea b). 
“b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;”
Ius sanguinis mitigado: tal critério possibilita ao filho de brasileiro nascido no estrangeiro ser registrado em repartição brasileira, ou que ele, se o genitor nacional assim não o proceder no exterior, resida em algum momento no Brasil, e após a maioridade, opte pela nacionalidade brasileira. 
“c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;”
Nacionalidade secundária
A aquisição da nacionalidade secundária, ou seja, tornar-se um brasileiro naturalizado, implica em adquirir a nacionalidade brasileira única e exclusivamente por vontade própria (naturalização expressa), desde que atendidos aos requisitos previstos no art. 12, inciso II da CF:
Naturalização expressa ordinária: “os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.” – grifos nossos
Ex.: Moçambicano que fixe residência por um ano no Brasil e não seja um maloqueiro, desde que requeira sua naturalização. 
Naturalização expressa extraordinária: “os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.” - grifos nossos
Ex.: Americana que fixe residência no Brasil por 15 (quinze) anos ininterruptos, sem condenação criminal, poderá requerer seja reconhecida como brasileira naturalizada.
Tratado de reciprocidade aos portugueses
Os portugueses, com residência permanente fixa no Brasil, terão os mesmos direitos de nacional brasileiro, desde que seja dispendido o mesmo tratamento a brasileiro em condição similar em Portugal (reciprocidade), salvo exceções constitucionais (art. 12, § 1º da CF).
Obs.: No § 1º não há nenhum tipo de reconhecimento de nacionalidade como tratou o art. 12 nos incisos I e II, apenas tratamento de forma igualitária aos portugueses desde que façam o mesmo em Portugal com os brasileiros, existe apenas equiparação de direitos por reciprocidade.
Prerrogativas de brasileiros natos
A regra constitucional é de igualdade entre brasileiros natos e naturalizados, salvo algumas exceções da própria Constituição Federal (art. 12, § 2º da CF).
À guisa de ilustração, os brasileiros natos detém algumas prerrogativas não concedidas aos brasileiros naturalizados, até por ser um corolário lógico da defesa e proteção nacional a ocupação de alguns cargos públicos relevantes no cenário nacional exclusivamente por brasileiros natos (art. 12, § 3º da CF) :
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
Perda da nacionalidade
A perda da nacionalidade somente acontece por força das hipóteses previstas no art.12, § 4º da Constituição Federal, podendo aplicar-se tanto ao nato como a naturalizado quando a lei não o distinguir:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; - grifos nossos
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. 
O Estado brasileiro não pode extirpar a nacionalidade do seu nato como regra geral, diferentemente do naturalizado como visto nas hipóteses do art. 12, § 4º, inciso I da CF. Contudo, o brasileiro nato e naturalizado poderá perder a sua nacionalidade quando, mediante manifestação expressa manifestação de vontade, adquirir outra nacionalidade secundária ou derivada, salvo exceção do art. 12, § 4ª, inciso II, alíneas a) e b) da CF.
A perda da nacionalidade voluntária pelos brasileiros natos e naturalizados prevista na hipótese do art. 12, § 4º, inciso II da CF, quando não acobertada pelas exceções das alíneas, segue os seguintes requisitos: 
voluntariedade da conduta;
capacidade civil do interessado;
aquisição da nacionalidade estrangeira.
Obs.: Vão brincando de aquisição de nacionalidade dupla ou “dupla cidadania” como diz o povo... 
Ex.: Jogador de futebol malandro que se naturalizou ucraniano para jogar pela seleção daquele país. Suponha esse atleta não agasalhado pelas exceções das alíneas a) e b), inciso II, do § 4º do art. 12 da CF, pelo que, não é mais brasileiro. Logo, terá de ir à guerra separatista contra a Rússia, se convocado pelo exército ucraniano, como também deverá esquecer o Brasil como pátria, a não ser que a Sra. Dilma Rousseff conceda um decreto presidencial de reaquisição da nacionalidade brasileira a esse indivíduo. 
Extradição
A extradição decorre da solicitação de Estado estrangeiro ao Estado brasileiro para o envio de um indivíduo estrangeiro ou brasileiro ao seu território alienígena para responder pelos crimes ali praticados. 
O art. 5º, inciso LI da CF proíbe a extradição de brasileiro nato, porém excepciona essa possibilidade ao brasileiro naturalizado, viável a extradição do naturalizado somente em duas situações: 
se praticar crime comum antes da naturalização. Ex.: caso Cesare Battisti, criminoso julgado e condenado na Itália por terrorismo, supondo fosse ele brasileiro naturalizado (ficção) – argumento da Itália ao Brasil para extradição; 
Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, no caso de comprovadoenvolvimento, não importando o momento da prática do crime. Ex.: Supondo fosse o Sr. Juan Carlos Abadia brasileiro naturalizado (ficção), ele foi corretamente extraditado aos EUA pelo tráfico internacional de drogas por gerir no Brasil e no mundo atividade nociva ao país. 
Vale lembrar que o estrangeiro não poderá ser extraditado em caso de crime político ou de opinião (art. 5º, inc. LII, CF). Ex.: Caso Cesare Battisti, argumento usado pelo governo brasileiro para não o extraditar à Itália, independentemente da nacionalidade dele, pois naquela época na Itália havia forte repressão ao comunismo, fato interpretado pelo governo brasileiro como perseguição política, nunca terrorismo.
Expulsão
A expulsão trata de retirada de estrangeiro do território brasileiro considerado persona non grata (art. 22, X da CF), prevista no artigo 65 da lei nº 6.815/80, possível apenas ao estrangeiro que de qualquer forma atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. 
O parágrafo único do mesmo artigo entende possível a expulsão do estrangeiro que praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou a permanência no Brasil, dentre outros.
Ex.: Morgan Freeman deveria ter sido expulso por FHC quando esfregou em seu órgão genital a bandeira brasileira.
Ex.: Primo do Bin Laden, em visita de férias no Brasil, decide fundar uma ONG da Al-Quaeda ou Estado Islâmico na casa do primo que mora em Foz do Iguaçu. 
Ex.: Law Kin Chong pode ser expulso do Brasil por sua incessante atividade de fomento à sonegação fiscal e pirataria no Shopping 25 de março.
Ex.: Argentino que depois da derrota do seu país na Copa do Mundo de 2014, decidiu xingar o Brasil e brasileiros, atacou os símbolos do nosso país, rasgou e roupa e andou nu pelas ruas tamanho era seu desespero ante o resultado da final do campeonato mundial.
Deportação
Deportação significa devolução do estrangeiro ao seu país de origem, em caso de entrada ou estada irregular no Brasil ou outro país, caso este não se retire voluntariamente do território nacional no prazo fixado, para o país de origem ou outro que consinta no seu recebimento. 
Ex.: Brasileiro que passou anos no território norte-americano sem visto de permanência naquele país. A imigração geralmente captura esse clandestino, joga-o uns dias na prisão, depois o coloca de volta no primeiro voo com destino ao Brasil.
Banimento
Banimento consiste no envio compulsório de brasileiro nato ou naturalizado ao estrangeiro, atitude vedada pelo artigo 5º, inciso XLVIII, d, da Constituição Federal: 
“XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;”
Asilo político ou refúgio
Permissão de permanência no solo brasileiro, concedida a estrangeiro perseguido politicamente em seu país ou vítima de guerras, normatizado na CF/88:
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
(...)
X - concessão de asilo político.
Ex.: Cesare Battisti não deixa de ser um refugiado de seu país por concessão de asilo político por parte do Poder Executivo.
Exílio Político
Cumpre salientar que a noção de exilado surge perante seu próprio país por não querer ou poder nele permanecer por divergências ideológicas ou políticas.
O exilado político no Brasil saia do país por discordar da ditadura militar vigente nos governos de 1964 a 1988, recebendo asilo político em outro país. Lema do governo brasileiro à época: “Brasil, ame-ou ou deixe-o.”. 
Ex. Caetano Veloso era um exilado na Inglaterra, enquanto o ex-deputado Gabeira na Suécia, ao longo desse período.

Continue navegando