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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO ENGENHARIA CIVIL CLÉSIO DE OLIVEIRA RODRIGUES PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO PARA CIDADE DE AÇAILÂNDIA-MA AÇAILÂNDIA 2020 CLÉSIO DE OLIVEIRA RODRIGUES PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO PARA CIDADE DE AÇAILÂNDIA-MA Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Engenharia Civil, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Análise de Sistema de Transporte. Professora Me. Rachel de Andrade Avelar da Silva AÇAILÂNDIA 2020 1 1 INTRODUÇÃO A Realização dessa Proposta de Planejamento de um Sistema de Transporte Urbano (PPSTU) de Açailândia, Maranhão, utilizamos a comparação de outras cidades do Maranhão que possuem características semelhantes tanto em extensão territorial quanto pelo PBI, para concluir de forma satisfatória essa proposta deveríamos envolver a participação da sociedade civil, no qual se incluem os grupos de alunos da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura/Urbanismo, bem como Secretaria Municipal de Planejamento e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo da Prefeitura Municipal de Açailândia, pois a cidade não conta com Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA). Um importante instrumento para realização dessa proposta orientador das ações em transporte coletivo, individual e não motorizado que deverão ser conduzidas pela Prefeitura do Município para atender às necessidades atuais e futuras de mobilidade da população de Açailândia. Este documento tem a finalidade de apresentar uma simples proposta para o início das futuras atividades desenvolvidas ao longo do processo de sua concepção, segundo uma abordagem técnica e comparativa. 2 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS E PRAZOS O crescimento desordenado das cidades produz reflexos negativos sobre os transportes urbanos e leva a cidades menos acessíveis para todos os habitantes. Uma política de investimentos que não favorece o transporte público e uma política de uso do solo que não leve em conta a mobilidade urbana contribuem para o aparecimento de um número cada vez maior de veículos particulares nas ruas, agravando os congestionamentos e gerando uma pressão política por maior capacidade de tráfego das avenidas, túneis e viadutos. O aumento do tempo de viagem provocado pelos congestionamentos faz com que o transporte público fique cada vez mais lento e desacreditado. Em consequência, os moradores procuram os meios de transporte possíveis, com a tendência sempre crescente do aumento do número de automóveis particulares e o surgimento de modos alternativos ao transporte público, tais como vans, táxis e mototáxis. Poucas cidades valorizam e poucos usuários se beneficiam do uso de sistemas de circulação de pedestres ou do uso de veículos não motorizados pelo pouco incentivo por parte das políticas públicas ou outras condições não favoráveis, apesar de serem sistemas que podem ser pensados de forma universalizada, além de oferecem vantagens à saúde e ao meio ambiente. O crescimento do uso de veículos contribui para o aumento da emissão de 2 gases de efeito estufa; o aumento do número de viagens motorizadas significa um aumento de consumo energético por habitante transportado, acarretando uma dependência cada vez maior de fontes de energia não renováveis. Depreende-se que a degradação da qualidade de vida e os custos econômico, social e ambiental relacionados aos transportes urbanos podem ser muito elevados. A insustentabilidade e a iniquidade do atual modelo de mobilidade urbana podem ser medidas e avaliadas através (I) da motorização crescente, (II) do declínio do transporte público, (III) dos altos custos sociais dos congestionamentos, da poluição atmosférica, dos acidentes no trânsito e do consumo de fontes não renováveis de energia, (IV) do agravamento da exclusão social, (V) da carência de recursos humanos capacitados nos órgãos de gestão da mobilidade, (VI) da baixa integração setorial, modal e territorial, (VII) do transporte público ineficiente, caro e inadequado, (VIII) a indefinição de competências em alguns setores – o que favorece a informalidade e dificulta o investimento público e privado – e (IX) da ausência de fontes e instrumentos alternativos de financiamento. A Lei 12.587 de 03/01/2012 compreende que a Mobilidade é um instrumento de desenvolvimento urbano e de promoção do bem-estar social, em um contexto democrático de gestão pública. A nova lei determina que municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar, até 2015, seus Planos de Mobilidade Urbana. As cidades que não os apresentarem no prazo determinado ficarão impedidas de receber verbas federais destinadas à mobilidade urbana. Entretanto, a melhoria real da mobilidade urbana depende também da apreensão do conceito de mobilidade por parte dos diversos entes envolvidos, população e gestores públicos, e de ações e medidas que garantam de fato sua implantação. O Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade, ou simplesmente, PDTUM, propõe políticas e ações condizentes com os princípios, diretrizes e objetivos dispostos na Lei Federal de Mobilidade Urbana e será integrado ao Plano Diretor da cidade. Em suma, o PDTUM atenta à priorização do transporte público coletivo sobre o transporte individual, aos modos de transporte não motorizados, ao uso equitativo do solo urbano, à gestão participativa e democrática e à inclusão social para atender às necessidades atuais e futuras de mobilidade da população. A população e governo de Açailândia - MA já reconhecem a necessidade de se pensar uma nova forma de viver na cidade - com mais qualidade de vida, mais áreas verdes, menos emissões, e menos automóveis. A Lei de Mobilidade Urbana representa uma oportunidade ímpar, ao possibilitar um sistema de mobilidade democrática e sustentável para o município de Açailândia. 3 2.1 OBJETIVOS São objetivos da Proposta de Planejamento de um Sistema de Transporte Urbano (PPSTU) de Açailândia: • Garantir equidade das atividades no território e fortalecimento das centralidades, de forma a minimizar a necessidade de viagens motorizadas e os longos deslocamentos; • Dar suporte às demais ferramentas de planejamento urbano para contenção da expansão horizontal; Garantir o acesso das pessoas com deficiência ou restrição de mobilidade à cidade e aos serviços urbanos; • Dar condições de mobilidade à população residente em áreas desprovidas de infraestrutura de circulação, empregos e serviços, garantindo acesso amplo e irrestrito à cidade; Minimização dos tempos de deslocamento para todos os usuários por meio de um sistema mais eficiente; • Garantia do deslocamento das pessoas em um transporte coletivo de qualidade, integrado e rápido, considerando sua priorização na circulação viária e nos investimentos públicos; Participação da sociedade na resolução dos problemas de mobilidade; Estruturação urbana que aumenta a possibilidade física de deslocamentos por modo coletivo através de adensamento de atividades e de residências ao longo dos corredores de transporte. Mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; • Incentivo ao desenvolvimento cientifico-tecnológico ao uso de energias renováveis e menos poluentes; Integração física, tarifária e operacional dos diferentes modos e das redes de transporte público e privado nas cidades; Incentivar o transporte não-motorizado; • Tornar o transporte coletivo mais atrativo frente ao transporte individual motorizado; • Oferecer um sistema de transporte público coletivo democrático, acessível e eficiente; Promover a segurança no trânsito e reduzir o númerode acidentes; • Buscar soluções para evitar que as rodovias sejam utilizadas para a função urbana; 2.2 PRAZOS A Projeto propõe ações e diretrizes para expandir e racionalizar todo o Sistema de Transporte Urbana por meio de novas infraestruturas, reformulações e novas políticas públicas para a melhor gestão de demanda. As propostas estão ancoradas no sistema viário, sistema de transporte público, gestão de estacionamento público e adequação de infraestrutura para os transportes não motorizados (calçadas, ciclovias e sistema de sinalização). As propostas supracitadas estimadas em cenários futuros, sendo o curto, médio e longo prazo 4 respectivamente 2021, 2026 e 2031 com base na taxa de motorização e seu crescimento correlacionado de maneira linear e a previsão de crescimento da frota do município, também correlacionado linearmente. As propostas possuem seus prazos de influência, sendo de curto, médio e longo prazo. Os eixos e os prazos são explicitados na tabela 02. A tabela 01 indica as propostas classificadas em prazos: Tabela 01 – Propostas classificadas em prazos. Curto (2021) Médio (2026) Longo (2031) Gerenciamento de Estacionamento Gerenciamento de Estacionamento Gerenciamento de Estacionamento Intervenções Viárias Intervenções Viárias Intervenções Viárias Transporte Coletivo Transporte Coletivo Transporte Coletivo Serviço de mototáxi Serviço de mototáxi Serviço de mototáxi Serviços de Táxi Serviços de Táxi Serviços de Táxi Plano de calçadas Plano de calçadas Plano de calçadas Plano cicloviário Plano cicloviário Plano cicloviário Trans. carga e descarga Trans. carga e descarga Trans. carga e descarga Revitalização e recomendações Revitalização e recomendações Revitalização e recomendações Fonte: Prefeitura Municipal de Açailândia, 2020. Escolheremos apenas duas e faremos explicitações que defina sua justificativa, se já é iniciativa do governo, seu detalhamento e sua viabilidade econômica. Vale salientar que se serão necessários estudos mais apurados para determinar a viabilidade real. 3 DIAGNÓSTICO DOS SITEMAS DE TRANSPORTE O sistema de transportes consiste na relação entre o sistema de demanda, que representa os desejos e necessidades dos usuários, e o sistema de suporte com infraestrutura adequada, que inclui tudo que envolve a produção do serviço de transportes, desde a infraestrutura física até o plano operacional. Dessa forma o diagnóstico é uma das etapas iniciais do processo de planejamento e seus resultados são essenciais para a estruturação das etapas subsequentes dentro deste processo. Desta forma, não é possível estruturar um processo de planejamento para o sistema de transportes sem o conhecimento do estado em que se encontra este sistema. A elaboração do diagnóstico de um sistema de transportes considera, essencialmente, comparações entre a oferta do serviço e a demanda manifesta, investigados por meio de técnicas convencionais utilizadas em pesquisas de transportes. Atualmente o município de Açailândia-MA é contemplado por dois modais de transportes, sendo eles o rodoviário e o ferroviário. A oferta do transporte ferroviário do município pode ser considerada bastante seletiva, atendendo a um público alvo bastante específico, fazendo -se necessário sua interconexão com 5 o modal rodoviário para que se tenha sua efetividade. Atualmente uma única empresa atua no sistema de transporte ferroviário, fomentando a demanda de um pequeno grupo de passageiros e sempre com destinos delimitados pelo alcance da malha ferroviária, além de contemplar também a demanda de algumas siderúrgicas no transporte de commodities de ferro, além das commodities agrícolas como soja e milho. No que se refere a infraestrutura ferroviária, o município é cortado por duas ferrovias, a Norte-Sul e a Carajás, e vale lembrar que esta última está em processo de duplicação em toda sua extensão, com suas obras já concluídas dentro do município de Açailândia. Os terminais para o transporte de mercadorias do município são compostos por um entreposto ferroviário que faz conexão com a malha rodoviária, além do uso dos pátios de postos de combustíveis como pontos de conexões, uma base de distribuição de combustíveis, e quatro secadores de grãos que também funcionam como terminais de carga e descarga. Já no tocante ao modal rodoviário, a cidade possui uma oferta bastante ampla, favorecida pela interligação de duas rodovias federais, bem como a conexão com a ferrovia. Devido uma grande quantidade de caminhões dos mais diversos portes, tanto locais quanto sazonais, é possível atender com folga a demanda pelo transporte de mercadorias, de pequeno, médio e grande porte, fracionadas ou a granel, além é claro de um grande número de ônibus rodoviários e coletivos para atender ao transporte de passageiros, dentro e fora do município, e conta também com um sistema de transporte alternativo de passageiros por meio de vans, táxis e mototáxis, que circulam dentro e fora do município. Em relação aos terminais de transporte de passageiros, a cidade conta com uma rodoviária que atende os ônibus, três terminais rodoviários para as vans, além de diversos pontos de parada para táxis, mototáxis e coletivos, posicionados em pontos estratégicos do município. 4 COLETAS DE DADOS O tamanho da amostra (N) pode variar em função do tipo de pesquisa que irá ser realizada. Assim, por exemplo quando se vai fazer uma pesquisa no tráfego ( para estimativa de volume, O/D, Velocidade e outros) pode-se definir a amostra utilizando uma das seguintes expressões: 𝑁 = (𝑍𝛼 x 𝐶𝑉)2 𝐸2 CV= coeficiente de variação (δ/µ) E – nível de precisão desejado (expresso em proporção d/µ) 6 𝑁 = (𝑍𝛼 x ϑ)2 𝑑2 Z – valor do erro padrão da curva normal para o nível de significância α δ - desvio padrão da população d – erro tolerável em relação a média (µ) Os centros urbanos mais próximos são os seguintes: • Imperatriz 67 km • Itinga do Maranhão 59 km • São Francisco do Brejão 41 km • Cidelândia 54 km • Bom Jesus da Selva 100,89 km Tabela 2 - Projeção Populacional PROJEÇÃO POPULACIONAL ANO AÇAILÂNDIA MÉTODO DE PROJEÇÃO ARITMÉTICO GEOMÉTRICO Cenários 1991 83.820 1996 101.427 2000 88.320 2007 97.034 2010 104.047 2016 110.543 PROJEÇÃO POPULACIONAL 2017 111.625 111.665 2020 114.873 115.104 Curto prazo 2021 115.956 116.276 Médio Prazo 2026 121.369 122.326 2031 126.783 128.711 Longo Prazo 2038 134.361 138.253 Fonte: IBGE e Gestão Ambiental (Projeções) 7 46% 25% 15% 9%5% Porcentagem Motocicleta Automóvel Motoneta Caminhonete Caminhão Gráfico 1 - Projeção Populacional superior a 20 anos (2017 – 2038) – Município de Açailândia-MA Tabela 03 – Distribuição de veículos em Açailândia - MA Tipo Quantidade (unidade) Porcentagem Motocicleta 17951 0,44 Automóvel 9884 0,24 Motoneta 5913 0,14 Caminhonete 3367 0,08 Caminhão 1807 0,04 Camioneta 408 0,01 Ciclomotor 238 0,01 Ônibus 276 0,01 Reboque 546 0,01 Semirreboque 340 0,01 Caminhão-trator 250 0,01 Utilitário 105 0,00 Micro-ônibus 132 0,00 Triciclo 22 0,00 Side-car 1 0,00 Total Fonte: IBGE, 2018. Tabela 3 – Distribuição de veículos em Açailândia - MA. Figura 01 – Distribuição de veículos em Açailândia - MA. Fonte: IBGE, 2018. 8 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total Frota auto Frota Moto Figura 02 – Evolução da frota de Açailândia entre 2010 a 2018. Fonte: IBGE, 2018. Diagnóstico/Prognóstico a respeito do Sistema de Mobilidade Urbana de Açailândia, foi desenvolvido a partir da análise de dados secundários - informações sócio demográficas, empregos, matrículas escolares, dados de bilhetagem,dados de GPS e outras informações obtidas da Prefeitura e de dados primários obtidos diretamente em campo - Pesquisa Origem e Destino Domiciliar - PODD, Contagens, FOV, Velocidade de Ônibus e Automóvel, Pesquisa de Imagem, Preferência Declarada e Inspeções de Campo, entre outras ferramentas. Com essas informações foi possível avaliar as condições atuais do Sistema de Mobilidade Urbana da Cidade, identificando os aspectos críticos e os problemas existentes nos cinco grandes eixos do sistema: 1) análise dos aspectos urbanos e socioeconômicos; 2) caracterização do sistema de mobilidade; 3) componentes do sistema de mobilidade; 4) análise especifica do Centro; e 5) organização institucional. 5 ESCOLHA DOS MODELOS A SEREM UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO DE DEMANDA FUTURA Visando avaliar novas estratégias gerenciais e operacionais, além de grandes investimentos na região como um todo, os modelos sequenciais se mostram os mais indicados para que se possa avaliar a demanda futura de transporte no município de Açailândia, pois esta se apresenta em constante crescimento, fazendo se necessários grandes investimentos no médio e curto prazo, com base nas características socioeconômicas do município. Devido ao município apresentar constantes mudanças no uso e ocupação do solo, transformando áreas até então agropecuárias em áreas urbanas, ocasionando com isso um 9 crescimento na circulação de pessoas e uma demanda crescente pelo transporte de mercadorias diversas. A partir do crescimento da demanda, logo a oferta também aumentará visando novas oportunidades de geração de emprego e renda, fazendo se necessário mais investimentos visando a melhoria da infraestrutura voltada para a qualidade de acesso a esses locais, trazendo com isso uma valorização de áreas que até então eram destinadas exclusivamente ao setor agropecuário, transformando-as em áreas de expansão urbana e modificando novamente as características de uso e ocupação dos solos. Cada perfil de demanda possui suas exigências particulares de transporte, que determinam o modo e um sistema preferencial a ser utilizado. Desta forma, não há um sistema de transporte que possa ser definido como “o ideal” para todas as situações. Contudo, existem princípios que se aplicam à maior parte das situações e suas respectivas escolhas. Se a intensidade dessas relações não for acompanhada de um planejamento prévio da estrutura urbana priorizando a legislação de uso do solo e dos sistemas de transportes, pode-se chegar a uma situação caótica, gerada pelo desequilíbrio entre a oferta e a demanda, resultando em constantes congestionamentos e dificuldades na circulação de pessoas e ou mercadorias. 6 ALTERNATIVAS DE OFERTA DE TRANSPORTE O transporte público é parte fundamental da estrutura de funcionamento das cidades, na medida em que propicia mobilidade e acessibilidade da população às diversas atividades urbanas. A consolidação de sistemas de transportes inclusivos, sustentáveis e de qualidade, do ponto de vista econômico e ambiental, passa necessariamente pelo planejamento urbano e regional integrado, sobretudo pela priorização do transporte coletivo, do pedestre e dos modos não motorizados em detrimento ao uso de automóveis. Uma das principais soluções com custos racionais e de rápida implantação para a mobilidade urbana é o Sistema de corredores de ônibus não isolados, mas formando uma rede, como ocorre no Paraná. Além do transporte público, bicicletas, tecnologia de gestão de tráfego, novos modelos de veículos e até as redes sociais podem ajudar o ir e vir das pessoas. Os corredores de ônibus é uma das tendências para a melhoria da mobilidade urbana. Curitiba é considerada exemplo por conta da RIT – Rede Integrada de Transporte, que possui corredores de ônibus, estações para embarque e desembarque e ônibus interligados. Bicicleta, redes sociais e tecnologia também são tendências. Serve para interligar as cidades, atender demandas pontuais, nem sempre necessariamente pequenas, havendo a necessidade não de apenas corredores isolados. O que as 10 cidades precisam é de uma rede de transportes e os corredores de ônibus devem ser pensados em forma de rede também. Criação de estrutura para a circulação de bicicletas, uso de veículos alternativos, de tecnologias de monitoramento e gestão de tráfego e até de redes sociais para deixar as áreas urbanas um pouco melhores para se viver são algumas das ações a serem tomadas em conjunto. As bicicletas como alternativa de transporte público. Elas são os meios de transporte sustentáveis por natureza. Não emitem poluentes, não afetam o trânsito e custam 30 vezes menos do que um carro. Em várias cidades muita gente decide encostar o carro durante alguns dias da semana para ir ao trabalho ou à escola de bicicleta com um custo baixo e o benefício imensurável do bem-estar físico. Várias cidades decidiram implementar um sistema de aluguel de bicicletas em determinados pontos da cidade, bem como investir na construção de ciclovias. Em Barcelona, o sistema Bicing foi implementado há aproximadamente cinco anos, quando a cidade não dava a mínima para a bicicleta enquanto meio de transporte. Depois de pouco tempo, o sistema passou a ser considerado parte inextricável do transporte público metropolitano. O funcionamento é simples: o cidadão pode adquirir um cartão para o aluguel das bicicletas; depois é só passar em um ponto onde os veículos ficam estacionados, passar o cartão em uma leitora digital e, voilà, uma bike já está disponível para uso, e pode ser devolvida em qualquer outra estação onde existam vagas. O metrô paira sob uma aura de solução definitiva para a mobilidade urbana - o ideal máximo de transporte nas metrópoles. Entre passageiros e engenheiros, é referência: mencionado sempre quando surge alguma comparação com outros meios, citado como modelo para as alternativas recentes. Desejado em cidades que não o têm, sendo ampliado naquelas que contam com o sistema, o metrô parece aliar tudo o que mais se visa em um veículo coletivo: velocidade, regularidade, fácil acesso e grande capacidade unidas, ligando pontos distantes. Sistema de transporte urbano elétrico, o metrô conta com alta capacidade de carga e elevada frequência de serviço. É independente do restante do tráfego, pois circula em local próprio, geralmente subterrâneo, mas também pode ocorrer em via terrestre ou elevada, sem interferir no deslocamento de veículos e pedestres em ruas e avenidas. Sobre trilhos, se locomove transportando passageiros com tempo de espera reduzido, e se transforma rapidamente no principal modo de transporte de massa nas cidades em que funciona. 7 AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS (CUSTOS E IMPACTOS) Apesar da grande aceitação, os corredores de ônibus não são unanimidade. O alto investimento público necessário para fazer o sistema funcionar é o principal problema 11 enfrentado pelos governos - e motivo de reconsideração ante alternativas em que o dinheiro privado pode corresponder à maior parte dos recursos utilizados. O sistema metropolitano é tido como a solução duradoura para cidades em que a demanda justifique tamanho investimento. "O metrô é o melhor sistema para se fazer nas grandes cidades". Sua implementação, porém, é dispendiosa. O metrô exige investimentos na casa dos bilhões de reais, principalmente do poder público, enquanto algumas alternativas (de baixa e média capacidade) não ultrapassam a barreira dos milhões e podem receber mais participação privada. Apesar de ser o meio mais viável e econômico, sem contar os benefícios para a saúde e para o meio ambiente, existem pelo menos três desafios para que o modelo caia nas graças da população: o primeiro é integrar as bicicletas ao sistema de transporte urbano; o segundo é disponibilizar um bom número de bicicletas e estações em localidades estratégicas da cidade; eo terceiro é desburocratizar o sistema de aluguel. 8 ESCOLHA DA ALTERNATIVA Diante dos dados apresentados pode-se perceber que a melhor alternativa para melhorar o transporte pública na cidade de Açailândia é a criação dos corredores de ônibus, atrelando a infraestrutura necessária para a implantação desse sistema, vias para ciclistas. Com base nos dados de projeção de crescimento populacional da cidade de Açailândia para os próximos anos, seria criado um plano com o projeto de implantação desta alternativa de transporte, onde levaria vários anos para a sua implantação com base no desenvolvimento social e o crescimento populacional. Conforme a população for crescendo, a prefeitura iria ampliando o sistema de forma controlada e planejada. Concomitantemente a implantação do sistema de corredores de ônibus seria implantado o sistema de bicicletas que é ecologicamente correto. Apesar da cidade de Açailândia ter um clima tropical típico da região Nordeste, as bicicletas são uma excelente alternativa de transporte para parte das horas iniciais da manhã, final da tarde e noite. E no projeto das ciclovias seria incluso a arborização que seria de ótima valia para os ciclistas utilizarem nos horários mais quentes. São duas alternativas viáveis para a cidade de Açailândia, no entanto os investimentos não devem ser concentrados apenas em infraestrutura, mas também em educação, para que as pessoas possam ser conscientizadas da importância de utilizar estes sistemas de transportes. Nas escolas deverá ter aulas que enfatizem desde as crianças até os jovens a importância de utilizar estes sistemas. Isto fará com que a mentalidade social mude, e as pessoas passarão a 12 utilizar mais os coletivos do que veículos particulares, que por sua vez gerará recursos que justifiquem e mantenham o sistema. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme os dados apresentados da cidade de Açailândia-MA, o município não toma vantagem das vias de circulação de pedestres ou de veículos não motorizados em razão da falta de políticas públicas. A título de exemplo, o emprego de ciclovias além de promover atividade física, pode servir como via de deslocamento. Visto que, no momento presente, um dos maiores desafios é proporcionar melhores condições de mobilidade, aliado qualidade e conforto. Dessa forma, um projeto de implantação municipal deverá promover uma gestão eficiente com base em informações dinâmicas relacionadas ao meio de transporte, ao passageiro e condições ambientais. São alternativas do sistema multimodal de transporte que trará maior atendimento as necessidades adaptativas dos usuários do transporte público. Válido ressaltar também a falta de conscientização da população em relação mobilidade urbana, um fator que colabora para a não efetivação de projetos. Por fim, a cidade deverá tratar de maneira integrada a gestão urbanística estratégica e o desenvolvimento das funções sociais municipais (bem-estar social) expresso no Plano Diretor de Transporte Urbano. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.004: Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004. PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA (PMMU) DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO. Prefeitura Municipal de Caxias. Março, 2016. Disponível em: http://caxias.ma.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/PMMU.pdf INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. @ Cidades: Maranhão: Açailândia: infográficos: evolução populacional e pirâmide etária. Rio de Janeiro, 2011b. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2017.
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