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DPM0111 - Teoria Geral do Direito Penal I - Shecaira

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PENAL - Shecaira 
 
5/3 
 
Crime: doloso (intenção) e culposo(intransigencia) 
- homicido: 121, estelionato: 171, roubo: 157, latrocinio: 157, furto: 155 
 
= Etica é publica. Moral é individual 
direito penal: implica crime e deve ser a ultima regra ('ratio') 
gradação = Etica < Direitos extrapenais < direito penal 
- exclusão de ilicitude: legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever 
legal, exercicio regular de direito, consentimento do ofendido - art. 23 
 
7/3 
 
Hierarquia: Constituição acima das leis 
Se ha desarticulações, constituição é o que vale. 
1o deve-se recorrer a outras instancias, direito penal é o ultimo a ser recorrio no ordenamento - 
direito penal minimo (não condenar roubos insignificantes, por exemplo) e fatos podem deixar de 
ser criminalizados, como o adulterio mas que continua sendo da esfera civil. 
ponto inicial do dir. penal - é a proteção de bens juridicos relevantes - principio da insignificancia. 
Darcy Ribeiro - direito penal surge na fase da barbárie onde as pessoas têm dinheiro para 
acumular e poder possuir algo. 
Engels - Estado surge para garantir que o que é meu, é meu. 
-fase da vingança privada: desproporcional. Somente qdo ela se torna vingança pública é que 
entra a proporcionalidade, e a questao da pena de morte por exemplo, ela é de fato proporcional, 
pq se aplica somente ao que cometeu o crime e nao ao resto da familia, existencia de uma 
estrutura. 
 
12/03 
 
- antes a proporcionalidade da pena de morte residiu em que aela apenas se restringia ao 
individuo que cometeu o crime. 
- escravidao surgiu no egito, essa pena surge qdo surge a demanda por mao de obra. pessoa se 
torna objeto, em roma era morto civil. qdo a pessoa estava para morrer, eles libertavam ela para 
que ela morresse em casa e nao desse mais gastos. 
- roma - mulher nao era sujeito de direito - pena nao era trabalho forçado mas sim prostituição, 
perversidade dos romanos no seu pragmatismo 
-> prisao pepetua - casa dos mortos (dostoievsky) 
 
 codigos penais do brasil: evolução historica - jose henrique pierangelli 
 
Código atual: parte geral - funcionamento/regras gerais do proprio codigo 
 parte especial - crimes e penas 
 
a pena de morte teve diversas interpretaçãoes - desterro, trabalho perpetuo, etc. 
aqui no brasil, as penas eram arbitrarias, para fidalgos, escudeiros eram diferentes - ordenaçoes 
do reino 
 
== qdo nasce a pena de prisao em cárcere enqto pena? 
-cela: unidade minima da prisão e tbm o quarto dos clérigos. 
-pecado venal - crime que admite venia, ou seja, admite perdão, poder discordar - crimes 
menores, admite penas menores, ele se penitenciava com rezas e flagelo, local onde se cumpre 
penitencia eh a penitenciaria, coletivo de celas. a prisao enqto pena nasce como parte punitiva 
aos clerigos, pq somento eles estavam sob jurisdição da Igreja. **QDO? 
Num segundo momento, a Inglaterra em sua rev. industrial trouxe mta gente para as cidades, mas 
as pessoas nao tinham disciplina para o trabalho e entao os 1os presos foram os vagabundos e 
mendigos e iam para a casa de correção, para aprender a trabalhar e depois entao iam para 
Fabricas. isso aconteceu na Inglaterra e na Holanda, as casas de correção la chamavam de 
Rasphuin e la eles fabricavam um suco usado para o tingimento de panos. 
 so depois eh q prisao passa a ser sistema de cumprimento de penas, a prisao foi a 1a pena 
alternativa à morte **QDO?, (direito de execução - execução da pena e nao do apenado), depois 
surge a pena de trabalhos comunitarios (surgida na URSS em 1923). 
- o 1o sistema penitenciario foi na pensylvania criados pelo quackers e eles eram condenados a 
trabalhos em silencio, em 1790 
 
pena entao foi de máxima e unica (morte), hoje a gente busca alguma coisa que nos humanize e 
diferencie, abolindo as penas, e mais do que ter vingança, começa a se repensar com quem 
comete crime. 
 
14/3 
 
- a finalidade inicial da prisão nao era de pena privativa. 
 Durkheim - sistema como o corpo humano, com orgaos q tem interdependencia mas com 
funçoes diferenciadas e necessarias. funcionalismo, ve pena de prisao com uma função. 
 sistema penitenciario na pensylvania era recolhimento individual e celular (numa cela) e em 
silencio, depois de um certo tempo iniciaria um trabalho diurno 
 Rousseau - sociedade racional esta baseada num contrato - contratualista. fundamental 
estabelecer pacto. 
 Beccaria, 1764, dos delitos e das penas. foi falar na França e foi mto bem aceito. previa para 
rev. francesa 
1. só as leis podem fixar as penas, nao sendo permitido ao juiz aplicar sanções arbitrarias. 
(precursor do principio da legalidade) 
2. as leis devem ser simples, conhecidas pelo povo, e obedecidas por todos os cidadaos (fim do 
uso do latim, com leis de maneira clara e que seja de acesso de todos) 
3. fim das penas de morte e das sançoes crueis. (para provavelmente diminuir crimes maiores, 
como homicidio, se estupra mas nao mata pq a pena eh maior) 
4. em juizo devem ser consideradas todas as provas, inclusive palavras das mulheres e tbm dos 
condenados (mortos-civis) 
5. Tortura: mediante tortura confessam-se crimes que nao foram cometidos, então não se 
deve cometer a tortura 
6. fim das penas infamantes e as que passavam da pessoa do condenado. 
 
19/3 
 
Constituição de 88 - maiores garantias ao individuo. 
- Clausula petrea- clausula consitucional impossivel de ser modificada, reformas constitucionais 
nao podem modifica-las, so pode amplia-la, nao pode restringir. 
 
Constituição: Estado democratico de direito, art. 1, inciso III - fundamento da dignidade da pessoa 
humana. art. 5, III - ningm sera submetido a tortura (sendo desrespeitda constantemente), XLV - 
questao da pena nao passar da pessoa do condenado. XLVII - Nao havera penas: de morte, de 
carater perpetuo, etc. 
Esse artigo 5 é clausula perpetua, so muda mediante revoluçao ou ordem constitucional. Tem quer 
criar outra constituição. 
 
Seminário 
Texto do Shecaira: 
Crime existe ou foi criado? 
Burocratização do sistema criminal 
 
Texto de Evaristo e Rui Barbosa: 
mesmo criminoso, ele nao deixa de ser cidadao brasileiro. 
advogado criminal é advogado do criminoso, nao do crime 
Juri em certos crimes (como homicido doloso) tem a ideia de uma justiça mais democratica onde o 
componente humano é muito forte. 
Direito não é Justiça, Eros Grau 
 
(anotações minhas) 
condenaçao publica por antecipaçao do veredito do tribunal 
 
rui barbosa - palvra de ordem, indigno de defesa 
tem tudo a ver com a questao do dsitanciamento, pq como vc vai defender se lhe pedirem um 
assassino de alguem q vc conhece? ou que vc nao conhece, mas q eh assassino de qquer jeito 
 
nao misturar justiça com colera ou vingança 
 
direito de defesa - patrmonio da humanidade 
 
erros judiciarios 
 
 
21/3 
 
Direito penal do inimigo é o contrario da diminuição da pena que venho ocorrendo com o passar 
dos tempos. mas o conceito de inimigo passa a ser fluido, pq a possibilidade da existencia do 
inimigo pode ser ampliada. e isso autorizaria fazer tudo. antitese do direito, ele nao tem direito. 
inversao do onus da prova. (ele tem que se provar inocente) 
 
tolerancia zero - sergio salomao shecaira 
 
- ideario iluminista: passa a acentuar o movimento de diminuição punitiva - Beccaria 
mov.universal de declaraaçao de direitos, mov. de acordos internacionais com ediçao de tratados 
internacionais 
-- const. cidadã : const. dirigente (aponta objetivamente caminhos) 
- const. garantista: garante direitos 
 
art.3 const. - reconhece desigualdade, marginais, pobres ao declarar igualdade entre objetivos 
fundamentaispreconceito só entra se for uma minoria de poder (negros, baianos), por isso se chamar de branco 
idiota nao eh preconceito 
 
constituição é permeada pela materia penal - limita poder do estado, consagra direitos do 
individuo que sao oponentes ao direito do estado 
 
-- principios explicitos e implicitos 
principio penal constitucional: art. 5 inciso XXXIX e art. 1o do codigo penal sao iguais - nenhuma 
pessoa sera punida sem ser de acordo com as leis da terra. rei nao tera poder acima dos barões 
principio da legalidade: principal ponto de garantia 
principio da intervenção minima: ultima ratio, criminalizacao da conduta so se legitima se estiver 
protegendo um bem juridico digno de relevo. Direito fragmentario e subsidiario do direito 
extra-penal. fragmentos do ordenamento como um todo qdo as outras esferas de proteçao a 
ordem falharem - art.8 do declaraçao dos direitos do homem e do cidadão (penas estritas e qdo 
necessario) --principio implicito na nossa const. XXXIX, LIII, LIV, LV 
dá-se direito de defesa a criminosos pq nao tomamos o direito penal do inimigo. pq queremos 
punir so os que merecem ser punidos 
principio da humanidade: implicito - dignidade do ser, independente de como ele seja - art. 5 
inciso, XLIX, L 
principio da culpabilidae: crime é pelo fato cometido, so posso cometer um delito se agi com dolo 
(intenção) ou com culpa (negligencia, imprudencia ou impericia). no direito civil tem culpa 
objetiva. 
principio da individualizaçao da pena: art. 5o inciso 45 
 
const. limita o interesse punitivo 
 
26/3 
 
leitura textos: 
-teoria da pena 
1o poder economico, 2o midia, 3o politica 
informaçao: superabundante, rapida, mercadoria 
televisao nao tem papel de passar informaçao, mas sim de vender os espaços de propaganda 
publicidade do sist. penal passa falsa ideia de reduçao de violencia, explora medo, surgindo 
crescimento de demanda de penas mais rigorosas. 
programas de tv inspiram novos policiais e criminosos 
laços da midia com os poderes politicos 
cons americana garante q a midia nao pode chamar o acusado de ladrao, assassino, etc antes do 
processo 
inexistencia de cultura de responsabilidade civil 
3 soluções: nenhum controle, autocontrole ou criar mecanismos legais restritivos para garantir o 
processo legal e o nao-atingimento do principio da presunção da inocencia 
 
-revista 
positivismo criminologico: inferioridade biologica dos infratores 
equaçao penal - se houve delito tem q haver pena 
casos de pesquisa q eh possivel identificar quem financiou a partir do objeto ou do metodo 
criminalizacao das drogas como pretexto para vigilancia - panoptico??? 
ate no esporte se quer a pena maxima sempre e se critica qdo eh minima 
 
28/3 
 
Principio da Legalidade (principio da reserva legal) 
 
1984 - codigo penal - parte geral do codigo é de 84 
codigo emendado 
 
art. 1o - - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 
ha uma historicidade do principio da legalidade 
durante ditaduras houve quebra desse principio, pela adoçao de medidas indiretas que 
prejudicavam o reconhecimento do principio. principio era solapado. 
 
Corolários do principio (consequencia): 
 1 - ha uma lei previa - principio da anterioridade (mais especifico que da legalidade). Lei no 
sentido formal (diz respeito a forma - teve tramite no congresso - maioria absoluta, p.e.) e 
no sentido material (diz respeito ao conteudo - qdo eh aprovada pelo congresso e 
discutuda) 
 
(defesas para o principio) 
art 62 - impedindo adoçao de medidas provisorias de materia penal (de 2001) 
 
 ofensas ao principio: 
 
1 - lei vanderlube - hitler chega ao poder por eleiçoes, mas sem maioria do parlamento, entao ele 
incendeia o parlamento, como nao havia pena para incendi do parlamento, entao ele faz uma lei 
no futuro, para punir no passado 
 
*** a lei so pode ser retroativa qdo favorece o reu, como é no art. 2 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
(beneficia o ser humano e não o Estado 
 
2 - codigo penal sovietico: qdo algum ato socialmente perigoso nao esteja previsto no codigo, o 
fundamento de sua responsabilidade se determinarao em conformidade com os artigos de indole 
analoga -- cria possibilidade de observar algo concreto e comparar com algo que nao esta no 
codigo, mas com algo parecido 
 
3 - general franco criou uma lei que permitia a condenaçao de todos os que eram contra o regime 
 
um regime democratico tem obediencia ao principio da legalidade 
 
4 - tribunais de nuremberg e de tokio apos os crimes do nazismo e os da guerra com a china e 
criaram o crime de genocidio, criando inclusive um simulacro de julgamento. hoje ha um tribunal 
penal internacional (TPI) e em casos onde a jurisdiçao local nao aja, ele pode ser julgado pelo 
tribunal internacional, desde que esteja no tratado de roma (98) 
 
 2 - Lei escrita: nao ha costumes no direito penal 
 
art 129 - ofender integridade fisica (em casos de furo de orelha em bebes, mas eh costume - 
para NÃO punir eu admito costume, para PUNIR eu não admito costume) 
 
 3 - Lei Estrita : lei deve ser interpretada restritivamente, não há analogia! somente há 
analogia para favorecer alguem e nao incriminadora 
 
art 155 - furto, no inciso 3 - equipara a coisa movel, a energia eletrica, pq na verdade, a energia 
nao eh coisa. por exemplo, roubar imagem, que NÃO é energia, não é passivel de crime. 
 
 4 - Lei certa: lei que tenha clareza e nao deixa margem para interpretaçoes ou duvidas 
 
lei 7070 (83) - incitar a pratica de atos subversivos. nunca foi aplicada, pq não é certa, não define 
exatamente o que é subversao 
art. 247 - nao eh certa, pq nao define exatamente oq eh p.e., casa mal-afamada, gente de má-vida 
discussao de dirigir embriagado, lei seca. lei de drogas 
 
9/4 
 
Lei Penal no tempo 
- lei posterior revoga anterior qdo ha contradiçao entre elas 
- tempo rege ato. (exemplo: casamento dotal - com dote) 
- nao se pode aplicar lei que nao tem mais validade, mas pode ter modificação em leis, no que 
concerne as penas. 
 
1) Lex Gravior 
-- nome injuris (linha colateral): ROUBO (art. 157), pena aumentou para latrocinio 
- pq aumentou a pena? depois da lei de crime hediondo. 
- se um crime eh feito antes de mudar a lei, e na hora que descobrem o crime a lei mudou, qual lei 
vale?? vale a lei anterior. de qdo foi cometido. baseado no art. 2o. lei só alcançara aqueles que 
praticaram o crime após a revogação da lei. 
 
2) Abolicio Criminis: eliminar do codigo penal 
art. 240 - praticar adulterio...nao eh mais crime, revogado pela lei 11.106 de 28/3/2005 
nao eh mais digno de tutela penal 
art. 219 - rapto de mulher honesta (para fim libidinoso) nao existe mais. *sequestro eh para fim 
economico - conotaçao moral que fez com q ao longo dos anos a gente acompanhasse a perda 
desse conceito (desconstrução desse conceito) 
-e não valerá msmo que tenha sido cometido o crime enqto ele era crime, mas só ficou 
sabendo-se depois 
-lei 7.210/84 - 66.I da execução penal - se vc eh condenado e muda a lei vc é beneficiado, e nao 
tem direito de pedir indenização. 
-se nao eh mais crime vc tbm perde o antecedente criminal. 
 
- crime de estupro mudou. antes era so copula vaginica, agora eh qquer ato libidinoso diverso da 
conjunçao carnal. art. 213 e 124. antesera so homem criminoso e mulher vitima, agora eh homem 
e mulher criminoso e vitima 
paragrago 2o - presume-se violencia qdo criança eh menor de 14 anos. mas e qdo sao namorados? 
e qdo eh prostituta? caso do STJ. ha presunçao absoluta? pelo STJ, nao. mas isso tbm nao quer 
dizer q nao eh mais crime. 
 
11/4 
 
3)Lex Mitior: lei minorar resposta punitiva. maior de 18 é imputável. louco é inimputável. 
pena de roubo atualmente eh de 4 a 10 anos. imaginando que a nova lei venha a ser de 2 a 12 
anos, essa nova lei seria mais grave ou menos grave? ou seja. para diversos crimes...entre roubar 
um banco e roubar um butijão tem a mesma pena hoje em dia. 
lei mais beneficia age retroativamente tbm. 
 
*art. 3 - Lei excepcional ou temporária 
- lei temporaria qm pratica crime contra economia popular durante vigencia da lei temporaria, se 
houver uma lei posterior que beneficie o criminoso, ela se aplicara 
- lei excepcional - qdo em caso das guerras das malvinas foi dada uma lei que os jovens deveriam 
se alistar e caso nao se alistassem seriam processados criminalmente. no caso de lei excepcional, 
embora cessada a circunstancia que fez a lei excepcional, a lei penal vai se aplicar mesmo assim. 
pq se nao tiver isso, ocorreria a ineficacia 
entao, para leis temporarias e excepcionais nao se aplica a revogaçao ou termino do tempo dessas 
leis, que se aplicara a pena. 
 
Aborto - estupro ou qdo ha risco de vida da mãe. e hj foi votada e possivelmente aprovada o 
aborto do anencéfalo. se, há uma ré condenada no dia 5 de abril por praticar aborto de 
anencefalo, ela pode invocar a retoatividade da decisão jurisprudencial do dia 11 para ela? 
(retroavitivdade da LEI mais benefica. jurisprudencia -coletivo de julgados, de vários, feito pela 
corte suprema do páis, portanto é uma decisao que nao sera modificada, a nao ser que haja uma 
significativa mudança do país e que os futuros ministros que substituirao os atuais sejam mto 
conservadores e voltem à decisao antiga - tbm contaria para beneficiar?) 
-- lei é aprovado no congresso e tal, mas norma é nao necessariamente escrita, abrange 
contingencias e contextos que estariam a autorziar a retroatividade da jurisprudencia tbm. 
eh necessario saber as jurisprudencias de seu tribunal de justiça do Estado, Federal e do STJ e STF. 
1a instancia é juiz, 2a TJ estadual ou federal, 3a STJ e então, STF. 
algumas decisoes tem mais força, gerando súmulas - súmulas vinculantes são as que são mais 
reiteradas. 
 
-- lei de drogas - lei penal em branco por nao falar quais sao as drogas - lei que nao possui 
definiçao integral e sao obrigadas a serem complementadas por outras leis, decretos ou portarias, 
feitas pela Anvisa 
 
16/4 
 
-- Lei penal em branco - não define exatamente o que será, carece de um conteudo que seria 
complementada por outra norma. por exemplo, lei de pesca, deve ser regionalizada, não pode ser 
geral pq peixes sao diferentes. A lei das drogas nao pode ser geral pq podem surgir novas drogas e 
se houvesse uma lei que falasse todas as drogas proibidas, a lei toda vez deveria ser mudada e 
passar por toda a burocracia. Há normas em branco que se pode alterar o resultado da lei, não 
mexendo na lei, como a descriminalização da maconha. Ao modificar a norma complementar, 
modifica-se a própria lei, no caso da maconha. No caso da lei penal em branco, é preciso saber o 
conteudo da norma complementar, modifica o conteudo da lei ou apenas a propria 
complementação. 
 
* Tempo do Crime : art. 4. 
teoria da atividade. siginifica que se pode dar veneno para uma pessoa, é neste momento que se 
praticou o crime, mesmo que nao se saiba a consequencia do crime. Crime independe da 
expectativa da morte, o que vale é o momento em que dei veneno, facada, coloquei a bomba. o 
crime é de homicídio e não de lesão corporal. 
Há casos que se começa a apurar um crime, e ele se torna outro crime. Inicialmente, há lesão 
corporal, mas pode-se agravar e se tornar homicídio. 
 
seminario 
-não há ordenamento que discipline o instituto do leilao 
-leilao ascedente e descendente, modelo ingles e holandes 
-privatizações do brasil ocorreram por leiloes, dos dois tipos 
-ainda q tenham racionalidade, tbm tem parcela de azar, qdo os lances podem ser dados ao msmo 
tempo 
-leilao com lance mais baixo único é uma relaçao de compra e venda com carater consumeirista, 
largamente disciplinada pelo ordenamento 
- animus jocandi – conduta não dolosa, intenção de brincadeira. 
- jogo e aposta diferem pela finalidade 
- jogos de sorte e jogos de estrategia (microcosmo das relações humanas de ordem raconal) 
- não há diferença ontologica entre jogos permitidos e proibidos 
- intenção de tipificar o jogo de azar como contravenção penal é o de preservar a moral e bons 
costumes 
- lazer eh direito social, por isso não poder ser proibido 
- não se pode considerar tudo que depende de sorte como jogo de azar pq se assim o fosse, a 
bolsa tbm deveria ser considerada. 
- Lance final e Super leilão são legais – é leilao reverso com lances descendentes – são contratos e 
são licitos 
- art. 50 da lei de contravençoes penais não foi recepcionado pela const. Federal de 88 por haver 
contrariedade ao art. 6 da const. 
 
 
18/4 
 
Lei Penal no Espaço 
 
Art. 5: regra é o principio da territoralidade. 
*oq eh o territorio? todo espaço onde se exerce soberania do pais. no passado, a soberania estava 
marcada pelas fronteiras terrestres. entao temos as porçoes de terra para o territorio, também 
inclui-se 12 milhas nauticas (mar territorial). Tambem vale como territorio o espaço aereo que se 
projeto à porção terrestre e maritima 
 
fronteira que tem rio no meio, é metade pra cada lado 
varios casos de exceçao, qdo tem lago no meio ou rios que nao podem colocar equidistancia das 
margens 
 
exceçoes que vao aumentar o territorio: 
- paragrafo 1o: considera-se extensão embarcações brasileiras publico ou a serviço do governo 
brasileiro ONDE QUER que se encontrem, entao o crime foi cometido no Brasil e deve haver 
reciprocidade do outro país, por exemplo. Se tem um crime de um avião brasileiro na Argentina, 
considera-se no Brasil 
- bem como aeronaves brasileiras mercantes publicas que se encontrem em espaço aereo ou 
maritimo alheio. 
- se a embarcação for privada e estiver na França, o crime aconteceu na França. Se for publica, 
aconteceu no Brasil 
- embarcação estrangeiras privadas que estiverem em pouso ou no nosso espaço aereo ou 
maritimo tbm eh territorio 
(outros casos de extraterritoralidade - art.7) 
 
- Embaixadas: nao eh territorio estrangeiro, mas eh espaço em que reconheço imunidade 
diplomatica daquelas pessoas que representam pais estrangeiro. Consul (interesses comerciais) e 
embaixador sao diferentes...só vale em embaixada. Aquele que tem imunidade eh o representante 
diplomatico do país e sua familia. O jardineiro da embaixada estupra a cozinheira da embaixada 
dentro da embaixada, o crime foi cometido no Brasil. Quando se pula o muro de uma embaixada, 
respeita-se aquele territorio, como em ditaduras por exemplo, nao se entra nessa embaixada, eh 
como se estivesse "maculando" ese outro pais. e nao eh territorio uma embaixada desde a 
Convenção de Viena de 62. A embaixada é por ficção, representação de outro país. 
 
Art. 6 - crime ocorreu onde foi cometido e onde produziu ou deveria ser produzido o resultado 
- Se o crime for cometido na fronteira? 
1. Teoria da Atividade: crime eh praticado onde ele foi praticado 
2. Teoria do Resultado: crime eh praticado onde produziu um resultado 
ex.: estamos na Ponte da Amizade e um cara qquer no Brasil dá um tiro do outro lado da Ponte. se 
adotarmos a 1a teoria, o crime foi cometido no brasil, pela2a teoria, aconteceu no Paraguai. 
3. Teoria da Ubiquidade (Brasil adota): para evitar impunidade, adota-se que o crime aconteceu 
onde ocorreu e onde produziu efeito e tbm onde deveria ter produzido efeito. 
 
Inconveniente: um crime sera condenado em 3 lugares 
Art. 8 - pena cumprida no estrangeiro atenua pena imposta pelo mesmo crime cometido. 
Entao se o criminosos eh preso no Paraguai e eh paraguaia e foi condenado aqui e lá, só q lá ele foi 
condenado a 7 anos e aqui a 10 anos, então ele cumpre 7 anos no Paraguai e se ele for do país, ele 
nao sera extraditado. Se ele for noruegues, por exemplo, ele irá para o Brasil e cumprirá o resto da 
pena. Paises americanos nao extraditam (so Colombia que extradita para EUA traficantes de 
drogas). Qdo tem filho brasileiro, msmo sendo estrangeiro, nao eh extraditado. cidadaos europeus 
na U.E. nao sao extraditados tbm, mas somente se estiver na U.E., se alguem vai pra Monaco, por 
exemplo, ele pode ser preso lá e ae o Brasil, se quiser o criminoso terá que mandar o mandato de 
prisão - caso do Salvatore Cacciola. 
 
= art. 5 paragrafo 3o e 4o: brasil reconhece o TPI (tribunal penal internacional) - signatario do 
tratado de roma. Os que nao assinaram o tratado e nao aprovaram no Congresso, não podem 
exigir condenação internacional. Tem a Corte de Aia que julga açoes internacionais mas não 
Penais. -- Manifestação de extraterritoraliedade. No caso Hussein, foi criado um tribunal no Iraque 
mesmo para condena-lo e nao nos EUA. 
 
art. 7 - extraterritoralidade condicionada e não-condicionada 
-- EXCEÇÕES a regra da territoraliedade - então é regra de extraterritoralidade. 
-principio da justiça universal - para impedir ataque de pirata 
primeiros tratados penais eram para combater ataque de pirata, mas como se sabe, ainda há na 
Somália. 
-principio da defesa - diz respeito ao país e ao seu representante. defesa de presidentes. em casos 
de ladrão em uma embaixada do brasil na argentina, pode-se processar esse ladrao. 
-Então sabe-se que o crime aconteceu no estrangeiro, mas pode-se exigir que ocorra punição aqui 
no brasil tbm, por ter acontecido "penalmente" no brasil. então, são casos: 
(incondicionada - baseados em pincipios) 
-crimes contra presidentes 
-crimes contra patrimonio publico brasileiro 
-crimes contra administraçao publica e qm esta a seu serviço 
-crime de genocidio cometido por um brasileiro 
(condicionada) 
-crimes que o brasil se obrigou a reprimir (como trafico de drogas) 
-crime praticado por brasileiro msmo que fora (por mais que nao aconteça isso nunca) 
*nadadora que atravessou canal da mancha 
-crimes ocorridas em embarcaçoes brasileiras privadas em territorio estrangeiro que nao tenha 
sido condenado no outro país, como um crime de bigamia cometido na arabia saudita, por 
exemplo. 
 
PROVA ATÉ A LEI PENAL NO TEMPO 
 
25/4 
 
Art. 7, continuação 
Inciso I, incondicionada - nao importa a lei do outro, importa a nossa lei 
No inciso II, é condicionada a certas coisas 
*nadadora: barco monitora travessia pelo canal da mancha. e o barco que monitorava era frances, 
publico, do ministerio dos esportes. crime se constitui em, a nadadora começou a travessia e se 
cansou, e ela virava para o barco e falava que nao aguentava mais, e o barco incentivando a ela. 
ela nao conseguiu terminar a travessia, teve um ataque cardiaco, e ela morreu no barco, em 
territorio frances. crime de uma brasileira contra outra no territorio frances. criou-se um processo 
em Santos, cidade de ambas. se a mulher eh absolvida na França, arquiva-se o processo aqui tbm. 
- pode haver uma demanda do outro país, mas, nem sempre é julgado com as mesmas regras. 
*caso Battisti 
 
Art.10 - Contagem do prazo 
-"Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum" qual o calendario comum? 
gregoriano? 
Lei 810 / 1949: disciplina calendario - 
Art. 1º Considera-se ano o período de doze meses contado do dia do início ao dia e mês 
correspondentes do ano seguinte. 
Art. 2º Considera-se mês o período de tempo contado do dia do início ao dia correspondente do 
mês seguinte. 
Art. 3º Quando no ano ou mês do vencimento não houver o dia correspondente ao do início do 
prazo, êste findará no primeiro dia subsequente 
- se hj eh 25/4, qdo termina a pena de 1 mes que começou a cumprir a pena hj? termina no dia 
24/5. isso tbm vale para meses como fevereiro, pq é a mesma regra 2/2 até 1/3 
- "O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo" 
prazo normalmente começa no dia util subsequente. Mas, como conta prazo de alguem que esta 
sendo preso? o prazo eh contado incluindo o dia do condenamento...se eu for condenada as 13h, 
as 18h, no dia 13, eu conto o dia 13 como UM DIA. qual a consequencia? o melhor hr para ser 
condenado é as 23h59. e para ele ser solto, ele sera solto a meia noite do final do dia que ele deve 
cumprir a pena 
* anos 70/80 - caso do Carandiru onde soltavam os presos a noite, meia noite, sem dinheiro e no 
lugar onde ele poderia pegar o dinheiro que ele ganhou pelo trabalho feito durante a prisao, 
estava fechado. entao o cara acabava tentando roubar pra voltar pra casa. entao, depois 
começavam a soltar antes, as 17h pra que ele pudesse pegar seu pecúnio (dinheiro) e voltar pra 
casa sem ser preso de novo por tentativa de roubo ou furto. 
 
art. 11 - Fraçoes nao computaveis da pena 
- ningm sera condenado a 5 reais, e se for a 5,30, despreza-se os 30. Ou seja, desconsideram-se as 
fraçoes, como aumento da pena de 1/3. interpretação a favor do réu, vai sempre diminuir a 
fração, ao invés de aumentar. a favor do individuo 
 
art. 12 - legislaçao especial 
- significa que havera um codigo penal que eh um sistema, mas a medida que for evoluindo e a 
sociedade se modificar, novas leis foram feitas e muitas dessas leis nao estao em acordo com os 
artigos especificos da parte geral. 
- se uma lei especial, particular (quase todas as leis sao posteriores). a gente aplicará somente 
àquela lei a exceção. 
- isso eh uma tecnica de interpretação, nem precisava de lei. 
- norma especial prevalece sobre geral. 
*para contravençoes nao ha tentativa, só consumação, para punir. 
 
02/05 - FALTEI 
 
(anotações de Daniel Guimarães) 
 
Teoria do crime 
 
Parte mais importante do semestre 
 
Elementos da ação típica. 
 
a) Conduta 
b) Resultado 
c) Relação de causalidade 
d) Presença de um risco não permitido pelo sistema social. 
 
Art. 13- O resultado, de que depende a existência do crime... Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
 
Quando há uma conduta e um resultado, mediados por uma relação de causalidade e na 
presença de um risco não permitido pelo sistema social. 
 
O nexo causal entre a omissão e o resultado é um nexo artificial, apenas normativo (no 
sentido de que a omissão não causa, diretamente, um resultado). 
 
- Conduta 
 
Teoria finalista da ação (Hans Welzel, 1931). 
 
1. Ato de vontade dirigido a um fim 
2. Manifestação de vontade. 
 
1. Ato de vontade dirigido a um fim. 
 
Não existe conduta se não se determina um fim (Hans Welzel-teoria finalista do crime). 
Para que haja crime, o ato precisa ser teleológico (voltado a um fim). 
 
2. Depende de uma manifestação da vontade. 
 
Um pensamento criminoso, se não for exteriorizado, não caracteriza uma conduta. 
No direito penal de um estado democrático de direito, julga-se o ato, o crime, e não o 
autor (o totalitarismo pune o autor). 
 
Formas de conduta 
 
1. Atos comissivos 
2. Atos omissivos 
 
1. Atos comissivos 
 
Atos que se consubstanciam numa ação. 
Matar, roubar, envenenar, subtrair coisasem violência, etc. 
Há crimes que, necessariamente, envolvem atos comissivos. Ex. estupro. 
 
2. Atos omissivos 
 
Atos que se consubstanciam numa omissão. 
É necessário um dever genérico de impedir um resultado. 
Para o direito penal, a omissão relevante é a omissão de um dever (algo que alguém 
deveria fazer e não fez). 
 
Ex. o policial tem o dever de perseguir o criminoso, um cidadão comum pode, mas não deve. 
 
Resultado 
 
Conceito naturalístico: é a modificação do mundo exterior provocado por um comportamento 
humano voluntário. 
 
- Tipos de crime quanto ao resultado: 
1. Crime material; 
2. Crime formal; 
3. Crime de mera conduta. 
 
1. Crime material: aquele que depende do resultado naturalístico para que venham a se 
consumar. 
 
O crime só se perfaz quando se modifica a coisa. 
Ex. Homicídio, dano, roubo. 
O crime se consuma e se exaure no mesmo momento. 
 
2. Crime formal: aquele que se consuma independentemente de ocorrer ou não o resultado, mas 
o resultado pode ocorrer. 
Ex. Art. 158: Extorsão. 
 
Neste caso, a ação se perfaz no momento em que a vítima sente-se constrangida, 
ainda que não houvesse resultado naturalístico (a inversão patrimonial entre a vítima e o autor). 
O crime se consuma primeiro e depois se exaure (se houver resultado naturalístico). 
Após a consumação do crime, se ocorrer o resultado naturalístico, temos o 
exaurimento do crime. 
 
3. Crime de mera conduta: aquele que não tem resultado naturalístico. 
 
O crime se perfaz na conduta. 
Ex. crime contra a honra: calúnia, injúria. 
 
-- Mas, e o art. 13? 
 
Ou se admitiria que parte dos crimes não atendem ao art. 13 (porque não dependem 
de resultado naturalístico), ou; 
Lê-se da seguinte forma: “O resultado jurídico, de que depende a existência do 
crime...”. 
Portanto, se admite que o art. 13 refere-se ao resultado jurídico. 
 
Resultado jurídico 
 
Lesão ou perigo de lesão a um valor que a norma protege. 
Nexo de causalidade ou relação de causalidade. 
 
Tudo aquilo que contribui em concreto para a ocorrência de um evento é causa deste. 
 
- Teoria da imputabilidade objetiva 
 
Esta teoria pressupõe a confiança nas pessoas – Princípio da confiança. 
Nas relações humanas, nem tudo se reduz a uma relação direta de causa e efeito. 
Risco não permitido pelo sistema social: sua presença é fundamental para o estabelecimento de 
uma relação de causalidade, visto que, no direito, ela não é levada ao infinito (como ocorre nas 
ciências naturais). 
 
Ex. Se fosse levada ao infinito, a imputação num crime de homicídio doloso poderia 
chegar ao vendedor da arma de fogo, ao seu fabricante e até mesmo à mineradora que extraiu o 
minério de ferro usado na sua fabricação. 
 
Ex. o professor dirige seu carro numa rodovia e avista um pombo, a uma certa 
distância, na pista. Ele não reduz a velocidade porque confia que o pombo vai voar quando seu 
carro chegar mais perto, mas isso não acontece. O professor atropela o pombo. Embora de sua 
conduta (ato comissivo) tenha havido um resultado (morte do pombo) e haja entre eles nexo 
causal, não se pode imputá-lo porque ele não admitiu um risco não permitido pelo sistema social, 
mas apenas confiou em que o pombo desviaria de seu carro. 
 
Omissão 
 
1. Própria 
2. Imprópria 
 
1. Omissão própria: É um crime em si (Ex. omissão de socorro, art. 135). 
 
2. Omissão imprópria: Crimes praticados por atos comissivos, mas que se perfazem perante um 
ato omissivo (art. 13, §2°, alíneas a, b e c). 
 
07/05 
 
art. 13 - resultado naturalistico invibializaria o artigo. 
nossa condiçao de cidadão impõe responsabilidades eticas (geral, não individual), como obrigação 
social de socorrer alguém em caso de perigo, ainda que nao se tenha causado o mal. com isso 
surge o crime de omissão. 
- Crime omissivo próprio: nao tem nexo de causalidade, pq obviamente nao eh o omitente que 
causou o sangramento, por exemplo. 
- Crime omissivo impróprio (comissivo por omissão): se pratica por ação, por isso comissivo, mas 
que naquela situação especifica por praticado por omissão. estao previstos art. 13, §2°. Há que se 
ter a possibilidade e o dever de agir para impedir resultado. 
Incumbe a alineas: 
 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Como policial, bombeiro. mas se ha 
um caso onde não ha possibilidade de ajudar, se ha problema de segurança aquele que deveria 
ajudar. outro caso, é a mãe, ela é a responsável legal por alimentar o filho. se a mãe pira e não 
quer mais dar leite pro filho? ela é responsavel pela morte, não é um simples caso de omissão. o 
pai não é, no caso de ele não estar por perto. caso da delegada que deixou uma menina numa cela 
masculina por 28 dias. 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado:caso de uma criança que 
morre na tutela da babá, ela tem a responsabilidade, no lugar da mãe. policial tem dever de zelar 
pela segurança publica, mas e a privada? o guarda privado assume essa responsabilidade. 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado: nadador eximio que 
chama nadador mediocre pra uma travessia longa, mas o mediocre nao consegue e o eximio nao o 
ajuda. caso de escoteiros que na floresta, uma criança quebra a perna. ae imobilizaram a perna e 
deixou a criança num lugar seguro, mas a deixou sozinha e foi levar as outras. qdo o guia volta, a 
criança sumiu do local, sendo assim, ele poderia ser culpado por omissão, mas tambem não é tão 
simples, pq pelas regras adotadas do escotismo, ele fez o procedimento certo. 
 
art. 14 - Crime consumado e crime tentado 
- consumado: crime perfeito, que se completa. e a pena prevista no cód. penal será para esses 
casos. 
- tentado: mas qdo vc tenta matar e nao consegue, vc tem um homicidio mas na forma tentada. é 
o mesmo crime, mas tem uma diminuição da pena. 
 
-Iter Criminis: itinerario, imagine-se um homicidio qquer, que é um crime material, onde se quer 
matar a esposa rica, que se pretende com a morte dela herdar o seu dinheiro. então ele pensará o 
assassinato. o primeiro momento - foro interno. depois vc compra o veneno, ou a arma, esse é o 
ato preparatorio . até esta fase, eu não tenho punição. ela só será punida por um crime no 
momento em que supera a fase articulatoria do crime e entrar na parte do ato de execução. se vc 
faz com que a sogra dê o veneno para a mulher em 10 doses, vc chegará a consumação (meta a 
ser atingida - meta optata). Se na 9a dose, a casa é assaltada e levam o veneno? o itinerario foi 
interrompido. cometeu-se então o crime de homicidio na forma tentada, pois foi iniciada a 
execução (quando começou o ato de execução) e não se consumiu por vontade alheia a do 
agente. a responsabilidade então será diminuida de 1 a 2 terços da pena escolhida pelo juiz, que 
no caso foi de 12 anos. o critério de punição é a maior aproximação da consumação. qto mais 
longe da consumação, maior a diminuição da pena. criterio é inversamente proporcional ao iter. 
se alguem tenta pegar um estojo, é Furto, tentado, pq ele entrou na esfera do outro, para subtrair. 
se ele pega o estojo, mas a pessoa já pega de volta, é um iter pequeno. se o ladrão corre, é um iter 
maior. se a policia prende, o ato foi consumado. 
 
 requisitos para ser tentado: 
- para ser tentativa, o crime deve ser doloso, não pode ser culposo. vc nao pode tentar algo, se vc 
nao quer. 
- seja iniciada a execução do ato delituoso, com ato ou atos de execução 
- não superveniencia de resultados, ou seja, resultado nao acontecer por vontade alheia do 
agente. 
 
caso de extorsão mediante sequestro: execução é qdo se dá privaçãode liberdade. tentado seria 
qdo eu estou fechando o carro, a policia chega e não permite. 
- mas alguns crimes nao admitem tentativa: como o culposo e também em crimes omissivos puros 
(ou proprio), pq no mmto que me omito, o crime ja esta perfeito. antes de me omitir, nao ha 
crime, nao ha nexo de causalidade. tbm nao eh possivel no crime unisubsistente, aquele que se 
pratica com um unico ato, nao podendo fracionar o processo. ex: injuria moral. tbm as 
contravenções nao admitem tentativa. crime habitual tbm nao admite tentativa. 
 
Se não for por vontade alheia é no art.15 
 
09/05 
 
Desistência Voluntária 
art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o 
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
Quando o cara desiste do crime voluntariamente ou impede que o resultado se produza. 
- então no msmo caso da aula passada, do veneno. que ele interrompa o iter, ele pode causar 
consequencia e só sera punido pelo o que aconteceu. para diferenciar o crime tentado da 
desistencia, Frank diz que no crime tentado, ele pensa "nao posso embora queira" 
que é o oposto de "nao quero embora possa", que é o art. 15. Eu tenho poder de continuar matar, 
mas nao quero mais. 
- Razão é irrelevante! 
Ele não praticou todos os atos necessários - desistencia voluntaria 
A outra hipótese é a de que ele tenha dado as 10 doses mas se arrepende no momento que ela tá 
morrendo, então ele dá um antídoto - arrependimento eficaz, entao ele responde só pelo ato, 
então pode haver lesão corporal, ou pelo o que possa ter acontecido. 
ex. o cara quer roubar cofre da casa: e qdo ele entra na casa ele ve a foto do dono da casa que era 
bixeiro e que era mto violento, entao o cara desiste e vai embora. ele nao vai responder por furto, 
talvez por dano (ao entrar na casa) 
*Von Liszt: usa a ideia de um rio, dividio entre etica e crime, ha uma ponte que nos permite 
atravessar o rio, ele criaria uma ponte de ouro pra que a pessoa possa voltar. 
Então o que nessas duas idéias é não convencer a pessoa a praticar o delito. De tal forma, 
acontece a não punição por um fato que foi quase cometido, não foi concluido. Se terá atos 
executorios se nao produzirem efeitos que não os que aconteceram 
 
Arrependimento posterior 
art. 16 crimes sem violencia, e sem grave ameaça com reparaçao de dano ou ressarcimento da 
coisa - sendo ato voluntario do agente pena sera reduzida 
ex. furto de celular, onde o celular é devolvido depois e inclusive ja abriu-se inquerito, ja estao 
procurando pelo criminoso, entao crime é consumado e levaria a uma sentença condenatoria, mas 
como foi devolvido, pena é reduzida, assim como no crime tentado. Também não importa a razão 
do arrependimento. 
 
seminário lei penal em branco e abolitio criminis 
-- nao tem a ver com revogação? msmo que tenha sido publicada tem contudo contrario ao 
anterior 
tem minimo de dias do abolitio criminis da historia de 9 dias? 
-- mas vc pode pedir habeas corpus durante 9 dias? pq msmo sendo ilegitima se depois voltou a 
lista, como vc pode pedir abolitio criminis, sendo que agora qdo ta pedindo habeas corpus é crime 
de novo? sim, pq a lei mais benefica retroage, não importa que depois venha a ser mais rígida, vc 
vai levar em conta a lei mais benefica. 
--A única forma de manter a criminalização é anular a publicação 
 
14/5 
 
dispositivo primario - matar alguem 
dispositivo secundario - pena: 3 a 5 anos 
 
Crime impossível 
art. 17 - crime impossível que se insere dentro do contexto da discussão de tentativa, 
consumação. aqui se pratica todos os atos para consumir o crime, mas por uma circunstancia 
determinada, jamais será possível consumir o fim. 
ex. atirar (pratica ato de execução) mas de um revolver sem bala. 
 
"Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime." 
 
-ineficácia absoluta do meio: instrumento utilizado para atingir o fim. meio inidoneo (nao apto a ) 
X meio idoneo (apto a ). matar alguem com uma faquinha de plastico é inidoneo, mesmo 
querendo. qdo ha um revolver, ele é um meio idoneo, mas depende das balas, pode ser bala de 
festim e será inidoneo tbm. Há meios que sao parcialmente idoneos, e surge a duvida. ex: um 
revolver antigo que pegou umidade e nao se sabe se ele terá funcionamento ou não, então só se 
sabera apos a utilização do meio (ex post e não ex ante) se ele é idoneo ou não. Num caso de arma 
umedecida, vc dá 1 tiro, 2 tiros, mas não sairam, chegou a policia e me parou, o perito irá atirar os 
outros tiros da arma, isso é o ex post pq se sair algum tiro, será possível, se não sair nenhuma bala, 
será impossível e NÃO será punido, por mais estranho que isso possa soar. Então tem que se 
verificar se o meio é próprio ou não. uma manifestação de vontade que nao sai da ideia, não se 
pune a intenção no estado democratico de direito. 
-impropriedade absoluta do objeto: nao ter como produzir um resultado pq o objeto nao é capaz 
de ter esse resultado. ex: praticar aborto em uma mulher que nao esta grávida. dar facadas em um 
morto. perícia muitas vezes resolve esses casos, quando por exemplo, um torcedor já prostrado no 
campo, durante uma briga, leva uma paulada na cabeça, mas na verdade o cara já estava morto. 
(existe o crime de vilipendio ao cadáver que é desfigurar o morto). 
 
Se nao posso causar o resultado morte, pq deveria ser punido pelo resultado que seria impossível? 
 
- um possível criminoso estava sendo monitorado, como um traficante, por exemplo, que 
enriqueceu muito rapidamente e tem informações de usuarios, mas para pegá-lo é preciso uma 
prova ou elementos, nao somente um testemunho. entao num determinado dia, marca-se de 
vender a droga e a policia pega na hr do tráfico. é permitido a policia esperar um flagrante 
(flagrante esperado)? um outro caso é uma policia impaciente que quer fzer com que eu, 
sabidamente mas nao comprovadamente traficante, venha cometer um delitor. a policia venha 
travestida de usuaria de droga e proponha uma venda de droga, nesse caso não é o flagrante 
esperado, é um crime armado pela propria policia (flagrante preparado). a situação é a mesma? 
*Lei de Drogas: art.33 nao tem nomem juris de tráfico o que já traz confusão, ela nos leva a idéia 
de comercialização, mas nesse artigo sao descritas varias condutas que genericamente sao 
chamadas de tráfico mas nem todas sao traficos de fato, o que e um problema pq trafico eh crime 
hediondo. (COLOCAR ART. 33 DA LEI) Há vários verbos, como vender e oferecer, e a pena é igual 
para todos os verbos. e caso eu pratique 2 verbos, só responderei uma vez. Se alguem pede a 
outro que arranje droga e esse outro simplesmente vai pedir a outro traficante a droga, e rola uma 
negociação entre o traficantezinho e o maior. O usuario vai pagar 100 ao pequeno que vai pagar 
50 ao grande. Nesse momento alguém pega aos dois e os prende. Os verbos foram: para o 
pequeno, vender, e para o grande: vender, ter em deposito e trazer a droga consigo. nesse 
exemplo, era possivel ao pequeno consumar o delito já que a compra era mentirosa (o usuario era 
um policial). Para o pequeno é impossível consumar o crime pq a compra era falsa, nao havia 
vontade de compra. Mas para o grande, o crime era possivel pq ele tinha em estoque e levava com 
ele, mas nao pela venda. O simples fato de ter a droga com ele, já é considerado delito, não 
precisa nem vender. O Supremo Tribunal criou uma sumula (145) que diz que nao ha crime 
quando a preparaçao do flagrante pela policia torna impossivel a consumaçao do delito. (crime 
impossivel de se realizar). Esse flagrante preparado será nulo. Isso éfeito para que a polícia não 
deixe de impedir crimes, mas sim, venha a preparar prisões de crimes por pessoas que nem 
sempre seriam criminosas. 
 
Se eu peço a um policial encoberto, sem saber que ele é, pra comprar droga e ele me passa o 
traficante que ele quer prender, e qdo eu vou lá comprar, ele preparou todos os policiais pra 
prender o traficante, o crime continua sendo impossível, continua sendo flagrante nulo. Mas, e na 
balada, eu pergunto pro Bruno onde tem um traficante e ele me indica o David, sem saber, e o 
David de fato me vende droga, aí sim é flagrante esperado e é válido. (***esclarecer isso, pq qual 
a diferença entre o 1o flagrante onde eu quero comprar e o bruno prepara a policia pra pegar e o 
dia que a policia sabe que alguem vai comprar e vai lá e pega do exemplo de flagrande esperado?) 
Quando se provoca, se forja, se cria uma situação fática imaginável mas que nao é real, mas que 
poderia criar o crime, o crime é impossível, é preparado. Mas se tem uma câmera escondida que 
flagra o que acontece, e ae prende, é esperado. 
Se o crime é impossível não tem ofensa ao bem jurídico, nem se há arrependimento eficaz ou 
posterior. A idéia central é não autorizar qualquer conduta que não seja factível, viável de ser 
realizada, por isso o crime será impossível. 
Crimes putativos - a putatividade é o imaginário, inexistente (não será anulado pq simplesmente 
não existe) 
 
16/5 
 
Crime é: ação típica ilícita e culpável 
-Ação: ato humano, pode ser ação ou omissao (crimes comissiveis e omissivos) 
-Típica: tipicidade é puro juizo de subsunçao do fato à norma penal. Se a conduta humana que 
foi praticada é exatamente igual a conduta descrita na lei penal, ela é típica. existe ou nao existe 
norma pena que descreve a conduta como crime. 
-Ilícita: contrária ao direito, que não legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento 
do dever legal e exercicio regular do direito. se direito ampara postura do agente, não há crime 
-Culpável: deve se atribuir responsabilidade à pessoa pq essa pessoa tem responsabilidade para 
ser culpável, não há responsabilidade a uma criança de 7 anos que empurra o irmão de 6. 0 a 12 
nao ha responsabilidade. 12 a 18 ha responsabilidade mitigada (estabelecida pelo estatuto da 
criança e adolescente - responde por ato infracional que é oq a lei penal descreve como crime). 
existem casos onde nao ha responsabilidade pessoal: indigena nao integrado, louco 
 
Então o crime segue essa ordem, verá se é tipica, depois se é contrária ao direito e por fim, à 
culpabilidade. 
 
Ao falar tipo, se entende oq? tipo é uma abstração. Ernest Beling diz, merda descrição abstrata de 
uma conduta, não é uma concretude. Antes não se falava em tipicidade, só a partir de 1906 
começa-se a pensar num tipo abstrato acromático (sem expressao de conteudo material) que sé 
serve como função seletiva de condutas. caso da luva, que se amolda a mão direita ou esquerda, é 
uma conduta certa. Será um mero molde. Mas ao olhar para a norma vc imagina a concretude das 
atitudes. Concreto por meio do abstrato. a 2a teoria que vai aperfeiçoar o pensamento da 
tipicidade abstrata é de que o tipo é um indicio da ilicitude. antijuricidade está no juridico. para 
nao chamar de antijuridico, chama-se de ilicitude. para Mezguer, conduta é nuclear para a 
conduta criminosa, é a essencia do proprio crime e essa teoria permite e, 1930 surge a teoria 
finalista da ação. Como seres humanos que somos, nossas condutas nao sao indiferentes, mas sim 
teleológicas (visam a um determinado fim). qdo eu decido a conduta que praticarei, a conduta 
mais do que ter conteudo, ela é materialmente voltada a um determinado crime, por isso é íncito 
a conduta o dolo e/ou culpa. ao apontar arma pra alguem, vc ja sabe o fim que acontecerá, mas 
nao se pune o foro interno, mas condiciona o mmto volitivo à relaçao juridica da conduta. nexo de 
causalidade ligado à finalidade. Mas no caso da culpa, como vc pode querer realizar uma conduta 
que eu nao tenho vontade? Voce sabe que poderia agir de outro modo, de certa forma, vc ta 
atribuindo finalidade a uma conduta ainda que nao querida (Velzel) no final dos anos 80 começam 
a surgir as obras finalistas, em 84 o legislador por algum tempero finalista por mais que a nossa lei 
nao seja finalista. se nao consegue se provar dolo antescedente mas sim dolo posterior, esse fato 
nao eh criminoso (finalista). Voce pega o livro emprestado de alguem, esse alguem vai embora e 
deixa com vc o livro, o dono falou, fica ae com o livro, mas vc nao tinha nenhuma intenção de 
rouba-lo, mas depois vc ve e se interesse e nao devolve o livre, para essa teoria não ha crime pq 
o dolo foi posterior. pq nao é condenado os rabinos que circuncisam sendo que a atitude é 
criminosa e é uma minoria absoluta? pq a conduta é socialmente adequada, baseado num juizo de 
valor nao so por respeitar religiao, mas pq algumas condutas (como estirpação clitoriana) não sao 
aceitas socialmente. A conduta eh tipica feita por pessoas imputaveis, mas se julga a conduta dele, 
do rabino, há a intenção de vulnear o corpo, mas é acompanhado de uma razao aceita e uma 
conduta socialmente justa. Assim como furar a orelha, como pegar pequenas coisas do escritorio 
onde vc trabalha, ou como mandar uma lembrança de final de ano, ou caixinha (não como 
extorsão do flanelinha). 
Condutas sao relativas (adequaçao social e insignificancia). 
-Tipicidade formal: descricao do fato 
-Tipicidade material: o qto essa descricao pode redundar num mal pra alguem 
ex. copo d'agua sem agua é abstraçao, com agua é concretude se alguem pede um copo d'agua. 
Tipo hoje é tipicidade material, é concretude. 
 
21/05 
 
Tipicidade: elemento definidor de toda conduta delituosa. é claro que se pode praticar açao tipica 
que eh licita (legitima defesa). tbm existe as ilicitas que nao sao tipicas (como a prostituiçao q eh 
ilicita - nao eh legalizada, nao ha regramento ordenativo, nao há registro - mas msmo assim nao é 
tipica, ser prostituta é ilegal - nao há criminalização da prostituição, mas da casa de prostituição) 
art.229 - estabelecimento que ocorra exploraçao sexual, haja ou nao lucro, mediação pelo 
proprietario. antes os moteis tbm se incluiam pela descriçao 
 
Redação dada pela Lei nº 12.015, de 07.08.09 
Redação anterior: Art. 229 - Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a 
encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: 
 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
 
Dolo - elemento cognitivo: saber e entender, ter conhecimento de que aquela conduta nao esta 
autorizada. saber errado e certo começa desde criança. contato respeitoso com propriedade 
alheia. 
elemento volitivo: ter vontade da realizaçao tipica, querer. 
 
-Modalidades de dolo (previstas em lei): 
1. direto - qdo agente quis resultado. se propos a realizar completamente conduta tipica 
2. eventual - assume o risco de produzir resultado. ter consciencia e ter vontade mediata (que nao 
eh direta, esta mais distante, nao posso tocar) 
caso de colocar bomba dentro do motor do carro, qdo liga o motor, estoura a bomba e mata o 
ditador. é caso direito, mas para *Gimenes de Azula existiria o dolo de consequencia necessaria, 
pq matou o motorista tbm, msmo nao querendo. tenho conhecimento q o resultado necessario de 
uma explosao vai produzir o resultado morte, mas eu nao ligo, ou seja, assumo volitivamente um 
fato que originalmente nao teria.exemplo classico de dolo eventual é a roleta russa (do revolver). 
nao eh acidente, eu tenho conhecimento que pode produzir resultado e assumo risco de produzir 
resultado. mas ate a 5a bala é eventual, na 6a será direto. 
*Frank - seja assim ou de outra maneira, suceda isso ou aquilo em qquer caso agirei. ou seja, oq 
passa na cabeça do agente que comete delito doloso eventual. o sujeito ve o alcance da conduta 
dele e ele diz: dane-se e conclui a conduta q sabe ser conducente a realizaçao integral do tipo. 
caso de relaçao sexual com menor vulneravel: eu nao tenho certeza se ela tem 14 anos ou nao, 
mas ha indicios e msmo assim, eu falei dane-se. 
1985 reforma do cod. penal. 1o caso de dolo eventual (em crimes de transito) foi o do 
atropelamento da mae da Silvia Popovic. foi o precedente, ele assumiu o risco de produzir 
resultado pq o excesso dele foi mto excessivo. 120km qdo eh 60km. esse caso abriu precedente 
para rachas (competiçao nao autorizada), sujeito estar mto embriagados. mas nao é dolo 
eventual. qual o elemento diferenciador de Thor a 135 e passar o sinal vermelho de madrugada? 
tbm esta infringindo lei e assumindo risco, mas nao tem vontade. pq criaram essa teoria para 
aplicar essa lei, pq nao obstante a lei de transito ter pena superior a pena de homicidio culposo (1 
a 3 contra 2 a 4), mas no brasil reu primario nao vai pra cadeia qdo pena eh ate 4 anos, oq 
acontece eh q um sujeito q sai bebado, e tem excesso de velocidade, esta amparado por uma 
situaçao que nao o levara a prisao, entao ja q a pena eh pequena, construiu-se uma teoria 
inaceitavel pela doutrina dogmatica. nao foi vedada para que haja uma correção da 
permissividade legal. 
 
**homicidio de 2o grau, 1o grau nao é usada pela gente, é nos EUA, aqui é simples e qualificado. 
 
Culpa: 
1. Inconsciente - culpa do dia a dia. rotina. thor batista a 135 num lugar a 110. ele nao preveu o 
resultado que previsivel 
2. Consciente - mais grave. preve resultado mas espera sinceramente que o fato nao ocorra. vou 
pro circo e o legal é o risco q as pessoas correm para fazer os numeros a serem apreciados. tem 
risco mas nao quer (homem das facas). ele assumiu o risco de produzir efeito? sim, mas nao quer 
dizer que será dolo. esta expressao de assumir risco de produzir resultava dá margem a erro, é 
equivoca. leia: assumir risco de produzir com consciencia e VONTADE. culpa consciente se avizinha 
do dolo eventual, mas aqui, o agente embora sabe do resultado, ele nao o aceita como possivel. 
 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não 
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
- na coação, só é culpado o agente da coação. 
 
23/5 
 
Crime culposo: 
é uma excessão pq a maioria dos crimes é dolosa. 
 
art. 18 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente 
 
crimes por definição sao dolosos, se nao estiver escrito no artigo dos tipos proibitivos uma 
previsao expressa de possibilidade de culposo nao se admite culposo. assim como crime omissivo 
é excessao, os crimes culposos sao excessao a regra por questao de principio, pq a lei penal é para 
aqueles que dolosamente cometem um crime. e tbm pq muitos casos podem ser cobertos pelo 
direito civil. 
alguns crimes sao culposos: 
ex. art. 129 § 6º - Se a lesão é culposa: 
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano. 
art. 121 § 3º - Se o homicídio é culposo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
- cada vez estão sendo inseridos mais crimes culposos o que é considerado um erro. aumenta-se o 
direito penal, já que o crime está sendo ampliado do que ele é, por definição - de dano, comissivo 
e doloso - para perigo e omissivo culposo. inclusive em leis fora do ambito penal. 
 
pra se ter culpa: 
- Conduta: forma impropria como alguem age. normas administrativas de como as coisas devem 
ser feitas no dia a dia sao cada vez mais focadas e cada vez que eu descumprir uma das regras eu 
posso estar cometendo um crime. conduta deve ser imprópria. 
- Inobservancia de um cuidado objetivo: por exemplo, deve-se se desmuniciar uma arma antes de 
limpa-la. a norma pode ser legal ou só um consenso. exemplo: tocar buzina do trem qdo passa por 
lugar urbano. essas coisas sao os cuidados objetivos 
- que produza resultado lesivo involuntario: tem que causar dano 
- previsibilidade: pode se supor que algo irá acontecer. uma situaçao dada gerará uma 
consequencia. é preciso prever situaçoes, como dirigi a noite, correr. 
- previsibilidade do tipo proibitivo: que nao eh permissivo - arrependimento eficaz . o crime deve 
existir culposamente. o doloso tem só que coincidir com a descriçao do crime, no culposo nao só 
tem que coincidir como deve existir como culposo. 
 
Se um motorista de um onibus mto cheio ta naquele estado de gente em todo lugar do onibus 
com a porta quase aberta e ele breca, alguem cai e se machuca, ele responde por lesao corporal 
culposo por nao ter dito que nao podia mais entrar ningm? E no caso de surfista de trem? como o 
maquinista vai controlar todas as portas, como ele pode saber? juiz tem que ver de acordo com a 
situaçao. 
 
Tipo culposo é aberto. Tipo doloso pode ser aberto (qdo nao bem descrito), mas normalmnte é 
fechado. (Nao entendi mto bem isso) 
 
*imprudencia: pratica de ato perigoso, atuar com precipitaçao, ter conduta arriscada. ex: excesso 
de velocidade, uma conversao proibida - situaçao objetiva 
*negligencia: antitese da impudencia, é forma omissiva, uma displiscencia, deixar de fazer oq 
deveria ser feito, deixar de ter precauçao necessaria. 
*impericia: falta de habilitaçao, aptidao técnica. médico fazer cirurgias, carta para dirigir. 
inexistencia da carta nao eh prova de inaptidao, por mais que a carta prove a aptidão. - nao 
precisa ser objetiva. médico alemao que faz uma cirurgia aqui, pela lei ele é nao eh medico, mas 
ele nao pode ser acusado de impericia 
 
tipos de culpa: 
- inconsciente: mais leve (99% das culpas) 
- consciente: ele preve resultado mas confia no taco (ex: atirador de faca). excessao da culpa 
 
crime praeter (alem) doloso ou praeter intencional 
Agravação pelo resultado 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver 
causado ao menos culposamente. 
 
esse artigo coloca-se no ambito do direito penal da culpa. caso de casa construida q cai com um 
terremoto aqui no brasil, a culpa nao eh dele. mas esse artigo nao age de acordo com isso. 
 
art. 157 
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 
(quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, 
sem prejuízo da multa57. 
Latrocinio é crime patrimonial e nao contra a vida e vai para juiz normal e nao para juri que nem 
homicidio. 
se eu assalto uma pessoa, ela tem um infarte e morre, eu nao produzi o resultado, nao tem culpa. 
mas no caso de um onibus assaltado q um cara tem um infarte e na hr de fugir o assaltante atirou 
no pneu, entao ele impediu que o cara fosse cuidado e morreu, tem culpa. 
 
28/5 
 
Ilicitude: mto do nosso pensamento vem de um juizo contrario, de se a conduta é autorizada pelo 
direito. 
 
-- Matar alguém é crime? Depende. Se conduta é ilícita ou se é justificável pelo direito. 
 
Estabelece-se proibição através da cominação da pena e não pelo uso de "é proibido". 
Tipo é molde para conduta. Ação típica é indicio de que ela seja ilícita. Mas essa análise é feita 
num 2o momento. A causa da ação pode quebrar o indício. 
 
Art.23 - Exclusão de Ilicitude. 
Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo 
excesso doloso ou culposo. 
 
art. 23 é artigo é um tipo pq descreve conduta, mas é tipo justificante, justifica condutas. 
como nosso sistema é finalista, todas as ações devem estar preenchidas com o elemento volitivo 
no sentido de fazer aquilo. condutas nao podem ser licitas e ilicitas ao mesmo tempo 
Oq significa o parágrafo único? os excessos como ao inves de dar um tiro, vc descarrega a arma, ao 
inves de dar um soco só, vc lincha a pessoa, esses excessos sao punidos, pq isso escapa o elemento 
da justificação, por exemplo. elemento subjetivo tem que ta nos limites dos casos de justificação. 
 
-Analise formal: ve a tipicidade entao tem indicio da ilicitude 
-Analise material: vai olhar mesmo na conduta de matar alguem uma causa de excludente de 
ilicitude incidente aqui 
 
I - Art. 24 - Estado de Necessidade 
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo 
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou 
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o 
perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser 
reduzida de um a dois terços. 
 
- caso classico é o da tábua de salvaçao, um naufragio, 2 pessoas. uma mata a outra. disputa de 2 
bens juridicos num estado de perigo atual (presente) 
policial, bombeiro, capitão do navio são as pessoas que tem dever de enfrentar o perigo nao 
podem se valer do estado de necessidade. no exemplo do caso da italia, o 1o a fugir foi o capitao 
do navio, ele nao podia ter saido. tambem nao pode fugir aquele que deu causa ao perigo. qto ao 
nao era razoavel exigir-se, é uma palavra absolutamente imprecisa, é uma ponderação que 
razoabilidade caso a caso (pune-se o excesso) 
 
perigo nao atual: se depois que ocorreu o naufragio, mas um deles conseguiu nadar ate a praia, 
ele chega la e resolve matar o que pegou a tábua. não é mais um perigo atual. 
 
ex. art. 128, I - 2 bens juridicos do mesmo peso: vida da mae e vida do bebe. aborto feito pelo 
medico é conduta típica mas nao é ilicita. 
 art.146, 3o, I - caso da transfusao de sangue de testemunha de jeova mesmo que a 
pessoa nao queira nao sera crime. acesso ao bem juridico "vida" é indisponivel 
 
II - Art. 25 - Legítima Defesa 
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
Pressupostos objetivos: 
-ação de afastar perigo vem de ação de agressão comissiva, não é de um perigo situacional. ao 
matar um cachorro que te ataca é estado de necessidade pq cachorro NÃO é gente. 
-moderadamente: dentro de um juizo de bom senso, pode-se atacar um bem juridico de igual 
peso, nao se mata por uma garrafinha por exemplo. ainda assim é uma palavra meio aberta, tem 
que se verificar caso a caso 
-atual ou iminente (nao pode ser posterior a agresao, por exemplo, tem que estar para acontecer) 
-direito pode ser seu ou de 3o. vc ve a pessoa ser atacada, vc pode defender o direito dela, mas 
ainda é legitima defesa. 
 
Legitima defesa sucessiva: qdo há provocação, por exemplo. nao existe legitima defesa de legitima 
defesa, pq sempre tem agente provocador. se eu estou difamando alguem, o bem juridico é a 
honra, esse alguem vai e agride qm difamou. é desproporcional, honra contra integridade física. 
no ponto que o 1o começa a bater, aquele que difamou pode entrar em legitima defesa. 
 
III - cumprimento do dever legal estrito 
 
-dever legal: aquilo que decorre da lei, de um comando juridico normativo, nao necessariamente 
lei. e tem que ser estrito. difamaçao de advogado é cumprimento do dever legal, mas somente se 
houver ligação com a causa. se policiais usam de mais coisas do que o necessario para prender 
alguem, por exemplo, como xingar, difamar, bater mais, etc. 
-qdo tem excesso de força, pensando na proporcionalidade, e no caso do pinheirinho ou num 
estadio de futebol por exemplo, que a policia usa gas e atinge mto mais do que o necessario para 
uma confusao que nao seria grande. concorrencia de deveres: dever de repor ordem, sem 
exceder, de ver de zelar pela integridade fisica dos outros tbm. um dos dois deveres, ele terá que 
sacrificar. esse é o grande drama qdo ha concorrencia de deveres no estrito cumprimento do 
dever legal. 
 
III - exercicio regular do direito 
 
-em caso de lutadores que estao dentro das regras do boxe e um quebra o braço do outro, nao 
será crime. a luta de boxe é aceita, tem federaçao, normas. 
-conhecer direito é requisitio, por mais que seja subjetivo. 
-exemplo classico é direito de correção dos filhos, que hj passou por uma mudança depois da lei 
da palmada. qdo ha constragimento pelos pais, os pais estao no exercicio de patrio poder legal e 
regular do direito. por isso, nao eh crime. 
 
 
Consentimento do ofendido - nao falou. 
 
30/5 
 
continuaçao do exclusao de ilicitude 
--Consentimento do ofendido 
 
doação de cornea de um pai pra um filho - lesao corporal gravissima, mas com consentimento 
art.150 e 151 - violaçao de domicilio e correspondencia. secretaria que abre a carta do chefe nao 
abre nao pq ela é ilicita, mas pq ela nao eh TÍPICA. 
 
Discussao no novo codigo: possibilidade de dispor de um patrimonio pelo acusado qdo o dono do 
patrimonio nao queira acionar. 
 
Questao de tatuagens, piercings, modificaçoes que nao eh crime por : 
-capacidade de consentir 
-ciencia do ofendido e a vontade do ofendido de transmitir esse bem 
 
Imaginem que um sujeito leva uma picada de cobra num lugar isolado, aquilo gera uma inflamaçao 
e a perna gangrena. se alguem ve isso, a pessoa ira fazer oq? deixar ele morrer ou corta a perna do 
outro? ele cometerá um crime de lesão corporal gravissima? se ele sacrificou a perna mas 
preservou a vida, é um bem juridico MAIOR, a vida. É estado de necessidade de terceiro! Médico 
ao amputar é exercicio regular do direito. nao é estrito cumprimento do dever legal pq nao é uma 
OBRIGAÇÃO como a do policial, um funcionario publico, o médico tem uma obrigação ética. o 
exerc. regular do direito é que autoriza o medico a salvar uma vida, ele só tem obrigação de 
estiver no PS. 
 
No art.23 tá dizendo que existe uma especie de artificalidade em nós separarmos a tipicidade de 
ilicitude, nao sao coisas separadas distantes, mas qdo eu digo não há crime é como se existissem 
vasos ligantes entre a ação típica entre a açao ilícita, mas qdo chega-se na culpabilidade, o cod. 
penal diz "é isento de pena". diz que fundamentalmente um crime não será culpável qdo algumas 
condiçoes concorrerem para isso. 
 
1a coisa - oq é a culpabilidade? qd diz para uma criança que esta errado e qu entao e vai ficar de 
castigo, isso é um juizo de auferição da qualidade da conduta da pessoa. 
- culpabilidade é entao, reprovabilidade de conduta tipica. 
 
é preciso ter imputabilidade para que haja culpabilidade. ou seja, imputar é atribuir pena, 
possibilidade que eu tenho de atribuir responsabilidade a alguem. imputabildide é condiçao de 
maturidade biopsicologica e sanidade mental que autoriza a responsabilidade. 
 
Inimputáveis 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Redução de pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude 
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado 
não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento.-eles tem medida recuperativa, tbm nao tem pena. 
 
Menores de dezoito anos 
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às 
normas estabelecidas na legislação especial 
 
Lei 8069/90 - Estatuto da Criança e Adolescente: menores de idade se dividem em 2 categorias: 
- 0 a 12 é criança e nao terao reprovaçao 
- 12 a 18 (nao incluindo) anos é adolescente terao reprovaçao, mas com 2 eufemismos. O crime se 
chamará de ato infracional e nao tem pena, mas uma medida socio-educativa (reprova mas 
reprova socio-educando) mas sao as mesmas medidas só que com outros nomes: internação ao 
inves de pena privativa de liberdade e tempo maximo é 3 anos e depois mais 3 anos de tempo de 
liberdade gradativa. 
Essas idades nao sao para entender o crime, mas para ser responsavel. a conduta sera punivel mas 
nao sera imputavel. Nao é a ameaça penal que tem o condão de inibir o crime. 
 
Semi inimputabilidade 
 
4/6 
 
- comentario da peça: "doze homens e uma sentença" 
 
Um fato é percebido e memoriado e os dois somados são um testemunho. 
mas as percepções são diferentes. dentro da sua perspectiva é razoavel uma apreciaçao. 
o 2o dado é o valor atribuido e tbm é diferenciado por cada um. por isso os testemunhos são 
precários e inconstantes, o que torna um problema. 
nosso sistema é de 7 jurados, eram 12 no Imperio. a unanimidade tem o inconveniente de nao ter 
um caso julgado as vezes. aqui é por maioria. no direito americano, tudo é decidido no juri, mas ha 
mecanismos de alguns casos chegarem em acordos. aqui é somente a crimes dolosos contra a 
vida: homicidio, aborto, infanticidio e auxilio, induzimento ou instigaçao ao suicidio. aqui menor 
de 18 nao é levado a juri, é levado a juiz de adolescencia. 
 
--------------- 
Ilicitude: contra a ética, contra o todo do direito 
Culpabilidade: juizo de reprovaçao que se faz a alguem que tem como premissa ser imputavel 
 
-- 2a situação de inimputabilidade: 
 
art.26: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 
 
há uma situação intermediária: 
 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude 
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não 
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento 
 
- a doença mental compreende quaiquer alteraçoes morbidas da saude mental, nao importando a 
origem, inclui psicoses, neuroses, morbidez organica (velhinhos com alzheimer por exemplo), tbm 
inclui as oligofrenias - idiotas, imbecis e debeis mentais. tbm inclui transtornos obsessivo 
compulsivos (cleptomaniaco, por exemplo) que é ter consciencia da ilicitude mas nao conseguir se 
controlar. 
- Situaçao de quem nao tem contato com o homem branco, como algumas tribos que quando 
nascem gemeos, eles matam um. isso não entra na nossa lei. conceito de inimputabilidade não é 
so do louco, entao. 
- surdo-mudo nao educado, não tem condiçao de se comunicar, tbm é inimputável 
- tbm ha situaçao de delirios febris e sonambulismo, ou ainda de surtos (epilepsia) mas no 
momento do ato que sao inimputaveis. 
 
pessoa que é imputavel dá-se pena proporcional, mas a pessoas inimputaveis, não dá-se pena. ele 
tem que ser curado, e msmo as incuráveis, deve-se dar um tratamento curativo. culpabilidade so 
pode ser dita aos imputaveis. aos inimputaveis atribui-se o atributo de periculosidade. dá-se 
medida de segurança cuja natureza é curativa é por tempo incerto, isto é, tempo indeterminado. 
Medidas de internação é de 1 a 3 anos, para crime grave. se for crime menos grave é tratamento 
ambulatorial. e depois desse periodo a libertaçao só se dara se apos um exame de periculosidade, 
ver-se que nao ha mais tanto perigo. um criminoso que mata o pai a 400 facadas, o perito - 
psiquiatra - va e fala q ele é louco. dá-se internaçao no HCT (hosp. de custodia e tratamento - 
manicomio judiciario), depois dos 3 anos, e ae apos cada ano verifica-se se esta tudo bem ou nao. 
podendo ficar toda vida. 
*isto é incostitucional pq a constituicao diz que nao ha penas de carater perpetuo e qdo diz pena, 
nao se fala em pena reprovatoria proporcional que é oq se tem ao imputavel, ela fala sançao, que 
inclui todas as medidas (socio-educativas e curativas). 
 
**filme "A casa dos mortos"** 
 
-tem um movimento anti-manicomial que propoe tratamento ambulatorial e faz-se internações 
somente em momentos de crise. isso pela perversidade dos manicomios. 
-responsabilidade é individual, não eh culpa dos pais nao ter dado remedios suficientes, por 
exemplo. 
 
Psicopata é considerado semi-imputavel, ele tem consciencia do fato que pratica´mas é 
indiferente a dor alheia. mas se ele fizer o errado e causar mal pra um terceiro, isso é irrelevante. 
(caso de chefe indiferente a tudo, insensivel a dor, e oq vale é o objetivo dele) 
Teve um caso de um médico - Osmani Ramos - cirurgiao plastico da turma do Ivo Pitangui e que 
um dia começou a praticar crimes violentos. 
Maniaco do Parque tbm é considerado psicopata. 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
 
em 1890 essas eram causas de exclusao de imputabilidade - homicidio passional era inimputavel. 
no entanto vc so trata a pessoa se ela precisa de tratamento pra evitar que aquele fato ocorra, 
mas nao existe tratamento para paixão. isso acaba por gerar impunidade. só se modifica em 40, 
qdo entra esse art.28 
- emoçao é momentanea alteraçao do seu equilibrio psiquico 
- a paixão não é momentanea. essa perturbaçao é um processo duradouro e permanente que 
muitas vezes é decorrente de uma emoçao mal resolvida. aquilo que chama-se de uma ideia fixa, 
inveja, ciume, ambição. essas figuras nao autorizam esse delito. 
 
Alguns advogados de juri chamavam os crimes passionais, a legitima defesa da honra (colocando a 
honra como bem juridico mais importante que a vida). isso deu certo até os anos 70. o ultimo 
caso, nos anos 80, foi o Doca Street que mata a sua amante, essa teoria de legitima defesa da 
honra nao cola mais. isso nao significa que nao tenha legitima defesa da honra, tem, mas de forma 
proporcional. 
 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
-algumas drogas alteram percepçoes, outras causam dependencia. 
 
6/6 
 
(anotações da Dani - faltei - revisar) 
 
Revisão geral do crime: ação ti´pica, ilicitude e culpável 
 
Se a pessoa não é sã não pode ter uma responsabilidade proporcional. 
Cautela para pessoas não sã- inimputáveis pela loucura – da medida de segurança: pelo tempo 
necessário para cura – caracter curativo 
Tres hipóteses de sanção 
Imputavel adulto: pena 
Inimputavel adulto: medida de segurança - - não é por tempo certo. 
Inimputavel adoslecente: medida sócio educativa 
 
Crime por emoção e paixão – TEM PENA SIM. 
 
 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, era, ao tempo da ação

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