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Variantes Linguísticas (1)

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VARIANTES
LINGUÍSTICAS
AO FINAL DESSA AULA 
VOCÊ ESTARÁ APTO A:
A perceber os diversos dialetos existentes no Brasil,
saber em que situação usar um tipo determinado de
linguagem , além de possibilitar a conscientização de
diferenças sociais e, consequentemente, linguísticas. 
Boa aula!Boa aula!
Esta imagem 
circulou nas 
redes sociais e as
respostas 
revelaram toda a 
variedade de 
palavras do Brasil 
a partir de apenas 
quatro itens
ASSISTAASSISTAASSISTA 
AO VÍDEOAO VÍDEOAO VÍDEO
- QUAIS PALAVRAS NA MÚSICA SÃO 
GÍRIAS?
- QUAIS FORAM CRIADAS PELA MC?
-VOCÊS RECONHECEM ALGUM DESTES 
TERMOS? JÁ OUVIRAM OUTRAS PES- 
SOAS FALANDO-OS ANTES? EM QUE 
CONTEXTO?
-O REGISTRO LINGUÍSTICO É UMA 
ADAPTAÇÃO DA LINGUAGEM PARA 
UM DETERMINADO PÚBLICO OU 
FINALIDADE. A QUAIS SITUAÇÕESE A 
QUAIS GRUPOS VOCÊS ACHAM QUE
UM REGISTRO COMO O DESSA MÚSICA 
ADEQUA-SE MELHOR?
Variação 
linguística são os 
diferentes modos 
de uso da 
língua.Vamos 
conhecer quais 
são os dois níveis 
de variação 
linguística .
A variedade padrão da língua é 
aquelaque segue as regras estabelecidas 
pela gramática normativa. Ela é usadaem 
situações formais,em documentos 
oficiaise nas escritas escolares e 
acadêmicas, além de termaior 
preocupação com a pronúncia das 
palavras e a ausência de gírias.
 
A variedade coloquial é aquela utilizada no nosso 
dia a dia,de maneira corriqueira. Essa variedade 
não tem tanto compromisso com a 
gramáticanormativa. Por isso, não segue com 
tanto rigor as regras da língua.O objetivo do 
falante ao usar a linguagem coloquial é 
transmitir a mensagem, não se preocupando 
tanto em como a mensagem está estruturada.
 
Linguagem formal, padrão ou culta 
É aquela que segue os conceitos estabelecidos 
pela gramática normativa e é a adotada como 
padrão nos vestibulares e concursos. Além disso, é
utilizada nos trabalhos escolares e acadêmicos. 
A linguagem formal ou culta apresenta uma 
estrutura sintática complexa, em que as palavras 
são cuidadosamente escolhidas para que o texto 
fique bem elaborado. 
Por privilegiar a correção gramatical, é ensinada 
nas escolas e amplamente falada na comunicação 
social mais formal. 
Outra característica importante é que ela 
apresenta um vocabulário mais rico e diversificado, 
característico da formalidade que a escrita exige. 
É importante lembrar também, que a linguagem 
formal quando utilizada na fala, exige uma 
pronúncia mais clara e correta das palavras. 
Salas de
 aula, co
nferênc
ias, 
palestra
s e semi
nários; 
Discurso
s público
s ou
políticos
; 
Exames 
e avalia
ções esc
ritas 
ou orais
 de conc
ursos 
públicos
; 
Reuniõe
s de trab
alho; 
Entrevis
tas de e
mprego
; 
Editais; 
Docume
ntos ofic
iais, 
requerim
entos e 
cartas;
Redaçõe
s. 
Situações de usoSituações de usoSituações de uso
EXEMPLO
 
Prezados Senhores, 
 Em busca de nova proposta de trabalho na área de vendas, apresento-
lhes meu currículo anexo. 
 Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom
humor, dinamismo, responsabilidades, perfeccionismo, dedicação ao
trabalho e bom relacionamento interpessoal. Informo que tenho
disponibilidade para viagens, de acordo com a necessidade da empresa. 
 No aguardo de contato, coloco-me à disposição para prestar-lhes mais
esclarecimentos. 
Linguagem coloquial, informal ou popular
A linguagem coloquial é dotada de maior liberdade de 
expressão, característica típica da oralidade. 
Por não seguir os padrões rígidos estabelecidos pela 
gramática normativa, apresenta uma estrutura sintática 
mais simples e, consequentemente, mais acessível às 
pessoas com menor grau de escolarização. 
A linguagem coloquial é utilizada em situações informais, 
por este motivo, não há muito cuidado na escolha das 
palavras. 
É preciso estar atento ao contexto comunicativo, já que a 
linguagem informal não é aceita em situações como 
entrevistas de emprego ou apresentação de trabalhos 
escolares, por exemplo. Ela também deve ser evitada 
quando a mensagem é dirigida a um grande público. 
É importante observar que as pessoas adotam diferentes 
tipos de fala, dependendo do contexto em que se 
encontram: um diretor de uma empresa, por exemplo, 
apresenta em seu local de trabalho, o nível de linguagem 
formal que o ambiente e o seu cargo exigem. No 
entanto, em casa com sua família e amigos, adota uma 
linguagem mais informal, em função, inclusive, do grau 
de intimidade que possui com estas pessoas. 
EXEMPLO
Fala aí, galera! Vai rolar o churras no 
domingo? 
A linguagem técnica é um tipo de linguagem usada 
geralmente em nichos específicos de estudo ou áreas 
correlatas. Ela tem como objetivo usar termos 
específicos para definir processos e causas com a 
finalidade de objetivar de forma clara o contexto por 
meio de um significado.
 
 
 
O direito, a engenharia, a medicina e 
todos os outros cursos de estudo 
existentes possuem uma linguagem 
técnica especifica para tratar de 
assuntos subjetivos da área.
EXEMPLOS
Psicologia
Gradiente de generalização, contingência, limiar absoluto, 
complexo de édipo, comportamento operante, inconsciente 
coletivo, superego, recalque, repressão, castração.
Marketing Digital
Persona, Customer Success, Search Engine Optimization, 
jornada de compra, topo de funil, call-to-action, leads, CRO, 
CRM, landing page, testes A/B, tráfego orgânico, link building, 
backlink.
Medicina
Dispneia, síncope, abartrose, parenteral, apneia, colestase, 
enurese, frêmito, gangrena, hematúria, marasmo, otorréia, 
paresia, puxo, lactação, hemorragia.
EXISTEM TAMBÉM 
AS SEGUINTES 
MODALIDADES:
A gíria, que é um estilo linguístico que está
integrado à linguagem popular. Ela está relacionada
ao cotidiano de certos grupos sociais, em especial
os estudantes, os esportistas e também os ladrões,
por exemplo. Utilizada como meio de expressão
cotidiana, a gíria existe dentro de grupos para
diferenciá-los, pois só os inseridos naquele
determinado contexto sabem o seu significado.
Bem, pelo menos foi assim que ela começou e ainda
é usada em alguns grupos atualmente. Entretanto, a
fala se encarrega de espalhar a gíria e seus
significados e, muitos grupos, ainda que não
tenham ligação entre si, podem falar a mesma gíria.
EXISTEM TAMBÉM 
AS SEGUINTES 
MODALIDADES:
Linguagem vulgar
Indo de encontro com a linguagem culta, a vulgar é
extremamente fora do padrão gramatical e faz parte
da fala dos analfabetos ou semianalfabetos. As
estruturas gramaticais são “bagunçadas” e
barbarismos são frequentes. A exemplo temos os
vícios “Nóis vai”, “vamo ir”, “pra mim comer”.
EXEMPLOS
EXEMPLOS
O Pecado
de Lima Barreto
 
 Quando naquele dia São Pedro despertou, despertou risonho e de bom
humor. E, terminados os cuidados higiênicos da manhã, ele se foi à
competente repartição celestial buscar ordens do Supremo e saber que
almas chegariam na próxima leva.
 Em uma mesa longa, larga e baixa, em grande livro aberto se estendia e
debruçado sobre ele, todo entregue ao serviço, um guarda-livros punha em
dia a escrituração das almas, de acordo com as mortes que Anjos
mensageiros e noticiosos traziam de toda extensão da terra. Da pena do
encarregado celeste escorriam grossas letras, e de quando em quando ele
mudava a caneta para melhor talhar um outro caráter caligráfico.
 Assim páginas ia ele enchendo, enfeitadas, iluminadas em os mais
preciosos tipos de letras. Havia no emprego de cada um deles, uma certa
razão de ser e entre si guardavam tão feliz disposição que encantava o ver
uma página escrita do livro. O nome era escrito em bastardo, letra forte e
larga; a filiação em gótico, tinha um ar religioso, antigo, as faltas, em
bastardo e as qualidades em ronde arabescado.
 Ao entrar São Pedro, o escriturário do Eterno, voltou-se, saudou-o e, à
reclamação da lista d’almas pelo Santo, ele respondeu com algum enfado
(endado do ofício) que viesse à tarde buscá-la.
 Aí pela tardinha, ao findar a escrita, o funcionário celeste (um velho jesuíta
encanecidono tráfico de açúcar da América do Sul) tirava uma lista explicativa e
entregava a São Pedro a fim de se preparar convenientemente para receber os
ex- vivos no dia seguinte.
 Dessa vez ao contrário de todo o sempre, São Pedro, antes de sair, leu de
antemão a lista; e essa sua leitura foi útil, pois que se a não fizesse talvez, dali em
diante, para o resto das idades – quem sabe? – o Céu ficasse de todo estragado.
Leu São Pedro a relação: havia muitas almas, muitas mesmo, delas todas, à vista
das explicações apensas,uma lhe assanhou o espanto e a estranheza. Leu
novamente. Vinha assim:
 P. L. C., filho de..., neto de..., bisneto de... – Carregador, quarenta e oito anos.
Casado. Casto. Honesto. Caridoso.Pobre de espírito.Ignaro. Bom como São
Francisco de Assis. Virtuoso como São Bernardo e meigo como o próprio Cristo. É
um justo.
 Deveras, pensou o Santo Porteiro,é uma alma excepcional; como tão
extraordinárias qualidades bem merecia assentar-se à direita do Eterno e lá ficar,
per saecula saeculorum, gozando a glória perene de quem foi tantas vezes Santo...
 — E porque não ia ? deu-lhe vontade de perguntara o seráfico burocrata.
 — Não sei, retrucou-lhe este. Você sabe, acrescentou, sou mandado...
 —Veja bem nos assentamentos. Não vá ter você se enganado. Procure,retrucou
por sua vez o velho pescador canonizado.
 Acompanhado de dolorosos rangidos da mesa, o guarda-livros foi folheando o
enorme Registro, até encontrar a página própria, onde com certo esforço achou a
linha adequada e com o dedo afinal apontou o assentamento e leu alto:
 —Esquecia-me... Houve engano.É ! Foi bom você falar. Essa alma é a de um
negro. Vai para o purgatório.
Revista Souza Cruz, Rio, agosto 1924.
Lima Barreto escreveu em linguagem despreocupada com o cânone, para ele o
mais importante era ser compreendido pelas pessoas mais humildes, pois via
seus contos e romances como uma arma contra os mecanismos de dominação
social. Seus textos apontavam o dia-a-dia dos subúrbios cariocas e as formas de
controle e opressão que a sociedade exercia sobre os indivíduos.
Segundo Cuti(2011) a obra literária de Lima Barreto apresenta uma
multiplicidade de abordagens, trata-se de uma obra aberta que possibilita o
leitor preencher os espaços vazios, com interpretações concretas. Neste sentido,
é uma obra estimuladora, com características flexíveis e permeáveis. Um texto
sem forma fixa que migra por todos os gêneros textuais, que foge de qualquer
norma pré-estabelecida, seja na escrita ou através das ideias apresentadas.
DESVELANDO O RACISMO 
NO CONTO “O PECADO”, DE 
LIMA BARRETO
Sua linguagem é denunciadora, pois seus textos desmascaram situações em que
a liberdade de viver é limitada por preconceitos de cor e de classe, suas ideias
diferem do senso comum, pois possui uma visão social diferenciada. Por conta
disso, é possível fazer analogias com seus textos entre o passado e presente. Sua
obra nos provoca um incômodo intelectual e emocional, agradável ou não, pois
desnuda ocultas intenções nos gestos e atitudes dos grupos que detêm o poder.
Investiga com olhar crítico temas polêmicos tais como: racismo, corrupção na
política, violência contra mulher, futebol, depressão e loucura, entre muitos
outros que por muito tempo foram proibidos de se falar e/ou questionar.
Segundo Nicolau Sevcenko (1999), todo universo temático da obra de Lima
Barreto é composto tendo como ponto central o exercício discriminatório e a
marginalização social. Assim passou a denunciar e divulgar a ideologia das
classes dominantes e suas pressões sobre os dominados.
DESVELANDO O RACISMO 
NO CONTO “O PECADO”, DE 
LIMA BARRETO
Os textos barreteanos por apresentar mudanças nas sociedades e nos indivíduos,
às vezes profundas, às vezes superficiais, marcaram a memória nacional
brasileira, isso fez com que seu trabalho ficasse por muito tempo emm plano
secundário, porque seus escritos tinham e têm força de mudar o senso crítico
daqueles que os leram e/ou leem.
Porta-voz dos excluídos, seu principal laboratório de pesquisa, foi o cotidiano dos
menos favorecidos. A cidade em que nasceu foi para ele um cenário aberto de
exclusão, onde ele captava todos os elementos necessários para produção de
suas obras literárias.
[...] eu, apesar de ser um sujeito sociável e que passo, das vinte e quatro horas do
dia, mais de quatorze na rua, conversando com pessoas de todas as condições e
classes, nunca fui homem de sociedade: sou um bicho do mato. (BARRETO,
1956, v. x III, p. 55).
DESVELANDO O RACISMO 
NO CONTO “O PECADO”, DE 
LIMA BARRETO
Com ideias bem definidas, o autor imerge no cotidiano urbano da cidade e passa
a observar seu contexto social, a fazer sua cidade, apreende os detalhes
encontrados, personificando-os em suas obras como verdadeiros personagens.
Notadamente, também descreveu como um observador crítico que era, as
novidades urbanas e constantes alterações no campo da construção civil. 
A criação literária para Lima Barreto está internamente ligada ao meio no qual é
produzida. O autor deixa claro que para escrever bem, é necessário, antes de
tudo ser um bom observador, não apenas dos atos individuais, mas de toda a
sociedade. Para ele a literatura deveria ser um instrumento de diálogo entre os
homens, sendo assim um meio de fácil compreensão que aliasse personagem e
leitor, com o objetivo de comunicar ideais fazendo surgir sentimentos críticos.
DESVELANDO O RACISMO 
NO CONTO “O PECADO”, DE 
LIMA BARRETO
QUEM FOI LIMA BARRETO, AFINAL?
Afonso Henriques de Lima Barreto, nascido no dia 13 de maio de 1881, no Rio de 
Janeiro. Era filho de um tipógrafo e de uma professora, ambos mulatos. Perdeu a 
mãe aos 7 anos. Aos 16, ingressou na Escola Politécnica, mas cinco anos seu pai 
enlouqueceu e o rapaz teve de abandonar os estudos para sustentar a família. Em 
1903, com 22 anos, conseguiu um modesto cargo na secretaria de Guerra e passou 
a desenvolver uma produção literária sistemática.
 
Em 1904, começou a escrever o romance Clara dos Anjos e, no ano seguinte, iniciou 
a elaboração de Recordações do Escrivão Isaías Caminha, publicado em Lisboa em 
1909. Também passou a trabalhar como jornalista e fundou, em 1907 , a revista 
Floreal. Quatro anos depois, o Jornal do Comércio publicou em folhetins seu 
romance Triste fim de Policarpo Quaresma.
 
Em 1914, Lima foi internado por alcoolismo no Hospício nacional. Apesar disso, 
continuou a colaborar com o Jornal Correio da manhã e a revista Careta, entre 
outras publicações, e viu o Jornal A noite publicar em folhetins, em 1915, seu 
romance satírico Numa e Ninfa. Em 1916, foi internado mais uma vez no hospício 
para tratamento de saúde. Em 1917, teve sua candidatura à Academia Brasileira de 
letras sumariamente ignorada. Nessa ocasião, escreveu textos em apoio a greves e 
colaborou na imprensa socialista. 1919 é o ano de publicação do romance Vida e 
Morte M.J. Gonzaga de Sá. Candidatou-se ainda por mais duas vezes a Academia 
Brasileira de Letras, sem nenhum sucesso. Em 1º de novembro de 1922, com 41 
anos, falece Lima Barreto, vítima de gripe e infarto
-O texto foi publicado em 1924. Quais termos nos
causam estranheza nos dias atuais?
-Em sua época, Lima Barreto foi conhecido por uma 
escrita mais coloquial, despojada. O que é considerado 
um texto despojado atualmente?
Quais expressões são próprias do discurso religioso?
ATIVIDADE
-O texto foi publicado em 1924. Quais termos nos causam
estranheza nos dias atuais?
DESTACADAS NO TEXTO
-Em sua época, Lima Barreto foi conhecido por uma
escrita mais coloquial, despojada. O que é considerado um
texto despojado atualmente?
A literatura de Lima Barreto foi marcada pela denúncia
das desigualdades sociais e preconceitos, abarcando
temas que fizeram com que alguns críticos considerassem
sua obra um tanto quanto panfletária. Atualmente,
despojado pode ser um bilhete, uma conversa de
WhatsApp, 
ATIVIDADE (RESPOSTAS)
Quais expressões são próprias do discurso religioso?
EM VERMELHO NO TEXTO
ATIVIDADE (RESPOSTAS)
Curiosidades 
sobreo 
assunto
Verbetes do livro Schifaizfavoire - Dicionário de Português, de Mário Prata
O escritor brasileiro Mário Prata coletou, durante o tempo que viveu em Portugal, 
expressões curiosas ou diferentes do português utilizado no Brasil. O resultado está no 
livro Schifaizfavoire, lançado pela Editora Planeta. Reuni abaixo quatro verbetes que podem 
estimular a discussão com estudantes sobre a variação entre o português no Brasil e em 
Portugal.
Não tem nada a ver com marido e
mulher. Por exemplo, o famoso
vinho Casal Garcia não é feito por
um casal, mas sim numa pequena
propriedade, numa pequena
quinta. É que eles sempre
colocavam um casal para tomar
conta, os caseiros, daí o nome.
 
Casal
Esta todo mundo sabe. Pelo 
menos quem gosta de futebol. 
Esférico é a bola de futebol.
 
 
Esférico
Não conheci ainda nenhum rapaz
chamado Marco, em Portugal.
Marco aqui é a caixa do
correio,aquela que fica na rua,
onde você coloca a sua carta.
 
 
 
Marco
Nada a ver com passar roupas. É 
a passagem de pedestres, a 
zebra.
 
 
 
 
Passadeira
AS VARIANTES 
LINGUÍSTICAS NO 
ENEM
Na próxima a
ula
Na próxima a
ula
Na próxima a
ula
Leia o texto abaixo:
 
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra 
de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. 
O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou
funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá
em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de
Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
FAZER NO 
CADERNO
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e 
o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de 
repente devido
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela 
informalidade
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
FAZER NO 
CADERNO
(ENEM 2006)
FAZER NO 
CADERNO
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem 
convive com marcas de regionalismo e de 
coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do 
padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
a) “Não se conformou: devia haver engano” 
(ℓ.1).
b) “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).
c) “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).
d) “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).
e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).
(ENEM 2006)
FAZER NO 
CADERNO
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem 
convive com marcas de regionalismo e de 
coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do 
padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
a) “Não se conformou: devia haver engano” 
(ℓ.1).
b) “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).
c) “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).
d) “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).
e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).
(ENEM 2006)
FAZER NO 
CADERNO
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem 
convive com marcas de regionalismo e de 
coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do 
padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
a) “Não se conformou: devia haver engano” 
(ℓ.1).
b) “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).
c) “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).
d) “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).
e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).
VAMOS VER O OUVIR 
A MÚSICA
FAZER NO 
CADERNO
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra 
fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só 
porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que 
sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas 
não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:
(ENEM 2013)
a) caráter atual, pelo uso de linguagem 
própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância 
de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de 
gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da 
linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da 
linguagem.
APROFUNDANDO 
CONHECIMENTOS
 
Variantes 
Linguísticas
Diacrônicas ou 
históricas: ocorrem 
quando a língua 
apresenta mudanças 
dentro da linha do 
tempo.
Diatópicas, de natureza 
geográfica, regional ou 
dialetal: são aquelas que 
apresentam mudanças de 
região para região, o que 
simplesmente conhecemos 
como sotaque (pronúncia 
típica de uma região).
Distráticas, de natureza 
social ou cultural: são as 
variações ocorridas em 
razão da convivência 
entre os grupos sociais.
Diafásicas, de natureza situacional ou expressiva: 
se dão em função do contexto comunicativo, ou 
seja, a ocasião determina o modo como vamos 
falar com o interlocutor, podendo ser formal ou 
informal
Mapa 
Mental
FAZER NO 
CADERNO (ENEM 2016)
Pela história, percebe-se que a mulher
a) demonstrou insegurança ao observar que o papagaio falava diferente dela.
b) foi grosseira com o vendedor do papagaio.
c) demonstrou preconceito linguístico.
d) resolveu ficar com o papagaio.
FAZER NO 
CADERNO (ENEM 2016)
Ao final da história, compreende-se o motivo de o papagaio falar sem fazer uso das convenções 
ortográficas. Portanto, podemos concluir que tal fato é um exemplo implícito de uma variação 
linguística
a) geográfica.
b) situacional.
c) histórica.
d) social.
FAZER NO 
CADERNO (ENEM 2016)No mundo nom me sei parelha,
mentre me for como me vai;
ca ja moiro por vós, e ai!,
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia?
Mao dia me levantei,
que vos entom nom vi feia!”
(Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós)
No trecho do cantiga trovadoresca acima, temos um exemplo de:
a) variação geográfica
b) variação diatópica
c) variação histórica
d) variação social
e) variação situacional
O Trovadorismo foi um dos principais 
movimentos literários da Península 
Ibérica e teve início por volta do século 
XI,um estilo de época surgido na Idade 
Média. Nesse período histórico, 
predominava o teocentrismo (a ideia de 
que Deus é o centro de tudo), pois a 
Igreja Católica, com poderio econômico e 
político, exercia total domínio no 
Ocidente. Nesse contexto, surgiram as 
cantigas trovadorescas ou 
provençais.
As cantigas trovadorescas eram textos literários recitados na 
companhia de instrumentos musicais. Os instrumentos mais 
comuns eram viola, lira, harpa, flauta, alaúde e pandeiro. As 
cantigas trovadorescas estão reunidas em livros chamados de 
cancioneiros.
As cantigas foram cultivadas no gênero lírico e satírico e são 
organizadas em quatro tipos. No gênero lírico temos as cantigas 
de amor e as cantigas de amigo, no gênero satírico, as cantigas 
de escárnio e cantigas de maldizer.
Nas cantigas de amor, o eu 
lírico (a voz da poesia) é 
masculino e o tema mais 
explorado é o sofrimento 
amoroso. Já na cantiga de 
amigo, o eu lírico é feminino e 
o tema mais frequente é a 
saudade e o lamento 
amoroso da dama que sofre 
com a ausência do amado.
As cantigas foram cultivadas no gênero lírico e satírico e são 
organizadas em quatro tipos. No gênero lírico temos as cantigas 
de amor e as cantigas de amigo, no gênero satírico, as cantigas 
de escárnio e cantigas de maldizer.
Cantiga de escárnio: são 
composições em que se 
critica alguém através da 
zombaria do sarcasmo. 
Trazem sátiras indiretas por 
encobrir a agressividade 
através do equívoco e da 
ambiguidade. Cantigas de 
maldizer: apresentam sátira 
direta, contundente e clara.
A intenção destas cantigas é satirizar certos aspetosda vida da corte, visando com frequência certas 
personagens como jograis, soldadeiras, clérigos, fidalgos, plebeus nobilitados.
FAZER NO 
CADERNO
(ENEM 2008)
Na tirinha acima, temos um exemplo de:
a) variação geográfica
b) variação diatópica
c) variação histórica
d) variação diastrática ou social
e) variação situacional
FAZER NO 
CADERNO
Na tirinha acima, temos um exemplo de:
a) variação geográfica
b) variação diatópica
c) variação histórica
d) variação diastrática ou social
e) variação situacional ou diafásica
FAZER NO 
CADERNO
Na tirinha acima, temos um exemplo de:
a) variação geográfica
b) variação diatópica
c) variação histórica
d) variação diastrática ou social
e) variação situacional ou diafásica
FAZER NO 
CADERNO
Na tirinha acima, temos um exemplo de:
a) variação geográfica
b) variação diatópica
c) variação histórica
d) variação diastrática ou social
e) variação situacional ou diafásica
FAZER NO 
CADERNO
Com relação às teorias sobre variação linguística, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as 
falsas:
( ) A variação diatópica ocorre por conta das diferenças na composição de cada comunidade linguística, 
geralmente ocorrendo no nível semântico. Um exemplo, a palavra “mandioca”, também conhecida como 
“macaxeira” e “aipim”.
( ) A variação linguística pode ocorrer nos níveis semântico, fonético e morfológico, mas nunca no nível 
sintático.
( ) A variação diastrática é relacionada aos grupos sociais. Como exemplo, é possível citar o vocabulário 
específico de membros de uma profissão.
( ) A variação diafásica é relacionada ao contexto comunicativo. Cada instância determinará o uso de 
determinados recursos linguísticos.
( ) A variação sincrônica ocorre através do tempo. Os usuários de um determinado grupo linguístico vão 
adaptando sua língua ao passar dos anos
FAZER NO 
CADERNO
Assinale a alternativa que contém a sequência 
CORRETA de cima para baixo.
Alternativas
A) F.V.V.F, F
B) V, F ,V ,V ,V
C) V, V, V, F, V
D)V, V, F, F, F
E)V, F, V, V, F
RESUMINDO...
E que as Gírias são fenômenos linguísticos utilizados num 
contexto informal, sendo muita utilizada entre os jovens. 
São palavras ou frases não-convencionais 
 A linguagem vulgar é extremamente fora do padrão 
gramatical e faz parte da fala dos analfabetos ou 
semianalfabetos. É exatamente oposta à linguagem 
culta/padrão. As estruturas gramaticais não seguem 
regras ou normas de funcionamento
Conhecemos um pouco sobre o autor
pré-modernista Lima Barreto.
 
Com a leitura e análise o conto O 
Pecado, mostraremos como o 
escritor Lima Barreto, grande 
pensador social do seu tempo.
A fim de acompanhar a 
evolução da aquisição de 
conhecimento do aluno, ao 
mesmo tempo em que fornece 
subsídios para o professor 
compreender o quão eficiente 
está sendo seu processo de 
ensino, faremos uma 
simulado.
SIMULADO
11/07
Nossa aula sobre 
o assunto 
terminou
Obrigada pela atenção!

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