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© Hexag Editora, 2017 Direitos desta edição: Hexag Editora Ltda. São Paulo, 2016 Todos os direitos reservados. Autores José Tadeu de Moraes Barros Lucas Limberti Murilo de Almeida Gonçalves Pércio Luis Ferreira Cora de Andrade Ramos Cosme Cunha Diretor geral Herlan Fellini Coordenador geral Raphael de Souza Motta Responsabilidade editorial Hexag Editora Diretor editorial Pedro Tadeu Batista Revisora Maria Cristina Lopes Araujo Programação visual Hexag Editora Editoração eletrônica Claudio Guilherme da Silva Eder Carlos Bastos de Lima Fernando Cruz Botelho de Souza Raphael de Souza Motta Raphael Campos Silva Stephanie Lippi Antonio Projeto gráfico e capa Raphael Campos Silva Fotos da capa (de cima para baixo) http://www.fcm.unicamp.br Acervo digital da USP (versão beta) http://www.baia-turismo.com Impressão e acabamento Meta Solutions Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições. O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen- tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. 2017 Todos os direitos reservados por Hexag Editora Ltda. Rua da Consolação, 954 – Higienópolis – São Paulo – SP CEP: 01302-000 Telefone: (11) 3259-5005 www.hexag.com.br contato@hexag.com.br CARO ALUNO Desde de 2010, o Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Você está recebendo o primeiro caderno R.P.A.(Revisão Programada Anual) - ENEM do Hexag Vestibu- lares. Este material tem o objetivo de verificar se você apreendeu os conteúdos estudados, oferecendo-lhe uma seleção de questões ideais para exercitar sua memória, já que é fundamental estar pronto para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio. Além disso, este material também traz sínteses do que você observou em sala de aula, ajudando-lhe ainda mais a compreender os itens que, possivelmente, não tenham ficado claros e a relembrar os pontos que foram esquecidos. Aproveite para aprimorar seus conhecimentos. Bons estudos! Herlan Fellini ÍNDICE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 5 LITERATURA 73 INGLÊS 167 REDAÇÃO 187 R.P.A. ENEM Gramática e Interpretação de Texto Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas. H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social. H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística. Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas. H11 Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário. H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução. H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. H24 Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro. H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação. Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação. H29 Identificar pela análise de suas linguagens,as tecnologias da comunicação e informação. H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem 7 BREVIÁRIO Funções de linguagem A língua não é um fim em si, mas apenas um meio Roman Jakobson Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o destinador/emissor quer dar ou do efeito que quer causar no destinatário/receptor. As funções da linguagem são as seguintes: § Emissor – emite a mensagem, codificando-a em palavras; § Receptor – recebe a mensagem e a decodifica, ou seja, apreende a ideia; § Mensagem – aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação; § Código – sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem; § Referente – contexto em que se encontram o emissor e o receptor; § Canal – meio pelo qual a mensagem é transmitida. § Emotiva ou expressiva – centralizada no emissor, ressalta sua opinião, trata das emoções; prevalece a 1ª pessoa do singular (eu), interjeições e exclamações; é a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. Competências 1, 6, 7 e 8 Habilidades 1, 2, 3, 4, 19, 23, 24, 25 e 26 Aulas 1 e 2 Desencanto Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústica rouca, Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre... (Manuel Bandeira) § Referencial – centralizada no referente, pois o emissor oferece informações da realidade; objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular (ele/ela); é a linguagem usada nos textos científicos, arte realista, notícias de jornal. “Aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, para que ele permita uma investigação independente sobre os aparentes erros dos seus serviços de inteligência no que se refere às armas de des- truição em massa do Iraque. A indicação do governo americano, também questionado sobre a sua avaliação da ameaça iraquiana, de que um inquérito pode ser aberto no país, reforçou o argumento dos críticos de Blair. O Partido Conservador britânico deverá apresentar nesta semana uma moção pedindo a investigação.” Fonte: Folha de São Paulo - 02-02-2004 § Conativa ou apelativa – centralizada no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor; como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso da 2ª pessoa do singular (tu), do pronome de tratamento você ou do nome do próprio receptor, além de vocativos e imperativos; usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 8 9 § Fática – utilizada para testar o canal, para manter o contato físico ou psicológico com o interlocutor. § Metalinguística – é a linguagem utilizada para falar da própria linguagem; a linguagem como fazer ar- tístico; põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, preocupa-se mais em “como dizer” do que com “o que dizer”. Razão de ser Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece. E as estrelas lá no céu Lembram letras no papel, Quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê? (Paulo Leminski) § Poética – é a linguagem que põe em evidência a forma como a mensagem é veiculada. Está mais interes- sada nos aspectos estéticos, na beleza e nos enfeites atribuídos à mensagem. Sem Mim Ando Com Igo Sigo Sem Com Ando (Arnaldo Antunes) Variação linguística Variações linguísticas são as peculiaridades que a língua adquire com o tempo em função do seu uso por comuni- dades específicas. Contexto de conversação Conforme a situação em que nos encontramos ao falar ou escrever, mudamos o nosso trato com a linguagem. A cada instante, utilizamos a língua de uma maneira particular, uma vez que nos adaptamos ao contexto em que estamos. Como exemplo, agimos diferentemente quando nos dirigimos aos nossos pais ou quando falamos com nossos amigos; escrevemos na escola de um modo diferente daquele que escrevemos nos aplicativos de comuni- cação. Isso significa que precisamos dominar várias modalidades do português. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.) Origem geográfica do falante Pelo fato de ser falado em várias regiões, a língua portuguesa apresenta grandes variações regionais que modifi- cam o vocabulário utilizado, na forma como as palavras são pronunciadas e até na ordem na qual elas aparecem em uma oração. A leguminosa conhecida por muitos como aipim recebe o nome de mandioca ou macaxeira, em muitas outras regiões do Brasil. 10 11 Idade do falante A idade do falante é também um aspecto importante nos estudos de variação linguística e está relacionado ao fato de as línguas variarem de acordo com o passar do tempo. O português nem sempre foi como é atualmente, portanto, pessoas de idades diferentes aprenderam a falar em épocas diferentes e apresentam um modo de falar que reflete essa variação. Aspectos sociais A classe social à qual pertence o falante é um aspecto que pode estar intimamente interligado com seu grau de escolaridade, ou seja, tal situação social pode influenciar a variação linguística dos falantes. A questão do gênero Não podemos desconsiderar a diferença entre os modos de falar masculino e feminino, pois, se as condições sociais dos falantes determinam o modo como eles utilizam seu próprio idioma, se há diferenças nos papéis sociais histori- camente atribuídos a homens e mulheres, essas condições também poderão produzir uma variação entre os gêneros. Linguagem formal versus linguagem informal a. Norma culta/padrão: é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de maior prestígio dentro da classe literária. *Não se trata da única forma correta. b. Linguagem informal/popular: é a denominação dada à variedade linguística utilizada no cotidiano em que não exige a observância total da gramática. Língua falada versus língua escrita a. Língua falada/oral: dispõe de um número incontável de recursos rítmicos e melódicos – entonação, pau- sas, ritmo, fluência, gestos – porque, claro, o emissor (pessoa que fala ou transmite uma mensagem numa dada linguagem) está presente fisicamente. Algumas das características principais são: § frequência da ocorrência de repetições, hesitações e bordões de fala (“Pois, eu aaa... eu acho que... pron- to, não sei...“, Cara, o que é isso, cara?); § frases curtas; § frases inacabadas, porque foram cortadas ou interrompidas; § uso frequente da omissão de palavras. Ex.: Eu vou com minha mãe e com meu pai; Empresta o seu caderno? § formas contraídas. Ex.: prof, med, refri, facul; § afastamento das regras gramaticais. Ex.: Eu vi ele; § possibilidade de adequar o discurso de acordo com as reações dos ouvintes. b. Língua escrita: recorre a sinais de pontuação e de acentuação para exprimir os recursos rítmicos e meló- dicos da oralidade: § uso de ricas descrições; § faz atenção às regras gramaticais com um maior rigor; § sinais de pontuação e acentuação para transmitir a expressividade oral; § frases longas, apesar de também poder usar frases curtas; § uso de vocabulário maisamplo e cuidadoso; § conectivos e estruturas sintáticas para garantir a coesão textual. tipos de linguagem § Linguagem verbal: utiliza a língua falada ou escrita, sendo estas compostas por palavras. § Linguagem não verbal: emprega todo código que não seja composto por palavras – movimentos faciais e corporais, gestos, olhares, entoação, imagens, símbolos, sons etc. 12 13 semântica – elementos de análise Já que se fala a todo o momento de semântica no curso de Gramática, nada melhor do que apresentá-la logo no início do material de Interpretação (já que ela é parte essencial dos processos interpretativos). A semântica é o cam- po de estudos linguísticos que cuida dos significados das palavras e dos textos. Ela está presente em praticamente todos os outros campos gramaticais (com exceção dos estudos básicos de fonética e fonologia, ligados à ortografia e à acentuação). Pode ter certeza de que, onde há acepções de sentido, há semântica. Além de sua presença em várias áreas da Gramática, a semântica possui seus próprios elementos de análise, que conheceremos a seguir. Sinonímia Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados idênticos ou muito semelhantes a outras. § Cão = cachorro § Jerimum = abóbora A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possibilidades de se reconstruir uma frase ou texto com outras palavras similares) e ajuda nos processos de coesão textual (por meio de sinônimos, evitamos a repetição de termos em um texto). Antonímia Ocorre antonímia quando temos palavras com significados contrários a outras. § Bonito ≠ feio § Alto ≠ baixo Homonímia Ocorre homonímia quando temos palavras de grafia igual ou pronúncia igual, mas com significado diferente. Isso nos dá três tipos de homônimos: 1. Homônimo homófono heterógrafo (pronúncia igual – grafia diferente) Exemplo: acento (marca gráfica de tonalidade) e assento (local para se sentar). 2. Homônimo homógrafo heterófono (escrita igual – pronúncia diferente) Exemplo: jogo (substantivo) e jogo (verbo). 3. Homônimo homófono homógrafo (pronúncia igual – escrita igual) Exemplo: rio (substantivo) e (eu) rio (verbo). Paronímia Temos parônimos quando as palavras são muito parecidas, mas o sentido é diferente. Exemplo: comprimento (largura) e cumprimento (saudação). Exemplo: discriminar (separar) e descriminar (absolver). Polissemia Temos polissemia em palavras que preservam sua classe gramatical, mas que possuem significados múltiplos. Exemplo: natureza (meio ambiente) e natureza (essência de algo). Exemplo: banco (local onde se senta) e banco (instituição financeira). Hiperonímia e hiponímia São fenômenos que operam relações de abrangência entre palavras (palavras que englobam outras ou que são englobadas). As palavras que englobam são conhecidas como hiperônimos; as englobadas, como hipônimos. Exemplo: Comprei um bacalhau para preparar na semana santa. Esse peixe é bastante salgado. (peixe é uma palavra mais abrangente, que dá conta de bacalhau e de outros diversos peixes, portanto, podemos afirmar que peixe é hiperônimo de bacalhau, e bacalhau é hipônimo de peixe). Exemplo: Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou os brasileiros irritados. (fato é uma palavra que dá conta de aumento da gasolina, portanto, podemos afirmar que fato é hiperônimo do trecho sublinhado). o gênero publicitário Entende-se por gênero publicitário aquele que tem como objetivo principal fazer com que o interlocutor/ouvinte tome parte em alguma causa, seja comprar um produto ou aderir a uma ideia. São textos de cunho persuasivo, por isso estão completamente ligados à função apelativa/conativa da linguagem. Os textos publicitários estão forte- mente inseridos na sociedade contemporânea, e, por esse motivo, estão presentes em muitos vestibulares. Ao lado do gênero jornalístico, é dos que apresenta maior número de questões registradas. Estrutura do texto publicitário Como dito anteriormente, os textos publicitários têm uma configuração bastante ampla. Por esse motivo, sua es- trutura apresenta um conjunto significativo de elementos que conheceremos a seguir. O título Habitualmente, os textos publicitários apresentam um título, que consiste num texto mais curto que já evidencia, logo de cara, as intenções do anúncio. Pode ser um pequeno texto assertivo ou interrogativo, e deve atrair a aten- ção do interlocutor de maneira imediata. O texto No texto do anúncio publicitário encontramos as principais estruturas de persuasão. Nele encontramos os argu- mentos que levariam o interlocutor a adquirir um produto ou a adotar um comportamento. Aqui, concentra-se a função apelativa da linguagem. 14 15 A assinatura A assinatura aparece como uma estratégia de encerramento do texto publicitário. Em anúncios impressos, costuma vir posicionado à direita, no canto inferior do texto. É formado pela marca do produto (por exemplo, Coca-Cola) ou pela evidenciação da campanha (Previna-se contra a dengue!). No caso de marcas famosas, é comum que a assinatura seja composta pelo slogan dessa marca. Entende-se por slogan aquela frase de efeito que evidencia a principal característica do produto. A imagem Comentamos acima que as imagens são um recurso que está presente em alguns tipos de espaço publicitário. Quando usadas, têm como objetivo potencializar as marcas textuais de persuasão, ou seja, as imagens trabalham em conjunto com o texto, com intenções variadas. Habitualmente, a imagem em gêneros publicitários, confirma o texto e também lhe dá suporte. Atenção ao argumento de autoridade: é muito comum encontrarmos em anúncios publicitários algum elemento imagético que sirva como argumento de autoridade. Entende-se por argumento de autoridade aquela imagem de um indivíduo que seria um especialista em determinado assunto, e que, justamente por possuir essa posição de autoridade, transmite maior credibilidade ao que está sendo veiculado no anúncio. Por exemplo, a imagem de um famoso atleta ligada a um anúncio de produtos vitamínicos transmite a ideia de que o produto é confiável, pois o atleta o utiliza. Qual é a linguagem do gênero publicitário? A linguagem dos textos publicitários é marcada por uma maior flexibilidade em relação à gramática normativa. Como o objetivo básico desses textos é atingir rapidamente o interlocutor, é necessário que se opte, em alguns momentos, por uma linguagem mais coloquial/informal. Portanto, encontraremos, muito frequentemente, anúncios publicitários, cujos textos apresentam “desvios” em relação à norma padrão. Outra característica muito comum nesses textos é a presença de verbos no imperativo, implicando relações semânticas de ordem, pedido, sugestão ou conselho. São esses verbos que articulam as estratégias de persuasão. Também estão presentes os vocativos, que são elementos sintáticos que invocam/convocam interlocutores. Essa invocação/convocação do interlocutor é também uma estratégia recorrente em textos publicitários. (Época, 06/05/2011.) o gênero jornalístico Dos vários tipos de gêneros existentes, o jornalístico é um dos mais amplos, pois envolve características pertencen- tes a vários tipos de composição textual. Por esse motivo, é também um dos gêneros mais trabalhados em provas de vestibulares e no ENEM. A notícia A notícia é um dos elementos que compõe o gênero jornalístico. Está espalhada pelos mais diversos meios de comunicação (jornais, revistas, rádio, internet). Tecnicamente, podemos dizer que a notícia se caracteriza pelo puro registro de fatos, sem que haja a emissão de opinião da pessoa que a escreve. O objetivo básico de uma notícia é transmitir informações a um leitor de maneira objetiva e precisa. A partir dessa definição, podemos inferir que a notícia trabalha pelos mesmos termos da funçãoreferencial da linguagem (buscar informações de um referente no mundo, e transmiti-las objetivamente). “Nenhum país do mundo faz o que o Brasil está fazendo: leiloar aos poucos o acesso da produção de pe- tróleo de campos, cujo total é desconhecido”, adverte Ildo Sauer, em entrevista concedida à IHU. On-line, ao comentar o leilão do Campo de Libra, anunciado para 21 de outubro deste ano. Na avaliação dele, a iniciativa da Presidência da República é equivocada, porque “não faz sentido” colocar em leilão o Campo de Libra, que, “segundo a Agência Nacional do Petróleo – ANP, pode ter entre 8 e 12 bilhões de barris, apesar de haver estimativas de que possa chegar a 15 bilhões de barris. Se os dados forem esses, trata-se da maior descoberta do país”. De acordo com ele, o “Brasil não sabe se tem 50 bilhões, 100 bilhões ou 300 bilhões de barris. Se o país tiver 100 bilhões, estará no grupo de países de grandes reservas; se tiver 300 bilhões, será o dono da maior reserva do mundo, porque 264 bilhões é o volume de barris da Arábia Saudita”. Disponível em: http://www.mabnacional.org.br/noticia/pr-sal-eembate-geopol-tico-estratgico-entrevista-especial-com-ildosauer. Acesso em: 15/10/2013. Fragmento adaptado. 16 17 Reportagem A reportagem também é um tipo de gênero jornalístico que costuma apresentar textos mais longos e bastante detalhados. Costuma retratar a observação direta de um repórter sobre acontecimentos e situações específicas. Escassez de água já afeta mais de 40% da população do planeta Terra Estiagem não atinge só o Brasil, mas outros lugares do mundo. Veja as medidas que foram adotadas em países como EUA e Cingapura. Reportagem de Tonico Ferreira em parceria com Globo Natureza. O Jornal da Globo, em parceria com o Globo Natureza, exibe, esta semana, uma série especial sobre a crise hídrica no mundo. A série “Água – Planeta em Crise” vai mostrar de que maneira a seca está afetando populações em todo o planeta. Quando a gente olha para os oceanos, para os rios e lagos, a Terra parece ter muita água. Quase três quartos da superfície são cobertos por oceanos. É o planeta azul visto do espaço. Mas será que é isso tudo? Vejam a realidade: a camada de água dos oceanos é muito fina e, por isso, a quantidade de água é relativamente pequena. Se a Terra fosse do tamanho de uma bola de basquete, toda a água do planeta caberia dentro de uma bolinha de pingue-pongue. E mais: dessa bolinha de pingue-pongue, quase tudo, 97,5% é água salgada. E, desse pouquinho que sobra, 70% é agua congelada nos polos e nas geleiras, 30% está debaixo da superfície da Terra e apenas 0,3% é água potável nos lagos e rios. E essa água está mal distribuída. Sobra em algumas regiões e falta em outras. Some-se a isso o fato de várias regiões do mundo estarem passando por secas mais prolongadas. Seca na califórnia (EUA) É o caso do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que está entrando no quarto ano seguido de seca. 2013 foi o mais seco em 120 anos, diz o climatologista do governo, Michael Anderson. E ele prevê para este ano um novo recorde de pouca chuva e de temperaturas altas. O nível dos reservatórios baixou. O lago Cachuma está com 26% da capacidade e, em outubro, pode deixar de fornecer água para a cidade de Santa Bárbara. O governador do estado, Jerry Brown, acaba de tomar medidas drásticas: a redução obrigatória de 25% no consumo de água nas cidades e corte do fornecimento para fazendas que usam irrigação. Tulare tem a agricultura mais produtiva da Califórnia. É uma região rica. As famílias de trabalhadores que vivem em casas modestas se abastecem de água em poços, mas os poços estão secando. O poço da casa de Lala e Benjamin Luengas, da comunidade mexicana, secou em junho do ano passado. Foi um desespero. “O que vamos fazer, o que vamos fazer?”, Lala pergunta. Eles não tinham US$ 25 mil para perfurar um poço profundo, ficaram seis meses sem uma gota d’água até que receberam um pequeno reservatório da organização não governamental Self-Help Enterprises. A água chega de carro-pipa duas vezes por mês. É pouco. Lala economiza água na cozinha, reusa no banheiro e os banhos são curtos. “No máximo entro, me molho, fecho a água, me ensaboo, abro e já saio”, conta Lala. Paul Boyer, da Self-Help Enterprise, diz que o lençol de água subterrânea que deveria ter subido nos primei- ros meses do ano ficou estático. Para Boyer, a crise ainda vai piorar antes de melhorar. Cadê a água no Nordeste? A situação também pode piorar no Nordeste brasileiro. Em São Miguel (RN), cidade de 23 mil habitantes, nin- guém recebe mais conta de água. É que a água encanada acabou em dezembro passado, quando o açude secou. E não foi sem aviso. “Desde 2013, quando a gente só estava com 10% da capacidade da água, nós demos o grito, nós pedimos socorro”, diz Adalcina Vieira, presidente da Câmara de Vereadores. O socorro não veio. A água só chega em carros-pipa, carroças, motos ou na mão. Desde que a água encanada acabou, a cidade se movimenta basicamente em torno de um objetivo: conse- guir água, vender e comprar água, transportar água, carregar balde d’água. E essa situação deve se manter por um bom tempo porque as autoridades locais não estão vendo uma solução de curto prazo. “A situação de nossa cidade é muito difícil. É uma situação de colapso, uma situação de calamidade”, decla- ra Dario Vieira, prefeito de São Miguel (RN). Contratar um carro-pipa com 8 mil litros custa R$ 150. Quem não tem recursos depende das cacimbas da prefeitura. “Essa caixinha de água aqui não dá nem para começar. Nesses dias, nós vamos morrer de sede aqui, se Deus não tiver misericórdia”, diz a dona Maria Lúcia da Silva. É uma trabalheira. “Eu vou levar na mão”, mostra Sandra Leite Lopes, moradora da cidade. São cinco via- gens da cacimba à casa dela para encher a caixa de mil litros. Esse transtorno seria evitado se São Miguel não dependesse de apenas um açude, construído 60 anos atrás. Crise dos reservatórios A crise também bateu na porta da rica região Sudeste. Os dois maiores reservatórios que atendem a Grande São Paulo, Cantareira e Alto Tietê, estão com níveis críticos. O Cantareira, o mais importante deles, entrou no volume morto em maio do ano passado e nunca mais saiu. O presidente da ANA (Agência Nacional de Água) reconhece que o Brasil tem um nível muito baixo de água reservada e reclama que a legislação ambiental pouco flexível não ajuda. “Porque, como um reservatório tem impacto ambiental, muitas vezes se abandona a discussão dos reser- vatórios por conta desses impactos ambientais e sociais. É verdade, eles existem. Agora a gente tem que, precisa colocar na outra coluna também, é a segurança hídrica que esses reservatórios propiciam”, diz Vicente Andreu Giullo, presidente da ANA (Agência Nacional de Água). Artigo de opinião e editorial Os artigos de opinião e editoriais também são parte do gênero jornalístico e têm como característica serem textos que articulam notícias a partir de elementos argumentativos. Existem algumas pequenas diferenças entre os dois estilos de texto. O artigo expressa um ponto de vista da pessoa que o assina, e geralmente aborda questões sociais, políticas e culturais. Sua condução é feita com elementos argumentativos que tentam persuadir o leitor da opinião que está sendo apresentada. Já o editorial manifesta a opinião não de um indivíduo, mas de um órgão de imprensa como um todo, por esse motivo não é assinado por um particular (não expressa ponto de vista particular). Costumam abordar temas de grande projeção nacional ou internacional, também sobre temas sociais, políticos ou culturais. Embora sua condução também apresente elementos argumentativos de persuasão, o editorial costuma ser mais equilibrado e informativo do que o artigo de opinião. Vontade de punir Deuno Datafolha que a maioria dos brasileiros quer baixar a maioridade penal. Maiorias assim robustas, que já são raras em questões sociais, ficam ainda mais intrigantes quando se considera que, entre especialistas, o assunto é controverso. Como explicar o fenômeno? Estamos aqui diante de um dos mais fascinantes aspectos da natureza. Se você pretende produzir seres sociais, precisa encontrar um modo de fazer com que eles colaborem uns com os outros e, ao mesmo tempo, se protejam dos indivíduos dispostos a explorá-los. A fórmula que a evolução encontrou para equacionar esse e outros dilemas foi embalar regras de conduta em instintos, emoções e sentimentos que provocam ações que funcionam em mais instâncias do que não funcionam. 18 19 Assim, para evitar a superexploração pelos semelhantes, desenvolvemos verdadeiro horror àquilo que per- cebemos como injustiças. Na prática, isso se traduz no impulso que temos de punir quem tenta levar vantagem indevida. Quando não podemos castigá-los diretamente, torcemos para que levem a pior, o que, além de garantir o sucesso de filmes de Hollywood, torna a justiça retributiva algo popular em nossa espécie. Isso, porém, é só parte do problema. Uma sociedade pautada apenas pelo ideal de justiça soçobraria. Se cada mínima ofensa exigisse imediata reparação e todos tivessem de ser tratados de forma rigorosamente idêntica, a vida comunitária seria impossível. A natureza resolve isso com sentimentos como amor e favoritismo, que permitem, entre outras coisas, que mães prefiram seus próprios filhos aos de desconhecidos. Nas sociedades primitivas, em bandos de 200 pessoas, onde todos tinham algum grau de parentesco, o sistema funcionava razoavelmente bem. Os ímpetos da justiça retributiva eram modulados pela empatia familiar. Agora que vivemos em grupos de milhões sem vínculos pessoais, a vontade de punir impera inconteste. SCHWARTSMAN, Hélio. Folhaonline, em 24 jun. 2015 textos cientíFicos Os textos científicos têm como principal objetivo colocar o público não especializado em contato com pesquisas científicas e tecnológicas. São predominantemente informativos, trazendo dados interessantes sobre alguma pes- quisa realizada pela comunidade científica. Em geral, são textos produzidos por especialistas em alguma área (ou com o apoio destes) e devem possuir uma linguagem mais acessível, menos técnica para que estejam ao alcance do leitor. Onde circulam os textos científicos? Os textos de divulgação científica, nos últimos anos, têm aparecido não apenas em revistas especializadas (cien- tíficas), mas também em seções específicas de jornais, revistas de curiosidades e até mesmo em livros estilo best- -seller. Toda essa variedade é uma demanda do público por saber cada vez mais a respeito dos avanços científicos, avanços esses que podem trazer mudanças significativas para a vida das pessoas. A recepção do texto científico Os textos de cunho científico costumam ser procurados por públicos variados, desde pessoas curiosas por assuntos determinados, até pessoas que leem mais assiduamente a respeito de tudo o que se publica. Essa variedade de pú- blico implica certas dificuldades de produção, pois o texto precisa denotar seriedade sem necessariamente possuir uma linguagem complexa (técnica). A estrutura do texto científico Os textos de divulgação científica não possuem estrutura pré-determinada, mas, geralmente, encontramos um título e uma introdução mais geral, que têm como objetivo angariar a atenção do leitor para o tópico científico que será abordado/discutido. O desenvolvimento e a conclusão do texto se dão de acordo com os interesses do especialista. Nesse sentido, temos um texto de estrutura bem variável, que é muito usado em vestibulares. A linguagem dos textos científicos Como dito anteriormente, há nos textos de divulgação científica uma necessidade de se “traduzir” os conceitos altamente complexos da ciência para uma linguagem mais acessível ao leitor. Nesse caso, encontraremos em textos científicos um grau elevado de coloquialidade. Para fazer com que o leitor entenda um texto mais complexo, recorre-se, por exemplo, a muitas figuras de analogia, como a comparação e a metáfora; figuras que permitem ao leitor entender mais facilmente o que está sendo dito. Ou seja, opta-se por uma linguagem conotativa (figurada). Também devem ser evitados os usos de jargões da área científica, sempre optando por uma analogia mais simples. Sendo inevitável o uso de um jargão, este deve ser explicado no próprio texto. 20 21 aplicação dos conhecimentos - sala 1. (ENEM 2016) De domingo — Outrossim... — O quê? — O que o quê? — O que você disse. — Outrossim? — É. — O que é que tem? — Nada. Só achei engraçado. — Não vejo a graça. — Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias. — Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo. — Se bem que parece mais uma palavra de segunda-feira. — Não. Palavra de segunda-feira é “óbice”. — “Ônus”. — “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquí- cio”. — “Resquício” é de domingo. — Não, não. Segunda. No máximo terça. — Mas “outrossim”, francamente... — Qual o problema? — Retira o “outrossim”. — Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”. VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a): a) marcação temporal, evidenciada pela pre- sença de palavras indicativas dos dias da semana. b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrên- cia de palavras empregadas em contextos formais. c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais. d) distanciamento entre os interlocutores, pro- vocado pelo emprego de palavras com signi- ficados pouco conhecidos. e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo. 2. (ENEM) Poema tirado de uma notícia de jor- nal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de No- vembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. No poema de Manuel Bandeira, há uma res- significação de elementos da função referen- cial da linguagem pela: a) atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. b) utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. c) indicação de nomes de lugares como garan- tia da veracidade da cena narrada. d) enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. e) apresentação de elementos próprios da notí- cia, tais como quem, onde, quando e o quê. 3. (ENEM) Lisboa: aventuras tomei um expresso cheguei de foguete subi num bonde desci de um elétrico pedi um cafezinho serviram-me uma bica quis comprar melas só vendiam peúgas fui dar a descarga disparei um autoclisma gritei "ó cara!" responderam-me «ó pá» positivamente as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá. PAES, J. P. A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1988. No texto, a diversidade linguística é apresen- tada pela ótica de um observador que entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse observador é um: a) falante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o português lu- sitano. b) imigrante em Lisboa com domínio dos regis- tros formal e informal do português euro- peu. c) turistaeuropeu com domínio de duas varie- dades do português em visita a Lisboa. d) português com domínio da variedade colo- quial da língua falada no Brasil. e) poeta brasileiro defensor do uso padrão da língua falada em Portugal. 22 4. (ENEM) Grupo transforma pele humana em neurônios Um grupo de pesquisadores dos EUA conse- guiu alterar células extraídas da pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degenerativa e conseguiu transfor- má-las em células capazes de se transforma- rem virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ganharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a partir da destruição de embriões. O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista Science, existe desde o ano pas- sado, quando um grupo liderado pelo japo- nês Shinya Yamanaka criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo estudo, porém, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de pes- soas doentes, portadoras de esclerose lateral amiotrófica (ELA), mal que destrói o sistema nervoso progressivamente. “Pela primeira vez, seremos capazes de ob- servar células com ELA ao microscópio e ver como elas morrem”, disse Valerie Estess, di- retora do Projeto ALS (ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em detalhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA. KOLNERKEVIC, I. Folha de S. Paulo. 1 ago. 2008 (adaptado). A análise dos elementos constitutivos do texto e a identificação de seu gênero permi- tem ao leitor inferir que o objeto do autor é : a) apresentar a opinião da diretora do Projeto ALS. b) expor a sua opinião como um especialista no tema. c) descrever os procedimentos de uma experi- ência científica. d) defender a pesquisa e a opinião dos pesqui- sadores dos EUA. e) informar os resultados de uma nova pesqui- sa feita nos EUA. 5. (ENEM) Descubra e aproveite um momen- to todo seu. Quando você quebra o delica- do chocolate, o irresistível recheio cremoso começa a derreter na sua boca, acariciando todos os seus sentidos. Criado por nossa em- presa. Paixão e amor por chocolate desde 1845. Veja, n. 2.320, 8 mai. 2013 (adaptado). O texto publicitário tem a intenção de persu- adir o público-alvo a consumir determinado produto ou serviço. No anúncio, essa inten- ção assume a forma de um convite, estraté- gia argumentativa linguisticamente marca- da pelo uso de: a) conjunção (quando). b) adjetivo (irresistível). c) verbo no imperativo (descubra). d) palavra do campo afetivo (paixão). e) expressão sensorial (acariciando). 6. (ENEM) O humor e a língua Há algum tempo, venho estudando as piadas, com ênfase em sua constituição linguística. Por isso, embora a afirmação a seguir pos- sa parecer surpreendente, creio que posso garantir que se trata de uma verdade quase banal: as piadas fornecem simultaneamen- te um dos melhores retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por um lado, e uma coleção de fatos e dados impressio- nantes para quem quer saber o que é e como funciona uma língua, por outro. Se se quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate, uma coleção de pia- das fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça e outras diferenças, instituições (igreja, escola, casamento, política), morte, tudo isso está sempre presente nas piadas que circulam anonimamente e que são ou- vidas e contadas por todo mundo em todo o mundo. Os antropólogos ainda não pres- taram a devida atenção a esse material, que poderia substituir com vantagem muitas en- trevistas e pesquisas participantes. Sabere- mos mais a quantas andam o machismo e o racismo, por exemplo, se pesquisarmos uma coleção de piadas do que qualquer outro cor- pus. POSSENTI. S. Ciência Hoje, n. 176, out. 2001 (adaptado). A piada é um gênero textual que figura en- tre os mais recorrentes na cultura brasileira, sobretudo na tradição oral. Nessa reflexão, a piada é enfatizada por: a) sua função humorística. b) sua ocorrência universal. c) sua diversidade temática. d) seu papel como veículo de preconceitos. e) seu potencial como objeto de investigação. 7. (ENEM) Brasil: o país dos 100 milhões de raios Dos 3,15 bilhões de raios que golpeiam a Terra e seus habitantes durante um ano, 100 milhões deles vêm desabar em terras brasi- leiras. O número, divulgado no ano passado por uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, São Paulo, não é su- perado por nenhum outro país. E ficou bem acima das estimativas que davam conta de 30 milhões ao ano. Agora, sabemos com 23 segurança: em quantidade de relâmpagos, ninguém segura este país. FON, A. C.; ZANCHETTA, M. I. Disponível em: http:// super.abril.com.br. Acesso em: 27 jan. 2015. Diversos expedientes argumentativos são empregados nos textos para sustentar as ideias apresentadas. Nesse texto, a citação de um instituto especializado é uma estra- tégia para: a) atestar a necessidade de ações de prevenção de danos causados por raios. b) apresentar as estimativas de incidência de raios em terras brasileiras. c) promover discussão sobre as consequências das descargas de raios. d) conferir credibilidade aos resultados de uma investigação sobre raios. e) comparar o número de raios incidentes no Brasil e no mundo. 8. (ENEM) Fraudador é preso por emitir atesta- dos com erro de português Mais um erro de português leva um crimi- noso às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motoris- ta poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma paren- te que passou mal e morreu a caminho do hospital. O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com um l desnecessário em “insuficiência” – além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”). M.O.P. foi indiciado pela 2ª Delegacia de Di- visão de Crimes de Trânsito. Na casa do acu- sado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computa- dor com modelos de documentos. Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado). O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a orga- nização, bem como os recursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a): a) conto, porque discute problemas existen- ciais e sociais de um fraudador. b) notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador. c) crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador. d) editorial, porque opina sobre aspectos lin- guísticos dos documentos redigidos por um fraudador. e) piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia por causa de erros de grafia. 9. (ENEM) Pedra sobre pedra Algumas fazendas gaúchas ainda preservam as taipas, muros de pedra para cercar o gado. Um tipo de cerca primitiva. Não há nada que prenda uma pedra na outra, cuidadosamen- te empilhadas com altura de até um metro. Engenharia simples que já dura 300 anos. A mesma técnica usada no mangueirão, uma espécie de curral onde os animais ficavam confinados à noite. As taipas são atribuídas aos jesuítas. O objetivo era domar o gado xucro solto nos campos pelos colonizadores espanhóis. FERRI, M. RevistaTerra da Gente, n. 96, abr. 2012. Um texto pode combinar diferentes funções de linguagem. Exemplo disso é Pedra sobre pedra, que se vale da função referencial e da metalinguística. A metalinguagem é es- tabelecida: a) por tempos verbais articulados no presente e no pretérito. b) pelas frases simples e referência ao ditado “não ficará pedra sobre pedra”. c) pela linguagem impessoal e objetiva, marca- da pela terceira pessoa. d) pela definição de termos como “taipa” e “mangueirão”. e) por adjetivos como “primitivas” e “simples”, indicando o ponto de vista do autor. 10. (ENEM) Há muito se sabe que a Bacia Bauru – depósito de rochas formadas por sedimen- tos localizado entre os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – foi habitada, há mi- lhões de anos, por uma abundante fauna de crocodiliformes, um grupo de répteis em que estão inclusos os crocodilos, jacarés e seus parentes pré-históricos extintos. Entre as famílias que por lá viveram está a Baurusu- chidae, que, na região, englobava outras seis espécies de crocodiliformes exclusivamente terrestres e com grande capacidade de des- locamento, crânio alto e comprimido lateral- mente e com longos dentes serrilhados. Ago- ra, em um artigo publicado na versão on-line da revista Cretaceous Research, um grupo de pesquisadores das universidades federais do Rio de Janeiro e do Triângulo Mineiro, em 24 Minas Gerais, identificaram mais um mem- bro dessa antiga família. Disponível em: http://revistapesquisa. fapesp.br. Acesso em: 2 nov. 2013. A circulação do conhecimento científico ocorre de diferentes maneiras. Por meio da leitura do trecho, identifica-se que o texto é um artigo de divulgação científica, pois, entre outras características, a) exige do leitor conhecimentos específicos acerca do tema explorado. b) destina-se a leitores vinculados a diferentes comunidades científicas. c) faz referência a artigos publicados em revis- tas científicas internacionais. d) trata de descobertas da ciência com lingua- gem acessível ao público em geral. e) aborda temas que receberam destaque em jornais e revistas não especializados. 11. (ENEM) Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas “Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou aconteci- mento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca, como também o ‘vacilão’.” “Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão’ e ‘é merrmo’ para um ami- go pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.” “Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção ca- rioca.” “Chamar um quase desconhecido de ‘queri- do’ é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem quem ainda não se conhece di- reito.” “O ‘ele é um querido’ é uma forma mais fe- minina de elogiar quem já é conhecido.” SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo. com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado). Entre as sugestões apresentadas para o Mu- seu das Invenções Cariocas, destaca-se o va- riado repertório linguístico empregado pe- los falantes cariocas nas diferentes situações específicas de uso social. A respeito desse repertório, atesta-se o(a): a) desobediência à norma-padrão, requerida em ambientes urbanos. b) inadequação linguística das expressões ca- riocas às situações sociais apresentadas. c) reconhecimento da variação linguística, se- gundo o grau de escolaridade dos falantes. d) identificação de usos linguísticos próprios da tradição cultural carioca. e) variabilidade no linguajar carioca em razão da faixa etária dos falantes. 12. (ENEM) o::... o Brasil... no meu ponto de vis- ta... entendeu? o país só cresce através da educação... entendeu? Eu penso assim... en- tão quer dizer... você dando uma prioridade pra... pra educação... a tendência é melhorar mais... entendeu? e as pessoas... como eu posso explicar assim? as pessoas irem... to- mando conhecimento mais das coisas... né? porque eu acho que a pior coisa que tem é a pessoa alienada... né? a pessoa que não tem noção de na::da... entendeu? Trecho da fala de J. L., sexo masculino, 26 anos. In: VOTRE, S.; OLIVEIRA, M. R. (Coord.). A língua falada e escrita na cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: www. discursoegramatica.letras.ufrj.br. Acesso em: 4 dez. 2012. A língua falada caracteriza-se por hesita- ções, pausas e outras peculiaridades. As ocorrências de "entendeu" e "né", na fala de J. L., indicam que: a) a modalidade oral apresenta poucos recursos comunicativos, se comparada à modalidade escrita. b) a língua falada é marcada por palavras dis- pensáveis e irrelevantes para o estabeleci- mento da interação. c) o enunciador procura interpelar o seu inter- locutor para manter o fluxo comunicativo. d) o tema tratado no texto tem alto grau de complexidade e é desconhecido do entrevis- tador. e) o falante manifesta insegurança ao abordar o assunto devido ao gênero ser uma entre- vista. raio x 1. Ao associar palavras usadas em contextos formais a dias da semana, o diálogo cria uma situação humorística devido à carga irônica que o autor imprime ao texto. Assim, é cor- reta a opção [B]. 2. No poema de Manuel Bandeira, o uso da fun- ção referencial da linguagem reflete a neces- sidade de transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma maneira direta e obje- tiva, no caso com elementos próprios da no- tícia, tais como “quem”, “onde”, “quando” e “o quê”. Assim, é correta a opção [E]. 3. O poema de José Paulo Paes, “Lisboa: aven- turas”, estabelece intertextualidade com o de Gonçalves Dias, “Canção do exílio”, apre- sentando uma disposição de versos (duas co- lunas em que cada verso da primeira coluna parece se opor ao verso seguinte, da segunda coluna) que simulam um diálogo onde ter- mos diferentes têm o mesmo significado. Assim, depreende-se que o eu lírico é um fa- lante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o português lusitano, 25 como se afirma em [A]. 4. Trata-se de um texto informativo que preten- de dar a conhecer ao público-leitor comum os avanços científicos no desenvolvimento de métodos para tratar a esclerose lateral amio- trófica (ELA), mal que destrói o sistema nervo- so progressivamente. Assim, é correta a opção [E]. 5. Na primeira frase do texto publicitário, o uso do imperativo nos termos verbais “descubra” e “aproveite” configura o uso da função apela- tiva da linguagem sob a forma de um convite, tentando persuadir o público-alvo a consumir determinado tipo de chocolate. Assim, é corre- ta a opção [C]. 6. O último período do texto (“Saberemos mais a quantas andam o machismo e o racismo, por exemplo, se pesquisarmos uma coleção de pia- das do que qualquer outro corpus”) indica que o autor enfatiza a tese inicial de que a pia- da, além de divertir, fornece dados de análise relativamente a valores e problemas de uma sociedade. Assim, é correta a opção [E]. 7. É correta a opção [D], pois a conclusão apre- sentada no texto é sustentada pela citação de um instituto especializado no assunto o que constitui argumento de autoridade, conferin- do credibilidade à informação. 8. É correta a opção [E], pois o próprio título do texto indica que se trata de uma notícia que relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador. 9. É correta a opção [D], pois a função meta- linguística ocorre quando a preocupação do emissor está voltada para o próprio código ou linguagem, como acontece na explicação do significado dos termos “taipas” e “manguei- rão”. 10. É correta a opção [D], pois os textos de divul- gação científica possuem a finalidade principal de “popularizar a ciência”, ou seja, difundir o conhecimento científico ao transmitir diversas informaçõescom linguagem ao público em ge- ral. 11. As expressões enviadas pelos leitores como sugestões para o Museu das Invenções Cario- cas pertencem ao repertório coloquial carioca (“caraça”,”vacilão”, “merrmão”, etc). Assim, é correta a opção [D]. 12. A língua falada adota estratégias específicas que incluem hesitações, interrupções, corre- ções, repetições, digressões e sintaxe interati- va, como acontece no trecho do enunciado. As- sim, é correta a opção [C], pois os marcadores discursivos, interrogações diretas ou indiretas, representados pelos termos “entendeu" e "né" na fala de J. L indicam que o emissor procura interpelar o seu interlocutor para manter o fluxo comunicativo. gabarito 1. B 2. E 3. A 4. E 5. C 6. E 7. D 8. B 9. D 10. D 11. D 12. C 26 prática dos conhecimentos - e.o. 1. (ENEM) Um menino aprende a ler Minha mãe sentava-se a coser e retinha-me de livro na mão, ao lado dela, ao pé da má- quina de costura. O livro tinha numa pági- na a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra: ESTÔMAGO. Depois de soletrar "es-to-ma-go", pronunciei "estomágo". Eu havia pronunciado bem as duas primeiras palavras que li, camelo e dromedário. Mas estômago, pronunciei estomágo. Minha mãe, bonita como só pode ser mãe jovem para fi- lho pequeno, o rosto alvíssimo, os cabelos enrolados no pescoço, parou a costura e me fitou de fazer medo: "Gilberto!". Estremeci. "Estomágo? Leia de novo, soletre". Soletrei, repeti: "Estomágo". Foi o diabo. Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago. A cozinheira, o estribeiro, os criados, Bernarda, diziam "estambo". "Estou com uma dor na boca do estambo...", "Meu estambo está tinindo...". Meus pais teriam pronunciado direito na mi- nha presença, mas eu não me lembrava. E criança, como o povo, sempre que pode repe- le proparoxítono. AMADO, G. História da minha infância. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958. No trecho, em que o narrador relembra um episódio e sua infância, revela-se a possi- bilidade de a língua se realizar de formas diferentes. Com base no texto, a passagem em que se constata uma marca de variedade linguística pouco prestigiada é: a) "O livro tinha numa página a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra: ESTÔMA- GO". b) "'Gilberto!'. Estremeci. 'Estomágo? Leia de novo, soletre'. Soletrei, repeti: 'Estomágo'". c) "Eu havia pronunciado bem as duas primei- ras palavras que li, camelo e dromedário". d) "Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago". e) "A cozinheira, o estribeiro, os criados, Ber- narda, diziam 'estambo'". 2. (ENEM) Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet e a pirataria são insepa- ráveis”, diz o diretor do instituto de pesqui- sas americano Social Science Research Coun- cil. “Há uma infraestrutura pequena para controlar quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso acabou com o controle sobre a propriedade e tem sido descrito como pirataria, mas é inerente à tecnologia”, afir- ma o diretor. O ato de distribuir cópias de um trabalho sem a autorização dos seus pro- dutores pode, sim, ser considerado crime, mas nem sempre essa distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais. Pelo con- trário. Veja o caso do livro O alquimista, do escritor Paulo Coelho. Após publicar, para download gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog, Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem. BARRETO, J.; MORAES, M. A internet existe sem pirataria? Veja, n. 2 303, 13 fev. 2013 (adaptado). De acordo com o texto, o impacto causado pela internet propicia a: a) banalização da pirataria na rede. b) adoção de medidas favoráveis aos editores. c) implementação de leis contra crimes eletrô- nicos. d) reavaliação do conceito de propriedade inte- lectual. e) ampliação do acesso a obras de autores reco- nhecidos. 3. (ENEM) O livro A fórmula secreta conta a história de um episódio fundamental para o nascimento da matemática moderna e re- trata uma das disputas mais virulentas da ciência renascentista. Fórmulas misteriosas, duelos públicos, traições, genialidade, am- bição – e matemática! Esse é o instigante universo apresentado no livro, que resgata a história dos italianos Tartaglia e Cardano e da fórmula revolucionária para resolução de equações de terceiro grau. A obra reconstitui um episódio polêmico que marca, para mui- tos, o início do período moderno da matemá- tica. Em última análise, A fórmula secreta apre- senta-se como uma ótima opção para co- nhecer um pouco mais sobre a história da Prescrição: Para resolver os exercícios dessa aula, será necessário instrumentalizar conhecimentos a respeito de linguagem coloquial (usos orais) e de linguagem prescritiva (usos relacionados à gramática normativa). Isso envolve saber diferenciar usos linguísticos espaciais (regionais), temporais (históricos), sociais e também situacionais. 27 matemática e acompanhar um dos debates científicos mais inflamados do século XVI no campo. Mais do que isso, é uma obra de fácil leitura e uma boa mostra de que é possível abordar temas como álgebra de forma inte- ressante, inteligente e acessível ao grande público. GARCIA, M. Duelos, segredos e matemática. Disponível em: http://cienciahojeuol.com.br. Acesso em: 6 out. 2015 (adaptado). Na construção textual, o autor realiza esco- lhas para cumprir determinados objetivos. Nesse sentido, a função social desse texto é : a) interpretar a obra a partir dos acontecimen- tos da narrativa. b) apresentar o resumo do conteúdo da obra de modo impessoal. c) fazer a apreciação de uma obra a partir de uma síntese crítica. d) informar o leitor sobre a veracidade dos fa- tos descritos na obra. e) classificar a obra como uma referência para estudiosos da matemática. 4. (ENEM) Mandinga – Era a denominação que, no período das grandes navegações, os por- tugueses davam à costa ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos considera- vam bruxos os africanos que ali habitavam – é que eles davam indicações sobre a exis- tência de ouro na região. Em idioma nativo, manding designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio. COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009 (fragmento). No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a): a) contexto sócio-histórico. b) diversidade étnica. c) descoberta geográfica. d) apropriação religiosa. e) contraste cultural. 5. (ENEM) O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai, um ex-presidiário, numa casa da periferia pau- listana. Ciente de sua beleza, o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apai- xonada. E constata, na prática, que o roman- tismo dos contos de fada tem perna curta. VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012. Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade en- contrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida: a) pela descrição da dura realidade da vida das operárias. b) pelas decepções semelhantes às encontradas nos contos de fada. c) pela ilusão de que a beleza garantiria melhor sorte na vida e no amor. d) pelas fantasias existentes apenas na imagi- nação de pessoas apaixonadas. e) pelos sentimentos intensos dos apaixonados enquanto vivem o romantismo. 6. (ENEM) Parestesia não, formigamento Trinta e três regras que mudam a redação de bulas no Brasil Com o Projeto Bulas, de 2004, voltado para a traduçãodo jargão farmacêutico para a lín- gua portuguesa – aquela falada em todo o Brasil – e a regulamentação do uso de medi- camentos no país, cinco anos depois, o Brasil começou a sair das trevas. O grupo comandado por uma doutora em Linguística da UFRJ sugeriu à Anvisa mudar tudo. Elaborou, também, "A redação de bulas para o paciente: um guia com os princípios de redação clara, concisa e acessível para o leitor de bulas", disponível em versão adap- tada no site da Anvisa. Diferentemente do que acontece com outros gêneros, na bula não há espaço para inovações de estilo. "O uso de fórmulas repetitivas é bem-vindo, dá força institucional ao texto", explica a doutora. "A bula não pode abrir possibilidades de inter- pretações ao seu leitor". Se obedecidas, as 33 regras do guia são de serventia genérica – quem lida com qualquer tipo de escrita pode se beneficiar de seus en- sinamentos. A regra 12, por exemplo, manda abolir a linguagem técnica, fonte de possível constrangimento para quem não a compreen- de, e recomenda: "Não irrite o leitor." A regra 14 prega um tom cordial, educado e, sobretu- do, conciso: "Não faça o leitor perder tempo". Disponível em: revistapiaui.estadao.com br. Acesso em: 24 jul. 2012 (adaptado). As bulas de remédio têm caráter instrucional e complementam as orientações médicas. No contexto de mudanças apresentado, a prin- cipal característica que marca sua nova lin- guagem é o(a): a) possibilidade de inclusão de neologismo. b) refinamento da linguagem farmacêutica. c) adequação ao leitor não especializado. d) detalhamento de informações. e) informalidade do registro. 28 7. (Enem) As plataformas digitais têm ganha- do mais espaço entre os internautas como ferramenta para exercer a cidadania. Através delas, é possível mapear problemas da cida- de e propor soluções, utilizando-se das redes sociais para aproximar os moradores e arti- cular projetos. O espaço colaborativo PortoA- legre.cc, um dos mais ativos no país, tem 150 participantes e ajudou a estudante de jorna- lismo Renata Gomes, 25, a chamar 80 pesso- as para retirar 1 tonelada de lixo da orla do rio Guaíba. “Foi a partir da sugestão de um integrante da plataforma que criei a causa. Foi fundamental porque sempre senti vonta- de de fazer algo pela cidade, mas não sabia como”, diz Renata. O projeto colaborativo baseia-se no conceito de wikicidade (ins- pirado na enciclopédia virtual Wikipédia), em que um território real recebe anotações virtuais das pessoas por meio de wikispots, que se referem a uma praça, uma rua ou um bairro. “A ideia de wikicidade é fomentar a cocriação, elaboração e experimentação de sugestões que possam ser aplicadas em uma cidade”, explica Daniel Bittencourt, um dos desenvolvedores do projeto PortoAlegre.cc. DIDONÊ, D. Cidadania 2.0. Vida Simples, n. 119, jun. 2012. O texto, ao falar da utilização das redes so- ciais e informar sobre a quantidade de pro- jetos colaborativos espalhados pelo país, ex- põe a importância das plataformas digitais no exercício da cidadania. O espaço colabo- rativo PortoAlegre.cc tem como principal ob- jetivo: a) contratar pessoas para realizarem a limpeza de ruas e de margens dos rios. b) sugerir a criação de grupos virtuais de apoio à cidade e sua divulgação na Wikipédia. c) reunir pessoas dispostas a utilizar sugestões virtuais para a manutenção e a preservação da cidade. d) divulgar as redes sociais para que mais pes- soas possam interagir e resolver os proble- mas da cidade. e) aproximar as pessoas de cidades distantes para mapear problemas e criar projetos em comum. 8. (ENEM) Árvore é cortada para dar lugar à propaganda sobre preservação ambiental “Uma criança abraça uma árvore com o sorri- so no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação da na- tureza e lembra o Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitá- ria virou motivo de revolta e indignação em uma cidade do interior de São Paulo. Isso porque uma empresa de outdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno para a instalação de suas placas. A empresa teria informado que tinha auto- rização da prefeitura e da polícia ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coin- cidência”, já que não sabia o que iria ser anunciado. Em nota, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma au- torização em nome da empresa para o corte da árvore. A multa, segundo a polícia ambiental, varia entre R$ 100 e R$ 1.000 por árvore ou planta cortada. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 21 set. 2015 (adaptado). O texto apresenta uma crítica ao uso social de um outdoor. Essa crítica está associada ao fato de a) uma multa de R$ 100 a R$ 1.000 ser aplicada por corte de árvore ou de planta. b) a Secretaria do Meio Ambiente ter negado a autorização do corte da árvore. c) a empresa informar que foi uma “infeliz coincidência” o corte da árvore. d) uma campanha ambiental ter substituído uma árvore centenária. e) a empresa utilizar a imagem de uma criança na campanha. 9. (ENEM) Texto I Nesta época do ano, em que comprar com- pulsivamente é a principal preocupação de boa parte da população, é imprescindível re- fletirmos sobre a importância da mídia na propagação de determinados comportamen- tos que induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx aponta que no capitalismo os bens materiais, ao se- rem fetichizados, passam a assumir quali- dades que vão além da mera materialidade. As coisas são personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automó- vel de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior valorização e visibilidade social a um indivíduo. LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com. br. Acesso em: 18 jan. 2015. Texto II Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas relações, gera e rege sentimentos, engendra fanta- sias, aciona comportamentos, faz sofrer, faz 29 gozar. Às vezes constrangendo-nos em nos- sas ações no mundo, humilhando e aprisio- nando, às vezes ampliando nossa imaginação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos. Numa época toda co- dificada como a nossa, o código da alma (o código do ser) virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consumo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde, turismo, sexo, fa- mília e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo. BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique.org.br. Acesso em: 18 jan. 2015. Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o consumismo. Ambos partem do pon- to de vista de que esse hábito: a) desperta o desejo de ascensão social. b) provoca mudanças nos valores sociais. c) advém de necessidades suscitadas pela pu- blicidade. d) deriva da inerente busca por felicidade pelo ser humano. e) resulta de um apelo do mercado em determi- nadas datas. 10. (ENEM) Centro das atenções em um plane- ta cada vez mais interconectado, a Floresta Amazônica expõe inúmeros dilemas. Um dos mais candentes diz respeito à madeira e sua exploração econômica, uma saga que envolve os muitos desafios para a conservação dos re- cursos naturais às gerações futuras. Com o olhar jornalístico, crítico e ao mesmo tempo didático, adentramos a Amazônia em busca de histórias e sutilezas que os dados nem sempre revelam. Lapidamos estatísticas e estudos científicos para construir uma síntese útil a quem direciona esforços paraconservar a floresta, seja no setor público, seja no setor privado, seja na sociedade civil. Guiada como uma reportagem, rica em infor- mações ilustradas, a obra Madeira de ponta a ponta revela a diversidade de fraudes na ca- deia de produção, transporte e comercialização da madeira, bem como as iniciativas de boas práticas que se disseminam e trazem esperan- ça rumo a um modelo de convivência entre de- senvolvimento e manutenção da floresta. VlLLELA. M.; SPINK, P. In: ADEODATO, S. et al, Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo. São Paulo: FGV RAE, 2011 (adaptado). A fim de alcançar seus objetivos comunica- tivos, os autores escreveram esse texto para: a) apresentar informações e comentários sobre o livro. b) noticiar as descobertas científicas oriundas da pesquisa. c) defender as práticas sustentáveis de manejo da madeira. d) ensinar formas de combate à exploração ile- gal de madeira. e) demonstrar a importância de parcerias para a realização da pesquisa. 11. (ENEM) O mistério do brega Famoso no seu tempo, o marechal Schön- berg (1615-90) ditava a moda em Lisboa, onde seu nome foi aportuguesado para Chumbergas. Consta que ele foi responsável pela popularização dos vastos bigodes tufa- dos na Metrópole. Entre os adeptos estaria o governador da província de Pernambuco, o português Jerônimo de Mendonça Furta- do, que, por isso, aqui ganhou o apelido de Chumbregas – variante do aportuguesado Chumbergas. Talvez por ser um homem não muito benquisto na Colônia, o apelido deu origem ao adjetivo xumbrega: “coisa ruim”, “ordinária”. E talvez por ser um homem tam- bém da folia, surgiu o verbo xumbregar, que inicialmente teve o sentido de “embriagar- -se” e depois veio a adquirir o de “bolinar”, “garanhar”. Dedução lógica: de coisa ruim a bebedeira e atos libidinosos, as palavras xumbrega ou xumbregar chegaram aos anos 60 do século XX na forma reduzida brega, designando locais onde se bebe, se bolina e se ouvem cantores cafonas. E o que inicial- mente era substantivo, “música de brega”, acabou virando adjetivo, “música brega” – numa já distante referência a um certo ma- rechal alemão chamado Schönberg. ARAÚJO, P. C. Revista USP, n. 87, nov. 2010 (adaptado). O texto trata das mudanças linguísticas que resultaram na palavra “brega”. Ao apresen- tar as situações cotidianas que favoreceram as reinterpretações do seu sentido original, o autor mostra a importância da: a) interação oral como um dos agentes respon- sáveis pela transformação do léxico do por- tuguês. b) compreensão limitada de sons e de palavras para a criação de novas palavras em portu- guês. c) eleição de palavras frequentes e representa- tivas na formação do léxico da língua portu- guesa. d) interferência da documentação histórica na constituição do léxico. e) realização de ações de portugueses e de bra- sileiros a fim de padronizar as variedades linguísticas lusitanas. 30 12. (ENEM) Ao acompanharmos a história do telefone, verificamos que esse meio está se mostrando capaz de reunir em seu conteúdo uma quantidade cada vez maior de outros meios – envio de e-mails, recebimento de notícias, música através de rádio e mensa- gens de texto. Esta última função vem ser- vindo como suporte para uma nova forma de sociabilidade, o fenômeno do flash mob – mobilizações relâmpago, que têm como característica principal realizar uma encena- ção em algum ponto da cidade. PAMPANELLI, G. A. A evolução do telefone e uma nova forma de sociabilidade: o flash mob. Disponível em: www. razonypalabra.org.mx. Acesso em: 1 jun. 2015 (adaptado). De acordo com o texto, a evolução das tec- nologias de comunicação repercute na vida social, revelando que: a) o acúmulo de informações promove a socia- bilidade. b) as mudanças sociais demandam avanços tec- nológicos. c) o crescimento tecnológico acarreta mobiliza- ções das grandes massas. d) a articulação entre meios tecnológicos pres- supõe desenvolvimento social. e) a apropriação das tecnologias pela sociedade possibilita ações inovadoras. 13. (ENEM) O acervo do Museu da Língua Por- tuguesa é o nosso idioma, um “patrimônio imaterial” que não pode ser, por isso, guar- dado e exposto em uma redoma de vidro. As- sim, o museu, dedicado à valorização e difu- são da língua portuguesa, reconhecidamente importante para a preservação de nossa identidade cultural, apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais institui- ções museológicas do país e do mundo, usan- do tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos. Disponível em: www.museulinguaportuguesa.org. br. Acesso em: 16 ago. 2012 (adaptado). De acordo com o texto, embora a língua por- tuguesa seja um “patrimônio imaterial”, pode ser exposta em um museu. A relevân- cia desse tipo de iniciativa está pautada no pressuposto de que: a) a língua é um importante instrumento de constituição social de seus usuários. b) o modo de falar o português padrão deve ser divulgado ao grande público. c) a escola precisa de parceiros na tarefa de va- lorização da língua portuguesa. d) o contato do público com a norma-padrão solicita o uso de tecnologia de última gera- ção. e) as atividades lúdicas dos falantes com sua própria língua melhoram com o uso de re- cursos tecnológicos. 14. (ENEM) O que é Web Semântica? Web Semântica é um projeto para aplicar conceitos inteligentes na internet atual. Nela, cada informação vem com um signifi- cado bem definido e não se encontra mais solta no mar de conteúdo, permitindo uma melhor interação com o usuário. Novos mo- tores de busca, interfaces inovadoras, criação de dicionários de sinônimos e a organização inteligente de conteúdos são alguns exem- plos de aprimoramento. Dessa forma, você não vai mais precisar minerar a internet em busca daquilo que você procura, ela vai pas- sar a se comportar como um todo, e não mais como um monte de informação empilhada. A implementação deste paradigma começou recentemente, e ainda vai levar mais alguns anos até que entre completamente em vigor e dê um jeito em toda a enorme bagunça que a internet se tornou. Disponível em: www.tecmundo.com.br. Acesso em: 6 ago. 2013 (adaptado). Ao analisar o texto sobre a Web Semântica, deduz-se que esse novo paradigma auxiliará os usuários a: a) armazenar grandes volumes de dados de modo mais disperso. b) localizar informações na internet com mais precisão. c) captar os dados na internet com mais velocidade. d) publicar dados com significados não definidos. e) navegar apenas sobre dados já organizados. 15. (ENEM) A carreira nas alturas A água está no joelho dos profissionais do mercado. As fragilidades na formação em Língua Portuguesa têm alimentado um cam- po de reciclagem em Português nas escolas de idiomas e nos cursos de graduação para pessoas oriundas do mundo dos negócios. O que antes era restrito a profissionais de educação e comunicação, agora já faz parte da rotina de profissionais de várias áreas. Para eles, a Língua Portuguesa começa a ser assimilada como uma ferramenta para o de- sempenho estável. Sem ela, o conhecimento técnico fica restrito à própria pessoa, que não sabe comunicá-lo. "Embora algumas atuações exijam uma pro- dução oral ou escrita mais frequente, como docência e advocacia, muitos profissionais precisam escrever relatório, carta, comuni- cado, circular. Na linguagem oral, todos têm de expressar-se de forma convincente nas reuniões, para ganhar respeito e credibilida- de. Isso vale para todos os cargos da hierar- quia profissional" – explica uma professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Filo- sofia, Letras e Ciências Humanas da USP. NATALI, A. Revista Língua, n. 63, jan. 2011 (adaptado). 31 Nos usos cotidianos
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