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Farmacobotânica - Sistema de Revestimento (Epiderme e Periderme)

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EPIDERME E PERIDERME 
 Sistema de Revestimento 
 INTRODUÇÃO 
 A Epiderme e Periderme desempenham a mesma 
 função, no entanto, são tecidos com origens e 
 características diferentes. 
 ● Epiderme - tecido de revestimento do 
 corpo primário das plantas; 
 ● Periderme - tecido de revestimento do 
 corpo secundário das plantas. 
 Nota: Apenas algumas plantas apresentam crescimento 
 secundário. 
 TIPO DE CRESCIMENTO 
 ► PRIMÁRIO 
 Plantas com crescimento primário possuem porte 
 pequeno, caule �exível e, normalmente, verde: 
 Plantas com aspecto herbáceo. Seus tecidos, no 
 geral, são mais simples e não apresentam dureza, 
 podendo ter uma �bra ou outra. 
 ● Ex.: Salsinha, cebolinha e alface. 
 ► SECUNDÁRIO 
 Ocorre em plantas que atingem um porte maior. 
 O caule dessas plantas escurece, pois tanto ele, 
 quanto a raiz, entram em crescimento secundário, 
 uma vez que, por ser de grande porte, precisam de 
 maior sustentação. 
 ● Ex.: Arbustos (hibiscos, azaleias) - chegam 
 a 3 metros de altura - e árvores (jaqueira, 
 abacateiro, seringueira) - chegam a 40 
 metros de altura. 
 Em uma mesma planta pode- se ter os dois tipos de 
 crescimento: secundário e primário, 
 simultaneamente. Por exemplo, no Jatobá 
 ( Hymenaea courbaril L.), espécie de angiosperma, 
 eucotiledônea; o caule e a raiz apresentam 
 crescimento secundário ( tecido de revestimento: 
 periderme), no entanto, as folhas são órgãos que 
 estão em crescimento primário (tecido de 
 revestimento: epiderme). 
 EPIDERME 
 A epiderme é o primeiro tecido observado quando se 
 estuda a anatomia vegetal nos órgãos em 
 crescimento primário. Ela desempenha diversas 
 funções: 
 ● Principal função - revestimento. 
 ● Proteção contra choques mecânicos, 
 invasão de agentes patogênicos (barreira 
 física) e radiação solar; 
 ● Restrição da perda de água; 
 ● Regula as trocas gasosas - estômatos; 
 ● Funções relacionadas à reprodução; 
 ● Absorção de água e sais minerais: 
 ○ pêlos radiculares - rizomas, 
 epiderme da raiz; 
 ○ tricomas escamiformes em 
 Bromeliaceas ; 
 ○ células epidérmicas de folhas de 
 plantas aquáticas. 
 ► CÉLULAS EPIDÉRMICAS 
 As células epidérmicas sempre têm parede celular 
 primária - com exceções de plantas que vivem no 
 gelo e/ou local que neva ou evoluíram em local com 
 muito vento. 
 ● Elas possuem protoplasto vivo - célula sem 
 a parede celular; 
 ● e estão intimamente unidas, ou seja, sem 
 espaços intercelulares. 
 ● As células epidérmicas podem ser 
 fundamentais (simples e múltiplas) e 
 especializadas . 
 CÉLULAS FUNDAMENTAIS 
 CÉLULAS FUNDAMENTAIS DA EPIDERME 
 As paredes super�ciais das células são impregnadas 
 com cutina , produzida por elas. Na parede celular 
 externa, a cutina é acumulada, formando a capa 
 cuticular e outra parte ainda mais super�cial: a 
 cutícula ; e por cima desta, as células epidérmicas 
 costumam produzir cera , recobrindo- a também. 
 A cutícula reveste TODA epiderme continuamente, 
 inclusive as células especializadas. 
 Nota 1 : Nem toda planta produz cera, mas todas produzem 
 alguma cutícula que, posteriormente, é “jogada” na epiderme. 
 Nota 2 : As cutículas são ácidos graxos de cadeia longa. 
 Corte transversal - 
 Material corado; 
 parte rosada = 
 a cutícula. 
 A CERA 
 A cera, diferente da cutícula, possui uma 
 composição química e formas muito variáveis. 
 Observe: 
 Observamos que as ceras recorrentes em 
 laranjeiras têm forma de escamas, enquanto no 
 eucalipto um forma mais �mbriada (aspecto de 
 pêlos) e na cana de açúcar formam franjas 
 parecidas com torres, onde os estômatos (células 
 especializadas) �cam escondidos. 
 ► FORMATO DAS PAREDES ANTICLINAIS 
 O que é parede anticlinal? 
 Quando prepara- se um material para observação 
 da epiderme, com o corte paradérmico, ela é 
 removida. Ao olhar o material no microscópio, 
 observa-se as paredes que contornam a célula; 
 justamente esse é o contorno das paredes 
 anticlinais. 
 ● Paredes anticlinais têm formas variadas: 
 As paredes anticlinais não são necessariamente 
 idênticas na face superior da folha e na inferior, ou 
 seja, a epiderme da face superior (adaxial - AD) da 
 folha, por exemplo, em uma uma mesma planta, 
 pode ter características distintas da epiderme 
 inferior (abaxial - AB). O mesmo pode acontecer 
 em relação ao caule - em crescimento primário - 
 quando comparado às folhas. 
 A mesma diferença ocorre com Monocotiledôneas. 
 Adendo, nas Gramíneas (Família Poaceae) - 
 Monocotiledônea - as células epidérmicas 
 fundamentais são longas e alternas com células 
 silicosas e suberosas (especializadas) na face 
 abaxial e na outra, adaxial, estão os estômatos. 
 Essa é uma característica marcante desta família. 
 Nota: Corte paradérmico é o corte super�cial feito em plano 
 paralelo à superfície do órgão; é a vista frontal (de cima) da 
 epiderme. 
 ► EPIDERME SIMPLES X MULTISSERIADA 
 ● A epiderme simples é formada por uma 
 única camada de células - todos os 
 exemplos citados até o momento; 
 ● Já a epiderme multisseriada ou múltipla é 
 formada, como o próprio nome sugere, por 
 múltiplas camadas de células - Ex.: 
 amoreiras e �gueiras (ambas da família 
 Moráceas - Moraceae ). 
 oi 
 Nas raízes de orquídeas (família Orchidaceae ) e nas 
 Arácias (família Araceae ), ocorre o Velame - 
 epiderme múltipla em que, conforme o órgão 
 envelhece, são adicionadas camadas nas células de 
 suberina com celulose-, pois trata- se de plantas 
 epí�tas, onde a raiz �ca exposta ao tempo. 
 A suberina escurece as raízes, mas, neste caso, 
 essa característica não está ligada ao crescimento 
 secundário. 
 Nota 1 : Epí�tas ( epi = em cima; �to = planta), destacam-se 
 por utilizar outro vegetal como suporte em pelo menos um 
 estágio de sua vida. 
 Nota 2 : Suberina é um material de natureza lipídica que, 
 quando acumulada na epiderme, evita a perda de água. 
 ► HIPODERME 
 Existem plantas que não produzem epiderme 
 múltipla, no entanto, produzem uma hipoderme. 
 EPIDERME MÚLTIPLA HIPODERME ≠
 Qual a diferença? 
 ● A epiderme é originária da protoderme, 
 tecido meristemático primário. 
 ● O hipoderme é um tecido que tem origem 
 no meristema fundamental, outro tecido 
 meristemático primário. 
 CÉLULAS ESPECIALIZADAS 
 CÉLULAS ESPECIALIZADAS DA EPIDERME 
 “A epiderme é descrita como um tecido complexo 
 exatamente por essa variedade de células.” 
 As células epidérmicas especializadas têm 
 estruturas (formas) e conteúdos especiais. 
 espaçooi 
 ► CÉLULAS SILICOSAS E SUBEROSAS 
 São células curtas que ocorrem em Gramíneas. 
 Nota: A célula silicosa acumula sílica nas paredes celulares, 
 dando à algumas plantas o uso cosmético - esfoliantes. 
 ► CÉLULAS BULIFORMES 
 Ocorrem em Gramíneas também (mais comum 
 ocorrer) e outras Monocotiledôneas. São células 
 grandes, maiores que as fundamentais de epiderme, 
 e com vacúolos gigantes que ganham e perdem 
 água com facilidade/rapidez. 
 Quando as células buliformes perdem água, elas 
 fazem com que a folha enrole, evitando mais perda 
 de água - mecanismo mecânico (movimento). 
 ► LITOCISTOS COM CISTÓLITO 
 Ocorre em epidermes múltiplas. 
 ● Litocisto - é a célula; 
 ● Cistólito - é o cristal carbonato de cálcio. 
 ○ Esse tipo de cristal é muito 
 suscetível a transformações, 
 assim, quando cortamos o material 
 para estudos, a observação deve 
 ser feitana hora, pois ele tende a 
 sumir. 
 ► ESTÔMATOS 
 A continuidade da epiderme é interrompida por 
 pequenas aberturas que são espaços intercelulares 
 limitados por células estomáticas. 
 Os estômatos são muito utilizados na descrição e 
 reconhecimento de drogas vegetais, pois existem 
 em formatos diferentes e ocorrem de maneiras 
 distintas. Eles são um conjunto de células. 
 ● Células- guarda - localizadas ao centro - 
 possuem a capacidade de movimentação 
 (abrir /fechar). Ao abrirem formam uma 
 abertura chamada ostíolo , permitindo que a 
 planta capte CO 2 e libere vapor d’água. 
 ○ Elas são as únicas células que 
 diferenciam o cloroplasto na 
 epiderme. 
 ● e células anexas (ou subsidiárias) - 
 “coladas” em roda. Normalmente, são 
 menores que as células fundamentais. 
 Na parte inferior do estômato, normalmente, 
 visualiza- se a câmara subestomatica - às vezes 
 ela é muito evidente e grande, às vezes não. É 
 nessa câmara que os gases se acumulam: tanto o 
 vapor que pode sair, quanto o CO 2 ao ser captado. 
 Observe que a cutícula contorna toda a epiderme. 
 espaço 
 Nota: A movimentação dos estômatos é controlada pela 
 própria planta. 
 ► CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÔMATOS 
 Os estômatos fazem conjuntos/jogos com suas 
 células anexas e dependendo da con�guração tem 
 uma classi�cação: Anomocítico, Tetracítico, 
 Anisocítico, Paracítico e Diacítico. 
 Nota: Uma mesma planta pode ter mais de um tipo de 
 estômatos no mesmo órgão (folha, caule, etc). 
 ANOMOCÍTICO 
 Não conseguimos distinguir as 
 células anexas (anomo- = 
 pre�xo de negação). 
 TETRACÍTICO 
 Tem quatro células anexas 
 (tetra- = quatro). 
 ANISOCÍTICO 
 Tem três células anexas, no 
 entanto, uma das células é 
 maior que as outras duas. 
 PARACÍTICO 
 As células anexas (um par) 
 tem comprimento paralelo ao 
 das células- guarda 
 DIACÍTICO 
 As células anexas (um par) 
 são transversais ao maior 
 comprimento das células- 
 guardas 
 ► CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA 
 ● Quando os estômatos estão presentes em 
 eudicotiledôneas, as células- guarda são 
 reniformes (“feijão”) - formatos vistos 
 anteriormente. 
 ● Nas Monocotiledôneas, as células guarda- 
 tem formato de halteres . 
 ► CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LÂMINA FOLIAR 
 ● Nivelados - no mesmo nível das 
 epidérmicas comuns; 
 ● Depressão - abaixo do nível (típica de 
 plantas que precisam reforçar a regulação 
 de perda de água, geralmente, de lugares 
 muito quentes ou frios; 
 ● Saliente - acima do nível (raro). 
 ► CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS 
 CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS QUANTO A PRESENÇA DE ESTÔMATOS 
 Os estômatos ocorrem de maneira diferente nas 
 folhas, podendo ocorrer em ambas as faces ou 
 apenas em uma parte das folhas. 
 ● Epiestomáticas - adaxial (face superior); 
 ● Hipoestomáticas - abaxial (face inferior); 
 ● An�estomáticas - ambas faces. 
 APÊNDICES EPIDÉRMICOS 
 Além das células especializadas, a epiderme produz 
 também apêndices epidérmicos, como os tricomas. 
 oi 
 Os tricomas podem ser: 
 ● Glandulares - normalmente possuem uma 
 cabeça onde acumula conteúdo, mas 
 também podem ter formato �liforme 
 (“dedo”). 
 ● e não- glandulares ou tectores (não 
 produzem secreção). 
 PAPILAS 
 Papilas são células epidérmicas, onde a parede 
 externa ao invés de ser reta, ela faz uma curva, 
 dando o aspecto aveludado das pétalas - células 
 papilosas. Ocorre nas rosas, por exemplo. 
 PERIDERME 
 Para o desenvolvimento da periderme é necessário 
 que o órgão (caule ou raiz) entre em crescimento 
 secundário , ou seja, é necessário que a planta 
 desenvolva os meristemas secundários 
 responsáveis pelo crescimento em diâmetro. 
 espaço 
 A primeira coisa que a planta faz ao entrar em 
 crescimento secundário é produzir o câmbio 
 vascular - tecido meristemático de crescimento 
 secundário, surge após a conclusão do crescimento 
 primário. É a partir dele que serão produzidos 
 novos tecidos, como o Xilema (produzir para 
 dentro) e Floema (produzido pra fora) secundários. 
 Nota 1 : O xilema nunca sai do caule ou da raiz em crescimento 
 secundário, portanto, acumula, constituindo a madeira. 
 Nota 2 : Quando a planta descasca, o �oema mais antigo vai 
 embora com a casca que está sendo trocada 
 Quando o câmbio vascular já produziu alguns 
 tecidos secundários, surge abaixo da epiderme o 
 felogênio - outro tecido meristemático de 
 crescimento secundário - e começa a produzir a 
 periderme. Ele faz um súber (ou felema) pra fora e 
 um feloderme para dentro. Assim, de fora para 
 dentro : O súber , o felogênio e o feloderme são os 
 três tecidos que compõem a periderme . 
 ● A periderme é a parte mais externa da 
 casca; 
 ● As células azuis (imagem) são os 
 felogênios; 
 ● As células meristemáticas são 
 perfeitamente empilhadas; 
 ● A casca é constituída tanto do �oema 
 secundário, quanto da periderme (súber, 
 felogênio e feloderme). 
 Nota: Quando uma droga/medicamento é 
 constituída da casca da árvore (ex.: aroeira), a 
 mesma é retirada; o manejo incorreto deste 
 processo pode levar à retirada total do �oema e, 
 consequentemente, a morte da árvore - a árvore 
 não sobrevive sem o �oema.

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