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ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO JANE VANINI FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS SIMPLES NACIONAL Cáceres-MT Setembro/2018 Cláudio Otávio do Nascimento Eduardo Arruda Garcia Igor Henrique de Menezes Costa Marcos Vicente dos Santos Trabalho apresentado ao docente Rubens dos Santos, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Contabilidade Comercial I do Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Estado de Mato Grosso-Campus Cáceres, referente ao terceiro semestre do decorrente ano de 2018. Cáceres-MT Setembro/2018. Cáceres-MT Setembro/2018 Sumário 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 5 2.1 Usuários .................................................................................................................. 5 2.2 Como ingressar no Simples Nacional ..................................................................... 6 2.3 Alterações ............................................................................................................... 7 2.4 Características ......................................................................................................... 7 2.5 Sublimites ............................................................................................................... 8 2.6 Documento de arrecadação simplificada ................................................................ 8 2.8 Anexos de tributação .............................................................................................. 9 2.9 Base de cálculo ..................................................................................................... 13 3 EXEMPLO PRÁTICO ............................................................................................. 15 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 18 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 19 4 1 INTRODUÇÃO O regime tributário é um conjunto de leis que tem como função, determinar como a empresa pagará pelos seus tributos obrigatórios. O momento de escolhe de qual regime a empresa deve optar é crucial, pelo fato de impactar diretamente na lucratividade da empresa, por isso é necessário um planejamento tributário, que é um conjunto de sistemas legais que tem o intuito de diminuir o pagamento de tributos, fazendo com que a mesma opte por uma tributação que minimizará o impacto dos tributos sobre a situação financeira, econômica e patrimonial da empresa. Dentre os regimes tributários estão: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. O Regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte “Simples Nacional”, foi instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, através dele as empresas de pequeno porte e microempresas, terá um regime tributário facilitado e simplificado, que permite o recolhimento de todos os tributos, sejam elas, estaduais, federais e municipais, em uma única guia. https://www.qipu.com.br/glossario/lucro-real/ https://www.qipu.com.br/glossario/lucro-real/ https://www.qipu.com.br/glossario/simples-nacional/ 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Simples Nacional é um regime de arrecadação, fiscalização e cobrança de tributos em âmbito nacional com a participação de todos os indivíduos da Federação Brasileira (União, Distrito Federal, Estados e Municípios), que são aplicáveis as Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Foi criado pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, também conhecida por Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, entrando em vigor no dia 1° de julho de 2017. A administração do Simples Nacional compete ao Comitê Gestor do Simples Nacional, constituído por oito integrantes, sendo quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios, contando ainda com apoio do SEBRAE que de tratar das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A Lei Geral, conhecida também como o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, foi criada pela Lei Complementar 123/2006, com o intuito de regulamentar o tratamento favorecido, simplificado e diferenciado as Microempresas e Empesas de Pequeno Porte, tendo como objetivo favorecer o desenvolvimento e a competitividade dessas empresas, incentivando a geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia. 2.1 Usuários O Simples Nacional se aplica somente às microempresas e empresas de pequeno porte, sendo necessário cumprir dois requisitos para fazer jus ao seu uso, são elas: à natureza jurídica, ser uma sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de responsabilidade limitada ou empresária individual e ter receita bruta dentro do limite máximo anual estabelecido em Lei. São consideradas empresas para uso do Simples Nacional, empresas de pequeno porte que tenham uma receita bruta R$ 4,8 milhões ao ano e as microempresas uma renda bruta de R$ 360 mil ao ano. Para os microempreendedores individuais uma renda bruta de R$ 81 mil ao ano, com média de R$ 6,75 mil ao mês. No entanto há algumas 6 situações que podem impender essas empresas de participarem deste regime, são algumas delas: O proprietário ou sócios participarem de outra empresa, Sócios domiciliando no exterior, Empresa ter participação em outra empresa, Um ou mais sócios que serão empresas, empresa ser constituída sob sociedade de ações, empresa que tem filial, sucursal, empresa ser uma cooperativa, empresa que irá representar com sede no exterior e empresa cujo capital participe entidade da administração pública, federal, estadual ou municipal. 2.2 Como ingressar no Simples Nacional Para os contribuintes que querem ingressar no programa do Governo Federal do Simples Nacional, precisará fazer o agendamento, uma das ferramentas do Simples Nacional que tem como objetivo facilitar a inscrição dos contribuintes, possibilitando assim manifestar seu interesse pela opção para o ano subsequente, antecipando todas as verificações de pendências proibitivas ao ingressar no Simples Nacional. Desta forma, o contribuinte terá mais tempos para regulamentar todos os requisitos para se inscrever no programa. Está função estará disponível entre o 1 de novembro e o dia 28 de dezembro de 2018 no Portal Simples Nacional > Simples > Opção > “Agendamento da Solicitação de Opção do Simples Nacional”. Não havendo nenhuma pendência proibitiva, a solicitação para 2019 já estará confirmada. No dia 1/1/2019, será gerado o registro da Opção pelo Simples Nacional, automaticamente. Caso seja identificada alguma pendência, o agendamento não será aceito. O contribuinte poderá regularizar tal pendência e assim se inscrever de novo no agendamento, até 28/12/2018. No entanto, também é possível cancela o agendamento da opção, no mesmo período do agendamento, pelo aplicativo disponível no Portal Simples Nacional. 7 2.3 Alterações No ano de 2018 o Simples Nacional passou por algumas mudanças que entraram em vigor no dia 1° de janeiro de 2018. Dentre essas mudanças estão à alteração dos limites de faturamento que passou a serem R$ 4,8 milhões por ano, com a ressalva de que o ICSM e ISS serão cobrados separadamente do DAS e caso em que o faturamentoultrapassar o limite de R$ 3,6 milhões por ano, nas DAS estarão inclusos somente os impostos estaduais. Os micros e pequenos produtores de bebidas alcoólicas poderão optar pelo Simples, no entanto é necessário o registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, algumas empresas de serviço médico (enfermagem, medicina veterinária, odontologia, psicologia, psicanálise e entre outros), atividades de intermediação, empreendimentos de auditoria, economia, gestão, organização, controle e administração, empresas de atividade do setor de serviços que tenham finalidade a prestação de serviços em atividade intelectual poderão optar pelo simples, desde que estejam dentro dos limites de admissão. As tabelas de tributação passam de seis para cinco, sendo uma para comércio, um pra indústria e três para serviços e as faixas foram reduzidas de vinte para seis, com essas mudanças as atividades que eram tributadas pelo anexo V, passaram a ser tributas pelo ano III e com a exclusão do anexo VI, as atividades que eram tributadas por esse anexo serão tributadas pelo anexo V. 2.4 Características O Simples Nacional também é conhecido por supersimples, possuí como suas principais peculiaridades a facilidade aos seus usuários; tem caráter facultativo, ou seja, faz gozo de seus benefícios somente as empresas que cumprem rigorosamente os requisitos de admissão e optem pelo uso do regime. As empresas optantes por esse regime desfrutam de benéficos como a redução da burocracia com a unificação da forma de recolhimento dos tributos em uma única guia; não será preciso ter inscrição em cada ente federativo, pois o CNPJ passa a ser o 8 único identificador de inscrição da empresa, não havendo qualquer necessidade de cadastros estaduais e municipais; facilitação do processo de contabilidade, o cálculo e o pagamento dos tributos são simplificadas; redução da carga tributária e redução de custos trabalhistas. No entanto está regime pode apresenta algumas desvantagens, recolhimento feito com base no faturamento e não no lucro, a casos em que possa levar a empresa a pagar o mesmo valor de tributos tendo levado prejuízo; empresas de Pequeno Porte possuem um limite de exportação de R$ 3,6 milhões em mercadorias e serviços. 2.5 Sublimites O Simples apresenta uma peculiaridade que é o sublimite que determina até qual valor do faturamento anual o estado vai permitir o recolhimento no Simples Nacional do ICMS e ISS. Como a alteração do teto de faturamento do Simples Nacional para R$ 4,8 milhões, foi criada um sublimite obrigatório, com a ressalva de que o Estado que não publicar por meio de decreto o seu sublimite específico, terá como sublimite para recolher ICMS e ISS, o valor de faturamento R$ 3,6 milhões. Atualmente todos estados tem como sublimite a receita bruta de R$ 3,6 milhões, exceto os estados do Acre, Amapá e Roraima com sublimite R$ 1,8 milhões, ou seja, esses estados com sublimite de R$ 1,8 milhões, só poderão recolher ICMS e ISS no Simples Nacional caso não ultrapassem a receita bruta de R$ 1,8 Milhões e em casos que ultrapassem o sublimite estipulado o recolhimento do ICMS e ISS serão feito fora da apuração do Simples Nacional. 2.6 Documento de arrecadação simplificada O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, unificando oitos impostos em um único boleto que reduzindo a carga tributária, chamado DAS (Documento de Arrecadação Simplificada), responsável pela unificação e recolhimento dos impostos para as empresas optantes do simples nacional, repassando cada um dos impostos automaticamente para as contas do Estado, Município e União, podendo ser pagos em qualquer agência bancária. 9 O boleto DAS é emitido através do Portal do Empreendedor e não é aceito o pagamento após a data de vencimento, sendo que nesse caso é necessário gerar um nono boleto, com o valor dos juros e correções automaticamente atualizados pelo sistema. Os impostos inclusos no DAS, são: 1. IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) imposto de competência federal que incide sobre os rendimentos da empresa; 2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é um tributo federal que incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros; 3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) imposto de competência estadual e federal, sobre as operações que referente à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviço de transporte interestadual, intermunicipal e os de comunicação; 4. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade social) de responsabilidade federal para a manutenção e continuidade do regime de seguridade social: saúde, habitação entre outro; 5. PIS (Programa de Integração Social) contribuição e formação do Patrimônio do Servidor Público; 6. CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) tributo federal que incide sobre os rendimentos da empresa com métodos parecidos aos do IRPJ e tem por objetivo financiar a seguridade social; 7. ISS (Imposto Sobre Serviço) imposto sobre serviços de qualquer natureza atribuídos aos municípios, com exceção dos impostos compreendidos em Circulação de Mercadorias, e tem com fato gerador a prestação de serviço; 8. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o caixa da Previdência Social, encarregado pelo pagamento das aposentadorias e dos demais benefícios dos trabalhadores com exceção dos servidores públicos. 2.8 Anexos de tributação O simples Nacional possui cinco de tabelas para tributação, são elas o Anexo I, II, III, IV e V, sendo que cada empresa que se enquadra dentro desse regime, terá uma tributação especifica de acordo com as suas atividades e quanto maior o faturamento maior será o pagamento do DAS. 10 Anexo I do Simples Nacional (Comércio): O anexo I contempla a atividade de revenda de mercadorias no mercado interno, sem a substituição tributária monofásica. Tabela Simples Nacional 2018 – Vendas de Mercadorias, Anexo I. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 4,00% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASEP CPP ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6 a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% ------ Fonte: Contabilizei, 2018 Anexo II do Simples Nacional (Indústria): O anexo II contempla a venda de mercadorias importadas por estabelecimentos comerciais optantes pelo Simples Nacional. O Anexo II inclui desde matéria-prima, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos. Também se encaixam no Anexo II os produtos que foram industrializados por outro estabelecimento da mesma firma ou por terceiros. Tabela Simples Nacional 2018 – Indústria, Anexo II. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 4,50% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 7,80% 5.940,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 10,00% 13.860,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 11 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASE P CPP ICMS IPI 1ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49%37,50% 32,00% 7,50% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 11,54% 2,49% 37,50% 32,00% 7,50% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 11,54% 2,49% 37,50% 32,00% 7,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 11,54% 2,49% 37,50% 32,00% 7,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 11,54% 2,49% 37,50% 32,00% 7,50% 6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% ------ 35,00% Fonte: Contabilizei, 2018. Anexo III do Simples Nacional (Serviços): O anexo III contempla empresas de serviço do Simples Nacional que oferecem serviços como: instalação, reparos e manutenção, além de agências de viagens, escritórios de contabilidade, academias, laboratórios, empresas de medicina e odontologia. Tabela Simples Nacional 2018 – Serviços, Anexo III Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 6,00% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 11,20% 9.360,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 13,50% 17.640,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 16,00% 35.640,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 21,00% 125.640,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 33,00% 648.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASEP CPP ISS(*) 1ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,50% 33,50% 2ª Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00% 3ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 4ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 5ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% 6 a Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% ------ (*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será: Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 5ª Faixa, com IRPJ (alíquota efetiva) CSLL (alíquota efetiva) CONFIS (alíquota efetiva) PIS/PASEP (alíquota efetiva) CPP (alíquota efetiva) ISS (*) Percentual de ISS Fixo em 5% Alíquota efetiva superior a 5%) x 5%) x 5%) x 5%) x 5%) x ----------------- 14,92537% 6,02% 5,26% 19,28% 4,18% 65,26% ----------------- 12 Anexo IV do Simples Nacional (Serviços): O anexo IV contempla também é destinada a prestação de serviços, mas para atividades diferenciadas. Trata de construção de imóveis e engenharia em geral, considerando a forma de empreitada, desde a execução de projetos até serviços de paisagismo, passando pela decoração de interiores e serviços de vigilância e limpeza. A locação de bens móveis não está definida na lista de serviços. Tabela Simples Nacional 2018 – Comércio, Anexo IV. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 4,50% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 9,00% 8.100,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 10,20% 12.420,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 14,00% 39.780,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 22,00% 183.780,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 33,00% 828.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASEP ICMS 1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,78% 44,50% 2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00% 3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00% 4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00% 5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% 6 a Faixa 53,80% 21,50% 20,55% 4,45% ------ (*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 12,50%, a repartição será: Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 5ª Faixa, com IRPJ (alíquota efetiva) CSLL (alíquota efetiva) CONFIS (alíquota efetiva) PIS/PASEP (alíquota efetiva) ISS (*) Percentual de ISS Fixo em 5% Alíquota efetiva superior a 5%) x 31,33% 5%) x 32,00% 5%) x 30,13% 5%) x 6,54% ----------------- Fonte: Contabilizei, 2018 Anexo V do Simples Nacional (Serviço): O Anexo V contempla também a prestação de serviços, dividido em 3 faixas. A primeira delas é para empresas com receitas brutas mensais de até R$ 180 mil, com alíquota de 15,5%, e a última entre R$ 360.000,01 e R$ 720 mil, com alíquota de 19,5%. Para ser enquadrada no Anexo V, a atividade deve ser inferior a 0,28 no fator “r”, que incluiu locação e administração de 13 imóveis de terceiros, desenvolvimento de programas de computadores e serviços médicos, entre outros. Tabela do Simples Nacional 2018 – Comércio, Anexo V. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 15,50% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 18,00% 4.500,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 19,50% 9.900,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 20,50% 17.100,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 23,00% 62.100,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 30,50% 540.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASEP CPP ISS(*) 1ª Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00% 2ª Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00% 3ª Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00% 4ª Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00% 5ª Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50% 6 a Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,85% ------ Fonte: Contabilizei, 2018 2.9 Base de cálculo O cálculo para a alíquota dependerá de uma equação em presente no art.18 da Lei complementar 123 de 14 de dezembro de 2006. No entanto, o cálculo do Simples Nacional ocorre de maneira mensal, ou seja, em cada mês um período de apuração diferente. Para o cálculo deve determinar a alíquota de acordo com o anexo e a receita bruta. Na legislação atual, basta aplicar a soma do faturamento dos últimos 12 meses, multiplicar pela a alíquota contínua de acordo com os anexos I à V, subtrair pela parcela a deduzir e dividir com o valor total do faturamento dos últimos 12 meses. Fórmula: (RBT12xAliq-PD/RBT12). RBT12 = Receita bruta acumulada nos dozes meses anteriores ao período de apuração; Aliq = Alíquota nominal constante dos Anexos I e V, desta Lei Complementar; PD = Parcela a deduzir constante dos Anexos I e V, desta Lei Complementar. 14 Fator R Com alteração do Simples Nacional em 2018, foi acrescido um cálculo para que uma empresa possa identificar em quais dos anexos ela se enquadra, dentre os anexos III e V de acordo com o cálculo. Para a realização do cálculo é de suma importância verificar a soma das folhas dos salários, pró-labore, salários FGTS e demais encargos nos últimos 12 meses; verificar a soma do faturamento dos últimos 12 meses; dividir a soma da folha de salários dos 12 meses pela receita bruta dos 12 meses; e se o resultado da divisão for igual ou superior a 28% a empresa deverá enquadra no Anexo III, e inferior a 28% se enquadrar no Anexo V. 15 3 EXEMPLOS PRÁTICOS Exemplo I: Empresa enquadrada no anexo I – Comércio (Vendas de Mercadorias) Receita Bruta dos últimos 12 meses – 2.500.000,00 Receita Mensal – 320.250,00 Primeiramente, precisamos identificar dentro da tabela do Anexo I, em qual é a alíquota nominal da empresa, e assim encontrar qual a é alíquota efetiva da Empresa: Tabela Anexo I Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$) 1ª Faixa - De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 4,00% 0,00 2ª Faixa - De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa - De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa - De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa - De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa - De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 Fonte: Contabilizei, 2018 No nossocaso, pela tabela a empresa ficaria enquadrada na 5° faixa (entre 1.800.000,01 e 3.600.000,00). E neste caso, pela tabela é dito que se tem uma alíquota nominal de 14,30% e uma dedução de 87.300,00. Então agora será aplicada a fórmula descrita no Item 2.9 na página 13, para encontrar a alíquota efetiva, ou seja, a real alíquota para fins de cálculo do Simples Nacional. Aplicação da fórmula: 2.500.000,00x 14,30% - 87.300= 270.200,00 / 2.500.000,00 = 0,10808%; Então 0,10808% será a nossa alíquota efetiva para fins de cálculo; 300.250,00 x 0,10808% =32.451,02. Então 32.451,02 será o valor a recolher no DAS. Lembrando que se dentro das seções do anexo I, a empresa tiver algum caso que não pague um determinado tributo, como nos casos de ICMS ST, PIS e COFINS monofásico e etc... Deverá segregar a alíquota efetiva encontrada, para saber o percentual de tributo a desconsiderar. Por exemplo, dentro da LC 155/16 tem se a repartição dos tributos, então dentro dessa nossa alíquota de 0,10808% encontrada, 5,50% dela é IRPJ, 3,50% é CSLL, 12,74% é COFINS e assim sucessivamente. 16 Em termos práticos ela representa a composição de cada imposto dentro do DAS. Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL CONFIS PIS/PASEP CPP ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6 a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% ------ Fonte: Contabilizei, 2018 No nosso caso se feita à repartição de tributos, cada tributo ficaria assim representado: IRPJ = 0,055 x 32.451,02 = 1.784,8061 CSLL = 0,035 x 32.451,02 = 1.135,7857 COFINS = 0,1274 x 32.451,02 = 4.134,259948 PIS = 0,0276 x 32.451,02 = 895,648152 CPP = 0,42 x 32.451,02 = 13.629,4284 ICMS = 0,335 x 32.451,02 = 10.871,0917 Exemplo II, Fator R Para entender o Fator R, daremos um exemplo prático, um escritório de contabilidade, faturou R$ 800.000,00 nos últimos 12 meses, mas pagou R$ 200.000,00, entre salários à encargos trabalhistas. Desta forma, como descrito no Item 2.9 página 14: Soma da folha de pagamento = R$ 200.000,00 Soma do faturamento dos últimos 12 meses = R$ 800.000,00 Fator R = 0,25, portanto, 25% A empresa irá se enquadrar no Anexo V. A empresa como se enquadra no Anexo V, com uma faixa de receita bruta entre R$ 720.000,01 à R$ 1.800.000,00. Nesse caso, sua tributação será de 20,50% sobre o faturamento. 17 Caso fosse enquadrada no Anexo III, iria ser tributada em 16,00% sobre o faturamento. Desde modo, chegamos a seguinte conclusão: R$ 164.000,00 (Anexo V); R$ 128.000,00 (Anexo III). Portanto, o que vai determinar em quais dos Anexos será destinado é o faturamento mensal, ocorrendo então um determinado período ser Anexo III ou V. 18 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O SIMPLES NACIONAL é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às Microempresas e Empresas de pequeno porte, esse sistema garantiu os desenvolvimentos das mesmas e uma redução na taxa tributária, que é capaz de gerar uma economia de X nos impostos da empresa. O Simples Nacional também simplificou o pagamento de impostos em uma única guia, na qual facilita aos contribuintes na identificação de quais impostos estão pagando, e contendo todas as informações necessárias, portanto, nota-se que apesar de ser facultativo, o Regime Simplificado Simples Nacional reduz o tal processo burocrático. O SIMPLES NACIONAL também possui algumas desvantagens como: o cálculo é feito a partir do faturamento anual e não o lucro, desta forma, quando não realizado um ótimo planejamento, resulta em pagamento de tributos desnecessários, e as empresas não marcam na nota fiscal o quanto foi pago de ICMS e IPI. 19 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conheça as vantagens e desvantagens do Simples Nacional : Novo Simples Nacional 2018. São Paulo: Portal da Contabilidade, 2018. 1 p. v. 1. Disponível em: <https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/simples-nacional/>. Acesso em: 01 set. 2018. Mudanças no Simples Nacional : como calcular as novas alíquotas.. São Paulo: Wolters Kluwer, 2018. 1 p. Disponível em: <http://www.wolterskluwer.com.br/blog/mudancas-no-simples-nacional-como-calcular- novas-aliquotas/>. Acesso em: 03 set. 2018. O que é a Lei Geral . [S.l.: s.n.], 2018. 1 p. Disponível em: <http://www.leigeral.com.br/o-site/o-que-e-a-lei-geral>. Acesso em: 07 set. 2018. Perguntas e Respostas Simples Nacional : Noções Introdutórias. [S.l.]: Simples Nacional, 2018. 14 p. v. 1. Disponível em: <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Arquivos/manual/PerguntaoSN.p df>. Acesso em: 01 set. 2018. SANTOS, Cleônimo. Simples Nacional : Conceitos Gerais. 4. ed. [S.l.]: SAGE, 2017. 57 p. Simples Nacional : Recolhimento do ICMS e ISS Fora do Simples Nacional a partir de 01.01.2018. [S.l.]: Tatiane Scremin, 2017. 1 p. Disponível em: <http://tatianescremin.com.br/simples-nacional-recolhimento-do-icms-e-iss-fora-do- simples-nacional-a-partir-de-01-01-2018/>. Acesso em: 02 set. 2018. Simples Nacional : tudo que você precisa saber. [S.l.]: ENDEAVOR Brasil, 2018. 1 p. Disponível em: <https://endeavor.org.br/leis-e-impostos/simples-nacional-tudo-que- voce-precisa-saber/>. Acesso em: 02 set. 2018. TOM, Carim. Novo limite do Simples Nacional aprovado : o que muda a partir de 2018. [S.l.]: Conta Azul, 2018. 1 p. Disponível em: <https://blog.contaazul.com/novo- simples-nacional-o-que-muda-2018>. Acesso em: 03 set. 2018. http://www.wolterskluwer.com.br/blog/mudancas-no-simples-nacional-como-calcular- http://www.leigeral.com.br/o-site/o-que-e-a-lei-geral http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Arquivos/manual/PerguntaoSN.p http://tatianescremin.com.br/simples-nacional-recolhimento-do-icms-e-iss-fora-do-
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