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ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM EDMILSON DOS MÁRTIRES SANTOS GEIZA SANTANA DA CONCEIÇÃO MÁRCIA ALZIRA SILVA SOARES MILENE ALVES MODESTO SARAH SANTOS OLIVEIRA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Salvador 2022 EDMILSON DOS MÁRTIRES SANTOS GEIZA SANTANA DA CONCEIÇÃO MÁRCIA ALZIRA SILVA SOARES MILENE ALVES MODESTO SARAH SANTOS OLIVEIRA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Salvador, como requisito à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Cíntia Carolina Silva Gonçalves Salvador 2022 AGRADECIMENTO A nossa alegria e gratidão por chegarmos até aqui primeiramente é dada ao criador nosso Deus, por nos sustentar durante todo este processo de graduação. Não foi fácil chegar até aqui, desistir foi uma das opções, mas insistimos em continuar porque, Deus estava a todo tempo a nos sustentar. Aos familiares que nos apoiaram em todos os momentos, sejam com palavras de incentivos, seja financeiramente e até mesmo compreendendo por muitas vezes a nossa ausência, porque tínhamos um compromisso e uma missão nos tornamos enfermeiros comprometidos com o cuidar. A UNIFACS por esta comprometido com a educação e atuar de forma competente no processo de busca por conhecimento. Aos docentes desta casa, agradecemos por todo ensinamento, por compartilhar experiencias e saberes que não encontramos em livros, pelos incentivos, diálogos, acolhimento e por nos encorajar a seguir uma profissão tão linda, mas ainda desvalorizada. Aprendemos que o enfermeiro está comprometido com cuidar de forma holística, integral, ética, prestar uma assistência humanizada e de qualidade, e aprendemos que o nosso paciente é o amor de alguém e dele devemos cuidar com todo amor. E somos gratos pelos amigos que fizemos durante o processo do saber e que em breve serão colegas de trabalhos. Há todos o nosso muito obrigado. RESUMO Objetivo: descrever sobre a assistência de enfermagem na UTI para prevenção de Lesão por pressão em pacientes adultos. Metodologia: revisão do tipo integrativa da literatura com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, foi realizado um levantamento de dados nas bases da LILACS e SCIELO, foram utilizados os descritores: “Lesão por Pressão”, “Unidade de Terapia Intensiva” e “Assistência de Enfermagem”, “Fatores de risco” e “Prevenção” e selecionado 12 artigos. Resultado: Os artigos demostraram que fatores extrínsecos e intrínsecos contribui para formação de LPP, sendo predominante em pacientes críticos que tem um tempo prolongado de internamento, e que ações preventivas como uso da escala de Braden na admissão do paciente, uso de protocolos para prevenção LPP são essenciais, e medidas como hidratar pele do paciente, mudança de decúbitos, reposicionar o paciente em ventilação mecânica, ter cuidado com os dispositivos médicos, usar hidrocoloide em região sacral. Conclusão: É importante que o enfermeiro avalie o risco de LPP, registre e notifique as para garantir a segurança do paciente, otimize o uso dos protocolos e Escala de Braden, e que estejam em continuo processo de capacitação a fim de adotar medidas preventivas para reduzir drasticamente o índice de paciente com lesão por pressão nas UTIS. Palavras-chaves: Lesão por pressão. Unidade de Terapia Intensiva. Assistência de Enfermagem. Fatores de risco. Prevenção. ABSTRACT Objective to describe about nursing care in the ICU for the prevention of pressure injuries in adult patients. Methodology: integrative literature review with a qualitative, descriptive and exploratory approach, a data survey was carried out in the LILACS and SCIELO databases, the descriptors were used: "Pressure Injury", "Intensive Care Unit" and "Care of Nursing”, “Risk Factors” and “Prevention” and selected 12 articles. Result: The articles showed that extrinsic and intrinsic factors contribute to the formation of LPP, being predominant in critically ill patients who have a prolonged hospital stay, and that preventive actions such as the use of the Braden scale at patient admission, use of protocols to prevent LPP are essential, and measures such as moisturizing the patient's skin, changing positions, repositioning the patient on mechanical ventilation, being careful with medical devices, using hydrocolloid in the sacral region. Conclusion: It is important for nurses to assess the risk of LPP, register and notify them to ensure patient safety, optimize the use of protocols and the Branden Scale, and that they are in a continuous training process in order to adopt preventive measures to reduce dramatically the rate of patients with pressure injuries in ICUs. Keywords: Pressure injury. Intensive care unit. Nursing Assistance. Risk factors. Prevention. LISTA DE SIGLAS ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária BVS - Biblioteca Virtual de Saúde COFEN- Concelho Federal de Enfermagem EA- Eventos Adversos EC- Educação Continuada LILACS – Literatura Latino Americana e do Caribe de Ciências da Saúde LPP – Lesão por Pressão MS - Ministério da Saúde NBR - Normas Brasileiras Regulamentadores NPUAP - National Pressure Ulcer Advisory Panel NSP – Núcleo de Segurança do Paciente OMS – Organização Mundial de Saúde SCIELO - Scientific Eletronic Library Online UTI – Unidade de Terapia Intensiva SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 2. METODOLOGIA ................................................................................................... 09 3. RESULTADO.........................................................................................................11 4. DISCUSSÃO..........................................................................................................14 4.1 A prevalência e incidência de LPP em UTI...........................................................15 4.2 Importância de uma assistência de enfermagem de qualidade...........................17 4.3 Atuação do enfermeiro na assistência em UTI para prevenção de Lesão por Pressão...................................................................................................................... 18 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................20 REFERÊNCIAS.......................................................................................................22 7 1 INTRODUÇÃO A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o setor hospitalar especifico para pacientes que necessitam de atendimento com suporte especializado, recursos tecnológicos e terapêuticos afins de prestar um atendimento de qualidade para pacientes graves ou em risco. Este setor conta com assistência interrupta de médicos, enfermeiros e uma equipe multidisciplinar capacitados e qualificados, a UTI é um setor que pode contribuir para a sobrevida do paciente (RODRIGUES et al, 2021). De acordo com Amorim e Silvério (2003) a UTI é um espaço complexo, que contem elementos que são essenciais para o atendimento de pacientes graves que necessitam de uma assistência médica continua, de recursos especializados, equipamentos tecnológicos essenciais para manutenção da vida. A sua permanência prolongada nesta unidade pode trazer riscos à saúde do paciente estando o mesmo expostoa infecções e eventos adversos como a Lesão por Pressão (LPP). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2004 classificou evento adverso como incidentes que causam danos à saúde do indivíduo, sejam eles físicos, social ou psicológicos, de acordo coma agência esses fatores poderiam ser evitados pelos profissionais que prestam assistência em saúde. Visando a segurança do paciente a ANVISA institui em 2013 a resolução RDC nº 36 que institui normas que garantam a segurança do paciente nos serviços de saúde, visando o mínimo de danos possível a saúde do cliente, contribuindo para uma assistência de qualidade, humanizada, bem-estar e saúde do paciente (BRASIL,2013). Em 2013 o Ministério da Saúde implementou o programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) estabelecendo metas de segurança com objetivo de redução dos danos à saúde do paciente, dentre as seis metas estabelecidas inclui-se a redução de risco de queda e de lesões por pressão (BRASIL, 2014). De acordo com o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) a LPP é caracterizada como “dano localizado na pele e/ ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.” A lesão pode ser ocasionada por pressão prolongada, fricção ou cisalhamento em pele integra ou com úlceras e são dolorosas, é uma complicação grave decorrente de múltiplos fatores e caracterizada como evento adverso (EA) (BRASIL, 2016). Dados da ANVISA de 2017 enfatizaram que a LPP é o 8 terceiro tipo de evento adverso (EA) que acomete pacientes hospitalizados em maior permanência A lesão por pressão é um problema grave que traz complicações à saúde do paciente, afetando emocionalmente, causando dor e sofrimento, e também contribuindo para o afastamento social, é um desafio constante para os profissionais de saúde, estudos demostram que a incidência e prevalência deste EA ocorre com mais frequência do que deveria, e que além de causar problemas ao paciente gera um grande custo aos hospitais (GOMES et al, 2011). A UTI é um setor que demanda um alto custo para o hospital devidos aos usos de vários dispositivos tecnológicos, atendimento contínuos, medicações de alto preço, e a longa permanência, devido à alta complexibilidade que a mesma oferece para atender o paciente. E quando ocorre um EA, o custo pode ser elevado, mas também fatal levando o paciente a óbito por sepse decorrente de uma LPP (NASCIMENTO et al, 2017). Estudos Internacionais e nacionais realizados em 2019, ressaltam que a incidência de paciente que apresentam LPP ainda é elevada, e este número é maior em pacientes acamados, nos Estados Unidos a permanência e prevalência varia de 3% a 15%, chegando até 35% em pacientes acamados de longa permanência, no Brasil a incidência e prevalência de LPP são usadas como indicadores para mensura a qualidade da assistência presta nos hospitais, e pode atingir de 8% a 34% dos pacientes restrito ao leito ( SANTOS et al, 2020) . A LPP é um indicador de falha na assistência a saúde, relacionado a segurança do paciente, e para reduzir este dano a prevenção é uma aliada na assistência de qualidade. O enfermeiro é o profissional responsável pelos cuidados prestados ao paciente, de acordo com o Conselho Federal de Enfermagem em sua portaria Nº 7.498/1986, “cabe, privativamente, ao Enfermeiro executar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas” (COFEN, 1986). É responsabilidade do enfermeiro registrar as informações referente ao gerenciamento do processo de cuidados, zelar pela comunicação efetiva com sua equipe, avaliar, registra, e traçar planos de cuidados com o objetivo de uma assistência de qualidade. Nos cuidados a feridas e lesões o enfermeiro por lei é profissional com habilidades e competência que tem o papel especifico de traçar parâmetros para avaliar 9 feridas, planejar e executar condutas de cuidados, analisar a evolução da lesão como implementar ações de cuidados no tratamento de LPP (MINUZI et al, 2016). Para reduzir a incidência de LPP nas unidades hospitalares e principalmente nas UTIs é de suma importância que enfermeiro desenvolva ou execute protocolos com ações efetivas, implemente campanhas com objetivo de redução da LPP, que não se atente apenas aos cuidados a doença de base do paciente, mas aos EA que o mesmo está exposto. A utilização de ferramentas como Escalas de Baden, Push, Norton dentre outras são aliados na avaliação de possíveis condições e fatores que podem contribuir para formação lesão no indivíduo (LOPES, 2019). Visando esta temática este trabalho tem como objetivo descrever sobre a assistência de enfermagem na UTI para prevenção de Lesão por pressão em pacientes adultos. Este trabalho se justifica pelo importante papel do enfermeiro na UTI, para prevenir LPP, visando adotar medidas que preventivas. Diante este pressuposto levantou-se como questionamento quais seriam as ações preventivas de assistência prestada pelo enfermeiro na UTI para prevenir lesão por pressão? 2 METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma de revisão do tipo integrativa da literatura com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Sendo uma metodologia de pesquisa e utilizada no campo da saúde, por possibilitar uma análise da literatura, levando ao conhecimento e a conclusão de resultados científicos publicados (BOTELHO, 2011). A revisão integrativa é essencial para o pesquisador, ela auxilia, dá suporte e fundamentação, justifica e fórmula a pesquisa, como também permite que o pesquisado tenha mais êxito na definição de estratégias, na contextualização dos objetivos propostos. A mesma segui critérios em seis passos fundamentais a serem seguidos sendo eles: pergunta norteadora, amostra de literatura, coleta de dados, analise crítica dos estudos, discussão dos resultados e por fim apresentação de revisão integrativa (MENDES, SILVEIRA E GALVÃO, 2008). A coleta de dados para fundamentar este estudo ocorreu nos meses de março e abril de 2022, tendo como fonte os artigos publicados no Portal da Biblioteca de Saúde (BVS), filtrando os artigos nas seguintes bases de dados eletrônica como: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (LILACS) e 10 Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os descritores em ciência e saúde (Desc): “Lesão por Pressão”, “Unidade de Terapia Intensiva”, “Assistência de Enfermagem”, “Fatores de risco” e “Prevenção” os descritores foram conectados entre si pelo operador booleano AND. Foram incluídos nestes estudos: artigos publicados entre 2016 e 2022, artigos completos em língua portuguesa e inglesa, artigos que estavam na integra, disponíveis online e gratuitamente. Como critério de exclusão: artigos de revisão, teses, artigos repetidos, que fugiam da temática proposta. Para análise de dados os artigos foram lidos na íntegra, leituras especializadas como: leitura exploratória, leitura interpretativa e analítica, sendo posteriormente utilizada como técnica de análise a categorização temática. De acordo com Minayo (2007), a leitura temática se desdobra nas etapas pré-análise e exploração do material encontrado ou interpretação dos resultados, esta fase compreende a leitura detalhada que requer um contato direto com as obras pesquisadas, para fundamentar o trabalho proposto. Por se tratar de uma revisão integrativa ao Comitê de Ética em Pesquisa- CEP, pois trata-se de uma revisão integrativa, onde não envolve estudos de controle efetivo e atividades com seres humanos e animais de acordo com a Resolução de nº 466, de dezembro de 2012 (SOUZA, 2010). Na produção do trabalho houve comprometimento e respeito com os autores das obras que foram citados de acordo com as Normas BrasileirasRegulamentadores (NBR) 6023. Figura 1. Fluxograma do processo de seleção. Fonte: Autoria, 2022. Estudos selecionados 12 Estudo excluidos após leitura na integra 17 Estudo selecionado para analise 29 Estudo excluido pela leitura de título 354 Estudo identificado em busca na literatura 383 11 3 RESULTADOS Os estudos foram realizados em hospitais públicos (8), privados (2), filantrópico (1), nos anos de 2016 a 2021,as pesquisas foram realizadas em Sergipe, Rio de Janeiro, Ceara, Recife, Vitória Espirito Santo, Joinville Santa Catarina, sendo que houve uma publicação maior em 2021 no estado de São Paulo, em hospitais universitários de Campinas, há publicações dos artigos em inglês (4) e português (8), a base de dados que houve mais publicação foi a SCIELO. Os estudos abordaram sobre incidência e prevalência de LPP em UTI, além de fatores que contribui para formação de lesão em pacientes críticos, atuação do enfermeiro na prevenção de lesões realizando uso de escalas, avaliações, registros e monitoramentos de eventos adversos, uso de curativos hidrocoloide. No quadro 1 abaixo, pode-se observar a caracterização dos estudos com relação ao título e ano da publicação, autores, método, principais resultados. Quadro. 1 Principais características dos artigos que compuseram a amostra do estudo, 2022. AUTOR ANO TÍTULO OBJETIVO RESULTADOS BARON, Mirian Viviane et al. 2022 Estudo experimental com equipes de Enfermagem acerca do conhecimento sobre úlceras por pressão Comparar os escores de conhecimento sobre úlcera por pressão das equipes que participaram ou não de intervenções educativas Em estudo atual, pesquisadores sugerem que deva haver menor demanda de serviço para que os profissionais possam participar das intervenções educativas, contribuindo desta forma para a melhoria do processo de EC no âmbito da UTI (23). RODRIGUES JM et al. 2021 Incidência e fatores relacionados ao aparecimento de lesões por pressão em Unidade de Terapia Intensiva Identificar a incidência e caracterizar as lesões por pressão em unidade de terapia intensiva adulta quanto à ocorrência, locais e fatores de risco, e verificar se há associação entre esses e o surgimento das lesões Com base neste estudo, pode-se perceber que os pacientes que permaneceram internados durante um longo período desenvolveram LP, com isso é possível entender que os cuidados para prevenção de LP são fundamentais durante todo o período de internação. Assim, destaca-se o papel da enfermagem nessa avaliação e implementação de medidas de cuidado 12 CAMPOS, M MY; SOUZA MFC; WHITAKER IY. 2021 Risco para lesão por pressão em pacientes de unidade de terapia intensiva Caracterizar as lesões por pressão em pacientes críticos, verificar sua associação com as variáveis demográficas, da internação, condições clínicas e identificar Fatores de risco para lesão por pressão Dos 324 pacientes, 46 (14,2%) desenvolveram lesão por pressão, sendo mais frequente nas regiões sacral e calcânea. Fatores de risco para lesão por pressão foram idade, tempo de internação e permanência na enfermaria antes da Unidade de Terapia Intensiva. SANTOS, Jonatas Bruno da Silva et al.2020 Incidência de lesão por pressão em pacientes na unidade de terapia intensiva de um hospital filantrópico Determinar a incidência e analisar o perfil dos portadores de lesão por pressão, enfocando fatores de risco, características clinicas e demográficas, dos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva Percebe-se a importância de um trabalho em equipe, com planejamento estratégico, buscando sempre solucionar as falhas não de forma isolada, mas em conjunto, seja na área médica, da enfermagem, nutricional, fisioterapia, e dos outros profissionais envolvimentos no cuidado do paciente internado nesta unidade ALI,Yasmin Cardoso Metwaly Mohamed et al. 2020 Incidência de lesão por pressão e tempo de assistência de enfermagem em terapia intensiva. Correlacionar a incidência de lesão por pressão (LP) com o tempo médio de assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva (UTI) A média de incidência de LP entre 2010 e 2014 foi de 10,83% (DP = 2,87) e o tempo médio de assistência de enfermagem despendido aos pacientes internados em UTI foi de 15 horas (DP = 0,94). Não houve correlação estatisticamente significante entre incidência de LP e o tempo de assistência de enfermagem (r = -0,17; p = 0,199), porém os resultados sugeriram sobrecarga da equipe REBOLÇAS RO et al, 2020 Qualidade da assistência em uma unidade de terapia intensiva para prevenção de lesão por pressão Identificar as práticas seguras para prevenção de lesão por pressão (LP), realizadas por enfermeiros em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e classificar a qualidade da assistência Verificou-se uma assistência sofrível, segundo o IP, nos três domínios: medidas preventivas e detecção precoce de LP (IP: 66,6%+24,5); medidas de alívio de pressão (IP: 41,9%+21,6) e avaliação e notificação (IP: 65,1%+14,5), com IP médio geral igual a 57,8% (Desvio Padrão: +13,8), e ações de prevenção realizadas de forma inadequada. 13 OTTO Caroline et al. 2019 Fatores de risco para o desenvolvimen to de lesão por pressão em pacientes críticos. Identificar a relação entre os fatores de risco para o desenvolvimento de lesão por pressão e determinar sua incidência em pacientes críticos Resultados: Participaram do estudo 59 pacientes, destes 29 desenvolveram lesão por pressão, incidência de 49,2%. Quanto às variáveis demográficas e clínicas, houve predominância do gênero masculino, média de idade (46,9 ± 19,8), associação estatística (p= <0,001) para maior tempo de internação,ventilação mecânica, sedação, balanço hídrico positivo e uso de antibióticos, Escala de Braden, no escore risco elevado e risco leve e Simplified Acute Physiology Score (p=0,09) PACHÁ HHP et al. 2018 Lesão por pressão em Unidade de Terapia Intensiva: estudo de caso-controle Avaliar a relação entre a presença/ausência de Lesão por Pressão e fatores sociodemográficos e da internação. A idade e os dias de internação apresentaram efeito dose- resposta, quanto maior a idade ou o número de dias de internação, maiores as chances da presença de LPP. Verificou-se também uma associação significante entre maior ocorrência de óbitos em pacientes com lesão. GOTHARDO, ACLO, et al. 2017 Incidência de Ulcera por pressão em pacientes internados em unidade de terapia intensiva adulto. Quantificar a incidência de UPP durante o período de internação, conhecer o perfil dos pacientes que adquiriram úlcera por pressão e identificar os fatores que predispõe a incidência de úlcera por pressão em unidade de terapia intensiva adulto. A incidência de Úlcera por Pressão da UTI Adulto da instituição hospitalar estudada se deu a partir do 3º dia de internação, com elevados casos em pacientes idosos, predominando região sacral e classificação grau I. A associação dos fatores de risco dos pacientes estudados mostra que o Nível de Consciência e a Avaliação de Risco apontaram pacientes com maior dependência da equipe de enfermagem. MENDONÇA Paula Knoch et al. 2017 Prevenção de lesão por pressão :ações prescritas por enfermeiros de centro de terapia intensiva. Descrever as ações de enfermagem prescritas por enfermeiros para a prevenção de lesões por pressão e sua ocorrência em centros de terapia intensiva. Foi encontrada associação estatística entre as ações de mudança de decúbito, aplicação de cobertura hidrocoloideem região sacral, realização de higiene externa, troca de fixação do cateter orotraqueal e/ou cateter nasoenteral e inspeção da pele com a ausência de 14 lesões por pressão. A ocorrência de lesões por pressão foi encontrada em 49% dos clientes em ambas as instituições. BORGHARDT Andressa Tomazine et al. 2016 Úlcera por pressão em pacientes críticos: incidência e fatores associados Identificar a incidência e descrever os fatores associados à úlcera por pressão em pacientes críticos. Constatou-se uma incidência de 22% (IC 95% 12,6 - 31,5), sendo 17 com 32 úlceras por pressão em região sacral (47% na categoria I (72%). Tempo de internação maior que 10 dias (71%), tipo de internação cirúrgica (53%), insuficiência cardíaca congestiva (24%) e alto risco na Escala de Braden (59%) TEIXEIRA, Anne Kayline Soares; et al. 2016 Incidência de lesões por pressão em Unidade de Terapia Intensiva em hospital com acreditação Analisar o perfil de incidência das lesões por pressão em Unidade de Terapia Intensiva de adultos. Houve um total de 649 internações e foram identificadas 68 incidências, o que corresponde a 10,47% dos casos de incidência sobre o total de internações. Destes, 51,5% eram do sexo masculino e 48,5% feminino; 58,8% incidiram durante os primeiros 14 dias de internação. Predominou-se a faixa etária acima de 60 anos, com 79,4%. Dos indivíduos com faixa etária acima de 60 anos,61,1% apresentaram risco elevado para o desenvolvimento de lesão por pressão. A região sacral foi identificada em 46,4%. 61,9% dos casos eram de estágio 2. Fonte: Confecção própria, 2022. 4. DISCUSSÃO Portanto Após leitura minuciosa do conteúdo discursivo dos estudos incluídos na amostra que versavam sobre a assistência de enfermagem e a prevenção de lesão por pressão em UTI, foram levantadas as seguintes categorias temáticas: (1) A prevalência e incidência de LPP em UTI, (2) Importância de uma assistência de enfermagem de qualidade e (3) Atuação do enfermeiro na assistência em UTI para prevenção de Lesão por Pressão. 15 4.1 A prevalência e incidência de LPP em UTI. As publicações sobre a temática lesão por pressão em UTI, destacam que algumas pesquisas que iniciaram em 2014, mas só foram publicados em 2016, os estudos foram realizados em hospitais públicos, privados e filantrópicos abordaram sobre incidência e prevalência e fatores que contribui para a LPP em pacientes na UTI. Destacando que certa de 60% das pesquisas apontaram lesão por pressão como um evento adverso que demostra a qualidade da assistência associado a segurança dos pacientes (ALY et al, 2020). Em seus estudos Borghardt et al (2016) e Teixeira et al ( 2016) ressaltam que cerca de 22% dos pacientes críticos tem idade igual ou superior a 60 anos, e que fatores associados ao envelhecimento, às condições mórbidas e alterações na pele do idoso é um precedente a ser considerado, e que a prevalência é maior em pacientes do sexo masculino, de raça branca, e que possui alguma doença crônica como diabete, onde o indivíduo perde a sensibilidade. A idade se mostrou como um fator predominante, pois idosos de ambos o sexo, apresentaram uma incidência de 20% de alto risco de apresentar LPP, devido a doenças de bases, comprometimento da mobilidade, quadro clinico muitas vezes críticos , envelhecimento da pele evidenciou que idosos são propensos a desenvolver lesões (PACHÁ et al, 2018; CAMPOS, SOUZA, WHITAKER , 2021). No entanto, Gothardo et al (2017); Otto et al (2019) e Pachá et al (2018) ressaltam que devem ser avaliados fatores extrínsecos e intrínsecos como: pressão, fricção, umidade, força de cisalhamento, idade, mobilidade reduzida, déficit nutricional, peso corpóreo, doenças de pele, falta de mudança de decúbito, ineficiência na assistência. A LPP é um EA que atinge 38% dos pacientes hospitalizados na UTI, em hospitais universitários em São Paulo, causando agravo a saúde do paciente, que além de tratar uma doença de base, pode permanecer por mais tempo na unidade hospitalar para tratar uma lesão, gerando também um custo maior para o hospital. Campos, Souza, Whitaker (2020); Pachá et al (2018); Gothardo et al (2017) e Teixeira et al (2016) encontraram em seus estudos que a longa permanência na UTI é um fator crucial, pesquisas apontam que a partir do 3º dia de internamento pacientes já apresentam lesões, mas que as LPP estagio II são eminentes em pacientes que permanecem hospitalizados mais de 15 dias, que estão em uso de dispositivos eletrônicos, em ventilação mecânica, sedados, com a mobilidade prejudicada, sendo 16 que cerda de 38% das lesões iniciam-se na região sacral, devido à limitação física do paciente. Otto et al (2019) e Aly et al (2020) enfatizaram que há outras situações que comprometem a internação do paciente, seu quadro clinico em geral, como também gravidade hemodinâmica que comprometem a perfusão tissular da pele fatores como: alterações cardiovasculares que pode causar a redução da pressão sanguínea, choque hemorrágico, síndrome de resposta inflamatória sistêmica, doenças vasculares podem contribuir para o surgimento de lesões na pele. Teixeira et al (2016) afirma ainda que paciente com comorbidade, obesidade diabete são mais propensos a apresentar LPP, pois o peso, umidade da pele, limitação física, em diabéticos devido à neuropatia diabética quando o individuo perde a sensibilidade, pacientes sedados são mais propícios e vulneráveis a terem LPP, pois a sedação diminui a resposta física e fisiológica dos pacientes. Quanto a localização de lesões constatou-se uma incidência de 77,7% na região sacral, calcâneo 11,1% e glúteo 11,1%, e sua predominância de estágio maior foi de 33% em estágio 2, sendo que LP em estágio 4 correspondeu a 22, 2%, os estudos corroboraram que pacientes críticos acamados por mais de 15 dias apresenta 47% de LP na região sacral, e uso de fralda com diurese neste estudo não está associado como causa, pois os pacientes em sua maioria usam sondas de demora ( RODRIGUES et al, 2021; CAMPOS et al, 2021). Campos, Souza, Whitaker (2021) ressaltou que os dispositivos médicos são fatores de risco que devem ser analisados, pois as diretrizes internacionais de segurança do paciente os dispositivos médicos são indicadores positivos que contribui para a LPP. Todos dispositivos da instituição devem ser analisados e selecionados de acordo com a capacidade de induzir o mínimo grau de dano. Aly et al (2020) e Mendonça et al (2017) em seus estudos afirmam que a maioria das lesões por pressão são evitáveis, nos EUA os hospitais constataram que cerca de 600 mil pacientes foram a óbito por complicações decorrentes da LPP, no Brasil a incidência de óbito chega a 37%, a LPP pode contribuir para o agravo do quadro clinico do paciente, desenvolvendo infecções graves, sepse e a óbito. No entanto, as pesquisas evidenciam que apesara dos avanços tecnológicos, capacitação profissional da equipe multidisciplinar que atua na UTI, a incidência de LPP ainda é alta, alguns estudos demonstraram que a prevalência é de 40% em paciente internados a mais de 30 dias, é um desafio para o enfermeiro que é o responsável pelo 17 cuidar, neste contexto cabe ao mesmo traçar medidas preventivas para reduções destas tristes estatísticas ( MENDONÇA et al, 2017). 4.2 Importância de uma assistência de enfermagem de qualidade A lesão por pressão é considerada um evento adverso, que caracteriza-se como um ponto negativo na assistência de qualidade ao paciente, o Programa de Segurança do paciente preconiza ações que garantam a segurança do cliente no serviço de saúde , e para isso deve ser fazer uso de manuais e protocolos que visam reduzir ou minimizar a LPP na unidade hospitalar. A LPP não apenas um indicador de segurançado paciente, mas também da assistência do enfermeiro na UTI (TEIXEIRA et al, 2016; SANTOS et al., 2020). Em seus estudos Mendonça et al (2021); Baron et al (2020) e Gothardo et al (2017) afirmam que os gastos são elevados para tratar pacientes com LP, os valores variam de acordo com estágio, sendo que uma LP pode ter custo diário R20,04 á R$225,34, esses valore variam devido alto custo de coberturas e curativos específicos e todo material incluso que vai desde a gaze como placa de hidrocoloide ou com carvão aditivado dentre outros curativos e dispositivos utilizados. Santos et al (2020) e Baron et al (2020) afirmam que diante destes pressupostos é fundamental que o enfermeiro preste uma assistência de qualidade, pois a sua atuação frente a esta problemática pode resultar na qualidade de vida do paciente. A LPP não apenas um problema que afeta o paciente fisicamente, mas mental, interfere na sua recuperação e até interação social e familiar. Teixeira et al (2016) e Baron et al (2020) ressaltam que uma assistência de qualidade prestada pelo enfermeiro deve preconizar uma linha de cuidados focados na prevenção, sua avaliação da integridade da pele deve ser realizada fazendo usos de escalas, em estudos com grupos destacou-se que os enfermeiros que não utilizavam nenhum tipo de escala apresento um maior numero de pacientes com LPP, este fator mostra a importância de usar as escalas de avaliações como medida preventiva, destacando a importância de processo continuo de avaliação que adote medidas preventivas avaliando os riscos eminentes de EA na admissão do paciente. Baron et al (2022) e Santos et al (2020) destacam que a assistência de qualidade implica em conhecimento científico, técnicas e habilidades, olhar holístico, educação 18 continuada (EC), pesquisas que levem a compreender a dotar soluções para amenizar o índice de LPP nas UTIs, pois a falta de conhecimento no momento de avaliara a lesão é um obstáculo na prevenção Rebolças et al (2020) ratifica que para o enfermeiro prestar uma assistência de enfermagem de qualidade é indispensável a educação continuada, capacitação dos trabalhadores, uma educação permanente, mas estudos apontou que o excesso de trabalho na UTI com alta demande de pacientes, qualidade deve estar associada conhecimento cientifico, a efetividade e eficiência, respeitar os princípios de segurança, desenvolver habilidade e competência para gerenciamento adequado da unidade. Contudo Santos et al (2020); Teixeira et al (2016); Pachá et al (2016) e Mendonça et al (2017) destaca que há uma sobrecarga de trabalho nas UTIs e em outros setores que o enfermeiro atua, e este fator dificulta uma prestação de assistência de qualidade, a exaustão física, mental interfere no processo de cuidar de forma holística do paciente, a sobre carga de trabalho, o número alto de paciente para assistir , e falta de gerenciamento contribui para aumento de EA. Por fim Rebolças et al (2020) enfatiza que a assistência de qualidade inicia-se no processo de admissão do paciente, no momento de avaliação, elaboração implementação de cuidados com objetivo de prevenir e tratar, implementação de protocolos, na busca constante de conhecimento, habilidades e práticas de ações preventivas, seguir normas de segurança, conhecer e aplicar os protocolos da instituição para prevenção de lesão por pressão, como também compreender que a assistência prestada pelo enfermeiro é um processo dinâmico, exaustivo e continuo, e sua assistência deve estar fundamentada em conhecimento cientifico, educação continuada, competência, humanização e visão holística. 4.3 Atuação do enfermeiro na assistência em UTI para prevenção de Lesão por Pressão. Santos et al (2020); Gothardo et al (2017);) Mendonça et al (2017); Borghardt et al (2018) e Rebolças et al (2020) concordam que equipe de enfermagem tem um papel importante dentro da UTI, pois ele é profissional que passa mais tempo com o paciente podendo chegar a 24 horas, por isso os cuidados implementador pelo enfermeiro deve não apenas tratar mas prevenir, o mesmos deve adotar intervenções que garantam a 19 integridade do paciente, para isso o enfermeiro deve trabalhar junto com sua equipe, ter conhecimento técnico e científico especializado, deve seguir normas e condutas e protocolos que garantam a segurança do paciente, ter um olhar holístico, avaliar o paciente de forma integral, não negligenciar cuidados básicos como lavagem das mão (GOTHARDO et al, 2017). Campos et al (2021) e Rebolças et al (2020) ressaltam que há protocolos que devem ser seguidos na UTI, dentre diversos protocolos que visam a segurança do paciente o enfermeiro deve utilizar o protocolo de prevenção de feridas, ele é norteado que direcionara o profissional nas tomadas de decisões, suas ações visam a prevenção e se utilizada de forma correta por toda equipe que reduzir os riscos de lesão por pressão. Com relação aos cuidados prestados pelos enfermeiros para prevenção LPP Baron et al (2022); Rebolças et al (2020) e Mendonça et al (2017) concordam que deve ser feito a limpeza da pele do paciente, hidratação da pele , inspeção da pele a fim de identificar e registar em prontuário alterações na pele do mesmo, utilizar neste de avaliação da pele escalas que são utilizadas de acordo com o protocolo da instituição. A Escala de Braden foi um das mais utilizadas nos estudos propostos é recursos de avaliação que indica o desenvolvimento ou não de lesão, sendo importante para determinar a estratégia de cuidado a ser adota pelo enfermeiro para prevenir LPP. Rebolças et al (2020); Mendonça et al (2017) e Teixeira et al (2016) asseveram que a Escala de Braden é uma ferramenta útil, de fácil manuseio, e que esse instrumento de avaliação de LPP é indicado pelas diretrizes internacionais e nacionais aconselham a utilização da mesma na admissão do paciente e que sua reavaliação seja realizada a cada 48 horas após admissão ou a cada modificação do paciente. A escala utiliza seis parâmetros percepção sensorial: relacionada ao desconforto, habilidade de responder à pressão; Umidade: nível ao qual a pele é exposta à umidade; Atividade: grau de atividade física; Mobilidade: capacidade de alterar a posição do corpo; Nutrição: padrão de alimentação Fricção e Cisalhamento. Aly et al (2020); Rebolças et al (2020) e Borghardt et al (2016) concordam que medidas devem ser adotadas a fim de aliviar a pressão como: mudança de decúbito de 2 em 2 horas (quando possível), reposicionar o paciente em ventilação mecânica, oferecer apoio sobre os pés afim se promover uma circulação eficaz, providencia assento de redistribuição de pressão, utilizar forro ou dispositivo de elevação para mover paciente, utilizar quadro de avisos, avalia o risco de LP na admissão utilizando 20 Escala de Braden, avaliar sinais clínicos de desnutrição, notificar a Gerência de Riscos ou Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Mendonça et al (2017) e Santos et al (2020) concordam que medidas como: o uso de colchão piramidal, coxins, cuidados relacionados a dispositivos como sondas de alimentação deve-se alternar as narinas, no cateter vesical de demora indica-se trocar a fixação no momento da higienização do paciente, utilizar fita micropore intercalado nos locais de fixação, estar atento aos usos de dispositivos médicos, ter cuidado para o paciente. Para garantir a prevenção de LPP na UTI equipe de enfermagem e equipe multidisciplinar de acordo com Aly et al (2020); Santos et al (2020); Rebolças et al (2020) e Otto et al (2019) corroboram que todos que atuam na UTI sejam enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e os profissionais que compõem a equipe multidisciplinar devem trabalhar juntos para garantir uma assistência segura, com objetivo de tratar com foco na prevenção de lesão e outrosfatores adversos. Destaca-se dentre os profissionais da equipe multidisciplinar o enfermeiro porque ele é o responsável pelo cuidar e pelo tratamento de lesões de pele, e o mesmo deve colocar em pratica seus conhecimentos científicos e habilidades, realizar as medidas de prevenção, Escala de Braden, inspecionar a pele do paciente diariamente de forma rigorosa atento aos sinais de alterações da pele, proteger a pele do paciente, realizando troca de fralda após dejeções e diureses realizando higiene intima. manter a pele hidratada e prestar os devidos cuidados aos dispositivos médicos (BARON et al, 2022). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Constatou-se elevada incidência de lesão por pressão em pacientes com tempo prolongado de internamento na UTI, identificando uma incidência em indivíduos com idade superior a 60 anos mais eminentes em paciente de cor branca, sendo que LPP é decorrente de múltiplos fatores extrínsecos e intrínsecos destacando imobilidade física como fator em comum, e com relação a localização os estudos apontaram que os principais são região sacral e calcâneo. A prevenção de LPP é um indicador de segurança do paciente sendo que a mesma é caracterizado como um evento adverso, que pode ser evitado com ações 21 preventivas, o enfermeiro é responsável pela assistência do cuidar, no momento de admissão do paciente é fundamental o uso da Escala de Braden a mais utilizada no Brasil, ela ferramenta útil na avaliação, inspeção e registro sobre integridade da pele do paciente, deve ser associada a uma linha de cuidados que será executada após avaliação minuciosa do paciente. Para prevenção e redução da LPP em UTIs é imprescindível que o enfermeiro obtenha conhecimentos científicos, habilidades e atue de forma integra e interdisciplinar com o objetivo de melhorar a assistência do seu paciente. É importante que o enfermeiro avalie o risco de LPP, registre e notifique as para garantir a segurança do paciente, otimize o uso dos protocolos e Escala de Branden, e que estejam em continuo processo de capacitação a fim de adotar medidas preventivas para reduzir drasticamente o índice de paciente com lesão por pressão nas UTIS 22 REFERÊNCIAS ALI, Yasmin Cardoso Netwaly Mohamed; SOUZA Taís Milena Pantaleão; GARCIA, Paulo Carlos; NOGUEIRA Paula Cristina. Incidência de lesão por pressão e tempo de assistência de enfermagem em terapia intensiva. Estima (online) Baz,1. Eterotomal THER. São Paulo, v 18, e1120,2020. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/estima.v18894_IN. DOI: http://. https://doi.org/10.30886/estima.v18.849_IN. Acesso em: 17 mar. 2022. 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