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FAVENI FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE PÓS GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI PAULA DOS SANTOS SILVEIRA O ENFERMEIRO COMO PERCUSSOR DE PRÁTICAS PREVENTIVAS PARA LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA JUIZ DE FORA 2021 FAVENI FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE PAULA DOS SANTOS SILVEIRA O ENFERMEIRO COMO PERCUSSOR DE PRÁTICAS PREVENTIVAS PARA LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial á obtenção do título enfermeiro especialista em UTI. JUIZ DE FORA 2021 O ENFERMEIRO COMO PERCUSSOR DE PRÁTICAS PREVENTIVAS PARA LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. RESUMO - O presente trabalho teve como objetivo refletir sobre a incidência da Lesão por Pressão em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva, evidenciando a gestão do cuidado pelo Enfermeiro como estratégia de prevenção. Utilizou-se metodologia do tipo revisão bibliográfica em bases de dados virtuais e disponíveis na íntegra por meio de análise de artigos científicos, portarias e resoluções. Concluiu-se que a ocorrência de Lesões por Pressão em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva mantêm-se em altos índices e que o papel do enfermeiro permanece de grande relevância no que se refere ao cuidado com pacientes acometidos por Lesões por Pressão e internados na UTI. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por Pressão; Unidade de Terapia Intensiva; Segurança do Paciente; Cuidados de Enfermagem; Prevenção. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BDENF Base de Dados de Enfermagem BVS Biblioteca Virtual de Saúde COFEN Conselho Federal de Enfermagem DM Diabetes Mellitus DVA Droga Vasoativa EA Evento Adverso EUA Estados Unidos da América EB Escala de Braden HAS Hipertensão Arterial Sistêmica HUT Hospital de Urgência de Teresina IOT Intubação Orotraqueal LILACS Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências De Saúde LP Lesão por Pressão LPP Lesão por Pressão MS Ministério Saúde NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel OMS Organização Mundial de Saúde PNSP Programa Nacional de Segurança do Paciente PUBMED Public Medline or Publisher RDC Resolução da Diretoria Colegiada SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem SCIELO Scientific Eletronic Libary Online UPP Úlcera por Pressão UTI Unidade de Terapia Intensiva VM Ventilação Mecânica 1 INTRODUÇÃO Atualmente, muito se fala sobre o conceito de segurança do paciente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), Segurança do Paciente se refere à redução dos riscos de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. Com o passar dos anos e o aumento do número de eventos adversos (EA), fez- se necessário a criação de um protocolo de segurança do paciente, isso em âmbito mundial (COSTA et al. 2018). No Brasil, em 2013, foi criado o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com 6 (seis) protocolos, sendo eles: Identificação do paciente; Higiene das mãos; Segurança cirúrgica; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; Prevenção de quedas dos pacientes e Prevenção de úlceras por pressão (UPP), , todos inspirados nas metas mundiais de segurança do paciente (BRASIL, 2014). Tanto no PNSP, quanto nas metas internacionais de segurança do paciente, há o foco na prevenção de Úlceras por Pressão (UPP), essas que são atualmente conceituadas por Lesão por Pressão (LPP). A Lesão por Pressão é reconhecida como um evento adverso relacionado à assistência (VASCONCELOS; CALLIRI, 2017). De acordo com a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), as lesões por pressão são definidas como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato (NPUAP, 2016). A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. Sua ocorrência se dá por fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente, dentre esses fatores pode-se citar: a mobilidade, nutrição e a presença de dispositivos (NPUAP, 2016). É inegável que a ocorrência de LPP acomete em maior proporção pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). É o ambiente mais susceptível ao desenvolvimento de lesão por pressão devido ao estado crítico dos pacientes, representando campo importante para compreensão dos fatores desencadeantes deste evento a fim de preveni-lo (GAMA et al. 2020). A ocorência de LPP na UTI se dá pelo fato do paciente estar, muitas vezes, com sua mobilidade e nutrição prejudicada aliado à recursos invasivos, como: Ventilação Mecânica (VM) e Intubação Orotraqueal (IOT). Isso torna menos favorável a movimentação do paciente no leito, tornando-o mais propício ao desenvolvimento de LPP. Sendo uma unidade de alta complexidade, a maioria dos pacientes faz uso de sedativos e está sob ventilação mecânica, favorecendo a plena imobilização no leito, o que predispõe o desenvolvimento da LPP (VASCONCELOS; CALLIRI 2017). O profissional de enfermagem, atua diretamente na prevenção e tratamento da LPP. Possui apoio técnico para avaliação, classificação e tratamento das lesões cutâneas nos diferentes níveis de assistência à saúde, capacidade para atuar como vigilante na prevenção e no tratamento dessas lesões, age no desenvolvimento de protocolos e, juntamente com a equipe de saúde, planeja estratégias de cuidados que possam promover um melhor atendimento e uma maior qualidade de vida para o paciente (COFEN, 2015). Pode-se citar atualmente, a LPP como um problema de saúde pública, pelo fato de acometer diversos pacientes, trazendo impacto para as instituições de saúde no que diz respeito a custos, sobrecarga na mão de obra, aumento no tempo médio de permanência e danos físicos e emocionais para o cliente e família. Portanto, é notória a importância de realizar mais estudos objetivando a prática da prevenção das LPP, visto que tratá-las é mais caro e trabalhoso comparado a preveni-las. Acredita-se que a construção desse trabalho possa ampliar a visão dos profissionais de enfermagem no que diz respeito à prevenção das LPP, evidenciar estatisticamente a ocorrência dessas lesões em maior proporção em pacientes de unidade de terapia intensiva e ressaltar a relevância do enfermeiro na prática da prevenção. A carência de estudos com o foco na prevenção é um fato que necessita de maior atenção e futuros trabalhos relacionados. Para isto, uma questão teve grande magnitude: “Se a prevenção é mais simples, traz menor custo e mão de obra, por que há uma maior quantidade de obras construídas com foco no tratamento das lesões”? 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO COMO PROTOCOLO DE SEGURANÇA ASSISTENCIAL. Há muito tempo se fala sobre as feridas, sendo elas um fator com grande ocorrência nos ambientes intra e extra-hospitalares. As Úlceras por Pressão (UPP), anteriormente chamadas, representam um problema que traz impacto direto para a saúde dos pacientes, nos indicadores de qualidade à assistência prestada, noscustos hospitalares, no tempo médio de permanência dos pacientes, e no principal objetivo do cuidado: a recuperação (CONSTANTE; OLIVEIRA, 2018). O termo Lesão por Pressão passou a ser usado oficialmente a partir de 2016 quando a NPUAP substituiu o termo Úlcera por Pressão (UPP) por LPP (MORAES, BORGES et al. 2016). A LPP pode ser definida como uma região que apresenta morte tecidual resultante da isquemia, associada à pressão exercida sobre as proeminências ósseas contra uma superfície enrijecida (SOARES; HEIDEMANN, 2018). Sua ocorrência, além de trazer danos físicos e emocionais para o paciente e familiares, traz também um aumento no risco de complicações relacionadas à assistência, contribuindo diretamente para o aumento da morbidade e mortalidade (MORAES, BORGES et al. 2016). São classificadas em estágios, sendo eles: estágio I: eritema que não embranquece após a retirada da pressão; estágio II: apresenta perda parcial da superfície da pele, envolvendo a epiderme, derme ou ambos, apresenta de forma abrasiva, “bolhosa” ou com despitelização’; estagio III: perda total da pele, envolvendo área de tecido subcutâneo, podendo se aprofundar; estágio IV: perda da pele na sua total espessura, caracterizando-se por perda total dos tecidos, apresentando destruição, necrose dos tecidos ou danos aos próprios músculos (BORGHARDT et al., 2015, p. 28- 35). O desenvolvimento das LPP é um problema mundial em todos os niveis assistênciais de saúde, afetando pessoas de todos os grupos etários e resultando em encargos financeiros significativos para os sistemas de saúde, com aumento no investimento em materiais, equipamentos, fármacos, intervenções cirúrgicas e tempo de internação (OTTO; SHUMACHER et al. 2019). A população que apresenta maior risco para desenvolvimento de lesão por pressão é, na maioria das vezes, idosos com mais de 60 anos, pois possuem a pele mais sensível com perda de massa muscular e redução da gordura subcutânea, decorrentes das alterações geradas pelo processo de envelhecimento. Outro grupo de maior risco, são os indivíduos acamados e/ou restritos à cadeira de rodas, com comprometimento da percepção sensorial e em restrição mecânica, desnutridos, que apresentem a pele muito seca ou úmida. Entretanto, o fator com maior relevância para o surgimento das LPP é o estado crítico do paciente (RIBEIRO, SANTOS et al. 2018). A etiologia (causa) da lesão por pressão (LPP) é multifatorial incluindo os fatores intrínsecos e extrínsecos. São fatores intrínsecos, aqueles pertencentes ao individuo tais como: idade, qualquer fator fisiológico como a presença de doenças crônicas e morbidades. Essas podem ser Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) ou doenças circulatórias, inconsciência, imobilidade, perda de sensibilidade ou da função motora, incontinência urinária ou fecal, desnutrição e índice de massa corporal muito alto ou muito baixo. Já os fatores extrínsecos são aqueles aos quais o indivíduo está exposto, como exemplo: a pressão de contato sobre a proeminência óssea, as forças de cisalhamento, a fricção e a umidade (WADA et al. 2010; NPUAP, 2016). As localizações mais frequentes para o desenvolvimento das lesões são em àreas onde a pressão do corpo nas proeminências ósseas é maior, como região sacral, trocantérica, isquiática e calcânea (MANGANELLI; KIRCHHOF et al. 2019). Afirma-se que as lesões por pressão, são atualmente classificadas como evento adverso (EA), estes que de acordo com a OMS são: “incidentes que resultam em danos não intencionais decorrentes da assistência e não relacionados à evolução natural da doença de base do paciente” (OMS, 2012). Visto isso, pode-se afirmar que a Lesão por Pressão (LP), é reconhecida como um evento adverso relacionado à assistência (VASCONCELOS; CALLIRI 2017). É fato que a ocorrência de EA é existente em todas as instituições de saúde que prestam assistência direta ao paciente. Contudo, busca-se diminuir essa ocorrência. 2.2 OCORRÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES HOSPITALARES. Atualmente, a ocorrência de LPP é um evento adverso que acomete grande parte dos hospitais no Brasil e no mundo. Nos EUA o índice de prevalência (número de casos existententes em um dado momento) de lesão por pressão nos hospitais é de 15% e a incidência (número de casos novos) é de 7%. Já no Reino Unido, os pacientes acometidos com casos novos de LPP em hospital são entre 4% a 10%. No Brasil, apesar de poucos estudos realizados, um estudo feito em um hospital universitário revelou incidência de 39,81% de LPP (PEREIRA; MAGALHÃES et al. 2021). No Brasil, os números da incidência de LPP podem chegar a ter uma variação entre 20% e 59%, variando de acordo com a população estudada (SILVA; CALDAS, et al. 2021). Contudo, há uma carência no quantitativo de dados/estudos sobre números exatos de incidência e prevalência, relacionados a pacientes acometidos por LPP. A estimativa de ocorrência de LP está entre 4 a 16% de pacientes hospitalizados em países desenvolvidos (ANVISA, 2017). 2.3 LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. As Unidades de Terapia Intensiva acomodam pacientes com características físicas específicas, limitações e gravidade clínica. Com isso possuem maior probabilidade de serem acometidos por lesões (OTTO; SHUMACHER et al. 2019). A prevalência de LP nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) varia entre 35,2% a 63,6% e a incidência entre 11,1% e 64,3% (VASCONCELOS; CALIRI, 2017). Como citado anteriormente, a ocorrencia de LPP se dá por fatores intrínsecos e extrínsecos a pessoa. Estado nutricional, grau de mobilidade, uso de dispositivos, tempo de permanência, ausência de mudança de decúbito, história patológica pregressa, são exemplos de potenciais riscos para o desenvolvimento das lesões. O setor hospitalar onde há uma predominância de pacientes com essas caracteristicas citadas, é a Unidade de Terapia Intensiva (CONSTANTE; OLIVEIRA, 2018). 2.4 PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO SOB A GESTÃO DO CUIDADO PELO ENFERMEIRO. Desde os primórdios da prática do cuidado, a enfermagem possui papel de extrema relevância. Florence Nightingale em 1859, na teoria ambientalista, citou a importância do meio ambiente no qual o paciente se encontra para sua recuperação (BORSON; CARDOSO, 2018). Ida Jean Orlando (1961), fez referência à teoria dos processos de enfermagem, propondo uma relação dinâmica entre paciente e enfermeiro. Meio a nomes de peso histórico para a enfermagem, há um fator em comum: independente da época o foco na assistência de qualidade com eficácia sempre foi realizado. Segundo a Resolução nº 501 de 2015, o profissional de enfermagem tem apoio técnico para avaliação, classificação e tratamento das lesões cutâneas nos diferentes níveis de assistência à saúde, capacidade para atuar como vigilante na prevenção e no tratamento dessas lesões, atuar no desenvolvimento de protocolos e, juntamente com a equipe de saúde, planejar estratégias de cuidados que possam promover um melhor atendimento e uma maior qualidade de vida para o paciente (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2015, p.1). O papel do enfermeiro é determinante para o tratamento da lesão por pressão, pois é através da sistematização de enfermagem que o profissional presta os cuidados integrais ao cliente de forma holística, planejando as condutas clínicas e cuidados, além da avaliação das intervenções e dos resultados obtidos, fazendo com que assim venha a acontecer um atendimento de qualidade na busca de um bom prognóstico (GOMES et al. 2020). A equipe de enfermagem deve estar tecnicamente preparada para prevenir, avaliar, tratar, reavaliar e acompanhar a evolução das LPP’s em qualquer tipo de paciente. O enfermeiro tem autonomiano gerenciamento de risco, na assistência ao paciente crítico e nos cuidados com lesões (PEREIRA, MAGALHÃES et al. 2021). É de fundamental importância o papel da enfermagem na prevenção do desenvolvimento de tal lesão através da realização de mudança de decúbito, criação e implementação de protocolos de prevenção de LPP e aplicação da escala de Braden (RIBEIRO; SANTOS, 2018). A Escala de Braden (EB) é a mais empregada mundialmente, utilizada principalmente em pacientes hospitalizados. A EB é composta por seis domínios (ou subescalas): percepção sensorial, mobilidade, atividade, umidade, nutrição, fricção e cisalhamento. Cinco dessas subescalas são pontuadas de 1 a 4, exceto fricção e cisalhamento com pontuação de 1 a 3. Cada subescala é acompanhada por uma breve descrição dos critérios que deverão ser considerados pelos avaliadores, conforme suas observações clínicas na qual utilizam-se escores que podem variar de 6 a 23 pontos. Assim, quanto mais baixa a pontuação, maior o risco do paciente desenvolver LPP (COSTA; CALLIRI, 2011; MACHADO; FONTES, et al. 2019). Foi estabelecido por Braden (1987) que na UTI, essa avaliação deve ser feita na admissão, novamente em 48 horas, e após a cada dia de internação. Esta escala é uma ferramenta fundamental na avaliação de riscos e antecipação de cuidados. Vale ressaltar que a Escala de Braden permite a padronização da avaliação de risco para LPP, auxiliando tanto na identificação dos fatores de risco, como na prescrição de medidas preventivas. Auxilia também para redução da variação da avaliação de risco entre os enfermeiros, visando evitar e corrigir diferenças, erros e discordâncias na escolha dos escores (VARGAS; SANTOS, 2019). A aplicabilidade da escala e o gerenciamento de riscos é função privativa do enfermeiro. De acordo com a resolução do COFEN nº 501/2015 que aprova e institui o regulamento da equipe de enfermagem no cuidado as feridas, na qual o profissional possui autonomia e competência na avaliação e prescrição de cuidados para a prevenção e tratamento das feridas entre elas a LPP (COFEN, 2015). No protocolo de Prevenção de Úlcera por Pressão do Ministério da Saúde consta que a avaliação e prescrição dos cuidados com a pele é uma atribuição e responsabilidade do enfermeiro, mesmo deixando clara a importância da participação da equipe multidisciplinar na prescrição e o planejamento dos cuidados com o paciente em risco (BRASIL, 2013). O profissional de enfermagem com a autonomia que a ele é dada, atua diretamente na prevenção, avaliação, prescrição de cuidados e acompanhamento do tratamento das LPP (VARGAS; SANTOS, 2019). Por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é possivel aplicar medidas preventivas para a prevenção de lesões. Estudos que avaliam ações dos profissionais de enfermagem antes e após utilização de protocolo de prevenção de LPP, referem que após seu uso, observou-se maior frequência das ações preventivas, demonstrando a relevância do uso dessa ferramenta (VASCONCELOS; CALLIRI, 2017). Ressalta-se que atualmente há uma especialização direcionada a profissionais da enfermagem de nível superior, voltada à prevenção e tratamento de lesões, denominada Enfermagem em Estomaterapia e respaldada pelo COFEN, evidenciando assim uma total autonomia e importância do profissional enfermeiro nessa perspectiva. 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Refletir sobre a incidência da Lesão por Pressão em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva, evidenciando a gestão do cuidado pelo Enfermeiro como estratégia de prevenção. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Contextualizar sobre o protocolo de segurança do paciente referente a prevenção da LPP; - Apresentar dados epidemiológicos sobre as lesões por pressão e suas respectivas ambientações. 4 METODOLOGIA 4.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se de um estudo reflexivo a partir de uma pesquisa de revisão bibliográfica desenvolvida com auxílio de material já elaborado, constituído principalmente de artigos científicos. 4.2 COLETA DE DADOS Utilizando-se os descritores “Lesão por Pressão”, “Úlcera de Pressão”, “Unidade de Terapia Intensiva”, “Segurança do Paciente” e “Prevenção”, os conteúdos científicos foram buscados em base de dados virtuais do tipo: Scientific Eletronic Libary Online (SciELO); Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); Manuais e portarias do Ministério da Saúde do Brasil (MS); Public Medline or Publisher (PUBMED); Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Para seleção do material de estudo, foram adotados como critérios de inclusão: tipo de documento, sendo artigos científicos, disponíveis de forma gratuita e na íntegra, no idioma português e inglês publicados no período de 2009 a 2021. 4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os materiais encontrados foram lidos na íntegra, totalizando 38 documentos. Destes, considerando os objetivos dessa pesquisa, foram aprovados um total de 29 obras científicas além de Portarias do MS e de resoluções do COFEN. 5 DISCUSSÃO Como citado anteriormente, a UTI é o ambiente com maior probabilidade de ocorrência de LPP, como prova disso, um estudo realizado em uma UTI adulto de um hospital em Belo Horizonte, relatou a incidência de 35,2% registrando pelo menos uma úlcera por pressão por paciente (GOMES et al. 2010). Corrobora, uma pesquisa realizada em um hospital público do interior do estado do Paraná, na qual foram utilizados 58 pacientes adultos de uma UTI com risco potencial de desenvolvimento de LPP, sendo que 12 pacientes desenvolveram LP, representando uma incidência do evento adverso de 20,6%. Destes, alguns apresentaram mais de uma lesão. O total de LP foi de 17 lesões (CONSTANTIN, MOREIRA et al. 2018). Outro estudo realizado em uma unidade de terapia intensiva oncológica, com uma população de 105 pacientes, apresentou incidência global acumulada de 29,5% (JESUS et al. 2019). Há também uma pesquisa realizada em um Hospital de Urgência de Teresina - HUT, utilizando pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, que apresentavam risco de desenvolver LPP de acordo com a escala de Braden e que permaneceram internados por no mínimo 24 horas em unidade hospitalar. Revelou dentre 111 pacientes de risco acompanhados durante 2 meses consecutivos, 6 pacientes que desenvolveram 10 LPP, representando incidência global de 5,5% (RODRIGUES et al. 2017). É fato que a ocorrência de LPP, principalmente em UTI, é evidente. Com isso, faz- se necessário cada vez mais aplicar boas práticas de prevenção. De acordo com Roxa et al. (2019), uma prevenção bem orientada, pode reduzir em até 60% o surgimento dessas lesões. Caldas et al. (2021) afirma que a equipe de enfermagem é a principal responsável em prestar essa assistência da maneira mais qualificada possível. Reforçando a tese de que a prevenção é dever da enfermagem. Para Soares e Heidemann (2018), a enfermagem é uma ciência que tem como objeto o cuidado. Nesta perspectiva, o enfoque preventivo, assim como o de promoção da saúde, deve nortear a prática assistencial, na busca por um menor índice da lesão por pressão. Para um bom trabalho de prevenção, o enfermeiro inicialmente necessita gerenciar riscos em que o paciente de UTI encontra-se exposto. Esse gerenciamento pode ser praticado principlamente por intermédio de instrumentos, como por exemplo, as escalas. A Escala de Braden é a mais utilizada nas instituições hospitalares e permite a padronização da avaliação de fatores de riscos para o desenvolvimento de LPP, além de auxiliar na confecção das intervenções práticas e assistênciais em relação ao cuidado centrado no paciente com foco em prevenção (VARGAS; SANTOS, 2019). Em concordância ao que foi dito, a EB é um instrumento de fácilutilização e eficiente para predizer o risco de desenvolvimento de LPP em pacientes em estado crítico, com uma adequada sensibilidade e especificidade e que realmente pode auxiliar o enfermeiro no processo de decisão sobre as intervenções (COSTA; CALLIRI, 2011). Diante do exposto, é possível afirmar que a prevenção das LPP, é uma prática necessária e eficaz e que por meio dela, acredita-se na diminuição dos índices de prevalência e incidência. Todavia, cabe ao profissional de enfermagem, avaliar os riscos, implementar medidas preventivas, acompanhar e avaliar os resultados. Tomadas essas medidas e aplicadas com precisão, sem dúvidas, obterão resultados expressivos. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir deste trabalho foi possível confirmar a Unidade de Terapia Intensiva como o setor assistencial em que há maior incidência de LPP, ressaltando a importância da implantação da cultura de segurança do paciente com ênfase na prevenção de Lesões por Pressão. Outro importante aspecto observado, foi a reafirmação do enfermeiro como profissional capacitado para atuar na área de cuidados destinados para a prevenção da lesão por pressão em pacientes internados em UTI. Com um gerenciamento de risco efetivo e eficaz aliado à execução da sistematização da asssistência de enfermagem, o profissional de enfermagem pode obter resultados expressivos no que diz respeito a qualidade assistencial ao paciente crítico. Cabe ao enfermeiro ser percussor das medidas de prevenção, considerando que essas apresentam-se como métodos de fácil aplicação e baixo custo e com resultados de grande relevância. Concluo haver uma carência de estudos recentes com foco na prevenção de LPP em pacientes da UTI, fazendo-se necessário um maior foco na construção de trabalhos com essa concepção. Ressalta-se a importância do conhecimento científico para ampliar a compreensão do cuidado associado às boas práticas de saúde, em especial na elaboração e execução de medidas preventivas, a fim de evitar eventos adversos. Para isso, faz-se necessário impulsionar pesquisas com o foco no cuidado centrado no paciente, para que cada vez mais o respaldo científico auxilie nessa missão que o profissional de enfermagem executa com nobreza: o cuidar. REFERÊNCIAS BARBOSA, T. P. et al. Práticas assistenciais para segurança do paciente em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2014, v. 27, n. 3 pp. 243-248. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-0194201400041>. Acesso em: 05 maio 2021. BORGHARDT, A. P. et al. Evaluation of the pressure ulcers risk scales with critically ill patients: a prospective cohort stud. Revista Latino-Americana de Enfermagem, [S.L.], v. 23, n. 1, p. 28-35, fev. 2015. FapUNIFESP Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rlae/a/7ccbRpbHZcYpvZjcWNX4XYL/? lang=en#> Acesso em: 08 maio 2021. BORSON, L. A. M. G. et al. A teoria ambientalista de Florence Nightingale. Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018. 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