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Aula 10 - Farmacologia Aplicada - Antiparasitários

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Sexta-feira, 20.05 
Antiparasitários –
Parasita: organismo que com finalidade de se alimentar reproduz-se e completa seu ciclo vital em outro ser vivo. Normalmente a presença de um parasita significa prejuízo ao ser vivo, porque normalmente pois temos alguns casos chamados hospedeiros intermediários que as vezes não apresentam sintomatologia de parasitose e esses casos são importantes pois fazem parte do ciclo epidemiológico da doença. 
Antiparasitário: agente utilizado para combater o parasita.
Ações dos parasitos sobre o hospedeiro –
· Ação espoliadora: quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro
· Ação tóxica: algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro
· Ação mecânica: algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar.
· Ação traumática: provocada principalmente por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários são capazes de realizar a ação traumática.
· Conhecer ciclo do parasita, quem tem fase larvária ativa é importante
· Ação irritativa: presença constante do parasito que sem produzir lesões traumáticas irrita o local parasitado.
Utiliza-se antiparasitário com a finalidade de diminuir os prejuízos causados pelo parasitismo tanto para animais de produção quanto em animais de companhia
Controle parasitose: (1) erradicação do parasita (2) controle das infestações
Mecanismos gerais das moléculas:
1. Matar: efeito nocaute, mata direto os animais, mas desencadeia a resistência e geralmente feita por banho.
2. Quando o carrapato entra em contato com o produto ele não morre, inclusive se reproduz e faz ovo posição, mas os ovos não eclodem (produtos interessantes porque permite que faça o ciclo reprodutivo)
3. Outros não matam teleógenas (fêmeas, únicas que vão parasitar os animais), mas provocam infertilidade nas mesmas, não conseguindo reproduzir, morrendo após o ciclo, interessante para que use diferentes estratégias de controle quando há produtos que tem efeito nestas situações 
Normalmente os produtos que mais fazem efeito, são tóxicos aos animais, principalmente em animais mais jovens (podem matar os animais e os inseticidas não têm efeito, a única coisa que pode-se fazer em casos de intoxicação por sobredose destes é o tratamento suporte.
Em animais de companhia: apresentam sintomatologia muito clara de parasitismo. Não significa que quando administrado o antiparasitário, o animal não será parasitado.
Alguns sintomas mais claros de endoparasitas: falta de apetite, êmese, diarreia, distúrbio de apetite (come demais e está sempre magro), pode apresentar fadiga, anemia, desfalecimento (desmaia ao fazer atividade), tosse e dificuldade respiratória, pele seca, pelo áspero e quebradiço, abdômen inchado e dor a palpação, atraso no crescimento em animais jovens, emagrecimento em animais adultos. 
Sintomas genéricos que também indicam parasitose: todos estes sintomas podem ter inúmeras causas, portanto deve-se investigar, realizar exames coproparasitológicos, OPG.
· Importante saber a localização, se há migração na fase larval, saber qual o hospedeiro intermediário ou se há mais de um hospedeiro, ciclo e duração (não muda muito, mas importante em casos graves)
Diversos endoparasitas podem acometer animais de produção e de companhia: fazer exames e diagnóstico correto! Prescrição correta (evitando resistência ao antiparasitário)
· Alguns possuem mais importância que outros: Haemonchus sp. (ruminantes), Estrongilus (equinos), Ascaris sp. (suínos), Ancylostoma sp. e Toxocara sp. (cães e gatos)
· Controle da leishmaniose
Fatores a considerar no tratamento: natureza do helminto (que tipo de ação ele possui), ciclo de vida do parasito (fases, hospedeiro intermediário, vetor), hospedeiro reservatório, vetor do hospedeiro animal intermediário, hospedeiro definitivo (quem é?), fármacos a serem administrados (diferença importante entre animais de produção tendência a comprar produto mais barato que tem, e animais de companhia)
Propriedades desejáveis em um antiparasitário: eficiência (antes de medicar fazer o diagnóstico, coleta de material e exame laboratorial de OPG pelo menos, FAMACHA, análise de escore corporal, para sabermos se funcionou ou não, para verificar se funcionou: esperar um tempo de cerca de 10 dias podendo flutuar de 7 a no máximo 15 dias devendo voltar na propriedade e REFAZER TODOS EXAMES, não passar de 15 dias pois pode haver falso positivo ou reinfestação), isento de efeitos colaterais, baixa toxicidade, não deixar resíduos nos produtos do animal, possibilidade de administração por várias vias, facilidade de administração, maior índice terapêutico possível, baixo custo (quando possível, não se deve comprar sempre o mais barato, compara aquele que está funcionando dentro da lógica técnica, lembrar que produtos oscilam de valor devido à qualidade de matéria prima). Se não se sabe o peso e NÃO tem balança, deve-se medicar a mais (sobredose). Brinco de identificação no animal para sabermos se funcionou ou não. 
Extrato de própolis (gatos): gatos gostam de própolis
Papel das drogas antiparasitárias –
Eliminação do agente, ou o que é mais comum, manutenção de uma carga parasitária a níveis toleráveis pelo hospedeiro. Prevenir a reinfestação ou reinfecção. Muito difícil erradicar.
· Boophilus em serpentes. Qualquer animal silvestre próximo pode reinfestar sua pastagem.
Fatores gerais relacionados ao hospedeiro: peso do animal, idade, espécie e raça, carga parasitária, estado fisiopatológico do animal.
Fatores gerais relacionados ao parasita: resistência ao antiparasitário