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Saúde coletiva II (Processo saúde e doença) 2

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PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
1 
Esther Refondini 
Sistema de informação em saúde = SIS 
 A informação, principalmente na saúde, deve ser um redutor de incertezas e um 
instrumento para detectar “focos” prioritários. Assim, é necessário um planejamento 
responsável e definir ações a partir da necessidade e realidade voltadas para as 
mudanças necessárias. 
 Finalidade dos SIS: 
o Cadastrar; acompanhar; tabular; organizar; calcular; controlar; embasar 
planejamentos e avaliações. 
Hierarquia das informações em saúde: 
 
 Desafios da gestão da informação, segundo Hernan (2011): a necessidade de cada vez 
mais ter um volume maior de dados, a fim de que os processos possam ser 
compreendidos e que fundamentes tomadas de decisão, reforçando, assim, seu caráter 
estratégico na gestão da saúde. 
 Principais problemas: 
o A informação não é adequadamente utilizada para tomadas de decisão e 
planejamento, organização e avaliação de políticas públicas. 
o Os múltiplos sistemas não são suficientes, não precisos e não compatíveis entre 
si, além de não contemplarem a complexidade das dimensões da vida que 
atuam em saúde x doença. 
o Inexistem processos regulares de avaliação dos serviços e de disseminação de 
informação que analisem da situação de saúde e de suas tendências. 
 Devido o processo de trabalho do profissional de saúde, esse é classificado como sujeito 
informacional. 
o Para exercer este papel, é necessário reconhecer os principais bancos de dados, 
suas variáveis, os tipos de informação que o constituem, o principal instrumento 
de coleta dos dados, bem como os principais indicadores gerados. 
o Ex: O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar 
análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisões baseadas em 
evidências e na elaboração de programas de ações de saúde. 
A cada ano, o MS publica informações atualizadas de todos estes indicadores 
para os estados e regiões, servindo, assim, como uma ferramenta de análise de 
gestão. 
OMS
Federação -
Programas Nacionais 
(Ministério da Saúde)
Estados - Programas Estaduais 
(Secretaria Estadual de Saúde)
Municípios (Secretaria Municipal de Saúde)
Bairros e ESF
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
2 
Esther Refondini 
O DataSUS avalia: ambulatórios, cadastros nacionais, financiamento, hospitais, eventos vitais, 
sociais, reguladores e epidemiológicos. Logo, estes também compreendem o SIS. 
 Ambulatorial: Gerenciamento de infos. locais; SIAB (sistema de infos. Ambulatoriais); 
APAC magnético (Sistema de captação de dados) * gerenciamento de alto custo; BPA 
magnético (boletim de produção ambu.); 
 Cadastros Nacionais: CADSUS (sistema de cadastramento de usuários do sus); CID-10 
(classificação internacional de doenças); CNES (cadastro nacional de estabelecimentos 
de saúde); repositório de tabelas; 
 Epidemiológicos: SIAB (sistema de info de atenção básica); SI/PNI (sistema de info do 
programa nacional de imunização); SISCOLO/SISMAMA (sist info câncer de colo de útero 
e de mama); HIPERDIA (sist cadastramento e acompanhamento de hipertensos e 
diabéticos); 
 Financeiros: SIOPS (sist info orçamentos públicos em saúde); SGIF (sistema de gestão de 
informação financeira do SUS); SISGERF (sist de gerenciamento financeiro); 
 Hospitalares: HOSPUB (sist integrado info ambiente hospitalar); SIHSUS (sist info 
hospitalares do sus); HEMOVIDA (sist gerenciamento serviço hemoterapia); BLHweb 
(sistema de gerenciamento de banco de leite humano); CIHA (sistema de comunicação 
de info hospitalar e ambulatorial; 
 Eventos Vitais: SIM (sistema de info de mortalidade); SINASC (sistema de info de 
nascidos vivos); 
 Reguladores: REDOMEnet (relação doadores de medula óssea); SNT (sistema nacional 
de transplante – órgãos e tecidos); SIPNASS (sistema nacional de avaliação de serviços 
de saúde); SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência); 
A informação em saúde consiste em: 
1. Dado: Apenas enumero eventos. Descrição militada. 
2. Informação: Descrição completa que se associa à um referencial explicativo ou contexto 
o qual o evento ocorre. 
3. Indicador: Meio avaliativo e de análise que deriva do DADO. Representa medidas que 
contém informações relevantes. Ex: indicadores demográficos, socioeconômicos, de 
mortalidade, de morbidade e fatores de risco. 
 Os indicadores em saúde estão disponíveis para acesso público no site do DATASUS. 
Sobre os SIS: 
 1990 - SINASC = SI de Nascidos Vivos: 
o Processa dados sobre nascimentos no território nacional. 
o Inclui dados sobre a gravidez, parto e condições da criança ao nascer. 
o Indicadores: proporção de nascidos vivos por idade materna, nascidos vivos por 
baixo peso, cesáreas e fisiológicos... 
o Documento padronizado nacionalmente é a Declaração de Nascidos Vivos 
(DNV): seu preenchimento é de responsabilidade do estabelecimento de saúde 
que realizaram o parto; se ocorreu em domicílio, a DNV deve ser feita no 
cartório de registo civil. 
o Legalmente, uma pessoa só existe quando é registada. 
o Só com o registo civil de nascimento, o cidadão tem direitos básicos, como: 
matricular-se na escola. Participar de programas sociais (saúde e assistência 
social), trabalhar com carteira assinada, casar-se e votar. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
3 
Esther Refondini 
o Nascido vivo (conceito) → O concepto deve respirar ou apresentar qualquer 
outro sinal de vida (batimentos cardíacos, pulsações no cordão umbilical ou mov 
efetivos dos m. de contração voluntária/tônus muscular) estando ou não 
cortado o cordão umbilical, ou desprendido ou não de sua placenta. 
Nascido no HP: 
hospital → 1ª via da DN → Secretaria de Saúde (SS); 
2ª via da DN → família → cartório; 
3ª via → arquiva. 
Nascido em casa: 
cartório de registro civil → 1ª via da DN → encaminhar à SS; 
2ª via → arquiva; 
3ª via → UBS (unidade de saúde) 
 1975 – Sistema de Info sobre Mortalidade (SIM): 
o Declaração de Óbito (DO): é de responsabilidade médica o preenchimento, e 
deve ser registrada junto ao cartório de registo civil e consolidada na SMS. 
o A DO é impressa em 3 vias coloridas, com emissão e distribuição para os estados 
em série pré-numeradas → é de competência exclusiva do MS. 
o Em 1976 – O MS implantou um modelo único de DO. 
1ª via → Secretaria de saúde da cidade; → Os dados devem ser enviados ao MS 
para análises estatísticas e divulgação via internet. 
2ª via → familiares → fazer a Certidão de óbito junto ao cartório de registo civil; 
3ª via → arquivada na unidade notificadora (no hospital, local de falecimento, 
por exemplo). 
o O DO tem 2 objetivos: doc padrão para a coleta de info sobre mortalidade → 
base para o calcula das estatísticas vitais e epidemiológicas do Brasil; Caráter 
jurídico: doc utilizado pelos Cartórios – indispensável para as formalidades 
legais do sepultamento. 
o Estes dados são importantes para o Sistema nacional de vigilância 
epidemiológica → causas básicas e associadas ao óbito, além da assistência 
prestada ao paciente, sua idade, sexo e característica pessoais. 
o Ex de indicadores: coef. de mortalidade materna e infantil 
O DO não necessita ser feita no local de ocorrência do evento, mas há um campo para 
preenchimento do local do óbito. A análise dos dados por local de ocorrência é importante para 
o planejamento de medidas de controle e delinear o perfil de morbidade de uma área para 
doenças letais, ou crônicas que não são de notificação compulsória. 
 Alguns conceitos importantes: 
o O óbito é o desaparecimento permanente de todo sinal de vida, em um 
momento qualquer depois do nascimento sem possibilidades de ressuscitação, 
conforme definição da OMS. 
o O óbito por causa natural é cuja causa é uma doença ou um estado mórbido. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
4 
Esther Refondini 
o Óbito por causa externa decorre de uma lesão provocada por violência(homicídio, suicídio, acidente ou morte suspeita) qualquer que seja o tempo 
decorrido entre o evento e o óbito. 
o O óbito hospitalar ocorre no hospital após o registo do paciente, 
independentemente do tempo de internação. 
o O óbito fetal é a morte do concepto caracterizada pela inexistência de qualquer 
sinal de vida para o NV; fetal pois ocorreu antes da expulsão do corpo da mãe. 
Deve-se emitir a DO em todos os óbitos citados. Contudo, em casos de óbito fetal, só se a 
gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto apresenta peso igual ou 
superior a 500g, ou estatura igual ou superior a 25cm. 
o O médico tem por obrigação legal constatar e atestar o óbito por meio da Declaração 
de óbito. 
 Lembrar que o conceito de nascido vivo depende, exclusivamente, da presença dos sinais de 
vida, ainda que esses durem por poucos instantes. Assim, se esses sinais cessam, o RN morreu 
e a DO deve ser fornecida pelo médico do hospital. Obs: esse caso não se trata de óbito fetal, 
dado que existiu vida extra-uterina. O hospital deve providenciar também a emissão da 
Declaração de Nascido Vivo, para que a família promova o registro civil do nascimento e óbito. 
Destaca-se a importância da qualidade do preenchimento para a fidelidade dos resultados a 
nível nacional. 
 1994: Sistema de Informações do Programa Nacional de imunização (SI-PIN): 
o Registo imunobiológico aplicados e do quantitativo populacional vacinado 
desde 1973. 
o Gera informações dinâmicas do risco de surto ou epidemia – agregam por faixa 
etária ou geográfica. 
o Permite controlar estoques e planejar a distribuição. 
o A entrada de dados é feita a partir de fichas/formulários padronizados de doses 
aplicadas/imunobiológico/população = cobertura vacinal. Ficha individual de 
Notificação (FIN) e a Ficha individual de investigação (FII). Há também a ficha 
de estoque e remanejamento, e a de reações adversas. 
o O principal indicador é a cobertura vacinal, de acordo com o programa. 
o Processa dados sobre doenças e agravos de notificação em todo o território 
nacional, desde 1993. 
o Gera um banco de dados epidemiológicos, que fornece informações sobre a 
incidência, prevalência, letalidade e tendência dos agravos de um conjunto de 
doenças e agravos que constam da lista de notificação compulsória, mas é 
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde de 
importância regional. 
 Sistema de informação do pré-natal (SisPreNatal): 
o Atende ao programa de humanização do pré-natal e do parto. 
o Objetivo de captar a gestante no 4º mês e acompanhá-la até o puerpério, 
garantindo: consulta de pré-natal, puerpério, exames laboratoriais, vacinação e 
parto em maternidades conveniadas. 
o Município recebe incentivo financeiro se conseguir acompanhar. 
o A entrada de dados é feita a partir da Ficha de Cadastramento da Gestante. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
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Esther Refondini 
o Principais indicadores: percentual de gestante cadastrada, consultas de pré-
natal e puerpério, cobertura de exame no percurso. 
 Sistema de informação de vigilância alimentar e nutricional (SiSvan): 
o A vigilância foi concebida em 1970, mas o SiSvan em 1990. 
o Criado com o propósito de combater transtornos nutricionais. 
o Tem como referência o estado nutricional de acordo com: idade, sexo, peso, 
altura, aleitamento materno, peso gestacional e doenças associadas ao estado 
nutricional. 
o Seu instrumento de coleta de dados é a ficha do SiSvan e cartão da gestante e 
da criança. 
o Principais indicadores: proporção de peso/idade, peso/altura, tipo de 
aleitamento, ganho de peso gestacional. Pode ser associado aos dados do 
programa do Bolsa Família. 
 Administração e assistência: 
o SIH/SUS: Foi concebido com o propósito de operar o sistema de pagamento de 
internação dos hospitais. Seu instrumento de coleta de dados é a Autorização 
de Internação Hospitalar (AIH): contém dados de diagnóstico de internação de 
alta, idade e sexo do paciente, tempo e local das hospitalizações, procedimentos 
realizados, valores pagos e dados cadastrais das unidades de saúde. 
Indicadores: tempo médio de permanência geral e causa específica, taxa de 
mortalidade hospitalar geral e específica, entre outros. 
Controle da situação de saúde e da gestão de serviços. 
o SIA/SUS (Sistema de informação Ambulatorial): tem como variáveis de 
referência os procedimentos ambulatoriais contidos no boletim de produção 
ambulatorial – BPA (principal fonte de SI) + Autorização de procedimentos de 
alto custo. 
Indicadores: coeficientes de produtividade individual. Relação percentual entre 
recursos financeiros executados e programados. 
Controla o RH e a gestão de serviços → controle da produção ambulatorial; não 
apresenta informações individualizas, pois apresenta apenas o número de 
procedimentos ambulatoriais por grupos. 
Estes dados revelam o perfil de morbidade da área assistida, elaboração de 
estratégias de promoção, educação e recuperação da saúde especificas para 
determinadas localidades. A cobertura este sistema não é universal, e abrange 
apenas a população que faz uso dos serviços ligados ao SUS sendo público ou 
privado. 
 Sistema de informação de atenção básica (SIAB): 
o Sistema desenvolvido pelo DATASUS em 1998. 
o Objetivo: agregar, armazenar e processar as infos relacionadas à AB (atenção 
básica) usando como estratégia central a ESF (Estratégia de Saúde da Família). 
o Benefícios: caráter territorializado, infos sanitárias, sociodemográficas, 
frequência de atualização dos dados mensalmente feita pelo ACS, abrangendo, 
assim, dados coletados no âmbito domiciliar e nas UBS. 
o A info permite trabalhar em nível local e pode fornecer: % da população e 
famílias cadastradas, escolaridade, sexo, faixa etária, situação socio sanitária, 
de saúde e de adoecimento, % de pessoas do grupo de risco, incidência de 
óbitos e internações. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
6 
Esther Refondini 
Sistema de informação em saúde no Brasil: 
Na década de 90, criaram iniciativas: 
1. Rede interagencial de infos para a saúde (RIPSA) = fórum colegiado destinado ao 
aperfeiçoamento da info em saúde; 
2. Rede nacional de infos em saúde (RNIS); 
3. Cartão nacional da saúde = cartão SUS 1998; 
4. 2006 – Pacto de indicadores da Atenção Básica – Portaria 493/2006. 
Segurança do paciente: 
6 Protocolos básicos de segurança do paciente: 
Portaria número 2095 de 24.09.2013 e PORTARIA nº 1377 de 09.07.2013 
1. Identificar corretamente o paciente 
2. Melhorar a comunicação entre profissionais de saúde 
3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na adm de medicamentos 
4. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente correto 
5. Higienizar as mãos para evitar infecções 
6. Reduzir o risco de queda e úlceras por pressão 
 
 Para assegurar que o pcte seja corretamente identificado, todos os profissionais devem 
participar ativamente do processo de identificação, seja da admissão, transferência ou 
recebimento de pacientes de qualquer unidade ou instituição, e antes do início dos 
cuidados (tratamento, procedimento ou adm de medicamentos e soluções). 
 A identificação deve ser feita por meio de pulseira, prontuário, etiqueta, além de contar 
com a participação ativa do pcte e familiares durante a confirmação de sua identidade. 
 A responsabilidade é do profissional de saúde na identificação do pcte 
 Facilitadores: uso de pelo menos 2 indicadores, ex: nome + data de nascimento; 
padronização da identificação do pcte, ex membro do posicionamento e cores para 
identificação de risco; 
 Confirmar frascos de amostras de exame na presença do pcte; confirmar a id na pulseira, 
prescrição médica e rotulo no medicamento antes da adm 
 Importante avaliar a integridade das infos nos locais de identificação 
 
 Tipos de comunicação: verbal, não verbal, escrita, telefônicae eletrônica 
 A comunicação efetiva tem importância no entendimento entre as pessoas, 
Ex1, na passagem do plantão: informar procedimentos realizados e as condições do 
paciente com suas alterações significativas em sua evolução, registrar as informações 
no prontuário do paciente 
Ex2, registo em prontuário: certifique-se que está registrado no prontuário correto, 
coloque data e horário antes de iniciar o registro da informação com letra legível e sem 
rasuras, utilizar apenas abreviaturas e siglas padronizadas 
 O paciente tem o direito de conhecer os registros realizados em seu prontuário 
 As informações referentes as condições clínicas do paciente são restritas a ele próprio, 
aos profissionais envolvidos e aos que são autorizados pelo paciente ou legalmente 
estabelecidos 
 Prescrições verbais só poderão ocorrer em emergências e medidas de segurança devem 
ser implementadas: repetir em voz alta e de modo completo a informação dada pelo 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
7 
Esther Refondini 
emissor, registro posterior da ocorrência em prontuário para validação da prescrição, 
conferência com outro profissional. 
 
 Falhas comuns: dose, via de administração e droga 
 Letras legíveis diminuem os erros 
 A segurança no uso de medicamentos inclui a checagem da identificação do pcte 
com a prescrição médica 
 Assim, identificar: paciente, prescritor, instituição, data, legibilidade, uso de 
abreviaturas, denominação de medicamentos 
As unidades de saúde deverão divulgar a sua lista de medicamentos potencialmente perigosos 
ou de alta vigilância que constam na relação de medicamentos selecionados na instituição, 
indicando as doses máximas desses medicamentos, a forma de administração (reconstituição, 
diluição, tempo de infusão, via de administração), a indicação e a dose usual. 
O número de apresentações e concentrações disponíveis de medicamentos potencialmente 
perigosos ou de alta vigilância, especialmente anticoagulantes, opiáceos, insulina e eletrólitos 
concentrados (principalmente cloreto de potássio injetável), deve ser limitado. 
As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância deverá ser 
conferidas com dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêutica da 
prescrição para dispensação. 
Os nove certos não garantem que os erros de administração não ocorrerão, mas segui-los pode 
prevenir significativa parte desses eventos, melhorando a segurança e a qualidade da assistência 
prestada ao paciente durante o processo de administração de medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cirurgias ou procedimentos invasivos em locais/membros errados são erros decorrentes 
de falhas na comunicação. 
 O processo de segurança inicia-se com a educação do paciente, a marcação do local da 
cirurgia, a checagem de números de itens na chegada ao cc, a verificação de vários itens 
antes da incisão cirúrgica e outra ao final da cirurgia. 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um programa para garantir a 
segurança em cirurgias que consiste na verificação de itens essenciais do processo 
cirúrgico em todos os estabelecimentos de saúde em que sejam realizados 
1. Paciente certo 
2. Medicamento certo 
3. Via certa 
4. Hora certa 
5. Dose certa 
6. Registro certo da medicação 
7. Orientação correta 
8. Forma certa 
9. Resposta certa 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
8 
Esther Refondini 
procedimentos terapêuticos ou diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo 
humano ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro 
cirúrgico, por qualquer profissional de saúde. O objetivo é garantir que o procedimento 
seja realizado conforme o planejado, atendendo aos cinco certos: 
 
 
 
 
10 Objetivos para a cirurgia segura, segundo o MS: 
1. Paciente certo e o local cirúrgico certo. 
2. A equipe usa métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, 
enquanto protege o paciente da dor. 
3. A equipe reconhece e está preparada para perda de via aérea ou de função respiratória 
que ameacem a vida. 
4. A equipe reconhece e está efetivamente preparada para o risco de grandes perdas 
sanguíneas. 
5. A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente 
de risco ao paciente. 
6. A equipe usa de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de 
infecção no sítio cirúrgico. 
7. A equipe impede a retenção inadvertida de instrumentais ou compressas nas feridas 
cirúrgicas. 
8. A equipe se mante segura e identifica precisamente todos os espécimes cirúrgicos. 
9. A equipe se comunica efetivamente e troca informações críticas para a condução segura 
da cirurgia. 
10. Os hospitais e os sistemas de saúde público estabelecem vigilância de rotina sobre a 
capacidade, volume e resultados cirúrgico. 
Definições importantes a cerca do tema: 
Lista de verificação = check list: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um 
grupo de itens/procedimentos. Divide a cirurgia em 3 fases: antes da indução anestésica, antes 
da incisão cirúrgica, antes do pcte sair da sala de cirurgia. 
Demarcação de lateralidade: demarcação de local ou locais a serem operados. Esta demarcação 
é particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre direita e esquerda), 
estruturas múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos pés, costelas) e níveis múltiplos (p.ex. coluna 
vertebral). 
Condutor da lista de verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da enfermagem), 
que esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de 
verificação, de acordo com diretrizes da instituição de saúde. 
Segurança anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução 
da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento anestésico, da 
checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada 
1. Paciente certo e local certo 
2. Procedimentos seguros 
3. Lateralidade (lado a ser operado, quando aplicável). 
4. Posicionamento. 
5. Equipamentos. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
9 
Esther Refondini 
cirurgia. Este procedimento deve seguir as orientações contidas no Manual para Cirurgia Segura 
da OMS, traduzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. 
Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de 
enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia. 
*Antes da incisão cirúrgica, é feita a pausa cirúrgica a qual caracteriza-se pela pausa 
momentânea feita pela equipe imediatamente antes da incisão cutânea a fim de confirmar que 
as várias verificações essenciais para a segurança cirúrgica foram realizadas e que envolveram 
toda equipe. 
 
 Higienizar as mãos antes de tocar o pcte, antes de realizar procedimento asséptico, após 
risco de exposição a fluidos corporais, após tocar o paciente, após tocar superfícies 
próximas ao paciente. 
 Nunca use simultaneamente produtos à base de álcool com sabão antisséptico. 
 Use preferencialmente produtos para higienização das mãos à base de álcool para 
antissepsia rotineira, se as mãos não estiverem visivelmente sujas. 
 
 Definição de queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à 
posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. 
Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o 
deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode 
ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos, incluindo vaso sanitário. 
 Prevenção de quedas: todos os pacientes devem ser avaliados e reavaliados 
periodicamente em relação ao risco de queda, incluindo o risco potencial associado ao 
uso de medicamentos prescritos e à adoção de medidas para diminuir ou eliminar 
qualquer risco identificado,quando possível. Ex.: uso de óculos, permanência 
sistemática de acompanhantes, ajustes de medicamentos entre outros. 
 Avaliação do risco de queda: Deve ser feita no momento da admissão do paciente com 
o emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação 
deve ser repetida diariamente até a alta do paciente. 
 Fatores de risco: 
o Demográfico: crianças < 5 anos e idosos > 65 anos. 
o Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade. 
o Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular cerebral 
prévio; hipotensão postural; tontura; convulsão; síncope; dor intensa; baixo 
índice de massa corpórea; anemia; insônia; incontinência ou urgência miccional; 
incontinência ou urgência para evacuação; artrite; osteoporose; alterações 
metabólicas (ex: hipoglicemia). 
o Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária, 
necessidade de dispositivo de auxílio à marcha; fraqueza muscular e articulares; 
amputação de membros inferiores; e deformidades nos membros inferiores. 
o Comprometimento sensorial: visão, audição ou tato. 
o Equilíbrio corporal: marcha alterada. 
o Obesidade severa. 
o História prévia de queda. 
o Uso de medicamentos. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA II – 2º BIMESTRE 
10 
Esther Refondini 
 
 
 Escala de avaliação de risco de queda: 
 As escalas são universais, sendo cada uma delas específica para um determinado 
tipo de pcte (adulto, ped, hemiplégico...). 
 As escalas apresentam vantagens e, também limitações operacionais e 
metodológicas. 
 Mais utilizada no BR é Morse 12, 13. 
 Ações preventivas: ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente, para pctes 
ped deve-se observar a adequação das acomodações e do mobiliário à faixa etária. 
 
 Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente 
sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão 
e cisalhamento, causado pela fricção. 
 Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças 
cortantes. 
 Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da 
profundidade observável de destruição tecidual. 
 A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes 
em risco e da implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os 
pacientes identificados como de risco. 
6 etapas essenciais para prevenir LPP: 
 Avaliação de lesão por pressão na admissão de todos os pacientes 
 Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de LPP de todos os pacientes internados 
 Inspeção diária da pele 
 Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada 
 Otimização da nutrição e da hidratação 
 Minimizar a pressão 
Pacientes com alto 
risco de queda
Pcte independente, se locomode, realiza 
atividades sem ajuda, mas possui ao 
menos 1 fator de risco.
Pcte dependente de ajuda para realizar 
atividades, com ou sem presença de fator 
de risco. Anda com auxilio.
Pcte acamado temporariamente (ex: para 
fazer um exame), com ou sem a presença 
de fatores de risco.
Pacientes com baixo 
risco de queda
Pcte acamado, restrito ao leito, 
completamente dependende da ajuda de 
terceiros, com ou sem fatores de risco. 
Individuo independente sem nenhum 
fator de risco.
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Esther Refondini 
 Há também medidas preventivas para LPP por classificação de risco, sendo baixo 
risco (15-18 ptos na escala de Braden), moderado (13-14 ptos), alto risco (10-12 
ptos) e risco muito alto (menor ou igual à 9 ptos). 
 
Humanização e acolhimento: 
O que é Humanização? 
Humanizar é individualizar a assistência e as necessidades de cada um, é uma mudança de 
comportamento e atitudes frente ao paciente e seus familiares. 
Segundo a Política “Humanizar”, é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços 
tecnológicos com acolhimento, com melhoria nos ambientes de cuidado e das condições de 
trabalho dos profissionais. 
 
Acolhimento: 
Acolhimento é a Diretriz da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. 
O que é a acolhimento? O acolhimento é uma ação que pressupõe a mudança da relação 
profissional-usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de 
solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante ativo no processo de 
produção da saúde, pois objetiva operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender 
com resolubilidade e responsabilidade a todos que procuram os serviços. 
Trabalhar com encaminhamentos e articulações entre os níveis de atenção e, também outros 
serviços de saúde. 
Inclui tratar o pcte pelo nome; tornar o ambiente familiar; esclarecer todas as dúvidas com 
clareza; dizer a verdade (exames e procedimentos); respeitar a individualidade e suas crenças; 
respeitar individualidade, integridade física, psíquica e moral. Uso dos símbolos das deficiências. 
O acolhimento requer: foco nas relações, percepção do usuário como sujeito e participante ativo 
na produção de saúde, mudança na relação profissional-usuário, profissional-profissional por 
meio de parâmetros éticos, técnicos, solidariedade e defesa da vida. 
Humanizar
Ambiente
Familia
Equipe
Paciente
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Esther Refondini 
Obs: a triagem não se encaixa como acolhimento pois é uma ação que deve ocorrer em todos 
os locais do serviço de saúde. 
Deve-se colocar em ação o acolhimento por meio do protagonismo dos sujeitos envolvidos no 
processo de produção de saúde, horizontalização das linhas de cuidado, projeto terapêutico 
individual, ampliar espaços democráticos de discussão e escuta.

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