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Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Farmácia Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas PROVA DE PARASITOLOGIA CLÍNICA FFC406 – 2021-2º S Escolha duas questões de número 1 a 8 e mais duas questões de número 9-18 da lista abaixo (totalizando quatro perguntas), responda com detalhes e nos enviem até o dia 07/03 as 23:59h. Não aceitaremos trabalhos fora deste prazo. Observações: 1) As questões deverão ser respondidas com um nível técnico-científico pertinente (não de forma superficial). Respostas simplificadas ou evasivas ao extremo serão penalizadas com notas baixas. 2) Obviamente a prova é individual. Não será tolerada a “troca” de conteúdo das respostas entre os alunos. Em ocorrendo casos assim, os envolvidos (“doador e receptor”) serão penalizados (terão a questão anulada e receberão nota zero). Além disso, não deve haver plágio de fontes bibliográficas ou internet. 3) Caso, erroneamente, o aluno venha a escolher 3 ou 4 questões de um mesmo grupo (1-8 ou 9-18) serão corrigidas apenas as duas primeiras. Questões: 1. Comente, em detalhes, porque o diagnóstico parasitológico permeia os diversos setores do laboratório clínico. 2. Discuta, em detalhes, a importância do diagnóstico parasitológico. 3. Comente, em detalhes, o diagnóstico laboratorial da amebíase. 4. Discuta, em detalhes, o diagnóstico da toxoplasmose e sua importância. 5. Discuta, em detalhes, os quadros clínicos da infecção por Schistosoma mansoni. 6. Comente o diagnóstico parasitológico da ascaridíase. Por que o diagnóstico é tão importante? 7. No caso de uma suspeita de enterobíase como devemos proceder para o diagnóstico laboratorial adequado (em detalhes)? 8. Discuta, em detalhes, a importância da presença de comensais nas amostras biológicas, exemplificando e nomeando alguns casos. 9. No diagnóstico parasitológico do sangue, pergunta-se: (a) Quais parasitoses podem ser diagnosticadas e quais formas espera encontrar em cada uma delas? (b) Quais formas espera encontrar na terçã maligna? Por que? (c) Fale sobre as vantagens e desvantagens dos métodos de diagnóstico parasitológico. 10. Um indivíduo ao realizar o exame de rotina para um novo emprego, apresenta alterações no eletrocardiograma. Pelos seus conhecimentos em parasitologia, qual a infecção suspeita? Como conduzir o diagnóstico? Como ele pode ter adquirido a infecção? 11.Comente o diagnóstico das leishmanioses (tegumentar e visceral). Qual a importância do cão no ciclo de transmissão da leishmaniose visceral? A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero leishmania, transmitido para o homem através da picada de mosquitos flebotomíneos . Na infecção tegumentar (transmitida por espécies de lutzomyia), quando o vetor infectado pica o ser humano ocorre a transmissão do parasita em sua forma promastigota, que ao entrar no tecido gera uma resposta imunitária afim de combater o organismo invasor. Os macrófagos fagocitam o parasito que se diferenciam em sua forma amastigota, não sofrendo lise. Neste sentido ocorre uma reação inflamatória, que apesar de ser direcionado à eliminação do agente invasor, resulta num dano tecidual, formando ulcerações cutâneas. Porém, para o diagnóstico ser confirmado é necessário que se faça determinados exames, dos quais podem ser feitos exames imunológicos como o de intradermorreação de Montenegro e o ELISA. Entretanto é bastante usual o exame parasitológico direto, que é realizado a partir do encontro de formas amastigotas do parasito na lesão. O material analisado pode ser obtido através de raspagem da borda da lesão, punção ou biópsia. Por ser considerado de fácil execução e de baixo custo é atualmente o método de primeira escolha. Já para infecção visceral, transmitida pelo leishmania infantum, o diagnóstico pode ser feito por teste imunológico através do método de RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta) e teste imunocromatográfico. Outra forma de diagnóstico se dá através do encontro de formas amastigotas do parasita na análise de amostras retiradas da medula óssea ou do baço. O parasita tem tropismo por macrófagos viscerais devido a sua localização ter uma temperatura mais elevada, sendo assim, ao entrar no organismo do hospedeiro o parasito ganha a corrente sanguínea ou a rede linfática, e chegam a macrófagos mais internos, por isso a infecção visceral pode acarretar inchaço hepático e crescimento do baço. Devido a sua localização visceral, a transmissão do parasito presente em humanos para vetores invertebrados (assim como ocorre na infecção tegumentar) se mostra impossível. Diante disso, a transmissão para outro indivíduo humano só ocorrerá na presença de mosquitos contaminados que picaram cães infectados com parasitos da espécie leishmania infantum. Esses animais possuem temperatura tegumentar mais elevada, sendo possível a presença de macrófagos com exemplares amastigotas do parasito citado em seu citosol na região cutânea. Logo, um cão infectado serve de reservatório parasitário, sendo uma fonte potencial de transmissão para humanos devido a sua inter-relação muito próxima. 12. Discuta em detalhes comentando como realizar o diagnóstico da giardíase. 13. Por que é indicado o método de Baermann-Moraes para a suspeita de estrongiloidíase? Como o indivíduo pode ter aumento da carga parasitária sem novo contato com o solo? Por que é importante determinar as características diferenciais das larvas encontradas? 14. Comente o diagnóstico quali e quantitativo da ancilostomíase. Por que é importante o diagnóstico quantitativo? 15. Fale com detalhes do diagnóstico das filarioses que se encontram no Brasil. 16. Comente o diagnóstico parasitológico da teníase. O diagnóstico espécie-específico é importante? E o diagnóstico quantitativo? Por que? 17. Fale sobre o diagnóstico da malária. Como identificar as diferentes espécies que ocorrem no Brasil? 18. Mulher, virgem, apresentando leucorréia. Qual a infecção suspeita? Como ela pode ter adquirido a infecção? Como proceder o diagnóstico parasitológico e qual a forma espera encontrar?