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Paper_Estudo da célula_Rev03

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EXPOSIÇÃO DE CÉLULAS ANIMAIS E VEGETAIS A NANO E MICROPLÁSTICO
Elisabete Andrades Dorneles
Michelli Conceição de Souza Esposito
Renata Falck Storch Böhm1
Marta Montes Leão2
1. INTRODUÇÃO
Os microplásticos são partículas de plásticos com tamanho entre 0,001 e 5mm de comprimento e sua onipresença no meio ambiente tem ocasionado preocupação crescente, pois oferecem riscos a biotas e seres humanos (BERTOLDI, 2022). Microplásticos podem ser formados pelas indústrias (MPCs primários) ou de detritos gerados a partir dos macroplásticos (MPCs secundários) (LUCIO et. al., 2019).
Os microplásticos são encontrados em diversos setores da sociedade, desde nossa alimentação, águas engarrafadas e no ar que respiramos (AMARAL, 2021).
Quando presente no ambiente, esses materiais atuam como captadores de poluentes orgânicos persistentes altamente nocivos e tóxicos (MUNIZ-JUNIOR, 2021). O acúmulo de partículas plásticas ao longo da cadeia alimentar podendo gerar consequências no ambiente (LUCIO et. al., 2019).
	De acordo com Mendoza et al. (2018) os microplásticos são os polímeros sintéticos, es estão se tornando os contaminantes mais persistentes em ambientes aquáticos. Mas podem estar presentes em ambiente terrestre e na atmosfera.
Os nanoplásticos podem ser adsorvidas pelos organismos e atravessar as barreiras imunológicas, afetando órgãos, tecidos e até mesmo a funcionalidade da célula, ocasionando ainda efeitos tóxicos ou letais (RAFIEE et al., 2018). Quando disponíveis têm a capacidade de atravessar a membrana citoplasmática podem afetar células sanguíneas e até mesmo o processo fotossintético (COSTA et al., 2016). 
	Em células animais microplástico inibem a atividade da AChE (enzima responsável pela finalização da transmissão dos impulsos nervosos nas sinapses colinérgicas pela hidrólise do neurotransmissor acetilcolina) de peixes (OLIVEIRA et al., 2013). 
	Como contaminantes persistentes emergentes, os microplásticos podem ser absorvidos pela biota do solo, podem ser transferidos através da cadeia alimentar e representam um risco potencial para a saúde humana. Aparentemente, a transferência trófica e os efeitos transgeracionais. Estudos devem incluir investigações sobre ecossistemas naturais e urbanos, incluindo plantas, e conjuntos microbianos naturais que respondem à poluição microplástica nos solos (HE et al., 2018).
	Browne et al (2008) realizou ensaios in vitro usando uma espécie de bivalve Mytilus galloprovincialis e encontrou hemócitos granulocíticos que realizavam a fagocitose de partículas de poliestireno até 800 nm.
Em animais pode ocorrer citotoxicidade e estresse oxidativo, relacionados à absorção dos microplásticos pela barreira hematoencefálica e placenta, que podem levar ao aparecimento de doenças respiratórias, cardiovasculares, virais e neoplasias, além de impactos reprodutivos, semelhante ao observado no ambiente aquático (HUANG et al., 2021).
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Quando lançado no meio ambiente o plástico pode ser degradado por fatores abióticos e bióticos, após as partículas serem degradadas em dimensões nano e micro, elas podem impactar os animais e vegetais presentes no ecossistema (CAIXETA et al., 2018). Diante do exposto questiona-se se estas nano e micropartículas de plástico alteram de forma diferenciada células vegetais e animais?
Esse artigo visa coletar informações relevantes sobre o potencial efeito dos nano e microplásticos sobre os organismos. Possui importância ecológica, pois, as partículas podem carrear compostos tóxicos para o interior das células, causando efeito deletérios nos organismos; econômica, ao atingir espécies de importância econômica; e de saúde pública, causando doenças nos seres humanos. 
Nota-se que nas últimas décadas houve uma acentuada expansão de pesquisas relacionadas aos efeitos dos nano e microplásticos sobre os organismos vivos. Porém, há uma lacuna de conhecimento sobre o efeito específico da absorção desses polímeros pelas células, especialmente quando consideramos a especificidade de células animais e vegetais, desta forma justifica-se a importância deste artigo.
1.2 OBJETIVO GERAL
Identificar possíveis alterações celulares causadas por nano e microplástico.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Examinar se as áreas com presença antrópica e/ou efeitos ambientais afetam a bioacumulação de microplásticos nos organismos aquáticos.
· Resumir informações existente sobre um o impacto do nano e microplástico em células vegetais e animais
· Identificar quais células bioacumulam mais microplástico: animal ou vegetal
2. REFERÊNCIAS
AMARAL, S. S. G. do. Caracterização de microplásticos nas praias de Jurujuba e Camboinhas, Niterói, RJ. 2021. 50f. Monografia (Graduação em Física) - Instituto de Física, 2021.
BERTOLDI, C. F. Distribuição espaçotemporal, abundância e caracterização de microplásticos em águas superficiais do Lago Guaíba. 2022. 177 f. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Química, Programa de Pós-Graduação em Química, Poto Alegre, RS, 2022.
CAIXETA, D.; CAIXETA, F. C; MENEZES FILHO, F. Nano E Microplásticos nos Ecossistemas: impactos ambientais e efeitos sobre os organismos. Enciclopédia Biosfera, v. 15, n. 27, p. 19-34, 2018.
COSTA, J. P. SANTO, P. S. M., DUARTE, A. C.; ROCHA-SANTOS, T. (Nano)plastics in the environment – Sources, fates and effects. Science of the Total Environment, v. 566–567, p. 15-26, 2016. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969716309731?via%3Dihub>. Acesso em: 22 de maio 2022. doi:10.1016/j.scitotenv.2016.05.041. 
He, D., Luo; Y., Lu; S., Liu, M.; Song, Y.; Lei, L. . Microplastics in soils: analytical methods, pollution characteristics and ecological risks. TrAC Trends in Analytical Chemistry, v. 109, p. 163-172. 2018. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165993618304102 >. Acesso em: 04 de junho de 2022. doi: 10.1016/j.trac.2018.10.006
HUANG W, et al. Microplastics and associated contaminants in the aquatic environment: A review on their ecotoxicological efeitos, trophic transfer, and potential impacts to human health. Journal of Hazardous Materials, v. 405, p. 124-187, 2021.
LUCIO, F. T. et al. Disponibilidade e influência dos microplásticos nos seres vivos e ambiente: uma revisão. Conexão Ci. Formiga, Minas Gerais, v. 14, n. 1, p. 47-55, 2019.
MENDOZA, L. M. R.; KARAPANAGIATI, H.; ÁLVAREZ, N. R. Micro (nanoplastics in the marine environment: curren knowledge and gaps. Environmental Science e Health, v. 1, p. 47-51, 2018. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2468584417300284?via%3Dihub>. Acesso em: 21 de maio 2022. doi:10.1016/j.coesh.2017.11.004.
MOTA, G. A. .; BATISTA, L. M. .; CUNHA, C. de O. . Impactos dos microplásticos na saúde aquática e humana: Impacts of microplastics on aquatic and human health. Archives of Health, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 1105–1108, 2021. Disponível em: https://latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/ah/article/view/574. Acesso em: 4 jun. 2022.
MUNIZ-JUNIOR; ANTÔNIO CARLOS NUNES. Aprendendo sobre microplásticos e seu impacto no meio ambiente: análise do potencial da Webquest. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas), Setor Palotina, Universidade Federal do Paraná. 2021. 57f. Disponível em: < https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/74787/ANTONIO%20CARLOS%20NUNES%20MUNIZ%20JUNIOR_BIOLOGIA_2021_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y> . Acesso em: 21 de maio de 2022.
RAFIEE, M.; DARGAHI, L.; ESLAMI, A.; BEIRAMI, E.; JAHANGIRI-RAD, M.; SABOUR, S.; AMEREH, F. Neurobehavioral assessment of rats exposed to pristine polystyrene nanoplastics upon oral exposure. Chemosphere, v. 193, p. 745-753, 2018. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0045653517318532?via%3Dihub>. Acesso em: 20 de maio 2022. doi:10.1016/j.chemosphere.2017.11.076.
1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Biológicas (BID107) – Seminário III - 13/06/2022
2 CentroUniversitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

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