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Atividade_01 Desastres_ambientais João Gabriel Ferreira da Silva

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JOÃO GABRIEL FERREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACIDENTES AMBIENTAIS DE GRANDES PROPORÇÕES QUE ACONTECERAM NO 
SÉCULO XXI: PETRÓLEO CRU NAS PRAIAS DO NORDESTE E INCÊNDIO NA 
CHAPADA DOS VEADEIROS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado 
em Engenharia Civil da Universidade Federal 
Rural do Semi-Árido, como requisito parcial de 
avaliação para a disciplina Gestão Ambiental e 
Qualidade, ministrada pelo professora Rokátia 
Nogueira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caraúbas 
2022
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1. INTRODUÇÃO 
 
Em face do cenário atual do meio ambiente do planeta Terra e o que se diz a respeito de sua 
preservação, existe uma enorme necessidade de entender o que nos últimos séculos está 
ocorrendo, os acidentes ambientais, estes fatores são em muitos dos casos os responsáveis pela 
destruição e desorganização da fauna e flora. 
Um acidente ambiental pode ser caracterizado por um evento não planejado e indesejado 
que pode ocasionar, de forma direta ou indireta, danos ao meio ambiente e à saúde pública e 
prejuízos sociais e econômicos. Essas catástrofes, podem ser desenvolvidas pelo próprio meio 
ambiente ou mesmo por ação do homem, que por sua vez sempre contribuiu para alteração na 
natureza, os acidentes deixam rastros significativos para os animais, plantas e os habitantes das 
regiões afetadas, a recuperação pode levar décadas ou até mais tempo. 
Diante disso, existem diversos tipos de acidentes ambientais de grande proporção que 
aconteceram no século XXI, dois exemplos são: o maior desastre ambiental do litoral do Brasil, 
causado pelo petróleo cru encontrado nas praias da região Nordeste em 2019 e o maior incêndio 
da história que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, sofreu no ano de 2017. 
Entre agosto de 2019 e janeiro de 2020, o litoral do Brasil passou por muita dificuldade por 
causa do petróleo encontrado nas praias afetando nove estados do Nordeste e dois do Sudeste 
brasileiro, porém, pouco se sabe sobre as causas misteriosas do ocorrido. Segundo a Soares et 
al. (2020), a catástrofe se estendeu por mais de 3.000 km, incluindo cerca de 55 Áreas de 
Proteção Marinhas, o óleo continua aparecendo em eventos de mar mais agitado, pois, parte do 
óleo ainda está no fundo do mar e pode ser transportado para a costa por correntes, ventos e 
ondas. Isso indica, o quanto os efeitos ambientais e ecotoxicológicos ainda continuam a 
aumentar. 
De acordo com Moryama (2018), em outubro de 2017, o Parque Nacional da Chapada dos 
Veadeiros, foi acometido por um imenso incêndio, sendo queimados 65 mil hectares de terra 
(cerca de 25% da área total da reserva), o equivalente a metade da cidade do Rio de Janeiro. O 
parque passou por uma ampliação, que por sua vez, é apontada por ambientalistas como o 
verdadeiro motivo do desastre. Por ter ocorrido em outubro, depois do período de seca, quando 
geralmente acontecem as queimadas naturais, os cientistas apontam que o incêndio tenha sido 
criminoso, provocado por fazendeiros insatisfeitos com o aumento do tamanho da reserva. 
 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 PETRÓLEO CRU NAS PRAIAS DO NORDESTE 
 
No segundo semestre de 2019, algumas manchas de óleo foram encontradas no litoral 
brasileiro. De acordo com a Soares et al. (2020), cerca de 1.009 localidades, em ao menos 130 
municípios de 11 estados diferentes foram afetados pela catástrofe. O acontecimento prejudicou 
a biodiversidade marinha com a morte de animais, dano a arrecifes e a áreas de proteção 
ambiental, incluindo poluição em zonas costeiras. Além de que, o óleo comprometeu atividades 
econômicas como a pesca e o turismo nas regiões afetadas. 
Com isso, entendem Lourenço et al. (2019) que os resultados científicos publicados 
recentemente, apontam que os hidrocarbonetos leves que normalmente se volatizam 
rapidamente ainda estavam presentes no óleo, devido está contido no submerso até encostar no 
litoral, aumentando os seus efeitos negativos para os organismos e ecossistemas costeiros. 
Sendo assim, os impactos que podem ser destacados na fauna e flora e ainda no setor 
socioeconômico é representado no cenário de que as machas de óleo que chegaram na praia 
litorânea, além da difícil remoção, devido ao seu aspecto de piche, apresentavam uma enorme 
capacidade de contaminação para os organismos marinhos e pessoas que tiveram contato direto 
com o petróleo, aproximadamente 27 espécies costeiras ameaçadas que foram atingidas e cerca 
de 870.000 pessoas, trabalhadores na pesca artesanal e no turismo local, foram afetados pelo 
derramamento de óleo (MAGRIS; GIARRIZO, 2020). 
A FIOCRUZ (2019) instalou uma sala de situação no dia 05 de novembro, para elaborar um 
plano de resposta aos impactos que o vazamento de óleo teve na saúde da população e além 
disso, ocorreu um treinamento em larga escala de profissionais do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e a preparação de material de orientação à população dessas localidades. Devido os 
impactos de longo prazo da contaminação do petróleo, faz-se necessário o contínuo 
monitoramento dos ambientes e das pessoas afetadas durante as próximas décadas. 
 
2.2 INCÊNDIO NA CHAPADA DOS VEADEIROS 
Durante o mês de outubro de 2017, a região da Chapada dos Veadeiros sofreu com incêndios 
por duas semanas. De acordo com Moryama (2017), foram queimados cerca de 65 mil hectares 
de terra, ou seja, 25% da área total da reserva, o equivalente a metade da cidade do Rio de 
Janeiro, especialistas apontam que se tivesse ocorrido antes da última ampliação do parque, em 
junho de 2017, o incêndio teria destruído entre 80% e 90% da vegetação. 
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Alguns ambientalistas apontam, a ampliação como o verdadeiro motivo do desastre, como 
ocorreu em outubro, depois do período de seca, quando geralmente acontecem as queimadas 
naturais, eles acreditam que o incêndio tenha sido criminoso, provocado por fazendeiros 
insatisfeitos com o aumento do tamanho da reserva. 
Melo (2017), enfatiza que o cerrado por ser a savana mais rica em biodiversidade do planeta, 
o impacto do incêndio ocasionou uma perda de grande parte da vegetação e diminuiu os 
alimentos e a abundância e variedade de espécies. O número baixo de animais encontrados 
pelos pesquisadores indica que eles voltaram ao lugar antes queimado, mas acreditam que a 
saúde do Cerrado retorna a um patamar apenas regular. 
O auxílio da sociedade civil e de Organizações Não Governamentais (ONGs), como a Rede 
Contra Fogo, foi de crucial ajuda para controlar as chamas na região. Para Amilton (2017), 
existiu um clima de enorme solidariedade e união que mobilizou centenas de pessoas 
diretamente e milhares indiretamente (doações, divulgação), o que acabou sendo extremamente 
positivo para a sociedade estar mais preparada para eventos desta natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CONCLUSÃO 
 
Pode-se concluir que os desastres ambientais são caracterizados como acidentes com danos 
graves para o meio ambiente e a sociedade, sendo causados por fatores naturais e também 
provocados ou intensificados pela ação do homem. Muitas dessas alterações ambientais 
negativas estão correlacionadas ao uso de maneira displicente dos recursos naturais de forma 
antropomórfica. 
Um desastre ocasionado de forma natural como o fogo na região do Cerrado com queimas 
como combustões espontâneas e raios, promovem uma dinâmica característica do bioma, esses 
desastres podem ser tratados e enfrentados de maneira simples e organizada, porém quando 
ocorre a ação pirotécnica mal conduzida pelo ser humano, os estragos provocados nos biomas 
brasileiros alteram profundamente e de maneira desastrosa o ambiente. 
Diante disso, e de diversos outros desastres ambientais de grande proporção, deve ser 
ressaltado a conscientização do ser humano para com a natureza e saber administrar o que o 
planeta tem a oferecer para sua sobrevivência,devendo sempre orientar-se que qualquer 
desastre de grande porte possa tornar os problemas socioeconômicos e ambientais irreversíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
SOARES, Marcelo de Oliveira et al. Oil spill in South Atlantic (Brazil): environmental and 
governmental disaster. Marine Policy, v. 115, maio 2020. Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0308597X19308346?via%3Dihub. 
 
MORYAMA, Victor. Chapada dos Veadeiros: antes e depois do maior incêndio de sua história. 
NATIONAL GEOGRAPHIC, abr. 2018. Disponível em: 
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2018/04/parque-nacional-chapada-
dos-veadeiros-incendio-florestal-cerrado. 
 
MAGRIS, Rafael Almeida Magris; GIARRIZO,Tommaso. Mysterious oil spill in the Atlantic 
Ocean threatens marine biodiversity and local people in Brazil. Marine Pollution Bulletin, 
v.153, abr. 2020. Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0025326X20300795?via%3Dihub. 
 
LOURENÇO, Rafael André et al. Mysterious oil spill along Brazil's northeast and southeast 
seaboard (2019–2020): trying to find answers and filling data gaps. Marine Pollution Bulletin, 
v. 156, jul. 2020. Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0025326X20303374?via%3Dihub. 
 
AGÊNCIA BRASIL. Fiocruz treinará profissionais e orientará população sobre vazamento. 
Acervo, nov. 2019. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasi 
l/2019/11/05/interna-brasil,804001/fiocruz-treinara-profissionais-e-orientara-populacaosobre-
vazamento.shtml. 
 
 
 
 
 
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0308597X19308346?via%3Dihub
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2018/04/parque-nacional-chapada-dos-veadeiros-incendio-florestal-cerrado
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2018/04/parque-nacional-chapada-dos-veadeiros-incendio-florestal-cerrado
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0025326X20300795?via%3Dihub
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasi

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