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Avaliação Psicológica para readequação genital

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Readequação genital
Daniella, Renata, Simone, Flávio Marcelo e Victória
diferença entre sexo, gênero e identidade de gênero
Sexo é biológico
Gênero (Papeis e expectativas sociais) 
Identidade de Gênero  é como o indivíduo se vê diante das duas premissas acima
D
TransgÊnero/transexual
A identidade de gênero correspondente ao que a pessoa se identifica como homem ou mulher, psicologicamente, os transgêneros sentem a necessidade de adequar seus corpos ao que são devido á não identificação do gênero sexual de nascimento, por exemplo: uma mulher pode se interessar por um homem utilizando-se do termo trans gay ou seja o sentimento de ser um homem gay.
O transsexuais sentem que sua anatomia não corresponde á sua identidade de gênero por causa disso possuem vontade de modificar seu corpo através de terapia hormonal e cirurgia de readequação genital.
S
Primeiros procedimentos de readequação genital
 Na Roma Antiga já se realizavam “cirurgias” que consistiam na retirada dos genitais masculinos. 
Índia e Austrália também documentam rituais de 
“troca de sexo”. 
Caso Lili Elbe (1882-1931) - Primeira cirurgia
de readequação sexual documentada. 
Esse caso foi relatado no filme “A garota dinamarquesa” 
(GODDARD, VICKERY & TERRY, 2007 apud GALLI et al, 2013)
V
BRASIL
 No Brasil, a primeira cirurgia de redesignação ocorreu em 1971 feita pelo Dr. Roberto Farina. O procedimento foi considerado mutilador e Farina 
foi condenado criminalmente.
Em 1997 a prática foi regulamentada no Brasil.
Em 2008 é regulamentado o procedimento de 
readequação genital através do SUS.
(ARÁN & MURTA, 2009); (GALLI et al, 2013)
V
o que é a readequação genital?
A cirurgia de redesignação sexual (CRS) é o procedimento cirúrgico pelo qual as características sexuais/genitais de nascença de um indivíduo são mudadas para aquelas socialmente associadas ao gênero que ele se reconhece. É parte, ou não, da transição física de transexuais e transgêneros.
Esse procedimento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde, porém a regra é que todos os candidatos sejam elegível após um sob parecer de equipe multidisciplinar.
S
Em que consiste o processo?
(BRASIL, 2015)
TRATAMENTO PSICOLÓGICO
CIRURGIA
TRATAMENTO HORMONAL
V
Visto que aos 18 anos o sujeito têm o tratamento psicológico, acompanhamento multiprofissional e tratamento hormonal. 
Aos 21 anos apenas é possível ser realizada a cirurgia de redesignação.
Em que consiste o processo?
Diagnóstico psicológico de disforia de gênero (302.85 (F64.1));
Processo terapêutico de no mínimo 2 (dois) anos;
Acompanhamento multiprofissional: Endocrinologista, ginecologista, urologista, obstetra, cirurgião plástico, psicólogo e psiquiatra, além de enfermeiros e assistentes sociais;
Avaliação psicológica com aval favorável à realização da cirurgia;
(BRASIL, 2015)
V
 com um laudo psicológico ou psiquiátrico favorável;
companhamento psicoterapeutico;
RESOLUÇÃO Nº 2.265, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019
Art. 11. Na atenção médica especializada ao transgênero é vedada a realização de procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero antes dos 18 (dezoito) anos de idade.
§ 1º Os procedimentos cirúrgicos de que trata esta Resolução só poderão ser realizados após acompanhamento prévio mínimo de 1 (um) ano por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
§ 2º É vedada a realização de procedimentos hormonais e cirúrgicos, descritos nesta Resolução, em pessoas com diagnóstico de transtornos mentais que os contraindiquem, conforme especificado no Anexo III desta Resolução.
(https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-2.265-de-20-de-setembro-de-2019-237203294, ultimo acesso 25/09/20)
M
resolução nº 001/2018
O conselho federal de psicologia publicou a resolução nº 001/2018, que trata das boas práticas na atenção em saúde das pessoas trans e travestis no contexto da Psicologia, inclusive da avaliação psicológica. Essa resolução cumpre o papel de nortear a prática profissional a partir das discussões éticas e científicas mais atuais no campo, de inibir supostas terapias que visam converter pessoas trans. Possibilitando que as pessoas trans não tenham suas subjetividades reduzidas. 
R
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA dsm-5
A. Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e o gênero designado de uma pessoa, com duração de pelo menos seis meses, manifestada por no mínimo dois dos seguintes: 
1. Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e as características sexuais primárias e/ou secundárias (ou, em adolescentes jovens, as características sexuais secundárias previstas). 
2. Forte desejo de livrar-se das próprias características sexuais primárias e/ou secundárias em razão de incongruência acentuada com o gênero experimentado/expresso (ou, em adolescentes jovens, desejo de impedir o desenvolvimento das características sexuais secundárias previstas).
3. Forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou secundárias do outro gênero. 
4. Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a algum gênero alternativo diferente do designado). Disforia de Gênero 453 
5. Forte desejo de ser tratado como o outro gênero (ou como algum gênero alternativo diferente do designado). 
6. Forte convicção de ter os sentimentos e reações típicos do outro gênero (ou de algum gênero alternativo diferente do designado). 
B. A condição está associada a sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
V
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA CID-11
A nova edição da Classificação Internacional de Doenças, que retirou a transexualidade do capítulo de doenças mentais e a colocou em um capítulo sobre saúde sexual geral.
Ao contrário das classificações anteriores, a incongruência de gênero não considera o sofrimento psíquico um aspecto intrínseco às pessoas trans, reconhecendo que quando presente ele é fruto da discriminação à qual essa população é sujeita. Esse processo é fruto dos movimentos pela despatologização e despsiquiatrização das identidades de gênero e de pesquisas recentes no campo, reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no novo manual. 
Nesse sentido, a avaliação psicológica deve levar em consideração, fundamentalmente, aspectos relativos às demandas de afirmação médica e social da identidade de gênero e expectativas sobre os desfechos desses processos.
V
Avaliação psicologica
 Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecem diretrizes que impõem a obrigatoriedade de avaliação psicológica para cirurgias , dentre elas encontra-se a de readequação genital. 
Pressão social.
Aceitação.
Processo educativo.
D
Objetivos da Avaliação 
Avaliar o nível de sofrimento psíquico do paciente.
Identificar a presença de pensamentos em vista de sua condição.
Levantar as motivações do paciente frente ao processo cirúrgico.
 Avaliar a compreensão do sujeito acerca dos procedimentos invasivos.
Avaliar propensão do paciente a adaptar-se com a nova condição física pós cirurgia. 
Avaliar e validar as demandas de pacientes ou usuárias, levando em conta as mudanças propostas pela CID-11, que não considera a incongruência de gênero uma doença mental, mas uma condição que requer acesso à saúde, a avaliação não deve operar pela lógica diagnóstica, mas a do funcionamento psicossocial global. 
V
Documento Psicologico
Que tipo de documento psicológico é o mais recomendado a ser produzido para o encaminhamento a outros profissionais de saúde? 
Elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional, os documento resultantes de uma avaliação psicológica podem ser um laudo ou um atestado psicológico. Dessa forma, o profissional de Psicologia pode eleger, dependendo do contexto em que ocorre a demanda, qual é o que mais se adequa. 
V
QUANDO AS MUDANÇAS COMEÇAM A SURGIR
Tratamento hormonal 
Mudanças corporais 
S
De acordo com o Ministério da Saúde, os únicos hospitais que podem realizarcirurgias de transgenitalização no Brasil pelo SUS, transformando a genitália masculina em feminina 
O cuidado com a população trans é estruturado por dois componentes: a Atenção Básica e a Atenção Especializada. 
Já a neofaloplastia, método destinado a homens trans que aumenta o tamanho do clitóris para se assemelhar a um pênis, é feita apenas em Goiânia e ainda é realizada em caráter experimental.
R
EStatísticas
No estado de São Paulo, cerca de 70 mulheres transexuais estão agendadas para ser atendidas até 2021 pelo SUS. 
Em 2019, foram feitos 3.440 procedimentos desse tipo no país. Mesmo assim é um processo demorado devido à sua complexidade, que demanda avaliações psicológicas e psiquiátricas durante um longo período, com acompanhamentos periódicos e diagnóstico final, que pode encaminhar ou não a paciente para a cirurgia.
R
PESQUISA
Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Hospital das Clínicas da USP e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, com 620 pessoas transexuais de 18 a 64 anos dos dois estados, mostrou dados alarmantes sobre a relação médico-paciente: 
43,2% dos entrevistados disseram evitar serviços de saúde pelo simples fato de ser uma pessoa trans. 
A maioria, 58,7%, afirmou ter sido vítima de discriminação durante um atendimento médico e revelou só procurar um hospital em último caso. 
Apenas 17,8% dos entrevistados disseram nunca ter sofrido discriminação durante uma consulta.
R
Pré cirurgia
Antes da cirurgia, alguns dos centros de tratamento, exigem que o transexual viva por um longo tempo, geralmente de 1,5 a 2 anos, no papel inverso do seu sexo biológico, como um período de teste.  (Kockott G. Transsexualism - when is gender transformation operation indicated? MMW Fortschr Med 1999;141:38-40.) 
Este período é importantíssimo para a indicação cirúrgica, que só é feita após toda a equipe concordar com a mesma.  (Hage JJ. Medical requirements and consequences of sex reassignment surgery. Med Sci Law 1995;35:17-24.)
M
Pós cirurgia
Landen e cols. fizeram o seguimento pós-cirúrgico de transexuais aprovados para serem operados na Suécia entre 1972-92, num total de 218 indivíduos. 
Destes, 3,8% arrependeram-se e solicitaram retorno ao corpo do sexo biológico, o que nem sempre foi possível. 
Os motivos deste arrependimento foram, principalmente, dois: falta de suporte familiar ou diagnóstico incorreto de transexualismo.
 
(Landen M, 1998)
M
DIFICULDADES
Conquista da confiança
Preconceito social
Auto preconceito
M
Papel do psicólogo
Atualização continua
Fundamental a capacitação no campo da diversidade sexual e de gênero anterior ao trabalho com essa população
Desfazer o dano causado
R
Referências
ARÁN, M., MURTA, D. Do diagnóstico de transtorno de identidade de gênero às redescrições da experiência da transsexualidade: uma reflexão sobre gênero, tecnologia e saúde. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 19 [1]: 15-41, 2009
BRASIL, Portal. Cirurgias de mudança de sexo são realizadas pelo SUS desde 2008: Identidade de gênero. 2015. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/cirurgias-de-mudanca-de-sexo-sao-realizadas-pelo-sus-desde-2008>. Acesso em: 03 maio 2018.
GALLI, R.A., VIEIRA, E.M., GIAMI, A., SANTOS, M.A. Corpos Mutantes, Mulheres Intrigantes: Transsexualidade e Cirurgia de Redesignação Sexual. Psic: Teor. e Pesq., Brasília, out-dez 2013, Vol.29 n.4, pp 447-457.
Landen M, Walinder J, Hambert G, Lundstrom B. Factors predictive of regret in sex reassignment. Acta Psychiatr Scand 1998;97:284-9.
Hage JJ. Medical requirements and consequences of sex reassignment surgery. Med Sci Law 1995;35:17-24.
Referências ao longo do texto
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712009000100008&lng=pt&nrm=iso
http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/renc/article/viewFile/2457/2355
Citação: (Palla, Alencar, Almeida, Rocha, & Orsini, 2013)
 
Entrada de Bibliografia:
Palla, A. C., Alencar, A. K., Almeida, H. B., Rocha, M. S., & Orsini, M. R. (02 de Dezembro de 2013). Uma Proposta de Psicodiagnóstico no contexto da cirurgia de transgenitalização. Revista de Psicologia, 16(24), 12. Acesso em 13 de 05 de 2018, disponível em http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/renc/article/viewFile/2457/2355
 
Referências
Manual diagnóstico e estatístico de transtorno mental DSM-5 / [American Psychiatnc Association, traduç . Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli... [et al.]. - . e . Porto Alegre: Artmed, 2014. xliv, 948 p.; 25 cm.
PALLA, Amanda Cristina Fonseca et al. Uma proposta de psicodiagnóstico no contexto da cirurgia de transgenitalização. Encontro: Revista de Psicologia, Goiás, v. 16, n. 24, p.83-94, 02 dez. 2013. Disponível em: <http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/renc/article/viewFile/2457/2355>. Acesso em: 10 maio 2018.
SILVA, A.K.L. Diversidade sexual e de gênero: a construção do sujeito social. Rev. NUFEN vol.5 no.1 São Paulo 2013.
Arán, M., & Murta, D. (2006). Relatório preliminar dos serviços que prestam assistência a transexuais na rede de saúde pública no Brasil. Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2006.
Referências
Kockott G. Transsexualism - when is gender transformation operation indicated? MMW Fortschr Med 1999;141:38-40.
Site BBC NEWS - título da reportagem Qual a diferença entre sexo e gênero (e por que esses termos podem estar ficando obsoletos), publicado em: 11 setembro de 2020.
Artigo publicado no SCIELO - título : A importância dos aspectos éticos e psicológicos na abordagem do intersexo.
Site Secad- Artmed- título: Avaliação psicológica obrigatória: 3 cirurgias eletivas que psicólogos devem estar atentos , publicação em : novembro de 2019.
Mendonça, M.J.C. (2008) A convivência Afetivo-sexual de mulheres transgenitalizadas. [Tese de Doutorado em Psicologia]. Ribeirão Preto: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/ USP.

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