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CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA E DA DESPESA E A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) Daiana Sampaio Maia Vier e Lourenço de Wallau Porto Alegre / RS Setembro / 2021 Classificação Orçamentária da Receita e da Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) SUMÁRIO 1. RECEITA .......................................................................................................................... 3 1.1 CONCEITO ................................................................................................................ 3 1.2 INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS ...................................................................... 4 1.3 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS .................................................................................... 4 1.4 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ...................................................... 5 1.4.1 CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA .......................... 5 1.4.2 CATEGORIA ECONÔMICA DA RECEITA ................................................................. 8 1.4.3 ORIGEM DA RECEITA .......................................................................................... 10 1.4.4 ESPÉCIE ............................................................................................................... 12 2. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA .......................................................... 18 2.1 CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................... 18 2.2 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA ............................................................ 19 2.3 CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA .............................................. 24 2.4 CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS COMO OPERAÇÕES ESPECIAIS E PARA UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO 28 – ENCARGOS ESPECIAIS ....................................... 26 2.4.1 SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE DESPESAS DE ENCARGOS ESPECIAIS NÃO CLASSIFICÁVEIS NA FUNÇÃO 28 .................................................................................. 31 2.5 CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA .......................... 34 2.5.1 CATEGORIA ECONÔMICA ................................................................................... 35 2.5.2 GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA - GND ........................................................ 36 2.5.3 MODALIDADE DE APLICAÇÃO ............................................................................ 37 2.5.4 ELEMENTO DE DESPESA ..................................................................................... 47 3. RECURSOS VINCULADOS ............................................................................................. 64 3.1.1 – RECURSOS VINCULADOS ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL .......................... 64 3.1.2 – RECURSOS VINCULADOS DA UNIÃO................................................................ 80 4. REGRAS GERAIS PARA PROJEÇÕES DAS PRINCIPAIS RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS ............................................................................................................ 95 4.1 PARÂMETROS MACROECONÔMICOS PARA ESTIMATIVAS ................................... 96 4.2 PROJEÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS DO FPM ........................................................... 97 4.3 PROJEÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS DO ICMS, IPVA, IPI/EXPORTAÇÃO E CIDE ....... 98 5. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DA MENSAGEM E DO TEXTO DO PLOA 2022 ................................................................................................................................. 99 5.1 MENSAGEM – EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO PLOA ............................................... 99 5.2 TEXTO DO PROJETO DE LEI ................................................................................. 101 5.3 ANEXOS DA LEI DE ORÇAMENTO ........................................................................ 107 6. ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS ................................................................................. 112 6.1 CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS ............................................................ 112 6.2 TRANSPOSIÇÕES, REMANEJAMENTOS E TRANSFERÊNCIAS DE DOTAÇÕES ....... 116 Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2 INTRODUÇÃO Esta apostila contempla orientações básicas e aspectos formais a serem observados na elaboração das propostas orçamentárias dos Municípios. A ênfase é dada para a compreensão dos critérios de classificação das receitas, despesas e fontes de recursos que, e embora possam parecer complicadas ao leigo, são utilizadas para facilitar e padronizar as informações que se deseja obter sobre o orçamento público. Pela classificação é possível visualizar o orçamento por poder, órgão, unidade, função de governo, subfunção, programa, projeto, atividade ou operação especial, natureza da despesa e fonte de recurso. Assim, o conteúdo a seguir poderá ser utilizado como um manual para orientar e facilitar o trabalho da elaboração do Orçamento, observados os preceitos da Constituição Federal, da Lei Orgânica do Município, bem como o estabelecido no Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Complementar n.º 101/2000-LRF, Lei Federal nº 4.320/64 e demais normas de cunho orçamentário, e, ainda, as premissas básicas de que o orçamento deve ser visto como instrumento de viabilização do planejamento e, por conseguinte, dos planos de governo. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 3 1. RECEITA 1.1 CONCEITO O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período. A matéria pertinente a receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no art. 35 da Lei nº 4.320/64. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. [...] Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; II - as despesas nele legalmente empenhadas. [...] Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se Receitas Públicas, registradas como Receitas Orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou Ingressos Extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias1. 1 Adota-se a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo “Receita Pública”, implica referência às “Receitas Orçamentárias”. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 4 1.2 INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei Orçamentária Anual. O ente público é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em caução, Fianças, Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO2, Emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 1.3 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam duranteo exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade. Essas receitas transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro, e, geralmente, por força do Princípio Orçamentário da Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual – LOA. Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retira o caráter de orçamentárias, haja vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar-se como Receita Orçamentária toda receita arrecadada que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito, exceto: operações de crédito por antecipação de receita – ARO3, emissões de papel moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros 2 Operações de Crédito, via de regra, classificam-se como Receita Orçamentária. Aqui se fala sobre uma exceção à regra dessas operações, intitulada ARO. 3 Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO são exceção às operações de crédito em geral. Classificam-se como “Receita Extraorçamentária” e não são item da “Receita Orçamentária”, por determinação do Parágrafo Único do art. 3º da Lei nº 4.320, de 1964.. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 5 1.4 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA4 A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória para todos os entes da Federação, sendo facultado seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades. Nesse sentido, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios: a. Natureza; b. Fonte/Destinação de Recursos; e c. Indicador de Resultado Primário. O detalhamento das classificações orçamentárias da receita, no âmbito da União, é normatizado por meio de portaria da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 1.4.1 CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA O §1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se denominar este código de natureza de receita. Em âmbito federal, a codificação da classificação por natureza da receita é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Já para estados e municípios, é feita por meio de Portaria Interministerial (SOF e STN). Importante destacar que essa classificação é utilizada por todos os entes da Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador: acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita nos cofres públicos. 4 Orientações extraídas da 7ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público -MCASP. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 6 Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas; por isso, contém todas as informações necessárias para as devidas alocações orçamentárias. Na União, em 2016, entrou em vigor a nova estrutura de codificação das Naturezas de Receita, promovendo melhorias na estrutura de formação dos códigos da classificação, aplicando uma lógica integralmente voltada para a gestão das receitas orçamentárias. A nova codificação estruturou os códigos de forma a proporcionar a extração de informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer procedimento paralelo para concatenar dados. Tal alteração foi inicialmente estabelecida pela Portaria nº 05, de 25 de agosto de 2015, que também determinou que os desdobramentos específicos para atendimento das peculiaridades de estados, Distrito Federal e municípios seriam promovidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda. Nesse sentido, ressalta-se que para efeitos da elaboração da Lei Orçamentária Anual do exercício de 2022, e respectiva execução orçamentária, foram editadas as seguintes normas: Portaria Interministerial STN/SOF nº 650, de 24 de setembro de 2019, que altera o art. 2º e o Anexo I da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001 e Portaria Interministerial STN/SOF nº 16, de 11 de fevereiro de 2021, que republica o Anexo publicado no Diário Oficial da União nº 186, de 25 de setembro de 2019, por ter saído com incorreção no original; Portaria STN nº 831, de 07 de maio de 2021, que dispõe sobre o desdobramento da classificação por natureza da receita orçamentária para aplicação no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Portaria STN nº 923, de 08 de julho de 2021, que altera o desdobramento da classificação por natureza da receita orçamentária para aplicação no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios publicado pela Portaria STN nº 831, de 2021. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 7 Esta estrutura de codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições ordinais passaram a ter o seguinte significado: a b C d.ee.f g Categoria Econômica Origem Espécie Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita Tipo De acordo com a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, alterada pela Portaria nº 650, de 24 de setembro de 2019, no que diz respeito a desdobramentos específicos de naturezas de receita, deve-se observar o seguinte: “Art. 2º […] § 8º O Anexo I desta Portaria padroniza a estrutura dos quatro primeiros dígitos do código da natureza de receita, identificadores da Categoria Econômica, Origem, Espécie e primeiro Desdobramento, sendo que solicitações de alterações nessa padronização deverão ser encaminhadas à Secretaria do Tesouro Nacional – STN, quando referentes à codificação específica de Estados, DF e Municípios, ou à Secretaria de Orçamento Federal – SOF, quando referentes à codificação da União; em ambos os casos, as secretarias deliberarão deforma conjunta sobre o assunto. § 9º (...) § 10º Para atender necessidades específicas de Estados, DF e Municípios, as quais não possam ser contempladas por meio do uso dos códigos de natureza de receita vigentes para a União, a STN, mediante Portaria, elaborará os Desdobramentos aos quais se refere a alínea “b” do inciso IV do § 4º deste artigo, e o código de natureza de receita resultante observará obrigatoriamente a seguinte estrutura: I – os quatro primeiros dígitos, representativos da Categoria Econômica, Origem, Espécie e primeiro Desdobramento, observarão a estrutura já constante no Anexo I desta Portaria; II – os quinto, sexto e sétimo dígitos, representativos dos demais Desdobramentos, serão elaborados pela STN, mediante Portaria, conforme as necessidades dos Estados, DF e Municípios e terão seu uso restrito a esses entes federados, sendo permitido à STN apenas e tão somente fazer uso dos Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 8 números de “50” até “98” para integrar a codificação dos desdobramentos aos quais se refere a alínea “b” do inciso IV do § 4º deste artigo; III – o oitavo dígito, representativo do Tipo de receita, observará a estruturalógica especificada no inciso V do § 4º deste artigo.”. Portanto, a Portaria Conjunta SOF/STN padronizou a estrutura dos quatro primeiros dígitos do código da natureza de receita, identificadores da Categoria Econômica, Origem, Espécie e primeiro Desdobramento, e qualquer alteração desses códigos deverá ser solicitada a estes órgãos. Quando, por exemplo, o valor principal do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, for arrecadado pelo município deverá ocorrer o registro da receita orçamentária na natureza de receita código “1.1.1.2.50.0.1”, segundo esquema abaixo: A Categoria econômica 1 Receita Corrente B Origem 1 Impostos/Taxas e Contribuições de Melhoria C Espécie 1 Impostos D 1º desdobramento - 4º dígito 2 Impostos sobre o Patrimônio Ee 2º e 3º desdobramentos - 5º e 6º dígitos 5 0 Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU F 4º desdobramento - 7º dígito 0 Não há especificação G Tipo 1 Principal Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atuação estatal. 1.4.2 CATEGORIA ECONÔMICA DA RECEITA Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as Receitas Orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”. Receitas Correntes: são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 9 Patrimônio Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como Correntes as receitas provenientes de Tributos; de Contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes). Receitas de Capital: as receitas orçamentárias de Capital também aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. OBSERVAÇÃO: Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 10 Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, e a Portaria Interministerial STN/SOF nº 650, de 24 de setembro de 2019, manteve a representação, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”. Assim, os códigos a serem utilizados são: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 1 Receitas Correntes 7 Receitas Correntes – Intraorçamentárias 2 Receitas de Capital 8 Receitas de Capital - Intraorçamentárias OBSERVAÇÃO: de acordo a redação atual do §10 do art. 2º da Portaria STN/SOF nº 163/2001, a natureza de receita intraorçamentária deve ser constituída substituindo- se o dígito referente às categorias econômicas 1 ou 2 pelos dígitos 7, se receita intraorçamentária corrente, ou 8, se receita intraorçamentária de capital, mantendo- se o restante da codificação. Isso significa dizer que, independentemente de constar ou não no anexo da Portaria STN/SOF nº 163/2001, da Portaria STN nº 381/2021, bem como no ementário de receitas divulgado pelo TCE/RS, QUALQUER código de receita corrente ou de capital poderá ser modificado para o registro das receitas intraorçamentárias. 1.4.3 ORIGEM DA RECEITA Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 11 A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, com vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são: A atual codificação amplia o escopo de abrangência do conceito de origem e passa a explorá-lo na sequência lógico-temporal na qual ocorrem naturalmente atos e fatos orçamentários co-dependentes. Nesse contexto, considera que a arrecadação das receitas ocorre de forma concatenada e sequencial no tempo, sendo que, por regra, existem arrecadações inter- relacionadas que dependem da existência de um fato gerador inicial a partir do qual, por decurso de prazo sem pagamento, originam-se outros fatos, na ordem lógica dos acontecimentos jurídicos: a. Primeiro, o fato gerador da Receita Orçamentária Propriamente Dita, que ocorre quando da subsunção do fato, no mundo real, à norma jurídica; b. Segundo, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a Receita Orçamentária propriamente dita, cujo fato gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento, sem que isso tenha ocorrido. (Esse fato gerador depende, fundamentalmente – na origem –, da existência da Receita Orçamentária propriamente dita); Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 12 c. Terceiro, a obrigação de pagar a dívida ativa referente à Receita Orçamentária propriamente dita e às multas e aos juros dessa receita, cujo fato gerador é a inscrição em dívida ativa, que decorre do transcurso de novo prazo e da permanência do não pagamento da receita e das multas e juros que lhe são afetos. (Novamente, ao remetermos para o início do processo – a origem – há dependência do fato gerador primeiro, inicial: a existência da Receita Orçamentária propriamente dita); e d. Quarto, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a dívida ativa da Receita Orçamentária propriamente dita, cujo fato gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento da dívidaativa, sem que o pagamento tenha ocorrido. (Ao buscar-se o marco inicial dessa obrigação, conclui-se, novamente, que, na origem, há dependência da existência da Receita Orçamentária propriamente dita). Destaca-se que o ponto de partida – a origem – de todo o processo relatado no parágrafo anterior foi a existência da Receita Orçamentária propriamente dita, e as demais arrecadações que se originaram a partir do não pagamento dessa receita foram, na sequência temporal dos acontecimentos: multas e juros da receita, dívida ativa da receita e multas e juros da dívida ativa da receita. O raciocínio estruturado acima explora o fato de que se a existência de multas, juros, dívida ativa e multas e juros da dívida ativa decorrem do não pagamento da Receita Orçamentária propriamente dita dentro dos prazos estabelecidos em lei, então dependem da existência dessa receita e nela tiveram origem. 1.4.4 ESPÉCIE É o nível de classificação vinculado à Origem que permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas. Por exemplo, dentro da Origem Contribuições, identifica-se as espécies “Contribuições Sociais”, “Contribuições Econômicas”, “Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e de Formação Profissional” e “Contribuição para Custeio de Iluminação Pública”. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 13 OBSERVAÇÃO: § 6º As solicitações de alteração do Anexo I desta Portaria deverão ser encaminhadas à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda – STN/MF, se forem referentes à codificação específica para os Estados e os Municípios, ou à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SOF/MP, em caso de codificação que atenda a União, que deliberarão, em ambos os casos, de forma conjunta sobre o assunto no prazo máximo de trinta dias a contar do recebimento. § 7º As Portarias SOF e STN que desdobrarão o Anexo I desta Portaria conterão, apenas, as naturezas de receita agregadoras, finalizadas com o dígito “0”, considerando criadas, automaticamente, para todos os fins, as naturezas valorizáveis, terminadas em “1”, “2”, “3” e “4”, conforme discriminado nas alíneas “b” a “e” do inciso V do § 4º deste artigo. § 8º A inclusão no Projeto e na Lei Orçamentária Anual, para fins de equilíbrio formal do orçamento, de recursos arrecadados em exercícios anteriores e registrados em superávit financeiro dar-se-á na natureza de receita “9.9.9.0.00.0.0 - Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores”, que poderá ser detalhada conforme a necessidade do ente da Federação, observado o disposto neste artigo. A Portaria Conjunta STN/SOF/ME nº 16, de 11 de fevereiro de 2021, incluiu o código 1.9.4.0.00.0.0 – Multas e Juros de Mora das Receitas de Capital para registro dos acréscimos legais das receitas de capital, pois as multas e juros de mora constituem receitas correntes, tendo em vista que aumentam as disponibilidades financeiras do ente e delas não decorre mutação patrimonial conforme determina os parágrafos §6º e §7º da Portaria Interministerial nº 163/2001. 1.4.5 DESDOBRAMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PECULIARIDADES DA RECEITA Na nova estrutura de codificação foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com o objetivo de identificar as particularidades de cada receita, caso seja necessário. O ementário da receita para o exercício financeiro de 2022 apresenta alterações nos 5º e 6º dígitos da codificação da natureza de receita, sendo que os Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 14 dígitos “00” até“49” estão reservados para a União, os quais poderão ser utilizados no que couber, por Estados, DF e Municípios e uso restrito dos códigos “50” até “98” pelos Estados, DF e Municípios. Já o código “99”, no quinto nível, será utilizado para registrar “outras receitas” aplicáveis a todos os entes da federação, entendidas assim as receitas genéricas que não tenham código identificador específico, atendidas as normas contábeis aplicáveis. Nesse sentido, foi publicada a Portaria STN nº 381/2021, contemplando em seu anexo o desdobramento da classificação das receitas orçamentárias específicas para os Estados, Distrito Federal e Municípios, a qual foi alterada pela Portaria STN nº 923/2021 aplicando-se seus efeitos a partir do exercício financeiro de 2022, inclusive no que se refere à elaboração do Projeto de Lei Orçamentária. Quanto às receitas exclusivas de estados, Distrito Federal e municípios, elas não serão mais identificadas pelo quarto dígito da codificação, que utilizará o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x - Outras Receitas Correntes Exclusivas de Estados e Municípios), porque deverá respeitar o novo regramento referente a parte das receitas orçamentárias. OBSERVAÇÕES: a) o ementário da receita, contendo a codificação para uso exclusivo dos Municípios foi elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e está disponível para consulta no site https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/-/emenario-da-receita- orcamentaria; b) no caso do Rio Grande do Sul, recomenda-se que, para fins de elaboração e execução do orçamento de 2022, os Municípios obedeçam o ementário elaborado pelo TCE/RS (ainda não divulgado), que contempla detalhamentos adicionais aos constantes no rol elaborado pela STN; c) o fato de determinado código de receita não estar contemplado no Anexo da Portaria STN nº 381/2021, ou no elenco do TCE/RS, não impede que, sendo necessário, o ente utilize a codificação estabelecida para a União. Em outras palavras, o anexo da Portaria STN nº 381/2021 contempla, apenas, os códigos de natureza de receita específicos de estados e municípios (§6º do art. 2º da Portaria STN/SOF Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 15 nº 163/2001), modo que, os demais códigos – não específicos – consta no ementário de códigos vigentes para a União que poderá ser utilizado pelos entes Municipais, de modo complementar ao ementário do TCE/RS. 1.4.6 TIPO O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo: “0”, quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora; “1”, quando se tratar da arrecadação Principal da receita; “2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva receita; “3”, quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita; “4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. “5”, quando se tratar de Multas da respectiva receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “6”, quando se tratar de Juros de Mora da respectiva receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “7”, quando se tratar de Multas da respectiva dívida ativa da receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “8”, quando se tratar de Juros de Mora da respectiva dívida ativa da receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “9”, sem denominação específica. Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com um dos dígitos mencionados, e as arrecadações de cada recurso – sejam elas da receita propriamente dita ou de seus acréscimos legais – ficarão agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas apenas no último dígito. Importante destacar que as portarias SOF e STN que desdobrarão o Anexo I da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001, conterão apenas as Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 16 naturezas de receita agregadoras, finalizadas com dígito “0”, considerando criadas automaticamente, para todos os fins, as naturezasvalorizáveis, terminadas em “1”, “2”, “3”, “4”, e, assim, sucessivamente. OBSERVAÇÃO: Os recursos originados de multas e juros de mora do principal e da dívida ativa de receitas de capital serão registrados utilizando-se "1" na "categoria econômica da receita", "9" na "origem da receita" e "4" na "espécie da receita", conforme detalhado no Anexo I desta Portaria, combinados com os tipos "2", "4", "5", "6", "7" e "8", sendo vedado nesta específica situação utilizar os tipos "1" e "3" para fins de registro; Exemplo: Receita de alienação de bens móveis. 2.2.1.3.00.1.1.02.00.00 Alienação de Bens Móveis e Semoventes - Principal - Exceto RPPS – Ementário antigo O Principal será receita de capital código: 2.2.1.3.01.0.1.00.00.00 Alienação de Bens Móveis e Semoventes - Principal - Exceto RPPS – Ementário novo Eventual arrecadação de “multa’ ou “juro” derivado da alienação de bens móveis, deverá classificado como receita corrente: Exemplo: 1.9.4.3.x. – Multas e Juros de alienação de bens móveis deverá ser escolhido um dos itens abaixo: “2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva receita; “4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. “5”, quando se tratar de Multas da respectiva receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 17 “6”, quando se tratar de Juros de Mora da respectiva receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “7”, quando se tratar de Multas da respectiva dívida ativa da receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; “8”, quando se tratar de Juros de Mora da respectiva dívida ativa da receita quando houver legislação regrando multas separadas de juros de mora; 1.4.8 DEDUÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA As deduções da receita orçamentária serão registradas na conta contábil “6.2.1.3.0.00.00 (-) Deduções da Receita Orçamentária”, utilizando-se o mesmo código de classificação orçamentária da receita que está sendo deduzida. Caso os entes da Federação ainda possuam sistemas de informação, para elaboração da proposta de lei orçamentária anual, com s sistemática do dígito 9 para dedução, não há impedimento para uso dessa metodologia. Portanto, com o objetivo de possibilitar uma correta consolidação das contas públicas de todos os entes, nacional e por esfera de governo, deve-se proceder à restituição de receitas orçamentárias recebidas em qualquer exercício por dedução da respectiva natureza de receita orçamentária. Faz-se ressalva apenas para o caso de restituição de receitas consideradas extintas – aquelas cujo fato gerador da receita orçamentária não representa mais situação que gere arrecadações para o ente. Para as rendas extintas no decorrer do exercício, deve ser utilizado o mecanismo de dedução até o montante de receita orçamentária passível de compensação, e apenas o valor que ultrapassar o saldo da receita a deduzir deve ser registrado como despesa orçamentária do exercício. E, para rendas extintas em exercícios anteriores, deve-se registrar a devolução integralmente como despesa orçamentária do exercício. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 18 2. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA5 2.1 CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL Segundo preceitua o art. 14 da Lei Federal 4.320/64, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. Tal dispositivo objetiva, precipuamente, permitir uma execução descentralizada do orçamento, de forma a permitir o controle da despesa de cada repartição. A Portaria Interministerial nº 163/2001, que Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências, estabelece em seu art. 7º que a alocação dos créditos orçamentários na lei orçamentária anual deverá ser feita diretamente à unidade orçamentária responsável pela execução das ações correspondentes, ficando vedada a consignação de recursos a título de transferência para unidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social. Assim, a classificação institucional reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. O código da classificação institucional compõe-se de quatro, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à UO. 1º 2º 3º 4º Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária Um órgão ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os 5 Orientações baseadas na Parte I do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público e no Manual Técnico do Orçamento Federal - MTO. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 19 órgãos do tipo “Encargos Gerais”, “Encargos Especiais” e “Reserva de Contingência” e outras situações. Exemplos: Órgão Unidade Orçamentária 01 – Secretaria de Administração 01 – Gabinete do Secretário 02 – Departamento de Pessoal Órgão Unidade Orçamentária 02 - Secretaria de Obras 01 – Depto de Limpeza Pública 02 – Depto de Estradas 03 – Setor de Iluminação Pública 2.2 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a subfunção às quais se vinculam. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo. Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções e os três últimos às subfunções. 1º 2º 3º 4º’ 5º Função Subfunção A codificação para a Reserva de Contingência foi definida pelo art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF no 163, de 4 de maio de 2001, alterado pelo art. 1º Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 20 da Portaria Conjunta STN/SOF no 1, de 18 de junho de 2010, vigorando com a seguinte redação: Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar no 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor – RPPS, quando houver, serão identificadas no orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos “99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificações das ações e o respectivo detalhamento.Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo código “9.9.99.99.99”. 2.2.1 FUNÇÃO A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. No caso da função Encargos Especiais, engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo operações especiais que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA: 2.2.2 SUBFUNÇÃO A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da identificação da natureza das ações. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas relacionadas na Portaria MOG no 42, de 1999. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 21 As ações orçamentárias (projetos, atividades e operações especiais) devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe também a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. Anexo da Portaria MOG nº 42, de 14 de abril de 1999, publicada no DOU de 15 de abril de 1999. FUNCIONAL 1º e 2º DÍGITOS 3º, 4º e 5º DÍGITOS FUNÇÃO SUBFUNÇÃO 01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa 032 – Controle Externo 02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária 062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário 03 - Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica 092 – Representação Judicial e Extrajudicial 04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento 122 – Administração Geral 123 – Administração Financeira 124 – Controle Interno 125 – Normatização e Fiscalização 126 – Tecnologia da Informação 127 – Ordenamento Territorial 128 – Formação de Recursos Humanos 129 – Administração de Receitas 130 – Administração de Concessões 131 – Comunicação Social 05 - Defesa Nacional 151 – Defesa Aérea 152 – Defesa Naval 153 – Defesa Terrestre 06 - Segurança Pública 181 – Policiamento 182 – Defesa Civil 183 – Informação e Inteligência 07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas 212 – Cooperação Internacional Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 22 08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso 242 – Assistência ao Portador de Deficiência 243 – Assistência à Criança e ao Adolescente 244 – Assistência Comunitária 09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica 272 – Previdência do Regime Estatutário 273 – Previdência Complementar 274 – Previdência Especial 10 – Saúde 301 – Atenção Básica 302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 – Suporte Profilático e Terapêutico 304 – Vigilância Sanitária 305 – Vigilância Epidemiológica 306 – Alimentação e Nutrição 11 – Trabalho 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 – Relações de Trabalho 333 – Empregabilidade 334 – Fomento ao Trabalho 12 – Educação 361 – Ensino Fundamental 362 – Ensino Médio 363 – Ensino Profissional 364 – Ensino Superior 365 – Educação Infantil 366 – Educação de Jovens e Adultos 367 – Educação Especial 368 – Educação Básica 13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico 392 – Difusão Cultural 14 – Direitos da Cidadania 421 – Custódia e Reintegração Social 422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos 423 – Assistência aos Povos Indígenas 15 – Urbanismo 451 – Infra-Estrutura Urbana 452 – Serviços Urbanos 453 – Transportes Coletivos Urbanos 16 – Habitação 481 – Habitação Rural 482 – Habitação Urbana 17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural 512 – Saneamento Básico Urbano 18 - Gestão Ambiental 541 – Preservação e Conservação Ambiental 542 – Controle Ambiental 543 – Recuperação de Áreas Degradadas 544 – Recursos Hídricos 545 – Meteorologia Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 23 19 – Ciência e Tecnologia 571 – Desenvolvimento Científico 572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico 20 – Agricultura 605 – Abastecimento 606 – Extensão Rural 607 – Irrigação 608 - Promoção da Produção Agropecuária 609 - Defesa Agropecuária 21 – Organização Agrária 631 – Reforma Agrária 632 – Colonização 22 – Indústria 661 – Promoção Industrial 662 – Produção Industrial 663 – Mineração 664 – Propriedade Industrial 665 – Normalização e Qualidade 23 – Comércio e Serviços 691 – Promoção Comercial 692 – Comercialização 693 – Comércio Exterior 694 – Serviços Financeiros 695 – Turismo 24 – Comunicações 721 – Comunicações Postais 722 – Telecomunicações 25 – Energia 751 – Conservação de Energia 752 – Energia Elétrica 753 – Combustíveis Minerais 754 – Biocombustíveis 26 – Transporte 781 – Transporte Aéreo 782 – Transporte Rodoviário 783 – Transporte Ferroviário 784 – Transporte Hidroviário 785 – Transportes Especiais 27 – Desporto e Lazer 811 – Desporto de Rendimento 812 – Desporto Comunitário 813 – Lazer Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 24 28 – Encargos Especiais 6 841 – Refinanciamento da Dívida Interna 842 – Refinanciamento da Dívida Externa 843 – Serviço da Dívida Interna 844 – Serviço da Dívida Externa 845 – Outras Transferências 846 – Outros Encargos Especiais 847 – Transferências para a Educação Básica 2.3 CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria. 2.3.1 PROGRAMA Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar 6 A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas, de modo que não será permitida, neste caso, a combinação com funções diferentesdaquelas relacionadas para esta função. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 25 associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. 2.3.2 AÇÃO As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros Entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros. As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a) Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. OBSERVAÇÃO: ações do tipo Atividade mantêm o mesmo nível da produção pública. b) Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. OBSERVAÇÃO: ações do tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado. c) Operação Especial :despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. São exemplos típicos de Operações Especiais: - amortização, juros, encargos e rolagem da dívida contratual e mobiliária; Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 26 - pagamento de aposentadorias e pensões; - pagamento de indenizações e restituições; - cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos etc); - operações de financiamento e encargos delas decorrentes (empréstimos, financiamentos diretos, concessão de créditos, equalizações, subvenções, subsídios, coberturas de garantias, coberturas de resultados, honras de aval, assistência financeira), reembolsáveis ou não; - contribuição a organismos e/ou entidades nacionais ou internacionais; - contribuição ao PASEP; - outras. OBSERVAÇÃO: operações especiais caracterizam se por não retratar a atividade produtiva, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes. 2.4 CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS COMO OPERAÇÕES ESPECIAIS E PARA UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO 28 – ENCARGOS ESPECIAIS Visando melhor esclarecer quanto a classificação das despesas orçamentárias como Operações Especiais e utilização da Função 28 - Encargos Especiais, segue abaixo a seguinte tabela contemplando os respectivos conceitos: Operações Especiais Função 28 - Encargos Especiais Segundo o conceito estabelecido no art. 2º, alínea “d”, da Portaria MOG nº 42/99 é o tipo de ação orçamentária (instrumento de programação) que agrega despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Conforme se extrai do art. 1º, §§ 1º e 2º, da Portaria MOG nº 42/99, é o nível agregador de despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 27 No Manual Técnico do Orçamento Federal (MTO), consta que as operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes. Também, sobre o mesmo assunto, o MCASP (parte I, página 112), indica que, em geral, as transferências, de que trata o art. 12 da Lei no 4.320/1964 (subvenções sociais, subvenções econômicas, contribuições e auxílios), devem ser realizadas, em termos de ação orçamentária, por meio de operações especiais. Portanto, interpretando-se sistematicamente, poderemos ter 02 “tipos” de operações especiais: a) Operações Especiais que não resultam um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços, mas que podem contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, a exemplo da concessão de subvenções, transferência de recursos sob a forma de contribuições e auxílios e concessão de empréstimos e financiamentos a pessoas físicas e jurídicas. Nestes casos, as despesas deverão constar no planejamento do PPA e LDO, sob a forma de programas e ações de governo, e, no orçamento, serão classificadas como Operações Especiais. Os códigos da função e subfunção deverá ser o correspondente à área de atuação governamental correspondente. b) Operações Especiais que não resulta um produto, e não geram contraprestação de bens ou serviços nem mesmo de forma indireta, ou seja, não permitem associar ao gasto nenhum bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. Estas despesas deverão ser obrigatoriamente classificadas na função 28 – Encargos Especiais e o uso das suas subfunções típicas. Ressalta-se que, segundo o parágrafo único do art. 4º da Portaria MOG nº 42/99, sempre que uma determinada despesa for classificada na função encargos especiais, o código do programa corresponderão a um código vazio, do tipo “0000”, que não integrará o PPA. Apenas constará na LOA. Ainda, sobre o mesmo assunto, o MCASP (Parte I, página 69), indica que utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas conforme segue: Função : 28 – Encargos Especiais Subfunções Típicas: 841 – Refinanciamento da Dívida Interna 842 – Refinanciamento da Dívida Externa 843 – Serviço da Dívida Interna 844 – Serviço da Dívida Externa 845 – Outras Transferências 846 – Outros Encargos Especiais 847 – Transferências para a Educação Básica Assim, sempre que se classificar uma despesa no código de função 28, deverá ser observado o seguinte: a) o código da subfunção deverá, obrigatoriamente, ser um dos acima especificados; b) o código do programa será “0000” e não constará no PPA; c) ação orçamentária não será um projeto ou atividade, mas, sim, uma operação especial. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 28 Diante do exposto, sem a pretensão de esgotar todas as possibilidades, seguem alguns exemplos: a) Transferência de recursos do Fundo Municipal de Assistência Social para entidade privada sem fins lucrativos de atenção à pessoa idosa (Asilo, por exemplo) , sob a forma de Subvenção Social, Contribuição ou Auxílio: Função: 08 – Assistência Social Subfunção: 241 – Assistência ao Idoso Previsão no PPA ? Sim, com código de programa específico. Ação É operação especial. Exemplo 0.001 – Apoio a Entidades Sócio - assistenciais do Idoso Natureza de despesa 3.3.50.43.00.00 – Subvenções Sociais Ou 3.3.50.41.00.00 – Contribuições (para despesas correntes) Ou 4.4.50.41.00.00 – Contribuições (para despesas de capital) OU 4.4.50.42.00.00 – Auxílios (para despesas de capital) b) Concessão de ajuda financeira (subvenção econômica) ou de empréstimos e financiamentos a produtores rurais: Função: 20 - Agricultura Subfunção: 608 – Promoção da Produção Agropecuária Previsãono PPA ? Sim, com código de programa específico. Ação É operação especial. Exemplo 0.002 – Incentivos e Ajuda Financeira a Produtores Rurais Natureza de despesa 3.3.90.45.00.00 – Subvenções Econômicas (caso o beneficiário seja pessoa física) Ou 3.3.60.45.00.00 – Subvenções Econômicas (caso o beneficiário seja pessoa jurídica) Ou 4.5.90.66.00.00 – Concessão de Empréstimos e Financiamentos (tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas) Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 29 c) Pagamento de Sentenças Judiciais (Precatórios ou RPV): Função: 28 – Encargos Especiais Subfunção: 846 – Outros Encargos Especiais Previsão no PPA ? Não. O código do programa será “0000”, conforme previsto no parágrafo único do art. 4º da Portaria MOG nº 42/99. Ação É operação especial. Exemplo 0.003 – Encargos Especiais de Sentenças Judiciais Natureza de despesa 3.1.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de pessoal e encargos) Ou 3.2.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de juros da dívida) Ou 3.3.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de outras despesas de custeio) Ou 4.4.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de investimentos) Ou 4.5.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de inversões financeiras) Ou 4.6.90.91.00.00 – Sentenças Judiciais (de amortização da dívida) d) Pagamento de contribuição ao PASEP: Função: 28 – Encargos Especiais Subfunção: 846 – Outros Encargos Especiais Previsão no PPA ? Não. O código do programa será “0000”, conforme previsto no parágrafo único do art. 4º da Portaria MOG nº 42/99. Ação É operação especial. Exemplo 0.004 – Encargos Especiais de PASEP Natureza de despesa 3.3.90.47.12.00 – Contribuição para o PIS/PASEP e) Restituição de Saldo de Transferências Voluntárias (auxílios e convênios recebidos do Estado ou da União), quando exigível o empenho da despesa: Função: 28 – Encargos Especiais Subfunção: 845 – Outras Transferências Previsão no PPA ? Não. O código do programa será “0000”, conforme previsto no parágrafo único do art. 4º da Portaria MOG nº 42/99. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 30 Ação É operação especial. Exemplo 0.005 – Encargos Especiais de Restituições de Saldos de Transferências Natureza de despesa 3.3.20.93.00.01 – Restituição de Transferências e Convênios Recebidos da União (quando o auxílio foi recebido para aplicação em despesas de custeio) Ou 4.4.20.93.00.01 - Restituição de Transferências e Convênios Recebidos da União (quando o auxílio foi recebido para aplicação em despesas de capital) Ou 3.3.30.93.39.01 - Restituição de Transferências e Convênios Recebidos do Estado (quando o auxílio foi recebido para aplicação em despesas de custeio) Ou 4.4.30.93.00.01 - Restituição de Transferências e Convênios Recebidos do Estado (quando o auxílio foi recebido para aplicação em despesas de capital) f) Amortização e Encargos da Dívida Interna (exceto com recursos de MDE, FUNDEB e ASPS): Função: 28 – Encargos Especiais Subfunção: 843 – Serviço da Dívida Interna Previsão no PPA ? Não. O código do programa será “0000”, conforme previsto no parágrafo único do art. 4º da Portaria MOG nº 42/99. Ação É operação especial. Exemplo 0.006 – Encargos Especiais de Juros e Amortização da Dívida Natureza de despesa 3.2.90.21.00.00 – Juros Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.22.00.00 – Outros Encargos Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.25.00.00 – Encargos S/Op.de Crédito por Antecipação de Receita 3.2.90.92.00.00 – Despesas de Exercícios Anteriores (de juros) Ou 4.6.90.71.00.00 – Principal da Dívida Contratual Resgatado Ou 4.6.90.73.00.00 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Contratada Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 31 Ou 4.6.90.75.00.00 – Correção Monetária da Dívida de Operação de Crédito por Antecipação da Receita. 2.4.1 SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE DESPESAS DE ENCARGOS ESPECIAIS NÃO CLASSIFICÁVEIS NA FUNÇÃO 28 Em algumas situações específicas poderão existir despesas que pela sua natureza enquadrar-se-ão no conceito de Operações Especiais e Encargos Especiais. Contudo, tendo em vista o “conflito” entre os conceitos estabelecidos pela Portaria MOG nº 42/2019 e alguns sistemas de controle da despesa, a exemplo do SIAPC, SIOPE e SIOPS, não será possível classifica-las no código da função 28 e respectivas subfunções. Seguem alguns exemplos: a) Encargos Especiais de Operações de Crédito com recursos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE / FUNDEB) De acordo com o disposto no art. 70, VII, da Lei Federal nº 9.394/1996, é possível utilizar os recursos vinculados à educação (MDE, Fundeb e Salário Educação) para a amortização (principal) e custeio (juros) de operações de crédito que tenham sido contratadas para financiar despesas consideradas como de MDE. Assim, para que tais gastos possam ser computados no total das despesas com educação para fins do art. 212 da Constituição Federal, e evitar transtornos operacionais nos sistemas de prestação de contas (SIAPC/PAD, SIOPE etc.) essas despesas não poderão ser classificadas na função 28 - Encargos especiais. Deverão estar classificadas na função 12 - Educação, e associadas a uma subfunção típica da educação (361 – Ensino Fundamental, 365 – Educação Infantil, 366 – Educação de Jovens e Adultos ou 367 – Educação Especial). Exemplo: despesas com amortização e juros de operação de crédito que foi contratada para financiar investimentos na educação infantil. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 32 Função: 12 – Educação Subfunção: 365 – Educação Infantil Previsão no PPA ? Não há obrigatoriedade. Porém, para fins operacionais o código do programa não poderá ser “0000”. Nesses casos poderá ser utilizada a codificação adotada pelo governo federal, que é 0905 – Serviço da Dívida Interna - Juros e Amortizações. Ação É operação especial. Exemplo 0.007 – Encargos Especiais de Juros e Amortização da Dívida de Operações de Crédito da Educação Natureza de despesa 3.2.90.21.00.00 – Juros Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.22.00.00 – Outros Encargos Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.25.00.00 – Encargos Sobre Operações de Crédito por Antecipação de Receita Ou 3.2.90.92.00.00 – Despesas de Exercícios Anteriores (de juros) Ou 4.6.90.71.00.00 – Principal da Dívida Contratual Resgatado Ou 4.6.90.73.00.00 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Contratada Ou 4.6.90.75.00.00 – Correção Monetária da Dívida de Operação de Crédito por Antecipação da Receita. b) Encargos Especiais de Operações de Crédito com recursos vinculados às Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) O § 3º do art. 24 da Lei Complementar nº 141/2012 permite que, para fins de apuração do percentual mínimo de 15% a ser aplicado em ASPS, sejam computadas as despesas referentes à amortização e encargos financeiros decorrentes de operações de crédito contratadas a partir de 1o de janeiro de 2000, desde os recursos tenham sido aplicados em despesas consideradas ações e serviços públicos de saúde. Desse modo, para que tais gastos possam ser computados no total das despesas com ASPS para fins do art. 198 da Constituição Federal, e evitar transtornos operacionais nos sistemas de prestação de contas (SIAPC/PAD, SIOPS etc.) essas Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 33 despesas não poderão ser classificadas na função 28 - Encargos especiais. Deverão estar classificadas na função 10 - Educação, e associadas a uma subfunção típica da saúde (301 – Atenção Básica, 302 – AssistênciaHospitalar e Ambulatorial, 303 – Suporte Profilático e Terapêutico, 304 – Vigilância Sanitária, 305 – Vigilância Epidemiológica ou 306 – Alimentação e Nutrição) Exemplo: despesas com amortização e juros de operação de crédito que foi contratada para financiar investimentos na atenção básica em saúde. Função: 10 – Saúde Subfunção: 301 – Atenção Básica Previsão no PPA ? Não há obrigatoriedade. Porém, para fins operacionais o código do programa não poderá ser “0000”. Nesses casos poderá ser utilizada a codificação adotada pelo governo federal, que é 0905 – Serviço da Dívida Interna - Juros e Amortizações. Ação É operação especial. Exemplo 0.008 – Encargos Especiais de Juros e Amortização da Dívida de Operações de Crédito da Saúde Natureza de despesa 3.2.90.21.00.00 – Juros Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.22.00.00 – Outros Encargos Sobre a Dívida por Contrato Ou 3.2.90.25.00.00 – Encargos Sobre Operações de Crédito por Antecipação de Receita Ou 3.2.90.92.00.00 – Despesas de Exercícios Anteriores (de juros) Ou 4.6.90.71.00.00 – Principal da Dívida Contratual Resgatado Ou 4.6.90.73.00.00 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Contratada Ou 4.6.90.75.00.00 – Correção Monetária da Dívida de Operação de Crédito por Antecipação da Receita. c) Encargos Especiais de benefícios previdenciários pagos pelo RPPS (exemplo: aposentadoria e pensão): Não há no MCASP uma orientação específica quanto ao tratamento orçamentário que deverá ser dispensado ao pagamento de benefícios previdenciários Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 34 pelos RPPS. Dessa forma as orientações a seguir estão baseadas no Manual Técnico do Orçamento - MTO elaborado pela Secretaria do Orçamento Federal (SOF) bem como no material denominado “Marco Metodológico - PPA 2020-2023” elaborado pela Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG-RS) Função: 09 – Previdência Social Subfunção: 272 – Previdência do Regime Estatutário Previsão no PPA ? Não há obrigatoriedade. Porém, para fins operacionais o código do programa não poderá ser “0000”. Nesse caso sugere-se a utilização de codificação, como, por exemplo, 0999 – Encargos Previdenciários do RPPS. Ação É operação especial. Exemplo 0.009 – Pagamento de Benefícios Previdenciários aos Segurados do RPPS Natureza de despesa 3.1.90.01.00.00 – Aposentadorias do RPPS, Reserva Remunerada e Reforma dos Militares Ou 3.1.90.03.00.00 – Pensões do RPPS e do Militar 2.5 CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de: I – Categoria Econômica; II – Grupo de Natureza da Despesa; e III – Elemento de Despesa. A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “modalidade de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro Ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Estrutura da Natureza da Despesa Orçamentária Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa orçamentária por categoria econômica e elementos. Assim como na receita orçamentária, o art. 8º estabelece que os itens da discriminação da despesa Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 35 orçamentária mencionados no art. 13 serão identificados por números de código decimal, na forma do Anexo IV daquela Lei, atualmente consubstanciados na Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001. O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento: A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência Social, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. 2.5.1 CATEGORIA ECONÔMICA A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: CATEGORIAS ECONÔMICAS 3 DESPESAS CORRENTES 4 DESPESAS DE CAPITAL Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de natureza da despesa 4 – investimentos e 5 – Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 36 inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 – amortização da dívida). 2.5.2 GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA - GND É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 4 INVESTIMENTOS 5 INVERSÕES FINANCEIRAS 6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA Especificações dos Grupos de Natureza da Despesa: 1 – Pessoal e Encargos Sociais :despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000. 2 – Juros e Encargos da Dívida: despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 3 – Outras Despesas Correntes: despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 37 4 – Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 5 – Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. 6 – Amortizaçãoda Dívida: despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Observação: conforme o parágrafo único do art. 8º da Portaria STN/SOF nº 163/2001, a Reserva de Contingência e a Reserva do RPPS, destinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais, serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de despesa, com o código "9". 2.5.3 MODALIDADE DE APLICAÇÃO A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento. Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei nº 4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos financeiros, representadas pelas Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 38 modalidades de aplicação, e são registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação atual: Códigos e Especificações das Modalidades de Aplicação da Despesa: 20 – Transferências à União: despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta. 22 – Execução Orçamentária Delegada à União: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização à União para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante. 30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta. 31 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo. 32 – Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização a Estados e ao Distrito Federal para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante. 35 – Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 39 posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 36 – Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 40 – Transferências a Municípios: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta. 41 – Transferências a Municípios - Fundo a Fundo: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo. 42 – Execução Orçamentária Delegada a Municípios: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização a Municípios para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante. 45 – Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 46 – Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012: despesas orçamentárias Classificação Orçamentária da Receita e Despesa e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 40 realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais Entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil. 71 – Transferências a Consórcios Públicos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes consorciados. 72 – Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização a consórcios públicos para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante. 73 – Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, por meio de contrato de rateio, à conta de recursos referentes
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