Buscar

UNIDADE II PARTE 1 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SINDICAL

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO 
TRABALHISTA E 
SINDICAL
Prof. Me. Tamara S. Arduini
A ROTINA DE TRABALHO
Nesta unidade, abordaremos sobre a rotina de trabalho propriamente
dita, abrangendo a jornada de trabalho, os intervalos e períodos de
descanso, que são assegurados ao empregado, a remuneração a ser
recebida e os adicionais previstos na legislação.
JORNADA DE TRABALHO
A jornada de trabalho é o período durante o qual o empregado
presta seus serviços ou permanece à disposição de seu empregador.
A fixação da jornada de trabalho é de extrema importância, pois ela
visa impedir que o funcionário passe longos períodos no emprego,
por questão de segurança e saúde do trabalhador.
JORNADA DE TRABALHO
• Um empregado que trabalha doze horas por dia, por exemplo, não
tem tempo de desfrutar de sua família, muito menos para o lazer,
acaba se tornando debilitado física e psicologicamente,
aumentando consideravelmente os riscos de acidente ou doença do
trabalho. Diante disso, o legislador limitou a jornada de trabalho em
8 horas diárias, podendo ser estendida para 10, na hipótese de
trabalho extraordinário, e 44 horas semanais.
JORNADA DE TRABALHO
• A duração do trabalho pode chegar a 10 horas diárias, excedendo o
limite legal, por motivo de força maior, para realizar ou concluir um
serviço inadiável ou caso a sua inexecução possa causar grande
prejuízo. Em ambos os casos, a remuneração da hora extra deve ser
de no mínimo 50% da hora normal.
JORNADA DE TRABALHO
• Além da limitação da jornada, a CF, em seu art. 7º, inciso XIII, prevê sobre
a compensação e redução, mediante acordo ou convenção coletiva.
• A compensação é a possibilidade das horas trabalhadas a mais serem
descontadas na jornada de outros dias de trabalho, de modo que, no
final do período, o empregado obedeça à jornada normal, sem que haja o
pagamento de horas extras. É o chamado banco de horas.
JORNADA DE TRABALHO
• A reforma trabalhista manteve o limite de jornada diário de 8 horas previsto
constitucionalmente, mas trouxe a possibilidade do regime de compensação,
onde o empregado pode trabalhar até 12 horas consecutivas e descansar por
outras 36 horas. É o regime chamado de 12x36, e caso o empregador e o
empregado optem por ele, é necessário que seja firmado um acordo por norma
coletiva assinada pela empresa e pelo sindicato da classe. Apenas as empresas
do setor de saúde podem firmar esse instrumento com cada empregado
individualmente, sem a necessidade de participação do sindicato.
JORNADA DE TRABALHO
• Existem casos em que a jornada de trabalho dos empregados é
diferenciada, porque a atividade do empregador não pode parar e,
em razão disso, é necessário que os funcionários trabalhem em
revezamento, uns sucedendo os outros, de maneira habitual e
contínua, possibilitando a não interrupção do trabalho.
JORNADA DE TRABALHO
• O horário de trabalho de cada funcionário deve ser devidamente anotado em
livros de registros e, caso o empregador possua mais de 10 funcionários, é
obrigatório o lançamento dos horários de entrada e saída, por registro manual,
mecânico ou eletrônico.
• Os cartões pontos utilizados para demonstrar a duração da jornada de
trabalho, que forem uniformes, são considerados inválidos como meio de
prova perante a Justiça do Trabalho, em razão do previsto na Súmula 338, item
III do TST.
JORNADA DE TRABALHO
• No caso dos empregados que exercem atividades exclusivamente
externas, como, por exemplo, o vendedor que fica viajando,
passando em estabelecimentos de várias cidades, oferecendo seus
produtos, é completamente impraticável o controle de sua jornada
Portanto, o empregador deve fazer constar em sua CTPS que o
mesmo exercerá função incompatível com fixação de horário de
trabalho.
JORNADA DE TRABALHO
• A jornada pode ser diurna ou noturna.
• É considerada diurna quando ocorrer das 5 às 22 horas e noturna das 22 às 5
horas.
• A jornada de trabalho não é ininterrupta, ela possui intervalos interjornada e
intrajornada.
• O intervalo intrajornada é aquele destinado ao repouso e alimentação do
empregado e irá variar conforme o tempo de trabalho diário do funcionário.
INTERVALO INTRAJORNADA
• Se a jornada de trabalho for de 4 a 6 horas, o intervalo deverá ser
de pelo menos 15 minutos.
• Para as jornadas com mais de 6 horas, o intervalo deve ser de, no
mínimo, uma hora e, no máximo, duas horas.
• Esse intervalo pode ser reduzido para até 30 minutos, por meio de
acordo ou convenção coletivos de trabalho.
INTERVALO INTERJORNADA 
• O intervalo interjornada é um período de descanso concedido ao
empregado. É aquele existente entre duas jornadas, e deve ser de
no mínimo, 11 horas.
• Por exemplo, o trabalhador que labora das 8 às 18 horas terá
direito ao intervalo interjornada, que é o intervalo compreendido
das 18 horas, quando sai do trabalho, até as 8 horas do dia
seguinte, quando deve retornar.
Descanso Semanal Remunerado 
• O descanso semanal remunerado – DSR está previsto no art. 7º, inciso XV da
CF: “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”.
• Para ter direito ao DSR, o empregado deve ter cumprido integralmente seu
horário de trabalho durante seis dias consecutivos, sem faltas, atrasos ou
saídas durante o expediente. Se nesse período ocorrer algum atraso ou falta
injustificada, perde o direito ao DSR.
• As faltas injustificadas são aquelas que não possuem nenhum amparo e que
possibilitam ao empregador o desconto do dia não trabalhado. As faltas
justificadas mantêm o direito ao DSR.
Descanso Semanal Remunerado 
• Se o empregado cumprir com pontualidade, sua jornada de
trabalho, em regra, a cada sete dias trabalhados, um deles deve
corresponder ao descanso, sem qualquer desconto, pois, como o
próprio nome diz, o DSR deve ser remunerado pelo empregador.
Descanso Semanal Remunerado 
• A remuneração do DSR deve ser equivalente a um dia de serviço.
• A CLT diz que o DSR deve ser preferencialmente aos domingos, no
entanto, existem estabelecimentos que funcionam de maneira
ininterrupta, inclusive aos domingos. Nesses casos, os empregadores
costumam fazer acordos coletivos com os sindicatos para estabelecer
uma escala de revezamento e os empregados possam usufruir de sua
folga durante a semana.
• Os feriados também são considerados descansos remunerados, ou seja, o
empregador deve pagá-los aos funcionários. Se os empregados tiverem
que labutar nos dias de repouso, a remuneração deve ser feita em dobro,
a não ser que a empresa determine outro dia de folga.
Conclusão
• Nesta unidade abordamos sobre a jornada de trabalho e os 
intervalos que o empregado tem direito.
• A delimitação da jornada foi um grande avanço para o direito do 
trabalho e sua limitação é de extrema importância para a saúde do 
trabalhador.
Bons estudos!!! 
	LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SINDICAL
	A ROTINA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	JORNADA DE TRABALHO
	INTERVALO INTRAJORNADA
	INTERVALO INTERJORNADA 
	Descanso Semanal Remunerado 
	Descanso Semanal Remunerado 
	Descanso Semanal Remunerado 
	Conclusão
	Número do slide 18

Continue navegando