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Lara de Aquino Santos Infraestrutura Metálica em Prótese Fixa COROAS METALOCERÂMICAS: → São seguramente o sistema de prótese mais utilizada nas modalidades de reabilitação oral, devido a questões financeiras, porém não é a mais indicada por conta da estética. Tipos de Metalocerâmicas: → Metalocerâmica propriamente dita; → Metaloplástica; → Totalmente metálica. VANTAGENS: → Boa estética; → Alta resistência mecânica; → Fácil técnica de confecção. COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICO LINEAR: → A liga metálica deve apresentar um coeficiente de expansão térmico semelhante ao da cerâmica, para que não ocorra trincas no material. Tendo em vista que o metal expande quando é aquecido e contrai quando esfria. Processo de Aplicação da Porcelana: → Após o envio do modelo de trabalho para o laboratório, será confeccionado uma infraestrutura metálica (coping) para ser provada em boca. Logo iremos realizar uma moldagem de transferência para reenviar ao protético, para que a porcelana seja aplicada sob a infraestrutura já confeccionada; → O processo de aplicação da porcelana ocorre em etapas, sendo inserida X camadas, e cada uma delas exposta a Y temperatura, por um determinado tempo. Toda vez que ela é levada ao forno, o metal confeccionado é aquecido também. TRINCAS TARDIAS: → São aquelas que aparecem após a cimentação definitiva da coroa. Nesses casos iremos realizar: o Remoção da coroa (cortando); o Confeccionar um novo provisório ou cimentar o anterior; o Enviar o modelo de trabalho para que o laboratório confeccione novamente o coping e reaplique a porcelana sob ele. PROPRIEDADES DESEJÁVEIS: → Biocompatibilidade; → Resistência à corrosão (a corrosão é benéfica até certo ponto – gera uma adaptação fidedigna entre os materiais); → Não causar reações alérgicas; → Coeficiente de expansão térmico e módulo de elasticidade semelhante ao da porcelana; → Baixo custo. P R O V N G I P O do C A Lara de Aquino Santos CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS METÁLICAS: Composição: → Para a confecção do coping utilizamos ligas de cobalto cromo. Nobreza: → 3 tipos: Nobre, altamente nobre e predominantemente de metais básicos; → Ligas nobre e altamente nobre (ouro e paládio) apresentam alta resistência ao deslustre (perda de brilho) e a corrosão; → As ligas predominante de metais básicos (cobalto cromo) apresentam baixo custo, diminuição de peso, aumenta da resistência e rigidez, além da formação de óxidos (união à cerâmica). Uso e Indicação: → São indicados para todos os tipos de próteses parciais fixas (inlay, onlay, núcleos e coroas), além de PPR e próteses sobre implantes. PROCESSO DE FUNDIÇÃO DA ESTRUTURA METÁLICA: → A estrutura metálica será fundida a partir de um processo chamado de padrão esculpido. Sequência Laboratorial: → O laboratório irá troquelizar o modelo de trabalho, para esculpir o coping em cera, em volta de todo o preparo; → O padrão de cera será fundido e transformado no coping metálico, por meio de máquinas específicas (força centrífuga). SEQUÊNCIA CLÍNICA DA PROVA DA INFRAESTRUTURA METÁLICA: 1. Remoção da Prótese Fixa Provisória: → Através do saca prótese; → Encaixar a ponta no término do preparo e puxar o êmbolo; → Deve-se remover qualquer resíduo de cimento temporário. 2. Análise da Infraestrutura: → Verificar a adaptação no modelo; → Analisar se há presença de bolhas (faz com que o metal fique mais fino e frature – ele ou a porcelana). 3. Ajuste Clínico: Ajuste Ideal: 1. Espaços e contatos internos adequados para a retenção friccional e a acomodação da linha de cimentação; 2. Margem gengival com solução de continuidade. Lara de Aquino Santos Evidenciadores: → Verificam se o espaço interno está adequado, ou seja, estável e ajustado; → São utilizados em casos em que a infraestrutura metálica não adentra até o término, evidenciando a presença de interferências ou que a peça está menor; → Protocolo clínico: Inserir o líquido na parte interna da infraestrutura e levar em posição; → Observar se há presença de marcações: Quando tiver, significa que o contato naquela região está impedindo o assentamento do coping em posição (desgastar). Quando não há presença de marcações significa que a infraestrutura está menor. Se o coping encontra-se retentivo e com uma solução de continuidade com a margem gengival, não é obrigatório utilizar os evidenciadores. Película de Elastômero: → É uma outra forma de evidenciar a presença de interferências; → Protocolo clínico: Inserir a pasta leve dentro da infraestrutura e levar em posição. No local em que a pasta leve foi removida, iremos desgastar a região com uma ponta diamantada. Retira-se então a película de elastômero da peça e realiza- se uma nova; → Essa técnica só é utilizada quando o carbono spray ou o carbono líquido não se encontra disponível. Verificar a Adaptação do Coping na Margem Cervical: → A análise da solução de continuidade é realizada por meio da sonda exploradora; → Deve-se passar pela interface infraestrutura-dente de maneira suave e contínua, em qualquer sentido, por vestibular, palatina/lingual e proximais; → Não deve conter degrau negativo (espaço: metal menor) ou degrau positivo (enganchar: metal maior que o dente) e solução de descontinuidade (fenda: aquém). Radiografia: → Realizar uma radiografia interproximal. Verificação do Espaço Interoclusal: → Nas metalocerâmicas esse espaço deve ser de 1,5 a 2 mm, já em metal free é de até 0,8 mm em região posterior. Importante observar criteriosamente o tamanho do espaço interoclusal antes de moldar e enviar o modelo de trabalho para o laboratório (sempre pedir para o paciente ocluir e observar o espaço). Lara de Aquino Santos Registro Intermaxilar: Moldagem de Transferência: Obtenção do Modelo de Gesso: DESAJUSTES MARGINAIS: 1. Degrau Negativo: → O metal da IE fica aquém da margem do preparo dental; → Visualizado através da sonda exploradora; → Possível causa: Recorte incorreto do troquel (moldagem não estava nítida). Correção: → Se o degrau for pequeno, discreto e localizado em área de fácil acesso deve- se realizar a eliminação dele através do desgaste no dente, por meio de pontas diamantadas de acabamento ou multilaminadas ou com instrumentos periodontais de alisamento superficial; → Se o degrau for acentuado e de difícil acesso deve-se repetir a moldagem. 2. Degrau Positivo: → Margem metálica em excesso; → Gera o deslocamento da IE; → Sinal clínico: Isquemia local, trauma gengival e/ou sangramento; → Possível causa: Recorte do troquel além do término cervical. Correção: → Desgastar o excesso do metal; → Caso haja o fracasso do desgaste na IE, como por exemplo, não fica rente ao preparo ou aparece uma fenda na peça, deve-se repetir a moldagem. 3. Espaço Cervical: → Há um espaço entre as margens metálicas e dentária; → Visualizado com a sonda exploradora; → A IE é incapaz de atingir a margem preparada; Lara de Aquino Santos → Ela permanece adaptada no troquel e desadaptada no dente; → Possível causa: Moldagem imprecisa e afastamento inadequado. Correção: → Utilizar os evidenciadores para visualizar as interferências e removê-las, até que a IE fique em posição corretamente; → Deve-se repetir a moldagem quando o carbono não evidenciar interferências e a peça continuar sem assentar. Ou quando a IE assentar, mas permanecer frouxa. PÔNTICOS: → São os dentes artificiais de uma prótese fixa, que repõem os naturais faltantes, restabelecendo sua forma, função e estética. AJUSTES CLÍNICOS DOS PÔNTICOS: 1. Conferir as Adaptações das Margens: → Retenção friccional; → Ausênciade degraus; → Solução de continuidade com a margem gengival. 2. Analisar a Adaptação do Pôntico: → O metal não pode estar justaposto a mucosa, porque a porcelana ainda será aplicada sob ele, então deve ter um espaço mínimo de 1,5 mm; → Não deve estar em formato de sela (côncavo), deve estar convexo. 3. Desadaptação da Infraestrutura: → Quando a IE não atinge a margem do preparo e ao utilizar os evidenciadores foi constatado que ela não possui interferências, significa que o erro ocorreu no processo de fundição. Correção: → Realizar o corte da IE com disco de carborundum, para que vire duas peças; → Adaptar as peças em seus preparos; → Realizar uma solda fria com resina acrílica duralay; → Enviar para o protético ressoldar. Deve-se refazer a moldagem em casos que após o recorte da peça ela continua sem assentar no término. 4. Provar em Boca Novamente, Realizar Radiografia Interproximal e Verificar o Espaço Interoclusal. Importante: → Na face palatina ou lingual deve possuir uma cinta contínua de 2,5 mm de metal, para proporcionar resistência ao pôntico. Lara de Aquino Santos Um erro frequentemente cometido com as próteses metalocerâmicas é a construção de pônticos com tamanho reduzido por economia de metal, o que resultará no volume excessivo de cerâmica com prejuízo mecânico e, principalmente, com alteração de cor, em função de uma espessura maior de cerâmica nos pônticos do que nos retentores. REGISTRO INTERMAXILAR: → Consiste no registro da IE em boca, com o uso de resina acrílica duralay, silicona de adição ou silicona de registro interoclusal; → Em próteses bilaterais é importante utilizar os provisórios para manutenção da dimensão vertical. Protocolo Clínico: → Aplica-se a resina acrílica com pincel, por meio da técnica do pó e líquido, nas superfícies oclusal, palatina e vestibular de forma que possibilitem o relacionamento com os dentes antagonistas. MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA: → Após a obtenção do registro intermaxilar com resina duralay ou silicona, realiza-se a moldagem do coping com o registro oclusal em boca; → Por meio de alginato ou silicona, sendo a silicona de condensação ou adição. Protocolo Clínico: → Acrescentar o material em uma moldeira e levar em posição. A IE ficará dentro da moldagem. OBTENÇÃO DO MODELO DE GESSO: 1. Lubrificar a parte interna da IE com vaselina; 2. Acrescentar resina acrílica na parte interna da IE, até que fique rente a borda; 3. Dobrar a extremidade do fio ortodôntico; 4. Posicionar o fio ortodôntico dentro da IE; 5. Vazamento do gesso; 6. Montagem em articulador. Após o envio do modelo e dá IE o laboratório aplicará a porcelana e enviará para que seja provado em boca. Iremos cimentar com fosfato de zinco. COROAS METAL-FREE: → A infraestrutura delas são de porcelana. Lara de Aquino Santos Composição: → Pode ser de silicato de lítio com porcelana de revestimento; → Zircônia com porcelana de revestimento; → Toda de silicato de lítio (imex). Protocolo Clínico da Prova do Coping: → Consiste no mesmo protocolo clínico da metalocerâmica; → Porém, não se pode utilizar a resina acrílica duralay, porque ela interfere negativamente durante a aplicação da cerâmica. A resina acrílica utilizada na moldagem de transferência é a de cor opaca ou semelhante ao dente. Existe a possibilidade de moldarmos e o técnico enviar a prótese em sua forma final. Essa conduta acelera o tratamento, porém, não garante que a adaptação cervical da infraestrutura possa ser conferida. Na metal free a maioria dos dentistas não prova a infraestrutura. Porque normalmente elas são feitas no sistema cad cam. Essa técnica diminui uma sessão clínica. A prova do coping é realizada em casos em que ficamos com dúvida se a moldagem foi realizada corretamente.
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