Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC®) Processo de Enfermagem PE tem sido definido como uma forma sistematizada e dinâmica de prestar os cuidados de enfermagem; é o instrumento metodológico recomendado a todas as abordagens de enfermagem que visam ao cuidado humanizado, dirigido a resultados e com baixo custo. Além disso, estimula os enfermeiros a examinarem continuamente suas ações e a buscarem novas alternativas de cuidado. Determina uma abordagem sistemática para a prática de enfermagem Fases→Histórico (Levantamento de dados)→ Diagnóstico→ Planejamento (Plano de cuidados/Prescrição) →Implementação (Execução do plano) →Avaliação (Evolução) RELAÇÃO TEORIA – PROCESSO DE ENFERMAGEM ● Teoria Geração do Conhecimento de Enfermagem para uso na sua prática ● Processo de Enfermagem É o método para implementação da Teoria ou Conhecimento Ciclo entre: 1. Investigação 2. Diagnóstico 3. Planejamento 4. Implementação 5. Avaliação É necessário compreender o Processo de Enfermagem, para adotá-lo deliberadamente na prática profissional. Para auxiliar a transição no modo de pensar, falar e de atuar na profissão foram desenvolvidos, nos anos de 1970, Sistemas de Classificação dos conceitos da linguagem profissional relacionados com os diagnósticos de Enfermagem e, posteriormente, com as intervenções e com os resultados de Enfermagem. É necessário reconhecer que a utilização de sistemas de Classificação, além de estabelecer padrões de cuidados, que podem ser utilizados em qualquer parte do mundo, permite uma melhoria na qualidade da assistência de Enfermagem. Sistemas de classificação na enfermagem Entre os Sistemas de Classificação desenvolvidos na Enfermagem, os mais utilizados e conhecidos são: ➔ Taxonomia da NANDA Internacional ➔ Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC ➔ Classificação dos Resultados de Enfermagem – NOC ➔ Sistema OMAHA – aplicações para a Enfermagem no Sistema Comunitário de Saúde constituído de três esquemas de classificação: Esquema de Classificação de Problemas, Esquema de Intervenções e Escala dos Resultados”. ➔ Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde – Home Health Care Classification – HHCC ➔ Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE ➔ Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC®) Foi constatado que os sistemas de classificação de enfermagem (Classificação Internacional de Práticas de Enfermagem – CIPE), utilizados mundialmente evidenciavam um direcionamento à área hospitalar. CIPESC® Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE) Criar um projeto internacional voltado para o extra-hospitalar. 1996 – A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) assumiu o compromisso de desenvolver o projeto no Brasil e promoveu a primeira oficina de trabalho que deu origem ao projeto Classificação Internacional de Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva – CIPESC® enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva Resultou um inventário vocabular no campo da Saúde Coletiva. Frente à grande diversidade de termos utilizados pelos componentes da enfermagem, acredita-se ser a CIPESC®, uma ferramenta potente para a padronização da linguagem da Enfermagem em Saúde Coletiva, contribuindo para a sistematização da assistência. A CIPESC® é um instrumento de trabalho do enfermeiro em Saúde Coletiva, que visa apoiar a sistematização de sua prática assistencial, gerencial e de investigação. É uma proposta de base sistematizada e informatizada de diagnóstico e intervenção da enfermagem em saúde coletiva, considerando as necessidades de saúde do indivíduo, da família e grupos da população. Foi implantada no Município de Curitiba desde 2004 A CIPESC® compreende que o processo saúde-doença resulta: ● da forma como a sociedade se organiza e ● como os grupos sociais reproduzem-se, em termos de suas condições de trabalho e vida. Base Teórica: Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de Wanda Aguiar Horta em 1970 a partir da Teoria da Motivação Humana de Maslow. As necessidades humanas, são divididas em três grandes grupos: 1. Psicobiológicas 2. Psicossociais 3. Psicoespirituais O enfermeiro seleciona a necessidade afetada ou enfraquecida, a exemplo: Necessidade de Oxigenação, Necessidade de Eliminação e assim sucessivamente. Para cada necessidade o profissional escolhe os respectivos diagnósticos de enfermagem e, para cada diagnóstico, as intervenções de enfermagem correspondentes. NECESSIDADE PSICOBIOLÓGICA 1. Oxigenação 2. Hidratação 3. Nutrição 4. Eliminação 5. Sono e Repouso 6. Exercício e atividades físicas 7. Sexualidade 8. Motilidade 9. Cuidado corporal 10. Integridade cutâneo mucosa 11. Regulação vascular 12. Regulação imunológica 13. Percepção 14. Ambiente 15. Terapêutica 16. Reprodução 17. Crescimento e desenvolvimento NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS A. Segurança B. Liberdade C. Aprendizagem (Educação à saúde) D. Gregária E. Recreação F. Autoestima G. Participação H. Autoimagem DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 1. Diagnósticos Destrutivos 2. Diagnósticos Protetores INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Processos Destrutivos 2. Processos Protetores Aplicação da CIPESC® NECESSIDADE PSICOBIOLÓGICA 01 - NECESSIDADE: Oxigenação 1.2 Diagnóstico de enfermagem: Respiração alterada Intervenções Intervenções e Responsável •Beber 2 litros de água de água por dia Usuário •Estimular aumento da ingestão hídrica Enfermeiro •Levantar a cabeceira da cama Usuário •Manter as janelas da casa abertas Usuário •Orientar quanto à importância de ambiente arejado e ventilado Enfermeiro •Orientar repouso com a cabeceira elevada Enfermeiro •Proteger a boca com um lenço quando tossir Usuário enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva •Retornar em dia e horário agendados Usuário 02 NECESSIDADE: Hidratação •2.5 Diagnóstico de enfermagem: Edema postural de MMII na gestante •Intervenções Responsável •Correlacionar o peso e altura com a idade gestacional Enfermeiro • Elevar MMII várias vezes ao dia, conforme orientação Usuário • Esclarecer dúvidas da mulher quanto à presença do edema Enfermeiro •Investigar outras patologias pessoal e/ou familiar Enfermeiro • Investigar o tempo de aparecimento e características do edema Enfermeiro •Observar melhora do edema com elevação das pernas Usuário • Orientar dinâmica postural correta para prevenção de edema Enfermeiro •Retornar no dia e horário agendados Usuário C – NECESSIDADE: Aprendizagem (Educação à saúde) •C.7 Diagnóstico de enfermagem: Prevenção da gravidez: métodos hormonais •Dispensar o contraceptivo Enfermeiro •Encaminhar para consulta médica Enfermeiro •Monitorar adaptação ao método Enfermeiro •Orientar o controle de peso e pressão arterial Enfermeiro •Orientar as possíveis interações com outros medicamentos Enfermeiro •Orientação sobre ao uso correto do anticoncepcional oral/injetável Enfermeiro •Programar monitoramento domiciliar Enfermeiro Retornar no dia e horário agendados : Usuário D NECESSIDADE: Gregária •D.2 Diagnóstico de enfermagem: Relacionamento Familiar conflituoso •Acolher o usuário conforme suas necessidades Enfermeiro •Assegurar respeito aos direitos do usuário Enfermeiro •Conhecer a família Enfermeiro •Encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e medo Enfermeiro •Envolver família/pessoa significativa nos cuidados Enfermeiro •Esclarecer dúvidas do paciente Enfermeiro •Estabelecer relação de confiança com o usuário paciente Enfermeiro •Estimular o paciente/família a procurar ajuda Enfermeiro •Estimular relatos de experiência nos grupos de atenção a Mulher Enfermeiro • Identificar rede de apoio familiar e comunitária Enfermeiro •Levantar suas dificuldades frente a situação relatada Enfermeiro •Programar monitoramento domiciliar Enfermeiro DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Diagnósticos Destrutivos ➔ Abuso sexual ➔ Adaptação (enfrentamento) inadequada ou ausente ➔ Agressão ao idoso ➔ Ansiedade decorrente do estado de saúde atual ➔ Ansiedade na mulher vítima de violência➔ Apoio familiar prejudicado ➔ Atividade física alterada ➔ Atividade mental prejudicada ➔ Atividade motora afetada na mulher vítima de violência ➔ Atividade motora alterada Diagnósticos Protetores ➔ Auto cuidado adequado ➔ Controle de regime terapêutico adequado ➔ Resultado de exame preventivo normal ➔ Uso de contraceptivo adequado ➔ Auto-exame de mama presente ➔ Crescimento da criança adequado ➔ Desenvolvimento da criança adequado ➔ Gestação /1º / 2º / 3º trimestre normal ➔ Maturidade feminina adequada ➔ Ingestão alimentar adequada ➔ Relacionamento familiar restabelecido ➔ Vínculo familiar presente ➔ Vínculo mãe e filho preservado INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM Processos Destrutivos ● Acionar o conselho Tutelar ● Acionar recursos comunitários ● Atender os casos de violência contra a mulher, conforme protocolo. ● Avaliar a qualidade do cuidado materno enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva ● Avaliar a situação do ferimento / queimadura ● Avaliar ambiente, história familiar contexto familiar ● Avaliar fatores de risco para a violência ao concepto e ao RN ● Avaliar historia reprodutiva anterior ● Dispensar método contraceptivo Processos Protetores ● Acolher a gestante (usuário/ família) conforme suas necessidades ● Aconselhar o pré-teste – AIDS ● Agendar oficina para gestante e visita a maternidade vinculada ● Apoiar a mulher vítima de violência ● Apoiar a paciente na resolução de problemas ● Apoiar o idoso na busca de benefícios ● Assegurar respeito aos direitos da mulher (usuário) ● Dar apoio emocional ao cliente ● Demonstrar técnica do autoexame de mama CIPESP: Uma importante ferramenta pois é capaz de desencadear o raciocínio clínico, julgamento e a tomada de decisão do enfermeiro na Saúde Coletiva, por meio do diagnóstico de enfermagem e o plano de cuidados. Considera-se que a utilização da CIPESC® norteia a elaboração de padrões de cuidados em enfermagem, propiciando sua aplicação, de forma universal pelos enfermeiros. Essa padronização traz agilidade e prontidão na definição de diagnósticos e intervenções, além de possibilitar a avaliação da qualidade da assistência de enfermagem e o uso de um repertório comum, que traz a possibilidade de diálogo no âmbito internacional, ainda que os contextos culturais, sociais e de saúde sejam distintos. Possibilita, ainda, interlocução com os demais membros da equipe, ao valer-se de termos técnicos correntes na área da saúde. Prontuário Eletrônico no SUS, referência e contrarreferência Prontuário Eletrônico no SUS Prontuário deriva do latim promptuarium: lugar onde se guarda aquilo que deve estar à mão, que pode ser necessário a qualquer momento. Registros Hipócrates, no século V A.C, incentivava os médicos a elaborarem registros escritos para avaliar a evolução da enfermidade e identificar suas possíveis causas. Florence Nightingale, ao tratar os doentes da Guerra da Criméia afirmava: “Na tentativa de chegar à verdade, eu tenho buscado, em todos os locais, informações; mas, em raras ocasiões eu tenho obtido os registros hospitalares possíveis de serem usados para comparações. Esses registros poderiam nos mostrar como o dinheiro tem sido usado, o que de bom foi realmente feito dele [...]”. Registros Chegou-se ao consenso de quanto indispensáveis são os registros sobre o cuidado ao paciente e, assim, surgiu o prontuário. A denominação inicial de “Prontuário Médico” foi substituída por “Prontuário do Paciente”, devido às transformações na relação médico-paciente, com ênfase na defesa dos direitos dos pacientes. Prontuário na saúde Conselho Federal de Medicina (CFM):define prontuário como: ● documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde de um paciente e sobre a assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre os membros da equipe de saúde e a continuidade da assistência prestada (CFM, 2002). Conselho Federal de Enfermagem (COFEN): trata-se de um acervo documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados prestados por todos os profissionais ao paciente (COFEN, 2016). Registro da enfermagem: Anotação de Enfermagem Dados Brutos Toda equipe de enfermagem realiza referente ao momento dados pontuais registra uma observação Evolução de Enfermagem Dados Analisados Privativo do enfermeiro Referente ao período de 24h Dados processados Registra reflexão e análise dos dados enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva Documento legal, no qual é possível obter dados que podem contribuir para a tomada de decisão pelo profissional da saúde. É utilizado pelas instituições de saúde para o desenvolvimento de atividades 1. assistenciais 2. administrativas 3. pesquisa 4. ensino Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) Quando os dados relacionados ao paciente são armazenados em um meio eletrônico. Exigência do programa e-SUS, desde 2017 Prontuário Eletrônico da Atenção Básica: dados de atendimento do paciente, como prescrição de medicamentos, exames e consultas ficarão registrados nacionalmente e poderão ser consultados em qualquer Unidade Básica de Saúde do país. Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) Um dos grandes desafios na Atenção Básica é o cadastro dos cidadãos sob responsabilidade das equipes de AB, o PEC conta com um módulo de cidadão, totalmente integrado ao Cartão Nacional de Saúde, que permite fazer manutenção desses cadastros tanto para os cidadãos atendidos eventualmente na UBS como para cidadãos acompanhados pelos profissionais das equipes. Benefícios do PEC: ● reduzir custos ao evitar, por exemplo, a duplicidade de exames ou retiradas inadequadas de medicamentos. ● permitir acesso aos dados de todos os procedimentos que envolvem a atenção básica ● como o trabalho das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família(Nasf), do Consultório na Rua e da Atenção Domiciliar (AD), e os programas como Saúde na Escola (PSE) e Academia da Saúde, todos integrados pelo e-SUS. Proporcionará o registro da prática clínica na Atenção Básica: 1. Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP), traz como elemento central da forma de registro do cuidado, o método SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação e plano) 2. Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP) 3. Classificação das Práticas em Saúde Coletiva (CIPESC) Registro Clínico orientado à Problemas: ➔ Base de informações do cidadão ➔ Folha de rosto com lista de problemas ➔ Evolução SOAP ➔ Folha de acompanhamento Pelo PEC, os profissionais de saúde da AB podem consultar o histórico médico do cidadão, com acesso a informações de diagnósticos, atendimentos, exames e medicações passadas. O médico poderá, ainda, checar se a droga que ele pretende recomendar está disponível na farmácia popular do município. O PEC consegue "conversar" com o PEP de redes privadas Atualmente A utilização da Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (TICS) cresce a cada dia. Hoje são inúmeras as possibilidades, os recursos e os benefícios que a informática pode trazer para a área de saúde, especialmente para os profissionais de saúde. Prontuário em Papel Principais problemas apontados: ● Ilegibilidade ● Difícil acesso às informações ● Demora no preenchimento ● Volume físico ● Desorganização ● Redundância dos dados ● Fragilidade do papel ● Perda de informações enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva Prontuário eletrônico VANTANGENS ➔ acesso mais rápido ao histórico de saúde e às intervenções às quais o paciente foi submetido; ➔ disponibilidade remota; ➔ uso simultâneo por diversos serviços e profissionais de saúde; ➔ flexibilidade do layout dos dados; ➔ legibilidade absoluta das informações; ➔ eliminação da redundância de dados e de pedidos de exames complementares; ➔ fim da redigitação das informações; ➔ integração com outros sistemas de informação; ➔ processamento contínuo dos dados, deixando-os imediatamente disponíveis para todos os atores envolvidos no cuidado do paciente;➔ organização mais sistemática das informações; ➔ facilidade na coleta dos dados para emissão de relatórios, para pesquisa ou para faturamento; ➔ acesso ao conhecimento atualizado com consequente melhoria do processo de tomada de decisão e da efetividade do cuidado MAIORES VANTAGENS 1. aumenta a qualidade do preenchimento dos prontuários; 2. evita a deterioração, a perda e a alteração das informações; 3. melhora o controle das medicações, contribuindo para minimizar erros; 4. padroniza o atendimento da equipe de saúde No entanto, a literatura relata desvantagens ao uso do PE Prontuário eletrônico DESVANTAGENS ➔ necessidade de grandes investimentos em hardwares, softwares e treinamentos dos usuários (custo) ➔ desumanização ➔ resistência dos profissionais de saúde ao uso de sistemas informatizados; o receio dos profissionais em expor suas condutas clínicas, uma vez que o PE pode ser visualizado por outros colegas; ➔ demora em obter resultados reais da implantação do PE; ➔ necessidade de treinamento; ➔ falha de operação do sistema por horas ou dias, tornando as informações indisponíveis; ➔ dificuldade para coleta de todos os dados obrigatórios; ➔ dúvida em relação à confiabilidade e à segurança das informações do paciente por uso e acesso indevidos. Conselho Federal de Medicina (CFM) Resolução nº 1.821/2007 do CFM, aprovou as normas técnicas de digitalização e de uso dos sistemas informatizados para guarda e manuseio dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informações identificadas em saúde. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Resolução nº 429/2012 do COFEN, regulamentou a utilização do PE para o registro das informações da equipe ao resolver que é dever e responsabilidade dos profissionais de enfermagem o registro das informações inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento dos processos de trabalho no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da área, em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico Lei nº 13.787/2018, publicada 28 de dezembro de 2018 – trata sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente. Resistência ao PE 1. Resistência a mudanças 2. Falta de conhecimento sobre seus benefícios 3. Prejuízo à relação médico – paciente 4. Desconhecimento da legislação 5. Perda da liberdade do registro (estruturação dos dados) Desafios Apesar do PE ser uma ferramenta que está regulamentada legalmente no Brasil; a implantação desse sistema de informação nas instituições de saúde do país, ainda é um grande desafio para a área da saúde. enf_sara Prática Gerencial em Saúde Coletiva Referência e contrarreferência (UBS e Hospital) Mecanismo administrativo. Serviços estão organizados de forma a possibilitar o acesso a todos os serviços existentes no SUS. O usuário atendido na UBS, quando necessário, é “referenciado” (encaminhado) para uma unidade de maior densidade a fim de receber o atendimento que necessita. Quando finalizado o atendimento dessa necessidade especializada, o mesmo deve ser “contra referenciado”, ou seja, o profissional deve encaminhar o usuário para a unidade de origem para que a continuidade do atendimento seja feita. Deve-se garantir encaminhamentos resolutivos (dentre os diferentes equipamentos de saúde), reforçando a sua concepção central de fomentar e assegurar vínculos em diferentes dimensões: A. intra-equipes de saúde B. Inter equipes/serviços entre trabalhadores e gestores C. usuários e serviços/equipes Fluxos e Contrafluxos, Referência e Contrarreferência Os conceitos de Fluxo e Contrafluxo estão referidos a outros conceitos, os de Referência e Contrarreferência, e compõem a lógica organizadora dos aparelhos de saúde para garantir o acesso a todo o tipo de serviço oferecido pelo SUS. No sentido do fluxo ou da referência, a pessoa é recebida na “porta de entrada” do serviço de saúde, no caso a Atenção Básica, e, se for o caso, dependendo de sua necessidade, é encaminhada (referenciada) para um equipamento de saúde de maior complexidade (que é a Unidade de Referência). Após ser atendida, a pessoa é contra referenciado à unidade de AB, ou seja, a unidade especializada volta a encaminhar o paciente à unidade de Atenção Básica para a continuidade do atendimento. Regulação em Saúde A atividade de Regulação da Atenção à Saúde, explicitada nas diretrizes de Universalidade, Integralidade e Equidade da Atenção, consiste em uma organização de estruturas, tecnologias e ações dirigidas aos prestadores – públicos e privados, gerentes e profissionais, de modo a viabilizar o acesso do usuário aos serviços de saúde, adequado à complexidade de seu problema aos níveis tecnológicos exigidos para uma resposta humana, oportuna, ordenada, eficiente e eficaz. Lembrar: as ações e serviços ambulatoriais e hospitalares mais complexos, necessitam de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico, que não é possível nem necessário estar disponível em todos os municípios do país, afinal não é toda hora que precisamos destes serviços e mantê-los custa caro. É preciso responsabilidade no uso do recurso financeiro para a saúde, os gestores estaduais devem adotar critérios para a organização regionalizada destas ações e coordenar o processo de garantia de acesso. Isto significa que alguns serviços só estarão disponíveis em municípios maiores. Estes municípios receberão recursos para atender todos os habitantes da região, dando prioridade de atendimento a quem mais precisa, de acordo com a indicação médica. Esta organização é o que podemos chamar de Regulação do acesso à assistência. Toda Secretaria Municipal deve ter processos de trabalho de regulação organizados, para agendar o procedimento a ser realizado no outro município e acompanhar se o procedimento foi mesmo realizado. O cidadão não deve se locomover para outro município sem a garantia de que será realmente atendido. Cabe a secretaria municipal de saúde viabilizar a garantia do acesso.
Compartilhar