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Petição inicial e valor da causa

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Prévia do material em texto

Ana Luiza Bittencourt 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 
Petição inicial e valor da causa 
FASES DO PROCESSO: postulatória > saneamento > instrutória > decisória. 
- 1º ato do processo > 1º ato da fase postulatória > provocação do autor à jurisdição. 
- Limites (necessária correspondência entre o pedido e a sentença): 
● Objetivos 
● Subjetivos 
- “Espelho da sentença”: é o primeiro projeto de sentença, pois oferece ao juiz uma primeira forma de resolver a 
questão. A contestação seria o segundo projeto de sentença. 
REGRA: deve ser apresentada de forma escrita. 
Exceção: JUIZADO ESPECIAL > a apresentação do pedido pode ser feita de forma escrita ou oral (que será reduzido a 
escrito pela secretaria do juizado) em que deve constar, de forma simples e com linguagem acessível: o nome, a 
qualificação e o endereço das partes; os fatos e os fundamentos, de forma sucinta; o objeto e seu valor. É possível 
formular pedido genérico quando não for possível determinar a extensão da obrigação. 
REQUISITOS 
CAPÍTULO II 
DA PETIÇÃO INICIAL 
Seção I 
Dos Requisitos da Petição Inicial 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro 
de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do 
autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz 
diligências necessárias à sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível 
a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de 
tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta 
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 
(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 
EVENTUAL DESCONHECIMENTO DO CPF: no TJMG, é possível requerer ao juiz que o oficial de justiça colha essa 
informação quando for cumprir o mandado, conforme Provimento nº 161 CGJ 2006 > Art. 168, §1º. Em caso de 
inexistência de dados de identificação da parte, o mandado será expedido contendo a determinação de que os Oficiais 
de Justiça, no momento de se proceder à citação da parte ou cumprir a diligência correspondente, deverá fazer constar 
de sua certidão os dados relativos à qualificação de tais pessoas, mencionando-as o número do registro do CPF, o 
número da Carteira de Identidade ou qualquer outro documento válido como prova de identidade no território 
nacional. 
PEDIDOS 
Seção II 
Do Pedido 
- Observância do PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA (ou da adstrição ao pedido) > provimento jurisdicional deve ser 
proferido nos limites do pedido, o qual deve ser interpretado lógica e sistematicamente a partir de TODA a petição 
inicial (STJ). O pedido deve ser um espelho do que você escreveu em toda a petição. 
Art. 322. O pedido deve ser CERTO. 
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os 
honorários advocatícios. Implícito. 
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. Ex.: o autor 
escreve sobre gratuidade de justiça na petição, mas esquece de colocar nos pedidos > será considerado como 
pedido. 
● CERTO: 
- Explícito: escrito, fundamentado ao longo da petição. 
- Implícito (§1º): juros; correção monetária; honorários; verbas sucumbência; prestações sucessivas (cumprimento 
das obrigações que se vencerem) > mesmo que o autor não peça, é considerado como implícito e, portanto, deve 
ser incluso pelo juiz. 
Obs.: se o juiz não se manifestar, a decisão é omissa? SIM. Cabe embargos de declaração contra essa decisão 
omissa. 
 
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas 
incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto 
durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. Prestação sucessiva: 
implícito. 
Art. 324. O pedido deve ser DETERMINADO. 
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
§2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 
● Determinado: 
- Específico (quantidade + qualidade) 
- Genérico: 
 
 
1. Ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados. Ex.: inventário e partilha: pede o 
quinhão para depois dividir quando não se sabe o valor ainda. 
2. Não for possível determinar as consequências do ato ou do fato. 
3. Valor depende de ato do réu (réu precisa fazer alguma prestação de contas). 
 
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais 
de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de 
cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. 
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando 
não acolher o anterior. 
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles. 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não 
haja conexão. 
§1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que: 
I - os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor 
empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos 
procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as 
disposições sobre o procedimento comum. 
§3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS: 
● Própria/típica: quer uma coisa E outra. 
- Simples: um pedido não depende do outro > análises distintas > pode deferir um e o outro não. 
- Sucessiva: pedidos interdependentes > o deferimento de um depende do deferimento de outro. Ex.: pedido de 
teste de paternidade cumulada com a fixação de pensão alimentícia. 
● Imprópria/atípica: quer uma coisa OU outra. 
- Alternativa: não há preferência entre os pedidos > igualdade. Art. 325 
- Subsidiária: pode fazer uma coisa ou outra, mas há preferência por um dos pedidos > hierarquia. Art. 326 
REQUISITOS PARA CUMULAÇÃO (art. 327): único processo + mesmo réu > ainda que não haja conexão (ainda que os 
pedidos não estejam conectados). 
●Pedidos compatíveis 
● Mesmo juízo competente 
● Mesmo tipo de procedimento 
*tipos diversos de procedimento: emprega procedimento comum + técnicas compatíveis dos procedimentos 
especiais. 
 
Art. 329. O autor poderá: 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; 
 
 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, 
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, 
facultado o requerimento de prova suplementar. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
EMENDA/COMPLEMENTAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Pode ser feita a EMENDA da petição por DETERMINAÇÃO JUDICIAL com o intuito de SANAR DEFEITOS E 
IRREGULARIDADES (o juiz deve especificar com precisão a irregularidade). 
- Prazo: 15 dias > se não fizer: indeferimento da petição inicial. 
ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
- O aditamento é feito pela parte, por VONTADE PRÓPRIA. 
ATENÇÃO: até a citação a parte autora pode fazer o aditamento sem precisar de consentimento do réu. Após a citação, 
só pode ser feito com o consentimento do réu. 
- Prazo para o réu consentir com o aditamento: mínimo 15 dias. 
ATENÇÃO: a decisão de saneamento analisa tudo anterior e analisa se o processo pode continuar (às vezes não tem 
legitimidade; acordo foi feito etc.). É nessa decisão que o juiz apresenta ponto controvertido, ou seja, verifica o 
problema X, o centro da divergência do processo, fala do que se trata esse processo e depois inicia a fase probatória. 
Logo, nessa decisão de saneamento ocorre a ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA = não tem como mais fazer aditamento. 
 
 
 
 
 
 
INDEFERIMENTO X IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DA P.I 
Do Indeferimento da Petição Inicial 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 . 
§1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 Petição Inicial Citação 
Aud. 
conc./mediação Contestação Impugnação 
DECISÃO DE 
SANEAMENTO 
 
Independe de 
consentimento do réu 
ESTABILIZAÇÃO DA 
DEMANDA (nem 
com 
consentimento) 
Se réu consentir (até o saneamento): prazo 
MÍNIMO DE 15 DIAS p/ se manifestar 
§2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de 
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações 
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§3º Na hipótese do §2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. 
§1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. 
§2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno 
dos autos, observado o disposto no art. 334. 
§3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. 
INDEFERIMENTO: fim do processo sem resolução do mérito. Geralmente há problema na estrutura. 
a) INÉPCIA: há um problema na estrutura. Ex.: não fez o pedido; pedidos contraditórios; pedidos indeterminados 
(salvo exceções); sem conclusão lógica; pedidos incompatíveis entre si. 
b) PARTE ILEGÍTIMA (condições da ação). 
c) FALTA INTERESSE PROCESSUAL (condições da ação). 
d) AÇÕES DE REVISÃO (empréstimo/financiamento/alienação) > §2º: se não especifica o que é abusivo nessas ações, 
sua petição inicial é considerada inepta. 
 
Da improcedência liminar do pedido 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará 
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
§1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de 
decadência ou de prescrição. 
§2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. 
§3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver 
retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. 
IMPROCEDÊNCIA: fim do processo com resolução do mérito > juiz olhou o que está pedindo. Estruturalmente, está 
perfeita. O problema está nos pedidos. 
Pedido contrário a: 
a) Súmula STF ou STJ 
b) Tese fixada em sede de julgamento repetitivo (STF/STJ) 
c) Tese firmada IAC/IRDR (TJ/TRF) 
d) Súmula do próprio tribunal. 
+ casos em que se observa a DECADÊNCIA ou PRESCRIÇÃO. 
 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de 
outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a 
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; 
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado 
ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo 
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao 
recolhimento das custas correspondentes. 
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de 
preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. 
- Toda causa tem que ter valor CERTO, mesmo que não tenha conteúdo econômico. 
● Pedidos acumulados: soma dos pedidos 
● Pedido alternativo (cumulação imprópria): maior valor 
● Pedido subsidiário (cumulação imprópria): pedido principal 
● Alimentos: 12x o valor pedido (da pensão mensal) 
- E se a causa não tiver conteúdo econômico aferível? Ex.: divórcio, ação de curatela. Você determina um valor porestimativa. 
- STJ: quando a causa não tem um conteúdo econômico fácil de se definir os honorários serão fixados por equidade 
pelo juiz. 
 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o 
juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser 
citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, 
observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. 
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses 
da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. 
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 
 
§ 4º A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, 
apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. 
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. 
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório 
à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou 
do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e 
transigir. 
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. 
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo 
de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- É preciso ter, no mínimo, 30 DIAS de distância entre o despacho da citação e a audiência de conciliação. 
- É preciso que a citação seja feita em até 20 DIAS antes da audiência de conciliação, assim o réu pode se preparar. 
- Em até 10 DIAS antes da audiência de conciliação o réu pode manifestar seu desinteresse na audiência de conciliação 
(assim essa etapa é pulada do processo) e inicia o prazo de contestação do réu. 
OBSERVAÇÕES: 
● Art. 3º e 139 do CPC: a audiência de conciliação deve sempre ser estimulada. 
● O advogado DEVE comparecer em audiências de conciliação ou mediação de seu cliente (art. 335, §9º e 10º do 
CPC + art. 23, CED OAB); 
● É possível haver mais de uma audiência de conciliação e mediação ao longo do processo (art. 335, §2º); o único 
requisito é que entre uma audiência e outra não pode haver mais de 2 meses de intervalo. 
● Essa audiência serve para tentar acordo, portanto, não é momento de produção de provas e nem de defesa do 
réu. 
● Se o réu não comparecer na audiência de conciliação e mediação ele será multado. 
● Ambas as partes devem comparecer com advogado. 
● É possível que uma das partes envie um representante com poderes para tanto. 
 Petição Inicial 
 
 Despacho (cite-se) 
 
 Citação 
 
 Aud. conc./mediação 
30 dias entre o despacho e a data da aud. 
20 dias da citação até a aud. 
10 dias: réu pode 
manifestar 
DESINTERESSE na 
aud. 
● É vedado pelo estatuto da OAB que o advogado atue como representante da parte e advogado ao mesmo tempo.

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