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Dor e seus Mecanismos Dor: acompanha a maior parte das condições de doença, seja a mais simples ou a mais complexa. Experiência subjetiva difícil de definir exatamente, mas todos sabem o que significa. Dores neuropáticas: dores não diretamente ligadas à lesão tecidual. SINALIZAÇÃO QUÍMICA DA VIA NOCICEPTIVA: 1. Transdução: impulso doloroso é recebido pelos nociceptores e transformado em potencial de ação; 2. Transmissão: impulso é conduzido até a coluna posterior medula espinal; 3. Modulação: na medula espinal, o impulso é modulado antes de chegar a níveis superiores do SNC. 4. Percepção: impulso é integrado e percebido como dor. Opioides Grupo de medicamentos utilizados para o tratamento da dor moderada, severa, crônica e maligna. Semelhantes a substâncias naturais (endorfinas) produzidas pelo organismo para controlar a dor. Mecanismo de ação: os efeitos são mediados por 3 famílias de receptores - µ (mi), κ (capa) e δ (delta). o µ: modulam respostas nociceptivas térmicas, mecânicas e químicas. o κ: contribuem para a analgesia modulando a resposta à nocicepção química e térmica no corno dorsal. o δ: interagem mais seletivamente com as encefalinas na periferia. Mecanismo de ação: o Diminui a liberação de substância P, que modula a percepção da dor na medula espinal. o Inibe a liberação de transmissores excitatórios dos terminais nervosos que levam a estímulos nociceptivos. Diminui o influxo de Ca2+ em neurônios pré-sinápticos. Aumenta o efluxo de K+ diminuindo a resposta do neurônio pós- sináptico. Efeitos: mediados pelos receptores opioides. Medicamentos: o Natural: morfina e codeína. o Semissintético: hidromorfina, hidrocodona, oxicodona, oximorfona. o Sintético: fentanila, meperidina, metadona, tapentadol e tramadol. o Agonistas potentes: alfentnila, fentanila, heroína, hidrocodona, hidromorfona, meperidina, metadona, morfina, oxicodona, oximorfona, remifentanila e sufetanila. o Agonistas moderados/ fracos: codeína. o Agonistas e Antagonistas mistos: buprenorfina, butorfanol, nalbufina e pentazacina. o Antagonistas: naloxona e naltrexona. o Outros analgésicos: tapendatol e tramadol. Opioides Aspectos farmacocinéticos: absorvido por via oral de forma variada. o Via IV e IM: dor aguda e intensa. o Potência reduzida da maioria dos opioides usado de forma oral: metabolismo de primeira passagem. o Antagonistas (naloxona): meia vida curta (em casos de superdosagem de agonistas, ela deve ser administrada diversas vezes). Efeitos adversos: f o Superdosagem: pode levar ao coma, grave depressão respiratória e óbito. o Precaução: deve ser utilizada com cautela em pacientes com asma, doença hepática ou disfunção renal. o Tolerância: o uso repetido causa tolerância aos seus efeitos depressor respiratório, analgésico, eufórico e sedativo. o Dependência: pode ocorrer dependência física e psicológica com a morfina e alguns dos outros agonistas. o Abstinência: a retirada súbita produz uma série de respostas autônomas, motoras e psicológicas que incapacitam o indivíduo e causam sintomas graves, mas raramente causam morte. o Outros efeitos adversos: hipotensão, disforia (ansiedade, depressão e mal- estar), sedação, constipação, retenção urinária, náusea, potencial para dependência (vício) e depressão respiratória. Síndrome de Abstinência: o Estágio 1 (até 8h): ansiedade e suplica por drogas. o Estágio 2 (de 8 a 24h): ansiedade, insônia, distúrbio gastrointestinal, rinorreia, midríase e diaforese. o Estágio 3 (até 3 dias): taquicardia, náusea, êmese, hipertensão, diarreia, febre, calafrios, tremores, convulsões e espasmos musculares.
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