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Relatório Patologias - Viaduto da Cohama

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FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
RODRIGO PEREIRA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE PATOLOGIAS (VIADUTO DA COHAMA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís - MA 
2022 
RODRIGO PEREIRA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE PATOLOGIAS (VIADUTO DA COHAMA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís - MA 
2022 
Relatório apresentado à FACULDADE DO MARANHÃO 
– FACAM, para a disciplina de Estágio I, Docente Prof. 
André Mathias, como requisito para obtenção de nota 
do segundo trimestre 2022.1. 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 5 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 5 
3. METODOLOGIA ............................................................................................................................... 5 
4. PATOLOGIAS EM VIADUTOS DE CONCRETO ARMADO ................................................................. 6 
4.1 PATOLOGIAS CAUSADAS POR AGENTES MECÂNICOS ............................................................... 6 
4.2 PATOLOGIAS CAUSADAS POR AGENTES QUÍMICOS ................................................................. 7 
4.2.1 Lixiviação ................................................................................................................................. 8 
4.2.2 Corrosão .................................................................................................................................. 8 
4.2.2 Carbonatação .......................................................................................................................... 9 
5. PROCEDIMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE PATOLOGIAS EM VIADUTOS ....................................... 10 
5.1 Processos não-destrutivos (benefícios) ................................................................................... 11 
6. VIADUTO DA COHAMA ................................................................................................................. 12 
6.1 PATOLOGIAS ............................................................................................................................. 14 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 16 
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Conforme visto desde o início da humanidade, sempre houvera necessidade 
do ser humano se deslocar de um lugar para o outro, rapidamente. O setor rodoviário, 
desde os primórdios, tem a sua função primordial ao longo da história das edificações 
de engenharia. Reconhecidos nesse meio como obras de arte, são de fato importantes 
para diversos sistemas rodoviários. Contudo, sabemos que todo e qualquer material 
tem uma data de validade e requer manutenções periódicas. Um sinal de que uma 
estrutura requer atenção, se dá por meio de patologias, que porventura, poderão 
aparecer no corpo de prova da edificação em questão. 
Estruturas de concreto armado, especificadamente pontes e viadutos, além de 
envelhecimento da estrutura, estão submetidas a diversos tipos de ações que 
despertam processos deteriorantes, na maioria das vezes deixando em questão o 
método dos quais foram dimensionadas. Tais situações são agravadas pela falta de 
estudos e pesquisas específicas dos processos degradatórios e a respeito de agentes 
patológicos que, muitas das vezes, seriam resolvidos com técnicas conhecidas por 
profissionais de inspeção de estruturas, nos mostrando que uma técnica isoladamente 
não terá tanto efeito quanto aplicada em conjunto com conhecimentos e estudos 
específicos. 
Conforme, Curcio (2008) reforça que em uma certa época, estruturas eram 
construídas com um dimensionamento desproporcional, o que gerou obras resistentes 
a algumas patologias. Entretanto, atualmente, com o avanço da tecnologia é criado 
um mar de possibilidades, que nos ajuda a obter precisão nos cálculos e no uso 
correto dos materiais, nos guiando para uma execução de obras com um padrão de 
esbeltez, requerindo, assim, necessidade de maiores manutenções. 
Conforme o tempo avança, a construção de obras de artes (viadutos e pontes) 
e outras obras do setor rodoviário, sofreram inovações e melhorias, com maior foco 
nas fases de projeto e execução, mais foco na longevidade das obras e na realização 
de inspeções regulares. Deste modo, houve necessidade de estudos afim de obter 
conhecimentos de quais seriam os principais agentes de deterioração em diversos 
tipos de estruturas. 
Segundo Bertolini (2010), no passado, acreditava-se que as estruturas de 
concreto armado fossem essencialmente duráveis e, mesmo quando realizadas sem 
cuidados predominantes a exposições de agentes patológicos e agressivos eram 
resistentes à degradação. Contudo, por volta da década de 1980, houve um aumento 
significativo de casos de degradação, juntamente com riscos de segurança e maiores 
custos de manutenção, o que levou a uma mudança drástica na perspectiva sobre a 
importância de prevenir a degradação das estruturas. 
Este relatório apresentará um estudo bibliográfico e in loco do Elevado da 
Cohama (viaduto), construído no ano de 1998 na cidade de São Luís, Maranhão. Este 
Viaduto apresentou problemas patológicos provenientes de agentes químicos, 
mecânicos, físicos e biológicos. 
2. OBJETIVOS 
 
O relatório a seguir tem como objetivo o estudo e observação de patologias 
presentes nas estruturas do viaduto, análise do seu comportamento quando 
submetido à agentes patológicos e seu desempenho a longo prazo. Esse estudo visa 
a análise e comportamentos da estrutura, assim como a exigência de cuidados no 
instrumento de estudo. 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Indicar os agentes patológicos que provocam a deterioração dos elementos do 
viaduto; 
 Especificar os processos corrosivos do objeto de estudo; 
 Especificar métodos de precaução e restauração empregadas em armaduras 
que estão em processo patológico. 
3. METODOLOGIA 
 
O relatório foi engendrado e baseado, subjetivamente, em estudos científicos 
de língua portuguesa, livros técnicos e notícias que relatem o tema deste relatório. 
O itinerário metodológico do relatório, foi fundamentado, primeiramente em 
investigações bibliográficas e após, foi realizada uma visita técnica ao viaduto da 
Cohama, em São Luís, Maranhão, com o objetivo de inspecionar e analisar a 
superestrutura do objeto de estudo. 
A metodologia utilizada no trabalho foi uma pesquisa bibliográfica exploratória 
em conjunto com uma visita in loco, como estudo de caso, onde foram feitos registros 
fotográficos das manifestações patológicas encontradas. 
Embasando-se em descrições e especificações de elementos constituintes das 
pontes e viadutos, foram relatadas e classificadas as patologias mais visíveis nos 
elementos de transposição ao longo do vão observado. Um dos objetivos deste 
levantamento foi determinar os tipos de agentes patológicos e identificar as mesmas 
e como podem ser seu efeito a curto e longo prazo, sobre as estruturas. 
4. ELEMENTOS PATOLÓGICOS PRESENTES EM VIADUTOS DE 
CONCRETO ARMADO 
 
“Pontes e viadutos são obras-de-arte especiais que estão sujeitas à ação de 
diversas patologias da construção, em função do seu uso contínuo e da falta de 
programas preventivos de manutenção em grande parte dos casos. ” (LOURENÇO et 
al., 2009, p. 5). 
Como sabemos, manifestações patológicas são resultados dos procedimentosnaturais de deterioração das estruturas. Seu estudos e compreensões, a longo prazo, 
são indispensáveis para que os profissionais possam qualificar e classificar as obras 
de viadutos e pontes, para que compreendam o progresso dos agentes deteriorantes 
que afetam as armações de concretos de viadutos. 
Como bem sabemos, reparos de pontes e viadutos são trivialmente 
desprezadas, perante motivos de gerar custos demasiadamente elevados. Conforme 
as o tempo avança, com a predisposição originária de decomposição das estruturas, 
a omissão de manutenções aceleram os surgimentos de patologias. 
4.1 PATOLOGIAS CAUSADAS POR AGENTES MECÂNICOS 
 
Segundo (Satotti, 2008), Manutenção se trata de procedimentos específicos e 
necessários para proporcionar um satisfatório desempenho de estruturas ao longo do 
tempo, isto é, são procedimentos de rotina destinados a possibilitar majorar uma 
estrutura com uma vida útil mais longa. 
As patologias são resultadas de agentes mecânicos, químicos e biológicos, 
atuantes nas estruturas de concreto armado são demonstradas através de fissurações 
provenientes de esforços de flexão, esmagamento, cisalhamento, torção e tração, 
bem como degradações por choques de veículos (frenagem, aceleração). São 
exemplos de fissuras por flexão, as figuras 1 e 2, estão ponderadas em uma estrutura 
de Concreto Armado originadas por momentos fletores positivos e negativos. 
Figura 1 - Fissuração por flexão 
(Momento negativo) 
Figura 2 - Fissuração por flexão 
(Momento Positivo) 
Fonte: Engevista, 2019. Fonte: Engevista, 2019. 
Figura 3 - Fissuração por flexão (Ensaio) 
Fonte: Guide Engenharia. Disponível em: 
<https://guideengenharia.com.br/trincas-de-flexao-de-vigas/> Acesso em: 13 jun. 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme estudos, sabemos que a compressão, em teoria, e com as premissas 
técnicas são regidas pela Norma NBR 8800. A compressão nada mais é do que um 
esforço axial agindo ao longo de uma barra, isto é, o resultado da aplicação de uma 
força em um material, resultando em redução de seu volume sendo ele então, 
dependente, de certa forma, da resistência dos materiais do tipo da seção. 
Um exemplo característico de objetos submetidos a esforços de compressão, 
são as colunas dos prédios, que recebem, com a mesma direção de seu eixo, as 
cargas provenientes de cima da seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 PATOLOGIAS CAUSADAS POR AGENTES QUÍMICOS 
 
Conforme, (ESTACECHEN; CORMIN, 2017), fatores principais que provocam 
corrosão das armaduras se concentram em ações da água, que faz com que haja 
ação de cloretos, causando carbonatação. Ações corrosivas deste tipo, são comuns 
Figura 4 – Lixiviação em concreto Armado 
Fonte: Guide Engenharia. Disponível em: 
<https://guideengenharia.com.br/lixiviacao-em-edificacoes/> Acesso em: 13 jun. 2022. 
pois há excesso de umidade a mostra no objeto de estudo. Estes tipos de corrosão 
produzem ferrugem e geram fissuras através de ações físicas, químicas e biológicas. 
Os agentes químicos que habitualmente decorrem em estruturas de concreto 
armado, são provenientes de reações como ataques de sulfatos e cloretos, 
carbonatação, lixiviação e corrosão. 
4.2.1 Lixiviação 
 
Trata-se de um processo patológico que ataca diretamente o concreto, fazendo 
com que o mesmo esteja sucinto a metódos de eflorescência, isto é, vai dissolvendo 
os sais que depois de passar por processos de evaporação, aparecem camadas de 
cristais, saindo pelas fissuras, enfraquecendo assim o concreto e facilitando a entrada 
de agentes contaminantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2 Corrosão 
 
Conforme Cascudo (2005), diversos tipos de concreto podem apresentar meios 
alcalinos, fornecendo um ambiente do qual não haja muitos revestimentos para as 
armaduras, o que faz com que haja restrições do contato de agentes patológicos do 
concreto com a estrutura de aço. 
Este tipo de patologia é direcionado tanto para o concreto quanto para o aço, 
pois o agente afeta estes dois elementos, pois quando o concreto apresenta alto índice 
de porosidade, a umidade entra em contato por meio da elevada capilaridade e erros 
Fonte: AecWeb. 2018. 
Figura 5 - Corrosão 
Figura 6 - Carbonatação 
Fonte: IPT-Instituto de pesquisas tecnológicas, 2014. 
na execução de cobrimento para as armaduras e a má escolha dos materiais de 
construção geram um alto índice de fissuras por corrosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2 Carbonatação 
 
A carbonatação se trata de um fenômeno físico-químico que provoca alterações 
na microestrutura e leva à diminuição do pH do concreto. Este fenômeno pode ser 
causado por reação química entre os principais componentes presentes na atmosfera, 
tais quais o CO2 (dióxido de carbono) e entre elementos presentes na pasta de 
cimento, que ocorrem durante o processo de fissuramento, processos esses que 
permitem a entrada de água no concreto armado. Portanto, quanto o pH mais baixo 
atinge as áreas superficiais de aço, ocorre erosão corpo de reforço da armadura, 
tornando este material suscetível à corrosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. PROCEDIMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE PATOLOGIAS EM VIADUTOS 
 
Conforme avaliados, os mecanismos patológicos e de deterioração na qual os 
viadutos estão submetidos, é de suma importância que haja meios eficientes de 
manutenções, que envolvam todos os tipos procedimentos de manutenção 
necessários ao contínuo desempenho dos mesmos, ou seja, ter ênfase na 
preservação e nas funcionalidades das estruturas afim de aumentar sua vida útil. 
Contudo, em diversos casos, tais processos de manutenção se tornam inviáveis ou 
insuficientes, porque além de se tornarem custos altos, alguns reforços são adiados, 
o que torna o procedimento ineficaz para evitar as patologias em pontes e viadutos, 
sendo necessárias isolamento e recuperações emergenciais, afim de evitar a 
inutilização da estrutura. Logo, o procedimento de inspeção e de análises, é essencial 
para a detecção precisa e o controle das patologias que afetam as estruturas das 
obras-de-arte especiais. (LOURENÇO et al., 2009). 
Conforme nos diz Mendes et al. (2010), um método de análise eficaz e 
importante é a visualização primária dos objetos de estudo, visto que este estudo nos 
permite a observar defeitos importantes apresentados na construção, em casos mais 
complicados, é necessária orientação para a realização de ensaios e verificações 
específicas em partes da estrutura. Para realizar a inspeção visual, deve-se dispor de 
pequenos equipamentos imprescindíveis para a precisão do resultado final, como 
câmeras fotográficas, lupas e binóculos. Por norma, a descrição dos estudos de 
análise de sinais e sintomas, deve partir das seguintes verificações: 
 
a) patologias no concreto do pilar armadura; 
b) fragmentação do concreto de cobrimento; 
c) desagregação do concreto; 
d) exposição de armaduras corroídas; 
e) perda de seção das armaduras; 
f) comprometimento da aderência armadura-concreto; 
g) imperfeições e oxidação na superfície das ferragens; 
h) deformações estruturais subsequentes a áreas com demonstrações de 
corrosão. 
 
Cascudo, citado por Lourenço et al. (2009, p. 10), afirma que “a descrição 
desses fatores deve ser feita de maneira detalhada, citando-se todas as 
características observadas na estrutura e, também, condições excepcionais 
encontradas na estrutura”. 
Após todas as investigações de definições patológicas da estrutura do viaduto, 
é necessário traçar um plano de melhorias a serem instauradas nos pontos exatos, 
para que não haja erro nas etapas seguintes. Estes procedimentos se dão através de 
ensaios (semi-destrutivos e não destrutivos) que tem como objetivo obter formas 
precisas para os problemas identificados. 
Lourenço et al. (2009), confirma que, após cumpridos todos os métodos de 
inspeção (levantamento dos tipos de patologia, parecer dos tipos de elementos, 
concepção de investigações conclusivase indicações de melhorias necessárias), 
deverá se focar na a concepção de um relatório final, que deve incorporar todas as 
inspeções efetuadas na estrutura, especificando seus resultados e sugerindo 
eventuais intervenções. 
5.1 Processos não-destrutivos (benefícios) 
 
Os Ensaios Não Destrutivos, atualmente, são uma das ferramentas 
imprescindíveis para atestar o controle de qualidade em diversos tipos de segmentos 
de uma obra. Os principais benefícios de sua aplicação, são: 
 
 
Minimizar os riscos 
Identificar qualquer problema de forma antecipada evita 
que isso se torne algo maior. 
 
Reduzir os custos 
Retrabalhos, reprocesso ou refugo geram custos que 
podem ser reduzidos. 
 
Melhorar o desempenho 
Certificar que o componente irá atuar da melhor forma 
possível, sem falhar. 
 
Garantir a segurança 
Acima de tudo, garantir a integridade e a vida das 
pessoas que utilizam ou dependem destes 
componentes. 
 
O processo de utilização dos ensaios não-destrutivos provém manter a 
plenitude dos materiais e peças que são examinados na análise prévia de defeitos, 
Figura 7 – Construção do elevado da Cohama em 1998 
Fonte: Minha velha São Luís via Facebook. Disponível em: 
<https://www.facebook.com/Minha:VelhaSaoLuis/posts/1929534163842501/> 
Acesso em: 14 de jun. 2022 
Figura 8 – Localização do elevado da Cohama - Satélite 
Fonte: Google Earth 
contendo perdas, falhas de manutenção, entre outros problemas que podem ocorrer 
neste processo. 
6. VIADUTO DA COHAMA 
 
O elevado da Cohama é localizado em São Luís, Maranhão, coordenadas 
2°31'17"S 44°14'55"W, tendo como principal logradouro a Avenida Daniel de La 
Touché. O elevado liga o Ipase a Cohama e Olho d’Água. O nome “Cohama” provém 
de uma sigla que nasceu da Cooperativa Habitacional do Maranhão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Vista lateral do viaduto da Cohama 
Fonte: Autor, 2022. 
Figura 10 – Vista aérea do viaduto da Cohama 
Fonte: Google Maps 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O comprimento total da ponte é de 386,03 metros, conforme figura 11, possui 
quatro faixas de tráfego, duas de ida e duas de volta. A ponte foi projetada com a 
Norma em vigor à época, NB 6 (1960), estabelecia uma carga móvel de Trem Tipo 
igual a 360 kN, inferior à norma em vigor atualmente (NBR 7188, 2013), de 450 kN. A 
idade elevada do viaduto e severas faltas de manutenções, com certeza devem ter 
contribuído para o surgimento de patologias. 
Figura 11 – Modelo estrutural do Viaduto 
Fonte: Autor, 2022. 
Figura 12 - Fissuração por flexão (Momento negativo) 
Fonte: Autor, 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
6.1 PATOLOGIAS 
 
Na figura 12 se observa uma patologia de fissuração por momento negativo, 
que consiste na fragmentação do concreto das armaduras da viga principal do 
Viaduto, em decorrência da idade da construção e fatores como as cargas móveis a 
longo prazo, atuando ao longo do tabuleiro do viaduto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme a figura 13, temos exemplo de patologia por agentes químicos 
(lixiviação), devido a umidade que entra em contato com os vasos porosos do 
concreto, liberando assim, o processo de cristalização de partes do concreto armado 
da estrutura do viaduto. 
 
Figura 13 – Lixiviação encontrada no viaduto 
Fonte: Autor, 2022. 
Figura 14 – Corrosão encontrada no pilar do viaduto 
Fonte: Autor, 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na figura 14, podemos observar que há patologias físicas, que provém de 
desgaste da armadura superficial do pilar do viaduto, sendo assim, uma perda de 
elementos superficiais da estrutura do concreto, umidade e também do peso da carga 
específica ao longo de um determinado tempo. Contudo, essas patologias não 
colocam em risco a estrutura do elemento, pois se tratam apenas de ações 
superficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao analisar as questões levantadas neste relatório, fica claro que os reparos 
são essenciais, pois inevitavelmente, ao longo de muito tempo, se desenvolvem 
lesões em determinados pontos da estrutura de um viaduto de concreto armado. Tais 
reparos são necessários para garantir ou mesmo aumentar a vida útil da estrutura, 
bem como para garantir sua segurança e funcionalidade. 
Pelas patologias apresentadas e pelas investigações históricas realizadas, 
percebe-se que as patologias encontradas, são em maioria, provenientes da própria 
estrutura ao longo dos anos. Fatores ambientais como chuvas, ventos litorâneos e 
umidade relativa do ar, em função do tempo, avanços tecnológicos de carros, 
caminhões e carretas, que contém uma carga diferente daquela de quando houveram 
os cálculos de dimensionamento do viaduto, proporcionam essas deteriorações até 
aqui observadas e estudadas. Entretanto, ainda há muito a ser analisado e estudado, 
com bases em pesquisas recentes, afim de buscar inovações para se obter métodos 
de manutenção, mais eficazes e com um melhor custo-benefício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 14931. Execução de 
estruturas de concreto - Procedimento, 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 6: Cargas móveis em 
pontes rodoviárias. Rio de Janeiro: ABNT, 1960. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15955: Ensaios não 
destrutivos – Verificação dos instrumentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7188: Carga móvel 
rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2013. 
 
CASCUDO, O. O controle da corrosão de armaduras em concreto: Inspeção e 
técnicas eletroquímicas. São Paulo: PINI, 1997. 
 
GUIDE ENGENHARIA. Trincas de flexão em vigas de concreto armado. Espírito 
Santo: 2017. Disponível em: <https://guideengenharia.com.br/trincas-de-flexao-de-
vigas/>. Acesso em: 13 jun. 2022. 
 
GUIDE ENGENHARIA. Manifestações patológicas em edificações: Lixiviação. 
Espírito Santo: 2017. Disponível em: <https://guideengenharia.com.br/lixiviacao-em-
edificacoes/>. Acesso em: 13 jun. 2022. 
 
LENCIONI, Julia Wippich. Proposta de manual para inspeção de pontes e viadutos 
em concreto armado. 2005. 188 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto Tecnológico de 
Aeronáutica, Programa de Estudo de Mestrado no curso de Engenharia de Infra- 
Estrutura Aeronáutica, São José dos Campos, 2005. Disponível em: 
<http://livros01.livrosgratis.com.br/cp012171.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2022. 
 
LOURENÇO, Líbia C. et al. Parâmetros de avaliação de patologias em obras-de-arte 
especiais. Revista Engenharia Civil, Braga, n. 34, p. 5-14, 2009. Disponível em: 
<http://www.civil.uminho.pt/revista/n34/Pag_5-14.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2022. 
 
OLIVEIRA, Julio Cesar Costa de. Técnicas para intervenção em estruturas de 
concreto armado. 2015. 61 f. Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio 
de Janeiro, Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Curso de 
Engenharia Civil, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: 
<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10013437.pdf>. Acesso em: 13 
jun. 2022. 
 
ROCHA, I. CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO. 2015. 
Disponível em: <https://www.ipog.edu.br/revista-especialize-online/edicao-n10- 
2015/corrosao-em-estruturas-de-concreto-armado/>. Acesso em: 12 jun. 2022. 
 
SANTOS, Tiago M. H. Corrosão das armaduras do betão armado Causas, 
consequências, prevenção e Projeto de durabilidade. 2014. Disponível em: 
<https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/4432/1/DissertaC3A7%C3%A3o.pdf>. 
Acesso em 14 jun. 2022. 
 
SOUZA, Vicente Custódio Moreira de; RIPPER, Thomaz. Patologia,recuperação e 
reforço de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1998. 257 p.

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