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Crimes_hediondos

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 LEGISLAÇÃO PENAL e
PROCESSUAL PENAL ESPECIAL 	
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 ROTEIRO DO SEMESTRE
CONTEÚDO
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS – LEI Nº 8.072/90 
 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343/06
LEI MARIA DA PENHA – LEI Nº 11.340/06
 CRIMES DE TRÂNSITO - LEI Nº 9.503/97
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826/03
 
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 BIBLIOGRAFIA
FAVORETTO, Affonso Celso; MARTINS, Ana Paula da Fonseca Rodrigues; KNIPPEL, Edson Luz. Manual esquematizado de leis penais e processuais penais. São Paulo, Editora Revista dos tribunais, 2010. 
PORTOCARRERO, Cláudia Barros. Leis penais especiais para concursos. Niterói, RJ, Editora Impetus, 2010.
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. Editora Saraiva
MORAES, Alexandre de; SMANIO, Gianpaolo Poggio. Legislação Penal especial. Livraria do Advogado. 
	
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS 
LEI Nº 8.072/90 
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS 
Tratamento mais rígido por parte do Estado para os autores de determinados crimes.
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
ORIGEM:
À época da elaboração da Lei, a mídia exercia forte pressão sobre o Poder Legislativo em virtude, principalmente, de uma série de crimes de extorsão mediante seqüestro que assolavam o país, os quais, em alguns casos, tinham pessoas famosas como vítimas, fato que, sem dúvida alguma, colaborou para que os apelos da imprensa fossem atendidos com maior urgência.
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
Resposta penal de ocasião para dar satisfação diante do seqüestro de Roberto Medina.
- Não se é contra a existência dessas leis
Só não se deve tolerar o chamado "Direito penal de Emergência“. 
Impressão de que a imprensa hoje tem o poder de controlar o Legislativo quando lhe convém.
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
O movimento Lei e Ordem tem o objetivo de influenciar a sociedade a acreditar que todas as mazelas sociais encontrarão solução no direito penal.
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CRÍTICA À MÍDIA
“A mídia, no final do século passado e início do atual, foi a grande propagadora e divulgadora do movimento Lei e Ordem. Profissionais não habilitados (jornalistas, repórteres, apresentadores, etc.) chamaram para si a responsabilidade de criticar as leis penais, fazendo a sociedade acreditar que, mediante o recrudescimento das penas, a criação de novos tipos penais incriminadores e o afastamento de determinadas garantias processuais, a sociedade ficaria livre daquela parcela de indivíduos não adaptados.” 
 ROGÉRIO GRECO
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL:
 ART. 5º, XLIII, da CF
PREVISÃO LEGAL:
 Lei 8.072/90
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CONCEITO
A Lei adota critério objetivo, isto é, não diz o que é crime hediondo, mas, apenas e tão somente, quais são. O rol de crimes hediondos encontra-se previsto no art. 1º da Lei 8.072/90.
*Um delito que atualmente não consta no referido elenco de crimes hediondos pode, em um futuro próximo, passar a constar em seu rol.
A Constituição Federal deixa sob os cuidados do legislador infraconstitucional a tarefa de definir os crimes hediondos e estabelecer as bases a serem seguidas pelo aplicador do Direito.
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ROL DE CRIMES 
HEDIONDOS
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado;
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);  
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ROL DE CRIMES 
HEDIONDOS
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 
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ROL DE CRIMES 
HEDIONDOS
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. 
- tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são crimes equiparados a hediondos.
 
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FATOS
 SEQUESTRO DE ROBERTO MEDINA – Lei 8.072/90
 ASSASSINATO DE DANIELA PEREZ – Lei 8.930/94 – Inclusão do homicídio qualificado no rol de crimes hediondos
PÍLULA DE FARINHA e ANTIBIÓTICO AMOXIL – Lei 9.677/98 Inclusão do crime de “falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos alimentícios ou de produtos para fins terapêuticos ou medicinais” do art. 273 do CP.
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VEDAÇÕES EXPRESSAS
I - anistia, graça e indulto;
II – fiança
Anistia, graça e indulto são formas de perdão dadas pelo Estado em prol do sujeito que cometeu o crime.
ANISTIA- Várias pessoas
INDULTO – Várias pessoas
GRAÇA – individual
 
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
O art. 8º estabelece uma qualificadora para o crime de quadrilha ou bando, previsto no art. 288 do CP.
Forma tradicional: Pena de reclusão de 1 a 3 anos
Cometimento de crime hediondo ou equiparado: Pena de reclusão de 3 a 6 anos
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DELAÇÃO PREMIADA
Art. 8º, parágrafo único
 Causa de diminuição de pena
1 a 2/3 da pena do participante ou do associado que denunciar a quadrilha à autoridade, possibilitando, assim, o seu desmantelamento. 
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PROGRESSÃO DE REGIME
1) REQUISITO OBJETIVO
Réu primário: cumprimento de 2/5 da pena
Réu reincidente: cumprimento de 3/5 da pena
 
2) REQUISITO SUBJETIVO
Bom comportamento carcerário, a ser atestado pelo diretor do presídio.
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PROGRESSÃO DE REGIME
REQUISITOS DO ART. 83 DO CP
Até a Lei 11.464/07:
 Impossibilidade da concessão
LEI 11.46/07: 
Concessão do benefício da progressão de regime para os crimes hediondos
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O HABEAS CORPUS 82.959/06
JULGAMENTO PELO STF:
 Inconstitucionalidade da vedação ao benefício da progressão de regime.
Após o resultado do julgamento, a grande maioria dos Tribunais brasileiros passaram a conceder o benefício da progressão de regime com base na decisão do STF. 
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O HABEAS CORPUS 82.959/06
Critério utilizado: 1/6 da pena (Desproporcional)
A situação somente foi resolvida com o advento da Lei 11.464/07
Condenados durante o período compreendido entre o HC e a Lei 11.464/07: Progressão após 1/6 da pena, além do bom comportamento.
Art. 112 da LEP
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PRINCÍPIO DA 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Principal argumento utilizado pelos Ministros do STF para julgar inconstitucional a proibição da progressão de regime estabelecida pela Lei dos Crimes hediondos.
Consagra, em primeiro lugar, a própria isonomia, em razão de atribuir tratamento diverso a indivíduos que se encontrem em situações distintas.
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SÚMULA VINCULANTE 26
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
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EXAME CRIMINOLÓGICO
Com o advento da Lei 10.792/03, não é mais obrigatória a realização do exame criminológico para concessão de benefícios prisionais.
Atualmente, o Juiz, caso sinta necessidade, poderá pedir a realização, não sendo, contudo, uma obrigação.
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PRISÃO TEMPORÁRIA
Prisão processual: Só pode ser decretada durante a fase do Inquérito policial
Deve ser decretada mediante representação da autoridade policial ou através de requerimento do Ministério Público.
CRIMES COMUNS: Prazo de
5 dias, prorrogável por igual período.
CRIMES HEDIONDOS: Prazo de 30 dias, prorrogável por igual período. 
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LIBERDADE PROVISÓRIA
Era completamente vedada na redação original da Lei dos crimes hediondos.
Porém, com o advento da Lei 11.464/07, o benefício passou a ser permitido também no contexto dos crimes hediondos e equiparados.
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LIVRAMENTO CONDICIONAL
REQUISITO OBJETIVO
Cumprimento de 2/3 da pena
Contudo, tal benefício não será aplicável ao reincidente específico em crime hediondo.
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CRÍTICA
“As penas duras contras os crimes hediondos não impediram seu crescimento; pelo contrário, eles só têm aumentado. A inclusão do homicídio qualificado entre os hediondos também não teve resultados positivos. Na verdade, esses crimes também cresceram em progressão geométrica. As duras penas aplicadas contra a falsificação de remédios também não resolveram o problema, melhores resultados houve com o surgimento dos “genéricos” e a baixa dos preços.” MILTON VASCONCELOS 
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CASO PRÁTICO
No dia 20 de julho de 2014 Giovana foi abordada por Guilerme, seu colega de trabalho na empresa “Vale do Mate”. Na ocasião o sujeito obrigou a vítima a ter atos libidinosos com ele na garagem após o expediente do trabalho. 3 dias após o fato, a vítima decidiu registrar a ocorrência na Delegacia. Logo, o autor foi indiciado pelo crime de estupro.
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CASO PRÁTICO
Na condição de advogado(a) de Guilerme, relate quais são os benefícios dele com base na legislação penal. 
a)Ele poderá pagar fiança para responder pelo crime em liberdade? 
b) De acordo com os requisitos, a prisão temporária dele terá o prazo de quanto tempo?
c) Se ele for processado e condenado pelo crime de estupro, ele poderá progredir de regime? Quanto tempo de pena ele terá que cumprir para obter a concessão da progressão?

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