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analise critica placebo e nocebo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU – ATENÇÃO À SAÚDE
 DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA
TALITA SILVA ALVES TIBOLA
PLACEBO E NOCEBO
UBERABA-MG 2022
Após análise dos artigos disponibilizados compreendi que falar de placebo e nocebo é de extrema relevância na área da saúde, uma vez que, ele interfere na resposta do paciente ao tratamento, cura e até mesmo sinais e sintomas 
O cérebro pode contribuir para a cura de doenças e seus sintomas, por meio dos efeitos Placebo (positivo) e Nocebo (negativo).
Entende-se efeito ou resposta placebo como a melhoria dos sintomas e/ou funções fisiológicas do organismo em resposta a fatores supostamente inespecíficos e aparentemente inertes (sugestão verbal ou visual, comprimidos inertes, injeção de soro fisiológico, cirurgia fictícia, etc.), sendo atribuível, comumente, ao simbolismo que o tratamento exerce na expectativa positiva do paciente.
Efeito nocebo é um fenômeno oposto ao placebo, em que a antecipação e a expectativa por um resultado negativo podem conduzir à agravação de um sintoma ou doença. É o que explica, por exemplo, começar a sentir os efeitos colaterais de um medicamento logo depois de ler a bula dele.
A crença ou sugestão de que vai ocorrer determinado efeito é suficiente para ativar áreas cerebrais que provocam alterações em regiões envolvidas na modulação da dor.
O efeito Placebo e o Nocebo, tem sido usado como modelos para avaliar e examinar a interação corpo-mente, investigando os impactos desses fenômenos em diferentes processos corporais, doenças e comportamento individual.
Há diversos fatores envolvidos na relação médico-paciente, do acolhimento ao teor específico das declarações feitas pelo médico, influenciando a expectativa do paciente por uma melhora ou piora do quadro clínico, podem desencadear efeitos significativos no desfecho clínico de qualquer tratamento farmacológico, alterando a atividade de determinadas regiões cerebrais e a liberação de neurotransmissores específicos. Dessa maneira podemos inferir que as expectativas do paciente em relação ao sucesso do tratamento têm papel central no efeito.
Outro fator que pode influenciar são os traços de personalidade e mentalidade, que seria o ponto de vista de cada pessoa sobre a vida de acordo com suas próprias vivencias e experiências. Alguns estudos mostraram que dependendo do nível e otimismo ou pessimismo de cada indivíduo, os resultados podem ter diferenças.
	Há evidências de que há pessoas mais suscetíveis e outras mais resistentes ao efeito placebo. Há alguns estudos, inclusive, que procuram identificar o(s) tipo(s) de personalidade que corresponde(m) a uma ou a outra maneira de reagir. Todavia, nossos conhecimentos ainda são precários neste terreno. Uma coisa é certa: os efeitos placebo e nocebo estão relacionados com fenômenos psicodinâmicos, os quais, por sua vez, desencadeiam alterações neuro-humorais, que fazem parte de inúmeros outros mecanismos – psicoemocionais, bioquímicos, culturais – envolvidos no encontro clínico e na própria ação farmacológica dos medicamentos. Parece que os cientistas têm preconceito em relação a esses temas. As pesquisas são escassas e nem sempre realizadas com rigor científico.
 Por fim, como se vê, o efeito dos medicamentos e de quaisquer intervenções, tem inúmeras faces, algumas totalmente ignoradas pelas faculdades na área da saúde e apesar de relevante, ainda é pouco abordado e pesquisado.

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