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MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO - LICENCIATURA EM FÍSICA - UNIP - TRABALHO COMPLETO -

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Prévia do material em texto

Universidade Paulista 
William de Assis Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do Plano de Ensino do Componente Curricular de Física nos Anos 
Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio nos âmbitos da BNCC e 
do Currículo Paulista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba 
2022 
William de Assis Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do Plano de Ensino do Componente Curricular de Física nos Anos 
Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio nos âmbitos da BNCC e 
do Currículo Paulista 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação em 
Licenciatura em Física apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP 
 
Orientador: Prof. Dr. Kauê Cabrera Rosalem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba 
2022 
Silva, William de Assis.
 Análise do Plano de Ensino do Componente Curricular de Física nos
Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio nos âmbitos da
BNCC e do CP / William de Assis Silva. - 2022.
 40 f. : il. color.
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao curso
de Licenciatura em Física da Universidade Paulista, Sorocaba, 2022.
 Orientador: Prof. Dr. Kauê Cabrera Rosalem.
 1. Currículos. 2. Física. 3. BNCC. 4. Currículo Paulista. 5. Docentes e
Discentes. I. Rosalem, Dr. Kauê Cabrera (orientador). II. Título.
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a).
William de Assis Silva 
 
 
 
 
 
 
Análise do Plano de Ensino do Componente Curricular de Física nos Anos 
Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio nos âmbitos da BNCC e 
do Currículo Paulista 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação em 
Licenciatura em Física apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
 
Aprovando em: 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 / / 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 / / 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 / / 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Demonstro gratidão, primeiramente, a Deus! Obrigado, Deus, por me permitir 
chegar até aqui! Só o Senhor sabe o que passo, muitas vezes, sem falar às pessoas 
ao meu redor. Te agradeço por essa conquista, por este trabalho pronto e que, por 
vezes, achei que não conseguiria. Obrigado pelas boas ideias, por estar sempre nos 
meus pensamentos, colocando-os em ordem e me desculpe, por às vezes, andar tão 
ocupado a ponto de não conversar com o Senhor! Sou eternamente grato! 
Agradeço, também, à minha família pelo apoio e por compreender a correria 
diária que foi conciliar o trabalho, a graduação, essa monografia e todas as 
atividades diárias. Obrigado por todo o auxílio e compreensão! 
Deixo minha gratidão, também, à minha namorada, Jaqueline Macena, por 
todo apoio, orientações, ajuda e incentivo nessa caminhada. Não tem sido fácil, mas 
graças ao seu apoio especial, tudo tem sido um pouco mais suave. Obrigado por ser 
essa pessoa incrível! 
Aos colegas de trabalho da minha Unidade Escolar, E.E. “Vereador José 
Lopes”, em Quadra, meus agradecimentos pelo suporte e orientações no momento 
do estágio. Obrigado pelas contribuições para minha formação! 
Ao Prof. Dr. Kauê Cabrera Rosalem, agradeço as correções e orientações 
para que o desenvolvimento desta monografia fosse possível. Obrigado pelo zelo e 
as palavras de orientação que me foram de grande valia! 
Agradeço, ainda, todos aqueles que de alguma forma, contribuíram para esta 
pesquisa e com os resultados alcançados. Gratidão a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Feliz aquele que transfere o que sabe e 
aprende o que ensina.” 
(Cora Coralina) 
 
RESUMO 
 
Os currículos e escopos educacionais direcionam a educação, pois norteiam o 
processo ensino-aprendizagem e fortalecem as dinâmicas entre docente e discente. 
As aprendizagens se concretizam quando os conteúdos a serem ensinados são 
significativos para os estudantes e não apenas perpassam ao logo de sua vida 
escolar. Por isso, é sempre importante analisar os materiais didático-pedagógicos que 
estão alinhados aos currículos, revendo e adaptando as dinâmicas que serão 
colocadas em prática na sala de aula, com o objetivo de tornar, cada vez mais, 
significativas as aprendizagens. Em âmbito nacional temos a BNCC que orienta e dita 
a elaboração de currículos. Trata-se, portanto, de um importante documento, 
construído com a finalidade de alinhar as aprendizagens em território nacional, 
garantindo que haja consonância de conteúdos. Os materiais didáticos oriundos do 
PNLD contemplam a BNCC e buscam, ainda, integrar as áreas de conhecimento. Já 
a nível estadual, há os currículos do estado. No estado de SP, por exemplo, temos o 
Currículo Paulista alinhado à BNCC. Assim, os materiais pedagógicos “Aprender 
Sempre” e “Currículo em Ação” estão espelhados no Currículo Paulista, mas trazem, 
também, em seu horizonte curricular, traços da BNCC. O material “SP Faz Escola” 
ainda se encontra no Currículo Oficial do Estado de São Paulo (antigo currículo). A 
metodologia aplicada foram análises dos materiais didáticos e pedagógicos com o 
objetivo de identificar pontos positivos e inovadores no ensino de física, mas também, 
fragilidades que possam vir a comprometer o processo de ensino-aprendizagem. As 
análises foram realizadas no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª 
à 3ª série). Os resultados mostram que há consonância em alguns pontos, mas que 
também há desencontros entre os materiais, algo que acaba dificultando o trabalho 
docente e atrasando o processo em sala de aula. É evidente que a temática carece 
de mais estudos, porém, este trabalho abre as portas para, futuramente, discussões 
com embasamentos em outros estudos e discussões ainda mais aprofundadas. 
 
 
Palavras-chave: Currículos, Física, BNCC, Currículo Paulista, Currículo em Ação, 
Aprender Sempre, SP Faz Escola, Docente, Discente. 
 
 
ABSTRACT 
 
The school curriculum and educational scopes direct education, because they 
guide the teaching-learning process and strengthen the dynamics between teacher 
and student. Learning becomes a reality when the contents to be taught are meaningful 
to the students and are not just passed on throughout their school lives. Therefore, it 
is always important to analyze the didactic and pedagogical materials that are aligned 
to the curriculum, reviewing and adapting the dynamics that will be put into practice in 
the classroom, in order to make learning increasingly significant. At the national level, 
we have the BNCC that guides and dictates the development of school curriculum. It’s, 
therefore, an important document, built with the purpose of aligning learning in the 
national territory, ensuring that there is consistency of content. The teaching materials 
coming from the PNLD include the BNCC and also seek to integrate the areas of 
knowledge. At the state level, there are the state school curriculum. In the state of SP, 
for example, we have the Paulist Curriculum, aligned to the BNCC. Thus, the 
educational materials " Learn Always" and "Curriculum in Action" are mirrored in the 
Paulist Curriculum, but also bring, in their curricular horizon, traces of the BNCC. The 
material "SP Makes School" is still in the Official Curriculum of the State of São Paulo 
(old curriculum). The methodology applied was analysis of the didactic and 
pedagogical materials in order to identify positive and innovative points in physics 
teaching, but also weaknesses that may compromise the teaching-learning process. 
The analyses were carried out in Elementary II (6th to 9th grade) and High School (1st 
to 3rd grade). The results show that there is agreement in some points, but that there 
are also inconsistencies between the materials, something that hinders the teaching 
work and delays the classroom process. It’s evident that the themeneeds further 
studies, but this work opens the door for future discussions based on other studies and 
even deeper discussions. 
 
 
Key words: School curriculum, Physics, BNCC, Paulist Curriculum, Currculum 
in Action, Learn Always, SP Makes School, Teacher, Student. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………. 8 
CAPÍTULO I: A BNCC, O CURRÍCULO PAULISTA E OS MATERIAIS………… 12 
1. Fundamentação Teórica……………………………………………………….. 
12 
CAPÍTULO II: ANALISANDO OS MATERIAIS…………………………………….. 19 
1. Metodologia……………………………………………………….................... 
19 
CAPÍTULO III: DISCUTINDO A REALIDADE DOS CURRÍCULOS…………….. 28 
1. Argumentação e Discussão………………………………………………….. 
28 
CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………. 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………... 36 
 
8 
INTRODUÇÃO 
A Educação do atual século parece estar sendo o palco para alterações dos 
modos tradicionais de se ensinar, para os modos que acabam configurando e 
repaginando os planos de ensino, desde a Educação Infantil até a 3ª série Ensino 
Médio (GLAT & OLIVEIRA, 2012). Os chamados currículos, correspondem às 
necessidades educacionais dos educandos, as quais a sociedade considera como 
uma primazia na vida escolar dos mesmos (MELLO, 2014). Ou seja, os currículos são 
os delineadores que vão nortear todo o trabalho docente e fornecer importantes 
subsídios para aquilo que se tem a desenvolver (MELLO, 2000). É nítida a ideia de 
que o processo ensino-aprendizagem caminha rumo à desmitificação daquilo que um 
dia foi uma educação de conteúdos “engessados”, isto é, que vinham prontos e eram 
transmitidos ao alunado de maneira única e que não permitiam adaptações às mais 
diversas realidades que podemos imaginar e que existem no universo escolar 
(SILVEIRA, 2019). A adaptação curricular permeia importantes ajustes capazes de 
promover maior dinamismo entre aquilo que se está estudando (o conteúdo) e por 
quem está sendo estudado (o discente), uma vez que existem particularidades 
ímpares, que devem ser respeitadas e observadas pela ótica socioemocional, 
buscando uma educação cada vez mais integral para cada indivíduo (MELLO, 2000). 
Esses currículos que buscam orientar o trabalho pedagógico sofreram, e ainda 
sofrem, alterações ao longo do tempo, levando à mudança estrutural e trazendo novas 
nomenclaturas, promovendo, assim, uma roupagem mais moderna, passível de 
adaptações quando necessário. Interessante ressaltar que toda esta mudança é fruto 
de intensas consultas públicas, opiniões de especialistas e escuta àqueles que já têm 
trabalhos publicados que giram ao redor da temática (LIMA, AZEVEDO & 
NASCIMENTO, 2020). 
Nunca tivemos um norteador tão completo que, inclusive, norteia os currículos 
de todo o país, sendo primordial para formação integral do estudante enquanto ser 
humano, que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (MELLO, 2014). Mesmo 
assim, há publicações que afirmam não haver nada de muito contemporâneo no 
documento, exceto a ideia de “flexibilização” diante das realidades contidas em cada 
Unidade Escolar do território brasileiro (TONEGUTTI, 2016). 
Partindo do ponto de vista que considera a BNCC como o documento central, 
e mergulhando na reflexão de que o território nacional é formado por muitas 
particularidades, culturas e saberes, surgem os diferentes currículos, alinhados à 
9 
Base, e que trazem em sua essência, um arcabouço pedagógico pautado em 
Competências e Habilidades, porém, trazendo várias problemáticas que afligem os 
escopos e planos de ensino, de maneira que nem sempre há consonância entre aquilo 
que se está estudando e a realidade do discente (REZENDE, LOPES & EGG, 2004). 
Este problema bate na antiga tecla de que sem associação entre os objetos de estudo e 
realidade, dificilmente há aprendizagem, e caso haja alguma, esta carregará 
defasagens que acompanharão o aluno pela sua jornada escolar (MARCON; 
SIQUEIRA; TUFFI & BUDAL, 2013). 
No Estado de São Paulo, as mudanças nos planos de ensino trazem alterações 
marcantes na ordem dos conteúdos entre anos/séries e tentam trazer mais 
interdisciplinaridade e integração entre áreas de conhecimento para promover 
atividades e aprendizagens complementares. Entre as mudanças do governo do 
estado, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), também 
passa por mudanças naqueles que irão ocupar as cadeiras da Pasta. Entre essas 
cadeiras, há algumas essenciais, que são as da Coordenadoria Pedagógica (COPED), 
do Centro de Mídias do Estado de São Paulo (CMSP) e da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (EFAPE) 
“Paulo Renato Costa Souza”, cadeiras de suma importância e que ditam, com base em 
muitos parâmetros, quais serão os materiais didáticos a serem adotados na rede para o 
desenvolvimento da educação (GUIA ENSINO HÍBRIDO, 2021). 
No que tange à SEDUC-SP, vários materiais didáticos foram implementados 
nos últimos anos com base no antigo Currículo Oficial do Estado de São Paulo e no 
atual Currículo Paulista. Este último, começou a ser implementado na rede, aos 
poucos, no ano de 2020 e, gradativamente, já está na 2ª série do ensino médio no 
corrente ano de 2022 e completará sua implementação na 3ª série do ensino médio no 
ano de 2023 (GUIA DO NOVO ENSINO MÉDIO, 2021). Assume-se, portanto, que uma 
implementação, quando gradual, proporciona um ambiente colaborativo e que fornece 
os conceitos e concepções metodológicas que deverão ser adaptados às mais diversas 
realidades, sistematizando com formações continuadas para os profissionais, com o 
objetivo de realizar uma transição entre o que já se tem e o que virá a agregar com as 
principais mudanças (GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR, 2020). 
Perante o exposto, o presente trabalho torna-se aparente e busca trazer dados 
pautados na ótica dos Planos de Ensino do Componente Curricular de Física, estando
10 
a endosso das Ciências Físicas e Biológicas no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e 
ao componente de mesmo título no Ensino Médio (1ª à 3ª série). Nessa premissa, é 
evidente se ter maiores informações sobre o novo currículo de Física em relação à sua 
estrutura (como foi construído e como está organizado), à sua importância (para que 
tal mudança), às suas inovações (quais as novidades presentes e o quão impactarão o 
público-alvo) e aos seus pontos positivos e negativos (as vantagens e desvantagens 
desta implementação). Ainda são escassos trabalhos que abordem em sua essência 
uma análise do tipo qualitativa acerca dos novos materiais do componente curricular 
de física, pautados no Currículo Paulista, e que tangem a educação pública do Estado 
de São Paulo. A pesquisa poderá apoiar outros estudos sobre essa mesma temática, 
além de levar o leitor à reflexão de pontos importantes na formulação de planos de 
ensino. 
Em relação aos objetivos gerais, espera-se trazer importantes contribuições a 
partir das análises dos materiais didáticos, distribuídos pela SEDUC-SP e 
identificação de vantagens e desvantagens do atual escopo educacional em SP, 
subsidiando, assim, futuros estudos que elenquem às análises os planos de ensino 
como temáticas. Analisar os currículos e seus objetos de conhecimento e estudo é 
importante, pois dá ao docente a liberdade em adaptar as situações à consonância 
discente local, cumprindo, deste modo, o seu papel como educador e portador daquilo 
que inova o processo ensino-aprendizagem (FILHO; FRANCISCO & ALANIZ, 2020). 
Como objetivos específicos, ressaltam-se as ideias de análises aprofundadas 
nos materiais didáticos “Currículo em Ação”, “SP Faz Escola” e “Aprender Sempre”, 
estabelecendo comparativos entre o antigo currículo e, também, algumas obras 
didáticas do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), para os segmentos dos 
anos finais do ensino fundamental (E.F. II) e ensino médio para o componente 
curricular de física, objetivandouma discussão no que se refere à qualidade. Ainda no 
ensino médio, destaca-se uma breve análise do componente física nas disciplinas dos 
Itinerários Formativos que compõem e configuram o denominado Novo Ensino Médio, 
que vem sendo implantado gradualmente, assim como o Currículo Paulista. 
Para esta importante análise, os materiais didáticos utilizados foram os 
cadernos das coleções “Currículo em Ação” (Ensino Fundamental II, componente 
curricular de Ciências Físicas e Biológicas: 6º, 7º, 8º e 9º anos; e Ensino Médio, 
componente curricular de Física: 1ª e 2ª séries); “SP Faz Escola” (no Ensino Médio, 
componente curricular de Física: apenas a 3ª série); “Aprender Sempre” (Ensino
11 
Fundamental II, componente de Ciências Físicas e Biológicas: somente 9º ano; no 
Ensino Médio, componente curricular de Física: apenas a 3ª série); e, aproveitando a 
linha, uma breve análise que descortina pontos importantes no “Material de Apoio ao 
Planejamento e Práticas do Aprofundamento” (MAPPA) que se refere aos 
Aprofundamentos Curriculares dos Itinerários Formativos, elencados no Novo Ensino 
Médio e que contemplam a 2ª série da etapa. 
12 
 
CAPÍTULO I: A BNCC, O CURRÍCULO PAULISTA E OS MATERIAIS 
A Base que norteia os currículos em território nacional, a BNCC, é uma 
normativa importante, pois parametriza, nas instituições públicas e privadas, aquilo 
que deve ser efetivamente ensinado aos discentes. Esse documento é importante, 
pois assegura os direitos de aprendizagem e desenvolvimento e que também estão 
contidos e alinhados ao Plano Nacional de Educação (PNE) (BRASIL, 2018). Juntos, 
BNCC e PNE, caracterizam documentos extremamente necessários à educação, 
uma vez que regularizam e transmitem uma padronização nas questões didático-
pedagógicas, trazendo uma essência pautada na coerência de currículos (SOUZA & 
BAPTISTA, 2017). 
Enquanto isso, nos estados e municípios, vigoram os frutos da Base, 
estaduais ou locais: os currículos. No Estado de São Paulo, o Currículo Paulista dita 
as aprendizagens e estabelece parâmetros interdisciplinares para o trabalho em sala 
de aula. A partir dele, a coleção “Currículo em Ação” foi implantada desde o Ensino 
Fundamental e está gradualmente integrando o Ensino Médio. Esse documento 
(Ensino Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais), apresentado 
oficialmente no dia 1º de agosto de 2019, pelo Secretário Estadual de Educação, 
Rossieli Soares da Silva, é fruto de consultas públicas feitas pela SEDUC-SP à rede 
própria, à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo 
(UNDIME-SP) e aos representantes da rede privada (escolas particulares), todos do 
estado de SP (BARBOSA & LASTÓRIA, 2021). O documento em questão, encontra-
se organizado em Competências e Habilidades, além de referenciar os chamados 
Objetos de Estudo envolvidos na temática. 
1. Fundamentação Teórica 
O Currículo Paulista é estruturado em seis volumes, sendo: Educação Infantil; 
Linguagens; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas e Ensino 
Religioso, onde cada volume é composto pelo texto introdutório da etapa, da área e 
do respectivo componente, acompanhados do organizador curricular. Os principais 
objetivos da Etapa do Ensino Fundamental (Anos Inicias e Finais) são: 
• Retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental Anos Iniciais, 
visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes; 
• Fortalecer a autonomia desses adolescentes, oferecendo-lhes condições e 
ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e 
13 
 
fontes de informação, 
• Contribuir para o delineamento do Projeto de Vida dos estudantes. 
O Documento está organizado por uma série de códigos que identificam as 
habilidades em cada ano/série por etapa e componente curricular. Assim, na 
disciplina de Ciências, por exemplo, temos a habilidade identificada pelo código 
EF08CI03, onde os elementos são identificados da seguinte maneira (Imagem 1): 
Imagem 1 – Infográfico explicativo, exemplificando um dos muitos códigos identificadores das 
habilidades contidas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e outros documentos dela 
oriundos. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
Como no ano de 2020 iniciou-se uma pandemia e o ensino que passou a 
vigorar foi o remoto, os sistemas educacionais foram obrigados a se reinventar. Em 
SP, a COPED lançou o aplicativo Centro de Mídias da Educação do Estado de São 
Paulo (CMSP), um aplicativo com aulas ao vivo (que ficam gravadas) interativas por 
meio de chat. O CMSP se institui como uma política pública em SP, pois promove 
acesso à educação e tem como objetivo contribuir com a formação dos profissionais 
14 
 
da rede e ampliar a oferta aos alunos de uma educação mediada por tecnologia, de 
forma inovadora, com qualidade e possibilitando ampliar os horizontes do ensino 
tradicional (EFAPE-SP). Para tentar driblar as defasagens que já existiam, mas que 
com o período de pandemia foram aumentadas, a SEDUC-SP lançou uma coleção 
de fascículos de apoio à aprendizagem intitulada “Aprender Sempre” (Imagem 2), 
com o objetivo de promover aprendizagem continuada nas principais habilidades. E, 
para completar, um rol de habilidades tidas como essenciais foi disponibilizado aos 
profissionais da educação para que, naquele momento frágil do processo ensino-
aprendizagem, o planejamento e as ações voltadas à recuperação fossem possíveis. 
Os materiais contemplam as disciplinas da grade curricular dos discentes e servem 
de instrumento para o cotidiano escolar. 
O material “Currículo em Ação” (Imagem 3) começou a ser implantado em 
2020 em todos os anos do Ensino Fundamental e, em 2021, a implantação gradual 
da coleção começou no Ensino Médio com a 1ª série da etapa. Até 2023 o ciclo 
estará completo. O material “Aprender Sempre”, após 2020, foi adotado em todas as 
etapas de ensino, e hoje, elenca grande parte das atividades realizadas no ambiente 
escolar. Apenas a 3ª série do Ensino Médio segue com o material “SP Faz Escola”, 
que está alicerçado no antigo Currículo Oficial do Estado de São Paulo, onde o 
material “Aprender Sempre” também está adaptado ao currículo anterior. 
Imagem 2 – Materiais pedagógicos de divulgação da 
SEDUC-SP “Currículo em Ação” e “Aprender 
Sempre”. 
Imagem 3 - Material pedagógico de 
divulgação da SEDUC-SP “Currículo em 
Ação”. 
 
Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), 2021. 
Para sintetizar as informações referentes aos materiais mencionados 
anteriormente, elaborou-se a Tabela 1 – Síntese dos respectivos materiais 
pedagógicos por etapa de ensino e ano/série, onde os materiais estão divididos em 
duas categorias: Material Principal e Material Complementar. 
15 
 
Tabela 1 – Síntese dos respectivos materiais pedagógicos por etapa de ensino e ano/série 
 
ETAPA ANO/SÉRIE MATERIAL PRINCIPAL MATERIAL COMPLEMENTAR 
 
Ensino Fundamental 
(Anos Finais) 
6º Currículo em Ação Aprender Sempre 
7º Currículo em Ação Aprender Sempre 
8º Currículo em Ação Aprender Sempre 
9º Currículo em Ação Aprender Sempre 
 
Ensino Médio 
1ª Currículo em Ação Aprender Sempre 
2ª Currículo em Ação Aprender Sempre 
3ª SP Faz Escola Aprender Sempre 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
No que diz respeito ao plano de ensino do componente curricular de Física, 
encontramos conteúdos diversos em anos/séries diversos, pois, no Ensino 
Fundamental II, a Física está inserida na disciplina de Ciências Físicas e Biológicas 
e, no Ensino Médio, há a Física pura em um componente curricular que leva o 
mesmo nome. Vale destacar que o material “Aprender Sempre” relativo às Ciências 
da Natureza só está disponível para o 9º ano do Ensino Fundamental II e para a 3ª 
série do Ensino Médio. 
O arcabouço pedagógico por trás destes materiais(Imagem 4), em todos os 
componentes curriculares, não só nos de Ciências Físicas e Biológicas e Física, se 
apresenta através de Unidades Temáticas, que caracterizam como norteadores de 
habilidades, extraídos da BNCC e que também integram os conhecidos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs). Os PCNs, especialmente os das Ciências Naturais, 
se caracterizam pela supervalorização do conhecimento científico que, com a 
crescente intervenção da tecnologia no nosso cotidiano, contribuem para a formação 
de um cidadão crítico à margem do saber científico (LOPES, 2002). Também se 
trata de um importante documento, pois incentiva a contextualização e a valorização 
do conhecimento associada ao cotidiano do discente, o que sugere trabalhar 
conteúdos mais palpáveis. Em seguida, há o código da habilidade precedido pelo 
descritor da mesma. Os descritores iniciam-se sempre por verbos no infinitivo, como 
“Identificar”, “Selecionar”, “Reconhecer”, “Concluir”, entre outros. E, por fim, há os 
Objetos de Conhecimento, que são os “assuntos” e “temas” que serão trabalhados e 
aprofundados através do desenvolvimento das habilidades mencionadas pelos 
descritores. 
 
 
 
16 
 
Imagem 4 – Recorte da estrutura que compõe o arcabouço pedagógico dos materiais didáticos 
disponibilizados pela SEDUC-SP. 
 
Fonte: Site do Currículo Paulista, 2021. 
O material “Currículo em Ação”, um dos frutos do elogiado Currículo Paulista, 
é um material didático comum em todos os anos do Ensino Fundamental II e, no 
Ensino Médio, está restrito apenas às 1ª e 2ª séries, sendo caracterizado, nesta 
etapa, por uma implementação gradual para que não aconteçam impactos negativos 
na aprendizagem dos estudantes. Em conformidade com o Currículo Paulista, que 
tem o compromisso com a educação integral dos alunos e retrata o dever de 
valorizar, dentre tantos pontos, as experiências pessoais dos alunos, baseadas no 
respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. A 
qualidade das relações interpessoais dos educandos e o desenvolvimento das 
competências socioemocionais deverão ser evidenciadas e mediadas na construção 
educacional. O processo dialógico do conhecimento para o material pedagógico 
“Currículo em Ação”, envolve sensos crítico, estético e ético, em situações 
comunicativas e promove a corresponsabilidade no processo de ensino e 
aprendizagem, à medida em que cada estudante possa se reconhecer neste 
processo e propor ampliações e/ou adequações de acordo com seus saberes e 
cultura, voltado à sua formação integral. Ou seja, esse material pauta-se muito na 
Educação Integral dos educandos, assumindo um trabalho que evidencia o 
comprometimento do alunado como um todo, tornando-o protagonista de seus 
próprios conhecimentos a serem adquiridos em forma de aprendizagem. 
17 
 
O Ensino Fundamental II possui a disciplina de Ciências Físicas e Biológicas, 
onde o aluno tem contato com temáticas das áreas da Física, Química e Biologia. 
Em alguns anos ou bimestres dessa etapa, há evidência de um desses 
componentes dentro das Ciências Físicas e Biológicas, que acaba ficando restrito à 
temática que será abordada. Contudo, destaca-se que a coleção “Currículo em 
Ação” procura exercitar a interdisciplinaridade entre a própria área de conhecimento 
(que, em questão, trata-se da área das Ciências da Natureza e suas Tecnologias) e 
outras áreas, como Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas 
Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além de trabalhar de maneira 
conjunta com o Acolhimento contínuo dos estudantes e com os componentes do 
Inova Educação (parte diversificada do currículo e que trabalha os Eixos temáticos e 
as Competências Socioemocionais) que compreende os componentes Disciplinas 
Eletivas, Tecnologia & Inovação e Projeto de Vida. O Inova Educação é uma 
importante inovação que vem para somar ao Currículo Paulista, compondo0 a parte 
diversificada e que dá liberdade de escolha ao educando, fortalecendo, assim, o seu 
Protagonismo Juvenil. Importante destacar que podem ser formadas Disciplinas 
Eletivas que abordem a Física, ou mesmo em Tecnologia & Inovação, os conceitos 
de Física são importantes para compreender, por exemplo, as associações em série 
e paralelo. 
Imagem 5 – Ícone da Formação Aprofundada em Projeto de Vida (1ª Edição/2019, disponibilizada 
pela EFAPE. 
 
Fonte: Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São 
Paulo (EFAPE). 
18 
 
Junto ao “Currículo em Ação”, e para apoiar o seu desenvolvimento, temos 
o material “Aprender Sempre”. Esse material fortalece as aprendizagens, 
valorizando o objetivo da proposta apresentada nas aulas, contribuindo para a 
integração dos processos de aprendizagem das habilidades curriculares 
essenciais, apoiando o docente na reflexão para o planejamento do aspecto 
socioemocional e os discentes no processo de protagonismo. O uso dos materiais 
da coleção “Aprender Sempre” denota recuperação e aprofundamento das 
habilidades, abrindo espaço para que os rumos sejam retomados diante de um 
cenário onde o processo ensino-aprendizagem ficou defasado por conta da 
pandemia do novo Coronavírus (MARTINS, PERALTA & GONÇALVES, 2021). 
Contudo, a coleção traz o componente Ciências Físicas e Biológicas, 
somente no 9º ano do Ensino Fundamental, e Física, somente na 3ª série do 
Ensino Médio. Os exercícios são bastante ricos e visam dar continuidade e fixação 
às aprendizagens, funcionando como uma espécie de reforço escolar e um 
instrumento de apoio ao professor. 
Há, ainda, uma terceira coleção de materiais, porém esta, destinada apenas 
aos docentes. É a coleção dos “Materiais de Apoio ao Planejamento e Práticas de 
Aprofundamento” (MAPPA’s) (Imagem 6), que compõem os conteúdos dos 
Aprofundamentos Curriculares, denominados Itinerários Formativos, destinados 
exclusivamente à 2ª série do Ensino Médio. A implementação dos Itinerários 
começou no ano de 2022 e caracteriza-se, principalmente, pelo Protagonismo dos 
educandos em poder optar pelo itinerário que mais se enquadra ao seu Projeto de 
Vida. Os itinerários elencam as áreas de conhecimento avulsas ou integradas, os 
quais trazem toda essa reviravolta do Novo Ensino Médio (Imagem 7). 
Imagem 6 - Materiais de Apoio ao Planejamento e 
Práticas de Aprofundamento” (MAPPA’s) 
Imagem 7 – Divulgação dos materiais 
MAPPA’s para o Novo Ensino Médio. 
 
Fonte: Centro do Professorado Paulista (CPP). Fonte: SEDUC-SP 
19 
 
CAPÍTULO II: ANALISANDO OS MATERIAIS 
O conteúdo de Física está presente de diferentes maneiras entre os materiais 
didáticos já mencionados, e se comparado às obras do PNLD disponibilizadas às 
unidades escolares para escolha. Assim como os materiais já produzidos pelas 
redes de ensino, o livro didático também é um instrumento importante, pois 
complementa didaticamente todo o trabalho docente, além de servir como objeto 
contextualizador para os diferentes assuntos a serem abordados (LEAL & 
OLIVEIRA, 2008). 
Para o presente trabalho, analisou-se as coleções “Currículo em Ação” 
(volumes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio), “Aprender Sempre” 
(volumes do 9º ano do Ensino Fundamental II e 3ª série do Ensino Médio), “Materiais 
de Apoio ao Planejamento e Práticas de Aprofundamento” (MAPPA’s) (volumes dos 
itinerários que elencam as Ciências da Natureza e suas Tecnologias) e obras 
didáticas oriundas do PNLD para possíveis comparações e complementações, 
sendo as coleções “Tempo Ciências”, da Editora Brasil (volumes do Ensino 
Fundamental II) e Multiversos das Ciências da Natureza”, da Editora FTD (volumes 
do Ensino Médio). 
A análise se deu de forma minuciosa, levando em conta o conteúdo, como ele 
é apresentado ao aluno e se sua abordagem está ou não didática (de uma forma 
que promova fácil interpretação e desperte a curiosidade no discente). 
1. Metodologia 
O material “Currículo em Ação”,no 6º ano, traz um pouco do conteúdo de 
Física apenas nos 3º e 4º bimestres, quando os assuntos a serem abordados são a 
Óptica, fazendo um apanhado geral entre tipos de lentes, formação de imagens e 
defeitos da visão; e a Gravitação, buscando entender a força que atrai os corpos 
para a Terra, a Lei da Gravitação Universal e um pouco sobre os movimentos da 
Terra no espaço. 
Já no 7º ano, no 1º bimestre, nos deparamos com o conteúdo de Máquinas 
Simples e suas funcionalidades, polias e roldanas e avanços científicos para a 
Mecânica. Ainda no 1º bimestre, o assunto evolui para a Calorimetria, onde os 
assuntos abordados são a transferência de calor, o equilíbrio térmico, calor, 
temperatura e sensação térmica. O conteúdo de física volta reaparece no 4º 
bimestre, abordando, de forma simples, a Tectônica de Placas e a Deriva 
20 
 
Continental, explicando um pouco sobre as teorias do geólogo Alfred Wegener. 
No 8º ano, já no 1º bimestre, o assunto se trata de tipos de energias e suas 
respectivas fontes e se estende pelo 2º bimestre, abordando fontes de energia e 
sustentabilidade. Depois, no 4º bimestre, o assunto a ser tratado é Astronomia, 
fases da Lua e eclipse lunar, onde o conteúdo é praticamente todo regido por 
experiências e atividades práticas. 
Já no 9º ano, o conteúdo inicial se caracteriza pelos estados físicos da 
matéria, sendo uma introdução à Física que o discente estudará no Ensino Médio. 
Os conceitos de Física seguem viajando pela Física Moderna, de maneira 
introdutória e simples, abordando os modelos atômicos, as cores da luz, 
propagação de ondas e ondas eletromagnéticas. E, finalmente, no 4º bimestre, há 
o retorno do conteúdo, voltado para os temas de Astronomia e atividades práticas 
sobre o assunto. 
A Tabela 2 – Síntese pós análise do conteúdo do material “Currículo em 
Ação”, anos finais do Ensino Fundamental, sintetiza as informações coletadas 
anteriormente, quanto à presença ou à ausência de conteúdos de Física por ano e 
por bimestre, e a Tabela 3 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do 
material “Currículo em Ação”, anos finais do Ensino Fundamental, que especifica o 
conteúdo (quando este se fizer presente no material analisado): 
Tabela 2 – Síntese pós análise do conteúdo do material “Currículo em Ação”, anos finais do Ensino 
Fundamental 
MATERIAL “CURRÍCULO EM AÇÃO” 
 POSSUI CONTEÚDOS DE FÍSICA? 
ETAPA ANO 1º 
BIMESTRE 
2º 
BIMESTRE 
3º 
BIMESTRE 
4º 
BIMESTRE 
Ensino 
Fundamental II 
6º Não Não Sim Sim 
7º Sim Não Não Sim 
8º Sim Sim Não Sim 
9º Sim Não Não Sim 
 Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
 
Tabela 3 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do material “Currículo em Ação”, anos finais 
do Ensino Fundamental 
MATERIAL “CURRÍCULO EM AÇÃO” 
ETAPA ANO QUAL CONTEÚDO DE FÍSICA ESTÁ PRESENTE? 
 
 
 
Ensino Fundamental II 
 
6º 
Óptica (Tipos de Lentes, Formação de Imagens e Defeitos 
da Visão); Gravitação (Gravidade, Lei da Gravitação 
Universal e Movimentos da Terra no Espaço). 
 
7º 
Mecânica (Máquinas Simples, Polias e Roldanas); 
Calorimetria (Transferência de Calor, Equilíbrio 
Térmico e Temperatura); Tectônica de Placas e 
Deriva Continental (Alfred Wegener). (continua) 
21 
 
MATERIAL “CURRÍCULO EM AÇÃO” 
Etapa Ano QUAL CONTEÚDO DE FÍSICA ESTÁ PRESENTE? 
 
 
 
 
Ensino Fundamental II 
 
8º 
Tipos de Energia (energia e sustentabilidade); 
Astronomia (Atividades voltadas à Olimpíada 
Brasileira de Astronomia). 
 
 
9º 
Física Moderna (Modelos Atômicos, Cores da 
Luz, Propagação de Ondas e Ondas 
Eletromagnéticas); Astronomia (Unidade 
Astronômica, Diferentes Leituras do Céu e 
Atividades voltadas à Olimpíada Brasileira de 
Astronomia). 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 
2022. 
 
No Ensino Médio, o material “Currículo em Ação” traz a Física pura, porém, 
busca trabalhá-la de forma interdisciplinar. Trabalhar com a ótica interdisciplinar, 
fornece subsídios para uma compreensão mais profunda daquilo que se busca 
desenvolver auxilia no processo de ampliação das possibilidades futuras 
(HARTMANN & ZIMMERMANN, 2007). Vale lembrar, novamente, que o material em 
questão está restrito às 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, sendo a 3ª série ainda no 
Currículo Oficial de SP, utilizando o material “SP Faz Escola”. 
Na 1ª série do Ensino Médio, no início, vemos um pouco da Física 
Newtoniana, um pouco sobre cálculo da velocidade, propondo o trabalho 
interdisciplinar com a Química ao falar de combustíveis. No 2º bimestre, temos um 
misto entre Calorimetria (Calor sensível e calor latente) e Eletricidade (Resistores, 
fusíveis, capacitores, instalações e associações), além de Óptica (Luz e cores) e 
Ondulatória (Som), tratando-se de um bimestre bastante eclético. No 3º bimestre o 
que vigora é o estudo das radiações eletromagnéticas, seguindo para questões da 
Astronomia, encerrando-se com uma pincelada de Física Moderna (experimento de 
Michelson-Morley e o experimento da velocidade da luz no vácuo). Já no 4º 
bimestre, analisamos um pouco a respeito da Termodinâmica e suas leis, 
novamente a Eletricidade e uma pincelada sobre o Magnetismo. 
O conteúdo da 2ª série já se inicia com a Termologia e Calorimetria, 
abordando escalas termométricas, formas de troca de calor, máquinas térmicas e 
leis da termodinâmica, sendo conteúdos que se estendem para o 2º bimestre. Nos 3º 
e 4º bimestres, o conteúdo versa a respeito da Ondulatória (som e luz), além de 
trabalhar sobre os diferentes tipos de ondas (mecânica e eletromagnética), 
conteúdos que também se estendem ao longo de todo o semestre. 
A Tabela 4 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do material 
22 
 
“Currículo em Ação”, Ensino Médio, mostra um pequeno resumo dos diversos 
conteúdos das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. 
Tabela 4 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do material “Currículo em Ação”, 1ª e 2ª 
séries do Ensino Médio 
MATERIAL “CURRÍCULO EM AÇÃO” 
ETAPA SÉRIE QUAL CONTEÚDO DE FÍSICA ESTÁ PRESENTE? 
 
 
 
 
 
 
 
Ensino Médio 
 
 
 
 
1ª 
Dinâmica e Cinemática (Física Newntoniana); 
Mecânica; Calorimetria (Calor sensível e calor 
latente); Eletricidade (Resistores, fusíveis, 
capacitores, instalações e associações); Óptica 
(Luz e cores); Ondulatória (Som); Radiações 
Eletromagnéticas; Astronomia; Física Moderna 
(Experimento de Michelson-Morley e 
Experimento da Velocidade da Luz no Vácuo); 
Termodinâmica; Leis da Termodinâmica, 
novamente a Eletricidade e uma pincelada sobre 
o Magnetismo. 
 
 
2ª 
Termologia e Calorimetria (escalas 
termométricas, formas de troca de calor, 
máquinas térmicas, leis da termodinâmica); 
Ondulatória (som e luz); Diferentes tipos de 
Ondas (Mecânica e Eletromagnética). 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 
2022. 
 
Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das habilidades essenciais e, 
também, aquelas denominadas como marcos de desenvolvimento, ou seja, 
habilidades que são marcadas pela aquisição de categorias únicas e bem definidas, 
como capacidades cognitivas, motoras, sociais, emocionais, de linguagem e 
comunicação (SANTOS, 2020), o material “Aprender Sempre” caracteriza-se como 
um complemento para recuperação e aprofundamento das aulas. Recuperar e 
Aprofundar é o mesmo que garantir o desenvolvimento das aprendizagens 
essenciais para os estudantes avançarem em seu percurso educacional (EFAPE-
SP). Todavia, os materiais dessa coleção, que contemplam Ciências Físicas e 
Biológicas (Imagem 8) e a própria Física (Imagem 9), estão restritos ao 9º ano do 
Ensino Fundamental II e à 3ª série do Ensino Médio. Portanto, a cada bimestre, os 
materiais da coleção “Aprender Sempre” são distribuídos como suporte para o 
Professor e Aluno. As atividades são mais dinâmicas, e sugerem-se a realização em 
grupos, o que, além de trabalhar oconteúdo, trabalha, também, as competências 
socioemocionais dos discentes, promovendo uma educação mais integral 
 
 
23 
 
Imagem 8 – Recorte do material “Aprender 
Sempre”, volume 1, 9º ano, Ensino Fundamental II 
Imagem 9 – Recorte do material “Aprender 
Sempre”, volume 1, 3ª série, Ensino Médio 
 
Fonte: EFAPE-SP Materiais de Apoio Fonte: EFAPE-SP Materiais de Apoio 
 
O material “SP Faz Escola” está restrito à 3ª série do Ensino Médio, sendo em 
2022, o seu último ano de execução, uma vez que, tendo em vista a implementação 
gradativa do Novo Ensino Médio e do material “Currículo em Ação”, este ciclo de 
implementação citado, se concretizará em 2023. O conteúdo de Física presente 
nesse material, versa a respeito da Eletricidade e Magnetismo de uma maneira mais 
aprofundada (associações em série e paralelo, resistores, conta de energia elétrica, 
ímãs, motores à força magnética) e segue aprofundando o tema de Física Moderna 
(modelo atômicos, fenômenos nucleares e partículas elementares). A Tabela 5 –
Síntese pós análise do conteúdo especificado do material “SP Faz Escola”, 3ª série 
do Ensino Médio, traz um pequeno resumo das ideias apresentadas acerca dos 
conteúdos do material. 
Tabela 5 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do material “SP Faz Escola”, 3ª série do 
Ensino Médio 
MATERIAL “SP FAZ ESCOLA” 
ETAPA SÉRIE QUAL CONTEÚDO DE FÍSICA ESTÁ PRESENTE? 
 
 
Ensino Médio 
 
 
3ª 
Eletricidade e Magnetismo (associações em 
série e paralelo, resistores, conta de energia 
elétrica, ímãs, motores à força magnética); 
Física Moderna (modelo atômicos, fenômenos 
nucleares e partículas elementares). 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
O Novo Ensino Médio, traz consigo a oportunidade de escolhas para o aluno, 
no sentido de qual área do conhecimento buscar o aprofundamento. Cabe ao 
estudante discernimento e consonância ao seu Projeto de Vida no momento da 
escolha, pois trata-se de uma importante inovação na educação e que o 
acompanhará por todo o Ensino Médio (SILVA & BOUTIN, 2018). 
Atrelado ao Novo Ensino Médio e a essas escolhas, surgem os 
24 
 
Aprofundamentos Curriculares, denominados Itinerários Formativos (Imagens 10 e 
11), os quais devem ser isolados ou integrados entre as áreas do conhecimento já 
mencionadas anteriormente. Os Itinerários Formativos configuram um importante 
proposto que trata-se, impreterivelmente, da organização curricular a um nível de 
ensino que venha oferecer tempos e espaços próprios aos estudos e às atividades 
que permitam itinerários formativos opcionais diversificados (contemplando todas as 
áreas do conhecimento), a fim de melhor responder à heterogeneidade e pluralidade 
de condições, além dos múltiplos interesses e aspirações dos estudantes, com suas 
especificidades etárias, sociais e culturais, bem como sua fase de desenvolvimento 
escolar à luz da etapa que estão cursando (LOPES, 2019). 
Imagem 10 – Infográfico sobre os Itinerários Formativos (Carga horária e disposição nas séries). 
 
Fonte: Guia do Estudante: Você sabe o que é o Novo Ensino Médio? SEDUC-SP 
 
Imagem 11– Infográfico sobre os Itinerários Formativos (Carga horária e disposição nas séries). 
 
Fonte: Guia do Estudante: Você sabe o que é o Novo Ensino Médio? SEDUC-SP 
25 
 
Os Aprofundamentos Curriculares (Itinerários Formativos) que levam 
conteúdos de Física em sua estrutura são “Meu Papel no Desenvolvimento 
Sustentável”, “A Cultura do Solo: do Campo à Cidade”, “Corpo, Saúde e Linguagens” 
e “Ciência em Ação!”. Cada Itinerário Formativo é composto por Unidades 
Curriculares (UC’s) que, por sua vez, são compostas por componentes curriculares 
já estabelecidos. A Unidade Curricular analisada (Tabela – 6) foi a UC1, tendo em 
vista que as demais unidades serão disponibilizadas ao longo do ano de 2022 e 
2023, e está disponível nos “Materiais de Apoio ao Planejamento e Práticas de 
Aprofundamento” (MAPPA’s). 
Tabela 6 – Síntese pós análise do conteúdo especificado do material “Materiais de Apoio ao 
Planejamento e Práticas de Aprofundamento” (MAPPA’s), exclusivo do docente para ministrar aulas 
na 2ª série do Ensino Médio 
UNIDADE 
CURRICULAR 
APROFUNDAMENTO 
CURRICULAR 
(ITINERÁRIO FORMATIVO) 
COMPONENTE 
CURRICULAR 
CONTEÚDOS 
ABORDADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UC1 
 
 
 
 
 
Meu Papel no 
Desenvolvimento Sustentável 
 
 
 
 
 
Energias 
Limpas 
Distribuição de 
energia; 
Processos de 
transformação de 
energia; 
Energia eólica 
matriz energética; 
Fenômenos 
físicos associados a 
geradores elétricos; 
Pêndulo 
eletromagnético. 
A Cultura do Solo: do Campo 
à Cidade 
Transformações 
de Matéria em 
Energia 
Energia Geotérmica; 
Biomassa na 
Produção de Energia 
Elétrica. 
 
 
Corpo, Saúde e Linguagens 
 
Conservação do 
Movimento 
Lei de Conservação 
do Momento Angular; 
Lei da Conservação 
da Quantidade de 
Movimento; Giroscópio 
 
Ciência em Ação! 
Eficiência 
Energética 
Consumo de energia 
elétrica; circuitos 
elétricos. 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
E, para apoiar o desenvolvimento das habilidades, o docente dispõe do 
material didático, o livro didático, oriundo do PNLD, uma política pública que visa 
trazer mais conhecimento ao estudante, contextualizando e levando um material 
didático adequado a cada nível educacional existente, para todos os estudantes da 
rede pública e, por isso, a escolha é criteriosa, desde o momento da inscrição das 
26 
 
editoras, até a escolha das obras, sendo caracterizado como um processo 
democrático (MIRANDA & LUCA, 2004). 
Como o PNLD está alinhado à BNCC, e os currículos também, as obras 
disponíveis pelo Programa, trazem certo grau de consonância com os materiais 
distribuídos pelas redes. As obras do PNLD analisadas, foram a coleção “Tempo de 
Ciências” (Imagem 12) para o Ensino Fundamental II e “Multiversos das Ciências da 
Natureza” (Imagem 13) para o Ensino Médio. Os dados dessa análise foram 
compilados (Tabelas 7 e 8) e estão disponíveis nas tabelas seguintes. 
Tabela 7– Síntese pós análise do conteúdo especificado na coleção “Tempo de Ciências”, da Editora 
Brasil, oriunda do PNLD. 
ETAPA OBRA ANO CONTEÚDO DE FÍSICA 
PRESENTE NA OBRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ensino Fundamental II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coleção “Tempo 
de Ciências” 
 
6º 
Óptica (Luz, imagens, lentes e 
defeitos da visão); Astronomia 
(Sistema solar, estrelas e 
satélites). 
 
 
7º 
Máquinas simples (Alavancas, 
roldanas e catracas); Calorimetria 
(Calor, frio e temperatura dos 
corpos); Máquinas térmicas 
(Máquinas a vapor). 
 
 
8º 
Astronomia (Eclipse, fases da Lua 
e estações do ano); Gravitação 
(Gravidade, gravitação em torno 
da Terra); Eletricidade (Circuitos 
elétricos e gasto de energia 
elétrica). 
 
 
9º 
Astronomia (Universo, galáxias e 
estrelas); Física Moderna 
(modelos atômicos, radiação 
eletromagnética, velocidade da 
luz no vácuo e radioatividade). 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
 
Tabela 8 – Síntese pós análise do conteúdo especificado na coleção “Multiversos das Ciências da 
Natureza”, da Editora FTD, oriunda do PNLD. 
ETAPA OBRA VOLUME CONTEÚDO DE FÍSICA 
PRESENTE NA OBRA 
 
 
 
 
Ensino 
Médio 
 
 
 
 
Coleção “Multiversos 
das Ciências da 
Natureza” 
 
 
Matéria, 
Energia e a 
Vida 
Características gerais da matéria 
e da energia, suas 
transformações e conservações e 
como interagem entre si, 
possibilitando a existência de tudo 
o que se encontra no Universo, 
incluindo a vida. 
Movimentos e 
Equilíbrios na 
Natureza 
Estudo de movimentos e 
condições de equilíbrios, 
considerando aspectos da Física, 
da Química e da Biologia. 
(continua) 
27 
 
Os livros didáticos do PNLD são elaborados visando o apoio aos docentes no 
desenvolvimento das habilidades e competências da BNCC para o Ensino 
Fundamental II e o NovoEnsino Médio, por meio da integração entre os 
componentes curriculares que formam a área de Ciências da Natureza: Ciências 
Físicas e Biológicas, Biologia, Física e Química. As coleções objetivam as formações 
integrais dos estudantes, utilizando diferentes procedimentos metodológicos em sala 
de aula para que haja incentivo do protagonismo discente na construção do 
conhecimento e no desenvolvimento do letramento científico, algo tão importante no 
atual século (MOTTA-ROTH, 2011). 
Imagem 12 – Divulgação da coleção “Tempo de 
Ciências”, destinada aos anos do Ensino 
Fundamental II, pelo PNLD 
Imagem 13 – Divulgação da coleção “Multiversos 
das Ciências da Natureza”, destinada às séries 
do Ensino Médio, pelo PNLD. 
 
Fonte: Site Editora Brasil Fonte: Site FTD Educação 
ETAPA OBRA VOLUME CONTEÚDO DE FÍSICA 
PRESENTE NA OBRA 
 
 
 
 
 
 
 
Ensino 
Médio 
 
 
 
 
 
 
 
Coleção “Multiversos 
das Ciências da 
Natureza” 
 
 
Eletricidade 
na Sociedade 
e na Vida 
 
Formas e fontes de energia 
renováveis e não renováveis, 
consumo de energia elétrica e sua 
relação com o ambiente, 
transformações químicas 
associadas a fenômenos elétricos 
e como a eletricidade se manifesta 
no corpo humano. 
 
 
Ciência, 
Sociedade e 
Ambiente 
Características e as propriedades 
de diversos materiais, bem como 
fenômenos térmicos relacionados à 
sua produção e manipulação. 
Impactos ambientais provocados 
por atividades humanas, visando 
estimular ações sustentáveis e de 
proteção à biodiversidade. 
Fonte: Elaborado pelo autor, exclusivamente para esta Monografia de Conclusão de Curso, 2022. 
28 
 
CAPÍTULO III: DISCUTINDO A REALIDADE DOS CURRÍCULOS 
Ter currículos alinhados à BNCC não quer dizer, necessariamente, que estes 
sejam vistos à boa ótica e bem aceitos pelas comunidades escolares. O processo de 
elaboração de um currículo segue uma linha democrática no que diz respeito à 
pluralidade de ideias, uma vez que a construção deve ser participativa e aberta 
(RODRIGUES, 1999). 
A própria BNCC, que tem por papel orientar e nortear os escopos escolares, 
delimitando o que muitos consideram como “ponto de largada e ponto de chegada”, 
acaba deixando lacunas e, às vezes, não corroborando as aprendizagens 
(ARROYO, 2015). Acontece que o resultado será um efeito dominó, onde os 
currículos alinhados à Base, também poderão estar com lacunas, pois serão reflexo 
do documento norteador (ou que pelo menos era para ser norteador) (NODA & 
GALUCH, 2013). 
Nesse viés, torna-se genérico a problemática curricular, uma vez que a luta 
sempre foi, desde o PNE, estabelecer um documento que explicitasse os anseios 
curriculares das comunidades e que, ao mesmo tempo, padronizasse o ensino entre 
municípios distintos e estados distintos, mas que observando a primeira versão da 
BNCC, talvez a consolidação dessas ideias anteriores não tenha ocorrido em sua 
totalidade (MOZENA & OSTERMANN, 2016). 
O currículo de Física, seguindo essa mesma linha de raciocínio, apresenta 
situações pontuais que, submetidas à análise, revelam certas fragilidades nas 
entrelinhas e no próprio arranjo do escopo (IDEM, 2016). 
1. Argumentação e Discussão 
O currículo escolar é algo identitário, isto é, caracteriza, molda e define aquele 
que se apropria de sua estrutura, não conteudista para a nossa contemporaneidade, 
mas sim contextualizada àquilo que realmente trará significado e sentido (MENEZES 
& ARAUJO, 2007). 
Segundo Mozena e Ostermann (2016), no que tange à Física, a última versão 
da BNCC já apresentava um resumo das unidades curriculares (movimentos de 
objetos e sistemas, energias e suas transformações, processos de comunicação e 
informação, eletromagnetismo, materiais e equipamentos, matéria e radiação – 
constituição e interações, terra e universo - formação e evolução), assim como o 
presente na primeira versão. Nesse sentido, entende-se que pouco do que já se 
29 
 
tinha, podia ser de caráter agregador, mas que acabou por ser eliminado na versão 
final, como por exemplo, os conteúdos que diziam respeito à Física Moderna e à 
História da Ciência. A preocupação aumenta à medida que se começa a desconfiar 
de que muito do que há no documento orientador de currículos nacional, a BNCC, 
encontra-se da mesma forma nos PCN’s, onde os “temas estruturantes” acabaram 
sendo configurados para as chamadas “unidades curriculares” (uma menção aos 
Itinerários Formativos) e as “Competências Gerais” que ainda se tinha em relação à 
área de Ciências da Natureza, foram configuradas para “eixos formativos”. Apesar 
de a nomenclatura ser diferente e aparentar aspecto revolucionário, entende-se que 
é apenas um pouco mais do que já se tinha. 
À luz de outra ótica, uma mais otimista, Casagrande, Alonso e Silva (2019) 
trazem a ideia de que a BNCC se constitui um documento amplamente democrático, 
o qual oferece subsídios ao docente e ao discente, uma vez que é um instrumento 
fruto de intensos trabalhos e escutas e que passou por marcadas configurações até 
ter-se o que se tem hoje. 
Enquanto isso, Moura (2020) explica que formações com os profissionais da 
educação devem ser realizadas, uma vez que elas fortalecem as práticas 
pedagógicas e dinamizam os trabalhos, tanto teórico como também práticos, 
culminando num alinhamento às ideias centrais presentes na Base. Em 
contrapartida, Peroni, Caetano e Arelaro (2019), sugerem uma linha de 
entendimento pautada na relação existente entre o universo público e o universo 
privado no cunho das políticas educacionais. Assim sendo, a definição das diretrizes 
e conteúdos presentes na BNCC, deveria ter sido realizada em debates entre s duas 
esferas educacionais. 
Na verdade, há pontos gritantes na elaboração da Base, tanto na etapa do 
Ensino Fundamental, Médio e outras. De acordo com Silva (2019), a BNCC é um 
documento excludente, pois deixa facultativos alguns componentes curriculares que 
já estavam incorporados à antiga grade. A mudança de governo entre 2016 e 2017 
também afetou o desenvolvimento do documento, no sentido da reestruturação da 
equipe curricular responsável. Todos esses fatores nos levam a refletir os impactos 
que são direcionados a níveis locais, pensando na elaboração de currículos, 
formação com a equipe responsável e processos avaliativos que serão adotados 
dentro de um sistema educacional. 
30 
 
Acredita-se que, na concepção dos articuladores da BNCC, que a criação do 
referido documento serviria como “pilar de sustentação” para os direitos de 
aprendizagem de cada aluno, à formação dos professores, aos recursos didáticos e 
às avaliações externas, porém, é nítida a imagem contrária, em muitos aspectos, 
quando comparado com o que se prometia (MOZENA & OSTERMANN, 2016). 
A nível de estado, problemas curriculares também podem acontecer. No 
estado de São Paulo, o Currículo Paulista também apresenta algumas fragilidades 
que vêm sendo identificadas desde a sua homologação. 
De acordo com Nascimento (2020), existe uma nítida semelhança entre 
Currículo Paulista e BNCC, diferindo apenas na extensão gráfica das Habilidades 
que, na BNCC, podem ser mais longas, e no Currículo Paulista, estão 
desmembradas em “parte A” e “parte B”. Nascimento (2020) ainda recorda que o 
espírito inicial da BNCC sempre foi padronizar os conteúdos e que, quando um aluno 
fosse transferido para unidades escolares de mesmo estado, ou de outros, seu 
aprendizado não seria comprometido, pois, sua escola de destino, estaria no mesmo 
nível de aprendizado que sua escola de origem. Acontece que quando afirmamos 
isso, não levamos em conta o fato de que os docentes têm total autonomia para 
adaptar, recuperar e aprofundar as situações estudadas em sala de aula. 
Por outro lado, Jorge (2021) considera o Currículo Paulista uma inovação e 
algo que veio para aprimorar a educação no estado de SP. Entretanto, há 
dificuldades no que diz respeito à falta de infraestrutura, aos recursos tecnológicose 
outros, evidenciando as fragilidades frentes à implantação dessas novas ideias. 
Atualmente, as escolas contam com mais recursos do Programa Dinheiro Direto na 
Escola (PDDE), porém as dificuldades das prestações de contas, muitas vezes, 
tornam as aquisições de materiais e itens necessários, vinculadas ao 
comprometimento da gestão escolar, um pouco arredias e receosas. 
No que se refere ao conteúdo de Física nos materiais analisados, frutos do 
Currículo Paulista, que são o caso do “Currículo em Ação”, “Aprender Sempre”, os 
“MAPPA’s”, além do material “SP Faz Escola”, que contempla o currículo antigo, e 
dos materiais do PNLD, alinhados à BNCC, é possível traçar comparativos entre os 
materiais apoiados no Currículo Paulista e aqueles que está apoiado à BNCC. 
Observa-se, logo de início, que a presença de conteúdos que abrangem a 
física no Ensino Fundamental II, no componente curricular de Ciências Físicas e 
31 
 
Biológicas, não é constante, ficando restrita a, no mínimo, 02 bimestres por ano. De 
acordo com Zanatta e Neves (2016), o contínuo contato dos estudantes com os 
conteúdos de física, desde o fundamental, é importante para a manutenção da 
própria área de conhecimento e desse componente curricular tão importante, uma 
vez que há alunos que não conseguem relacionar a física com a matemática e o 
quão importante são os conhecimentos de matemática, para resolver os problemas 
da física. 
Outra importante observação está no fato da falta de relação entre alguns 
conteúdos do material “Currículo em Ação” e os livros didáticos do PNLD. A coleção 
analisada, “Tempo de Ciências”, traz um rol de assuntos priorizados, porém não 
contempla todos aqueles abordados pelo “Currículo Paulista”, propiciando o 
desencontro de algumas informações. É necessário promover ações para engajar os 
educandos e dar eles a continuidade daquilo que se está sendo estudado, 
correlacionando temas, contextualizando com diferentes materiais didáticos e 
sugerindo complementações de estudo que enriqueçam o seu repertório e 
construam um ser humano com uma educação de caráter cada vez mais integral 
(GOULART & MOIMAZ, 2021). 
No 6º ano do Ensino Fundamental II, por exemplo, o conteúdo de Gravitação 
presente no material “Currículo em Ação” não está presente no material do PNLD 
correspondente ao ano. Encontramos este conteúdo no livro didático do 8º ano. No 
7º ano, há o conteúdo de Tectônica de Placas e Deriva continental no material 
“Currículo em Ação”, mas que não encontramos no livro didático de ciências, mas 
sim no de geografia. No 8º ano, novamente, há uma disparidade, quando o material 
“Currículo em Ação” trata de tipos de energia (de acordo com sua fonte), mas o livro 
didático exalta apenas a energia elétrica, desprezando, e muito, as outras formas de 
energia. No 9º ano há consonância entre os materiais (inclusive no “Aprender 
Sempre”), mas o problema está no sentido de que o livro didático está aprofundando 
muito mais e, o material “Currículo em Ação” traz uma visão mais geral e bastante 
pincelada. 
O problema de não haver a consonância entre o material principal do aluno e 
o seu livro didático está no fato de que os aprofundamentos naquilo que se espera 
desenvolver com pesquisas e consultas fica comprometido. O livro didático é tido 
como um instrumento importante para o desenvolvimento da educação, pois, em 
32 
 
muitas unidades escolares brasil afora, nem todas as diferentes realidades dispõem 
de aparelhos tecnológicos e tecnologia adequada, como uma sala de informática, 
aparelho de wi-fi, ou mesmo entre os discentes, nem todos podem dispor de 
aparelho celular, limitando, assim, o processo educacional ao material principal e, 
para consulta, o livro didático fornecido pelo PNLD (LEAL & OLIVEIRA, 2009). 
Já no Ensino Médio, a problemática está na forma como os conteúdos de 
física são abordados. Nos materiais “Currículo em Ação”, “SP Faz Escola” e 
“Aprender Sempre”, os conteúdos são transmitidos de maneira muito aberta e 
simplificada, em alguns momentos propondo excesso de práticas, porém sem 
apresentar orientações com solidez e embasamentos teóricos. Os livros do PNLD 
analisados, exprimem conteúdos mais robustos, interdisciplinares e que preparam o 
aluno para as situações mais desafiadoras e que exigirão, com certeza, de um 
preparo pautado no estudo e na compreensão dos objetos do conhecimento 
estudados. 
Já existem várias razões pontuadas que visam a desconexão entre os 
materiais estaduais, alguns livros didáticos do PNLD e a BNCC. Essa disparidade, 
aliada aos poucos e confusos conteúdo de física, fazem com que os materiais 
citados anteriormente, alinhados à BNCC, sejam no mínimo equivocados, segundo a 
visão de Callegari (2019). Há habilidades do Ensino Fundamental que são 
transpostas para o Ensino Médio, mas que acabam perdendo credibilidade e 
gerando confusão no momento de desenvolvimento das aulas e aprendizado dos 
estudantes. É o caso, por exemplo, da habilidade EF09CI15, a qual trata de 
Astronomia e diferentes leituras do céu, mas com as necessidades das diferentes 
culturas (algo que acabou não gerando tanta coerência). O “Currículo Paulista”, 
assim como a BNCC, trazem a ideia de discutir vida em outros planetas como algo 
extremamente fundamental, propondo, também a discussão de escalas de distância 
no Universo, além de explicitar a localização da nossa galáxia, assuntos não tão 
importantes na Astronomia básica e que integra boa parte do 4º bimestre das 1ª e 2ª 
séries nesse panorama. 
A situação se torna um pouco mais preocupante, quando a reflexão toma os 
rumos, onde vemos que os materiais não detalham relevantes de física, como 
conceito de carga elétrica, massa, tempo, espaço, lei de Coulomb, forças e as Leis 
de Newton (nesse último há apenas uma pincelada), tudo acaba desaparecendo nos 
33 
 
materiais. A habilidade EF09CI04, uma habilidade comum do Ensino Fundamental, 
mas também presente no Ensino Médio, mostra um pouco de eletromagnetismo. No 
entanto, não menciona a questão de conceitos fundamentais, como carga elétrica, a 
Lei de Coulomb e o conceito de corrente elétrica, porém o material espera que os 
alunos desenvolvam circuitos elétricos em aulas práticas. 
Em relação aos materiais do Novo Ensino Médio, que contemplam os 
Aprofundamentos Curriculares, denominados Itinerários Formativos, observa-se à 
ótica da UC1, que os Itinerários contemplam os conteúdos de física de forma 
isolada, o que a curto prazo, não é possível se ter respostas, mas que, dentro em 
breve, será possível traçar parâmetros para se estar evoluindo e, talvez, repensando 
a forma de abordagem e disposição dos conteúdos nesses aprofundamentos. 
Ferreti (2018) já afirmava que, uma reforma no Ensino Médio, o Novo Ensino 
Médio, seria uma enorme janela, onde poderia se observar a precariedade da 
infraestrutura das escolas e das condições de trabalho nela vigentes para o 
desenvolvimento de atividades dessa natureza. É claro que, como já mencionado, 
com os recursos do PDDE, as escolas estão conseguindo certa “reestruturação”, 
mas isso em SP. Não se sabe do panorama a nível nacional! Tão importante quanto 
propor, é dar condições para que o proposto venha acontecer. Outro ponto 
importante mencionado por Ferreti (2018) diz respeito ao objetivo do arranjo 
curricular que o Novo Ensino Médio propõe. É preciso mais do que apenas ler e 
compreender, é preciso aplicar o conhecimento. É na aplicação dos conhecimentos 
das diferentes áreas do conhecimento e é na busca dessas soluções para diversas 
situações-problemas, que verificamos se a aprendizagem realmente, de fato, 
aconteceu. 
Para Ortega e Militão (2021), as novas demandas educacionais exigem maior 
preparação e uma revisão dos currículos espelhados aos documentos norteadores, 
pois só assim, e havendo participação plural na elaboração de um novo escopo, 
conseguiremos recuperar defasagens e aprofundar aquiloque já se tem, rumo às 
verdadeiras aprendizagens significativas. 
 
 
 
 
34 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com o passar das décadas, é possível analisar profundas mudanças na 
Educação. Com a homologação da BNCC, a Base que orienta a elaboração de 
currículos em todo o território nacional, os estados e municípios puderam adequar 
seus currículos, com o objetivo de se ter uma homogeneidade entre os conteúdos 
que devem ser estudados. O problema é que a BNCC exclui, dando pouca ou 
nenhuma importância para alguns temas que têm relevância e acaba enaltecendo 
outras temáticas que não deveriam ser aprofundadas em nível fundamental ou 
mesmo nível médio. Os currículos, estaduais ou locais, como estão espelhados na 
Base, e sofrem influência dela, acabam apresentado, também, suas fragilidades 
pontuais. 
Em SP, com a homologação do Currículo Paulista, pôde-se ter um contato 
maior com os conteúdos presentes na BNCC. A problemática está no fato de que o 
espírito da BNCC permanece ali, infiltrado, também, no Currículo Paulista. O 
resultado são os materiais “Currículo em Ação”, “Aprender Sempre” e os “MAPPA’s” 
que possuem informações desencontradas ou muito repetitivas. O desencontro das 
informações com os materiais didáticos do PNLD provoca, sobretudo, falta de 
conexão entre o que se está sendo ensinado e o que realmente deveria ser 
aprendido. Pesquisas, consultas e outras atividades, onde as unidades escolares 
carecem de recursos tecnológicos e mesmo internet de qualidade, ficam muito 
superficiais ou comprometidos. É preciso mudar isso. Uma sugestão interessante, 
que deve partir do docente, seria uma análise mais aprofundada dos livros didáticos 
que chegam às escolas na época de escolha, optando por um material mais 
aprofundado em termos de conteúdo, interdisciplinaridade e atividades, mas, o mais 
importante, o mais alinhado possível com o material principal fornecido pela rede de 
ensino. 
Nessa onda de conteúdos desencontrados ou sem conexão com os materiais 
do PNLD, todos os componentes curriculares acabam perdendo. No de Física não é 
diferente. É preciso trabalhá-lo em unanimidade com a sociedade. É preciso formular 
escopos que interliguem a física com o cotidiano e com as experiências diárias de 
cada um, sendo importante fazer o aluno pensar, refletir e raciocinar sobre o uso da 
física nos dias de hoje. Conteúdos soltos, descontextualizados ou que são 
trabalhados de maneira superficial “só para não passar em branco”, não se fazem 
35 
 
agregadores e acabam gerando problemas nas aprendizagens processuais do 
alunado. 
Em 2023, a implementação do Novo Ensino Médio, em SP, completará seu 
ciclo, e a 3ª série do Ensino Médio deixará de estar no antigo Currículo Oficial de 
SP, migrando para o Currículo Paulista e seus materiais. No que tange essa 
migração, assim como foi com as demais séries, tanto docentes, como também 
discentes, deverão se adequar a mais uma série com desencontros entre as 
informações contidas nos materiais. É nítido que essa desconexão terá impactos 
que, futuramente, poderão ser analisados com bastante clareza. 
Em virtude disso, destaca-se a necessidade da participação plural de todos os 
grupos sociais na elaboração dos planos de ensino, pois vivemos em país 
democrático, onde há diferentes culturas, costumes e valores, que devem ser 
ouvidos, pois, do contrário, o processo deixa de ser democrático e se torna algo 
imposto e, no que se refere à educação, sabe-se que imposição não gera 
aprendizado. 
Ainda se carece de informações mais robustas na literatura, acerca dos novos 
currículos e materiais didáticos oferecidos pelas redes educacionais. Estudos como 
este, tendem a auxiliar todas as esferas educacionais a refletirem sobre seus 
currículos, formulando-os com olhar mais humano e socioemocional, com o objetivo 
de realmente oferecer uma educação de qualidade e que tenha significado na vida 
do estudante. Informações como aquelas aqui presentes, poderão embasar outros 
estudos curriculares e, assim, evitar que outros erros na formulação e elaboração 
dos escopos, acabem por elencar um rol de fragilidades que constituem um 
documento deficitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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