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METODOLOGIA DA PESQUISA

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1 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
METODOLOGIA DA PESQUISA
 
TÉCNICAS DE ESTUDO 
O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico 
exige uma postura diferenciada no que se refere às 
suas etapas e ela deve ter início desde as primeiras 
decisões. 
A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da 
pesquisa de seu interesse, você deve organizar um 
plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima 
organização para que tenha sucesso ao final de todo 
seu empenho. 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para 
elaboração de monografias e dissertações, de 2002, 
propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a 
organização dos passos a serem dados é de extrema 
importância, e, levando-se em conta as características 
individuais de cada trabalho, podemos observar a 
síntese dos itens desse roteiro como um 
procedimento de abertura: 
1. Escolha do tema-problema; 
 
2. Identificação das limitações sobre o que será 
abordado; 
 
3. Formulação de objetivos; 
 
4. Levantamento bibliográfico; 
 
5. Leitura do material selecionado com registros; 
 
6. Análise e interpretação dos dados coletados; 
 
7. Elaboração de conclusões; 
 
8. Elaboração de introdução; 
 
9. Registro de bibliografias e anexos; 
 
10. Revisão geral; 
 
11. Digitação; 
 
12. Entrega e/ou apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Temos quatro gêneros de técnicas de 
estudo, intercomunicados, são eles: 
 
1. Pesquisa teórica: aquela que se dedica ao 
estudo de teorias; 
 
2. Pesquisa metodológica: aquela que se 
dedica aos modos de fazer-se ciência; 
 
3. Pesquisa empírica: aquela que se dedica a 
codificar o que é possível ser medido dentro da 
realidade social; 
 
4. Pesquisa prática: aquela voltada para a 
intervenção na realidade social. 
 
Assim, levando em consideração que você deverá 
observar o objeto de estudo de seu trabalho, a seguir, 
serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa 
geradas a partir dos gêneros mencionados, para que 
seja possível decidir quais os procedimentos mais 
adequados a esse estudo: 
a) Análise de conteúdo: com a ocorrência de 
análise de conteúdos escritos em jornais e 
revistas e que são usados como fontes de 
informações; 
 
b) Bibliográgico: estudo das contribuições 
científicas sobre determinado assunto; 
 
c) Censo: levantamento de informações de todos 
os integrantes do universo pesquisado; 
 
d) Clínico: baseado em técnicas de entrevistas, 
da história de vida, do aconselhamento, de 
psicodiagnósticos; 
 
e) Comparativo: trata-se de um procedimento 
científico que examina casos, fenômenos ou 
coisas por analogia, descobrindo aspectos em 
comum, regularidades e princípios; 
 
f) Crítico-dialético: apoia-se na dinâmica da 
realidade e na relação teoria e prática; suas 
propostas são críticas e com o objetivo de 
desvendar conflitos de interesses; 
 
2 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
g) De campo: corresponde à coleta direta de 
informações em locais nos quais acontecem os 
fenômenos em estudo; 
 
h) Dedutivo: apresenta um conjunto de 
proposições particulares contidas e verdades 
universais, partindo de uma premissa de valor 
universal para uma particularidade, justifica-se 
pela verdade, pela coerência e não 
contradição; 
 
i) Descritivo: tem como objetivo a descrição das 
características de determinado fenômeno ou 
população; 
 
j) Documental: reúne, classifica e distribui 
documentos de todo gênero das atividades 
humanas; 
 
k) Empírico-analítica: faz utilização de técnicas 
de coleta, analisando dados quantitativos para 
validação de provas científicas; 
 
l) Entrevista: ocorre um processo de interação 
social, baseada em interlocutores que 
assumem papéis, respectivamente de 
entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer 
em profundidade, em grupo ou de forma não 
diretiva; 
 
m) Estatístico: leva em conta a obtenção, 
organização, análise e apresentação de dados 
numéricos; 
 
n) Estudo de caso: refere-se ao estudo de 
interações ambientais de uma unidade social, 
num recorte temporal; 
 
o) Experimental: é aquele que tenta descobrir 
relações causais; 
 
p) Fenomenológico: consiste em uma visão 
intelectual do objeto, com base e intuição, 
propondo uma reflexão contínua sobre a 
importância dos processos adotados; 
 
q) Fenomenológico-hermenêutica: faz 
utilização de técnicas não quantitativas, 
trabalhando com estudos teóricos e análise de 
documentos e textos, apresentando propostas 
críticas, busca processos lógicos de 
interpretação; 
 
r) Histórica: reconstruindo o passado de forma 
sistemática, faz-se a verificação de evidências 
e delineação de conclusões; 
 
s) Indutivo: parte do particular para a 
generalização como produto de um trabalho de 
coleta de dados particulares; 
 
t) Laboratório: realizado em recinto fechado, 
exige instrumentação, objetivos, manipulação 
de instrumentos; 
 
u) Levantamento: caracterizado pela 
interrogação direta das pessoas cujo 
comportamento deseja-se conhecer; 
 
v) Método redutivo: observam o que, através da 
ciência, é permitido conhecer, descobrir, 
descrever e predizer em relação a fenômenos 
de ocorrência real; 
 
w) Observacional: trata-se de procedimentos 
empíricos, ou seja, baseados na experiência; 
 
x) Pesquisa de avaliação: trata-se de um tipo 
especial de pesquisa aplicada, elaborada para 
avaliar programas de melhoramentos dentro da 
sociedade; 
 
y) Semiótico: estuda os sinais e seus 
significados, dando relevância à importância e 
precisão dos símbolos. 
 
ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO-
CIENTÍFICA 
O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar 
temática referente à ciência, na qual se usa o 
instrumental teórico com o propósito de possibilitar a 
discussão científica na área para qual o texto se 
remete. 
É importante notar que o estilo de redação usado em 
artigos científicos não segue as mesmas características 
dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos 
literários e publicitários. 
A linguagem da discussão científica tem suas próprias 
características por empregar a linguagem técnica em 
seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e 
com estilo próprio, de acordo com a especificidade de 
cada área. 
 
• Sobre o estilo de redação na comunicação 
científica: 
[...] um artigo científico exige que o autor expresse o 
que sabe sobre o tema, utilize a língua vernácula de 
maneira precisa e exponha as ideias de maneira 
simples e com palavras que não sejam rebuscadas. 
Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: 
homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: 
camarada) e nunca gíria (por exemplo: cara, careta). 
Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos 
técnicos), pois influencia a compreensão do leitor do 
periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, p. 47). 
 
Alguns aspectos devem ser observados na redação 
técnico-científica, como ensina Israel Azevedo, no livro 
O prazer da produção científica (1998), seu texto terá 
de perseguir os princípios básicos de qualquer 
comunicação, como clareza, concisão, correção, 
 
3 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
encadeamento, consistência, contundência, precisão, 
originalidade e fidelidade, entre outros compromissos. 
 
• Após essas definições teóricas, é 
importante priorizar algumas características na 
hora de produzir o seu artigo: 
 
a) Coerência: via de regra, em cada etapa do 
artigo científico se imprime uma sequência que 
deve ser repetida. Por exemplo, a sequência de 
ideias que foi anunciada no resumo deve estar 
detalhada na introdução e seguir o mesmo 
ordenamento no desenvolvimento. Nas 
considerações finais, deve-se evidenciar os 
aspectos essenciais do artigo, na ordem em 
que foram apresentados no desenvolvimento. 
Isso quer dizer que, entre as etapas do texto, 
não pode ocorrer contradição de ideias, elas 
devem estar organizadas de tal forma que não 
ocorram trechos que apresentem falta de 
sentido diante de algo que já foi mencionado, 
por isso, a releitura do texto deve ser constante. 
 
b) Objetividade:os assuntos em pauta, na 
linguagem científica, devem ser abordados de 
maneira simples, evitando expressões 
evasivas, com significados dúbios e palavras 
de difícil compreensão. Na redação técnico-
científica, deve-se perseguir com afinco a 
objetividade, como reforça Antônio Gil, em 
Métodos e técnicas em pesquisa social, de 
2002, o texto deve ser escrito em linguagem 
direta, evitando-se que a sequência seja 
desviada com considerações irrelevantes. A 
argumentação deve apoiar-se em dados e 
provas e não em considerações e opiniões 
pessoais. 
 
c) Concisão: procure dizer o máximo com o 
menor número de palavras. Novamente de 
acordo com Azevedo (1998, p. 113), a concisão 
se obtém com o exercício de reescrever. A 
cada vez que se faz isso, descobre-se uma 
repetição de ideias ou de palavras, nota-se 
vocabulário supérfluo, encontra-se uma 
maneira de dizer a mesma coisa com menos 
palavras. 
 
d) Clareza: o texto científico deve primar pela 
redação clara, não deixando margem às 
diferentes interpretações. É fundamental que 
se evitem comentários irrelevantes e 
redundantes. 
Um bom teste para a clareza de seu texto é 
solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela 
fizer alguma pergunta, não responda. Tome o 
texto e o reescreva. Depois, repita o teste 
(AZEVEDO, 1998, p. 112). 
 
e) Precisão: toda palavra utilizada deve traduzir 
exatamente a ideia a ser tratada. Um 
vocabulário preciso é aquele que evita 
linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu 
propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura 
aceita no meio científico de cada área. 
 
f) Imparcialidade: o trabalho científico deve 
evitar ideias preconcebidas. Todo 
posicionamento adotado em um texto deve 
amparar-se em fatos e dados evidenciados 
pela pesquisa. O autor deve primar por manter 
seu posicionamento e suas escolhas de 
pesquisa sem assumir uma postura unilateral. 
 
g) Encadeamento: otexto deve ter uma 
sequência lógica e fluida para não prejudicar o 
entendimento do público. indica > público, 
indicando como deve ser uma boa redação 
técnico-científica: 
[...] encadeie as frases, os parágrafos, os 
tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar 
cada frase um desenvolvimento do que veio 
antes, numa sequência lógica, tanto para 
explicar, quanto para demonstrar, detalhar, 
restringir ou negar. Cada parágrafo deve estar 
em harmonia e em tranquila transição com o 
anterior e com o posterior. O mesmo vale para 
tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119). 
 
h) Impessoalidade: o texto deve ser impessoal, 
por isso é conveniente que seja redigido na 
terceira pessoa e que se evitem afirmações 
como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o 
meu artigo”. O que se postula é que se use 
“esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. 
 
PARÁGRAFO NO TEXTO 
TÉCNICO-CIENTÍFICO 
De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: 
do desafio à conquista, publicado em 2004: o parágrafo 
tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, 
portanto, conter uma única ideia; não se trata de 
divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha 
uma relação com anterior. 
Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada 
qual com etapas de raciocínio. E cada raciocínio 
existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou 
 
4 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
seja, não pode ser disposto de qualquer maneira, pois 
se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender 
seu raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se perder no 
raciocínio exposto. 
O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade 
expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a 
sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua 
complexidade dependem da própria natureza do 
raciocínio. 
Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura 
semelhante à de um texto composto por vários 
parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo contém 
uma argumentação completa, levando a uma 
conclusão. Após concluir esse argumento, mude de 
parágrafo. 
 
TRABALHOS CIENTÍFICOS 
 
• Características específicas dos trabalhos 
científicos: 
a) Trabalhos de graduação: no decorrer da sua 
graduação, é bem provável que o estudante 
tenha elaborado trabalhos para disciplinas 
diversas. Eles não necessariamente tinham 
como pretensão atingir o cunho científico dos 
trabalhos de excelência da área em que 
estudou, mas oportunizar o desenvolvimento 
de um raciocínio aos moldes das pretensões 
científicas. É possível mencionar que os 
trabalhos de graduação também têm como 
propósito permitir uma revisão bibliográfica ou 
literária de um determinado assunto ou 
assimilar conteúdo específico de uma área 
científica.” 
 
b) Trabalhos de conclusão de curso: o trabalho 
de conclusão de curso (TCC) é tido como uma 
monografia sobre um assunto específico. Este 
trabalho possibilita a investigação sobre 
determinados temas ou fenômenos por meio 
da análise, reflexão e produção textual, bem 
como, muitas vezes, da defesa oral da 
pesquisa perante uma banca examinadora. 
Na monografia de graduação, é suficiente a 
revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É 
mais um trabalho de assimilação de conteúdo, 
de confecção de fichamentos e, sobretudo, de 
reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, o que 
não exclui a capacidade investigativa de 
conclusões ou afirmações de autores 
consultados. 
 
c) Monografia: como se pode verificar 
literalmente, monografia é um trabalho 
intelectual concentrado em um único assunto. 
A monografia, exigida para a obtenção do título 
de especialista em alguns cursos de pós-
graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, 
apresentado em cursos de graduação. Por 
isso, alguns pensadores, acreditam que não há 
razão para falar em três níveis: monografia, 
dissertação e tese. Todos são trabalhos 
monográficos, dissertativos, mas com 
características distintas. 
A diferença entre eles está no grau acadêmico: 
o graduando faz a monografia, enquanto quem 
busca o mestrado faz a dissertação e o 
doutorando desenvolve a tese. Apesar da 
diferenciação, o texto não deixa de ser 
monografia, cada qual com a sua 
peculiaridade. 
 
d) Dissertação: a dissertação, que ultimamente 
se destina aos trabalhos de cursos de pós-
graduação stricto sensu (mestrado), busca 
principalmente a reflexão acerca de um 
determinado tema ou problema, o que ocorre 
pela exposição das ideias de maneira 
ordenada e fundamentada. Dessa forma, como 
resultado de um trabalho de pesquisa, a 
dissertação deve ser um estudo mais completo 
possível em relação ao tema escolhido. 
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), 
dissertação é um documento que representa o 
resultado de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico 
retrospectivo, de tema único e bem delimitado 
em sua extensão, com o objetivo de reunir, 
analisar e interpretar informações. Deve 
evidenciar o conhecimento de literatura 
existente sobre o assunto e a capacidade de 
sistematização do candidato. 
 
e) Tese: a tese, a exemplo da dissertação dirigida 
para o mestrado, cumpre o papel do trabalho 
de conclusão de pós-graduação stricto sensu 
(doutorado). Caracteriza-se como um avanço 
significativo na área do conhecimento em 
estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 
4), tese é um documento que representa o 
resultado de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico de tema 
único e bem delimitado. Deve ser elaborado 
com base em investigação original, 
constituindo-se em real contribuição para a 
especialidade em questão. 
A tese tem a finalidade de abordar algo novo 
em um determinado campo do conhecimento, 
 
5 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
de forma a promover uma descoberta ou dar 
uma real contribuição para a ciência. Para 
Odilia Fachin, na obra Fundamentos de 
metodologias, publicada em 2003, a tese é 
entendida como um trabalho científico 
habitualmente exigido nos cursos de pós-
graduação e que deve ser defendido oralmente 
em público. A tese deve apresentar um estudo 
original que tragauma contribuição para a 
sociedade científica, com rigor na 
argumentação, apresentação de provas das 
afirmações e profundidade das ideias. 
 
GÊNEROS ACADÊMICOS 
São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem 
para o aluno desenvolver seu conhecimento sobre 
determinado assunto durante o curso e reforçar seu 
aprendizado. 
• Peculiaridades dos gêneros mais utilizados 
tanto durante a graduação como na pós: 
a) Resumo: o resumo é a apresentação concisa 
dos pontos relevantes de um texto. Seu 
objetivo é fornecer elementos capazes de 
permitir ao leitor decidir sobre a necessidade 
de consulta ao texto original e/ou transmitir 
informações de caráter complementar. 
É a condensação de um texto, colocando em 
destaque os elementos de maior interesse e 
importância. Sua finalidade é difundir as 
informações contidas em livros, artigos ou 
outros documentos e auxiliar o estudante nos 
seus estudos teóricos, assim como ajudar o 
profissional a relembrar o assunto e praticar da 
melhor forma possível. 
Uma modalidade específica desse tipo de 
trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação 
técnica que avalia de forma sintética a 
importância de uma obra científica ou literária. 
O que difere o resumo do resumo crítico é sua 
estrutura, que apresenta a crítica como quarta 
etapa, logo após introdução, desenvolvimento 
e conclusão. 
 
b) Resenha: a resenha é uma descrição que 
faculta o exame e o julgamento de um trabalho 
(teatro, cinema, obra literária, experiência 
científica, tarefa manual etc.). A apresentação 
do conteúdo deve ser elaborada de maneira 
impessoal, sem demonstração satírica ou 
cômica, contendo posicionamentos de ordem 
técnica diante do objeto de análise, seguidos 
de um resumo do conteúdo e possível 
demonstração de sua importância. 
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um 
cientista que, além do conhecimento sobre o 
assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, 
naturalmente, como no caso desta disciplina, 
também pode ser realizada por estudantes, 
como um exercício de compreensão e crítica. A 
resenha visa apresentar uma síntese das 
ideias fundamentais da obra. 
• Dicas de como fazer uma resenha: 
1. Identifique a obra: coloque os dados 
bibliográficos essenciais; 
 
2. Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo 
em poucas linhas o conteúdo do texto; 
 
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em 
capítulos, em seções, sobre o foco narrativo; 
 
4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três 
a cinco parágrafos para resumir claramente o 
texto; 
 
5. Analise de forma crítica: nessa parte, e 
apenas nessa parte, você opina. Argumente 
baseando-se em teorias de outros autores e 
faça comparações. Dê asas ao seu senso 
crítico; 
 
6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e 
já deu sua opinião, agora analise o público que 
se interessará pela obra; 
 
7. Identifique o autor: fale brevemente da vida e 
de algumas outras obras do escritor ou 
pesquisador; 
 
8. Assine e identifique-se: no último parágrafo 
você escreve seu nome e resume seu 
currículo. 
 
c) Esquema: os esquemas são enunciados de 
palavras-chave em torno das quais é possível 
organizar grandes quantidades de 
conhecimento. Representam uma enorme 
economia de palavras e oferecem a vantagem 
de destacar e visualizar o essencial do assunto 
em análise, podendo ainda ser facilmente 
reformulados. 
Sua utilização nos ajuda a compreender e 
recordar os acontecimentos, a estabelecer 
relações entre eles ou entre diversos fatores e 
a entender a influência que esses 
acontecimentos ou fatores exercem uns sobre 
os outros. 
• Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
1. Lineares: quando organizam a 
informação na horizontal e na vertical; 
 
2. Circulares: que organizam a 
informação em círculo; 
 
3. Piramidais: caso a informação dispõe-
se em forma hierárquica, de pirâmide; 
 
4. Sistemáticos: quando a informação 
se organiza em forma de quadro, 
representando as relações de 
interdependência de um fenômeno. 
Para fazer um esquema, a primeira 
meta deve ser identificar as ideias-
chave do texto e ordená-las, 
escolhendo para isso o modelo mais 
adequado para a situação. Use setas 
 
6 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
para estabelecer relações entre os 
conceitos. 
 
d) Fichamento: é um valioso recurso de estudo 
que os pesquisadores lançam mão para a 
realização de uma obra didática, científica ou 
de outra natureza. É um recurso de memória, 
imprescindível, sobretudo na elaboração de 
monografias. É usado, também, em seminários 
e em aulas expositivas. 
A prática contínua do fichamento contribui para 
que o estudante aprimore pontos de vista e 
julgamentos, percebendo que é possível 
reverter um pequeno trabalho inicial em ganho 
de tempo futuro, quando for preciso escrever 
sobre determinado assunto. Os fichamentos 
podem ser os seguintes: de citação, de 
resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, 
entre outros. 
• O mais utilizado nas avaliações na 
universidade é o fichamento de citação, que 
obedece cinco normas: 
1. Toda citação deve vir entre aspas; 
 
2. Após a citação, deve constar o número 
da página de onde foi extraída a 
citação; 
 
3. A transcrição tem de ser textual; 
 
4. A supressão de uma ou mais palavras 
deve ser indicada, utilizando-se, no 
local da omissão, três pontos, 
precedidos e seguidos por espaços, no 
início ou no final do texto e, entre 
parênteses, no meio; 
 
5. A supressão de um ou mais parágrafos 
deve ser assinalada, utilizando-se uma 
linha completada por pontos. 
 
e) Paper: é um pequeno texto elaborado sobre 
um tema pré-determinado, resultado de 
estudos ou de pesquisas científicas, no qual o 
aluno irá desenvolver análises e 
argumentações, com objetividade e clareza, 
orientando-se em fatos ou opiniões de 
especialistas. O objetivo do paper é estimular o 
aluno no aprofundamento de um assunto, já 
exercitando a elaboração de trabalhos sob uma 
linguagem acadêmico-científica. Espera-se o 
desenvolvimento de um ponto de vista acerca 
de um tema, uma tomada de posição definida 
e a expressão dos pensamentos de forma 
original. Deve ser escrito em terceira pessoa. 
Os propósitos de um paper são quase sempre 
os de formar um problema, adequar hipóteses, 
cotejar dados, prover uma metodologia própria 
e, finalmente, concluir. 
• O paper é: 
1. Uma síntese de suas descobertas 
sobre um tema e seu julgamento, 
avaliação, interpretação sobre essas 
descobertas; 
2. Um trabalho que deve apresentar 
originalidade quanto às ideias; 
 
3. Um trabalho que deve reconhecer as 
fontes que foram utilizadas, que mostra 
que o pesquisador é parte da 
comunidade acadêmica. 
 
• O paper não é: 
1. Um resumo de um artigo ou livro (ou 
outra fonte); 
 
2. Ideias de outras pessoas, repetidas 
não criticamente; 
 
3. Um conjunto de citações; 
 
4. Opinião pessoal não evidenciada, não 
demonstrada; 
 
5. Cópia do trabalho de outra pessoa. 
f) Artigo científico: o objetivo principal do artigo 
científico é levar ao conhecimento do público 
interessado alguma ideia nova ou abordagem 
diferente sobre determinado tema já estudado, 
sobre a existência de aspectos ainda não 
explorados em alguma pesquisa ou a 
necessidade de esclarecer uma questão ainda 
não resolvida. 
A principal característica do artigo científico é 
que suas afirmações devem estar baseadas 
em evidências, sejam elas oriundas de 
pesquisa de campo ou comprovadas por 
argumentos que sustentem as conclusões 
expostas no artigo e que passaram pelo crivo 
da comunidade científica. O autor pode 
expressar seu parecer, desde que demonstre 
ao leitor qual o processo lógico que o levou a 
chegar à aquela conclusão. 
• Algumas falhas mais comuns na 
investigação científica são: 
1. Falta de clareza dos propósitos; 
 
2. Falta de originalidade do material; 
 
3. Má organização no material expositivo; 
 
4. Repetição de palavras, conceitos e 
informações; 
 
5. Desatualização bibliográfica; 
 
6. Excessiva dependência das fontes;7. Incorreção ou incoerência no sistema 
de Referenciação das fontes; 
 
8. Inadequação na definição dos termos. 
Os artigos podem se apresentar de duas 
formas, conforme a ABNT (sigla de Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, um órgão 
privado e sem fins lucrativos que se destina a 
padronizar as técnicas de produção feitas no 
país). 
 
7 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Artigo original: apresenta temas ou 
abordagens próprias. Via de regra, estes artigos 
relatam resultados de pesquisa, bem como 
desenvolvem e analisam dados não publicados. 
 
• Artigo de revisão: tem como propósito 
resumir, analisar e discutir informações já publicadas 
que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já 
publicados, revisões bibliográficas. 
 
APRESENTAÇÃO GRÁFICA 
• Para a apresentação gráfica do artigo 
científico, é necessário se atentar às seguintes 
indicações: 
a) Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 
29,7 cm); 
 
b) Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita 
e inferior de 2 cm; 
 
c) Espaçamento entrelinhas: 1,5; 
 
d) Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com 
uma linha em branco entre um parágrafo e 
outro; 
 
e) Formato do texto: justificado; 
 
f) Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, 
tamanho 12. 
 
g) Nas citações longas, notas de rodapé, número 
de página e fontes de ilustrações e tabelas use 
Times New Roman, de tamanho 10. 
 
h) Título: tamanho 18 e negrito; 
 
i) Subtítulo: tamanho 16 e negrito; 
 
j) Paginação: as páginas são numeradas com 
algarismos arábicos, colocados no canto 
superior direito da página, a 2 cm da borda 
superior: 
 
k) A primeira folha, que apresenta a identificação 
do artigo, não é paginada, embora seja 
contada; 
 
l) A paginação é iniciada na segunda folha e 
segue até o final do trabalho, inclusive nos 
elementos pós-textuais opcionais (apêndices e 
anexos). 
 
m) Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a 
proporção dos elementos do artigo sugerida no 
Quadro 1; 
 
n) Títulos e subtítulos internos: os títulos de 
primeiro nível devem ser colocados em letras 
maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 
ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo 
nível devem iniciar com a primeira letra 
maiúscula e seguir com letras minúsculas em 
negrito (por exemplo 3.1 Administração 
científica); e subtítulos de terceiro nível, em 
letras minúsculas e apenas a primeira letra do 
título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem 
negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da 
administração científica). A numeração de 
títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem 
esquerda; 
 
o) Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em 
língua estrangeira, como checkin, resumen e 
workaholic, por exemplo. 
• A seguir, apresentaremos um exemplo da 
organização, formato e apresentação do artigo 
científico: 
TÍTULO DO ARTIGO 
Subtítulo 
Nome do Autor 
Nome do Coautor 
Resumo 
Palavras-chave: 
TITLE 
Subtitle 
Abstract 
Keywords: 
1 INTRODUÇÃO 
2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO 
CANDIDATO 
2.1 Entrevista 
2.2 Testes 
2.2.1 Avaliação da entrevista 
2.2.2 Avaliação dos testes 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
 
NORMAS METODOLÓGICAS E 
ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO 
ARTIGO 
O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, 
por razões de normatização, a estrutura de artigos 
científicos apresentada nesta unidade, que está em 
consonância com a NBR 6022 (2003), sendo 
imprescindível o uso e o cumprimento das normas 
estabelecidas a seguir. 
 
8 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
• Pré-textuais: 
a) Título; 
 
b) Subtítulo (opcional); 
 
c) Autores; 
 
d) Resumo; 
 
e) Palavras-chave. 
 
• Textuais: 
a) Introdução; 
 
b) Desenvolvimento; 
 
c) Considerações finais. 
 
• Pós-textuais: 
a) Referências (obrigatório); 
 
b) Apêndice(s) (opcional(is) e não 
recomendado(s); 
 
c) Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s). 
 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
 
a) Título do trabalho: letra 18, centralizado, 
maiúsculas e negrito. 
 
b) Subtítulo, se houver: letra 16, centralizado, 
negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o 
subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em 
branco. 
 
c) Estudante: nome do estudante, com letra 12, 
centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, 
com nota de rodapé indicando a titulação e o e-
mail. 
 
d) Coautor: nome do orientador, com letra 12, 
centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, 
com nota de rodapé indicando a titulação 
(especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar 
duas linhas de tamanho 12 em branco). 
 
e) Resumo: a palavra "resumo" deve ser em letra 
12, negrito, alinhado à esquerda. Após a 
palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 
12 em branco. Esse item deve ter apenas um 
parágrafo de, no máximo, 250 palavras 
(aproximadamente 15 linhas), sem recuo na 
primeira linha. Use espacejamento simples, 
justificado, tamanho 12. 
 
f) Palavras-chave: é preciso escolher de três a 
seis palavras ou termos mais importantes do 
conteúdo, frequentemente já expressos no 
resumo. São separados entre si, finalizados por 
ponto e iniciados com letra maiúscula. A 
expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 
12, negrito, alinhada à esquerda. Por 
exemplo: 
Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. 
Metodologia Científica. 
Atenção: após as palavras-chave, deixar duas 
linhas de tamanho 12 em branco. 
 
g) Título e subtítulo do trabalho em inglês: 
utilizar as mesmas regras de formatação do 
texto em português. Após, deixar duas linhas 
em branco em fonte tamanho 12. 
 
h) Abstract (resumo em inglês): escrever 
“Abstract” em fonte Times New Roman, 
tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. 
Deixar uma linha em branco. O abstract deve 
ter a mesma formatação do resumo em 
português. Deixar 1 linha em branco. 
 
i) Keywords: palavras-chave em inglês. Devem 
ter a mesma formatação do resumo em 
português. Deixar uma linha em branco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ELEMENTOD TEXTUAIS 
 
a) Introdução: segundo a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas, a introdução é a parte 
inicial do texto, na qual devem constar a 
delimitação do assunto tratado, objetivos da 
pesquisa e outros elementos necessários para 
situar o tema do trabalho. 
A introdução deve anunciar a ideia central do 
trabalho, delimitando o ponto de vista enfocado 
em relação ao assunto e à extensão. Deve 
situar o problema ou o tema abordado, no 
tempo e no espaço, enfocar a relevância do 
assunto e apresentar o objetivo central do 
artigo. 
[...] na introdução não se deve repetir ou 
parafrasear o resumo, nem antecipar 
conclusões e recomendações, mas é um 
convite para a leitura do texto integral. Assim, 
esta parte é importante para que o leitor 
penetre na problemática abordada, 
familiarizando-se com os termos e o conteúdo 
da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). 
A finalidade da introdução é situar o leitor no 
tema, definindo conceitos, apresentando os 
objetivos do artigo e as linhas de pensamento 
relevantes para o estudo do assunto e as 
possíveis controvérsias, explicitando qual 
dessas linhas o autor seguirá e a justificativa 
para sua escolha. Também é aconselhável que 
o autor, nos últimos parágrafos da introdução, 
apresente a estrutura do artigo. 
A introdução é a apresentação inicial do 
trabalho, a qual possibilita uma visão global do 
assunto tratado (contextualização), com 
definição clara, concisa e objetiva do tema. E a 
delimitação precisa das fronteiras do estudo 
em relação ao campo selecionado, ao 
problema e aos objetivos a serem estudados. 
 
b) Desenvolvimento: é a parte principal do texto, 
que contém a exposição ordenada e 
pormenorizada do assunto. Divide-se em 
seções e subseções, que variam em função da 
abordagem do tema e do método. Não existe 
exatamente uma norma rígida que oriente esta 
seção do artigo. 
O texto, no desenvolvimento, poderá conter 
ideias de autores, dados da pesquisa (caso for 
pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas 
auxiliares) e interpretações. 
O desenvolvimentodo assunto é a parte mais 
importante e extensa do texto em que é 
exigido raciocínio lógico e clareza. Seu 
objetivo é proporcionar uma exposição clara 
da ideia principal, fundamentando-as de modo 
racional com os resultados da investigação 
(MARTINS, 2002, p. 221). 
O desenvolvimento do trabalho é a parte 
principal, mais extensa e consistente. São 
apresentados os conceitos, teorias, citações 
das autoridades do assunto que você está 
abordando, principais ideias sobre o tema 
focalizado, além de aspectos metodológicos, 
resultados e interpretação do estudo. 
 
c) Conclusão: é a parte final do texto, na qual se 
apresentam conclusões correspondentes aos 
objetivos ou hipóteses. As considerações finais 
devem limitar-se a uma síntese da 
argumentação desenvolvida no corpo do 
trabalho e dos resultados obtidos. É 
importante lembrar que elas devem estar 
fundamentadas nos resultados obtidos na 
pesquisa: 
[...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar 
visão analítica do corpo do trabalho, inter-
relacionando-o e levando em conta o 
problema inicial do estudo. É redigida tendo 
em vista os resultados obtidos. É decorrente 
dos dados obtidos ou fatos observados, 
portanto não se deve introduzir novos 
argumentos, apenas demonstrar o que foi 
encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 
2003, p. 165). 
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas 
recomendações e sugestões para o 
prosseguimento no estudo do assunto. 
Portanto, neste item, não se deve trazer nada 
de novo. Ainda, sugere-se que não se utilizem 
citações nesta seção 
As considerações finais devem apresentar 
deduções lógicas correspondentes aos 
propósitos previamente estabelecidos do 
trabalho, apontando o alcance e o significado 
de suas contribuições. Também podem indicar 
questões dignas de novos estudos, além de 
sugestões para outros trabalhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
 
a) Referências: são definidas como um conjunto 
padronizado de elementos descritivos, 
retirados de um documento, que permite sua 
identificação individual. 
As referências fazem parte do todo, em virtude 
de que o corpo do artigo está sustentado em 
informações pesquisadas também nas 
autoridades do assunto em questão, os quais 
foram citados no corpo do trabalho. E, dessa 
forma, as referências permitirão que o leitor 
tenha acesso às obras, aos documentos e aos 
artigos científicos que foram citados no interior 
do trabalho. 
 
b) Apêndice (opcional): texto ou documento 
elaborado pelo autor que visa complementar o 
trabalho. Os apêndices são identificados por 
letras maiúsculas consecutivas, seguidas de 
travessão e respectivo título. 
 
c) Anexo (opcional): texto ou documento não 
elaborado pelo autor do trabalho, que 
complementa, comprova ou ilustra o seu 
conteúdo. Os anexos são identificados por 
letras maiúsculas consecutivas, seguidas de 
travessão e respectivo título. Por exemplo: 
ANEXO B – Estrutura organizacional da 
Empresa Alfa. 
 
APRESENTAÇÃO DE 
ILUSTRAÇÕES E TABELAS 
Ao elaborar um artigo, o estudante não fará 
necessariamente somente o uso da argumentação para 
um enfoque contrário ao já postulado sobre o assunto 
ou para oferecer soluções para assuntos controversos 
à sua área de estudo. Também não usará somente 
citações de autoridades do assunto para embasar o 
que tende a defender ou refutar. 
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros 
elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar mais 
credibilidade às ideias que tenciona defender. Para 
isso, poderá fazer o uso de ilustrações, tabelas e até 
mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como 
esses itens devem aparecer no artigo científico. 
• Formato de apresentação de elementos do 
texto: 
a) Ilustrações (desenhos, fotografias, 
orgaogramas, quadros e outros): as 
ilustrações devem ser centralizadas, com 
legenda numerada partindo de 1. O título da 
ilustração deve ser precedido pela palavra que 
a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu 
respectivo número. A posição do título é 
centralizada e a seguir da ilustração. 
A fonte ou nota explicativa deve estar 
centralizada e abaixo da figura, em fonte Times 
New Roman, tamanho 10. 
 
b) Tabelas: a legenda da tabela deve ser 
precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu 
respectivo número. A posição do título é 
centralizada e acima da tabela. A fonte fica no 
final da tabela, também centralizada, tamanho 
10, espaçamento simples entrelinhas e 
seguindo os padrões estabelecidos pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). 
 
c) Gráficos: os gráficos apresentam dados 
numéricos em forma gráfica para melhor 
visualização. O mesmo procedimento de títulos 
deve ser adotado para os gráficos, ou seja, 
usar a palavra “Gráfico”, seu respectivo número 
e seu título. A posição do título é centralizada 
e acima do gráfico. A fonte fica no final do 
gráfico, também centralizada, tamanho 10 e 
espaçamento simples entrelinhas. 
 
d) Notas do rodapé: as notas de rodapé devem 
ter o propósito de servir como apoio explicativo 
e devem ficar sempre no pé da página. A nota 
deverá estar separada do resto do texto por 
uma linha. As notas, a exemplo das figuras, 
também devem ser numeradas partindo de 1. 
Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio 
Word para inserir notas de rodapé no texto 
(comando: inserir notas). O próprio Word 
administrará a numeração. A posição do texto 
da nota no pé da página deve ser alinhada à 
esquerda. 
 
e) Palavras estrangeiras: sempre que possível, 
evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use 
termos em língua estrangeira, estes deverão 
ser escritos usando o modo itálico. 
 
 
 
 
 
 
 
11 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
SEMINÁRIO CIENTÍFICOS 
O dicionário Larousse da Língua Portuguesa, em sua 
edição de 2001, define a palavra “seminário” como 
congresso científico ou cultural, com exposição seguida 
de debates, ou uma aula de nível universitário, com 
exposição e discussão de temas específicos. 
 
É esperado, portanto, que não apenas quem fez o 
seminário esteja a par do tema abordado, mas que os 
demais participantes estejam preparados para a 
recepção do tema, seu entendimento e discussão. 
Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre 
determinado problema ou do resultado da pesquisa. 
Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro 
Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia da 
palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, que 
remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o 
seminário traz em si o germinar de sementes na forma 
de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, 
algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora 
elenca: 
1. Capacidade de pesquisa; 
 
2. Capacidade de organização, reflexão e análise 
sistemática de fatos; 
 
3. Hábito de raciocínio lógico, com interpretação 
crítica de trabalhos mais avançados; 
 
4. Exatidão e honestidade intelectual nos 
trabalhos. 
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele 
leva à discussão e ao debate. Para isso, é necessário 
que as competências que permitem a organização das 
ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam 
desenvolvidas, contribuindo para a formação dos 
participantes. 
Para a ocorrência de um seminário, os participantes 
devem ter contato com o texto a ser abordado com 
antecedência, a fim de que se proceda uma leitura 
analítica que possibilite ponderações durante sua 
apresentação. 
 
Por outro lado, o participante deve empregar a 
escuta dinâmica durante o seminário, lembrando 
que, com base em Hendrie Weisinger, autor de 
Inteligência emocional no trabalho, de 1997: 
A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber 
escutar é uma técnica que temos que aprender. A 
escuta dinâmica é uma prática da inteligência 
emocional que traz um alto grau de autoconsciência 
para o processo de compreender e reconhecer a outra 
pessoa e responder a ela. A função da 
autoconsciência é observaro modo como permitimos 
que nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes 
transformem as informações que deveríamos estar 
recebendo, como também evitar que sejamos 
contagiados pelo subentendido emocional das 
afirmações de outrem (p. 135). 
Desta maneira, para que o sucesso de um seminário 
seja alcançado, levando à formação de todos os 
participantes do evento, há que se valer da escuta 
dinâmica, mas sem qualquer tipo de filtro pessoal, tais 
como predileção, seleção de fatos ou distração, visto 
que são elementos que interferem na análise, 
interpretação e crítica. 
 
A PREPARAÇÃO PARA O 
SEMINÁRIO DE CARÁTER 
CIENTÍFICO 
Para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura 
de determinado texto e apresentá-lo posteriormente. 
De início, com a leitura, o texto é analisado e um 
fichamento é produzido. 
Esse tipo de trabalho exige organização e 
planejamento do percurso e da exposição do seminário, 
contando com o auxílio de um professor ou 
coordenador que indique uma bibliografia básica, 
orientando o estudante após a definição do tema no 
que diz respeito à seleção de fontes como livros, 
revistas, artigos, depoimentos, documentos (leis, 
registros de cartórios ou cartas), teses, instituições, 
pesquisas e relatórios, sites específicos etc. 
 
12 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Roteiro básico para seminários é sugerido no livro 
Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação – noções práticas, publicado em 2002 
por Andrade: 
1. Escolha do tema; 
 
2. Delimitação do assunto; 
 
3. Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica; 
 
4. Anotações, em fichas, do material coletado; 
 
5. Análise e seleção do material; 
 
6. Plano geral do trabalho, bem pormenorizado; 
 
7. Organização do assunto em tópicos; 
 
8. Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre 
os participantes; 
 
9. Redação de fichas-guia para orientar a 
exposição; 
 
10. Preparação do material de ilustração, como 
cartazes, slides e projeções; 
 
11. Revisão crítica do conteúdo, com verificação 
do material de ilustração, do roteiro, e das 
fichas que guiarão a exposição; 
 
12. Fixação de critérios e ensaio para definir o 
vocabulário a ser empregado, uso de 
ilustrações, tempo para a exposição e espaço 
para debates. 
 
Além disso, o tema deve ser interessante para quem 
executar o trabalho de pesquisa, ressaltando o item 
alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as 
possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o 
encarregado pelo seminário se perde diante dos 
inúmeros caminhos a se tomar. A presença do 
orientador é vital nestes momentos, auxiliando em 
relação à focalização do tema, levando o olhar de quem 
pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. 
Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao 
pesquisador ficar atento para não se perder frente às 
opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e 
que não contribua para a formação dos participantes. 
Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção 
aos detalhes, devendo-se optar pela elaboração de 
cartazes, slides e material de projeção com poucos 
dizeres, considerando fontes e tamanhos que facilitem 
a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, 
acompanhados de legendas (se indispensáveis). 
Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, 
como a verificação dos meios físicos ou virtuais que 
servirão de base para a materialização do texto. De 
nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, 
por exemplo, não houver computador e projetor, se 
uma tomada não estiver funcionando ou se a 
luminosidade for excessiva e não permitir que os 
participantes acompanhem a exposição. 
 
O DESENVOLVIMENTO E A 
CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO 
Observados todos os itens, é chegada a hora da 
exposição. A fim de evitar improvisações, surge a 
obrigação de um novo planejamento de ações, 
como Severino (2002) indica, na página 70 de seu 
livro: 
1. Introdução, feita por um professor ou 
coordenador; 
 
2. Apresentação, ponderando as obrigações e os 
procedimentos a serem adotados pelos 
participantes durante o seminário, no caso de 
seminários feitos em grupo, e cronograma das 
atividades previstas; 
 
3. Introdução breve sobre o tema do seminário; 
 
4. Eventual revisão da leitura do texto de base do 
seminário; 
 
5. Execução, de forma coordenada, das 
atividades previstas; 
 
6. Apresentação, realizada pelo coordenador, 
introdutória ao momento de discussão geral da 
reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo 
seminário; 
 
7. Síntese final, no caso da sala de aula, sob 
cuidado do professor que, nesse momento, 
orienta, realiza sua crítica e avaliação. 
 
O grau de complexidade varia, dependendo dos 
diferentes tipos de seminários e dos objetivos a serem 
alcançados. Além do mais, ele também deve ser 
interessante para os participantes, imaginando que as 
pessoas se prepararam para o evento. 
 
13 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
PÔSTER CIENTÍFICO 
De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2006, o 
pôster científico é um instrumento de comunicação cuja 
exibição acontece em diversos suportes, sintetizando e 
divulgando o conteúdo de uma pesquisa. Em encontros 
de caráter científico ou conferências, o uso do pôster 
científico é corrente, dado que sua finalidade é 
proporcionar, atingindo um grande número de pessoas, 
dados fundamentais a respeito da pesquisa. 
Com o pôster científico, ou pôster acadêmico, é 
possível mostrar os frutos da pesquisa científica de 
forma rápida, diferenciada e com uma exposição de 
maior tempo, se comparada exposição oral. Para sua 
elaboração, se conta com o auxílio de um designer 
gráfico, mas o próprio autor é capaz de executar tal 
tarefa, isto sem contar o entendimento sobre o 
conteúdo a ser transmitido para o público e como a 
pesquisa resultou em seu trabalho. 
O pôster está presente em eventos com vários 
trabalhos científicos e, , em alguns deles, o autor do 
trabalho fica ao lado do pôster, convidando o público, o 
que o que permite uma troca de ideias individualizada 
com os interessados sem a presença do pesquisador, 
o que conta como vantagem na divulgação e 
visualização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz 
tanto linguagem verbal quanto imagens e gráficos, 
permanecendo em exposição em locais abertos, 
conforme determinam os organizadores do evento. 
Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são 
afixados com cordões em pequenas tiras de madeiras, 
os pôsteres são confeccionados em papel, plástico ou 
outros materiais. Por isso, a NBR 15437/2006 
recomenda que suas dimensões sejam de 0,60 m a 
0,90 m de largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura e que 
o pôster seja legível a uma distância de, ao menos, um 
metro. Todavia, o suporte escolhido pode ser o meio 
eletrônico. 
O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é 
necessário se preocupar com a escolha de um leiaute, 
isto é, uma forma de diagramação dos dados e das 
imagens que seja agradável para o leitor. O conteúdo 
deve ser organizado de forma simples e lógica, 
concebendo a sequência de elementos do canto 
superior esquerdo para o canto inferior direito. A 
Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN 
(2019) faz as seguintes recomendações: 
1. Escolha um leiaute simples, colorido, atraente 
e criativo, mas sem exageros, posto que mais 
de três cores distraem o leitor; 
 
2. No que tange às fontes escolhidas, facilite a 
legibilidade, escolhendo fontes grandes (Arial 
ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos 
em caixa-alta e negrito, de 40 a 50), 
prevalecendo o mesmo para as figuras, 
devendo-se optar pelo contraste (fonte clara 
sobre fundo escuro, ou vice-versa); 
 
3. Ao usar imagens ou gráficos, opte por uma 
configuração simples e bem organizada; 
4. Não exagere na quantidade de texto, ele é 
apenas o ponto de partida para o 
desenvolvimento das discussões durante a 
divulgação de sua pesquisa; 
 
5. Não elimine espaços em branco, a presença 
deles é significativa paraque não haja a 
impressão de excesso de informações; 
 
6. Faça a distribuição do texto em colunas, 
deixando espaço no entre elas; 
 
7. Não escreva parágrafos muito longos, 
mantendo regularidade no número de linhas 
para cada um e buscando compreensão, 
concisão e correção gramatical. 
 
A ESTRUTURA DO PÔSTER 
CIENTÍFICO 
Os elementos que fazem parte do conteúdo do 
pôster científico são: 
1. Título e, se houver, subtítulo, aparecendo na 
parte superior do pôster. O subtítulo vem 
separado por dois-pontos (:) ou abaixo do 
título; 
 
2. Nome completo do autor ou dos autores da 
pesquisa, abaixo do título e do subtítulo. Na 
sequência, devem aparecer o nome do 
orientador e elementos adicionais, como o 
nome da instituição na qual foi efetuada a 
pesquisa, cidade, estado e país, além do 
endereço eletrônico, em campo separado ao 
final do pôster; 
 
3. Resumo sobre o problema estudado, os 
objetivos, a metodologia usada e os resultados 
alcançados, não excedendo cem palavras; 
palavras-chave são colocadas separadamente, 
após o resumo; 
 
4. O conteúdo é organizado em colunas, 
considerando os itens: Introdução, 
Metodologia, Resultados, Discussão e 
Conclusão. No conteúdo são inseridas tabelas, 
ilustrações ou gráficos; 
 
5. Por fim, são apresentadas as Referências, 
seguindo a NBR 6023. 
 
14 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
Se bem organizado, o pôster científico cumpre seu 
papel de exibir as partes mais notáveis da pesquisa, 
com indicações sobre quem a realizou e orientou, seu 
processo de realização, os resultados obtidos e sua 
base de referência. Junte-se a isso uma redação clara 
e precisa, com boa argumentação, acompanhada de 
ilustrações ou gráficos, caracterizados pela clareza e 
pela simplicidade, e uma boa organização visual. 
 
PROJETOS CIENTÍFICOS 
O termo “projeto” tem acepções como plano para a 
realização de um ato, uma intenção, um esboço inicial 
de um trabalho que se pretende desempenhar ou a 
demonstração de algo que alguém planeja ou pretende 
fazer. Portanto, projetar é um passo básico para a 
efetivação de uma ideia e o início de uma estratégia 
para a concretização de algo. 
A expressão “projeto científico” diz respeito aos passos 
iniciais para a materialização do trabalho científico, isto 
é, o momento, em que ele começa a tomar vida. Não 
se pode, porém, confundir o projeto de pesquisas, com 
um mero planejamento ou um plano para as pesquisas 
nem imaginar para ele o detalhamento esperado para o 
trabalho científico em si. 
 
A ELABORAÇÃO DE PROJETOS 
CIENTÍFICOS 
Como lembra Andrade, na página 98 de seu livro de 
(2002), há a necessidade de composição e de 
demonstração de um projeto científico, por exemplo, 
nos casos de obtenção de bolsa de estudos; para 
conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao final de 
um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para 
ingressar em um curso de pós-graduação, pleiteando a 
continuidade de estudos em busca de uma 
especialização, um mestrado ou um doutorado, 
deixando o possível orientador a par da pesquisa que 
pretende ampliar. 
Projetos dessa natureza oferecem ao examinador 
inicial não só os aspectos científicos da pesquisa, como 
também os aspectos práticos do desenvolvimento do 
trabalho, visto que as questões técnicas e as 
exigências previstas pelas instituições devem estar 
explícitas. Conforme Severino (2002) define, na 
página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba 
desempenhando várias funções, tais como: 
a) A definição e o planejamento do percurso para 
o desenvolvimento do trabalho do próprio 
estudante/pesquisador, a fim de adquirir 
disciplina com o trabalho, sendo fiel aos 
procedimentos elencados, cumprindo a 
organização, a sequência e os prazos que ele 
mesmo estabelece no projeto; 
 
b) Possibilitar o atendimento às exigências dos 
professores no aspecto didático; 
 
c) Possibilitar que os orientadores avaliem os 
aspectos gerais do trabalho de pesquisa e as 
possibilidades de desenvolvimento, facilitando 
a orientação e a apresentação de novas 
perspectivas de ampliação da análise; 
 
d) Fornecer condições de discussão e avaliação à 
banca examinadora para a qualificação do 
trabalho do estudante; 
 
e) Contribuir para a concretização, no caso de 
solicitação de bolsa de estudos ou de 
financiamento de pesquisas; 
 
f) Embasar a coordenação de programas de pós-
graduação para a aceitação de candidatos, em 
especial nos cursos de doutorado. 
 
A APRESENTAÇÃO DO PROJETO 
CIENTÍFICO 
Alguns elementos são observados para o projeto 
de pesquisa, tais como: 
a) Folha de rosto: com indicação da entidade 
destinatária do projeto, o título do trabalho, sua 
finalidade, autoria, local e data. 
 
b) Título: mesmo que provisório, seu valor está 
no fato de ele indicar o assunto do trabalho. 
Severino (2002), em seu livro, indica que a 
nomeação da pesquisa deve ter um título geral 
e um título técnico, sendo este último apontado 
como um subtítulo que especifica o tema 
abordado. 
 
c) Delimitação do assunto: é o item fundamental 
do projeto, já que delimita o tema e o problema 
da pesquisa. Neste item, o problema e o 
conteúdo, alvos do estudo, são caracterizados 
e desdobrados. 
 
d) Objetivos gerais e específicos: neste ponto, 
o autor determina o que pretende com a 
pesquisa e quais resultados aguarda 
conseguir, fazendo referência ao tema em 
 
15 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
geral e, em seguida, a pontos específicos do 
assunto escolhido. 
 
e) Justificativa: o autor declara por qual motivo 
escolheu o tema e sua importância. 
 
f) Objeto da pesquisa: evidencia a tese ou 
hipótese do que se pretende demonstrar. Tais 
informações devem estar inequívocas desde o 
início, tomando-se o cuidado de preparar 
hipóteses sobre algo que ainda precisa ser 
demonstrado, caso contrário, não há avanço de 
conhecimento com sua pesquisa. 
 
g) Metodologia: esse item aborda os métodos 
utilizados na pesquisa e as técnicas 
escolhidas. 
 
h) Cronograma: delimita momentos e etapas do 
desenvolvimento da pesquisa, estabelecendo 
quantas semanas ou meses serão reservados 
para cada etapa. 
 
i) Orçamento: em alguns casos, são indicados 
os recursos humanos ou materiais imperativos 
para que o projeto seja realizado, mencionando 
a previsão de custos. 
 
j) Bibliografia básica: contém os textos 
fundamentais em que a problemática escolhida 
é enfocada. Organizada com base nas normas 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), espera-se que ela seja ampliada com 
o decorrer das pesquisas. 
O já mencionado autor Severino, em Metodologia 
do trabalho científico, publicado em 2002, faz 
algumas considerações sobre delimitação do 
assunto, objetivos e justificativas: 
Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma 
apresentação em que se coloca inicialmente a gênese 
do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, 
explicitando-se os motivos mais relevantes que 
levaram à abordagem do assunto; em seguida, pode 
ser feita uma contraposição aos trabalhos que já 
versaram sobre o mesmo problema, elaborando-se 
uma espécie de estado de questão, [...]. Esclarecido o 
tema e delimitado o problema, o autor deve apresentar 
as justificativas, não apenas mas sobretudo aquelas 
baseadas na relevância social e científica da pesquisa 
proposta. A seguir, o autor expõe os objetivos que o 
trabalho visa atingir relacionados com as contribuições 
que pretende fazer. Após isto, pode explicitar suas 
hipóteses (p. 161). 
O texto, no caso do projeto de pesquisa, deve ser 
coeso, conciso e sem uso de linguagem coloquial, 
contemplando a gramática normativa, e sem linguagem 
figurada. Para formular os objetivos, são usados verbos 
no infinitivo. Para a descrição da metodologia, 
conforme Andrade, os verbos são empregados no 
futuro. 
 
Desta forma, o projeto de pesquisa organiza todo o 
trabalho científico e é um instrumento que não só 
conduz as atividades, mas também a análise, as 
orientações e as avaliações que cabem a professores 
e coordenadores,fornecendo condições para que os 
orientadores atuem da melhor maneira possível. 
Evidentemente, o projeto sofre alterações em vários 
pontos durante a pesquisa, o que é visto de forma 
positiva mediante seu aprofundamento. Não obstante, 
ele não é um simples planejamento, pois ele traz a 
essência da monografia que será produzida. 
 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS: NBR 6023 DA 
ABNT 
A NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), estabelece elementos a serem 
incluídos e a sua exposição, contemplando a 
bibliografia utilizada e as orientações sobre as 
convenções a serem observadas. É primordial que elas 
sejam verificadas sempre que produzir um trabalho de 
caráter técnico-científico, bem como suas possíveis 
atualizações, visto que as fontes de consulta estão a 
cada dia contando com recursos que passam por 
mudanças constantes. 
Entende-se por referências a relação de fontes (livros, 
artigos, leis...) usadas no decorrer da pesquisa e são 
apresentadas, obrigatoriamente, ao final dos textos 
acadêmicos e científicos. 
Sua finalidade é dar ao leitor do texto as fontes da 
pesquisa e composição do artigo, assim como permitir 
que ele tenha acesso às obras consultadas. Após as 
considerações finais do artigo, estão as referências, um 
elemento pós-textual obrigatório e que deve estar em 
ordem alfabética e alinhado à esquerda. 
 
DIFERENÇAS ENTRE 
REFERÊNCIA E BIBLIOGRAFIA 
Quando se fala de referências, é preciso entender 
como o termo é utilizado. Obras de referência são 
aquelas que dão começo à pesquisa bibliográfica e 
que ajudam a identificar e localizar as obras de 
consulta. Para Andrade (2002): 
As obras de referência são constituídas pelos 
dicionários específicos das várias ciências, 
 
16 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
enciclopédias thesaurus, catálogos de editoras e 
bibliotecas, abstracts de revistas especializadas, 
repertórios bibliográficos etc. Tais obras propiciam 
informações gerais sobre determinado assunto, 
facilitando a tarefa de localizar outras, de caráter 
específico, que virão a constituir o apoio bibliográfico 
do trabalho (p. 53). 
As obras de referência, no entanto, não constituem a 
única base bibliográfica de um trabalho científico. A 
partir delas, há uma multiplicação de fontes, uma vez 
que elas geram outras indicações bibliográficas. Do 
mesmo modo, existem as referências no corpo do texto. 
A citação de uma passagem é inserida no texto 
colocando-se ao final desta, o nome do autor, o ano e, 
entre parênteses, a página. As referências completas 
aparecem na bibliografia final. 
Caso se trate da síntese de um trecho, as referências 
devem ser colocadas acrescentando-se Cf. no início e 
entre parênteses. As referências bibliográficas, fontes 
bibliográficas, ou apenas bibliografia designam a 
bibliografia levantada durante o trabalho científico e 
organizada na parte final do trabalho. 
A princípio, ela é composta durante o fichamento, que 
traz não apenas um relatório organizado de suas 
leituras, incluindo temas, sínteses, trechos relevantes e 
justificativas para a seleção desses dados, mas 
também os autores, as obras consultadas, ano de 
publicação, páginas e editoras. 
As referências bibliográficas listam documentos que, 
como relata Andrade, na página 54 de sua publicação, 
são manuscritos, livros, revistas, jornais ou qualquer 
outro impresso, documentos reproduzidos, 
xerocopiados, obtidos em gravações de áudio ou vídeo, 
mapas, esboços, plantas, teses e dissertações não 
publicadas, palestras, aulas, sites etc. 
O propósito das referências bibliográficas é levar o 
leitor às fontes da pesquisa que resultou no trabalho 
científico e, por isso, todos os documentos consultados 
ou reportados no corpo do trabalho são indicados nas 
referências, de forma que o leitor tenha condições de 
retomá-los, seja para aprofundar a problemática, fazer 
uma revisão do trabalho ou por qualquer outro motivo. 
 
 
 
ESTRUTURA DAS REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
• Livros: 
1. Autor: último sobrenome em maiúsculas, 
seguido dos prenomes apenas iniciados por 
maiúsculas. Exceções: nomes espanhóis 
entram pelo penúltimo sobrenome, 
sobrenomes ligados por traço de união são 
grafados juntos e sobrenomes que indicam 
parentesco (como Júnior, Filho e Neto) 
acompanham o último sobrenome; 
 
2. Título: em negrito, sublinhado ou itálico; 
 
3. Subtítulo (se houver): separado do título por 
dois-pontos, sem destaque; 
 
4. Edição: a partir da segunda, o número da 
edição é assinalado seguido de ponto e da 
palavra edição (ed.), no idioma da publicação. 
Não se anota a primeira edição e as demais 
são anotadas como 2. ed., 3. ed., e assim por 
diante; 
 
5. Local da publicação: quando há mais de uma 
cidade, a primeira é mencionada na publicação 
seguida de dois-pontos; 
 
6. Editora: apenas o nome que a identifique, 
seguido de vírgula; 
 
7. Data: ano de publicação. 
 
• Casos específicos: 
a) Livro com um autor: 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título 
do livro. Local da publicação: Editora, Ano. 
Ex.: DRUCKER, Peter Ferdinand. Sociedade 
pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999. 
 
b) Livro com autor espanhol: 
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. 
Título do livro: (subtítulo quando houver). 
Local da publicação: Editora, Ano. 
Ex.: SÁNCHEZ GAMBOA, Silvio Ancizar. 
Pesquisa em educação: métodos e 
epistemologias. Chapecó: Argos, 2007. 
 
c) Livro com autor com sobrenome separado 
por traço: 
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. 
Título do livro. Local da publicação: Editora, 
Ano. 
Ex.: MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e 
o invisível. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 
1992. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
d) Livro com sobrenome indicando 
parentesco: 
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. 
Título do livro. Local da publicação: Editora, 
Ano. 
Ex.: DALLEGRAVE NETO, José Affonso. 
Responsabilidade civil no direito do 
trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008. 
 
e) Livro com sobrenome iniciado com 
prefixos: 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título 
do livro. Edição. Local da publicação: Editora, 
Ano. 
Ex.: McDONALD, Ralph E. Emergências em 
pediatria. 6. ed. São Paulo: SARVIER, 1993. 
 
f) Livro com dois autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, 
Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO 
AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo 
quando houver). Edição. Local da publicação: 
Editora, Ano. 
Ex.: WARAT, Luis Alberto; PÊPE, Albano 
Marcos. Filosofia do Direito: uma introdução 
crítica. São Paulo: Moderna, 1996. 
 
g) Livro com três autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, 
Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO 
AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO 
TERCEIRO AUTOR, Prenomes. Título do 
livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local 
da publicação: Editora, Ano. 
Ex.: ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de; 
WHITAKER, Maria do Carmo; RAMOS, José 
Maria Rodriguez. Fundamentos de ética 
empresarial e econômica. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2003. 
 
h) Livro com mais de três autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, 
Prenomes et al. Título do livro: (subtítulo 
quando houver). Edição. Local da publicação: 
Editora, Ano. 
Ex.: ANDERY, Maria Amália et al. Para 
compreender a ciência: uma perspectiva 
histórica. 6. ed. Rio de Janeiro: Espaço e 
Tempo; São Paulo: EDUC, 1996. 
 
i) Livro com organizador (Org.), coordenador 
(Coord.) ou editor (Ed.): 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. (Org. 
ou Coord. ou Ed.). Título do livro: (subtítulo 
quando houver). Edição. Local da publicação: 
Editora, Ano. 
Ex.: SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo 
Ramos (Org.). Educação em perspectiva: 
interfaces para a interlocução. Florianópolis: 
Insular, 2006. 
 
j) Livro cujo autor é uma entidade (quando 
uma entidade coletiva assume integral 
responsabilidade por um trabalho, ela é 
tratada como autor): 
ENTIDADE. Título: (subtítulo quando houver). 
Edição. Local da publicação: Editora, Ano. 
Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo: 
apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 
 
• No caso dos livros citados em parte, as 
regras são as seguintes: 
a)Quando o autor do capítulo é o mesmo da 
obra: 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE 
REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte 
referenciada. In: ______. Título do livro. Local: 
Editora, ano. Página inicial e final. 
Ex.: ABRANTES, Paulo. (Org.). Naturalizando a 
Epistemologia. In: ______. Epistemologia e cognição. 
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1994. p.171-
215. 
 
b) Quando o autor do capítulo não é o mesmo 
da obra: 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE 
REFERENCIADA, Prenome. Título da parte 
referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU 
ORGANIZADOR, Prenomes. (Org.). Título do livro. 
Local: Editora, ano. Página inicial e final. 
Ex.: SILVA, Rubia da; FISCHER, Juliane. Tecendo um 
diálogo da prática pedagógica: atividades 
desenvolvidas na educação infantil. In: SOUZA, Osmar 
de; LAMAR, Adolfo Ramos. (Org). Educação em 
perspectiva: interfaces para a interlocução. 
Florianópolis: Insular, 2006. p. 81-94. 
 
• Teses, dissertações e trabalhos 
acadêmicos: 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. 
Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) 
– Unidade de Ensino, Instituição, Local, Data. 
Ex.: SILVA, Renata. O turismo religioso e as 
transformações socioculturais, econômicas e 
ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190 f. 
Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria) – 
Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade 
do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004. 
URBANESKI, Vilmar. Epistemologia social, ciências 
cognitivas e educação. 2006. 116 f. Dissertação 
(Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da 
Educação, Universidade Regional de Blumenau, 
Blumenau, 2006. 
 
• Enciclopédias: 
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação: 
Editora, ano. 
Ex.: ENCICLOPÉDIA TECNOLÓGICA. São Paulo: 
Planetarium, 1974. 
 
 
18 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Jornal: 
a) Jornal no todo: 
NOME DO JORNAL. Cidade, data. 
Ex.: FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 11 jan. 2009. 
 
b) Artigo de Jornal com autor definido: 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. 
Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, 
mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. 
Ex.: PRATES, Luis Carlos. Quindim com café. Diário 
Catarinense, Florianópolis, 3 fev. 2009. Disponível em: 
<http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/defaul
t2.jsp?uf=2&local=18&source=a2390841.xml&template
=3916.dwt&edition=11632&section=1328http>. Acesso 
em: 3 fev. 2009. 
 
c) Artigo de jornal sem autor definido: 
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em 
maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, 
ano). Suplemento, número da página, coluna. 
Ex.: EFEITOS da lei seca. Folha de S.Paulo, São 
Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2. 
 
• Revista: 
a) Revista no todo: 
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se 
não constar no título), número do volume (v._), número 
do exemplar (n._), mês. Ano. ISSN. 
Ex.: REVISTA TRIBUNA JURÍDICA. Indaial: Editora 
Asselvi, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008. ISSN 1807-6114. 
 
b) Coleção de revistas no todo: 
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação: editora, 
data (ano) do primeiro volume e, se a publicação 
descontinuou, do último. Periodicidade. Número do 
ISSN (se disponível). 
Ex.: CONTRAPONTOS. Itajaí: Univali, 2001. 
Semestral. ISSN 1519-8227. 
 
c) Artigo de revista com autor definido: 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. 
Título do artigo. Título da revista, local da publicação, 
número do volume (v._), número do fascículo (n._), 
páginas inicial-final do artigo, mês. Ano. 
Ex.: PICH, Roberto Hofmeister. Autorização epistêmica 
e acidentalidade. Veritas, Porto Alegre, v. 50, n. 4, p. 
249-276, dez. 2005. 
 
d) Artigo de revista sem autor definido: 
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em 
maiúscula). Título da revista, local da publicação, 
número do volume, número do fascículo, página inicial 
final do artigo, mês. Ano. 
Ex.: 20 CENTROS e nenhuma central. HSM 
Management, São Paulo, v. 1, n. 72, p. 39-45, jan./fev. 
2009. 
• Casos específicos: 
a) Quando a editora não puder ser identificada, 
utiliza-se a expressão sine nomine, abreviada 
e entre colchetes [s.n.]; 
 
b) Quando o local de publicação não for 
identificado, utiliza-se a expressão sine loco, 
abreviada e entre colchetes [s.l.]; 
 
c) Quando o local e a editora não aparecem na 
publicação, se indica entre colchetes [s.l.: s.n.]; 
 
d) Quando o local, a editora e a data não forem 
identificadas, se indica entre colchetes [s.n.t.] 
(sem notas tipográficas). 
 
• Canais: 
NOME DO EVENTO, Número do evento (se houver), 
ano de realização, local. Título do documento (anais, 
atas, tópico temático etc.). Local: Editora, ano de 
publicação. Número de páginas ou volume (se houver). 
Ex.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Livro de 
resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 
1997. 
 
• Entrevistas: no título, omite-se o nome do 
entrevistador quando ele é o autor do trabalho. Quando 
a entrevista é concedida em função do cargo ocupado 
pelo entrevistado, acrescentam-se o cargo, a instituição 
e o local ao título. 
a) Entrevistas não publicadas: 
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. 
Local, data (dia, mês. ano). 
Ex.: SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a 
Marco Antônio Struve. Recife, 13 set. 2002. 
 
b) Entrevistas publicadas: 
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título 
da entrevista. Referência da publicação (livro ou 
periódico). Nota da entrevista. 
Ex.: SOUZA, Mauricio de. A Mônica quer namorar. 
Veja, ed. 2.098, ano 423, n. 5, p. 19-23, dez. 1999. 
Entrevista concedida a Duda Teixeira. 
• Internet: 
Nome do autor; título do documento ou da web page 
(ou do frame). Título do trabalho maior contendo a fonte 
(website); informações sobre a publicação (incluindo a 
data da publicação e/ou da última revisão); endereço 
eletrônico (URL); data do acesso e outras 
particularidades dignas de menção na fonte. 
 
19 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Ex.: GRAYLING. A. C. A epistemologia. The blackwell 
companhion to philosophy. Cambridge, 
Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd, 1996. 
Disponível em: 
<http://www.geocities.com/marcofk2/grayling.htm>. 
Acesso em: 10 maio 2007. 
• Jurisdição: 
Título (especificação da legislação, número e data). 
Ementa. Dados da Publicação. BRASIL. Constituição 
da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado 
Federal, 1988. 
Ex.: SANTA CATARINA (Estado). Lei n. 5.345, de 16 
de maio de 2002. Autoriza o desbloqueio de Letras 
Financeiras do Tesouro do Estado e dá outras 
providências. Diário Oficial do Estado, Poder 
Executivo, Florianópolis, 16 jun. 2002. Seção 3, p. 39. 
 
CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: 
NBR 10520/2002 DA ABNT 
Para Colzani (2001 apud SILVA; URBANESKI, 2009, p. 
85) “citação é uma inserção, num texto, de informações 
colhidas de outra fonte, para esclarecimento do tema 
em discussão, para sustentar, para refutar ou apenas 
para ilustrar o que se disse”. 
Já para Barros e Lehfeld (2000, p. 107), “as citações ou 
transcrições de documentos bibliográficos servem para 
fortalecer e apoiar a tese do pesquisador ou para 
documentar sua interpretação”. 
• Pode-se afirmar que são motivos pelos 
quais se utilizam citações: 
a) Permitir ao leitor ir ao texto original do autor 
citado; 
 
b) Possibilitar a identificação do legítimo “autor” 
das ideias apresentadas no trabalho; 
 
c) Dar credibilidade e autoridade ao texto; 
 
d) Reforçar e fundamentar o texto em outros 
autores que discutem o assunto em questão; 
 
e) Corroborar com as ideias expostas no trabalho. 
 
• A citação, como já mencionado, é a 
transcrição de ideias alheias. Santos (2007, p. 121-
122) ensina que: 
Textos técnicos e científicos devem lançar mão de 
citações por dois bons motivos. O primeiro é que, 
normalmente, citam-se autores de outros textos já 
publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram 
publicamente expostas, submetidas ao juízo e 
reconhecimento da comunidade de leitores e da 
comunidade científica. Se as ideias permanecem (eda 
forma como permanecem), seu autor merece menção, 
como conhecedor do assunto exposto, como 
autoridade científica. Segundo, ao se referenciar certo 
autor, fazem-se, a um só tempo, um ato de justiça 
intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato de 
honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e 
referencia reconhece que a ideia não é sua). 
As citações são de extrema importância para o artigo 
científico. Mas elas não substituem a redação do 
trabalho. 
 
• Os problemas mais comuns quanto à 
citação são: 
a) Escassez de citações, atribuindo-se ao autor 
pensamentos que são de outrem; 
 
b) Excesso de citações, o que faz do trabalho uma 
enorme colcha de retalhos; 
 
c) Documentação inadequada (por inexistência, 
insuficiência ou incorreção) das fontes 
empregadas; 
 
d) Presença no texto de informações que 
poderiam ir para as notas, o que permitiria 
deixar a redação mais limpa; 
 
e) Falta de diálogo com as fontes, usadas, às 
vezes, apenas para abonar o pensamento do 
autor, sem discussão; 
 
f) Inadequada transição entre o texto do autor e o 
texto citado, o que dificulta a identificação de 
quem está falando (AZEVEDO, 1998, p. 120). 
 
SISTEMAS DE CHAMADAS 
As citações no texto devem ser feitas de maneira 
uniforme e de acordo com o estilo do pesquisador ou 
critério adotado pela revista em que o artigo pleiteará a 
publicação. Contudo, as citações devem seguir as 
prescrições da NBR 10520, de 2002. 
 
• Ao elaborar o artigo, quanto ao sistema de 
chamada, a indicação das fontes citadas pode 
ocorrer de duas formas: 
1. Sistema numérico: no sistema numérico, a 
numeração é única e consecutiva, em 
algarismos arábicos. Nesse sistema, não deve 
ser iniciada uma nova numeração a cada nova 
página do trabalho. A fonte é indicada de forma 
completa em nota de rodapé e apresentada de 
 
20 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
acordo com as normas de referência 
bibliográfica. 
Caso seja necessário o uso do sistema 
numérico, é importante ressaltar que as notas 
de referências contidas nas notas de rodapé 
devem constar na lista de referências. Quando 
se usa nota de rodapé, não se usa o sistema 
numérico. 
 
2. Sistema autor-data: nesse sistema, o leitor 
pode identificar a fonte completa da citação na 
lista de referências, organizada em ordem 
alfabética, no final do trabalho. 
O formato da citação no sistema autor-data é 
feito pelo sobrenome do autor ou pela 
instituição responsável ou, ainda, pelo título de 
entrada (caso a autoria não esteja declarada), 
seguido pela data de publicação do documento 
e página da citação, separados por vírgula. 
De acordo com a NBR 10520 (2002), se o 
sobrenome do autor, a instituição, o 
responsável ou o título estiver incluído no texto, 
a informação deve ser apresentada com letras 
maiúsculas e minúsculas. 
• Exemplos: 
1. Para Teixeira (1998, p. 35), “a ideia de que a 
mente funciona como um computador digital e 
que este último pode servir de modelo ou 
metáfora para conceber a mente humana 
iniciou a partir da década de 40”. 
 
2. “A ideia de que a mente funciona como um 
computador digital e que este último pode 
servir de modelo ou metáfora para conceber a 
mente humana iniciou a partir da década de 40” 
(TEIXEIRA, 1998, p. 35). 
Quando o nome do autor citado estiver entre 
parênteses, deve ser escrito com todas as letras em 
maiúscula, conforme o exemplo 2. 
No caso de uso das citações com dois ou mais 
documentos de um mesmo autor que foram publicados 
no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelo 
acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após o ano, 
conforme exemplo a seguir: 
(SILVA, 2008a) 
(SILVA, 2008b) 
(SILVA, 2008c) 
Caso haja dois autores com o mesmo sobrenome e 
mesma data de publicação, acrescentam-se as iniciais 
de seu prenome, conforme exemplo a seguir: 
(SILVA, M., 2004) 
(SILVA, C., 2004) 
 
 
 
ESTRUTURA DE CITAÇÕES 
Há alguns modelos distintos de citações que podem ser 
utilizados pelos alunos durante seus projetos. Nesta 
parte do estudo, você conhecerá os mais utilizados. 
 
CITAÇÃO DIRETA 
A citação direta, de acordo com a NBR 10520 (2002, p. 
2), é a “Transcrição literal da parte da obra do autor 
consultado”. Ou seja, nesse tipo de citação deve-se 
respeitar redação, ortografia, sinais gráficos e 
pontuação do texto original, fazendo uma cópia fiel do 
autor consultado. 
• Citação direta curta: é de até três linhas e 
deve ser inserida entre aspas, no interior do parágrafo, 
conforme exemplificado na figura: 
 
• Exemplos: 
1. No parágrafo: Sobrenome do autor ou dos 
autores (data, n. da página). 
De acordo com Sabadell (2000, p. 31), “o 
objeto da ciência jurídica é examinar como 
funciona o ordenamento jurídico. Como diz 
Kelsen, o direito é um conjunto de normas em 
vigor [...]”. 
 
2. No final da citação (SOBRENOME DO AUTOR 
OU AUTORES, data, n. da página). 
“O objeto da ciência jurídica é examinar como 
funciona o ordenamento jurídico. Como diz 
Kelsen, o direito é um conjunto de normas em 
vigor [...]” (SABADELL, 2003, p. 31). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Citações direta longa: citações diretas com 
mais de três linhas devem aparecer em parágrafo 
distinto, com recuo de 4 centímetros da margem 
esquerda, espaçamento simples, sem aspas e em fonte 
10, conforme detalhado na figura: 
 
• Exemplos: 
1. Para Goldman (2001, p. 58): 
Objetivo fundamental da educação, isto é, dos 
sistemas escolares, em todos os níveis, é o de 
prover os estudantes com conhecimento e 
desenvolver habilidades intelectuais que 
elevem as suas habilidades de aquisição de 
conhecimento. Isto, de qualquer modo, é a 
imagem tradicional, e eu não conheço 
nenhuma boa razão para abandoná-la. 
 
2. Objetivo fundamental da educação, isto é, dos 
sistemas escolares, em todos os níveis, é o de 
prover os estudantes com conhecimento e 
desenvolver habilidades intelectuais que 
elevem as suas habilidades de aquisição de 
conhecimento. 
Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, 
e eu não conheço nenhuma boa razão para 
abandoná-la (GOLDMAN, 2001, p. 58). 
 
• Citação direta omissão: é um recurso 
utilizado quando não é necessário citar integralmente o 
texto de um autor. Porém, deve-se ter o cuidado para 
não alterar o sentido do texto original. No texto, a 
omissão é indicada por reticências entre colchetes [...]. 
As omissões podem aparecer no início, no fim e no 
meio de uma citação. 
• Exemplos: 
1. De acordo com Reale (1990, p. 554), “os 
fenomenólogos pretendem descrever os 
modos típicos como as coisas e os fatos se 
apresentam à consciência [...] A fenomenologia 
não é a ciência dos fatos e sim, ciências das 
essências”. 
 
2. “Os fenomenólogos pretendem descrever os 
modos típicos como as coisas e os fatos se 
apresentam à consciência [...] A fenomenologia 
não é a ciência dos fatos e sim, ciências das 
essências.” (REALE, 1990, p. 554). 
 
 
 
• Citação direta destaque: quando existe a 
necessidade de enfatizar alguma palavra, expressão ou 
frase em uma citação direta, pode-se grifá-la. Mas, ao 
fazer isso, é preciso usar o recurso tipográfico 
negrito na parte do texto a ser destacada e a 
expressão: grifo nosso. 
Essa expressão deve vir entre parênteses, após a 
indicação da página em que foi retirada a citação. 
Quando já existe destaque no texto original, mantém-
se este destaque indicando sua existência pela 
expressão grifo do autor ou grifo dos autores entre 
parênteses. 
• Exemplos: 
1. Hoje, equipados com novas ferramentas e 
novos conceitos, essas disciplinas, com um 
novo quadro de pensadores, denominados 
cientistas cognitivos, investigam muitas das 
questões que já preocupavam os gregos há 
aproximadamente 2500 anos, conforme 
Gardner (1995, p. 18, grifo nosso): 
Assim como seus antigos colegas, os 
cientistas cognitivos de hoje perguntam o que 
significa conhecer algo e ter crenças precisas, 
ou ser ignorante ou estar errado. Eles 
procuram entender o que é conhecido - os

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