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1 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia METODOLOGIA DA PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico exige uma postura diferenciada no que se refere às suas etapas e ela deve ter início desde as primeiras decisões. A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que tenha sucesso ao final de todo seu empenho. Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações, de 2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem dados é de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de cada trabalho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de abertura: 1. Escolha do tema-problema; 2. Identificação das limitações sobre o que será abordado; 3. Formulação de objetivos; 4. Levantamento bibliográfico; 5. Leitura do material selecionado com registros; 6. Análise e interpretação dos dados coletados; 7. Elaboração de conclusões; 8. Elaboração de introdução; 9. Registro de bibliografias e anexos; 10. Revisão geral; 11. Digitação; 12. Entrega e/ou apresentação. • Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: 1. Pesquisa teórica: aquela que se dedica ao estudo de teorias; 2. Pesquisa metodológica: aquela que se dedica aos modos de fazer-se ciência; 3. Pesquisa empírica: aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da realidade social; 4. Pesquisa prática: aquela voltada para a intervenção na realidade social. Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de estudo de seu trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa geradas a partir dos gêneros mencionados, para que seja possível decidir quais os procedimentos mais adequados a esse estudo: a) Análise de conteúdo: com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e revistas e que são usados como fontes de informações; b) Bibliográgico: estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto; c) Censo: levantamento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado; d) Clínico: baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do aconselhamento, de psicodiagnósticos; e) Comparativo: trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos ou coisas por analogia, descobrindo aspectos em comum, regularidades e princípios; f) Crítico-dialético: apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas propostas são críticas e com o objetivo de desvendar conflitos de interesses; 2 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia g) De campo: corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais acontecem os fenômenos em estudo; h) Dedutivo: apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais, partindo de uma premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela verdade, pela coerência e não contradição; i) Descritivo: tem como objetivo a descrição das características de determinado fenômeno ou população; j) Documental: reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades humanas; k) Empírico-analítica: faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos para validação de provas científicas; l) Entrevista: ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores que assumem papéis, respectivamente de entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em grupo ou de forma não diretiva; m) Estatístico: leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de dados numéricos; n) Estudo de caso: refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, num recorte temporal; o) Experimental: é aquele que tenta descobrir relações causais; p) Fenomenológico: consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo uma reflexão contínua sobre a importância dos processos adotados; q) Fenomenológico-hermenêutica: faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos teóricos e análise de documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de interpretação; r) Histórica: reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de evidências e delineação de conclusões; s) Indutivo: parte do particular para a generalização como produto de um trabalho de coleta de dados particulares; t) Laboratório: realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, manipulação de instrumentos; u) Levantamento: caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento deseja-se conhecer; v) Método redutivo: observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, descrever e predizer em relação a fenômenos de ocorrência real; w) Observacional: trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na experiência; x) Pesquisa de avaliação: trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para avaliar programas de melhoramentos dentro da sociedade; y) Semiótico: estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e precisão dos símbolos. ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO- CIENTÍFICA O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática referente à ciência, na qual se usa o instrumental teórico com o propósito de possibilitar a discussão científica na área para qual o texto se remete. É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos não segue as mesmas características dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos literários e publicitários. A linguagem da discussão científica tem suas próprias características por empregar a linguagem técnica em seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo próprio, de acordo com a especificidade de cada área. • Sobre o estilo de redação na comunicação científica: [...] um artigo científico exige que o autor expresse o que sabe sobre o tema, utilize a língua vernácula de maneira precisa e exponha as ideias de maneira simples e com palavras que não sejam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: camarada) e nunca gíria (por exemplo: cara, careta). Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos técnicos), pois influencia a compreensão do leitor do periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, p. 47). Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, 3 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia encadeamento, consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre outros compromissos. • Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas características na hora de produzir o seu artigo: a) Coerência: via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência que deve ser repetida. Por exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve estar detalhada na introdução e seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas considerações finais, deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na ordem em que foram apresentados no desenvolvimento. Isso quer dizer que, entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma que não ocorram trechos que apresentem falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por isso, a releitura do texto deve ser constante. b) Objetividade:os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados de maneira simples, evitando expressões evasivas, com significados dúbios e palavras de difícil compreensão. Na redação técnico- científica, deve-se perseguir com afinco a objetividade, como reforça Antônio Gil, em Métodos e técnicas em pesquisa social, de 2002, o texto deve ser escrito em linguagem direta, evitando-se que a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais. c) Concisão: procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com Azevedo (1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário supérfluo, encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. d) Clareza: o texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes interpretações. É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes. Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 1998, p. 112). e) Precisão: toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura aceita no meio científico de cada área. f) Imparcialidade: o trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado em um texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por manter seu posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura unilateral. g) Encadeamento: otexto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do público. indica > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica: [...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar cada frase um desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para explicar, quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve estar em harmonia e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O mesmo vale para tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119). h) Impessoalidade: o texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: do desafio à conquista, publicado em 2004: o parágrafo tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, portanto, conter uma única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma relação com anterior. Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de raciocínio. E cada raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou 4 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia seja, não pode ser disposto de qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto. O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio. Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse argumento, mude de parágrafo. TRABALHOS CIENTÍFICOS • Características específicas dos trabalhos científicos: a) Trabalhos de graduação: no decorrer da sua graduação, é bem provável que o estudante tenha elaborado trabalhos para disciplinas diversas. Eles não necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho científico dos trabalhos de excelência da área em que estudou, mas oportunizar o desenvolvimento de um raciocínio aos moldes das pretensões científicas. É possível mencionar que os trabalhos de graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica ou literária de um determinado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área científica.” b) Trabalhos de conclusão de curso: o trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia sobre um assunto específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da pesquisa perante uma banca examinadora. Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É mais um trabalho de assimilação de conteúdo, de confecção de fichamentos e, sobretudo, de reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de conclusões ou afirmações de autores consultados. c) Monografia: como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho intelectual concentrado em um único assunto. A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de pós- graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de graduação. Por isso, alguns pensadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: monografia, dissertação e tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características distintas. A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a monografia, enquanto quem busca o mestrado faz a dissertação e o doutorando desenvolve a tese. Apesar da diferenciação, o texto não deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. d) Dissertação: a dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de pós- graduação stricto sensu (mestrado), busca principalmente a reflexão acerca de um determinado tema ou problema, o que ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. Dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo mais completo possível em relação ao tema escolhido. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. e) Tese: a tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o papel do trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço significativo na área do conhecimento em estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), tese é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do conhecimento, 5 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia de forma a promover uma descoberta ou dar uma real contribuição para a ciência. Para Odilia Fachin, na obra Fundamentos de metodologias, publicada em 2003, a tese é entendida como um trabalho científico habitualmente exigido nos cursos de pós- graduação e que deve ser defendido oralmente em público. A tese deve apresentar um estudo original que tragauma contribuição para a sociedade científica, com rigor na argumentação, apresentação de provas das afirmações e profundidade das ideias. GÊNEROS ACADÊMICOS São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno desenvolver seu conhecimento sobre determinado assunto durante o curso e reforçar seu aprendizado. • Peculiaridades dos gêneros mais utilizados tanto durante a graduação como na pós: a) Resumo: o resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Seu objetivo é fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir informações de caráter complementar. É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de maior interesse e importância. Sua finalidade é difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros documentos e auxiliar o estudante nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o profissional a relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa, logo após introdução, desenvolvimento e conclusão. b) Resenha: a resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, cinema, obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do conteúdo deve ser elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do conteúdo e possível demonstração de sua importância. Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina, também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. • Dicas de como fazer uma resenha: 1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais; 2. Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteúdo do texto; 3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo; 4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir claramente o texto; 5. Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. Argumente baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; 6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o público que se interessará pela obra; 7. Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador; 8. Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e resume seu currículo. c) Esquema: os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possível organizar grandes quantidades de conhecimento. Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados. Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, a estabelecer relações entre eles ou entre diversos fatores e a entender a influência que esses acontecimentos ou fatores exercem uns sobre os outros. • Há vários tipos de esquemas, entre eles: 1. Lineares: quando organizam a informação na horizontal e na vertical; 2. Circulares: que organizam a informação em círculo; 3. Piramidais: caso a informação dispõe- se em forma hierárquica, de pirâmide; 4. Sistemáticos: quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as relações de interdependência de um fenômeno. Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias- chave do texto e ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas 6 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia para estabelecer relações entre os conceitos. d) Fichamento: é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam mão para a realização de uma obra didática, científica ou de outra natureza. É um recurso de memória, imprescindível, sobretudo na elaboração de monografias. É usado, também, em seminários e em aulas expositivas. A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos podem ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre outros. • O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento de citação, que obedece cinco normas: 1. Toda citação deve vir entre aspas; 2. Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a citação; 3. A transcrição tem de ser textual; 4. A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou no final do texto e, entre parênteses, no meio; 5. A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se uma linha completada por pontos. e) Paper: é um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou de pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do paper é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração de trabalhos sob uma linguagem acadêmico-científica. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma original. Deve ser escrito em terceira pessoa. Os propósitos de um paper são quase sempre os de formar um problema, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir. • O paper é: 1. Uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, interpretação sobre essas descobertas; 2. Um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; 3. Um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica. • O paper não é: 1. Um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); 2. Ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; 3. Um conjunto de citações; 4. Opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; 5. Cópia do trabalho de outra pessoa. f) Artigo científico: o objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado alguma ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, sobre a existência de aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida. A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos que sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da comunidade científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o processo lógico que o levou a chegar à aquela conclusão. • Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: 1. Falta de clareza dos propósitos; 2. Falta de originalidade do material; 3. Má organização no material expositivo; 4. Repetição de palavras, conceitos e informações; 5. Desatualização bibliográfica; 6. Excessiva dependência das fontes;7. Incorreção ou incoerência no sistema de Referenciação das fontes; 8. Inadequação na definição dos termos. Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no país). 7 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Artigo original: apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados. • Artigo de revisão: tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já publicadas que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográficas. APRESENTAÇÃO GRÁFICA • Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes indicações: a) Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); b) Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; c) Espaçamento entrelinhas: 1,5; d) Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco entre um parágrafo e outro; e) Formato do texto: justificado; f) Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12. g) Nas citações longas, notas de rodapé, número de página e fontes de ilustrações e tabelas use Times New Roman, de tamanho 10. h) Título: tamanho 18 e negrito; i) Subtítulo: tamanho 16 e negrito; j) Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto superior direito da página, a 2 cm da borda superior: k) A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, embora seja contada; l) A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, inclusive nos elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos). m) Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo sugerida no Quadro 1; n) Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser colocados em letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo nível devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas em negrito (por exemplo 3.1 Administração científica); e subtítulos de terceiro nível, em letras minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda; o) Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin, resumen e workaholic, por exemplo. • A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo científico: TÍTULO DO ARTIGO Subtítulo Nome do Autor Nome do Coautor Resumo Palavras-chave: TITLE Subtitle Abstract Keywords: 1 INTRODUÇÃO 2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 2.1 Entrevista 2.2 Testes 2.2.1 Avaliação da entrevista 2.2.2 Avaliação dos testes 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS NORMAS METODOLÓGICAS E ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO ARTIGO O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a estrutura de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com a NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a seguir. 8 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Pré-textuais: a) Título; b) Subtítulo (opcional); c) Autores; d) Resumo; e) Palavras-chave. • Textuais: a) Introdução; b) Desenvolvimento; c) Considerações finais. • Pós-textuais: a) Referências (obrigatório); b) Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); c) Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s). ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS a) Título do trabalho: letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. b) Subtítulo, se houver: letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. c) Estudante: nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação e o e- mail. d) Coautor: nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 12 em branco). e) Resumo: a palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. Após a palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve ter apenas um parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), sem recuo na primeira linha. Use espacejamento simples, justificado, tamanho 12. f) Palavras-chave: é preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais importantes do conteúdo, frequentemente já expressos no resumo. São separados entre si, finalizados por ponto e iniciados com letra maiúscula. A expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à esquerda. Por exemplo: Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. Atenção: após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. g) Título e subtítulo do trabalho em inglês: utilizar as mesmas regras de formatação do texto em português. Após, deixar duas linhas em branco em fonte tamanho 12. h) Abstract (resumo em inglês): escrever “Abstract” em fonte Times New Roman, tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixar uma linha em branco. O abstract deve ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar 1 linha em branco. i) Keywords: palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar uma linha em branco. 9 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia ELEMENTOD TEXTUAIS a) Introdução: segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a parte inicial do texto, na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto de vista enfocado em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço, enfocar a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do artigo. [...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar conclusões e recomendações, mas é um convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é importante para que o leitor penetre na problemática abordada, familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo conceitos, apresentando os objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes para o estudo do assunto e as possíveis controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para sua escolha. Também é aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, apresente a estrutura do artigo. A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do assunto tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos a serem estudados. b) Desenvolvimento: é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta seção do artigo. O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. O desenvolvimentodo assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é exigido raciocínio lógico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia principal, fundamentando-as de modo racional com os resultados da investigação (MARTINS, 2002, p. 221). O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e consistente. São apresentados os conceitos, teorias, citações das autoridades do assunto que você está abordando, principais ideias sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, resultados e interpretação do estudo. c) Conclusão: é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limitar-se a uma síntese da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante lembrar que elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: [...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, inter- relacionando-o e levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo em vista os resultados obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observados, portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165). Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. Portanto, neste item, não se deve trazer nada de novo. Ainda, sugere-se que não se utilizem citações nesta seção As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos propósitos previamente estabelecidos do trabalho, apontando o alcance e o significado de suas contribuições. Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de sugestões para outros trabalhos. 10 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS a) Referências: são definidas como um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual. As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado em informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais foram citados no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor tenha acesso às obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no interior do trabalho. b) Apêndice (opcional): texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. c) Anexo (opcional): texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional da Empresa Alfa. APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente o uso da argumentação para um enfoque contrário ao já postulado sobre o assunto ou para oferecer soluções para assuntos controversos à sua área de estudo. Também não usará somente citações de autoridades do assunto para embasar o que tende a defender ou refutar. No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar mais credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de ilustrações, tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens devem aparecer no artigo científico. • Formato de apresentação de elementos do texto: a) Ilustrações (desenhos, fotografias, orgaogramas, quadros e outros): as ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada partindo de 1. O título da ilustração deve ser precedido pela palavra que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em fonte Times New Roman, tamanho 10. b) Tabelas: a legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da tabela, também centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). c) Gráficos: os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. O mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra “Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e acima do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e espaçamento simples entrelinhas. d) Notas do rodapé: as notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: inserir notas). O próprio Word administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda. e) Palavras estrangeiras: sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos em língua estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico. 11 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia SEMINÁRIO CIENTÍFICOS O dicionário Larousse da Língua Portuguesa, em sua edição de 2001, define a palavra “seminário” como congresso científico ou cultural, com exposição seguida de debates, ou uma aula de nível universitário, com exposição e discussão de temas específicos. É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par do tema abordado, mas que os demais participantes estejam preparados para a recepção do tema, seu entendimento e discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre determinado problema ou do resultado da pesquisa. Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós- graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia da palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca: 1. Capacidade de pesquisa; 2. Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos; 3. Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais avançados; 4. Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos. A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e ao debate. Para isso, é necessário que as competências que permitem a organização das ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, contribuindo para a formação dos participantes. Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com o texto a ser abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura analítica que possibilite ponderações durante sua apresentação. Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o seminário, lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligência emocional no trabalho, de 1997: A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que temos que aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência emocional que traz um alto grau de autoconsciência para o processo de compreender e reconhecer a outra pessoa e responder a ela. A função da autoconsciência é observaro modo como permitimos que nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo subentendido emocional das afirmações de outrem (p. 135). Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levando à formação de todos os participantes do evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer tipo de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou distração, visto que são elementos que interferem na análise, interpretação e crítica. A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE CARÁTER CIENTÍFICO Para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura de determinado texto e apresentá-lo posteriormente. De início, com a leitura, o texto é analisado e um fichamento é produzido. Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do percurso e da exposição do seminário, contando com o auxílio de um professor ou coordenador que indique uma bibliografia básica, orientando o estudante após a definição do tema no que diz respeito à seleção de fontes como livros, revistas, artigos, depoimentos, documentos (leis, registros de cartórios ou cartas), teses, instituições, pesquisas e relatórios, sites específicos etc. 12 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Roteiro básico para seminários é sugerido no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós- graduação – noções práticas, publicado em 2002 por Andrade: 1. Escolha do tema; 2. Delimitação do assunto; 3. Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica; 4. Anotações, em fichas, do material coletado; 5. Análise e seleção do material; 6. Plano geral do trabalho, bem pormenorizado; 7. Organização do assunto em tópicos; 8. Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os participantes; 9. Redação de fichas-guia para orientar a exposição; 10. Preparação do material de ilustração, como cartazes, slides e projeções; 11. Revisão crítica do conteúdo, com verificação do material de ilustração, do roteiro, e das fichas que guiarão a exposição; 12. Fixação de critérios e ensaio para definir o vocabulário a ser empregado, uso de ilustrações, tempo para a exposição e espaço para debates. Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de pesquisa, ressaltando o item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua para a formação dos participantes. Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se optar pela elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, considerando fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis). Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos meios físicos ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a exposição. O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fim de evitar improvisações, surge a obrigação de um novo planejamento de ações, como Severino (2002) indica, na página 70 de seu livro: 1. Introdução, feita por um professor ou coordenador; 2. Apresentação, ponderando as obrigações e os procedimentos a serem adotados pelos participantes durante o seminário, no caso de seminários feitos em grupo, e cronograma das atividades previstas; 3. Introdução breve sobre o tema do seminário; 4. Eventual revisão da leitura do texto de base do seminário; 5. Execução, de forma coordenada, das atividades previstas; 6. Apresentação, realizada pelo coordenador, introdutória ao momento de discussão geral da reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário; 7. Síntese final, no caso da sala de aula, sob cuidado do professor que, nesse momento, orienta, realiza sua crítica e avaliação. O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de seminários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também deve ser interessante para os participantes, imaginando que as pessoas se prepararam para o evento. 13 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PÔSTER CIENTÍFICO De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2006, o pôster científico é um instrumento de comunicação cuja exibição acontece em diversos suportes, sintetizando e divulgando o conteúdo de uma pesquisa. Em encontros de caráter científico ou conferências, o uso do pôster científico é corrente, dado que sua finalidade é proporcionar, atingindo um grande número de pessoas, dados fundamentais a respeito da pesquisa. Com o pôster científico, ou pôster acadêmico, é possível mostrar os frutos da pesquisa científica de forma rápida, diferenciada e com uma exposição de maior tempo, se comparada exposição oral. Para sua elaboração, se conta com o auxílio de um designer gráfico, mas o próprio autor é capaz de executar tal tarefa, isto sem contar o entendimento sobre o conteúdo a ser transmitido para o público e como a pesquisa resultou em seu trabalho. O pôster está presente em eventos com vários trabalhos científicos e, , em alguns deles, o autor do trabalho fica ao lado do pôster, convidando o público, o que o que permite uma troca de ideias individualizada com os interessados sem a presença do pesquisador, o que conta como vantagem na divulgação e visualização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz tanto linguagem verbal quanto imagens e gráficos, permanecendo em exposição em locais abertos, conforme determinam os organizadores do evento. Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são afixados com cordões em pequenas tiras de madeiras, os pôsteres são confeccionados em papel, plástico ou outros materiais. Por isso, a NBR 15437/2006 recomenda que suas dimensões sejam de 0,60 m a 0,90 m de largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura e que o pôster seja legível a uma distância de, ao menos, um metro. Todavia, o suporte escolhido pode ser o meio eletrônico. O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é necessário se preocupar com a escolha de um leiaute, isto é, uma forma de diagramação dos dados e das imagens que seja agradável para o leitor. O conteúdo deve ser organizado de forma simples e lógica, concebendo a sequência de elementos do canto superior esquerdo para o canto inferior direito. A Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN (2019) faz as seguintes recomendações: 1. Escolha um leiaute simples, colorido, atraente e criativo, mas sem exageros, posto que mais de três cores distraem o leitor; 2. No que tange às fontes escolhidas, facilite a legibilidade, escolhendo fontes grandes (Arial ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos em caixa-alta e negrito, de 40 a 50), prevalecendo o mesmo para as figuras, devendo-se optar pelo contraste (fonte clara sobre fundo escuro, ou vice-versa); 3. Ao usar imagens ou gráficos, opte por uma configuração simples e bem organizada; 4. Não exagere na quantidade de texto, ele é apenas o ponto de partida para o desenvolvimento das discussões durante a divulgação de sua pesquisa; 5. Não elimine espaços em branco, a presença deles é significativa paraque não haja a impressão de excesso de informações; 6. Faça a distribuição do texto em colunas, deixando espaço no entre elas; 7. Não escreva parágrafos muito longos, mantendo regularidade no número de linhas para cada um e buscando compreensão, concisão e correção gramatical. A ESTRUTURA DO PÔSTER CIENTÍFICO Os elementos que fazem parte do conteúdo do pôster científico são: 1. Título e, se houver, subtítulo, aparecendo na parte superior do pôster. O subtítulo vem separado por dois-pontos (:) ou abaixo do título; 2. Nome completo do autor ou dos autores da pesquisa, abaixo do título e do subtítulo. Na sequência, devem aparecer o nome do orientador e elementos adicionais, como o nome da instituição na qual foi efetuada a pesquisa, cidade, estado e país, além do endereço eletrônico, em campo separado ao final do pôster; 3. Resumo sobre o problema estudado, os objetivos, a metodologia usada e os resultados alcançados, não excedendo cem palavras; palavras-chave são colocadas separadamente, após o resumo; 4. O conteúdo é organizado em colunas, considerando os itens: Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão e Conclusão. No conteúdo são inseridas tabelas, ilustrações ou gráficos; 5. Por fim, são apresentadas as Referências, seguindo a NBR 6023. 14 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Se bem organizado, o pôster científico cumpre seu papel de exibir as partes mais notáveis da pesquisa, com indicações sobre quem a realizou e orientou, seu processo de realização, os resultados obtidos e sua base de referência. Junte-se a isso uma redação clara e precisa, com boa argumentação, acompanhada de ilustrações ou gráficos, caracterizados pela clareza e pela simplicidade, e uma boa organização visual. PROJETOS CIENTÍFICOS O termo “projeto” tem acepções como plano para a realização de um ato, uma intenção, um esboço inicial de um trabalho que se pretende desempenhar ou a demonstração de algo que alguém planeja ou pretende fazer. Portanto, projetar é um passo básico para a efetivação de uma ideia e o início de uma estratégia para a concretização de algo. A expressão “projeto científico” diz respeito aos passos iniciais para a materialização do trabalho científico, isto é, o momento, em que ele começa a tomar vida. Não se pode, porém, confundir o projeto de pesquisas, com um mero planejamento ou um plano para as pesquisas nem imaginar para ele o detalhamento esperado para o trabalho científico em si. A ELABORAÇÃO DE PROJETOS CIENTÍFICOS Como lembra Andrade, na página 98 de seu livro de (2002), há a necessidade de composição e de demonstração de um projeto científico, por exemplo, nos casos de obtenção de bolsa de estudos; para conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao final de um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para ingressar em um curso de pós-graduação, pleiteando a continuidade de estudos em busca de uma especialização, um mestrado ou um doutorado, deixando o possível orientador a par da pesquisa que pretende ampliar. Projetos dessa natureza oferecem ao examinador inicial não só os aspectos científicos da pesquisa, como também os aspectos práticos do desenvolvimento do trabalho, visto que as questões técnicas e as exigências previstas pelas instituições devem estar explícitas. Conforme Severino (2002) define, na página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba desempenhando várias funções, tais como: a) A definição e o planejamento do percurso para o desenvolvimento do trabalho do próprio estudante/pesquisador, a fim de adquirir disciplina com o trabalho, sendo fiel aos procedimentos elencados, cumprindo a organização, a sequência e os prazos que ele mesmo estabelece no projeto; b) Possibilitar o atendimento às exigências dos professores no aspecto didático; c) Possibilitar que os orientadores avaliem os aspectos gerais do trabalho de pesquisa e as possibilidades de desenvolvimento, facilitando a orientação e a apresentação de novas perspectivas de ampliação da análise; d) Fornecer condições de discussão e avaliação à banca examinadora para a qualificação do trabalho do estudante; e) Contribuir para a concretização, no caso de solicitação de bolsa de estudos ou de financiamento de pesquisas; f) Embasar a coordenação de programas de pós- graduação para a aceitação de candidatos, em especial nos cursos de doutorado. A APRESENTAÇÃO DO PROJETO CIENTÍFICO Alguns elementos são observados para o projeto de pesquisa, tais como: a) Folha de rosto: com indicação da entidade destinatária do projeto, o título do trabalho, sua finalidade, autoria, local e data. b) Título: mesmo que provisório, seu valor está no fato de ele indicar o assunto do trabalho. Severino (2002), em seu livro, indica que a nomeação da pesquisa deve ter um título geral e um título técnico, sendo este último apontado como um subtítulo que especifica o tema abordado. c) Delimitação do assunto: é o item fundamental do projeto, já que delimita o tema e o problema da pesquisa. Neste item, o problema e o conteúdo, alvos do estudo, são caracterizados e desdobrados. d) Objetivos gerais e específicos: neste ponto, o autor determina o que pretende com a pesquisa e quais resultados aguarda conseguir, fazendo referência ao tema em 15 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia geral e, em seguida, a pontos específicos do assunto escolhido. e) Justificativa: o autor declara por qual motivo escolheu o tema e sua importância. f) Objeto da pesquisa: evidencia a tese ou hipótese do que se pretende demonstrar. Tais informações devem estar inequívocas desde o início, tomando-se o cuidado de preparar hipóteses sobre algo que ainda precisa ser demonstrado, caso contrário, não há avanço de conhecimento com sua pesquisa. g) Metodologia: esse item aborda os métodos utilizados na pesquisa e as técnicas escolhidas. h) Cronograma: delimita momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa, estabelecendo quantas semanas ou meses serão reservados para cada etapa. i) Orçamento: em alguns casos, são indicados os recursos humanos ou materiais imperativos para que o projeto seja realizado, mencionando a previsão de custos. j) Bibliografia básica: contém os textos fundamentais em que a problemática escolhida é enfocada. Organizada com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), espera-se que ela seja ampliada com o decorrer das pesquisas. O já mencionado autor Severino, em Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, faz algumas considerações sobre delimitação do assunto, objetivos e justificativas: Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma apresentação em que se coloca inicialmente a gênese do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, explicitando-se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem do assunto; em seguida, pode ser feita uma contraposição aos trabalhos que já versaram sobre o mesmo problema, elaborando-se uma espécie de estado de questão, [...]. Esclarecido o tema e delimitado o problema, o autor deve apresentar as justificativas, não apenas mas sobretudo aquelas baseadas na relevância social e científica da pesquisa proposta. A seguir, o autor expõe os objetivos que o trabalho visa atingir relacionados com as contribuições que pretende fazer. Após isto, pode explicitar suas hipóteses (p. 161). O texto, no caso do projeto de pesquisa, deve ser coeso, conciso e sem uso de linguagem coloquial, contemplando a gramática normativa, e sem linguagem figurada. Para formular os objetivos, são usados verbos no infinitivo. Para a descrição da metodologia, conforme Andrade, os verbos são empregados no futuro. Desta forma, o projeto de pesquisa organiza todo o trabalho científico e é um instrumento que não só conduz as atividades, mas também a análise, as orientações e as avaliações que cabem a professores e coordenadores,fornecendo condições para que os orientadores atuem da melhor maneira possível. Evidentemente, o projeto sofre alterações em vários pontos durante a pesquisa, o que é visto de forma positiva mediante seu aprofundamento. Não obstante, ele não é um simples planejamento, pois ele traz a essência da monografia que será produzida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: NBR 6023 DA ABNT A NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece elementos a serem incluídos e a sua exposição, contemplando a bibliografia utilizada e as orientações sobre as convenções a serem observadas. É primordial que elas sejam verificadas sempre que produzir um trabalho de caráter técnico-científico, bem como suas possíveis atualizações, visto que as fontes de consulta estão a cada dia contando com recursos que passam por mudanças constantes. Entende-se por referências a relação de fontes (livros, artigos, leis...) usadas no decorrer da pesquisa e são apresentadas, obrigatoriamente, ao final dos textos acadêmicos e científicos. Sua finalidade é dar ao leitor do texto as fontes da pesquisa e composição do artigo, assim como permitir que ele tenha acesso às obras consultadas. Após as considerações finais do artigo, estão as referências, um elemento pós-textual obrigatório e que deve estar em ordem alfabética e alinhado à esquerda. DIFERENÇAS ENTRE REFERÊNCIA E BIBLIOGRAFIA Quando se fala de referências, é preciso entender como o termo é utilizado. Obras de referência são aquelas que dão começo à pesquisa bibliográfica e que ajudam a identificar e localizar as obras de consulta. Para Andrade (2002): As obras de referência são constituídas pelos dicionários específicos das várias ciências, 16 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia enciclopédias thesaurus, catálogos de editoras e bibliotecas, abstracts de revistas especializadas, repertórios bibliográficos etc. Tais obras propiciam informações gerais sobre determinado assunto, facilitando a tarefa de localizar outras, de caráter específico, que virão a constituir o apoio bibliográfico do trabalho (p. 53). As obras de referência, no entanto, não constituem a única base bibliográfica de um trabalho científico. A partir delas, há uma multiplicação de fontes, uma vez que elas geram outras indicações bibliográficas. Do mesmo modo, existem as referências no corpo do texto. A citação de uma passagem é inserida no texto colocando-se ao final desta, o nome do autor, o ano e, entre parênteses, a página. As referências completas aparecem na bibliografia final. Caso se trate da síntese de um trecho, as referências devem ser colocadas acrescentando-se Cf. no início e entre parênteses. As referências bibliográficas, fontes bibliográficas, ou apenas bibliografia designam a bibliografia levantada durante o trabalho científico e organizada na parte final do trabalho. A princípio, ela é composta durante o fichamento, que traz não apenas um relatório organizado de suas leituras, incluindo temas, sínteses, trechos relevantes e justificativas para a seleção desses dados, mas também os autores, as obras consultadas, ano de publicação, páginas e editoras. As referências bibliográficas listam documentos que, como relata Andrade, na página 54 de sua publicação, são manuscritos, livros, revistas, jornais ou qualquer outro impresso, documentos reproduzidos, xerocopiados, obtidos em gravações de áudio ou vídeo, mapas, esboços, plantas, teses e dissertações não publicadas, palestras, aulas, sites etc. O propósito das referências bibliográficas é levar o leitor às fontes da pesquisa que resultou no trabalho científico e, por isso, todos os documentos consultados ou reportados no corpo do trabalho são indicados nas referências, de forma que o leitor tenha condições de retomá-los, seja para aprofundar a problemática, fazer uma revisão do trabalho ou por qualquer outro motivo. ESTRUTURA DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Livros: 1. Autor: último sobrenome em maiúsculas, seguido dos prenomes apenas iniciados por maiúsculas. Exceções: nomes espanhóis entram pelo penúltimo sobrenome, sobrenomes ligados por traço de união são grafados juntos e sobrenomes que indicam parentesco (como Júnior, Filho e Neto) acompanham o último sobrenome; 2. Título: em negrito, sublinhado ou itálico; 3. Subtítulo (se houver): separado do título por dois-pontos, sem destaque; 4. Edição: a partir da segunda, o número da edição é assinalado seguido de ponto e da palavra edição (ed.), no idioma da publicação. Não se anota a primeira edição e as demais são anotadas como 2. ed., 3. ed., e assim por diante; 5. Local da publicação: quando há mais de uma cidade, a primeira é mencionada na publicação seguida de dois-pontos; 6. Editora: apenas o nome que a identifique, seguido de vírgula; 7. Data: ano de publicação. • Casos específicos: a) Livro com um autor: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: DRUCKER, Peter Ferdinand. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999. b) Livro com autor espanhol: SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: SÁNCHEZ GAMBOA, Silvio Ancizar. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2007. c) Livro com autor com sobrenome separado por traço: SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. 17 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia d) Livro com sobrenome indicando parentesco: SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008. e) Livro com sobrenome iniciado com prefixos: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: McDONALD, Ralph E. Emergências em pediatria. 6. ed. São Paulo: SARVIER, 1993. f) Livro com dois autores: SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: WARAT, Luis Alberto; PÊPE, Albano Marcos. Filosofia do Direito: uma introdução crítica. São Paulo: Moderna, 1996. g) Livro com três autores: SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO TERCEIRO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de; WHITAKER, Maria do Carmo; RAMOS, José Maria Rodriguez. Fundamentos de ética empresarial e econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. h) Livro com mais de três autores: SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes et al. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 6. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 1996. i) Livro com organizador (Org.), coordenador (Coord.) ou editor (Ed.): SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. (Org. ou Coord. ou Ed.). Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos (Org.). Educação em perspectiva: interfaces para a interlocução. Florianópolis: Insular, 2006. j) Livro cujo autor é uma entidade (quando uma entidade coletiva assume integral responsabilidade por um trabalho, ela é tratada como autor): ENTIDADE. Título: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. • No caso dos livros citados em parte, as regras são as seguintes: a)Quando o autor do capítulo é o mesmo da obra: SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte referenciada. In: ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. Ex.: ABRANTES, Paulo. (Org.). Naturalizando a Epistemologia. In: ______. Epistemologia e cognição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1994. p.171- 215. b) Quando o autor do capítulo não é o mesmo da obra: SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da parte referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes. (Org.). Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. Ex.: SILVA, Rubia da; FISCHER, Juliane. Tecendo um diálogo da prática pedagógica: atividades desenvolvidas na educação infantil. In: SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos. (Org). Educação em perspectiva: interfaces para a interlocução. Florianópolis: Insular, 2006. p. 81-94. • Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local, Data. Ex.: SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações socioculturais, econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria) – Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004. URBANESKI, Vilmar. Epistemologia social, ciências cognitivas e educação. 2006. 116 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2006. • Enciclopédias: NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação: Editora, ano. Ex.: ENCICLOPÉDIA TECNOLÓGICA. São Paulo: Planetarium, 1974. 18 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Jornal: a) Jornal no todo: NOME DO JORNAL. Cidade, data. Ex.: FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 11 jan. 2009. b) Artigo de Jornal com autor definido: SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: PRATES, Luis Carlos. Quindim com café. Diário Catarinense, Florianópolis, 3 fev. 2009. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/defaul t2.jsp?uf=2&local=18&source=a2390841.xml&template =3916.dwt&edition=11632§ion=1328http>. Acesso em: 3 fev. 2009. c) Artigo de jornal sem autor definido: TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: EFEITOS da lei seca. Folha de S.Paulo, São Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2. • Revista: a) Revista no todo: NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume (v._), número do exemplar (n._), mês. Ano. ISSN. Ex.: REVISTA TRIBUNA JURÍDICA. Indaial: Editora Asselvi, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008. ISSN 1807-6114. b) Coleção de revistas no todo: TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação: editora, data (ano) do primeiro volume e, se a publicação descontinuou, do último. Periodicidade. Número do ISSN (se disponível). Ex.: CONTRAPONTOS. Itajaí: Univali, 2001. Semestral. ISSN 1519-8227. c) Artigo de revista com autor definido: SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, local da publicação, número do volume (v._), número do fascículo (n._), páginas inicial-final do artigo, mês. Ano. Ex.: PICH, Roberto Hofmeister. Autorização epistêmica e acidentalidade. Veritas, Porto Alegre, v. 50, n. 4, p. 249-276, dez. 2005. d) Artigo de revista sem autor definido: TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, local da publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial final do artigo, mês. Ano. Ex.: 20 CENTROS e nenhuma central. HSM Management, São Paulo, v. 1, n. 72, p. 39-45, jan./fev. 2009. • Casos específicos: a) Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão sine nomine, abreviada e entre colchetes [s.n.]; b) Quando o local de publicação não for identificado, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada e entre colchetes [s.l.]; c) Quando o local e a editora não aparecem na publicação, se indica entre colchetes [s.l.: s.n.]; d) Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, se indica entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas). • Canais: NOME DO EVENTO, Número do evento (se houver), ano de realização, local. Título do documento (anais, atas, tópico temático etc.). Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume (se houver). Ex.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997. • Entrevistas: no título, omite-se o nome do entrevistador quando ele é o autor do trabalho. Quando a entrevista é concedida em função do cargo ocupado pelo entrevistado, acrescentam-se o cargo, a instituição e o local ao título. a) Entrevistas não publicadas: SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. Local, data (dia, mês. ano). Ex.: SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a Marco Antônio Struve. Recife, 13 set. 2002. b) Entrevistas publicadas: SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. Ex.: SOUZA, Mauricio de. A Mônica quer namorar. Veja, ed. 2.098, ano 423, n. 5, p. 19-23, dez. 1999. Entrevista concedida a Duda Teixeira. • Internet: Nome do autor; título do documento ou da web page (ou do frame). Título do trabalho maior contendo a fonte (website); informações sobre a publicação (incluindo a data da publicação e/ou da última revisão); endereço eletrônico (URL); data do acesso e outras particularidades dignas de menção na fonte. 19 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Ex.: GRAYLING. A. C. A epistemologia. The blackwell companhion to philosophy. Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd, 1996. Disponível em: <http://www.geocities.com/marcofk2/grayling.htm>. Acesso em: 10 maio 2007. • Jurisdição: Título (especificação da legislação, número e data). Ementa. Dados da Publicação. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Ex.: SANTA CATARINA (Estado). Lei n. 5.345, de 16 de maio de 2002. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Poder Executivo, Florianópolis, 16 jun. 2002. Seção 3, p. 39. CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: NBR 10520/2002 DA ABNT Para Colzani (2001 apud SILVA; URBANESKI, 2009, p. 85) “citação é uma inserção, num texto, de informações colhidas de outra fonte, para esclarecimento do tema em discussão, para sustentar, para refutar ou apenas para ilustrar o que se disse”. Já para Barros e Lehfeld (2000, p. 107), “as citações ou transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do pesquisador ou para documentar sua interpretação”. • Pode-se afirmar que são motivos pelos quais se utilizam citações: a) Permitir ao leitor ir ao texto original do autor citado; b) Possibilitar a identificação do legítimo “autor” das ideias apresentadas no trabalho; c) Dar credibilidade e autoridade ao texto; d) Reforçar e fundamentar o texto em outros autores que discutem o assunto em questão; e) Corroborar com as ideias expostas no trabalho. • A citação, como já mencionado, é a transcrição de ideias alheias. Santos (2007, p. 121- 122) ensina que: Textos técnicos e científicos devem lançar mão de citações por dois bons motivos. O primeiro é que, normalmente, citam-se autores de outros textos já publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram publicamente expostas, submetidas ao juízo e reconhecimento da comunidade de leitores e da comunidade científica. Se as ideias permanecem (eda forma como permanecem), seu autor merece menção, como conhecedor do assunto exposto, como autoridade científica. Segundo, ao se referenciar certo autor, fazem-se, a um só tempo, um ato de justiça intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato de honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e referencia reconhece que a ideia não é sua). As citações são de extrema importância para o artigo científico. Mas elas não substituem a redação do trabalho. • Os problemas mais comuns quanto à citação são: a) Escassez de citações, atribuindo-se ao autor pensamentos que são de outrem; b) Excesso de citações, o que faz do trabalho uma enorme colcha de retalhos; c) Documentação inadequada (por inexistência, insuficiência ou incorreção) das fontes empregadas; d) Presença no texto de informações que poderiam ir para as notas, o que permitiria deixar a redação mais limpa; e) Falta de diálogo com as fontes, usadas, às vezes, apenas para abonar o pensamento do autor, sem discussão; f) Inadequada transição entre o texto do autor e o texto citado, o que dificulta a identificação de quem está falando (AZEVEDO, 1998, p. 120). SISTEMAS DE CHAMADAS As citações no texto devem ser feitas de maneira uniforme e de acordo com o estilo do pesquisador ou critério adotado pela revista em que o artigo pleiteará a publicação. Contudo, as citações devem seguir as prescrições da NBR 10520, de 2002. • Ao elaborar o artigo, quanto ao sistema de chamada, a indicação das fontes citadas pode ocorrer de duas formas: 1. Sistema numérico: no sistema numérico, a numeração é única e consecutiva, em algarismos arábicos. Nesse sistema, não deve ser iniciada uma nova numeração a cada nova página do trabalho. A fonte é indicada de forma completa em nota de rodapé e apresentada de 20 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia acordo com as normas de referência bibliográfica. Caso seja necessário o uso do sistema numérico, é importante ressaltar que as notas de referências contidas nas notas de rodapé devem constar na lista de referências. Quando se usa nota de rodapé, não se usa o sistema numérico. 2. Sistema autor-data: nesse sistema, o leitor pode identificar a fonte completa da citação na lista de referências, organizada em ordem alfabética, no final do trabalho. O formato da citação no sistema autor-data é feito pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada (caso a autoria não esteja declarada), seguido pela data de publicação do documento e página da citação, separados por vírgula. De acordo com a NBR 10520 (2002), se o sobrenome do autor, a instituição, o responsável ou o título estiver incluído no texto, a informação deve ser apresentada com letras maiúsculas e minúsculas. • Exemplos: 1. Para Teixeira (1998, p. 35), “a ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40”. 2. “A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40” (TEIXEIRA, 1998, p. 35). Quando o nome do autor citado estiver entre parênteses, deve ser escrito com todas as letras em maiúscula, conforme o exemplo 2. No caso de uso das citações com dois ou mais documentos de um mesmo autor que foram publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após o ano, conforme exemplo a seguir: (SILVA, 2008a) (SILVA, 2008b) (SILVA, 2008c) Caso haja dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data de publicação, acrescentam-se as iniciais de seu prenome, conforme exemplo a seguir: (SILVA, M., 2004) (SILVA, C., 2004) ESTRUTURA DE CITAÇÕES Há alguns modelos distintos de citações que podem ser utilizados pelos alunos durante seus projetos. Nesta parte do estudo, você conhecerá os mais utilizados. CITAÇÃO DIRETA A citação direta, de acordo com a NBR 10520 (2002, p. 2), é a “Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Ou seja, nesse tipo de citação deve-se respeitar redação, ortografia, sinais gráficos e pontuação do texto original, fazendo uma cópia fiel do autor consultado. • Citação direta curta: é de até três linhas e deve ser inserida entre aspas, no interior do parágrafo, conforme exemplificado na figura: • Exemplos: 1. No parágrafo: Sobrenome do autor ou dos autores (data, n. da página). De acordo com Sabadell (2000, p. 31), “o objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]”. 2. No final da citação (SOBRENOME DO AUTOR OU AUTORES, data, n. da página). “O objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]” (SABADELL, 2003, p. 31). 21 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Citações direta longa: citações diretas com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, espaçamento simples, sem aspas e em fonte 10, conforme detalhado na figura: • Exemplos: 1. Para Goldman (2001, p. 58): Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la. 2. Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la (GOLDMAN, 2001, p. 58). • Citação direta omissão: é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o texto de um autor. Porém, deve-se ter o cuidado para não alterar o sentido do texto original. No texto, a omissão é indicada por reticências entre colchetes [...]. As omissões podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação. • Exemplos: 1. De acordo com Reale (1990, p. 554), “os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências”. 2. “Os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências.” (REALE, 1990, p. 554). • Citação direta destaque: quando existe a necessidade de enfatizar alguma palavra, expressão ou frase em uma citação direta, pode-se grifá-la. Mas, ao fazer isso, é preciso usar o recurso tipográfico negrito na parte do texto a ser destacada e a expressão: grifo nosso. Essa expressão deve vir entre parênteses, após a indicação da página em que foi retirada a citação. Quando já existe destaque no texto original, mantém- se este destaque indicando sua existência pela expressão grifo do autor ou grifo dos autores entre parênteses. • Exemplos: 1. Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas disciplinas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos, conforme Gardner (1995, p. 18, grifo nosso): Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os
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