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Indaial – 2021 Desenho Técnico De MoDa Profa. Cristiani Maximiliano 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2021 Elaboração: Profa. Cristiani Maximiliano Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: M464d Maximiliano, Cristiani Desenho técnico de moda. / Cristiani Maximiliano. – Indaial: UNIASSELVI, 2021. 302 p.; il. ISBN 978-65-5663-377-0 ISBN Digital 978-65-5663-378-7 1. Desenho técnico. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci. CDD 700 apresenTação Olá, acadêmico! Chegou a hora de falarmos de desenhos na área da moda, especificamente o Desenho Técnico de Moda. Você já deve ter ouvido esta velha frase: “Entendeu ou quer que eu desenhe?”. Pois bem, brincadeiras ou “rispidezes” a parte, é mais ou menos isso que acontece quando desenhamos algo para explicar o que estamos querendo dizer e, desta forma, o outro entender. Imagine a explicação do seguinte vestido: um vestido preto, mídi, levemente godê, decote redondo não muito profundo, recorte por meio de junção de pences, manga asa franzida, cava redonda. Garanto que vários modelos diferentes de vestido foram imaginados, mas talvez nenhum possa ser exatamente aquele que esperamos receber. Por que vocês acham que isso possa acontecer? Arrisco dizer que, justamente por não desenharmos e detalhar o que esperamos, deixamos vocês à mercê da imaginação e interpretação pessoal e, dessa forma, corremos o risco de não receber a peça confeccionada conforme necessitamos ou tenhamos idealizado. Também vale destacar que, quando desenharmos esse vestido, além do desenho para deixar evidente o que esperamos como resultado, possa ser necessário incluir alguns apoios textuais. Por exemplo, o tipo de prega que desejamos estará representado no desenho, mas qual será a profundidade? Essa informação é necessária, pois nem sempre somente o desenho será suficiente. A palavra design, já indica “desenhar, projetar”, sendo assim, espera- se que bons designers consigam expressar e comunicar suas ideias por meio de desenhos bem apresentados, que validem os resultados desejados para cada projeto. O desenho é uma linguagem que possibilita a comunicação de ideias, por isso a habilidade de desenhar é de grande importância para o profissional de moda, pois este auxilia na compreensão do processo de criação, estruturação e viabilidade de confecção de uma peça (RIEGELMAN, 2006). Nesse sentido, espera-se que, por meio do desenho técnico de moda, seja possível comunicar visualmente a ideia pretendida para que a peça seja confeccionada. Neste estudo, você vislumbrará o desenho técnico de moda, na sua estrutura mais ampla. Estudaremos sua importância, como iniciar o desenho, quais são os tipos básicos das roupas, como interpretar modelos por meio do desenho técnico, a representação de fichas e cotas. Tudo isso seguido de práticas que irão auxiliar na estruturação do desenho, passos a passos que poderão ser executados tanto manualmente quanto digitalmente. O objetivo deste material é proporcionar a você, acadêmico, um olhar de compreensão e execução do desenho técnico de moda. Na Unidade 1, abordaremos questões introdutórias ao desenho, os tipos existentes, a importância do desenho no processo de confecção de uma roupa e também normas que devemos seguir. Conheceremos as técnicas para representarmos desenhos técnicos de moda, as bases de apoio e como estruturar componentes partindo desses conhecimentos. Também nessa unidade, iniciaremos com indicações de práticas durante os tópicos apresentados. Na Unidade 2, estaremos nos aprofundando nas práticas e conhecimento. Nesse momento, a interpretação “entra em cena”. Seja de desenhos/croqui de moda comerciais, conceituais, ou peças reais, como realizar essa “leitura visual” e transforma-la em desenho técnico de moda. Tudo isso vislumbrando o universo de peças masculinas, femininas, infantis e acessórios. Por fim, na Unidade 3, estudaremos e colocaremos na prática algumas normas técnicas, no quesito de cotas, escalas e fichas técnicas, como inserir todo conhecimento até então estudado dentro de padrões de representações. Como realizar medição de peça, quais acabamentos precisam ser definidos ao pensarmos numa peça do vestuário, como realizar esses desenhos e como tornar a comunicação via desenho técnico de moda ainda mais alinhada e certeira. Vale destacar que o propósito no ensinamento aqui apresentado é tratar do desenho técnico de moda na sua forma mais abrangente, ou seja, todas as práticas e conhecimentos mencionados e expostos ao longo deste estudo, você, acadêmico, poderá fazer tanto manualmente quanto digitalmente. Bons estudos e, principalmente, boas práticas! Prof.ª Cristiani Maximiliano Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi- dades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra- mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida- de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun- to em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela um novo conhecimento. Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen- tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo. Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada! LEMBRETE suMário UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA ............. 1 TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA .................................................. 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 2 TIPOS DE REPRESENTAÇÃO DE DESENHOS .......................................................................... 3 2.1 ESBOÇOS ......................................................................................................................................... 4 2.2 ILUSTRAÇÃO DE MODA ............................................................................................................ 5 2.3 CROQUI/DESENHO DE MODA ................................................................................................. 6 2.4 DESENHO TÉCNICO DE MODA ............................................................................................... 8 3 IMPORTÂNCIA DO DESENHO/CROQUI DE MODA E DESENHO TÉCNICO DE MODA ........................................................................................................................9 4 NORMAS ABNT PARA DESENHO TÉCNICO .......................................................................... 13 4.1 NBR 16752 – REQUISITOS PARA APRESENTAÇÃO EM FOLHAS DE DESENHO ................ 14 4.2 NBR 10126 - PRINCÍPIOS GERAIS DE COTAGEM ............................................................... 15 4.3 NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS ...................................................... 17 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 20 TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO ................................................................... 23 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23 2 REPRESENTAÇÃO MANUAL E DIGITAL ................................................................................. 23 2.1 DESENHO TÉCNICO DE MODA – MANUAL ....................................................................... 24 2.2 DIGITAIS ........................................................................................................................................ 29 2.2.1 CorelDraw®.......................................................................................................................... 30 2.2.2 Adobe Illustrator® ............................................................................................................... 35 3 BASES PARA O DESENHO TÉCNICO ........................................................................................ 40 3.1 FIGURA FEMININA .................................................................................................................... 46 3.2 FIGURA MASCULINA ................................................................................................................ 47 3.3 FIGURA INFANTIL ...................................................................................................................... 48 3.4 DESENHO SEM BASE ................................................................................................................. 50 4 ESTRUTURAS DA ROUPA PARTE I ............................................................................................ 52 4.1 DECOTES ....................................................................................................................................... 53 4.2 GOLAS ............................................................................................................................................ 56 4.3 CAVAS ............................................................................................................................................ 60 4.4 MANGAS ....................................................................................................................................... 62 4.5 PUNHOS ....................................................................................................................................... 66 4.6 BOLSOS ......................................................................................................................................... 67 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 73 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 74 TÓPICO 3 — ESTRUTURANDO O DESENHO TÉCNICO ........................................................ 77 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 77 2 ESTRUTURAS DA ROUPA – PARTE II ....................................................................................... 77 2.1 PENCES E RECORTES ................................................................................................................. 78 2.2 PANEJAMENTO ........................................................................................................................... 81 2.3 AVIAMENTOS E DETALHES ..................................................................................................... 85 3 LINHAS E SILHUETAS .................................................................................................................... 90 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 94 RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 97 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 98 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 100 UNIDADE 2 — REPRESENTAÇÕES E INTERPRETAÇÃO ...................................................... 103 TÓPICO 1 — TIPOS DE TOPS, BOTTOMS E ONE PIECES ...................................................... 105 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 105 2 TIPOS E REPRESENTAÇÕES – ROUPAS FEMININAS ......................................................... 105 2.1 TOPS (PEÇAS SUPERIORES) FEMININAS ........................................................................... 108 2.1.1 Blusas ................................................................................................................................... 109 2.1.2 Casacos ................................................................................................................................ 111 2.2 BOTTOMS (PEÇAS INFERIORES) FEMININAS ................................................................... 112 2.2.1 Calças e shorts/bermudas ................................................................................................. 112 2.2.2 Saias ..................................................................................................................................... 114 2.3 ONE PIECES (PEÇAS ÚNICAS) FEMININAS....................................................................... 117 2.3.1 Macacão e Jardineira ......................................................................................................... 117 2.3.2 Vestidos ............................................................................................................................... 118 3 TIPOS E REPRESENTAÇÕES – ROUPAS MASCULINAS .................................................... 119 3.1 TOPS (PEÇAS SUPERIORES) MASCULINAS ...................................................................... 121 3.2 BOTTOMS (PEÇAS INFERIORES) MASCULINAS .............................................................. 122 3.3 ONE PIECES (PEÇAS ÚNICAS) MASCULINAS ................................................................... 124 4 TIPOS E REPRESENTAÇÕES – ROUPAS INFANTIS ............................................................. 125 4.1 TOPS (PEÇAS SUPERIORES) INFANTIS ............................................................................... 127 4.2 BOTTOMS (PEÇAS SUPERIORES) INFANTIS ...................................................................... 129 4.3 ONE PIECES (PEÇAS ÚNICAS) INFANTIS ........................................................................... 130 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 133 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 134 TÓPICO 2 — INTERPRETAÇÃO DO DESENHO/CROQUI DE MODA CONCEITUAL.............. 137 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 137 2 EXPLICAÇÃO DA LEITURA VISUAL – CONCEITUAL ........................................................ 137 2.1 LEITURA VISUAL CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL ............................... 139 2.1.1 Leitura visual croqui/desenho de moda conceitual infantil ........................................ 140 3 INTERPRETAÇÃO DO CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL – FEMININO ........... 142 3.1 EXEMPLOS DE CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ................................................................................................................. 143 3.2 PRÁTICAS CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ................................................................................................................ 148 4 INTERPRETAÇÃO DO CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL – INFANTIL ............. 158 4.1 EXEMPLO DE CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL INFANTIL X DESENHO TÉCNICO DE MODA .......................................................................................... 159 4.2 PRÁTICAS CROQUI/DESENHO DE MODA CONCEITUAL INFANTIL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ........................................................................................... 161 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 165 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 166 TÓPICO 3 — INTERPRETAÇÃO DO DESENHO/CROQUI DE MODA COMERCIAL .............. 169 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 169 2 EXPLICAÇÃO DA LEITURA VISUAL – COMERCIAL .......................................................... 169 2.1 LEITURA VISUAL CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL ................................. 171 2.1.1 Leitura visual croqui/desenho de moda comercial infantil ......................................... 172 3 INTERPRETAÇÃO DO CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL – MASCULINO ......... 173 3.1 EXEMPLOS DE CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ................................................................................................................ 174 3.2 PRÁTICAS CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ................................................................................................................ 178 4 INTERPRETAÇÃO DO CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL – INFANTIL ............... 184 4.1 EXEMPLO DE CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL INFANTIL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ........................................................................................... 185 4.2 PRÁTICAS CROQUI/DESENHO DE MODA COMERCIAL INFANTIL X DESENHO TÉCNICO DE MODA ........................................................................................... 187 LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 192 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 199 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 200 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 202 UNIDADE 3 — INTERPRETAÇÃO DE PEÇA COM NOMENCLATURAS, ACESSÓRIOS, COTAS, ESCALAS E FICHAS TÉCNICAS.......................... 203 TÓPICO 1 — INTERPRETAÇÃO DE PEÇA COM NOMENCLATURAS DE ............................ ACABAMENTOS E DETALHES ........................................................................... 205 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 205 2 EXPLICAÇÃO DA LEITURA VISUAL ...................................................................................... 205 2.1 LEITURA VISUAL PEÇA DE ROUPA VESTIDA ................................................................. 207 2.2 PEÇA DE ROUPA FÍSICA OU STILL ..................................................................................... 208 3 INTERPRETAÇÃO DE PEÇA COM NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS – TOPS ............ 210 3.1 NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS E DETALHES – TOPS ................................... 211 3.2 INTEPRETAÇÃO E NOMENCLATURAS: EXEMPLO ......................................................... 212 3.3 PRÁTICA – TOPS ....................................................................................................................... 213 4 INTERPRETAÇÃO DE PEÇA COM NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS – BOTTOMS.................................................................................................... 218 4.1 NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS E DETALHES – BOTTOMS ......................... 218 4.2 INTEPRETAÇÃO E NOMENCLATURAS: EXEMPLO ......................................................... 219 4.3 PRÁTICA - BOTTOMS ............................................................................................................... 221 5 INTERPRETAÇÃO DE PEÇA COM NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS – ONE PIECE ................................................................................................... 223 5.1 NOMENCLATURAS DE ACABAMENTOS E DETALHES – ONE PIECE ........................ 224 5.2 INTEPRETAÇÃO E NOMENCLATURAS: EXEMPLO ......................................................... 225 5.3 PRÁTICA – ONE PIECE ............................................................................................................ 226 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 231 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 232 TÓPICO 2 — ACESSÓRIOS, COTAS E ESCALAS ..................................................................... 235 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 235 2 ACESSÓRIOS ................................................................................................................................... 235 2.1 EXEMPLOS DE DESENHOS TÉCNICOS DE ACESSÓRIOS ............................................... 236 3 ESCALAS ........................................................................................................................................... 244 3.1 ESCALA REAL ............................................................................................................................ 249 3.2 ESCALA DE REDUÇÃO ........................................................................................................... 250 3.3 ESCALA DE AMPLIAÇÃO ....................................................................................................... 251 4 COTAS ............................................................................................................................................... 252 4.1 INSERINDO COTAS ................................................................................................................. 254 4.2 PRÁTICA DE COTAS ................................................................................................................. 257 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 260 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................261 TÓPICO 3 — FICHA TÉCNICA ...................................................................................................... 263 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 263 2 IMPORTÂNCIA E UTILIZAÇÃO NO SETOR DA MODA ................................................... 263 3 FICHAS TÉCNICAS COMPLETAS: MODELOS ..................................................................... 265 3.1 FICHA TÉCNICA ROUPAS FEMININAS ............................................................................. 266 3.2 FICHA TÉCNICA ROUPAS MASCULINAS .......................................................................... 271 3.3 FICHA TÉCNICA ROUPAS INFANTIS .................................................................................. 276 3.4 FICHA TÉCNICA ACESSÓRIOS ............................................................................................ 277 4 FICHAS TÉCNICAS – PRÁTICA ................................................................................................. 280 LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 290 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 297 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 298 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 300 1 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • identificar os tipos de representação de desenhos; • compreender a importância do desenho técnico de moda; • conhecer normas técnicas para o desenho técnico; • visualizar técnicas manuais e digitais na construção do desenho técnico de moda; • desenvolver estruturas de bases do corpo para elaborar o desenho téc- nico de moda; • reconhecer nomes, estéticas e estruturas das roupas; • desenhar estruturas das roupas. Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA TÓPICO 2 – INICIANDO O DESENHO TÉCNICO TÓPICO 3 – ESTRUTURANDO O DESENHO TÉCNICO Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA 2 3 TÓPICO 1 — UNIDADE 1 DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 1 INTRODUÇÃO Em nosso primeiro tópico, trataremos dos conhecimentos prévios acerca dos tipos de desenhos existentes, para que você consiga se “situar” e compreender a comunicação por meio do desenho, compreendendo também cada diferença estética e de representação. Isso facilitará quanto à escolha de qual executar diante de um projeto. Estudaremos o croqui de moda e o desenho técnico de moda, além da importância de ambos dentro do setor de produção da peça. Por fim, as normas técnicas existentes que podem ser aplicadas na elaboração dos desenhos técnicos de moda. Com esses conhecimentos bases, você terá mais clareza da importância do desenho técnico de moda. 2 TIPOS DE REPRESENTAÇÃO DE DESENHOS Antes da raça humana escrever, ela já desenhava, fosse para se comunicar, expressar ou gerar influência com os inimigos. O desenho era uma forma de registrar o mundo real em que viviam, pois com ele retratavam o cotidiano ou aquilo que permeava o imaginário. Podemos exemplificar com as pinturas existentes na Caverna de Lascaux. Localizada na França, essa caverna concentra inúmeros desenhos em suas paredes, na maioria figuras de animais (Figura 1). Estima-se que a data em que essas pinturas foram realizadas varia entre 17.000 e 15.000 anos a.C. (CYMBALOUK, 2020). Já a escrita, estima-se que tivesse sido implementada em torno de 3.000 anos a.C. pelos sumérios, que desenvolveram o primeiro sistema de escrita completo, conhecido como cuneiforme (PARKER, 2011). Perceba o quão antigo é a comunicação por meio do desenho. UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 4 FIGURA 1 – PINTURA CAVERNA DE LASCAUX FONTE: <https://bit.ly/3uKFAhZ>. Acesso em: 15 out. 2020. Normalmente, um grande número de pessoas associa o desenho como algo somente ligado à representação artística. Entretanto, muito do que está ao nosso redor, como uma mesa, uma cadeira, um computador e até mesmo um celular, ou seja, objetos que utilizamos e nos são úteis no dia a dia, foram projetados por meio de desenhos. O desenho, portanto, é uma das mais antigas e eficientes maneiras de se comunicar. Compreendendo assim que o desenho é uma linguagem que possibilita a comunicação de ideias, torna-se importante a compreensão dos diferentes meios existentes para a execução de um desenho. Os diferentes modos de produção da linguagem do desenho são: 2.1 ESBOÇOS Representado de maneira rápida o esboço expressa as primeiras intenções do designer, após iniciar as pesquisas, uma maneira de ir gerando e registrando ideias pode ser por meio do desenvolvimento dos esboços. Segundo Sorger e Atualmente, o governo francês autoriza visitações virtuais pela Caverna de Lascaux. Então, sugerimos um “pulinho até a França”, mesmo que virtual, para você conhecer um pouco desse registro da nossa história. Acesse: https://www.uol/noticias/ especiais/lascaux.htm#vale-de-segredos. DICAS TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 5 Udale (2009, p. 49), “o desenho precisa ser rápido, pois as ideias surgem e precisam ser colocadas no papel antes que sejam esquecidas, por isso, o esboço é a principal ferramenta utilizada para aprimorar as ideias”. FIGURA 2 – EXEMPLO DE ESBOÇO DESIGNER HUSSEIN CHALAYAN FONTE: <https://bit.ly/3q9bdyi>. Acesso em: 15 out. 2020. Conforme podemos observar na Figura 2, o esboço é realizado sem preocupação estética, pois o principal objetivo é garantir o entendimento da ideia. Dessa forma, não possui compromisso comercial e assim proporciona maior liberdade ao designer para dar vazão à criatividade, sem se preocupar, nesse momento, com com a viabilidade e confecção das peças (TREPTOW, 2013). Assim sendo, no desenvolvimento de coleção, o esboço tem papel fundamental, pois é por meio dele que são gerados possiveis modelos que poderão vir a fazer parte da coleção. Entre os esboços desenvolvidos, serão selecionadas as melhores propostas e essas serão aperfeiçoadas e apresentadas no formato de croqui de moda, que será apresentado nos tópicos seguintes. 2.2 ILUSTRAÇÃO DE MODA Estima-se que as primeiras manifestações de ilustração de moda, tenham surgido no século XVI, em ocasião das grandes navegações, a tripulação era composta por divercificados profissionais e entre eles existiam os ilustradores. Que ao chegarem e desbravarem novas terras, tinham a função de comunicar e informar às pessoas dos novos povos e seus hábitos de vestimenta, por meio de desenhos. Com a evolução dos meios de comunicação, as ilustrações também foram contempladas nas primeiras revistas de moda da história. Vogue e Harper's Bazaar, surgiram no final do século XIX, logo suas primeiras edições, até que fosse criada a fotografia, foram totalmente realizadas por meio da ilustração de moda. UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 6 FIGURA 3 – ILUSTRAÇÕES DE AMY BEAGER FONTE: <https://bit.ly/3q9H5CN>; <https://bit.ly/303fzfH>. Acesso em: 18 out. 2020. Vale destacar que a ilustração de moda é vista como uma arte, permite que o ilustrador seja ainda mais criativo (Figura 3). Nesse formato de representação, não existem regras, restrições ou maneiras de se trabalhar, pode-se utilizar diversos materiais de forma não estruturada.Utiliza-se muito de ilustração de moda em materiais publicitários, revistas, livros, entre outros. Entretanto, visando a produção de uma peça ou coleção, esse tipo de desenho não é comumente aplicado. 2.3 CROQUI/DESENHO DE MODA Desenho de moda, ou também conhecido como croqui de moda, refere-se ao tipo de desenho que visa comunicar as ideias e a identidade do designer. Na Figura 4, podemos observar os croquis de moda super expressivos do estilista brasileiro Ronaldo Fraga, nele notamos que existe a apresentação estéticas das peças da coleção, como também o traços marcantes da sua identidade. Caro academico, realize uma pesquisa, buscando visualizar como foram as primeiras edições das revistas Vogue e Harper's. INTERESSA NTE TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 7 FIGURA 4 – DESENHOS/CROQUIS RONALDO FRAGA FONTE: <https://bit.ly/3dYuWOO>. Acesso em: 18 out. 2020. Dessa forma entendemos que, por meio do desenho/croqui de moda, apresentam-se as peças da coleção a serem lançadas, facilitando a visualização das combinações e unidade entre as peças. No desenho, o designer concentra suas criações, expõe e destaca sugestões de materiais, superfícies, movimento, cores, os desenhos buscam expressar de maneira estética, a ideia central da coleção. Podem ser realizados manualmente ou digitalmente. No próximo subtópico, estudaremos mais esse tipo de desenho e também compreender efetivamente sua função dentro do setor da moda. Sugirerimos a leitura do livro do Ronaldo Fraga, Caderno de roupas, memó- rias e croquis, no qual ele concentra alguns dos croquis de moda. DICAS Realize uma busca na internet e encontre exemplos de cada tipo de representação do desenho, não esqueça de mencionar no registro de sua pesquisa a fonte de cada imagem. INTERESSA NTE UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 8 2.4 DESENHO TÉCNICO DE MODA Por fim, chegamos ao “nosso queridinho” – o desenho técnico de moda. E quais são os fatores que o diferencia dos anteriores? Vocês já tem uma ideia? Começaremos mostrando um desenho técnico de moda e, caso você ainda não saiba a diferença dele para os demais tipos apresentados, acredito que ficará evidente (Figura 5). FIGURA 5 – DESENHOS TÉCNICO DE MODA FONTE: <https://bit.ly/3e10CmD>. Acesso em: 18 out. 2020. Temos, portanto, no desenho técnico de moda, um desenho planificado, ou também com especificações da peça, visando a comunicação das ideias do designer, agora de maneira técnica, para os setores que irão confeccinar/produzir a peça (TREPTOW, 2013), ou seja, a grande preocupação do desenho técnico é na transmissão de todos os detalhes que compõem a peça, dessa forma, ele não apresenta cor, texturas, mas sim indicações de acabamentos, pespontos, aviamentos, posicionamentos, medidas, entre outros. Geralmente, desenha-se a frente e as costas e, quando necessário, perfil e ampliação de alguma parte em especial. Os movimentos são reduzidos ao máximo, não apresentando efeitos de luz e sombra, focam, portanto, na proporção, indicações visuais de volumes e o máximo de informação para a peça ser entregue conforme idealizada. Esse tipo de desenho pode ser representado manualmente ou digitalmente, conforme estudaremos no Tópico 2. Anote as diferenças percebidas entre o desenho técnico de moda e os demais apresentados neste tópico e troque informações entre os colegas da turma. ATENCAO TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 9 3 IMPORTÂNCIA DO DESENHO/CROQUI DE MODA E DESENHO TÉCNICO DE MODA Já compreendemos que, muito antes da escrita, o homem já se comunicava por meio do desenho. Dessa forma, o desenho se tornou, para muitos casos, uma eficiente ferramenta de comunicação não verbal. Você consegue imaginar como o desenho pode auxiliar-nos dentro do setor produtivo de moda, sendo que sua função será de comunicador? Para lhe ajudar na construção dessa resposta, observaremos as etapas básicas do desenvolvimento de uma coleção de moda (Figura 6). FIGURA 6 – ETAPAS DESENVOLVIMENTO, CRIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE COLEÇÃO DE MODA FONTE: A autora Observa-se que a concepção dos produtos de uma coleção de moda inicia com planejamento, pesquisas e definições, até que chegasse ao desenvolvimento dos desenhos. O que podemos notar é que uma etapa está interligada com a outra, assim sendo, uma etapa se comunica com a anterior e com a seguinte. O que torna o desenho dentro do processo produtivo da moda o “COMUNICADOR” da ideia do designer, com os demais setores da empresa. UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 10 Imaginaremos o setor de desenvolvimento de produtos, lá se concentram várias mentes criativas, que pensam nas estéticas para as coleções de moda, vislumbram-se cores, materiais, as modelagens, ou seja, o design como o todo, entretanto, normalmente, essas informações foram identificadas em pesquisas e, muitas vezes, estão apenas na mente do designer. E para que se materializassem e elaborassem os croquis de moda, o designer expressaria todas essas informações desejadas para a coleção, conforme já explicado e exemplificado anteriormente. No croqui de moda, conseguimos perceber os detalhes estéticos do produto, qual será o caimento, as cores, as texturas, bem como o tema de inspiração da coleção, têm-se, portanto, uma visualização de como se espera que o produto seja apresentando após sua produção (Figura 7). FIGURA 7 – PRANCHA DE COLEÇÃO DE MODA (CROQUIS) FONTE: <https://bit.ly/37YrDmX>. Acesso em: 18 out. 2020 Normalmente, esses croquis de moda são concentrados numa prancha de design, como na Figura 7, na qual podemos visualizar toda a coleção. No processo produtivo da moda, essa etapa é muito importante, considerando que, em algumas empresas, é por meio dos croquis de moda que são feitas as pré- seleções dos produtos que farão parte da coleção. Além, é claro, de essa etapa ser fundamental para que o designer consiga transferir as ideias inspiracionais e estéticas da coleção para os desenhos. Todavia, acadêmico, você deve perceber que se trata de desenhos com um viés mais artístico, o que dificultaria, por exemplo, questões mais técnicas do produto, concordam? Por esse motivo é que os croquis de moda fazem parte apenas da comunicação da ideia da coleção do designer para a equipe, seja ela do próprio setor de desenvolvimento de coleção ou outros membros da empresa que irão validar as modelos. Estes, por sua vez, não contribuem no processo de produção das peças, justamente por não apresentarem questões técnicas importantes e fundamentais para a construção das roupas. TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 11 Dessa forma, chegamos à relevância dos desenhos técnicos, que se caracterizam como um desenho mais “clean”, ou seja, sem cor, planificado, dimensionado, informativo, sem expressões de movimentos, efeitos de luz e sombra, obtido através do uso de linhas mais firmes, curvadas ou retas, características também já mencionadas no assunto anterior. Demonstraremos de duas maneiras, você pode imaginar a peça que você está vestindo, planificada sobre uma base reta, como se um rolo compressor passasse sobre ela, dessa forma, você vai notar as linhas da roupa, sem aquelas ondulações que indicam movimento quando representadas no croqui de moda ou então vestidas. Ou, então, você também pode visualizar o desenho técnico, semelhante com a construção do molde de uma roupa. Quando criamos uma modelagem, usamos curvas nos decotes, nas cavas, algumas barras e laterais quando aplicável, do mesmo modo que algumas partes são retas na construção da maioria das laterais de calças ou mangas, ou até mesmo em algumas blusas, como no caso de uma camiseta básica. Na Figura 8, podemos visualizar todos os exemplos mencionados, notamos que com a camiseta vestida, as linhas ganham sinuosidade e os volumes naturais do corpo. Já a mesma peça planificada, demostra com mais clareza como é sua a real estrutura, observa-se na lateral e o comprimentodas mangas linhas retas, linhas curvas apenas no decote e na cava. Essa mesma realidade da camiseta planificada, é expressa ao fazermos o desenho técnico e perceba como a modelagem também segue essa mesma representação. FIGURA 8 – EXEMPLOS DIVERSOS DE UMA CAMISETA BÁSICA FONTE: A autora UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 12 Compreendendo a estrutura básica do desenho técnico, parece que fica fácil entender sua real importância dentro do universo da moda. Todavia, vale destacar que, diferente do croqui de moda, que apresenta a ideia estética do produto, o desenho técnico sim, será fundamental para que outros setores consigam produzir as peças. Dessa maneira entendemos que, por meio do desenho técnico, o designer consegue deixar evidente como deseja que a peça seja concluída, pois nele estarão inseridas, questões de acabamentos desejados, detalhes, medidas, posicionamento de superfícies. O desenho técnico assume um forte elo de comunicação entre os setores de desenvolvimento de produto, modelagem e prototipagem. FIGURA 9 – DESENHO TÉCNICO DE MODA X DESENHO/CROQUI DE MODA Na Figura 9, podemos observar as diferenças nas representações dos dois tipos de desenhos mencionados, croqui de moda e o desenho técnico. Compreendendo a diferença de croqui e desenho técnico de moda e obtendo clareza da importância de ambos no processo de produção de uma coleção de moda, podemos seguir com nosso estudo. No desenho de moda representamos muitas vezes a ideia com os looks completos, já no desenho técnico, cada peça precisa ser desenhada separadamente. ATENCAO TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 13 4 NORMAS ABNT PARA DESENHO TÉCNICO Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica de entendimento mais abrangente, foi necessário padronizar seus procedimentos de representação. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas, seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. No Brasil, as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) como normas brasileiras (NBR) e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO. Existem algumas NBR elaboradas para a estrutura do desenho técnico, algumas inclusive foram canceladas pelo motivo de não serem mais utilizadas pelo setor, ou seja, a partir do momento que escolhermos utilizar as normas nas representações dos desenhos técnicos, precisamos estar cientes de verificar junto ao catálogo da ABNT, quais estão vigentes. Que tal descobrir mais dessa dinâmica dentro de uma empresa real que você conheça? Busque ter contato com alguma empresa da sua região e investigue as seguintes questões. • Se a empresa realiza desenhos/croquis de moda? Se sim, como são elaborados e que papel que cumprem. Se não, por quê? • Se a empresa realiza o desenho técnico de moda? Se sim, como são elaborados e o papel que cumprem. Se não, por quê? DICAS Para acessar as normas da ABNT, acesse: https://www.abntcatalogo.com.br/. Todavia, para adquiri-las, é necessário pagamento. DICAS https://www.abntcatalogo.com.br/ UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 14 Vale destacar que essas normas regulamentam o desenho técnico para todos os segmentos, logo, se desenvolvermos desenhos que necessitem de comunicação global, indica-se que essas sejam seguidas. A seguir, estudaremos algumas normas elaboradas para a construção do desenho técnico, destaco que se trata de uma síntese adaptada mais para esse estudo que trata de desenho técnico de moda. 4.1 NBR 16752 – REQUISITOS PARA APRESENTAÇÃO EM FOLHAS DE DESENHO Essa norma apresenta alguns tópicos que podem ser considerados na representação do desenho técnico de maneira bem ampla, as informações presentes no Quadro 1 são as consideradas mais relevantes para esse estudo e prática do Desenho Técnico de Moda: QUADRO 1 – NBR 16752 Escalas: relação entre as dimensões representadas no desenho técnico e a dimensão real deste mesmo elemento. Podendo ser: • Escala natural: quando a representação do desenho técnico é igual da dimensão real do elemento. Nesse caso temos 1:1. • Escala de ampliação: quando a representação do desenho técnico é maior que a dimensão real do elemento. Nesse caso temos X*:1 (multiplicar). Ex.: 2:1, 5:1, 10:1. • Escala de redução: quando a representação do desenho técnico é menor que a dimensão real do elemento. Nesse caso temos 1:X* (dividir). Ex.: 1:2, 1:5, 1:10. *os valores válidos para essa norma, são 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1 000, 2 000, 5 000 e os seus múltiplos à razão de 10. No momento de elaborar a ficha técnica, a escala utilizada precisa estar indicada por meio da sigla “ESC”. Vale destacar que, no caso de uma impressão de um desenho realizado em escala, pode sair diferente daquela do desenho original. TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 15 FONTE: Adaptado de ABNT (2020) 4.2 NBR 10126 - PRINCÍPIOS GERAIS DE COTAGEM Cotagem diz respeito à representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Essas podem ser de características funcionais e não funcionais, ou Formato da folha: os formatos mais utilizados de folha de desenho da série ISO-A, seguem as medidas e tamanhos apresentados na figura a seguir: FIGURA –TAMANHOS DE FOLHAS FONTE: Adaptada de ABNT (2020) O formato da folha deverá ser escolhido de acordo com o tamanho do desenho a ser elaborado. Pois é de extrema importância que o desenho técnico, seja representado de maneira efetiva e compreendida pelos integrantes da equipe de trabalho. Existem ainda outros tamanhos, como: 4A0 (1 682 × 2 378), 2A0 (1 189 × 1 682), A5 (148 × 210) e A6 (105 × 148). Os formatos das folhas mencionados podem ser utilizados horizontalmente ou verticalmente. Margem e quadro: diz respeito às margens e quadro para delimitar o espaço no qual estará situado o desenho. A margem esquerda da folha deve ter 20 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada. Todas as outras margens devem ter 10 mm de largura. Essa medida, servem para os tamanhos: A0, A1, A2, A3 e A4 Conteúdo e disposição dos espaços na folha de desenho: esse assunto será destacado na UNIDADE 03. Pois será quando vamos estruturar a ficha técnica. UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 16 seja, aquelas em que realmente são necessárias para que o objeto seja produzido e aquelas que servem apenas como base. Para aplicação dessa norma, considere o Quadro 2. QUADRO 2 – NBR 10126 Aplicação de cotas: • A cotagem deve ser representada de maneira clara diretamente no próprio desenho. • Deve ser localizada na vista ou corte mais evidente do elemento/desenho. • Manter a mesma unidade de medida, padrão para todo o desenho, ou seja, se trabalhar com milímetros, todas as medidas seguem essa unidade. Também pode ser indicada na legenda, qual unidade de medida foi empregada. • Zelar por uma comunicação clara no momento de comunicar as cotas. • Indica-se que a cotagem funcional seja aplicada diretamente sobre o desenho. Entretanto é aceitável que seja representada de maneira indireta. • Já a cotagem não funcional, pode ser representada da maneira mais conveniente. Linhas auxiliares e cotas: • São desenhadas com linhas estreitas contínuas, conforme NBR 8403 (Estudaremos na sequência). • Delimita-se o espaço onde será indicada a medida, insere-se a linha auxiliar e a linha da cota e pôr fim a cota (medida) (observe a figura). • Importante que entre a linha auxiliar e o traço do desenho seja deixadoum espaço (observe a figura). • A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento desenhado seja. • Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas. • Na linha de cota, é possível inserir setas indicando o espaço que está sendo medido. Se tiver espaço, pode ser aplicado, caso contrário não é necessário. • As indicações de cotas, precisam estar legíveis, podem se posicionadas paralelamente a linha de cota, um pouco acima e centralizada. Quando o espaço for limitado à cota, deverá ser inserida, na extensão da linha da cota. (observe a figura). FIGURA – REPRESENTAÇÃO DE COTAGEM FONTE: A autora TÓPICO 1 — DESENHOS E DESENHO TÉCNICO DE MODA 17 4.3 NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS Refere-se às linhas utilizadas na execução do desenho técnico, tipo e larguras de linhas. Assim como nas normas anteriores, estarei destacando apenas os pontos da norma que considero mais relevantes para esse estudo. QUADRO 3 – NBR 8403 FONTE: Adaptado de ABNT (2020) Os conhecimentos apresentados acerca das normas técnicas da ABNT para o desenho técnico, serão efetivamente colocamos em prática durante nossos estudos na Unidade 3 deste Livro Didático. Larguras das linhas: • Relação entre larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2 (dois). • Escolher a largura de acordo com o tipo do desenho e dimensão. FIGURA – LINHAS As normas destacadas neste estudo possuem muitas outras informações, buscamos aqui sintetizar indicações que acreditamos serem as mais úteis e de fácil compreensão. Contudo, sugerimos que, caso venha ser necessário para sua atuação profissional realizar um desenho técnico de moda, que sigam os padrões das normas técnicas da ABNT. Você, acadêmico, busque ler com mais atenção cada item das respectivas normas aqui apresentadas. ATENCAO UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 18 Concluímos o estudo deste tópico, no qual você pôde compreender os tipos de representação existentes no desenho de moda, como também a contribuição do croqui/desenho de moda e o desenho técnico de moda nas questões produtivas da moda. 19 Neste tópico, você aprendeu que: • O desenho é um grande facilitador na comunicação de ideias, sendo assim, não seria diferente no design de moda, através do qual tratamos de um universo repleto de inspirações e ideias materializadas por meio de desenhos. • O desenho/croqui de moda e o desenho técnico são importantes para o setor produtivo da moda. • Cada desenho auxilia no momento de produzirmos as peças de uma coleção de moda. • Existem normas técnicas (ABNT), que são sintetizadas e explicadas de acordo com os objetivos do estudo da disciplina. • Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica de entendimento mais abrangente foi necessário padronizar seus procedimentos de representação. • As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. RESUMO DO TÓPICO 1 20 1 A imagem a seguir representa um desenho técnico de moda utilizando duas normas da ABNT. Qual a forma de representação técnica o desenho ilustra? FONTE: https://bit.ly/2PcNq3F Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Um desenho técnico com medidas reais em escala que podem ser naturais, ampliadas ou reduzidas, ou seja, com indicação das cotas, que nada mais são do que as medidas da roupa representadas no próprio desenho e, também, deve-se indicar a escala, utilizada no desenho, na ficha técnica. b) ( ) Um desenho técnico com as medidas utilizadas no desenho da roupa, apenas para poder representá-lo igual em outro momento. As peças são costuradas com base nessas. c) ( ) Um desenho técnico com medidas reais em escala que podem ser apenas no tamanho real da peça, porém, que não contribui em nada na produção da peça em si, considerando que poucas empresas utilizam esse recurso. d) ( ) Um desenho técnico com medidas reais em escala que podem ser naturais, maiores ou menores, as quais, para se aumentar a peça, divide-se o tamanho desejado, e para diminuir, multiplica-se. 2 Cotagem diz respeito à representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Essas podem ser de características funcionais e não funcionais, ou seja, aquelas em que realmente são necessárias para que o objeto seja produzido e aquelas que servem apenas como base. Dessa forma, compreende-se a grande importância da aplicação de cotas e escalas nas representações de desenhos técnicos. Analise as sentenças a seguir: AUTOATIVIDADE 21 I- As cotas aparecem em forma de linhas que indicam onde começa e onde termina a medida. II- A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.” III- Dentre as escalas usadas em desenho técnico pode-se ter: 1:1, 2:1, 1:2. IV- Também se nota presente entre as escalas sugeridas pela ABNT, a escala de 6:1 e 1:6. V- A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Todos as sentenças estão corretas. b) ( ) As sentenças I, II, III e IV estão corretas c) ( ) As sentenças I, III e V estão corretas. d) ( ) As sentenças I, II, III e V estão corretas. 3 Considera-se que as normas regulamentam o desenho técnico para vários segmentos, logo, ao elaborar desenhos técnicos de moda que necessitam de comunicação global, indica-se que essas sejam seguidas. Sendo assim, torna-se importante ter a clareza de questões acerca das normas. Com base no exposto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) O formato da folha deverá ser escolhido de acordo com o tamanho do desenho a ser elaborado. ( ) Os formatos mais utilizados de folha de desenho da série ISO-A são: A0, A1, A2, A3 e A4. ( ) A margem esquerda da folha deve ter 30 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada. Todas as outras margens devem ter 15 mm de largura. ( ) Linhas continuas largas, são indicadas para contornos internos, aqueles não visíveis. ( ) Linhas continuas largas, são indicadas para contornos visíveis. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – F – F – V – V. b) ( ) V – F – V – V – F. c) ( ) V – V – F – F – V. d) ( ) F – F – V – V – F. 4 O desenho técnico possui características que o distingue do desenho de moda, seja pela sua forma de elaboração e acabamento, seja na sua estrutura. Perito (2014) acrescenta que, diferentemente do croqui ou da ilustração de moda, este é um desenho totalmente objetivo que serve como uma “planta” da roupa. Assim sendo, defina as três diferenças básicas em relação ao desenho/croqui de moda. 22 5 O design de moda, através da realização de seus diferentes desenhos, tem o objetivo de inspirar a busca de novas formas de ver a moda ao possibilitar a comunicação de ideias com as possíveis soluções que existem somente na mente do designer. As possibilidades de diálogo entre esses desenhos exploram a capacidade do processo criativo em transformar as coisas através do projeto de design, compelindo a indústria a rever seus insumos e sistemas produtivos, diante de sua pré-visualização. Entende-se, portanto, a grande importância da representação por meio do desenho dentro do processo industrial e de criação num contexto geral. Nesse contexto, explique quais tipos de desenho dão suporte para o designer comunicar suas ideias, descreva brevemente como se caracterizam cada tipo. 23 TÓPICO 2 — UNIDADE 1 INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 1 INTRODUÇÃO Nesse tópico, daremos início às práticas do desenho técnico de moda, bem como suas formas de representações. Compreendendo como os desenhos podem ser constituídos por meio manual ou digital. Utilizaremos bases de corpo feminino, masculino e infantil e, também, desenharemos sem o uso de bases, porém, teremos clareza daimportância em se conhecer a proporção do corpo para elaborar desenhos técnicos de moda de maneira assertiva. Iniciaremos, também, na compreensão e prática das estruturas da roupa e seus diferentes componentes como: decotes, golas, cavas, mangas, punhos, bolsos. Considerando que, enquanto futuros designers de moda, é necessário ter o conhecimento das nomenclaturas existentes no vestuário. 2 REPRESENTAÇÃO MANUAL E DIGITAL A representação do desenho técnico de moda acontece por meio de linhas mais retas, firmes e precisas, obviamente quando a parte a ser desenhada exige uma curvatura, essa também é realizada, como no caso dos decotes, barras ou outras partes que sejam arredondadas. Para que possamos executar o desenho técnico de moda, existem duas formas mais usuais, manual ou digital. Ambas as técnicas exigem uma preparação, aquisições e muito treino. Vale destacar que o propósito no ensinamento aqui apresentado é tratarmos do desenho técnico de moda na sua forma mais abrangente, ou seja, todas as práticas e conhecimentos mencionados e expostos ao longo desse estudo, você, acadêmico, poderá fazer tanto manualmente quanto digitalmente. 24 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 2.1 DESENHO TÉCNICO DE MODA – MANUAL Acadêmico, você deve estar se perguntando por que falarmos de desenho técnico de moda manual, sendo que hoje existem vários meios digitais para realizar esse tipo de desenho. Contudo, indicamos iniciar a compreensão por meio da técnica manual, pois, assim sendo, conseguimos treinar a percepção visual, ganhar habilidade e desenvolver mais propriedade no detalhamento das informações. Para realizarmos desenhos técnicos de moda manual, inicialmente precisamos adquirir alguns materiais básicos, sendo eles (Figura 10): • Lápis HB, B, H ou F, ou lapiseira (minas mais “secas” ou intermediárias são as mais indicadas, pois, além de não marcarem tanto a folha, são mais fáceis de apagar). • Borracha (dois tamanhos, uma média e uma pequena, para auxiliar a apagar detalhes menores do desenho). • Régua (metal ou acrílico com 30 centímetros ou maior, analisar o tamanho do desenho a ser feito, bem como a folha a ser utilizada). • Esquadros (40° e 60°, quanto ao tamanho vale o mesmo mencionado para a régua, mensurar o tamanho do desenho e da folha utilizada). • Mini Curva Francesa (mesmo modelo da utilizada na modelagem, porém menor, em caso de representações maiores o mesmo da modelagem pode ser utilizado). • Folhas A4 e A3 (indico as mais comuns, entre 90 g a 115 g, ao menos que o trabalho exija algo diferente, essa gramatura é a mais indicada). • Caneta Nanquim (para os contornos, indicam-se duas diferentes espessuras, uma mais larga e outra mais fina, sugestão 0,5 o e 0,2). FIGURA 10 – FERRAMENTAS DESENHO TÉCNICO MANUAL FONTE: A autora TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 25 Quanto ao uso dos materiais, sugerimos que: Acerca do uso do lápis, você pode realizar vários riscos aleatórios a fim de testar qual se sente mais confortável para realizar seus desenhos. Nesse teste, você também vai procurar ir deixando seu traço mais leve, evitando marcar muito a folha. Indicado também você segurar o lápis mais na metade da sua extensão, dessa forma você mantém o braço mais solto para fazer o desenho. Com relação à borracha, a marca sugerida na Figura 10 é apenas indicação, porém, opte por borrachas que apresentem uma boa qualidade na hora de apagar, borrachas muito porosas, podem não apresentar uma boa qualidade no momento de uso, a indicação do tamanho “zero” ou uma menor, é para facilitar no momento de apagar pequenos cantos. O esquadro precisa estar apoiado com um dos seus lados em uma reta, assim teremos o ângulo de 90 graus preciso. Portanto, o esquadro precisa estar alinhado com “algo reto” para que o resultado seja satisfatório. Se estiver torto, ele riscará uma perpendicular torta. Uma dica é utilizar o esquadro para realizar a linha do eixo central, uma das primeiras e mais importante etapa do desenho técnico de moda e ela pode ser iniciada com o uso dessa ferramenta. Alinhando um dos lados corretamente com a margem da folha, podemos fazer um traço reto e centralizado, conforme (Figura 11). FIGURA 11 – USO DO ESQUADRO FONTE: A autora 26 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA A curva francesa requer muita paciência durante seu manuseio, principalmente no momento de espelhar o desenho, uma dica é, quando encontrar a curva ideal, faça duas pequenas marcações uma no início e outra no término da curvatura, dessa forma ao espelhar a régua, você terá os dois pontos como referência. Sugiro sempre ir testando, no começo muitos alunos “perdem a paciência”, mas aos poucos vão pegando jeito com a ferramenta. A régua pode ser de metal ou acrílico, na falta de um esquadro, podemos usar o canto da régua, como um possível substituto. Algumas réguas apresentam variações de escalas, então recomendamos que sempre preste atenção quanto a escala em que estiver utilizando, durante a execução do desenho. Por fim, sobre as canetas nanquim, que servem para dar o acabamento ao desenho técnico de moda manual, considerando que este foi executado com o uso do lápis. Indicamos duas espessuras para diferenciar os contornos, conforme estudamos nas normas técnicas. Sobre o uso, recomendamos que realize testes antes de sair contornando. Também indicamos não ficar com ela “parada” sobre o desenho enquanto estiver contornando, evitando o acúmulo de tinta, o que poderá marcar o desenho. Portanto, posicione a régua sobre a linha a ser contornada e somente passe a caneta nanquim quando o traço do lápis estiver alinhado com a régua, dessa forma, ao passar a caneta nanquim, você obterá um traço limpo e correto. Após contornar, espere uns segundos e apague os traços residuais do lápis. A seguir, representaremos uma camiseta básica por meio da técnica manual: • Inicie o retângulo onde a peça será desenhada, esse retângulo terá a seguinte medida: 4,0 cm de largura por 12,0 cm de altura. A altura deverá ser dividida em quatro partes iguais, ficando cada parte com 3,0 cm de altura. E a largura ao meio, ficando cada lado com 2,0 cm de largura. Essas medidas correspondem às medidas do corpo. Note que as Figuras 12 A e B indicam cada parte do corpo. Para a elaboração de desenhos técnicos de moda, indica-se utilizar o desenho de bases semelhantes ao corpo humano como auxílio no desenvolvimento do desenho técnico das peças de roupas, quando o auxílio das bases não for uma Acadêmico, procure conhecer e treinar o uso dos materiais, durante os nossos estudos, estaremos, a todo o momento, incentivando e sugerindo atividades de treino. Todavia, cabe a você buscar essa experiência, se assim fizer sentido, para desenvolver suas habilidades. DICAS TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 27 escolha do designer, indica-se que seja mantida a proporção com as linhas e larguras do corpo. Podemos, assim, desenhar seguindo as linhas de medidas e proporção do corpo, sem o desenho da silhueta. • Após o retângulo estruturado, desenhe o decote parte da frente e das costas, com o auxílio da mini curva francesa (Figura 12 A). • Represente queda de ombro com régua ou esquadro, a cava com curva francesa (Figura 12 A). • Na sequência desenhe lateral da peça e mangas, com o auxílio de réguas e esquadro (Figura 12 A). • Após finalizar o primeiro lado, você precisa repassar as mesmas medidas para o outro lado e ir desenhando cada parte, exatamente como feito no primeiro lado (Figura 12 B). FIGURA 12 – PASSO A PASSO DESENHO MANUAL FONTE: A autora Vamos aprimorar esse conhecimento no subtópico seguinte, quando estaremos construindo nossa base ou então compreendendo como desenhar sem base. Neste momento, apenas exercitaremos e treinaremos as ferramentas, então fique tranquilo se seu desenho não ficar tão perfeito de início. ESTUDOS FU TUROS 28 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICODA MODA Finalizado os dois lados, contornamos com o auxílio das réguas o desenho da camiseta com caneta nanquim apenas o desenho da camiseta, desenhamos linhas de pespontos e, por fim, apagamos a linha do eixo central e possível resíduos do lápis (Figura 13). FIGURA 13 – CAMISETA BÁSICA MANUAL FINALIZADA FONTE: A autora Sobre o uso da caneta nanquim, utiliza-se duas espessuras de caneta para o desenho técnico para diferenciar as linhas. Utiliza-se uma caneta mais grossa (sugestão 0,5) para os contornos externos e uma fina (sugestão 0,1) para os pespontos e detalhes de costura e franzidos. ATENCAO Muito importante na elaboração do desenho técnico manual é o uso das réguas durante a execução, tanto para representar linhas retas (esquadros e régua tradicional), como curvadas (curva francesa). Sendo assim, desenhamos primeiramente com o uso do lápis e depois contornamos com a caneta nanquim, portanto, vale ressaltar que ao contornar também precisamos utilizar as réguas. Pois, de que adianta fazer o desenho a lápis “bonitinho” e, ao passar a caneta nanquim, ele ficar “todo torto” por não contornar com o apoio de réguas. Após utilizar as réguas, busque sempre limpá-las, evitando, assim, que marque ou suje seu desenho. IMPORTANT E TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 29 2.2 DIGITAIS Para representarmos o desenho técnico de moda, também podemos utilizar recursos digitais. Muitas empresas utilizam esse meio de representação. Como nosso objetivo de estudo é o desenho técnico na sua forma mais ampla, indica-se que você busque aprender o software que considerar mais útil para sua carreira. Além dos clássicos, CorelDraw® e Adobe Illustrator®, algumas empresas especialistas em software CAD para modelagem de roupas também dispõem de recursos para executar desenhos. Para a elaboração de desenhos técnicos de moda, indica-se utilizar o desenho de bases semelhantes ao corpo humano como auxílio no desenvolvimento do desenho técnico das peças de roupas, quando o auxílio das bases não for uma escolha do designer, indica-se que seja mantida a proporção com as linhas e larguras do corpo. Podemos, assim, desenhar seguindo as linhas de medidas e proporção do corpo, sem o desenho da silhueta. Nas práticas futuras para desenhar com o recurso dos softwares, você seguirá a mesma lógica apresentada neste estudo, ou seja, poderá utilizar ou não as bases do corpo humano, porém deve seguir a proporção do corpo, conforme estudaremos a seguir. Existem várias apostilas gratuitas na internet, bem como vídeos que ensinam como utilizar os programas do CorelDraw® e Adobe Illustrator®, entre outros. INTERESSA NTE Aprimoraremos esse conhecimento no subtópico seguinte, quando estaremos construindo nossa base ou então compreendendo como desenhar sem base. Neste momento, apenas exercitaremos e treinaremos as ferramentas, então fique tranquilo se seu desenho não ficar tão perfeito de início. ESTUDOS FU TUROS 30 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA Por meio das ferramentas de cada programa, você vai desenhar um lado da sua peça e depois espelhar, do mesmo modo como no manual. Essa lógica de estruturação do desenho técnico facilita em mantermos os dois lados da peça iguais, o que por meio digital fica mais fácil, pois apenas copia-se o lado já desenhado e “reflete” para o outro lado, diferente do desenho manual no qual tudo precisa ser realmente desenhado, e “essa mágica não acontece”. Outro facilitador da opção digital são as medidas, ao desenharmos com a necessidade de representação de medidas os programas possuem ferramentas que contribuem nessa questão. Por esse motivo é que o desenho técnico de moda digital acaba sendo o escolhido por muitos profissionais. Apresentaremos, brevemente, os programas para você ter uma noção de como funcionam. Entretanto, vale a dica de você buscar um curso especializado. 2.2.1 CorelDraw® Trata-se de um programa para desenvolver produtos gráficos, com ele é possível representar diferentes conteúdos, como desenhos, materiais publicitários, logotipos e até mesmo realizar manipulações de imagens. A Figura 14 apresenta a interface do software: Este tipo de programa realiza atualização de versão, indica-se sempre a versão mais nova. Você pode acessar o site e baixar uma versão gratuita para testar. ATENCAO Basicamente o programa apresenta sempre as mesmas ferramentas e interface, porém, diferentes versões podem apresentar localização de ferramentas ou abas em locais diferentes, por isso concentre-se na ferramenta em si e na sua representação. IMPORTANT E TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 31 FIGURA 14 – INTERFACE CORELDRAW® 2020. FONTE: A autora Para desenharmos por meio do CorelDraw®, veremos um passo a passo de uma camiseta básica, exemplificando o uso das principais ferramentas utilizadas para executar um desenho. Com o conhecimento do programa e das ferramentas, você poderá desenvolver e elaborar desenhos de outras peças. Vamos desenhar sem o uso da base: • Na interface do Corel Draw®, você precisa inserir uma folha para iniciar o desenho, portanto, é necessário criar um novo documento com as medidas desejadas e orientação do espaço (Figura 15). FIGURA 15 – NOVO DOCUMENTO COREL DRAW® 2020 FONTE: A autora 32 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA • As principais ferramentas utilizadas para elaborar um desenho, são: • Ferramenta Mão Livre: utilizada para desenhar linhas simples. Com um clique dá-se início a linha deslize para a direção que desejar e finalize com outro clique. Para fazer uma linha perfeitamente reta mantenha o botão “Shift” selecionado. • Ferramenta Forma: você pode transformar qualquer linha, forma, objeto ou texto. Com o botão direito do mouse em cima da linha, você pode adicionar ou remover nós, e transformar a linha reta em curva. • Na “barra de controle”, você pode alterar a espessura e o tipo da linha (Figura 16). FIGURA 16 – ESPESSURA E TIPO DE LINHA COREL DRAW® 2020 FONTE: A autora • Inicie o retângulo onde a peça será desenhada, esse retângulo terá a seguinte medida: 4,0 cm de largura por 12,0 cm de altura. A altura deverá ser dividida em quatro partes iguais, ficando cada parte com 3,0 cm de altura. E a largura ao meio, ficando cada lado com 2,0 cm de largura. Essas medidas correspondem às medidas do corpo. Note que a Figura 17 está indicando cada parte do corpo. O retângulo com a largura e altura do corpo. Por ser apenas uma camiseta, até a virilha, já é um excelente o comprimento. • Basicamente, o desenho da camiseta será construído pelas ferramentas de mão livre e de forma, inicie pelo decote e gola, frente e costas (lembra-se no desenho técnico de moda, visualizamos a peça sem estar vestida no momento de desenhar, dessa forma “enxergamos” a parte mais alta do decote das costas), queda de ombro, cava, lateral da peça e, por fim, a manga. Lembre-se que o ideal seria que as linhas de cavas e a gola fossem representadas com uma linha mais fina que a do contorno externo (Figura 17). TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 33 FIGURA 17 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 1 FONTE: A autora • O próximo passo é selecionar todas as partes do lado feito, para copiar e colar, os atalhos “Ctrl + c” e o “Ctrl + v” respectivamente, funcionam muito bem, ou, também, arrastar os itens selecionados para o lugar desejado e utilizar o botão direito do mouse para colar, para copiar em uma linha paralela utilize a tecla “Shift” selecionada (Figura 18). FIGURA 18 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 2 FONTE: A autora 34 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA • Para espelhar o desenho é bem simples, a ferramenta aparece na barra de comando, selecione “Espelhar horizontalmente” (Figura 19). FIGURA 19 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 3 FONTE: A autora • Agora, para unir as duas partes, deixe uma próxima da outra e selecione uma parte e com o botão “Shift” apertado selecione a outra metade, assimna barra de comandos vai aparecer a opção “Soldar” (Figura 20). FIGURA 20 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 4 FONTE: A autora TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 35 • Com os dois lados prontos, utilize a ferramenta “Mão Livre” para inserir as demais linhas do desenho, com o traçado mais fino. Linhas da cava, pespontos de bainhas de mangas e barra, ou outros detalhes que a peça apresentar. Por fim, apagar as linhas de apoio utilizadas e o resultado será apenas o desenho técnico da camiseta básica (Figura 21). FIGURA 21 – CAMISETA FINALIZADA FONTE: A autora 2.2.2 Adobe Illustrator® É um software gráfico focado na edição de imagens vetoriais, utilizado para a criação de ilustrações, logotipos, tipografias e muito mais. A Figura 22 apresenta sua interface. Lembre-se, todo desenho deve estar com seus pontos unidos, ou seja, o desenho não poderá estar aberto para colorir. Para pintar dentro do desenho, usa-se o botão esquerdo, e para pintar o contorno, usa-se o botão direito do mouse. ATENCAO 36 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA FIGURA 22 – INTERFACE ADOBE ILLUSTRATOR® 2015 FONTE: A autora Para desenharmos por meio do Adobe Illustrator®, explicaremos o passo a passo de uma camiseta básica, exemplificando o uso das principais ferramentas utilizadas para executar um desenho. Com o conhecimento do programa e das ferramentas, você poderá desenvolver e elaborar desenhos de outras peças. Vamos desenhar sem o uso da base: Na interface do Adobe Illustrator®, você precisa inserir uma folha para realizar o desenho, portanto, é necessário criar um novo arquivo (Figura 23). Basicamente, o programa apresenta sempre as mesmas ferramentas e interface, porém diferentes versões podem apresentar localização de ferramentas ou abas em locais diferentes, por isso concentre-se na ferramenta em si e na sua representação. IMPORTANT E Este tipo de programa realiza atualização de versão, indica-se sempre a versão mais nova. Você pode acessar o site e baixar uma versão gratuita para testar. ATENCAO TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 37 FIGURA 23 – NOVO DOCUMENTO ADOBE ILLUSTRATOR® 2015 FONTE: A autora • As principais ferramentas utilizadas para elaborar o desenho, são: • Ferramenta de seleção e seleção direta: utilizadas para mover, redimensionar ou editar o objeto. A seleção move o objeto como um todo, já a seleção direta pontos específicos do objeto. • Ferramenta Caneta: desenvolve linhas curvas e retas. Para realizar curvas mantenha o botão do lado esquerdo do mouse pressionado e realize a curvatura desejada, para manter perfeitamente reto, pressione o “botão Shift” enquanto faz o traço. Na aba “Traçado”, você pode alterar a espessura e o tipo da linha e na opção de contorno alterar a cor. Dessa forma você já pode desenhar um lado da camiseta (Figura 24). • Inicie o retângulo onde a peça será desenhada, esse retângulo terá a seguinte medida: 4,0 cm de largura por 12,0 cm de altura. A altura deverá ser dividida em quatro partes iguais, ficando cada parte com 3,0 cm de altura. E a largura ao meio, ficando cada lado com 2,0 cm de largura. Essas medidas correspondem às medidas do corpo. Note que a Figura 24 está indicando cada parte do corpo. O retângulo com a largura e altura do corpo. Por ser apenas uma camiseta, até a virilha, já é um excelente o comprimento. • Inicie o desenho da camiseta pelo decote e gola, frente e costas (lembra-se, no desenho técnico de moda, visualizamos a peça sem estar vestida no momento de desenhar, dessa forma “enxergamos” a parte mais alta do decote das costas), queda de ombro, cava, lateral da peça e pôr fim a manga. Lembre-se que o ideal seria que linhas de cavas e a gola, fossem representadas com uma linha mais fina que a do contorno externo (Figura 24). 38 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA FIGURA 24 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 1 FONTE: A autora • Com um lado do desenho feito, você vai desenhar o outro, para isso você utiliza a ferramenta seleção e pode copiar e colar, no Adobe Illustrator® existe várias formas de ser feito, mas o famoso “Ctrl C, Ctrl V”, funciona. Com a parte já desenhada selecionada e copiada você precisa espelhar, para isso, clique com o botão direito do mouse: “Transformar – Refletir”, opção “Vertical”. Na sequência, sobrepor ao lado já desenhado anteriormente. Para juntar, você seleciona as duas partes e, na Aba “Pathfinder”, realiza o comando “Unir” (Figura 25). FIGURA 25 – ESTRUTURANDO A CAMISETA – PARTE 2 FONTE: A autora TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 39 Aprendemos, portanto, que por meio de representações manuais ou digitais podemos realizar desenhos técnicos de moda, a forma escolhida vai depender do seu nível de aperfeiçoamento ou necessidade. A seguir, estudaremos as bases para o desenho técnico de moda. • Com os dois lados prontos, você utiliza a ferramenta caneta para inserir as demais linhas do desenho com o traçado mais fino. Linhas da cava, pespontos de bainhas de mangas e barra, ou outros detalhes que a peça apresentar. Por fim, apagar as linhas de apoio utilizadas e o resultado será apenas o desenho técnico da camiseta básica (Figura 26). FIGURA 26 – CAMISETA FINALIZADA FONTE: A autora O software Adobe Illustrator® possui várias teclas de atalhos, o que torna a dinâmica do desenho mais produtiva. No entanto, para executar esses comandos, você precisará “fuçar no programa”, e, como já mencionado, realizar um curso. ATENCAO Veja dois canais que abordam os softwares apresentados, disponíveis em: • Júnior Rocha: https://www.youtube.com/juniorrochainstrutor. • Márcio Paasch: https://www.youtube.com/user/marciopaasch. DICAS 40 UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DO DESENHO E DESENHO TÉCNICO DA MODA 3 BASES PARA O DESENHO TÉCNICO Considerando que a roupa, quando pronta, repousará sobre o corpo, devemos nos atentar na representação deste durante o processo de elaboração do desenho técnico de moda. Pois, assim, o resultado será proporcional ao peça pronta. No desenho buscamos a materialização da ideia do produto, tanto no desenho de moda, como no desenho técnico. Dessa forma, utiliza-se e recomenda- se, para a execução do desenho técnico de moda, o uso de bases. Visto que o desenho deverá se ajustar ao corpo humano, o estudo do cânone é essencial para desenhar a figura humana corretamente. Entretanto, o que seria o cânone? Cânone representa a unidade de medida, o módulo inicial que vai estruturar todo o desenho. Esse olhar para com a construção do desenho do corpo, por meio dos cânones, já vem de muitos anos atrás, no século V a.C. os gregos estabeleceram as proporções ideias para o corpo humano, dito belo. Desde então essa relação de proporção é aplicada ao se representar o desenho do corpo humano, por esse motivo o nome cânone grego (Figura 27). FIGURA 27 – ARTE GREGA, SÉC. V A. C. E CÂNONE 8 CABEÇAS FONTE: <http://aturmaa.blogspot.com/2008/10/desenho-de-figura-humana-cnone.html>. Acesso em: 20 out. 2020 TÓPICO 2 — INICIANDO O DESENHO TÉCNICO 41 Para utilizar bases, você mesmo pode construí-las de acordo com a sua necessidade, ou então usufruir das inúmeras opções já existentes. Na sequência, analisaremos um passo a passo para que você construir sua base. Inicialmente, consideraremos apenas as distribuições e proporções do corpo para que você tenha entendimento de como construir, ou seja, a princípio, não abordaremos gênero. Iniciamos o desenho pela estruturação da cabeça, sendo esta que determinará as demais medidas e dimensões. Vale destacar que você deve considerar o tamanho inteiro do corpo a ser desenhado, de acordo com a folha a ser utilizada, tanto manualmente quanto digitalmente. A Figura 28 explica como elaborar o desenho da cabeça. FIGURA 28 – EXPLICAÇÃO DESENHO DA CABEÇA. FONTE: A autora Após desenharmos a cabeça, inicia-se o desenho do restante do corpo. Conforme Figura 29. Aproveite “o embalo” e pegue uma folha, régua, lápis e borracha, ou
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