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Apg 15- Hipófise

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Apg 15- Hipófise 
1- Compreender o desenvolvimento 
embriológico da hipófise; 
2- Entender a morfofisiologia da hipófise; 
3- Compreender a função do hipotálamo 
no sistema endócrino; 
4- Entender o processo de regulação 
hormonal. 
Embriologia da Hipófise 
A hipófise tem origem ectodérmica. A hipófise se 
desenvolve de duas fontes: 
O desenvolvimento do teto ectodérmico de 
estomodeu, o divertículo hipofisário (bolsa de 
Rathke). 
• Uma invaginação do neuroectoderma do 
diencéfalo, o divertículo neuro-hipofisário. 
Essa origem dupla explica porque a hipófise é 
composta por dois tipos diferentes de tecidos: 
• A adeno-hipófise (tecido glandular), ou lobo 
anterior, desenvolve-se a partir do ectoderma 
oral. 
 • A neuro-hipófise (tecido nervoso), ou lobo 
posterior, desenvolve-se a partir 
do neuroectoderma. 
Na terceira semana, o divertículo 
hipofisário se projeta do teto do 
estomodeu e fica adjacente ao 
assoalho (parede ventral) do 
diencéfalo. Pela quinta semana, o 
divertículo é alongado e sofre 
constrição em sua ligação ao 
epitélio oral. Nesse estágio, ele 
entra em contato com o 
infundíbulo (derivado do 
divertículo neuro-hipofisário), uma 
invaginação ventral do 
diencéfalo. O pedúnculo do 
divertículo hipofisário passa entre 
os centros de condrificação dos 
ossos pré-esfenoide e 
basisfenoide do crânio em 
desenvolvimento. Durante a sexta 
semana, a conexão do divertículo 
com a cavidade oral se 
degenera. As células da parede 
anterior do divertículo hipofisário 
se proliferam e originam a parte 
anterior da hipófise. 
Posteriormente, uma extensão, a parte tuberal, 
cresce ao redor do infundíbulo. A proliferação 
extensa da parede anterior do divertículo 
hipofisário reduz sua luz para uma fenda 
estreita.A fenda residual usualmente não é 
reconhecível na hipófise em adultos; entretanto, 
pode ser representada por uma zona de cistos. 
Células na parede posterior da bolsa 
hipofisária não proliferam; originam uma parte 
intermediária delgada e mal definida. 
 A parte da hipófise que se desenvolve do 
neuroectoderma (divertículo neuro-hipofisário) é 
a neuro-hipófise. O infundíbulo origina a 
eminência mediana, o infundíbulo e a parte 
nervosa. Inicialmente, as paredes do infundíbulo 
são delgadas, mas a extremidade distal do 
infundíbulo logo se torna sólida conforme as 
células neuroepiteliais proliferam. Essas células 
posteriormente se diferenciam em pituicitos, as 
células principais do lobo posterior da hipófise, 
que estão intimamente relacionadas com as 
células neurogliais. As fibras nervosas se 
desenvolvem na parte nervosa da área 
hipotalâmica, à qual o infundíbulo é ligado. 
Estudos indicam que as moléculas indutoras 
secretadas do diencéfalo estão envolvidas na 
formação dos lobos anterior e intermediário da 
hipófise. 
 
Hipófise 
A glândula hipófise é uma estrutura em forma 
de ervilha, com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que 
se localiza na fossa hipofisal da sela turca do 
esfenoide. 
Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o 
infundíbulo, e apresenta duas partes anatômica 
e funcionalmente separadas: a adenohipófise 
(lobo anterior) e a neurohipófise (lobo 
posterior). 
 A adenohipófise representa cerca de 75% do 
peso total da glândula e é composta por 
tecido epitelial. No adulto, a adenohipófise 
consiste em duas partes: a parte distal, que é a 
porção maior, e a parte tuberal que forma uma 
bainha ao redor do infundíbulo. 
A neurohipófise é composta por tecido neural. 
Também consiste em duas partes: a parte 
nervosa, a porção bulbosa maior, e o 
infundíbulo. 
 Uma terceira região da glândula hipófise, 
chamada de parte intermédia, atrofiase 
durante o desenvolvimento fetal humano e 
deixa de existir como um lobo separado nos 
adultos. Entretanto, algumas de suas células 
migram para partes adjacentes da adeno-
hipófise, onde persistem. 
ADENO-HIPÓFISE 
Secreta hormônios que regulam uma ampla 
variedade de atividades corporais, desde o 
crescimento até a reprodução. A liberação de 
hormônios da adenohipófise é estimulada por 
hormônios liberadores e suprimida por 
hormônios inibidores do hipotálamo. Sendo 
assim, os hormônios hipotalâmicos constituem 
uma ligação importante entre os sistemas 
nervoso e endócrino. 
Sistema porta hipofisário 
Hormônios hipotalâmicos que liberam ou 
inibem hormônios da adenohipófise 
chegam à adenohipófise por meio de um 
sistema porta. O nome do sistema porta 
indica a localização da segunda rede 
capilar. No sistema porta hipofisário, o 
sangue flui de capilares no hipotálamo 
para veias porta que carreiam sangue 
para capilares da adeno-hipófise. 
As artérias hipofisárias superiores, ramos 
das artérias carótidas internas, levam sangue 
para o hipotálamo. Na junção da eminência 
mediana do hipotálamo e o infundíbulo, essas 
artérias se dividem em uma rede capilar 
chamada de plexo primário do sistema porta 
hipofisário. Do plexo primário, o sangue drena 
para as veias porto hipofisárias que passam 
por baixo da parte externa do infundíbulo. Na 
adenohipófise, as veias portohipofisárias se 
dividem mais uma vez e formam outra rede 
capilar chamada de plexo secundário do 
sistema porta hipofisário. 
Acima do quiasma óptico há grupos de 
neurônios especializados chamados de células 
neurossecretoras. Essas células sintetizam os 
hormônios hipotalâmicos liberadores e 
inibidores em seus corpos celulares e envolvem 
os hormônios em vesículas, que alcançam os 
terminais axônicos por transporte axônico. 
Impulsos nervosos promovem a exocitose das 
vesículas. Depois disso, os hormônios se 
difundem para o plexo primário do sistema 
porta hipofisário. Rapidamente, os hormônios 
hipotalâmicos fluem com o sangue pelas veias 
porto-hipofisárias para o plexo secundário. 
Essa via direta possibilita que os hormônios 
hipotalâmicos atuem imediatamente nas células 
da adeno-hipófise, antes que os hormônios 
sejam diluídos ou destruídos na circulação 
geral. Os hormônios secretados pelas células 
da adeno-hipófise passam para os capilares 
do plexo secundário, que drenam para as 
veias porto-hipofisárias anteriores e para fora 
na circulação geral. Os hormônios da adeno-
hipófise viajam até os tecidos alvo ao longo 
do corpo. Os hormônios da adeno-hipófise que 
atuam em outras glândulas endócrinas são 
chamados de hormônios tróficos ou trofinas. 
 
 
Células e Hormônios da adeno-hipófise: 
Os somatotrofos secretam hormônio do 
crescimento (GH), também conhecido como 
somatotrofina. O hormônio do crescimento, por 
sua vez, estimula vários tecidos a secretarem 
fatores de crescimento insulinosímiles (IGF), 
hormônios que estimulam o crescimento corporal 
geral e regulam aspectos do metabolismo. 
Os tireotrofos secretam hormônio 
tireoestimulante (TSH), também conhecido como 
tireotrofina. O TSH controla as secreções e 
outras atividades da glândula tireoide. 
 Os gonadotrofos secretam duas 
gonadotrofinas: hormônio foliculoestimulante 
(FSH) e hormônio luteinizante (LH). O FSH e o LH 
atuam nas gônadas; estimulam a secreção de 
estrogênios e progesterona e a maturação de 
ovócitos nos ovários, além de estimularem a 
produção de espermatozoides e a secreção 
de testosterona nos testículos. 
Os lactotrofos secretam prolactina (PRL), que 
inicia a produção de leite nas glândulas 
mamárias. 
 Os corticotrofos secretam hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), também 
conhecido como corticotrofina, que estimula o 
córtex da glândula suprarrenal a secretar 
glicocorticoides como cortisol. Alguns 
corticotrofos, remanescentes da parte 
intermédia, também secretam hormônio 
melanócitoestimulante (MSH). 
 O cortisol secretado pelo córtex da 
glândula suprarrenal suprime a secreção 
de CRH e ACTH 
Controle da secreção pela adenohipófise 
1. células neurossecretoras no 
hipotálamo secretam cinco hormônios 
liberadores, que estimulam a 
secreção de hormôniosda adeno-
hipófise, e dois hormônios inibidores, 
que suprimem a secreção de 
hormônios da adenohipófise. 
2. O feedback negativo na forma de 
hormônios liberados pelas glândulas-
alvo diminui secreções de três tipos 
de células da adenohipófise. Nessas 
alças de retroalimentação negativa, 
a atividade secretora dos tireotrofos, 
gonadotrofos e corticotrofos diminui 
quando os níveis sanguíneos dos 
hormônios das suas glândulasalvo se 
elevam. Por exemplo, o ACTH estimula 
o córtex das glândulas suprarrenais 
a secretar glicocorticoides, 
principalmente cortisol. Por sua vez, o 
nível elevado de cortisol diminui a 
secreção tanto de corticotrofina 
quanto de hormônio liberador de 
corticotrofina (CRH) pela supressão 
da atividade dos corticotrofos da 
adenohipófise e das células 
neurossecretoras do hipotálamo. 
Hormônio do crescimento e fatores de 
crescimento insulinosímiles 
Os somatotrofos são as células mais numerosas 
na adenohipófise e o hormônio do crescimento 
(GH) é o hormônio mais abundante da adeno-
hipófise. A principal função do GH é promover 
a síntese e a secreção de pequenos hormônios 
proteicos chamados fatores de crescimento 
insulinosímiles ou somatomedinas. Em resposta 
ao hormônio do crescimento, as células no 
fígado, no músculo esquelético, na cartilagem, 
nos ossos e em outros tecidos secretam fatores 
de crescimento insulinosímiles (IGFs), que podem 
entrar na corrente sanguínea a partir do 
fígado ou atuar de maneira local em outros 
tecidos como autócrinos ou parácrinos. 
As funções dos IGF são: 
1. Os IGF fazem com que as células 
cresçam e se multipliquem pela 
intensificação da captação de 
aminoácidos nas células e aceleração 
da síntese proteica. Os IGF também 
reduzem a degradação de proteínas e 
o uso de aminoácidos para a produção 
de ATP. Devido a esses efeitos dos IGF, 
o hormônio do crescimento aumenta a 
taxa de crescimento do esqueleto e dos 
músculos esqueléticos durante a infância 
e a adolescência. Em adultos, o 
hormônio do crescimento e os IGF 
ajudam a manter a massa dos músculos 
e ossos e promovem a cicatrização de 
lesões e o reparo tecidual. 
2. Os IGF também intensificam a lipólise no 
tecido adiposo, aumentando o uso dos 
ácidos graxos liberados para a 
produção de ATP pelas células 
corporais. 
3. Além de afetar o metabolismo proteico e 
lipídico, o hormônio do crescimento e os 
IGF influenciam o metabolismo dos 
carboidratos pela redução da 
captação de glicose, diminuindo o uso 
de glicose para a produção de ATP 
pela maioria das células corporais. Essa 
ação economiza glicose de forma a 
deixála disponível aos neurônios para 
produzir ATP nos períodos de escassez 
de glicose. Os IGF e o hormônio do 
crescimento também podem estimular os 
hepatócitos a liberar glicose no sangue. 
Os somatotrofos na adenohipófise liberam 
pulsos de hormônio do crescimento em 
intervalos de poucas horas, especialmente 
durante o sono. Sua atividade secretora é 
controlada principalmente por dois hormônios 
hipotalâmicos: (1) o hormônio liberador do 
hormônio do crescimento (GHRH), que promove 
a secreção do GH, e (2) o hormônio inibidor do 
hormônio do crescimento (GHIH), que o suprime. 
O principal regulador da secreção de GHRH e 
de GHIH é o nível de glicose sanguínea: 
1. A hipoglicemia, uma concentração 
sanguínea de glicose anormalmente 
baixa, estimula o hipotálamo a secretar 
GHRH, que flui em sentido à adeno-
hipófise nas veias portohipofisárias. 
2. Ao chegar à adenohipófise, o GHRH 
estimula os somatotrofos a liberar 
hormônio do crescimento humano. 
3. O hormônio do crescimento estimula a 
secreção de fatores do crescimento 
insulinosímiles, que aceleram a 
degradação de glicogênio hepático 
em glicose, fazendo com que a glicose 
entre no sangue com mais rapidez. 
4. Consequentemente, a glicemia se eleva 
ao nível normal (cerca de 90 mg/100 mℓ 
de plasma sanguíneo). 
5. A elevação da glicemia acima do nível 
normal inibe a liberação de GHRH. 
6. A hiperglicemia, uma concentração 
sanguínea de glicose anormalmente 
elevada, estimula o hipotálamo a 
secretar GHIH (ao mesmo tempo que 
inibe a secreção de GHRH). 
7. Ao chegar à adenohipófise no sangue 
portal, o GHIH inibe a secreção de 
hormônio do crescimento pelos 
somatotrofos. 
8. Níveis baixos de GH e IGF retardam a 
degradação de glicogênio no fígado e 
a glicose é liberada no sangue mais 
lentamente. 
9. A glicemia cai para o nível normal. 
10. A queda da glicemia abaixo do nível 
normal (hipoglicemia) inibe a liberação 
de GHIH. 
 
Outros estímulos que promovem a secreção 
do hormônio do crescimento são diminuição 
de ácidos graxos e aumento de 
aminoácidos no sangue; sono profundo 
(estágios 3 e 4 do sono não REM); 
intensificação da atividade da parte 
simpática da divisão autônoma do sistema 
nervoso, como pode ocorrer durante o 
estresse ou exercícios físicos vigorosos; e 
outros hormônios, inclusive glucagon, 
estrogênios, cortisol e insulina. Os fatores 
que inibem a secreção do hormônio do 
crescimento humano são nível sanguíneo 
mais elevado de ácidos graxos e mais 
baixo de aminoácidos; sono de movimento 
rápido dos olhos; privação emocional; 
obesidade; baixos níveis de hormônios da 
tireoide; e hormônio do crescimento 
propriamente dito (por meio de feedback 
negativo). O hormônio inibidor do hormônio 
do crescimento (GHIH), alternativamente 
conhecido como somatostatina, também 
inibe a secreção do hormônio do 
crescimento. 
 
NEURO-HIPÓFISE 
Embora não sintetize hormônios, a neuro-
hipófise armazena e libera dois hormônios. É 
composta por axônios e terminais axônicos 
de mais de 10.000 células hipotalâmicas 
neurossecretoras. Os corpos celulares das 
células neurossecretoras se encontram nos 
núcleos paraventricular e supraóptico do 
hipotálamo; seus axônios formam o trato 
hipotálamohipofisial. Esse trato começa no 
hipotálamo e termina perto de capilares 
sanguíneos na neurohipófise. Os corpos das 
células neuronais dos dois núcleos 
paraventricular e supraóptico sintetizam o 
hormônio ocitocina (OT) e o hormônio 
antidiurético (ADH), também chamado de 
vasopressina. Os terminais axônicos na 
neurohipófise são associados à neuróglia 
especializada chamada de pituitócitos. 
Essas células apresentam uma função de 
suporte similar a dos astrócitos. 
Após sua produção nos corpos celulares 
das células neurossecretoras, a ocitocina e 
o hormônio antidiurético são envolvidos em 
vesículas secretoras, que se movimentam por 
transporte axônico rápido até os terminais 
axônicos na neurohipófise, onde são 
armazenados até que 
impulsos nervosos 
desencadeiam a 
exocitose e a 
liberação hormonal. 
O sangue chega à 
neurohipófise pelas 
artérias hipofisárias 
inferiores, ramos da 
artéria carótida 
interna. Na 
neurohipófise, as 
artérias hipofisárias 
inferiores drenam para 
o plexo capilar do 
infundíbulo, uma rede 
capilar que recebe a 
ocitocina e o 
hormônio antidiurético 
secretados. Desse 
plexo, os hormônios 
passam para as veias 
portohipofisárias 
posteriores para 
serem distribuídos às 
célulasalvo em outros 
tecidos. 
Controle da secreção pela neurohipófise 
OCITOCINA. Durante e depois do parto, a 
ocitocina atua em dois tecidosalvo: o útero e 
as mamas da mãe. Durante o parto, o 
alongamento do colo do útero estimula a 
liberação de ocitocina, que, por sua vez, 
intensifica a contração das células musculares 
lisas da parede uterina; depois do parto, a 
ocitocina estimula a ejeção de leite (“descida”) 
das glândulas mamárias em resposta ao 
estímulo mecânico produzido pela sucção do 
bebê. A função da ocitocina em homens e 
mulheres não grávidas não é clara. 
Experimentos realizados em animais sugerem 
que a ocitocina exerça ações no encéfalo que 
promovem o comportamento parental de 
cuidado em relação ao filho. Também pode ser 
responsável, emparte, pelas sensações de 
prazer sexual durante e depois do intercurso. 
 
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO 
Como o próprio nome sugere, um antidiurético 
é uma substância que diminui a produção de 
urina. O HAD faz com que os rins devolvam mais 
água ao sangue, diminuindo, desse modo, o 
volume urinário. Na ausência de HAD o débito 
urinário aumenta mais de 10 vezes, passando 
do normal 1 ou 2 dois litros para cerca de 20 ℓ 
por dia. Muitas vezes, a ingestão de álcool 
causa micção frequente e copiosa porque o 
álcool inibe a secreção de hormônio 
antidiurético. O HAD também diminui a perda 
de água pela sudorese e causa constrição 
das arteríolas, o que eleva a pressão do 
sangue. O outro nome desse hormônio, 
vasopressina, traduz esse efeito sobre a 
pressão arterial. 
A quantidade de HAD secretado varia com a 
pressão osmótica do sangue e com o volume 
sanguíneo. 
1. A pressão osmótica sanguínea alta (ou 
diminuição do volume sanguíneo) – 
devido a desidratação ou um declínio 
no volume sanguíneo em decorrência de 
hemorragia, diarreia ou sudorese 
excessiva – estimula os osmorreceptores, 
neurônios no hipotálamo que monitoram 
a pressão osmótica do sangue. A 
pressão osmótica sanguínea elevada 
ativa os osmorreceptores diretamente; 
eles também recebem estímulo 
excitatório de outras áreas encefálicas 
quando o volume de sangue diminui. 
2. Os osmorreceptores ativam as células 
hipotalâmicas neurossecretoras que 
sintetizam e liberam hormônio 
antidiurético. 
3. Quando as células neurossecretoras 
recebem estímulo excitatório dos 
osmorreceptores, elas geram impulsos 
nervosos que promovem a exocitose das 
vesículas cheias de hormônio 
antidiurético nos seus terminais axônicos 
na neurohipófise. Isso libera hormônio 
antidiurético, que se difunde para os 
capilares sanguíneos da neurohipófise. 
4. O sangue transporta hormônio 
antidiurético para três tecidosalvo: rins, 
glândulas sudoríferas (suor) e 
musculatura lisa das paredes dos vasos 
sanguíneos. Os rins respondem retendo 
mais água, o que reduz o débito 
urinário. A atividade secretora das 
glândulas sudoríferas diminui, o que 
restringe a taxa de perda de água 
pela perspiração da pele. A 
musculatura lisa nas paredes das 
arteríolas contrai em resposta aos 
elevados níveis de hormônio 
antidiurético, causando constrição 
desses vasos sanguíneos e elevando a 
pressão sanguínea. 
5. A baixa pressão osmótica do sangue 
(ou aumento do volume sanguíneo) inibe 
os osmorreceptores. 
6. A inibição dos osmorreceptores reduz 
ou cessa a secreção de hormônio 
antidiurético. Os rins retêm menos água, 
formando um volume maior de urina, a 
atividade secretora das glândulas 
sudoríferas se intensifica e as arteríolas 
se dilatam. O volume de sangue e a 
pressão osmótica dos líquidos corporais 
voltam ao normal. 
A secreção de HAD também pode ser alterada 
de outras maneiras. Dor, estresse, trauma, 
ansiedade, acetilcolina, nicotina e substâncias 
como morfina, tranquilizantes e alguns 
anestésicos estimulam a secreção de HAD. O 
efeito desidratante do álcool etílico, que já foi 
mencionado, pode causar tanto a sede 
quanto a cefaleia típicas da ressaca. A 
hipossecreção de HAD ou receptores não 
funcionais de HAD causam diabetes insípido. 
 
Função do Hipotálamo 
Por muitos anos, a glândula hipófise foi 
chamada de glândula endócrina “mestra” 
porque secreta vários hormônios que controlam 
outras glândulas endócrinas. Hoje, sabemos 
que a hipófise propriamente dita tem um mestre 
– o hipotálamo. Essa pequena região do 
encéfalo abaixo do tálamo é a principal 
conexão entre os sistemas nervoso e endócrino. 
As células no hipotálamo sintetizam, pelo menos, 
nove hormônios diferentes e a hipófise secreta 
sete. Juntos, esses hormônios desempenham 
funções importantes na regulação de 
praticamente todos os aspectos do 
crescimento, desenvolvimento, metabolismo e 
homeostasia. 
Os hormônios hipotalâmicos são uma 
importante ligação entre os sistemas nervoso e 
endócrino. 
Regulação hormonal 
A liberação da maioria dos hormônios ocorre 
em salvas breves, com pouca ou nenhuma 
secreção entre as salvas. Quando estimulada, 
uma glândula endócrina libera seus hormônios 
em salvas mais frequentes, aumentando a 
concentração sanguínea do hormônio. Na 
ausência de estimulação, o nível sanguíneo do 
hormônio diminui. A regulação da secreção 
normalmente evita a produção excessiva ou 
insuficiente de qualquer hormônio, ajudando a 
manter a homeostasia. 
A secreção hormonal é regulada por (1) sinais 
do sistema nervoso, (2) alterações químicas no 
sangue e (3) outros hormônios. Por exemplo, 
impulsos nervosos para a medula da glândula 
suprarrenal regulam a liberação de epinefrina; 
o nível sanguíneo de Ca 2+ regula a secreção 
de paratormônio (PTH); um hormônio da adeno-
hipófise (hormônio-adrenocorticotrófico) 
estimula a liberação de cortisol pelo córtex da 
glândula suprarrenal. A maioria dos sistemas 
regulatórios hormonais atua via feedback 
negativo, porém alguns operam por feedback 
positivo.

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