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Sistema Endócrino e Feedback Hormonal

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GLÂNDULA HIPÓFISE: 
A hipófise propriamente dita é o hipotálamo, pois é ele 
que secreta os hormônios que controlam outras glândulas 
endócrinas. As células do hipotálamo secretam nove tipos 
de hormônios. 
A glândula da hipófise se localiza na fossa hipofisial da 
sela turca do esfenoide e se fixa ao hipotálamo por um 
pedículo. Ela se divide em duas porções: a adeno-hipófise 
e a neuro-hipófise. 
A parte intermédia é uma terceira região da hipófise que 
está presente apenas no desenvolvimento fetal. 
ADENO-HIPÓFISE: 
A adeno-hipófise é responsável por secretar hormônios 
que regulam uma ampla variedade de atividades 
corporais, desde o crescimento até a reprodução. 
Ela compõe 75% do peso total da glândula e é composta 
por tecido epitelial. Também se subdivide em uma parte 
distal (maior) e uma parte tuberal (bainha ao redor do 
infundíbulo). 
Os hormônios hipotalâmicos desempenham uma 
importante conexão entre os sistemas endócrino e 
nervoso, pois os hormônios liberadores são responsáveis 
por estimular a liberação de hormônios da adeno-hipófise 
e os inibidores são responsáveis por suprimir a liberação 
desses hormônios. 
SISTEMA PORTA HIPOFISÁRIO: 
O sistema porta hipofisário é quem recebe os hormônios 
hipotalâmicos na adeno-hipófise. 
Nesse sistema o sangue flui de uma rede de capilares 
(capilares do hipotálamo) para uma veia porta, depois vai 
para uma segunda rede de capilares (capilares da adeno-
hipófise) até retornar ao coração. 
As artérias hipofisárias superiores são ramos das 
artérias carótidas internas e levam sangue para o 
hipotálamo. 
Na junção entre a eminência mediana do hipotálamo e o 
infundíbulo forma-se a rede capilar do plexo primário do 
sistema porta hipofisário. 
Dessa rede, o sangue é drenado para as veias porto-
hipofisárias, que passam por baixo do infundíbulo, e na 
adeno-hipófise essas veias se ramificam, formando o 
plexo secundário do sistema porta hipofisário. 
Acima do quiasma óptico há as células neurossecretoras, 
que são grupos de neurônios sintetizadores de hormônio 
hipotalâmicos liberadores e inibidores, além dos hormônios 
em vesículas para alcançarem os terminais axônicos. 
Os impulsos nervosos promovem a exocitose dessas 
vesículas. 
Após isso, os hormônios se difundem para o plexo 
primário do sistema porta hipofisário, depois para a veia 
porto-hipofisária e para o plexo secundário, possibilitando 
que os hormônios hipotalâmicos atuem nas células da 
adeno-hipófise, antes de serem diluídos ou destruídos na 
circulação. 
Os hormônios secretados pela adeno-hipófise passam 
pelos capilares do plexo secundário, que drenam para as 
veias porto-hipofisárias anteriores e depois para fora na 
circulação geral viajando para os tecido-salvo ao longo do 
corpo. 
*Os hormônios da adeno-hipófise que atuam em outras 
glândulas endócrinas são chamados de hormônios 
tróficos ou trofinas* 
CÉLULAS DA ADENO-HIPÓFISE: 
Os cinco tipos de células da adenohipófise são os 
somatotrofos, tireotrofos, gonadotrofos, lactotrofos e 
corticotrofos, e todos secretam sete hormônios. 
1. Os somatotrofos secretam hormônio do 
crescimento (GH), também conhecido como 
somatotrofina. 
O hormônio do crescimento, por sua vez, 
estimula vários tecidos a secretarem fatores de 
crescimento insulinosímiles (IGF), hormônios que 
estimulam o crescimento corporal geral e 
regulam aspectos do metabolismo. 
2. Os tireotrofos secretam hormônio 
tireoestimulante (TSH), também conhecido como 
tireotrofina. O TSH controla as secreções e 
outras atividades da glândula tireoide. 
3. Os gonadotrofos secretam duas gonadotrofinas: 
hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio 
luteinizante (LH). O FSH e o LH atuam nas 
gônadas. 
Eles estimulam a secreção de estrogênios e 
progesterona e a maturação de ovócitos nos 
ovários, além de estimularem a produção de 
espermatozoides e a secreção de testosterona 
nos testículos. 
4. Os lactotrofos secretam prolactina (PRL), que 
inicia a produção de leite nas glândulas mamárias. 
5. Os corticotrofos secretam hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), também conhecido 
como corticotrofina, que estimula o córtex da 
glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides 
como cortisol. 
Alguns corticotrofos, remanescentes da parte 
intermédia, também secretam hormônio 
melanócito estimulante (MSH). 
FISIOLOGIA DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO: 
O hormônio do crescimento (GH) é o hormônio mais 
abundante da adenohipófise. 
A principal função do GH é promover a síntese e a 
secreção de pequenos hormônios proteicos chamados 
fatores de crescimento insulinosímiles ou somatomedinas. 
Em resposta ao hormônio do crescimento, as células no 
fígado, músculo esquelético, cartilagem, ossos e em 
outros tecidos secretam fatores de crescimento 
insulinosímiles (IGFs). 
Esses fatores de crescimento podem entrar na 
corrente sanguínea a partir do fígado ou atuar de 
maneira local em outros tecidos como autócrinos ou 
parácrinos. 
As funções dos IGF são: 
1- Os IGF fazem com que as células cresçam e se 
multipliquem pela intensificação da captação de 
aminoácidos nas células e aceleração da síntese 
proteica. 
2- Reduzem a degradação de proteínas e o uso de 
aminoácidos para a produção de ATP. 
Devido a esses efeitos dos IGF, o hormônio do 
crescimento aumenta a taxa de crescimento do 
esqueleto e dos músculos esqueléticos durante a 
infância e a adolescência. 
3- Em adultos, o hormônio do crescimento e os IGF 
ajudam a manter a massa dos músculos e ossos 
e promovem a cicatrização de lesões e o reparo 
tecidual. 
4- Os IGF também intensificam a lipólise no tecido 
adiposo, aumentando o uso dos ácidos graxos 
liberados para a produção de ATP pelas células 
corporais. 
5- Efetuam o metabolismo proteico e lipídico pela 
redução da captação de glicose, diminuindo o uso 
de glicose para a produção de ATP pela maioria 
das células corporais. 
Essa ação economiza glicose de forma a deixá-la 
disponível aos neurônios para produzir ATP nos 
períodos de escassez de glicose. 
6- Os IGF e o hormônio do crescimento também 
podem estimular os hepatócitos a liberar glicose 
no sangue. 
CONTROLE DE SECRAÇÃO PELA ADENO-HIPÓFISE: 
O controle de secreção pela adeno-hipófise ocorre de 
duas maneiras distintas. 
Na primeira, células neurossecretoras no hipotálamo 
secretam cinco hormônios liberadores, que estimulam a 
secreção de hormônios da adenohipófise, e dois 
hormônios inibidores, que suprimem a secreção de 
hormônios da adenohipófise. 
Na segunda, o feedback negativo na forma de hormônios 
liberados pelas glândulas-alvo diminui secreções de três 
tipos de células da adenohipófise. 
Nessas alças de retroalimentação negativa, a atividade 
secretora dos tireotrofos, gonadotrofos e corticotrofos 
diminui quando os níveis sanguíneos dos hormônios das 
suas glândulas alvo se elevam. 
NEUROHIPÓFISE: 
A neurohipófise, embora não sintetize hormônios, 
armazena e libera dois hormônios. 
É composta por axônios e terminais axônicos de mais de 
10.000 células hipotalâmicas neurossecretoras. 
Os corpos celulares das células neurossecretoras se 
encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do 
hipotálamo e seus axônios formam o trato 
hipotálamohipofisial. 
Esse trato começa no hipotálamo e termina perto de 
capilares sanguíneos na neurohipófise. 
Os corpos das células neuronais dos dois núcleos 
paraventricular e supraóptico sintetizam o hormônio 
ocitocina (OT) e o hormônio antidiurético (ADH), também 
chamado de vasopressina. 
Após sua produção nos corpos celulares das células 
neurossecretoras, a ocitocina e o hormônio antidiurético 
são envolvidos em vesículas secretoras, que se 
movimentam por transporte axônico rápido até os 
terminais axônicos na neurohipófise, onde são 
armazenados até que impulsos nervosos desencadeiam a 
exocitose e a liberação hormonal. 
OCITOCINA (OT): 
A ocitocina (OT), durante e depois do parto, atua em dois 
tecidos alvo: o útero e as mamas da mãe. 
Durante o parto, o alongamento do colodo útero estimula 
a liberação de ocitocina, que, por sua vez, intensifica a 
contração das células musculares lisas da parede uterina. 
Depois do parto, a ocitocina estimula a ejeção de leite 
(“descida”) das glândulas mamárias em resposta ao 
estímulo mecânico produzido pela sucção do bebê. 
A função da ocitocina em homens e mulheres não 
grávidas não é clara. 
Alguns experimentos realizados em animais sugerem que 
a ocitocina exerça ações no encéfalo que promovem o 
comportamento parental de cuidado em relação ao filho. 
Também pode ser responsável, em parte, pelas 
sensações de prazer sexual durante e depois do 
intercurso. 
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH): 
O hormônio antidiurético (ADH) é responsável por diminuir 
a produção de urina. 
Ele faz com que os rins devolvam mais água ao sangue, 
diminuindo, desse modo, o volume urinário. 
Na ausência de HAD o débito urinário aumenta mais de 10 
vezes, passando do normal 1 ou 2 dois litros para cerca 
de 20 litros por dia. 
Muitas vezes, a ingestão de álcool causa micção 
frequente e copiosa porque o álcool inibe a secreção de 
hormônio antidiurético. 
Ele também diminui a perda de água pela sudorese e 
causa constrição das arteríolas, o que eleva a pressão do 
sangue, e é por isso que esse hormônio recebe outro 
nome, que é a vasopressina. 
A quantidade de HAD secretado varia com a pressão 
osmótica do sangue e com o volume sanguíneo. 
A pressão osmótica sanguínea alta (ou diminuição do 
volume sanguíneo) estimula os osmorreceptores 
(neurônios no hipotálamo que monitoram a pressão 
osmótica do sangue). 
Eles também recebem estímulo excitatório de outras 
áreas encefálicas quando o volume de sangue diminui. 
Os osmorreceptores ativam as células hipotalâmicas 
neurossecretoras que sintetizam e liberam hormônio 
antidiurético. 
Quando as células neurossecretoras recebem estímulo 
excitatório dos osmorreceptores, elas geram impulsos 
nervosos que promovem a exocitose das vesículas cheias 
de hormônio antidiurético nos seus terminais axônicos na 
neurohipófise. 
Isso libera hormônio antidiurético, que se difunde para os 
capilares sanguíneos da neurohipófise. 
O sangue transporta hormônio antidiurético para três 
tecidos alvo: rins, glândulas sudoríferas (suor) e 
musculatura lisa das paredes dos vasos sanguíneos. 
Os rins respondem retendo mais água, o que reduz o 
débito urinário. 
A atividade secretora das glândulas sudoríferas diminui, o 
que restringe a taxa de perda de água pela perspiração 
da pele. 
A musculatura lisa nas paredes das arteríolas contrai em 
resposta aos elevados níveis de hormônio antidiurético, 
causando constrição desses vasos sanguíneos e elevando 
a pressão sanguínea. 
A baixa pressão osmótica do sangue (ou aumento do 
volume sanguíneo) inibe os osmorreceptores. 
A inibição dos osmorreceptores reduz ou cessa a 
secreção de hormônio antidiurético. 
Os rins retêm menos água, formando um volume maior 
de urina. 
A atividade secretora das glândulas sudoríferas se 
intensifica e as arteríolas se dilatam. 
O volume de sangue e a pressão osmótica dos líquidos 
corporais volta ao normal. 
A secreção de HAD também pode ser alterada de outras 
maneiras como a dor, estresse, trauma, ansiedade, 
acetilcolina, nicotina e substâncias como morfina, 
tranquilizantes e alguns anestésicos estimulam a 
secreção de HAD. 
FEEDBACKS HORMONAIS: 
Os hormônios influenciam suas células-alvo por meio de 
ligações a receptores químicos específicos. 
Apenas as células-alvo de um dado hormônio possuem 
receptores que se ligam e reconhecem aquele hormônio. 
Esses receptores são constantemente sintetizados e 
degradados. 
Se a concentração de um hormônio estiver muito elevada, 
o número de receptores na célula-alvo pode diminuir 
(infrarregulação), tornando a célula menos sensível ao 
hormônio. 
Já quando a concentração do hormônio está baixa, os 
números de receptores na célula podem aumentar 
(suprarregulação) tornando a célula mais sensível ao 
hormônio. 
Os hormônios circulantes são aqueles que passam das 
células secretoras que os produzem para o líquido 
intersticial e depois para o sangue. 
Já os hormônios locais atuam nas células vizinhas ou nas 
mesmas células que os secretam, sem primeiro entrar 
na corrente sanguínea. 
Os que atuam nas células vizinhas são parácrinos e os 
que atuam na mesma célula que o secreta são autócrinos. 
A produção hormonal se baseia no equilíbrio entre 
estímulo e inibição da síntese e secreção do hormônio. 
Este equilíbrio tem como base funcional o mecanismo de 
feedback (ou retroalimentação), negativo na maioria dos 
sistemas hormonais e tem por objetivo assegurar o nível 
apropriado de atividade hormonal no tecido – alvo. 
Para isso, uma vez que a concentração do hormônio 
aumente, são ativados mecanismo inibidores da sua 
produção (retroalimentação negativa); e, uma vez que a 
concentração do hormônio diminua, são ativados 
mecanismos estimuladores da sua produção 
(retroalimentação positiva), mas são poucos os casos em 
que isso acontece. 
Dessa maneira, ao longo do tempo, a concentração do 
hormônio se mantém oscilando em torno de um valor 
constante, o que chamamos de manutenção do equilíbrio 
de secreção. 
De forma geral, as glândulas endócrinas tendem a 
hipersecretar o hormônio, que controla a função da 
célula-alvo. 
Quando há o excesso de ações hormonais sobre a célula-
alvo, as condições ou os produtos resultantes dão 
feedback para a glândula endócrina e causam um efeito 
negativo sobre a glândula, diminuindo sua taxa de 
secreção. 
FEEDBACK NEGATIVO: 
O feedback negativo consiste em um mecanismo que 
reduz um certo estímulo, revertendo a direção da 
mudança, ou seja, um estímulo contrário àquele que levou 
ao desequilíbrio. 
Se algum fator se torna excessivo ou deficiente, um 
sistema de controle inicia um feedback negativo que 
consiste em uma série de alterações que restabelecem 
o valor médio do fator, mantendo, assim, a homeostasia. 
O ganho do sistema é calculado pela seguinte fórmula: 
Ganho = correção/erro. 
O controle da pressão sanguínea é feito por feedback 
negativo. Quando ela está abaixo do normal, o corpo 
percebe que houve um desequilíbrio e iniciam-se os 
processos, que voltam a pressão sanguínea aos valores 
adequados. 
 
 
FEEDBACK POSITIVO: 
O feedback positivo consiste no aumento do estímulo que 
gera desequilíbrio, fazendo com que os valores estejam 
cada vez mais diferentes do padrão. 
Pode causar danos ao corpo, uma vez que não programa 
o organismo para voltar ao estado de estabilidade. 
As contrações uterinas no momento do parto são um 
exemplo de feedback positivo útil. 
Na hora do parto, as contrações da musculatura uterina 
aumentam devido ao aumento da produção de ocitocina. 
Quanto mais contrações, mais ocitocina é produzida e 
mais contrações são realizadas. 
REFERÊNCIAS: 
GUYTON, A.C. e Hall J.E.; “Tratado de Fisiologia Médica”. 
Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 
DRAKE, R. L.; VOGL, W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s: 
Anatomia clínica para estudantes. 2ª ed. Rio de Janeiro-
RJ: Elsevier, 2005. 
MEDEIROS, R. J. D.; SOUSA, M. S. C. Compreendendo o 
hormônio do crescimento nos âmbitos da saúde, 
desenvolvimento e desempenho físico. Revista da 
Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, 
2008. 
VERONEZ, D. A. L.; VIEIRA, M. P. M. M. Abordagem 
morfofuncional do sistema endócrino. Universidade 
Federal de Uberlândia (UFU), 2012.

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