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Prof. Flavio Santarelli UNIDADE I Gestão Estratégica de Custos e Formação de Preços Introdução à Gestão de Custos. Tipos comuns de custos. A Gestão Estratégica de Custos. Objetivos e práticas da Gestão Estratégica de Custos. Introdução à Classificação de Custos. Custo Total e Custo Unitário. Custos Variáveis e Custos Fixos. Custos Diretos e Custos Indiretos. Custo Predeterminado (ou custo padrão). Custo Real (ou custo histórico). Conhecimentos que serão abordados na Unidade I: Os empreendedores que se arriscam no mundo dos negócios invariavelmente descobrem que há diversos custeios para o funcionamento de uma empresa. Porém, boa parte deles desconhece ou simplesmente ignora a importância de se realizar uma ampla e eficiente gestão de custos. No menosprezo de se atentar aos números relacionados ao custo total de funcionamento do negócio habita uma dos maiores ameaças para qualquer empreendedor: o descontrole financeiro e a temida falência do empreendimento. A gestão de custos, também conhecida como contabilidade de custos, implica no controle de todo o montante despendido pelo empreendimento na elaboração dos seus produtos ou serviços. Em palavras mais simples, significa gerenciar todos os gastos efetuados para manter o funcionamento do negócio. Compreender e aplicar bem suas diretrizes permitirá ao empreendedor uma alta sustentabilidade do negócio, sobrevivência e maior competitividade global. Introdução à Gestão de Custos Gerenciar e controlar bem todos os gastos que mantêm a empresa em pleno funcionamento possibilita aos empreendedores a elaboração de estratégias mais eficientes e soluções mais eficazes para fortalecimento do negócio. A Formação de Preço, por exemplo, se constitui como uma das estratégias mais importantes para o empreendimento, pois com ela é possível determinar com máxima eficiência o preço correto de cada produto ou serviço que é negociado pela empresa, maximizando assim o lucro real proveniente de cada item comercializado. Introdução à Gestão de Custos Existem os mais diversos tipos de custos que uma empresa necessita para funcionar, os mais comuns que podemos citar: Insumos e matérias-primas; Aluguéis; Energia elétrica e utilização de água; Contas telefônicas e gastos com internet; Salários, premiações e comissões; Prevenção e manutenção de equipamentos e maquinários; Impostos, taxas e tributações; Materiais de limpeza geral; Materiais de escritório. Tipos comuns de custos Qual das alternativas a seguir não representa um gasto para o funcionamento de uma empresa, independente do seu porte ou tamanho? a) Aluguel. b) Salário. c) Insumos. d) Lucro. e) Impostos e tributos. Interatividade Qual das alternativas a seguir não representa um gasto para o funcionamento de uma empresa, independente do seu porte ou tamanho? a) Aluguel. b) Salário. c) Insumos. d) Lucro. e) Impostos e tributos. Resposta Perceba que foi introduzido ao conceito de Gestão de Custos a palavra “Estratégica”. Isso se aplicou devido ao conceito ter evoluído ao longo do tempo, se adaptando às novas ferramentas e tecnologias, possibilitando maior controle e melhor tomada de decisão para o sucesso do negócio no que tange aos custos do negócio. A Gestão Estratégica de Custos trata de forma ampla e variada todos os elementos e processos que juntos podem conferir bons resultados nas finanças empresariais. Implantar uma eficiente Gestão Estratégica de Custos é agir em benefício da saúde financeira de uma empresa. Trata-se de um processo de melhoria contínua que possibilita que as empresas consigam crescer de maneira sustentável e possibilita que negócios tenham melhores resultados. Neste modelo de atividade, as empresas estão se aperfeiçoando em seu processo de tomada de decisão para promover ações ainda mais imponentes de vantagem competitiva. Conceitos da Gestão Estratégica de Custos “Secar a torneira” é a ordem nas empresas. Um dos maiores problemas, em geral, é o desperdício e os gastos excessivos por má gestão. Hoje em dia o que se busca são formas de encontrar soluções para evitar ou reduzir as perdas e/ou os desperdícios. Eliminando despesas desnecessárias possibilita à empresa ofertar produtos e serviços com preços mais atrativos no mercado. Gastando menos, inovando mais e aumentando os lucros. Ressaltando que nos dias atuais, com todos os recursos tecnológicos existentes e o eminente crescimento da ciência de dados, muitas empresas vêm empregando boa parte dos seus lucros em processos de pesquisas, inovação e em projetos para criação de novos produtos e serviços que atendam aos anseios dos consumidores. Objetivos e práticas da Gestão Estratégica de Custos Fonte: pixabay.com/pt/vectors/água-ar- combina-dígrafos-gotejamento-1295981 Vejamos alguns dos principais objetivos da Gestão Estratégica de Custos: Maior eficiência no controle de gastos do negócio; Descobrir e eliminar desperdícios e custos desnecessários, ou diminuí-los; Fornecer informações para a tomada de decisões; Fornecer informações sobre o desempenho de diversas atividades da empresa; Redução vital dos riscos financeiros; Ampliação sucessiva da lucratividade; Formação assertiva de preços; Maior competitividade de mercado; Controle de custos de produção e operação. Objetivos e práticas da Gestão Estratégica de Custos “Trata-se de um processo de melhoria contínua que possibilita que as empresas consigam crescer de maneira sustentável e possibilita que negócios tenham melhores resultados”. Qual processo contábil inovador empresarial estamos citando? a) Lucratividade. b) Gestão estratégica de custos. c) Formação de preços. d) Lucratividade e rentabilidade. e) Gestão de preços. Interatividade “Trata-se de um processo de melhoria contínua que possibilita que as empresas consigam crescer de maneira sustentável e possibilita que negócios tenham melhores resultados”. Qual processo contábil inovador empresarial estamos citando? a) Lucratividade. b) Gestão estratégica de custos. c) Formação de preços. d) Lucratividade e rentabilidade. e) Gestão de preços. Resposta Sobre gestão estratégica de custos, é importante compreender bem alguns termos comuns: Controle: domínio das situações e interesses relacionados aos controles financeiros; Gasto: montante monetário envolvido para transformação de um produto ou serviço; Desembolso: refere-se a todas as saídas de valor monetário do caixa para realizar o pagamento de alguma aquisição realizada à vista, ou a prazo até liquidação total da dívida. Investimento: significa empregar um patrimônio que se possui no presente (dinheiro, por exemplo) para obter no futuro um retorno positivo de crescimento sobre este patrimônio; Custo: valor financeiro para a aquisição ou fabricação de produto ou serviço; Despesa: desembolso necessário para manter a estrutura do negócio funcionando; Desperdício: é a forma de esbanjamento ou desaproveitamento de algum recurso; Perda: trata-se da privação de algo que se possuía. Introdução à Classificação de Custos Megliorini (2007) cita que custos são uma condição essencial para administrar uma empresa, independente do tipo: Comercial, industrial ou prestadora de serviços; ou do porte: pequena, média ou grande. A regra diz que o processo simplificado para diminuir custos e ter uma gestão de custos efetiva é necessário: “Evitar custos – Reduzir Perdas – Eliminar Desperdícios e Combater Erros e Falhas”. Um processo eficiente de gestão de custos depende de muita disciplina, prática e empenho de toda a empresa. Isso inclui a capacidade de analisar os procedimentos financeiros com regularidade, bem como a visualização de oportunidades de investimentos. Introdução à Classificação de Custos Custo é valor financeiro empenhado na obtenção de elementos para produção de umbem ou criação e desenvolvimento de um serviço. Não deve em hipótese alguma ser confundido com “preço” ou com “despesas”. Custos são classificados variavelmente de algumas maneiras diferentes e de acordo com sua finalidade, que podem ser: Em relação à unidade de medida: Custos totais – o todo; Custos unitários – por produto ou por serviço. Em relação ao volume de produção ou vendas: Custos Fixos – não mudam em relação ao tempo; Custos Variáveis – mudam em relação ao tempo. Introdução à Classificação de Custos Em relação ao modo de adequação dos produtos: Custos diretos – custos envolvidos diretamente na fabricação ou na criação dos serviços; Custos indiretos – impactam indiretamente nos custos de fabricação. Em relação ao tempo: Custos históricos – contabilizados por motivos temporais e que, por algum fator, devem ser absolvidos no custo; Custos predeterminados – analisa custos futuros. Introdução à Classificação de Custos Exemplo de esquema de custo de produção Introdução à Classificação de Custos Fluxo de custos. Fonte: Autoria própria. CUSTOS DE PRODUÇÃO CUSTOS INDIRETOS CUSTOS DIRETOS DEPARTAMENTOS AUXILIARES (rateio) PRÓPRIOS OU IDENTIFICADOS (débito direto) COMUNS (rateio) DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS (rateio) PRODUTOS Significa o desembolso necessário para manter a estrutura do negócio funcionando. Cite qual termo contábil tem esse significado. a) Custo. b) Investimento. c) Desembolso d) Gasto. e) Despesa. Interatividade Significa o desembolso necessário para manter a estrutura do negócio funcionando. Cite qual termo contábil tem esse significado. a) Custo. b) Investimento. c) Desembolso d) Gasto. e) Despesa. Resposta Por definição contábil, o termo Custo Total é considerado o elemento que descreve financeiramente todo o montante financeiro utilizado pela empresa. Trata-se da soma dos custos diretos e indiretos e que vai compreender uma visão geral de todos os gastos. É na geração do cálculo deste valor que se apura a totalidade gasta na produção/fabricação de produtos ou no planejamento e desenvolvimento para funcionamento efetivo de um serviço. Custo Unitário: é o valor representativo do custo de cada unidade de insumo. A partir dele que se apura quanto custará a produção unitária de um determinado produto ou serviço. Custo Total e Custo Unitário Custos Variáveis estão diretamente relacionados ao volume de vendas. Da mesma forma que as vendas aumentam, também aumentam os custos variáveis. Quando diminuem as vendas, os custos variáveis consequentemente caem. Como exemplo podemos citar como custos variáveis os custos de mão de obra e de materiais que mudam com as vendas. Custos Fixos são valores que não variam proporcionalmente com o volume de produção ou de vendas realizadas. Ele está ligado aos elementos mais comuns a serem produzidos. Citemos alguns fatores como exemplo: Valores de encargos e salários de funcionários não comissionáveis; Aluguel de ponto de venda, de armazenamento e de fábrica; Depreciação de equipamentos, computadores, maquinário etc. Custos Variáveis e Custos Fixos São considerados Custos Diretos todo o conjunto de gastos realizados para a produção de um bem, produto ou serviço. Seus valores e quantidades geralmente são de fácil identificação, pois são gastos que estão diretamente relacionados à atividade oficial de um negócio. Citamos como exemplo uma empresa comercial; o time de vendas pode não ser considerado como um gasto direto, mas os insumos, a matéria-prima e salário dos funcionários sim. Custos Indiretos são todos os gastos que dependem de cálculos específicos para serem rateados (divididos) em diferentes produtos ou serviços. É assim denominado por ser muito difícil a identificação de seus valores em relação ao que se foi produzido, uma vez que são divididos para fabricação uma diversidade de produtos ao mesmo tempo. Exemplo: salário e comissão de vendedores. Custos Diretos e Custos Indiretos Custo predeterminado (conhecido também como “custo padrão”) é definido como todo o gasto futuro em termos de custos. Seu fundamento consiste numa estimativa antes da existência do gasto real, mas que por elementos estatísticos, de outras produções, apresenta a possibilidade de gastos com o produto, antes de o bem estar produzido. Desta forma, o custo predeterminado compreende um valor ideal (“custo ótimo”) para a produção de produtos e serviços. Custo Predeterminado (ou custo padrão) Custo real (ou custo histórico) é representado pelos registros contábeis de gastos reais pela empresa. É apurado sempre no final do ciclo de produção, quando já se tem notórios os gastos gerais deste processo. Serve também para comparar e ajustar o custo estimado utilizado como base para o planejamento da produção. O contexto deste termo surgiu motivado pela necessidade de se viabilizar um valor correto, predeterminando as variáveis que comporão este custo e de que maneira poderá se mantiver maior tempo possível no mesmo patamar. O Custo Real é todo o esforço e consumo efetivamente realizado no processo produtivo após a fabricação de um produto, este custo contabiliza os gastos reais dos insumos, serviços e mão de obra empregada aos produtos em um determinado período, para posterior analise comparativa com o Custo Padrão. Custo Real (ou custo histórico) Imagine que um empreendimento remunere seus vendedores exclusivamente por meio de um percentual incidente sobre o valor das vendas realizadas. Neste caso, a remuneração dos vendedores, para a empresa, é: a) Despesa Variável. b) Custo Fixo. c) Custo Variável. d) Despesa Fixa. e) Despesa Mista. Interatividade Imagine que um empreendimento remunere seus vendedores exclusivamente por meio de um percentual incidente sobre o valor das vendas realizadas. Neste caso, a remuneração dos vendedores, para a empresa, é: a) Despesa Variável. b) Custo Fixo. c) Custo Variável. d) Despesa Fixa. e) Despesa Mista. Resposta BEULKE, R.; BERTÓ, D. Gestão de custos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. 2. ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2007. SCHER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de Custos. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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