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Técnica Endodôntica

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Estágio Clínico Interdisciplinar 2 - 2022/1 
 ENDODONTIA 
 TÉCNICA ENDODÔNTICA 
 As etapas do tratamento endodôntico são, nessa 
 ordem, diagnóstico, anestesia local, isolamento 
 absoluto, abertura coronária (acesso aos sistema 
 de canais radiculares), preparo químico-mecânico: 
 preparo do terço cervical e médio, odontometria 
 (determinar o comprimento de trabalho) e preparo 
 do terço apical, obturação e restauração final. 
 1 ABERTURA CORONÁRIA 
 O objetivo é acessar os canais radiculares e os 
 princípios básicos são remover todo o tecido 
 cariado, remover todo o teto da câmara pulpar, 
 não desgastar o assoalho da câmara e o 
 instrumento deve entrar da forma mais retilínea 
 possível. 
 Para a abertura coronária, é preciso do (1) ponto 
 de eleição, (2) direção de trepanação, (3) forma de 
 contorno e (4) forma de conveniência. 
 FORMAS DE CONTORNO 
 Incisivos Superiores : triangular com base voltada 
 para incisal. 
 Incisivos Inferiores : triangular com base voltada 
 para incisal (alongado devido ao achatamento 
 mésio-distal da raiz). 
 Canino Superior : forma de lança ou losango. 
 Canino Inferior : mais oval. 
 Primeiro Pré-Molar Superior : 2 raízes e 2 canais, 
 oval com achatamento mésio-distal. 
 Segundo Pré-Molar Superior : 1 raiz mais achatada 
 e 2 canais, oval com achatamento mésio-distal. 
 Pré-Molares Inferiores : circular ligeiramente para 
 mesial. 
 Molares Superiores : 3 raízes (MV, DV e P) e 4 canais 
 (2 mesiais: MV e MP na raiz MV, 1 canal DV e 1 canal 
 P), triangular deslocado para mesial com base 
 vestibular. O segundo molar tem a tendência de 
 ter raízes mais fusionadas. 
 Molares Inferiores : 2 raízes (M e D) e de 3 a 5 
 canais (2 ou 3 na raiz mesial - MV, médio-mesial e 
 ML e 2 na raiz distal - DV e DL), trapezoidal com 
 base maior para mesial. 
 2 PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO 
 Primeiro, faz a radiografia inicial e determina o 
 CAD. Depois, faz a exploração inicial com uma 
 lima de pequeno calibre (8 ou 10) com movimentos 
 de exploração no limite de segurança de CAD-4. 
 Feito para conhecer o canal. 
 O preparo do terço cervical e médio é feito pelo 
 escalonamento progressivo com as LK 40 > 35 > 30 
 > 25 com o cursor na medida do CAD-4. O número 
 de limas depende do diâmetro do canal, ou seja, 
 só vai até a lima que chega em CAD-4. Finaliza-se 
 utilizando as Gates: 
 Gates 1 em CAD-4 
 Gates 2 em CAD-6 
 Gates 3 em CAD-8 
 Para a odontometria , leva um instrumento de 
 pequeno calibre até CAD-2, radiografa, mede a 
 ponta do instrumento até o ápice radiográfico e 
 determina o CRD que corresponde a essa 
 distância + o comprimento de CAD-2. 
 por exemplo: CAD - 2 = 21 mm 
 MEDIDA ACHADA NO RX = 2 mm 
 CRD: 23 mm 
 O comprimento de trabalho é 0.5 mm aquém do 
 CRD (CT = CRD - 0.5). 
 CT = 23 - 0.5 
 CT = 22.5 mm 
 Para a patência , leva uma lima de calibre pequeno 
 (LK 8 ou LK 10) em 1 mm além do comprimento de 
 trabalho (0.5 mm além do forame) (comprimento de 
 patência), mantendo forame apical desobstruído 
 a cada troca de lima. 
 CP = CT + 1 
 CP = 22.5 + 1 = 23.5 
 Estágio Clínico Interdisciplinar 2 - 2022/1 
 Para o preparo do batente apical , seleciona-se 
 primeiro o IAI (instrumento apical inicial), que 
 corresponde a lima mais justa no comprimento de 
 trabalho. Instrumenta geralmente três a mais, 
 lembrando de utilizar o IP, irrigar e aspirar o canal. 
 IAI: 30 + 35 > 40 > 45 (IAF) todos no comprimento de 
 trabalho para batente apical. 
 Para o escalonamento regressivo , utiliza-se 4 
 limas a mais do IAF/IM em CT-1 a cada troca de 
 lima, alternando com IM, IP e irrigação/aspiração. 
 CT = 22.5 mm 
 LK 50: 21.5 mm 
 LK 55: 20.5 mm 
 LK 60: 19.5 mm 
 LK 70: 18.5 mm 
 4 OBTURAÇÃO 
 Faz a prova do cone principal : calibra o cone no 
 IAF. O cone deve passar por três critérios: visual 
 (precisa chegar no CT sem deformar), tátil 
 (travamento no CT) e radiográfico. 
 O protocolo de irrigação final : hipoclorito + EDTA: 
 inunda canal com EDTA, agita com lima 10 por 20 
 segundos (3 vezes) + hipoclorito. 
 → A finalidade do EDTA, antes da obturação e 
 após instrumentação, é remover a smear layer, 
 liberando os túbulos dentinários para penetração 
 do cimento endodôntico. 
 Secagem dos canais com pontas de papel 
 absorvente. 
 Faz a manipulação do cimento, lambuzando-o, em 
 seguida, no cone de guta-percha e leva no canal 
 (2 a 3 vezes). 
 Se necessário, utiliza-se os cones acessórios , 
 sendo com o auxílio de espaçadores digitais que 
 devem chegar no máximo até CT-3. 
 Limpeza da cavidade com microbrush e álcool.

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