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Fundamentos 
Olá, 
Vivemos numa sociedade cada vez mais imediatista, na qual estresse e ansiedade 
tornaram-se comuns a todos. 
O sistema capitalista cobra resultados cada vez maiores e nem sempre as 
organizações investem no bem-estar de seu colaborador. Em casa nossos filhos são 
mais questionadores e cobram nossa atenção de forma muitas vezes mais cruel 
que nossos “chefes”. 
Diante desse cenário, ter uma boa Gestão do Tempo torna-se uma obrigação. 
Esse treinamento foi desenvolvido com o objetivo de tornar mais eficaz a sua 
relação com tarefas, compromissos, anotações e contatos. 
Você gostaria de ter mais tempo em sua vida? Para quê? 
Algumas reflexões sobre Gestão do Tempo... 
“Tempo é dinheiro.” 
Existem ditados que considero bastante infelizes, principalmente se não 
soubermos interpretá-los. O que mais me incomoda na frase acima é o quanto ela 
nos passa uma ideia de trabalho constante. Se o dia tivesse 6 horas a mais, 
trabalharia todas elas para gerar mais dinheiro. Em outro cenário, se conseguir 
reduzir a realização de minhas tarefas em 2 horas, terei novamente mais tempo 
para gerar mais dinheiro. Discordo disso. Boa parte do tempo que podemos gerar 
através de produtividade deve ser destinado a geração de equilíbrio trabalho-lazer, 
não de dinheiro. 
“Isso é coisa para quem é organizado demais.” 
Não há dúvidas que quanto mais habilidade de organização você tiver mais fácil 
será gerenciar seu tempo. Pessoas com alto nível de racionalidade terão uma 
maior aptidão a absorver os conceitos apresentados aqui. Porém, definir-se como 
incapaz de desenvolver técnicas que melhorem sua relação com o tempo já é 
demais. Não se vitimize, nem caia no erro do “eu sou assim e pronto”. 
“Torna a minha vida muito programada.” 
Outro erro comum de quem olha de fora um processo de organização do tempo é 
acreditar que o mesmo torna a sua agenda muito engessada. A questão é simples: 
se fosse capaz de fazer sobrar 1 hora no seu dia, teria mais liberdade ou se sentiria 
mais preso? Se vivesse menos em regime de urgência, qual domínio teria sobre 
suas ações? 
Acredite! Quanto melhor for o planejamento de seus compromissos e tarefas mais 
liberdade de ação você terá no seu dia-a-dia. 
“Minha vida pessoal e profissional são muito bem separadas.” 
Você é único. Não existe o lado profissional separado do pessoal. De fato é muito 
comum pessoas terem comportamentos distintos no trabalho e em casa. Em geral, 
o ambiente corporativo demanda um nível de organização maior e o risco de uma 
demissão torna as pessoas mais receptivas a métodos e padronizações. 
Agora reflita sobre quantas vezes você levou trabalho para casa e prejudicou o 
convívio com a sua família. Ou ainda quantas vezes um problema pessoal 
atrapalhou seu desempenho no trabalho. Um sistema de gerenciamento de 
tempo deve levar em conta todos os papéis do indivíduo, sem separação. 
Proatividade 
O conceito de proatividade é lugar comum no universo corporativo. A todo 
momento somos cobrados a tomar iniciativa e assumir a responsabilidade por 
nossas ações. 
Proatividade vai muito além de iniciativa. É assumir a responsabilidade pelas suas 
escolhas, independente de ter ou não culpa nos resultados. 
O meio externo influencia? Sim. É o responsável pelas suas escolhas? Não. Ter uma 
postura positiva em suas ações e perder tempo apenas com o aquilo que você é 
capaz de influenciar, compõe o comportamento proativo. 
 
 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Filme 
Assista o filme Antes de partir, de dezembro de 2007. 
Sinopse: 
O bilionário Edward Cole e o mecânico Carter Chambers são dois pacientes 
terminais em um mesmo quarto de hospital. Quando se conhecem, resolvem 
escrever uma lista das coisas que desejam fazer antes de morrer e fogem do 
hospital para realizá-las. 
 
QUESTÕES 
A “Gestão do Tempo” tem por objetivo tornar mais eficaz a sua relação com 
tarefas, compromissos, anotações e contatos, qual das alternativas abaixo 
apresenta a vantagem de quem utiliza essa prática? 
R: Prioriza e organiza melhor suas atividades 
02 Segundo a perspectiva da “Gestão do Tempo”, o que acontece quando não 
planejamos nossa semana? 
R: As demandas externas que definem o que temos que fazer. 
03 
Quando falamos em “Gestão do Tempo” ouvimos muitas frases, dentre as 
alternativas abaixo qual está de acordo com os princípios da gestão do tempo? 
R: “Minha vida pessoal e profissional são uma coisa só” 
 
04 
As características de uma pessoa proativa, vai além de tomar a iniciativa, e 
podemos perceber isso na sua fala também, dentre as afirmações abaixo, qual 
delas seria dita por uma pessoa proativa? 
R:“Vamos procurar as alternativas” 
 
 
 
 
 
 
 
05 
Ser proativo não é apenas tomar a iniciativa para realizar as ações, existem atitudes 
envolvidas nesse processo, dentre as afirmações abaixo, qual destas atitudes tem 
relação com o perfil proativo? 
R: Meu comportamento é produto da minha própria escolha 
06 
A “Gestão do Tempo” tem por objetivo tornar mais eficaz a sua relação com 
tarefas, compromissos, anotações e contatos“Gerir bem o tempo não significa se 
ocupar com inúmeras atividades o dia todo, mas sim administrar as atividades que 
precisam ser feitas por ordem de prioridade e a quantidade de energia necessária 
para que elas sejam efetivamente concluídas” 
R: Organizar a sua semana e te dar uma maior liberdade 
A Matriz do Tempo 
Metas 
É impossível gerenciar seu tempo sem saber onde pretende chegar. A definição de 
metas de curto, médio e longo prazos é fundamental para um correto 
planejamento semanal, afinal suas ações precisam estar alinhadas aos seus 
objetivos. 
“Deixo a vida me levar, vida leva eu...” é bem popular e positivo na canção do Zeca 
Pagodinho. Mas será que essa é a melhor atitude a tomar em sua vida? E se a vida 
lhe levar para onde não quer? Uma vida sem definição de metas é uma vida sem 
norte. 
Urgência x Importância 
A grande mudança de paradigma na Gestão do Tempo é separar suas atividades 
recorrentes e imprevistas em Urgência e Importância. Tudo que é urgente é 
necessariamente importante? A Importância está diretamente relacionada às suas 
metas. E urgência está intimamente ligada ao tempo que você dispõe para realizar 
a atividade sugerida. 
Várias atividades podem ser urgentes e importantes. Uma crise com um cliente, 
um familiar doente precisando de apoio. Porém, muitas atividades são meramente 
urgentes, mas não estão alinhadas às suas metas e, por várias vezes, apenas 
desperdiçam seu tempo. 
Todas as atividades (compromissos ou tarefas) que vivemos diariamente podem 
ser divididas em quadrantes. A formação desse modelo mental é baseada em dois 
conceitos fundamentais: importância e urgência. 
Importante: atividades que estão alinhadas com seus interesses, valores e 
prioridades. 
Urgente: atividades que possuem um prazo imediato. 
Dessa forma divide-se o tempo em quatro quadrantes: 
 
 
 
 
 
Como está dividido o seu tempo nos quadrantes acima? 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Um exercício prático da matriz do tempo 
Assista ao vídeo: PRODUTIVIDADE com a MATRIZ de EISENHOWER 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=yn14T9figS4 
 
 
01 
Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua 
importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual é a classificação do 
quadrante I? 
R: Urgente e Importante 
02 
Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua 
importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do 
quadrante II? 
R: Não urgente e importante 
03 
https://www.youtube.com/watch?v=yn14T9figS4
Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua 
importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do 
quadrante III? 
R: Urgente e Não importante 
04 
Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificadosconforme sua urgência e sua 
importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do 
quadrante IV? 
R: Não urgente e Não importante 
 
 
05 
Segundo a gestão do tempo, atividades como planejamento, criatividade e 
preparação, são características de qual quadrante? 
R: II 
 
06 
“A tecnologia permitiu que o tempo de deslocamento, por exemplo, fosse 
convertido na conclusão de relatórios, no envio de e-mails, na oportunidade de um 
curso de idiomas e até mesmo na manutenção de relacionamentos. 
As facilidades proporcionadas pelos recursos tecnológicos atuais “borram” as linhas 
divisórias entre os momentos da vida, confundindo as prioridades e nos permitindo 
sacrificar elementos essenciais que trariam equilíbrio” 
Fonte: https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ Acesso em: 03 set. 2021.O 
excesso de trabalho e o estresse, faz muitas vezes a gente buscar as atividades de 
fuga, como redes sociais e TV em excesso, ficando horas apenas zapeando os 
canais/streamings ou rolando a timeline infinitamente, essas são características 
referentes à qual quadrante? 
R: IV 
 
Trabalhando os quadrantes 
Uma vez compreendida a distribuição de seu tempo nos 4 quadrantes da Matriz 
do Tempo, faz-se necessário realizar um trabalho de redução nos quadrantes IV, III 
e I. O objetivo é ter cada vez mais tempo para dedicar ao quadrante II. 
Como ELIMINAR o quadrante IV? 
- Reflexão constante; 
- Cuidado com os ladrões do tempo: televisão e internet; 
- Gestão do estresse; 
- Propósito familiar / pessoal; 
Como EVITAR o quadrante III? 
https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/
- Alinhamento (profissional); 
- Discutir a relação (pessoal); 
- Esclarecer expectativas; 
- Aprender a dizer não e a negociar novos prazos; 
- Delegando poder (aumentando o nível de autonomia); 
- Desde que seja possível, não atenda todas as suas ligações. Faça um filtro na 
origem das ligações e no momento em atendê-las. Interromper uma atividade 
importante pode levar à perda de foco; 
Aprendendo a dizer não 
Está aí uma tarefa bem complicada. Dizer não torna-se especialmente difícil 
quando, por mais que a atividade proposta seja de nenhuma importância em sua 
vida, a pessoa que está pedindo é. Leia abaixo os problemas relacionados e 
algumas dicas que vão facilitar o seu próximo NÃO. 
Problemas: 
- É algo contrário à nossa cultura; 
- Muitas vezes passa antipatia, grosseria ou falta de atenção; 
- Dicotomia entre a não importância da tarefa e a importância da pessoa; 
Dicas: 
- Tenha um planejamento semanal como escudo; 
- Pense na tarefa você não realizará para atender o pedido; 
- Faça perguntas: isso é necessário agora? Precisa realmente de mim? Precisa 
realmente ser feito? 
- Não use o TALVEZ; 
- Ao superior: transfira a ele a decisão sobre as suas prioridades; 
- Fuja à popularidade e tenha coragem! 
Como REDUZIR o quadrante I? 
- Realizando um Planejamento semanal; 
- Cuidando dos relacionamentos; 
- Delegando; 
- Meta: 25% em urgências. 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Filme 
Assista o filme Click, de agosto de 2006. 
Sinopse: 
Um arquiteto, casado e com filhos, está cada vez mais frustrado por passar a maior 
parte de seu tempo trabalhando. Um dia, ele encontra um inventor excêntrico que 
lhe dá um controle remoto universal, com capacidade de acelerar o tempo. No 
início, ele usa o aparelho para acelerar qualquer momento tedioso, mas se dá 
conta de que está acelerando o tempo demais, deixando de viver preciosos 
momentos em família. Desesperado, ele procura o inventor para ajudá-lo a 
reverter o que fez. 
01 
Segundo a “Matriz do Tempo”, devemos classificar as atividades em relação ao 
que é ou não importante e urgente para que possamos trabalhar mais nos 
quadrantes que realmente são relevantes, quais as ações que devemos seguir para 
cada quadrante? 
I – Reduzir, II – Focar, III – Evitar e IV – Eliminar 
02 
Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos eliminar o máximo possível das 
coisas que estão no quadrante IV, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações 
abaixo se enquadra nesse quesito? 
Reflexão constante, cuidado com os ladrões do tempo e gestão do estresse 
 
 
 
 
03 
Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos evitar o máximo possível das 
coisas que estão no quadrante III, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações 
abaixo se enquadra nesse quesito? 
Alinhamento profissional, discutir a relação e aprender a dizer não 
04 
Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos reduzir o máximo possível das 
coisas que estão no quadrante I, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações 
abaixo se enquadra nesse quesito? 
Realizando um planejamento semanal, cuidando dos relacionamentos e 
delegando 
 
05 
Segundo a “Matriz do Tempo” separa em quatro quadrantes dividindo em ações 
importantes, não importantes, urgentes e não urgentes, imagine que traçaremos 
uma linha nesta matriz dividindo-a em duas partes, para uma melhor gestão do 
tempo o indicado é que vivamos sempre: 
Acima da linha 
 
06 
Aprender a dizer não é uma das tarefas mais complicadas, principalmente por 
conta da nossa cultura e o quão próximo a pessoa é de nós. 
Aprenda a dizer “não” 
É importante, tanto para a vida profissional como para a pessoal, ter a consciência 
da necessidade de ser claro no comprometimento do tempo. 
Os conflitos de agendas devem ser negociados com foco nos objetivos de cada 
pessoa. Se a demanda o afastar do caminho das metas, a franqueza no momento 
da negação protege os dois lados. 
Fonte: https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ Acesso em: 03 set. 2021. 
Dentre as alternativas abaixo, qual delas é uma boa forma de trabalhar isso em nós 
para aprendermos a dizer não, segundo a ótica da Gestão do Tempo? 
Tenha um planejamento semanal como escudo 
 
Preparando a Casa 
Todo sistema de Gestão de Tempo deve ter como base os seguintes pontos: 
contatos, compromissos, anotações e tarefas. O primeiro passo na organização 
desses pontos é a escolha da ferramenta que irá auxiliar o processo. 
https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/
FERRAMENTAS 
CONTATOS: celular, provedores de e-mail, computador, agenda etc. 
COMPROMISSOS: ferramentas de calendário, google agenda, agenda tradicional 
etc. 
ANOTAÇÕES: aplicativos de celular, outlook, bloco de notas, folha de anotações 
etc. 
TAREFAS: aplicativos de celular, google tarefas, outlook, bloco de notas etc. 
DEFINA SEU ESTILO 
A escolha das ferramentas define o seu estilo de gestão. 
TOTALMENTE ONLINE: smartphone, laptop e ferramentas online. 
TOTALMENTE OFFLINE: agenda tradicional, papéis para anotações. 
MISTO: um pouco de cada. 
Em qual estilo você se enquadra? 
O PLANEJAMENTO 
TIPOS DE PLANEJAMENTO 
Longo Prazo: mais de um ano para realizar. 
Ex.: filhos, casamento, compra de apartamento, carro, etc. 
Médio Prazo: menos de um ano para realizar. 
Ex.: eventos, viagens, cursos, treinamentos etc. 
Curto Prazo: uma semana. 
Ex.: tarefas e compromissos. 
Curtíssimo Prazo: follow up diário. 
Ex.: verificação das atividades adiadas, do dia e que podem ser antecipadas. 
 
OS PILARES DA GESTÃO DO TEMPO 
CONTATOS 
- Registro de telefone, email, empresa, cargo etc no seu telefone e provedor de 
email. 
- Estabeleça o maior network possível. 
- Cultive o vínculo fraco. 
- Crie grupos no provedor de email. 
- Seja criterioso com os contatos do Facebook e use o Linkedin. 
COMPROMISSOS 
- Anote todos em uma plataforma com lembretes. 
- Compartilhe com as pessoas envolvidas. 
- Anote as informações fundamentais do compromisso (pauta, local, horário, 
convidados). 
- Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes (aniversários). 
- Use os lembretes de forma criteriosa. 
- Não registre uma Tarefa como Compromisso. 
ANOTAÇÕES 
- Fundamental na organização do conhecimento. 
- Use para projetos futuros, pautas, dados etc. 
- Mantenha uma Tarefa associada a Anotação quando necessário(evite que caia 
no esquecimento). 
- Crie pastas em seu computador para organizar artigos, apresentações etc. 
TAREFAS 
- Registre todas as suas tarefas importantes. 
- Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes. 
- Defina SEMPRE um prazo, mesmo que tenha que adiar constantemente. 
- Transforme emails em tarefas (copiando os dados relevantes). 
- Seja criterioso no uso de lembretes. 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Livro 
Leia o livro Primeiro o mais importante, Stephen R. Covey, Editora Sextante. 
 
 Dicas Práticas 
GESTÃO DE E-MAILS: 
Algumas dicas valiosas para aumentar a sua produtividade: 
- Caixa de entrada é de ENTRADA! 
Não deixe as mensagens na caixa de entrada eternamente. Uma vez resolvido o 
assunto encaminhe o e-mail para outra pasta. 
- Gerencie SPAMs. 
Utilize um e-mail auxiliar para cadastros e fichas. Marque os indesejados como 
SPAM e cancele o cadastro nos mailings indesejados. 
- Reduza as respostas desnecessárias (ok, ciente etc). 
Faça a sua parte e cobre das pessoas que façam a delas. Reduzir em 20% o número 
de e-mails abertos por dia tomando essa medida. 
- Só copie quem for necessário. 
- Use cópia oculta. 
- Não apague e-mails. 
- Crie apenas pastas necessárias. 
- Crie uma pasta padrão para e-mails resolvidos. 
- Crie grupos de destinatários. 
- Defina horários para “zerar” a caixa de entrada. 
- Não ligue nenhum notificador de e-mails. 
- Não verifique a caixa o tempo todo! 
ESCREVENDO EMAILS 
- O assunto deve ser totalmente compreensível; 
- Não escreva textos longos (3 ou 4 parágrafos no máximo); 
- Dê espaço entre parágrafos; 
- Use tópicos numerados e marcadores; 
- Leia o texto antes de enviá-lo; 
- Evite “broncas” por e-mail. 
GESTÃO DE REUNIÕES 
Algumas dicas para tornar suas reuniões mais objetivas e produtivas. 
- Defina Pauta; 
- Selecione os presentes; 
- Defina horário de início e principalmente de término; 
- Envie os arquivos necessários previamente; 
- Comece SEMPRE no horário; 
- Eleja um mediador; 
- Seja o mais sinérgico possível. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
SINTA O RESULTADO 
O início é árduo e precisa de grande dedicação. É um processo de mudança de 
hábito. Assuma o compromisso de fazer por 4 semanas seguidas. Ao final de cada 
uma delas, veja o quanto você progrediu! 
ESTUDE 
Nunca foi tão fácil ter acesso ao conhecimento. Pratique sistematicamente 
atividades de estudo como leituras, treinamentos, cursos formais e outros. 
REVEJA CONSTANTEMENTE O MÉTODO 
O melhor método de Gestão do seu tempo é o que você desenvolverá. Utilize as 
dicas discutidas nesse curso para criar seu próprio modelo. Algo que sugeri não 
surtiu efeito? Ignore! Você pensou em adaptar alguma dica para outro formato? 
Faça! 
ENSINE 
A melhor forma de fixar um método é compartilhá-lo com outras pessoas. Comece 
dividindo o modelo com alguém próximo e depois expanda seus horizontes. 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Livro 
Leia o livro Estratégias práticas para ganhar mais tempo, Christian Barbosa, Editora 
Sextante. 
 
Referência Bibliográfica 
COVEY, Stephen R., Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo:Editora 
Best Seller, 1999, 2a ed. 
BARBOSA, Christian, A tríade do tempo, Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2011. 
BARBOSA, Christian, 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo, Rio de 
Janeiro: Editora Sextante, 2013. 
Vida - Sentido da Vida 
Vida - Sentido da Vida 
 
Pensar para viver bem 
É sabido que viver pressupõe experienciar diversos momentos e sensações 
diferentes ao longo da passagem por este mundo. Não é à toa que caiu no uso 
popular a expressão “valer a pena”. Pode-se pensar, inclusive, que a expressão 
poderia ser (se é que já não foi) “valer as penas”, visto que muitas são as dores, 
tristezas e dificuldades pelas quais passamos ao longo dos anos. 
No entanto, foi justamente esta reflexão que trouxe a alguns teóricos uma visão 
relativamente positiva sobre a trajetória humana na terra. Sócrates, por exemplo, 
defendia a ideia de que a vida que vale a pena é a vida que compensa todas essas 
misérias e tristezas humanas. Mas você deve estar se perguntando: como se daria 
isso? O que fazer para que as coisas boas se sobressaiam às ruins? 
Portanto, o ponto central da discussão nesta aula está em refletir sobre aquilo que, 
na vida, se pusermos na balança equilibra as penas, as dificuldades, as dores, as 
tristezas. 
Sócrates é considerado o pai da maneira ocidental de pensar, por isso influencia até 
hoje a estrutura de pensamento de todos nós. Ele dizia que a existência humana 
seria uma experiência mais agradável tanto quanto mais se pense as ações no dia a 
dia. Ou seja, quanto mais na hora de viver você pensar (sobre o que está 
acontecendo, sobre o que está fazendo…) tanto mais a vida que está vivendo será 
melhor. 
No cenário atual do início do século XXI, esta é uma reflexão ainda mais oportuna, 
uma vez que temos sido marcados pela pressa, muito provavelmente em 
decorrência de sermos, talvez, a sociedade mais atarefada que já existiu. A agilidade 
se torna necessária para a sobrevivência, embora cada vez mais não prestemos 
atenção àquilo que estamos fazendo. Passamos pelas atividades rotineiras, por 
relacionamentos, estudos, hobbies e tantas outras experiências sem qualidade, sem 
satisfação. Sócrates diria que nunca antes a humanidade passou tão desatenta pela 
vida, sem aproveitá-la da forma como deveria. 
 
“O ritmo frenético em que estamos vivendo tem nos impedido de fazer algo 
essencial: pensar na vida. Pensar na vida é muito mais do que pensar nos problemas 
e nas dificuldades que a vida nos traz, é mais do que pensar no sustento da casa, no 
cuidado dos filhos, é mais do que se preocupar com o trabalho ou o status social. O 
“pensar na vida” que proponho, ou melhor, que Sócrates propõe, tem relação com o 
que dá sentido a todas essas coisas; o “pensar na vida” a que me refiro é pensarmos 
no propósito que nos leva a fazer todas essas coisas, refletirmos sobre os “porquês” 
de fazermos o que fazemos. 
O filósofo grego Sócrates, ao chegar ao final de sua defesa contra as acusações de 
corromper a juventude ateniense, disse que não se arrependia de ter vivido a vida 
examinando as coisas e as pessoas ao seu redor e, principalmente, examinando a si 
mesmo, afirmando que o maior bem do homem é se aplicar em conhecer essas 
coisas e buscar conhecer e discorrer sobre a virtude. Sócrates acrescenta que: “Uma 
vida sem esse exame não é digna de um ser humano” ou: “A vida sem investigação 
não é digna de ser vivida”. Sócrates tinha total consciência da importância de 
pensarmos e examinarmos a nós mesmos e enfatiza que a vida sem essa reflexão 
não vale a pena.”¹ 
 
 
Plenitude da alma 
As ideias socráticas se associam diretamente com a teorização feita por um outro 
grande filósofo, o aclamado Aristóteles. Ele falava em plenitude da alma, conceito 
muito similar ao que hoje conhecemos como mindfulness (plenitude da mente). 
Este termo ganhou o gosto popular, principalmente no ambiente empresarial, 
trazendo através do estrangeirismo, um nome moderno, que, no final, possui 
significado muito próximo ao conceito aristotélico. 
Em resumo, estamos falando que, independentemente das circunstâncias da vida, 
que ora podem ser melhores ora piores, nós podemos e devemos vivê-la 
inteiramente. Se fazendo presente de corpo e mente (alma), porque, de fato, a vida 
é o que acontece agora. Toda divisão significa fragilidade, portanto, se existe uma 
certa força em você, se existe alguma chance de você performar com muita 
qualidade, certamente será onde você está, com todos os seus recursos disponíveis 
neste momento. 
Assim, entendemos que mindfulness é estar com a mente completamente 
preenchida pela atividade realizada pelo corpo, ter a mente focada naquilo que se 
está fazendo no presente, consciente do que acontece em si e ao redor no agora.“Mindfulness ou atenção plena é um estado de consciência que ocorre quando 
intencionalmente colocamos nossa atenção no momento presente, sem 
julgamentos. Essa é uma das definições da palavra mindfulness, que muitas vezes é 
traduzida para o português como atenção plena, mas cuja tradução é complexa, já 
que o termo em inglês é bastante abrangente e é usado tanto para o conceito geral 
quanto para a técnica de meditação mindfulness.”² 
 
 
Depende de nós 
Em Epicteto ganhamos reforço na discussão sobre a vida plena. Ele foi um filósofo 
grego, estoico e escravizado, que refletiu sobre como viver uma vida plena, uma vida 
feliz, e também sobre como ser uma pessoa com boas qualidades morais. Ele se 
dedicou a tentar responder a estas duas perguntas fundamentais, exercendo 
enorme influência sobre as ideias dos principais pensadores da arte de viver. 
Para Epiteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são sinônimos. Felicidade e 
realização pessoal são consequências naturais de atitudes corretas. Pensamento 
que é a base do estoicismo, doutrina que prega a resistência persistente às 
dificuldades como forma de se adquirir virtudes. Ou seja, as ações humanas devem 
ser focadas incansavelmente em administrar aquilo que se pode controlar. É o que 
modernamente chamamos de resiliência. 
Em resumo, dedique sua atenção e seus esforços àquilo que depende de você até 
alcançar resultados, sucesso. Segundo os estoicos, cabe a nós “ignorar” a parte da 
vida sob a qual não temos ingerência (catástrofes, incidentes, etc) e nos dedicarmos 
ao que nos é permitido alterar, e assim, fazer acontecer o que se deseja. 
 
 
¹site:https://tribunademinas.com.br/opiniao/tribuna-livre/13-08-2019/a-vida-
irrefletida-nao-vale-a-pena-ser-vivida.html. 
²https://www.ecycle.com.br/7930-mindfulness.html 
 
 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Faça a vida acontecer do seu jeito 
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=7SzF4pMHaNc 
 
https://www.youtube.com/watch?v=7SzF4pMHaNc
Referência Bibliográfica 
BARROS FILHO, Clóvis. A Felicidade é Inútil. Ed. Citadel. São Paulo. 2019. 
BARROS FILHO, Clóvis. CALABREZ, Pedro. Em Busca de Nós Mesmos. Ed. Citadel. São 
Paulo. 2017. 
BARROS FILHO, Clóvis. KARNAL, Leandro. Felicidade ou Morte - Col. Papirus Debates. 
Ed. Papirus 7 Mares. São Paulo. 2016. 
BARROS FILHO, Clóvis. MEUCCI, Arthur. A Vida que vale a pena ser vivida. Ed. Vozes. 
São Paulo. 2014. 
BARROS FILHO, Clóvis. PONDÉ, Luiz Felipe. O Que Move As Paixões. Ed. Papirus 7 
Mares. São Paulo. 2017. 
01 
Sócrates diria que a vida contemporânea, da maneira como é vivida, nos impede 
de fazer algo essencial, que é: 
R: pensar na vida 
 
02 
De acordo com o pensamento socrático, o que significa “pensar na vida”? 
R: Pensar no propósito que nos leva a fazer as coisas, refletirmos sobre os 
“porquês” de fazermos o que fazemos 
 
03 
Assinale a alternativa abaixo que traz uma frase atribuída a Sócrates: 
R: “A vida sem investigação não é digna de ser vivida” 
 
 
04 
Qual a tradução básica (resumida e mais comum) do conceito de mindfulness? 
R: Plenitude da mente 
 
05 
Há uma outra tradução básica para o termo mindfulness, que nos remete à 
importância do ser humano manter o foco no presente, esta seria: 
R: Atenção plena 
 
06 
Pode-se dizer que para Epiteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são: 
R: sinônimos 
Fases da vida 
Fases da vida 
 
Pra que passar de ano? 
Iniciamos esta etapa dos estudos com uma frase que nos guiará nesta aula: a vida 
tem fases. 
Nessa época da vida ouvimos a seguinte frase: “Crianças, vocês tem que se 
comportar, para poder passar para o segundo ano”. Essa sentença tem o poder de 
criar a expectativa de que no próximo ano tudo irá mudar, com novos livros, outra 
professora, outra sala de aula. Como todos os colegas que estudaram com você, isso 
era entendido como algo normal. 
Hoje, após esses anos, eu gostaria de perguntar para a professora: “A razão de fazer 
direito é para passar para o próximo e apenas no próximo será legal?”. Nesse 
momento podemos refletir: será que não podemos pensar diferente? Esse é o único 
ano, o outro é diferente. Este deve ter valor, deve ser maravilhoso e prazeroso. Ele 
não é melhor do que os outros, ele é o meu presente, esse ano é maravilhoso, com 
os livros e pessoas que me cercam agora. 
Conforme dito por Costa (2010), “estar presente” é muito mais do que “estar perto”, 
isto é, é necessário ser presença. É preciso projetar a vida, mas é preciso entender 
que a vida é agora! Quando este acabar, será triste, pois deixará saudades. E o 
próximo será maravilhoso também, pois estarei vivendo aquele presente. Não 
devemos viver este ano apenas para passar para o próximo. Podemos repetir nesse 
momento: a vida tem fases. Cada uma delas serão construídas por você e serão 
importantes para que você possa esgotar na vida vivida tudo o que ela pode te trazer 
de bom. 
Pense agora na faculdade. Você não pode viver os quatro anos para que possa viver 
o final com o diploma na mão. Viva plenamente os quatro anos, de forma 
inteligente. É vivendo plenamente o momento vivido que o futuro pode ser 
promissor. 
É necessário ter 
o na vida, retomando um conceito de Karl Marx, do século XIX, de recusa da 
alienação. Segundo Cortella (2016, p. 16) “alienado é aquele que não pertence a si 
mesmo”. 
Quer mais um exemplo? Viver o ensino médio apenas para poder passar no 
vestibular. Isso não é uma verdade! Existem coisas maravilhosas e devemos viver 
aqueles instantes, pois eles nos ensinam pontos maravilhosos. 
Aprenda a apreciar e encantar o momento que você está vivendo, o seu presente. 
Quanto mais intensamente o presente for vivido, mais provavelmente o futuro será 
rico. Não jogue no lixo o presente, esperando o futuro. A vida vale as suas 
dificuldades e devemos vivê-la no momento exato em que ela ocorre. 
 
Alegria de ser CEO 
Quanta coisa muda com o tempo, não é mesmo? Se pudéssemos voltar no tempo 
e aproveitar melhor determinados momentos, pois foram tão bons, que poderiam 
ser eternos. 
Novamente podemos refletir que vivemos fases e ciclos se encerram para que 
outros tenham início. Vamos cumprindo etapas. Mas, quando a vida é boa, nós não 
queremos mudar de fase. Podemos chamar de desejo de eternidade daquele 
momento. 
Tudo o que pensamos que poderia durar um pouco mais, significa que aquilo nos 
cativou e desejamos nos manter por ali. Mas sabemos que a realidade é que os ciclos 
vão se encerrar e outros irão ter início. 
Ao refletirmos sobre as fases da vida em um determinado momento chegamos na 
vida adulta. Você vai, por exemplo, sair da faculdade para ir para uma pós-
graduação. Ao chegar na vida adulta, você vai começar a busca de um emprego, 
afinal de contas desde que você entrou no primário você está sendo preparado para 
isso. Aqui nos vem a ideia de que a vida só começa nesse ponto, o que não é uma 
verdade, afinal, ela começou lá em sua infância. 
Segundo Cortella (2016, p. 84) “claro, todo mundo gosta de fazer o que gosta. Mas 
é preciso ter consciência de que no desenrolar da vida profissional, para fazer o que 
se gosta, é necessário passar por etapas não necessariamente agradáveis no dia a 
dia. O caminho não é marcado apenas por coisas prazerosas”. 
Nesse momento, chega a entrevista de emprego e você vai ser apresentado ao 
organograma da empresa. E claro, a área de Recursos Humanos é a responsável por 
te apresentar esses tópicos e tambem por te instigar a responder o que você deseja 
neste local de trabalho. 
Ao refletir sobre a pergunta, você chega a conclusão de que você quer crescer 
dentro daquela empresa. Mas como fazer isso? Você precisa ter a consciência de 
que para crescer na empresa é necessário trazer dinheiro para aquela organização 
(de preferência, muito lucro). E, em seguida, você será promovido. 
Observe nesse ponto que você volta ao mesmo discurso de quandovocê era criança 
e estava no primário. Você passa a viver a posição que está agora apenas para 
chegar no próximo nível. E você começa a viver sempre pensando no futuro, mais 
uma vez, sem pensar no agora. 
É importante destacar que esse processo se afunila, ou seja, nem todo mundo chega 
no nível mais alto, no cargo de CEO. Nesse momento, uma reflexão passa na sua 
cabeça, pois era importante o trajeto e não o topo. 
 
Viver só até amanhã 
Desde o momento em que nascemos somos orientados que a vida é subdividida da 
seguinte forma: Primeiro você é criança (a infância). Posteriormente, vem a fase de 
transição, chamada de adolescência. Em seguida, vem a vida adulta, a maior delas. 
E em seguida, a melhor idade (terceira idade, caso queira). 
Podemos nos perguntar: o que caracteriza cada uma dessas fases? É o tempo de 
vida e experiência acumulada? Até que ano vai a infância? Pronto! Nesse momento 
já ficamos desorientados e a resposta não é tão simples. No passado, no século XII a 
criança era de um jeito e hoje é outro jeito. Ou seja, com o passar dos anos, esse 
entendimento se modificou completamente. 
Na literatura, o autor Costa (2000) defende que cada fase da vida tem o seu 
propósito e o seu protagonismo, a chamada escada de participação, conforme visto 
a seguir. 
 
 
Escada de participação do jovem 
Na fase 1 temos a participação manipulada, onde os adultos determinam e 
controlam o que os jovens deverão fazer. Na fase 2 existe a participação decorativa, 
onde os jovens apenas marcam presença em uma ação, sem influir no seu curso. Já 
na fase 3 existe a participação simbólica, onde a presença dos jovens em uma 
atividade serve apenas para mostrar e lembrar os adultos que eles existem e são 
importantes. Na fase 4 há a participação operacional e os jovens participam apenas 
da execução de uma ação. 
Chegamos à fase 5 onde há uma participação planejada e operacional e aqui, os 
jovens participam do planejamento e da execução de uma atividade. Na fase 6 há a 
participação decisória, planejadora e operacional e os jovens participam da decisão 
de se fazer algo ou não. Já na fase 7 ocorre a participação decisória, planejadora, 
operacional e avaliadora, onde além das anteriores, os jovens também avaliam uma 
ação. Durante a fase 8 os jovens têm participação colaborativa plena, participando 
da decisão do planejamento, da execução, da avaliação e da apropriação dos 
resultados. Chegamos à fase 9, onde existe a participação plenamente autônoma e 
os jovens realizam todas as etapas. Por fim, há a fase 10 e sua participação 
condutora, onde os jovens realizam todas as etapas e ainda orientam a participação 
dos adultos (COSTA, 2000, p. 89). 
Podemos pensar que podem ser características do corpo, que são imprecisas, assim 
com o tempo acumulado. Precisamos entender que cada pessoa é de um jeito, cada 
evolução e cada corpo tem o seu tempo. E a velhice? É caraterizada pelo fato de 
surgirem algum tipo de queda na mobilidade? Não podemos afirmar, afinal, existem 
inúmeros exemplos de pessoas que nos mostram o contrário. 
Os critérios são imprecisos e variados, criando uma brecha para que você possa 
tomar as rédeas da sua vida, da forma que você bem entender. Buscando 
características de cada uma das fases da vida, conforme você precisa e deseja. As 
fases da vida devem ser vividas com autenticidade e de acordo com o que é 
relevante para si, visto que elas são imprecisas. 
É necessário lembrar de um ponto: divida a vida conforme o seu entendimento e o 
seu desejo, pois a vida pode acabar a qualquer momento. E como dizia o jornalista 
gaúcho Aparício Torelli, o Barão de Itararé, “a única coisa que se leva da vida é a vida 
que se leva” (CORTELLA, 2016, p. 16). 
No ano de 2020 iniciamos uma vida diferente com uma pandemia. O que nos 
mostrou que a vida pode acabar a qualquer instante. A estatística nem sempre vai 
se aplicar à sua vida e por isso é importante que você entenda o valor do agora. O 
agora é o momento que você tem para colocar todas as suas forças e alegria. 
 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: O tempo e a vida 
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=Ek2LmQ5d6Jo 
01 
Após suas leituras sobre as fases da vida assinale a sentença correta: 
R:Não devemos viver este ano apenas para passar para o próximo 
02 
Cada fase da vida tem o seu propósito e o seu protagonismo. A fase em que o 
jovem tem a participação manipulada, onde os adultos determinam e controlam o 
que os jovens deverão fazer é: 
R: Fase 1 
 
03 
Em um momento da vida você vai chegar à atividade laboral, buscando emprego e 
desempenhando uma atividade econômica da sociedade. Acerca dessa fase, 
assinale a sentença correta: 
R: O caminho não é marcado apenas por coisas prazerosas 
https://www.youtube.com/watch?v=Ek2LmQ5d6Jo
 
04 
O autor Costa (2000) nos apresenta a escada de participação do jovem. No último 
degrau, a fase 10, o jovem possui partipação: 
R: condutora 
 
05 
Durante seus estudos você pode perceber que passamos por fases na vida. Acerca 
delas, assinale a sentença correta: 
R: As fases da vida devem ser vividas com autenticidade 
06 
Na escada de participação do jovem criada por Costa (2000), a participação 
simbólica ocorre no degrau 3 e diz que: 
a presença dos jovens em uma atividade serve apenas para mostrar e lembrar os 
adultos que eles existem e são importantes 
Autoconhecimento 
Autoconhecimento 
 
Essa é a minha praia 
"Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo" é um aforismo grego 
que revela a importância do autoconhecimento. E apesar de não se ter certeza sobre 
quem foi o autor desta máxima, vários autores atribuem a autoria da frase ao sábio 
grego Tales de Mileto, já outros, defendem teorias que afirmam que a frase foi dita 
por Sócrates, Heráclito ou Pitágoras. 
Mas, independentemente da autoria, a frase ficou famosa mesmo na sua versão 
encurtada: "Conhece-te a ti mesmo”. E traz como reflexão central, a ideia de que 
para alcançarmos o verdadeiro conhecimento sobre a vida e o mundo, precisamos 
antes conhecer a nós mesmos. Se queremos conhecer o mundo à nossa volta, 
devemos em primeiro lugar conhecer quem nós somos. 
O processo de autoconhecimento é contínuo e nos permite interagir melhor com o 
mundo e com as outras pessoas, amplia o horizonte para um mundo de novas 
possibilidades. Além disso, ao olhar para si mesmo, o indivíduo desenvolve sua 
identidade, e ganhando consciência de quem se é, consegue se mover de maneira 
mais produtiva na sociedade. 
Entre os grandes pensadores nesta seara do autoconhecimento estão Sócrates e 
Sêneca. O primeiro, dedicou muito tempo tentando entender a sua própria 
natureza, afirmando, inclusive, que nenhum indivíduo era capaz de praticar o mal 
consciente e propositadamente, mas que o mal era um resultado da ignorância e 
falta de autoconhecimento. Já o segundo, desenvolveu a teoria do “daimon 
interior”. 
 
“A palavra “daímôn” é de difícil entendimento devido às sobreposições de 
significados que ela recebeu ao longo do tempo na tradição da antiga Grécia. Na 
mitologia, pela narrativa do poeta Hesíodo (750 e 650 a.C.) os daímones foram 
homens nobres pertencentes a uma “geração de ouro” que, por determinação de 
Zeus, foram transformados em seres imortais e prudentes guardiões, com a 
incumbência de vigiar as decisões e ações dos homens mortais.”¹ 
 
Mas apesar dos diversos significados aplicados à palavra “daímôn”, ela traz sempre 
o sentido de algo externo que influencia a conduta humana, porém não 
necessariamente a determina. Pode-se dizer que seria uma disposição interior, uma 
espécie de intuição a respeito da própria natureza do ser. Uma espécie de bússola 
para escolhas e sucesso pessoais. Como dito em aula, conhecer a si mesmo não 
basta, há de se ter coragem de apostar na própria natureza. 
 
Somos o que escolhemos para nós 
Na Grécia, na cidadede Delfos, em um templo originalmente dedicado a Apolo 
(deus da luz, da razão e do conhecimento verdadeiro) é que foi inscrita, na porta de 
entrada do Templo de Delfos, a célebre frase sobre conhecer a si mesmo. E para 
além das disputas sobre sua autoria, a tradição nos conta uma história interessante 
sobre a inspiração ser atribuída a Sócrates. 
Conta-se que ele, assim como muitos na Grécia Antiga, tinha o costume de consultar 
o oráculo para se ter acesso à verdade. Sócrates então, conhecido por sua vasta 
sabedoria e considerado o pai da Filosofia, dirigiu-se ao Templo a fim de saber o que 
era um sábio e se ele próprio poderia ser considerado um. 
O oráculo, por sua vez, ao receber as suas dúvidas, teria questionado: "O que você 
sabe?". Sócrates teria respondido "Só sei que nada sei". O oráculo, ao ouvir a 
resposta do filósofo, rebateu: "Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o 
único que sabe que não sabe." Este diálogo tornou-se bastante significativo no 
estudo da Filosofia, pois demonstrou a humildade do sábio diante da vida. 
E a experiência de Sócrates nos permite entender que a postura assumida por uma 
pessoa diante da vida diz muito sobre ela mesma. A maneira como encaramos a 
existência dita nossas escolhas, e estas por si só dizem muito a respeito de nós. 
Quando nos apresentamos, falamos das nossas escolhas, ou seja, daquilo que é 
importante para nós. 
 
O mundo é um espelho 
Uma discussão filosófica que reflete e resume o tema aqui estudado, já foi objeto de 
análise de vários autores, como Espinosa, Mitchell e Freud, que seria o conceito 
chamado de espelho da vida. Trata-se da teoria que aponta para o entendimento 
de que ao observarmos o mundo, vemos a nós mesmos no mundo. 
A forma como o mundo se apresenta nos permite descobrir coisas sobre nós 
mesmos, como afinidades (vejo alguém cantando e percebo que gosto de música), 
apetites (experimento uma maçã e percebo gostar desta fruta), e desejos (vejo 
pintura e desejo ser pintor), por exemplo. 
É o que podemos chamar de imediatidade da vida percebida, ou seja, sem o mundo 
como é não perceberíamos vários aspectos do nosso próprio eu. 
“A vida é a soma das suas escolhas.” 
Albert Camus 
¹http://www.acervofilosofico.com/socrates-daimon-so-sei-que-nada-sei-e-
metodo-socratico 
 
 
 
Atividade extra 
 
Nome da atividade: O mundo é um espelho 
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=fozSBBVep2I 
01 
Qual a origem da frase “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o 
universo”? 
https://www.youtube.com/watch?v=fozSBBVep2I
R:Surgiu na Grécia, tendo sido inscrita na porta do Templo de Delfos, dedicado a 
Apolo 
02 
O que significa a frase “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o 
universo”? 
R: É um aforismo grego que revela a importância do autoconhecimento para uma 
melhor experiência e compreensão da vida humana no mundo 
03 
Assinale a alternativa que indica dois grandes pensadores sobre o 
autoconhecimento. 
R: Sócrates e Sêneca 
04 
É correto dizer a respeito do significado da palavra “daímôn”: 
R:Pode-se dizer que seria uma disposição interior, uma espécie de intuição a 
respeito da própria natureza do ser. 
05 
Sobre a teoria do espelho da vida é correto afirmar: 
R:Diz que ao observarmos o mundo, vemos a nós mesmos no mundo 
06 
Por que se diz que conhecemos uma pessoa pelas escolhas que ela faz? 
R: Porque nossas escolhas mostram aquilo que é importante para nós 
Traços Pessoais 
Traços Pessoais 
 
O jogo da vida e as suas cestas 
mo é bonito poder refletir sobre a vida, não é mesmo? É uma pena que, muitas 
vezes, não nos dedicamos muito a essa atividade, como se fosse um piloto 
automático. A vida é como se fosse um grande jogo e existem particularidades que 
cada um de nós precisa se preocupar e entender. 
Imagine a situação de uma pessoa que jogue basquete, que são pessoas 
normalmente mais altas. Pense que um outro jogador, por circunstância do jogo, 
esbarra em você e você cai. Nesse ponto, você resolve sair do jogo, pois não 
concorda com o que ocorreu. Nesse momento, você precisa saber que isso é algo 
natural desse esporte e que se você se dispõe a jogá-lo, precisa saber que esse risco 
é inerente. 
Esse exemplo é uma bela metáfora para a vida. Estamos vivendo e de repente, 
podem acontecer inetercorrências, tal como um problema de saúde ou até mesmo 
problemas de relacionamento com outras pessoas. Em muitos casos, muitas 
pessoas passam a pensar que esssas situações não são justas de acontecerem com 
elas. 
Imagine se você “sai do jogo” em situações da vida? Não é possível fazer isso! Se 
você se dispôs a jogar o jogo da vida, que é muito complexo, você deve saber que 
essas intercorrências fazem parte. Sim, você deve lutar para melhorar e tentar 
vencer os obstáculos, mas não podemos nos queixar de justiça ou injustiça. Você, a 
rigor, até pode sair do jogo da vida, já que você tem livre arbítrio e liberdade para 
tomar decisões. 
Segundo Cortella (2016, p. 16) “Somos seres que têm de construir da própria 
realidade. E a noção de trabalho é tão forte entre nós que perpassa outras esferas 
da nossa vida. Até a noção que temos de saúde está ligada à ideia do trabalho. Você 
só se considera saudável quando pode voltar a trabalhar e não quando é capaz de 
passear, transar, cantar, dançar”. 
Devemos diariamente nos decidir por jogar essse jogo, que é complicado. Todos tem 
as suas forças e fraquezas, possuindo traços que são incomparáveis e são só nossos, 
sendo as nossas armas contra a agressividade no campo do mundo. Devemos 
aprender a lutar com o que temos nas mãos, sem se comparar com o outro e com 
o que ele tem. 
A realidade é que você possui os seus atributos e é com eles que você deve insistir 
em continuar jogando. O estudo auxilia e muito nesse ponto, pois você estará 
desenvolvendo as suas armas para poder enfrentar os desafios futuros. 
 
Arroz sem ovo 
A vida possui muitos valores e um dos traços que mais encantam as pessoas no jogo 
da vida são os prazeres. Os prazeres muitas vezes são vistos como algo ruim de ser 
compartilhado. Apesar de ser muito bom, as pessoas não querem saber sobre 
detalhes e dos prazeres que você gosta. 
Epicuro, sábio grego, nos dizia que o grande valor da vida é o prazer. Naquela época, 
a doutrina de Epicuro surgiu em um momento de grande insatisfação com as 
condições das Cidades-Estados da Grécia. Durante esses anos, o poder se 
concentrava nas mãos de poucos, a chamada arisocracia, público que entendia que 
os prazeres advinham apenas da riqueza (CABRAL, 2021). 
Epicuro criou então a sua teoria de que devemos ter uma reflexão interior para 
buscar a verdadeira felicidade e não associá-la a supertições e bens materiais 
(CABRAL, 2021). Em português, a palavra para esse valor da vida é o hedonismo. 
Dessa forma temos uma dicotomia: Teve prazer, valeu viver; Não teve prazer, não 
valeu viver. 
Destaca-se aqui que a ideia de Epicuro não é incentivar você a fazer o que bem 
entender. Mas sim, obter o prazer de forma constante, para que você se sinta bem 
e com tranquilidade. “A felicidade é alcançada por meio do controle dos medos e 
dos desejos, de maneira que seja possível chegar à ataraxia, a qual representa um 
estado de prazer estável e equilíbrio e, consequentemente, a um estado de 
tranquilidade e a ausência de perturbações, pois, conforme Epicuro há prazeres 
maus e violentos, decorrentes do vício e que são passageiros, provocando somente 
insatisfação e dor” (CABRAL, 2021, s.p.). 
Não podemos nos deixar nos atormentar pelas mazelas do mundo e conforme 
Epicuro, devemos ter tranquilidade da alma. Dessa forma, você não se abala por 
tudo que é muito, seja muito ruim, seja muito bom. Conforme os ensinamentos de 
Epicuro, para alcançar a felicidade existem 4 remédios (CABRAL, 2021): 
 
1. Não se deve temer os deuses; 
2. Não se deve temer a morte; 
3. O bem nãoé difícil de se alcançar; 
4. Os males não são difíceis de suportar. 
 
O prazer não pode destruir a capacidade de ter prazer amanhã, pois eu preciso 
cuidar para que ela tenha frequência. Devemos ter prazer com o que é simples, com 
o que é fácil de encontrar, fazendo parte da vida. 
O sábio é aquele que tem prazer com o que é simples e que está ao seu alcance. 
Todos temos traços pessoais e cada um de nós temos prazeres com coisas e 
situações distintas, sendo próprio, ou seja, de cada ser humano. Nesse ponto é 
importante destacar que o seu prazer não pode (ou deveria poder) ser imposto ao 
outro. 
A virtude subordinada ao prazer pode ser alcançada por meio dos seguintes itens 
(CABRAL, 2021, s.p): 
 
• Inteligência: a prudência, o ponderamento que busca o verdadeiro prazer e evita a 
dor; 
• Raciocínio: reflete sobre os ponderamentos levantados para conhecer qual prazer é 
mais vantajoso, qual deve ser suportado, qual pode atribuir um prazer maior, entre 
outros. 
• Autodomínio: evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e 
participação política; 
• Justiça: deve ser buscada pelos frutos que produz, pois foi estipulada para que não 
haja prejuízo entre os homens. 
 
A oitava pamonha 
Cada um de nós temos a própria vida, de forma que não irá acontecer da mesma 
forma novamente. Você é o que é agora, assim como o mundo que o cerca e isso 
não se repetirá. Mesmo quando estamos frente a frente com outra pessoa, cada 
uma tem a sua perspectiva e cada uma vê o mundo da sua forma. A vida é inédita! 
Por mais que pareça que todos nós passamos pelas mesmas coisas e temos acesso 
as mesmas situações, cada um de nós tem as suas peculiaridades. Nós somos 
resultado das nossas experiências. 
Nós vamos nos transformando a cada experiência que passamos e não somos mais 
os mesmos ao fim de cada uma delas. Estamos sempre em transformação! 
Ninguém vive no mundo como nós, somos únicos e estamos sempre em fluxo. 
Conforme Costa (2010), devemos ter protagonismo em nossa vida, pois é essa 
atitude que nos gera automomia, autoconfiança e autodeterminaçãom, auxiliando 
na construção do nosso projeto de vida. 
A sabedoria de ontem, nem sempre se encaixa para a vida de hoje. E é isso que torna 
a vida sagrada e maravilhosa. Não existem fórmulas para a felicidade e cada 
resultado é inédito, sendo assim, sempre haverá uma nova sabedoria para uma vida 
renovada. 
 
 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Por que estamos esquecendo de viver o presente? 
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=8-cdS3uHqrM 
 
 
Referência Bibliográfica 
BARROS FILHO, C. MEUICCI, A. A Vida que vale a pena ser vivida. Ed. Vozes. 2014. 
CABRAL, J. F. P. “A Ética em Epicuro”; Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm. Acesso em: 21 de 
mar. De 2021. 
https://www.youtube.com/watch?v=8-cdS3uHqrM
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm
CORTELLA, M. S. Por que fazemos o que fazemos?. São Paulo: Planeta, 2016. 
COSTA, A. C. G. Pedagogia da presença: da solidão ao encontro. Belo Horizonte: 
Modus Faciendi, 2010. 
 
 
 
01 
Acerca dos traços pessoais, assinale a sentença correta: 
R: ada um deve construir a sua própria realidade 
02 
Segundo Epicuro existem remédios para alcançar a felicidade. Assinale a sentença 
correta: 
Não se deve temer a morte 
03 
A virtude subordinada ao prazer pode ser alcançada por meio de alguns itens. 
Assinale a correlação correta: 
Autodomínio: evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e 
participação política 
04 
Acerca do tema estudado, assinale a setença correta: 
R:Cada um de nós temos a própria vida 
05 
Acerca do jogo da vida, assinale a sentença correta: 
R:Você tem livre arbítrio e liberdade para tomar decisões 
06 
Assinale a característica que leva você a conquistar autonomia: 
R:protagonismo 
Valores 
Valores 
 
Geraldo e o tre-le-lê 
Em Sócrates e Aristóteles vemos a ideia de que a vida que vale a pena é a vida que 
compensa todas essas misérias e tristezas humanas, através do pensamento e de 
escolhas chamadas virtuosas. É aquela em que, o positivo compensa o negativo, por 
meio da conduta sábia do indivíduo, encontrando assim valor nas coisas, nas 
pessoas e na própria existência. 
Mas o que seria este valor? 
 
Segundo o dicionário da Língua portuguesa, em termos filosóficos, podemos 
significar a palavra como “propriedade ou carácter do que é, não só desejado, mas 
também desejável”, ou ainda, como “as próprias coisas desejáveis, sendo os 
principais valores o verdadeiro, o belo, o bem”. O vernáculo traz também uma 
definição que é estimativa “valor que se calcula pelo apreço ou estima que se tem 
um objeto”. ¹ 
 
A Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura define: 
 
“Um valor 
é sempre uma relação entre um objeto e um padrão utilizado pela consciência que 
avalia uma ação realizada ou a realizar. No aspecto filosófico, e pela análise de 
nossas atitudes práticas (não-teoréticas) e pela reflexão sobre as mesmas que 
conseguimos atingir a consciência do valor na sua essência. A questão sobre a 
natureza da moralidade, da arte e da religião conduz, por esta perspectiva, à 
essência dos valores éticos, estéticos e religiosos.” ² 
 
Logo, percebemos que para esta aula, dentre todas as definições possíveis para a 
palavra valor, nos interessa refletir sobre aquela que expressa um juízo subjetivo 
feito pelo ser humano. Cabe pensarmos aqui sobre a relação que estabelecemos 
com o mundo. Sobre como o valor das coisas tem a ver conosco, sobre como 
atribuímos valor a tudo, independentemente de haver um valor intrínseco em cada 
coisa ou acontecimento. 
A árvore vale para um viajante porque faz sombra; o anel barato vale para a neta, 
porque lembra a avó que o deu; e assim vamos atribuindo valor a cheiros, 
memórias, objetos e relações, de acordo com o que nos importa. 
 
 
Machado "goela baixo” 
Outro ponto de reflexão que se estabelece, está no fato de que, apesar de 
atribuirmos valor de acordo com o que é importante para nós, não é sempre que 
conseguimos sustentar essa escolha perante o mundo. Temos a necessidade de nos 
enquadrarmos na sociedade em que vivemos, nos grupos a que pertencemos e, por 
vezes, o desejo individual é colocado de lado por isso. E então, já não se declara 
preferência, renuncia-se ao desejo, submete-se ao valor dos outros, do grupo. 
A História mostra que através do valor estabelecido socialmente é que se estrutura 
a dominação. O filósofo francês, Michel Foucault, ensina que o poder é uma prática 
social constituída historicamente. 
 
“As relações de poder, seja pelas instituições, escolas, prisões, foram marcadas pela 
disciplina e por ela que as relações de poder se tornam mais facilmente observáveis, 
pois é por meio da disciplina que estabelecem as relações: opressor-oprimido, 
mandante-mandatário, subordinador-subordinado etc. Trata-se de uma relação 
assimétrica que institui a autoridade e a obediência, e não como um objeto 
preexistente em um subordinador. Trata-se de uma concepção do poder que se 
irradia da periferia para o centro, de baixo para cima, que se exerce 
permanentemente, dando sustentação à autoridade.” ³ 
 
 
Descomplicando o complexo 
A subjetividade da atribuição de valor muitas vezes conflita com a realidade e o 
funcionamento da vida. Como dito em aula, em diversas situações, a nossa 
perspectiva de valoração não condiz com as regras e determinações sociais, como 
diz o professor Clóvis de Barros: o gabarito não bate! E como exemplo, podemos 
citar as pessoas consideradas excelentes em seus afazeres que, a despeito de seus 
esforços e perícia, não alcançam seus intentos, ou seja, o incrível técnico de futebol 
que perde o campeonato, a bailarina espetacular que perde o concurso de dança ou 
exímio aluno que não recebe boa nota naprova. 
Da mesma forma que é correto dizer que valoramos as coisas do mundo a partir da 
nossa própria perspectiva, também se pode afirmar que o valor extrínseco 
(convencionado socialmente) delas oscila de acordo com quem as valora. E nada 
mais coerente com uma sociedade competitiva do que o poder da determinação 
final a respeito daquilo que tem ou não valor. 
São muitas as perspectivas e variáveis sobre o assunto e, por isso, cabe destacar sua 
complexidade com a ajuda do pensador Edgar Morin: 
 
“Segundo Edgar Morin (Introdução ao Pensamento Complexo, 1991:17/19): "...a 
complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, 
retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal. Mas 
então a complexidade apresenta-se com os traços inquietantes da confusão, do 
inextricável, da desordem no caos,da ambigüidade, da incerteza... Daí a 
necessidade, para o conhecimento, de pôr ordem nos fenômenos ao rejeitar a 
desordem, de afastar o incerto, isto é, de selecionar os elementos de ordem e de 
certeza, de retirar a ambigüidade, de clarificar, de distinguir, de hierarquizar... Mas 
tais operações, necessárias à inteligibilidade, correm o risco de a tornar cega se 
eliminarem os outros caracteres do complexus; e efetivamente, como o indiquei, elas 
tornam-nos cegos." 
 
¹ https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/valor. 
² Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. 
³ https://cafecomsociologia.com/o-poder-em-michael-foucault/ 
 
 
 
Atividade extra 
 
Nome da atividade: Fidelidade aos Próprios Valores 
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=j-gCaeFYrZA 
 
01 
A reflexão proposta em aula considerou o significado da palavra valor como: 
A expressão de um juízo subjetivo feito pelo ser humano sobre as coisas do mundo 
02 
A partir da perspectiva proposta em aula, de que forma atribuímos valor às coisas: 
De acordo com o que é importante para nós 
03 
Segundo o pensamento do filósofo francês, Michel Foucault, a História mostra que 
através do valor estabelecido socialmente é que se estrutura: 
a dominação 
04 
A atribuição de valor às coisas também nos remete a uma: 
https://www.youtube.com/watch?v=j-gCaeFYrZA
relação de poder 
05 
Como dito em aula, a atribuição de valor é um tema complexo em nossa sociedade 
e, nem sempre, “o gabarito bate”. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: 
R: o valor extrínseco (convencionado socialmente) das coisas oscila de acordo com 
quem as valora 
06 
Existem situações em que, ainda que haja uma atribuição de valor aceita 
socialmente, a complexidade da vida se encarrega de alterar os resultados 
associados a esta valoração. Não é um exemplo desta afirmação: 
a bailarina espetacular, que se machuca e se retira do concurso de dança 
Aspirações 
Aspirações 
 
Rebanho Sanfran 
Continuamos as nossas reflexões sobre a vida e nesse momento, falaremos sobre 
, sobre propósito. A palavra propósito vem do latim e tem o significado de “aquilo 
que eu coloco ali”, isto é, aquilo que eu procuro. “Uma vida com propósito é aquela 
em que eu entendo as razões pelas quais faço e pelas quais claramente deixo de 
fazer o que não faço” (CORTELLA, 2016, p.16). 
Para iniciar nossa discussão, deixo aqui uma pergunta: Onde você gostaria de 
chegar? Para responder a essa pergunta é necessário que você pense no amanhã, 
repense os seus desejos e também as coisas que podem te impedir de alcançar esse 
objetivo. 
Após dedicar um tempo para responder à pergunta, é necessário destacar que se 
você não sabe qual o destino a ser seguido, fica muito mais difícil encontrar o 
caminho. Inclusive, nesse ponto dos nossos estudos podemos trazer à tona um 
diálogo célebre de Lewis Caroll (2002), autor de “Alice no País das Maravilhas”, que 
acontece quando Alice está perdida e encontra o Gato em cima de uma árvore: 
 
– O senhor pode me ajudar? Diz Alice. 
– Claro. Responde o Gato. 
– Para onde vai essa estrada? 
– Para aonde você quer ir? 
– Eu não sei. Estou perdida. 
– Para quem não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve. 
 
Assim como acontece no diálogo, você deve saber o caminho a ser seguido e deve 
conseguir determinar o destino antes de se mover. Parece óbvio, não é mesmo? No 
entanto, muitas vezes não percebemos que essa atitude de estabelecer o caminho 
é de suma importância. 
Cada um de nós tem várias possibilidades durante o dia, durante o mês e durante 
uma vida. Nós é que decidimos onde queremos ou precisamos estar a cada 
momento. Assim como eu escolhi estar aqui escrevendo neste momento, por 
exemplo. Nós precisamos traçar estratégias para os caminhos da nossa vida. Você 
sabe o significado de estratégia? Segundo os autores Certo e Peter (2005, p.11) “a 
estratégia é definida como um curso de ação para garantir o alcance dos objetivos”. 
Saber onde se quer chegar não é fácil e muitas vezes enxergar essa trilha e traçar as 
estratégias corretas é ainda mais difícil. Podemos comparar a vida a uma escada: 
cada degrau alcançado é comemorado pela vida. Mas, podemos refletir: até quando 
essa escada vai? Você foi colocado nessa escada, sem saber o seu fim. 
Durante a nossa vida surgem diversos desfios e caminhos que vão sendo mostrados 
aos poucos e em alguns momentos, as nossas aspirações são construídas muito 
além daquilo que planejamentos ou queremos, como se fosse a vida te mostrando 
o caminho. E você apenas sabe que está indo para aquele caminho. Você não precisa 
se limitar ao que a maior parte das pessoas faz, sendo necessário trilhar aquilo que 
você deseja. 
 
Em algum lugar do futuro 
Ao longo da nossa vida, somos guiados pelos desejos. Mas o que é desejo? De 
acordo com Sócrates, “desejo é sempre desejo de alguma coisa que não se tem, ou 
que se tem, mas se teme perder no futuro. O desejo nasce necessariamente da 
falta” (ROCHA, 2000, p.95). 
Corroborado por Platão, que entende que o desejo está relacionado à falta, ou seja, 
o desejo é pelo que falta, sendo assim, o objeto de desejo é aquilo que falta. Mas, 
nem tudo que falta, faz falta. 
O desejo então pode ser definido como aquilo falta e que faz falta a quem deseja. 
Podemos dizer que o desejo consiste em uma energia mobilizada em direção àquilo 
que faz falta. 
Nesse momento, você pode se perguntar: De onde vem isso que faz falta? Essa falta 
vem da sua mente, aquilo que ela acusa como faltante. O desejo pode ser por 
alguém, por um objeto ou por uma situação. 
É necessário refletir que os desejos vão surgindo com o passar do tempo e você não 
vai sentir falta de algo que não existe. Como por exemplo, podemos citar o celular, 
que hoje em dia você irá sentir falta. Mas há anos atrás, quando ele não existia, 
ninguém sentia falta dele. 
Podemos constatar então que nós vivemos a nossa vida, nos cercando de valores e 
experiências, que serão utilizados para pensar nos seus objetivos. A partir daí, 
surgirão os seus desejos. Em toda aspiração, teremos uma falta para que algo seja 
desejado por nós e isso foi presença para alguém próximo a você. A partir desse 
momento, você passa a ter desejos e aspirações em determinados pontos da vida 
que você gostaria que fossem presença no futuro, apesar de atualmente, serem 
falta. 
 
No talo da perfeição 
Quando falamos em aspirações, pensamos em “correr atrás”, pretender e até 
mesmo ambição. É comum pensarmos que a maior parte das pessoas possui essas 
ambições para ganhar mais dinheiro, conforto e até mesmo glória, reconhecimento. 
Nesse momento, vamos pensar em aspiração com outra conotação, que é buscar o 
máximo de perfeição que a natureza permite alcançar. Sendo assim, estaríamos 
tirando mais de nós na hora de viver. “Esta questão sobre os propósitos tem vindo 
à superfície gradualmente. Até há algum tempo, a vida era muito menos complexa 
e a intenção principal era sobreviver. Isto é, obter recursos para criar uma família e 
ter umpatrimônio que se pudesse deixar em herança” (CORTELLA, 2016, p.17). 
Sabemos que atualmente esse sentido foi ampliado, ultrapassando as barreias do 
trabalho. Mas o que preciso fazer para conseguir conquistar aquilo que aspiro? 
Explore os seus talentos, suas habilidades e atue no local que você se identifica. É 
importante ir atrás daquilo que você busca, treinando, repetindo, começando de 
novo, quantas vezes forem necessárias. Quando uma pessoa tem talento somado 
ao treinamento, as possibilidades de conseguir uma performance muito boa, são 
maiores. Isso é o que Aristóteles chama de excelência: “Viver em aretê”. 
“Em sentido amplo, por aretê, os gregos designavam qualquer boa qualidade 
conformada tanto com dotes e valores inerentes e/ou agregados aos seres e aos 
objetos ou coisas, quanto com o bem ou a excelência almejada e presente, por 
anuência ou concessão, em qualquer prática, ação ou conduta” (SPINELLI, 2014, 
p.166). 
Isso significa que você estará habitualmente (e não excepcionalmente), muito 
próximo do máximo de excelência que a natureza permite conseguir. Viver em aretê 
é jogar quase sempre em altíssimo nível e não somente às vezes. Dessa forma, você 
estará habituado a fazer o melhor. 
Nesse ponto dos seus estudos é necessário destacar que a excelência é distinta para 
cada um de nós. A excelência é o máximo nos limites e nas condições vividas naquele 
instante e proporcionadas pela natureza daquela pessoa que está vivendo. Os 
limites da natureza são muito variáveis e cada pessoa precisa levar isso em 
consideração. 
Cada de um de nós sabe exatamente do que é capaz e se conhece como ninguém, 
sendo assim, somos responsáveis pelo estabelecimento de até onde podemos ir. 
Toda vez que você, mesmo sem ninguém ver, conseguir conquistar algo que ainda 
não tinha conseguido, estará aspirando a excelência, conseguindo dar o melhor de 
si para aquela situação. 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Conversa – Alice e o Gato 
Link para assistir a atividade: https://youtu.be/IlZlSSVlnig 
 
 
https://youtu.be/IlZlSSVlnig
 
01 
Após a leitura do material de apoio e assistir as aulas, assinale a sentença incorreta 
acerca do propósito: 
Propósito é conseguir se mover antes de determinar o destino 
02 
Assinale a sentença correta acerca do termo “Viver em aretê”: 
Estar muito próximo do máximo de excelência que a natureza permite conseguir 
03 
De acordo com os ensinamentos de Aristóteles, assinale o que ocorre com quem 
possui boa qualidade conformada tanto com dotes e valores inerentes e/ou 
agregados: 
Está próximo do máximo de excelência. 
04 
Cada um de nós tem várias possibilidades durante o dia, durante o mês e durante 
uma vida. Precisamos traçar estratégias para conquistar o que queremos. Acerca 
da estratégia, assinale a sentença correta: 
R: Estratégia é o curso de ação para garantir o alcance dos objetivos 
05 
Após a leitura do material de apoio e assistir as aulas, assinale a sentença incorreta 
acerca das aspirações: 
Todo mundo deveria aspirar o melhor, buscando se manter onde está 
06 
Observe as sentenças a seguir e assinale a correta: 
Cada de um de nós sabe exatamente do que é capaz 
bjetivos/Metas 
 
Cósmica como toda natureza 
A antiguidade clássica é o período da história entre o século VIII a.C. e o século V 
d.C. centrado no mar Mediterrâneo, abrangendo as civilizações da Grécia e da 
Roma antigas, sendo conhecido como mundo greco-romano. Nesse período as 
sociedades grega e romana floresceram e exerceram grande influência em toda a 
Europa, norte de África e Ásia ocidental. 
De um modo geral, surgiram duas formas de conceber o cosmos: a cosmologia 
antiga (gregos) e a cosmologia cristã (até certo ponto, latina). Novas teorias foram 
desenvolvidas a respeito do homem, do conhecimento e da natureza, baseadas 
nessas duas cosmologias ou visões de mundo. 
A cosmologia grega, mais especificamente, muito sustentada em Aristóteles e 
Platão, compreendia o mundo (o cosmos) como um todo finito e ordenado. Todos 
os seres, inclusive o homem, fazem parte do todo e estão sujeitos a uma lei natural 
imutável. Também são transitórios, tendo começo, meio e fim. Já o cosmos (o 
todo), era considerado imortal e eterno. A natureza com suas leis e limites impõe-
se às coisas e aos seres humanos, sendo estas leis um conjunto de princípios ou 
ideias superiores, imutáveis, estáveis, permanentes. A autoridade, então, provém 
da natureza e não da vontade do homem. 
Para os gregos, tudo tinha uma razão de ser e todas as coisas e seres cumprem o 
seu papel, inclusive o homem. Por isso, seria tão importante se conhecer, porque 
este seria o caminho para descobrir seu papel no mundo e a forma como poderia 
contribuir com o todo, considerado mais importante do que suas partes. 
 
Feios, tortos e encantadores 
A Eudaimonia é o termo que retrata o grande objetivo/meta dos gregos de 
cumprir o seu papel no cosmos, entrando em harmonia com o todo. Este era 
considerado o ideal da vida, pois, uma vez em harmonia com o todo, as pessoas 
seriam felizes e cada um seria o que nasceu para ser. 
 
“Do grego eudaimonia, felicidade. Doutrina moral segundo a qual o fim das ações 
humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do 
exercício da virtude, a única a nos conduzir ao soberano bem, por conseguinte, à 
felicidade. É essa identificação do soberano bem com a felicidade que faz da moral 
de Aristóteles um eudemonismo; também a moral provisória de Descartes pode ser 
entendida como um eudemonismo (que não se deve confundir com hedonismo).”¹ 
 
“Qualquer doutrina que assuma a felicidade como princípio e fundamento da vida 
moral. São eudemonistas, nesse sentido, a ética de Aristóteles, a ética dos estoicos 
e dos neoplatônicos, a ética do empirismo inglês e do iluminismo. Kant acredita que 
o eudemonismo seja o ponto de vista do egoísmo moral, ou seja, da doutrina "de 
quem restringe todos os fins a si mesmo e nada vê de útil fora do que lhe interessa" 
(Antr., I, § 2). Mas esse conceito de eudemonismo é demasiado restrito, pois o 
mundo moderno, a partir de Hume, a noção de felicidade tem significado social, 
não coincidindo portanto com egoísmo ou egocentrismo.” ² 
 
“Literalmente, 'eudemonismo' significa "posse de um bom demônio", ou seja, gozo 
ou fruição de um modo de ser mediante o qual se alcançará a prosperidade e a 
felicidade. Filosoficamente, entende-se por 'eudemonismo' toda tendência ética 
segundo a qual a felicidade é o sumo bem. 
 
Característica do eudemonismo é considerar que não pode haver incompatibilidade 
entre a felicidade e o bem. Os que se opõem ao eudemonismo, em contrapartida, 
admitem que a felicidade e o bem podem coincidir, mas não coincidem 
necessariamente. Para o eudemonismo, a felicidade é o prêmio da virtude e, em 
geral, da ação moral. Para o antieudemonismo, por outro lado, a virtude vale por si 
mesma, independentemente da felicidade que pode produzir.” ³ 
 
Em seguida, os seguidores de Jesus, mais especificamente representados por 
Agostinho e Tomás de Aquino, deram continuidade à reflexão a respeito do 
propósito da vida humana e de como alcançar a felicidade. Aspectos importantes 
foram trazidos, diametralmente opostos aos pensamentos gregos aristotélicos. 
Para os cristãos, Deus planejou nossas metas e objetivos para alcançarmos a 
santidade, todavia, não nos obriga a cumprir seus desígnios. 
Nesta nova produção filosófica, Deus nos autoriza a sermos livres, senhores das 
próprias vidas, conforme textos bíblicos, nos teria sido dado o livre arbítrio. Nosso 
valor e felicidade não seriam determinados pelo o que recebemos de antemão, 
mas sim pela maneira como investimos nossa natureza no auto-aperfeiçoamento 
e na dedicação às causas nobres. 
 
Agora é nóis, mano! 
Por fim, estudamos o Humanismo, teoria renascentista e europeia (a partir do 
século XIV na Itália, final do século XVe século XVI na França) que redescobriu as 
obras e os textos da Antiguidade. O movimento defende que é o próprio ser 
humano quem deve definir como sua vida deve ser vivida. O humano está acima 
de tudo, ele é gestor da sua própria trajetória. 
Cabe a cada um pensar a respeito do que quer para si e para o mundo. A definição 
do que a humanidade deve ser pertence ao próprio homem, portanto, seus 
objetivos e metas devem estar ligados a melhor humanidade possível, não só ao 
eu, egoísta, mas a tudo o que torna melhor os seres e a sociedade. 
 
“Do latim humanistas. Atitude filosófica que faz do homem o valor supremo e que 
vê nele a medida de todas as coisas. 
 
Movimento intelectual que surgiu no renascimento. Lutando contra a esclerose da 
filosofia escolástica e aproveitando-se de um melhor conhecimento da civilização 
grego-romana, os humanistas (Erasmo, Tomás Morus etc.) se esforçaram por 
mostrar a dignidade do espírito humano e inauguraram um movimento de 
confiança na razão e no espírito crítico. Por uma espécie de deslocamento, o termo 
"humanismo" tomou dois sentidos particulares: a) na filosofia, designa toda a 
doutrina que situa o homem no centro de sua reflexão e se propõe por objetivo 
procurar os meios de sua realização; b) na linguagem universitária, designa a ideia 
segundo a qual toda formação sólida repousa na cultura clássica (chamada de 
humanidades).” 4 
 
“Abordagem filosófica baseada na suposição de que a humanidade é a coisa mais 
importante que existe e que não pode haver conhecimento de um mundo 
sobrenatural - caso ele exista.” 5 
 
“Conceder importância superior ao que é humano e não a questões divinas ou 
sobrenaturais.” 6 
 
Vale destacar que na filosofia as teses se complementam, logo, não se invalida 
uma teoria após surgirem outras. Todas possuem importância histórica e filosófica. 
 
 
¹ JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2008. 
² ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. 
³ MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004. 
5 VÁRIOS COLABORADORES. O Livro da Filosofia. Tradução de Rosemarie 
Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011. 
6 LEVENE, Lesley. Penso, Logo Existo: Tudo o que Você Precisa Saber sobre Filosofia. 
Tradução de Debora Fleck. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. 
 
 
 
 
Atividade extra 
 
Nome da atividade: Filosofia, política e cosmologia: ensaios sobre o renascimento. 
Capítulo 2: As leis do cosmos e a liberdade do homem: Giovanni Pico Della 
Mirandola e Leon Batista Alberti, pág. 35. Jonathan Molinari. 
Link para ler a atividade: http://books.scielo.org/id/75pz8/pdf/pinto-
9788568576939.pdf 
01 
A compreensão de que o mundo (o cosmos) é um todo finito e ordenado está 
ligada a: 
R: cosmologia grega 
02 
De acordo com a cosmologia grega: 
R: Todos os seres, inclusive o homem, fazem parte do todo e estão sujeitos a uma 
lei natural imutável 
03 
O pensamento grego, exposto em aula, defendia a teoria de que o caminho para 
descobrir seu papel no mundo seria: 
R: o autoconhecimento 
04 
O termo grego eudaimonia remete a: 
R: felicidade 
05 
Considerando a cosmologia cristã, como seria definido nosso valor e felicidade: 
R: pela maneira como investimos nossa natureza no auto aperfeiçoamento e na 
dedicação às causas nobres 
06 
Assinale a frase que expressa corretamente como o humanismo teoriza a respeito 
da vivência humana: 
R: O humano está acima de tudo, ele é gestor da sua própria trajetória 
Planejamento 
Planejamento 
A areia e o caminhãozinho 
O mundo vem passando por diversas modificações nos últimos anos e muitas vezes, 
não temos consciência de como tudo está acontecendo de forma rápida. Diante 
dessa velocidade, é importante relembrar que os valores são o fazem valer a vida 
que levamos. Nós conversamos até aqui sobre metas e objetivos, mas você precisa 
pensar em como alcançá-los. A partir do momento que esse objetivo é alcançado, 
ele é destruído. Restando portanto, a definição de novas metas e novos objetivos. 
Sendo assim, podemos entender que ao conseguir conquistar a meta traçada, ela 
passa a deixar de existir, estando cumprida. 
O planejamento da vida é muito importante para todos nós, traçando sempre 
objetivos e metas. Os objetivos devem ser alvos específicos e capazes de serem 
mensuráveis. São de longo prazo e possuem uma finalidade. Um objetivo é 
composto por metas para onde você deve direcionar os seus esforços. Sendo assim, 
a meta corresponde aos pontos estipulados que se relacionam com o caminho, 
sendo de curto prazo (CERTO; PETER, 2005). 
As metas e objetivos devem ser alcançáveis, ou seja, estarem dentro do seu alcance, 
porque se não, você ficará sempre frustrado. Não podem ainda estar muito 
próximos ou fáceis, pois devem estimular o seu crescimento, busca pelo mérito e 
desenvolvimento de competências. A ideia é que as metas e objetivos não sejam 
nem tão fáceis e nem tão difíceis, sendo razoáveis. 
As metas e objetivos devem ser estabelecidos levando-se em conta o meio termo: 
você pode ser vitorioso, se e somente se houver crescimento e aperfeiçoamento de 
si. 
Raramente as metas e objetivos dependem apenas de você. As grandes metas e 
objetivos normalmente são construídas em equipe, de forma coletiva, como por 
exemplo, dentro das organizações. Os objetivos coletivos são entendidos como 
maiores do que aqueles estritamente individuais. 
Para planejar de forma eficaz, você deve conseguir estabelecer metas e objetivos de 
forma coletiva, levando-se em conta as tarefas e as expertises individuais. Afinal, 
uma meta e um objetivo serão mais legítimos se conquistarem o sucesso de todos. 
 
Amarrar para conhecer 
“Para onde vou agora? O que faço da minha vida? O que é essencial? Sabendo que 
a morte é tão próxima a todos, como alcançar o essencial? Você está realizando todo 
o seu potencial, a cada instante? Tempo rapidamente se esvai e oportunidade se 
perde” (GUIMARÃES, 2020, p. 20). 
Com essas perguntas e reflexões iniciamos esse estudo, sabendo que precisamos 
ter objetivos inteligentes e que possam ser alcançados. Os caminhos a serem 
escolhidos são inúmeros e o planejamento implica em escolhas. Essas escolhas 
requerem atribuição de valores e nem sempre o que é mais rápido, é mais 
econômico. 
Para que seja possível escolher o melhor caminho, você precisa definir as variáveis 
que podem interferir no percurso. A essas variáveis chamaremos de estudos. A 
eficiência a ser conquistada no caminho dependerá da qualidade do seu estudo e 
do conhecimento das variáveis que incidem sob o seu projeto de vida. O 
mapeamento das variáveis e o estudo adequado são condição do sucesso de um 
bom planejamento. 
 
A raposa e o caminhar 
Um homem vinha caminhando pela floresta quando viu uma raposa que perdera as 
pernas, e perguntou-se a si mesmo como ela faria para sobreviver. 
Viu então um tigre se aproximando com um animal abatido na boca. O tigre saciou 
a sua fome e deixou o resto da presa para a raposa. 
No dia seguinte, Deus alimentou a raposa usando o mesmo tigre. 
O homem maravilhou-se da grandiosidade de Deus e disse a sí mesmo: 
- Também eu irei me recolher num canto, com plena confiança em Deus, e ele há de 
prover tudo o que eu precisar! 
Assim fez. Mas durante muitos dias nada aconteceu. Estava já quase às portas da 
morte quando ouviu uma voz: 
- Ó, tú que estás no caminho do erro, abre os olhos para a verdade! Siga o exemplo 
do tigre valoroso e pare de imitar a raposa aleijada!” 
Fonte: Revide, 2013. 
 
O instinto é uma resposta rápida e mecânica a um estímulo. Os animais são 
instintivos, já o homem não, pois não temos resposta rápida ao estímulo. Então, 
como é possível observar no texto anterior, não é possível que você fique esperando 
tudo “cair do céu”. 
Você é um ser humano e é convidado todos os dias a pensar para viver.

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