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Fundamentos Olá, Vivemos numa sociedade cada vez mais imediatista, na qual estresse e ansiedade tornaram-se comuns a todos. O sistema capitalista cobra resultados cada vez maiores e nem sempre as organizações investem no bem-estar de seu colaborador. Em casa nossos filhos são mais questionadores e cobram nossa atenção de forma muitas vezes mais cruel que nossos “chefes”. Diante desse cenário, ter uma boa Gestão do Tempo torna-se uma obrigação. Esse treinamento foi desenvolvido com o objetivo de tornar mais eficaz a sua relação com tarefas, compromissos, anotações e contatos. Você gostaria de ter mais tempo em sua vida? Para quê? Algumas reflexões sobre Gestão do Tempo... “Tempo é dinheiro.” Existem ditados que considero bastante infelizes, principalmente se não soubermos interpretá-los. O que mais me incomoda na frase acima é o quanto ela nos passa uma ideia de trabalho constante. Se o dia tivesse 6 horas a mais, trabalharia todas elas para gerar mais dinheiro. Em outro cenário, se conseguir reduzir a realização de minhas tarefas em 2 horas, terei novamente mais tempo para gerar mais dinheiro. Discordo disso. Boa parte do tempo que podemos gerar através de produtividade deve ser destinado a geração de equilíbrio trabalho-lazer, não de dinheiro. “Isso é coisa para quem é organizado demais.” Não há dúvidas que quanto mais habilidade de organização você tiver mais fácil será gerenciar seu tempo. Pessoas com alto nível de racionalidade terão uma maior aptidão a absorver os conceitos apresentados aqui. Porém, definir-se como incapaz de desenvolver técnicas que melhorem sua relação com o tempo já é demais. Não se vitimize, nem caia no erro do “eu sou assim e pronto”. “Torna a minha vida muito programada.” Outro erro comum de quem olha de fora um processo de organização do tempo é acreditar que o mesmo torna a sua agenda muito engessada. A questão é simples: se fosse capaz de fazer sobrar 1 hora no seu dia, teria mais liberdade ou se sentiria mais preso? Se vivesse menos em regime de urgência, qual domínio teria sobre suas ações? Acredite! Quanto melhor for o planejamento de seus compromissos e tarefas mais liberdade de ação você terá no seu dia-a-dia. “Minha vida pessoal e profissional são muito bem separadas.” Você é único. Não existe o lado profissional separado do pessoal. De fato é muito comum pessoas terem comportamentos distintos no trabalho e em casa. Em geral, o ambiente corporativo demanda um nível de organização maior e o risco de uma demissão torna as pessoas mais receptivas a métodos e padronizações. Agora reflita sobre quantas vezes você levou trabalho para casa e prejudicou o convívio com a sua família. Ou ainda quantas vezes um problema pessoal atrapalhou seu desempenho no trabalho. Um sistema de gerenciamento de tempo deve levar em conta todos os papéis do indivíduo, sem separação. Proatividade O conceito de proatividade é lugar comum no universo corporativo. A todo momento somos cobrados a tomar iniciativa e assumir a responsabilidade por nossas ações. Proatividade vai muito além de iniciativa. É assumir a responsabilidade pelas suas escolhas, independente de ter ou não culpa nos resultados. O meio externo influencia? Sim. É o responsável pelas suas escolhas? Não. Ter uma postura positiva em suas ações e perder tempo apenas com o aquilo que você é capaz de influenciar, compõe o comportamento proativo. Atividade extra Nome da atividade: Filme Assista o filme Antes de partir, de dezembro de 2007. Sinopse: O bilionário Edward Cole e o mecânico Carter Chambers são dois pacientes terminais em um mesmo quarto de hospital. Quando se conhecem, resolvem escrever uma lista das coisas que desejam fazer antes de morrer e fogem do hospital para realizá-las. QUESTÕES A “Gestão do Tempo” tem por objetivo tornar mais eficaz a sua relação com tarefas, compromissos, anotações e contatos, qual das alternativas abaixo apresenta a vantagem de quem utiliza essa prática? R: Prioriza e organiza melhor suas atividades 02 Segundo a perspectiva da “Gestão do Tempo”, o que acontece quando não planejamos nossa semana? R: As demandas externas que definem o que temos que fazer. 03 Quando falamos em “Gestão do Tempo” ouvimos muitas frases, dentre as alternativas abaixo qual está de acordo com os princípios da gestão do tempo? R: “Minha vida pessoal e profissional são uma coisa só” 04 As características de uma pessoa proativa, vai além de tomar a iniciativa, e podemos perceber isso na sua fala também, dentre as afirmações abaixo, qual delas seria dita por uma pessoa proativa? R:“Vamos procurar as alternativas” 05 Ser proativo não é apenas tomar a iniciativa para realizar as ações, existem atitudes envolvidas nesse processo, dentre as afirmações abaixo, qual destas atitudes tem relação com o perfil proativo? R: Meu comportamento é produto da minha própria escolha 06 A “Gestão do Tempo” tem por objetivo tornar mais eficaz a sua relação com tarefas, compromissos, anotações e contatos“Gerir bem o tempo não significa se ocupar com inúmeras atividades o dia todo, mas sim administrar as atividades que precisam ser feitas por ordem de prioridade e a quantidade de energia necessária para que elas sejam efetivamente concluídas” R: Organizar a sua semana e te dar uma maior liberdade A Matriz do Tempo Metas É impossível gerenciar seu tempo sem saber onde pretende chegar. A definição de metas de curto, médio e longo prazos é fundamental para um correto planejamento semanal, afinal suas ações precisam estar alinhadas aos seus objetivos. “Deixo a vida me levar, vida leva eu...” é bem popular e positivo na canção do Zeca Pagodinho. Mas será que essa é a melhor atitude a tomar em sua vida? E se a vida lhe levar para onde não quer? Uma vida sem definição de metas é uma vida sem norte. Urgência x Importância A grande mudança de paradigma na Gestão do Tempo é separar suas atividades recorrentes e imprevistas em Urgência e Importância. Tudo que é urgente é necessariamente importante? A Importância está diretamente relacionada às suas metas. E urgência está intimamente ligada ao tempo que você dispõe para realizar a atividade sugerida. Várias atividades podem ser urgentes e importantes. Uma crise com um cliente, um familiar doente precisando de apoio. Porém, muitas atividades são meramente urgentes, mas não estão alinhadas às suas metas e, por várias vezes, apenas desperdiçam seu tempo. Todas as atividades (compromissos ou tarefas) que vivemos diariamente podem ser divididas em quadrantes. A formação desse modelo mental é baseada em dois conceitos fundamentais: importância e urgência. Importante: atividades que estão alinhadas com seus interesses, valores e prioridades. Urgente: atividades que possuem um prazo imediato. Dessa forma divide-se o tempo em quatro quadrantes: Como está dividido o seu tempo nos quadrantes acima? Atividade extra Nome da atividade: Um exercício prático da matriz do tempo Assista ao vídeo: PRODUTIVIDADE com a MATRIZ de EISENHOWER Link: https://www.youtube.com/watch?v=yn14T9figS4 01 Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual é a classificação do quadrante I? R: Urgente e Importante 02 Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do quadrante II? R: Não urgente e importante 03 https://www.youtube.com/watch?v=yn14T9figS4 Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificados conforme sua urgência e sua importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do quadrante III? R: Urgente e Não importante 04 Na Matriz do Tempo, os quadrantes são classificadosconforme sua urgência e sua importância, formando então a “Matriz do Tempo”, qual a classificação do quadrante IV? R: Não urgente e Não importante 05 Segundo a gestão do tempo, atividades como planejamento, criatividade e preparação, são características de qual quadrante? R: II 06 “A tecnologia permitiu que o tempo de deslocamento, por exemplo, fosse convertido na conclusão de relatórios, no envio de e-mails, na oportunidade de um curso de idiomas e até mesmo na manutenção de relacionamentos. As facilidades proporcionadas pelos recursos tecnológicos atuais “borram” as linhas divisórias entre os momentos da vida, confundindo as prioridades e nos permitindo sacrificar elementos essenciais que trariam equilíbrio” Fonte: https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ Acesso em: 03 set. 2021.O excesso de trabalho e o estresse, faz muitas vezes a gente buscar as atividades de fuga, como redes sociais e TV em excesso, ficando horas apenas zapeando os canais/streamings ou rolando a timeline infinitamente, essas são características referentes à qual quadrante? R: IV Trabalhando os quadrantes Uma vez compreendida a distribuição de seu tempo nos 4 quadrantes da Matriz do Tempo, faz-se necessário realizar um trabalho de redução nos quadrantes IV, III e I. O objetivo é ter cada vez mais tempo para dedicar ao quadrante II. Como ELIMINAR o quadrante IV? - Reflexão constante; - Cuidado com os ladrões do tempo: televisão e internet; - Gestão do estresse; - Propósito familiar / pessoal; Como EVITAR o quadrante III? https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ - Alinhamento (profissional); - Discutir a relação (pessoal); - Esclarecer expectativas; - Aprender a dizer não e a negociar novos prazos; - Delegando poder (aumentando o nível de autonomia); - Desde que seja possível, não atenda todas as suas ligações. Faça um filtro na origem das ligações e no momento em atendê-las. Interromper uma atividade importante pode levar à perda de foco; Aprendendo a dizer não Está aí uma tarefa bem complicada. Dizer não torna-se especialmente difícil quando, por mais que a atividade proposta seja de nenhuma importância em sua vida, a pessoa que está pedindo é. Leia abaixo os problemas relacionados e algumas dicas que vão facilitar o seu próximo NÃO. Problemas: - É algo contrário à nossa cultura; - Muitas vezes passa antipatia, grosseria ou falta de atenção; - Dicotomia entre a não importância da tarefa e a importância da pessoa; Dicas: - Tenha um planejamento semanal como escudo; - Pense na tarefa você não realizará para atender o pedido; - Faça perguntas: isso é necessário agora? Precisa realmente de mim? Precisa realmente ser feito? - Não use o TALVEZ; - Ao superior: transfira a ele a decisão sobre as suas prioridades; - Fuja à popularidade e tenha coragem! Como REDUZIR o quadrante I? - Realizando um Planejamento semanal; - Cuidando dos relacionamentos; - Delegando; - Meta: 25% em urgências. Atividade extra Nome da atividade: Filme Assista o filme Click, de agosto de 2006. Sinopse: Um arquiteto, casado e com filhos, está cada vez mais frustrado por passar a maior parte de seu tempo trabalhando. Um dia, ele encontra um inventor excêntrico que lhe dá um controle remoto universal, com capacidade de acelerar o tempo. No início, ele usa o aparelho para acelerar qualquer momento tedioso, mas se dá conta de que está acelerando o tempo demais, deixando de viver preciosos momentos em família. Desesperado, ele procura o inventor para ajudá-lo a reverter o que fez. 01 Segundo a “Matriz do Tempo”, devemos classificar as atividades em relação ao que é ou não importante e urgente para que possamos trabalhar mais nos quadrantes que realmente são relevantes, quais as ações que devemos seguir para cada quadrante? I – Reduzir, II – Focar, III – Evitar e IV – Eliminar 02 Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos eliminar o máximo possível das coisas que estão no quadrante IV, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações abaixo se enquadra nesse quesito? Reflexão constante, cuidado com os ladrões do tempo e gestão do estresse 03 Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos evitar o máximo possível das coisas que estão no quadrante III, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações abaixo se enquadra nesse quesito? Alinhamento profissional, discutir a relação e aprender a dizer não 04 Segundo a “Matriz do Tempo”, o ideal é tentarmos reduzir o máximo possível das coisas que estão no quadrante I, dentre as dicas dadas no curso, qual das ações abaixo se enquadra nesse quesito? Realizando um planejamento semanal, cuidando dos relacionamentos e delegando 05 Segundo a “Matriz do Tempo” separa em quatro quadrantes dividindo em ações importantes, não importantes, urgentes e não urgentes, imagine que traçaremos uma linha nesta matriz dividindo-a em duas partes, para uma melhor gestão do tempo o indicado é que vivamos sempre: Acima da linha 06 Aprender a dizer não é uma das tarefas mais complicadas, principalmente por conta da nossa cultura e o quão próximo a pessoa é de nós. Aprenda a dizer “não” É importante, tanto para a vida profissional como para a pessoal, ter a consciência da necessidade de ser claro no comprometimento do tempo. Os conflitos de agendas devem ser negociados com foco nos objetivos de cada pessoa. Se a demanda o afastar do caminho das metas, a franqueza no momento da negação protege os dois lados. Fonte: https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ Acesso em: 03 set. 2021. Dentre as alternativas abaixo, qual delas é uma boa forma de trabalhar isso em nós para aprendermos a dizer não, segundo a ótica da Gestão do Tempo? Tenha um planejamento semanal como escudo Preparando a Casa Todo sistema de Gestão de Tempo deve ter como base os seguintes pontos: contatos, compromissos, anotações e tarefas. O primeiro passo na organização desses pontos é a escolha da ferramenta que irá auxiliar o processo. https://fia.com.br/blog/gestao-do-tempo/ FERRAMENTAS CONTATOS: celular, provedores de e-mail, computador, agenda etc. COMPROMISSOS: ferramentas de calendário, google agenda, agenda tradicional etc. ANOTAÇÕES: aplicativos de celular, outlook, bloco de notas, folha de anotações etc. TAREFAS: aplicativos de celular, google tarefas, outlook, bloco de notas etc. DEFINA SEU ESTILO A escolha das ferramentas define o seu estilo de gestão. TOTALMENTE ONLINE: smartphone, laptop e ferramentas online. TOTALMENTE OFFLINE: agenda tradicional, papéis para anotações. MISTO: um pouco de cada. Em qual estilo você se enquadra? O PLANEJAMENTO TIPOS DE PLANEJAMENTO Longo Prazo: mais de um ano para realizar. Ex.: filhos, casamento, compra de apartamento, carro, etc. Médio Prazo: menos de um ano para realizar. Ex.: eventos, viagens, cursos, treinamentos etc. Curto Prazo: uma semana. Ex.: tarefas e compromissos. Curtíssimo Prazo: follow up diário. Ex.: verificação das atividades adiadas, do dia e que podem ser antecipadas. OS PILARES DA GESTÃO DO TEMPO CONTATOS - Registro de telefone, email, empresa, cargo etc no seu telefone e provedor de email. - Estabeleça o maior network possível. - Cultive o vínculo fraco. - Crie grupos no provedor de email. - Seja criterioso com os contatos do Facebook e use o Linkedin. COMPROMISSOS - Anote todos em uma plataforma com lembretes. - Compartilhe com as pessoas envolvidas. - Anote as informações fundamentais do compromisso (pauta, local, horário, convidados). - Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes (aniversários). - Use os lembretes de forma criteriosa. - Não registre uma Tarefa como Compromisso. ANOTAÇÕES - Fundamental na organização do conhecimento. - Use para projetos futuros, pautas, dados etc. - Mantenha uma Tarefa associada a Anotação quando necessário(evite que caia no esquecimento). - Crie pastas em seu computador para organizar artigos, apresentações etc. TAREFAS - Registre todas as suas tarefas importantes. - Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes. - Defina SEMPRE um prazo, mesmo que tenha que adiar constantemente. - Transforme emails em tarefas (copiando os dados relevantes). - Seja criterioso no uso de lembretes. Atividade extra Nome da atividade: Livro Leia o livro Primeiro o mais importante, Stephen R. Covey, Editora Sextante. Dicas Práticas GESTÃO DE E-MAILS: Algumas dicas valiosas para aumentar a sua produtividade: - Caixa de entrada é de ENTRADA! Não deixe as mensagens na caixa de entrada eternamente. Uma vez resolvido o assunto encaminhe o e-mail para outra pasta. - Gerencie SPAMs. Utilize um e-mail auxiliar para cadastros e fichas. Marque os indesejados como SPAM e cancele o cadastro nos mailings indesejados. - Reduza as respostas desnecessárias (ok, ciente etc). Faça a sua parte e cobre das pessoas que façam a delas. Reduzir em 20% o número de e-mails abertos por dia tomando essa medida. - Só copie quem for necessário. - Use cópia oculta. - Não apague e-mails. - Crie apenas pastas necessárias. - Crie uma pasta padrão para e-mails resolvidos. - Crie grupos de destinatários. - Defina horários para “zerar” a caixa de entrada. - Não ligue nenhum notificador de e-mails. - Não verifique a caixa o tempo todo! ESCREVENDO EMAILS - O assunto deve ser totalmente compreensível; - Não escreva textos longos (3 ou 4 parágrafos no máximo); - Dê espaço entre parágrafos; - Use tópicos numerados e marcadores; - Leia o texto antes de enviá-lo; - Evite “broncas” por e-mail. GESTÃO DE REUNIÕES Algumas dicas para tornar suas reuniões mais objetivas e produtivas. - Defina Pauta; - Selecione os presentes; - Defina horário de início e principalmente de término; - Envie os arquivos necessários previamente; - Comece SEMPRE no horário; - Eleja um mediador; - Seja o mais sinérgico possível. CONSIDERAÇÕES FINAIS SINTA O RESULTADO O início é árduo e precisa de grande dedicação. É um processo de mudança de hábito. Assuma o compromisso de fazer por 4 semanas seguidas. Ao final de cada uma delas, veja o quanto você progrediu! ESTUDE Nunca foi tão fácil ter acesso ao conhecimento. Pratique sistematicamente atividades de estudo como leituras, treinamentos, cursos formais e outros. REVEJA CONSTANTEMENTE O MÉTODO O melhor método de Gestão do seu tempo é o que você desenvolverá. Utilize as dicas discutidas nesse curso para criar seu próprio modelo. Algo que sugeri não surtiu efeito? Ignore! Você pensou em adaptar alguma dica para outro formato? Faça! ENSINE A melhor forma de fixar um método é compartilhá-lo com outras pessoas. Comece dividindo o modelo com alguém próximo e depois expanda seus horizontes. Atividade extra Nome da atividade: Livro Leia o livro Estratégias práticas para ganhar mais tempo, Christian Barbosa, Editora Sextante. Referência Bibliográfica COVEY, Stephen R., Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo:Editora Best Seller, 1999, 2a ed. BARBOSA, Christian, A tríade do tempo, Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2011. BARBOSA, Christian, 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo, Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2013. Vida - Sentido da Vida Vida - Sentido da Vida Pensar para viver bem É sabido que viver pressupõe experienciar diversos momentos e sensações diferentes ao longo da passagem por este mundo. Não é à toa que caiu no uso popular a expressão “valer a pena”. Pode-se pensar, inclusive, que a expressão poderia ser (se é que já não foi) “valer as penas”, visto que muitas são as dores, tristezas e dificuldades pelas quais passamos ao longo dos anos. No entanto, foi justamente esta reflexão que trouxe a alguns teóricos uma visão relativamente positiva sobre a trajetória humana na terra. Sócrates, por exemplo, defendia a ideia de que a vida que vale a pena é a vida que compensa todas essas misérias e tristezas humanas. Mas você deve estar se perguntando: como se daria isso? O que fazer para que as coisas boas se sobressaiam às ruins? Portanto, o ponto central da discussão nesta aula está em refletir sobre aquilo que, na vida, se pusermos na balança equilibra as penas, as dificuldades, as dores, as tristezas. Sócrates é considerado o pai da maneira ocidental de pensar, por isso influencia até hoje a estrutura de pensamento de todos nós. Ele dizia que a existência humana seria uma experiência mais agradável tanto quanto mais se pense as ações no dia a dia. Ou seja, quanto mais na hora de viver você pensar (sobre o que está acontecendo, sobre o que está fazendo…) tanto mais a vida que está vivendo será melhor. No cenário atual do início do século XXI, esta é uma reflexão ainda mais oportuna, uma vez que temos sido marcados pela pressa, muito provavelmente em decorrência de sermos, talvez, a sociedade mais atarefada que já existiu. A agilidade se torna necessária para a sobrevivência, embora cada vez mais não prestemos atenção àquilo que estamos fazendo. Passamos pelas atividades rotineiras, por relacionamentos, estudos, hobbies e tantas outras experiências sem qualidade, sem satisfação. Sócrates diria que nunca antes a humanidade passou tão desatenta pela vida, sem aproveitá-la da forma como deveria. “O ritmo frenético em que estamos vivendo tem nos impedido de fazer algo essencial: pensar na vida. Pensar na vida é muito mais do que pensar nos problemas e nas dificuldades que a vida nos traz, é mais do que pensar no sustento da casa, no cuidado dos filhos, é mais do que se preocupar com o trabalho ou o status social. O “pensar na vida” que proponho, ou melhor, que Sócrates propõe, tem relação com o que dá sentido a todas essas coisas; o “pensar na vida” a que me refiro é pensarmos no propósito que nos leva a fazer todas essas coisas, refletirmos sobre os “porquês” de fazermos o que fazemos. O filósofo grego Sócrates, ao chegar ao final de sua defesa contra as acusações de corromper a juventude ateniense, disse que não se arrependia de ter vivido a vida examinando as coisas e as pessoas ao seu redor e, principalmente, examinando a si mesmo, afirmando que o maior bem do homem é se aplicar em conhecer essas coisas e buscar conhecer e discorrer sobre a virtude. Sócrates acrescenta que: “Uma vida sem esse exame não é digna de um ser humano” ou: “A vida sem investigação não é digna de ser vivida”. Sócrates tinha total consciência da importância de pensarmos e examinarmos a nós mesmos e enfatiza que a vida sem essa reflexão não vale a pena.”¹ Plenitude da alma As ideias socráticas se associam diretamente com a teorização feita por um outro grande filósofo, o aclamado Aristóteles. Ele falava em plenitude da alma, conceito muito similar ao que hoje conhecemos como mindfulness (plenitude da mente). Este termo ganhou o gosto popular, principalmente no ambiente empresarial, trazendo através do estrangeirismo, um nome moderno, que, no final, possui significado muito próximo ao conceito aristotélico. Em resumo, estamos falando que, independentemente das circunstâncias da vida, que ora podem ser melhores ora piores, nós podemos e devemos vivê-la inteiramente. Se fazendo presente de corpo e mente (alma), porque, de fato, a vida é o que acontece agora. Toda divisão significa fragilidade, portanto, se existe uma certa força em você, se existe alguma chance de você performar com muita qualidade, certamente será onde você está, com todos os seus recursos disponíveis neste momento. Assim, entendemos que mindfulness é estar com a mente completamente preenchida pela atividade realizada pelo corpo, ter a mente focada naquilo que se está fazendo no presente, consciente do que acontece em si e ao redor no agora.“Mindfulness ou atenção plena é um estado de consciência que ocorre quando intencionalmente colocamos nossa atenção no momento presente, sem julgamentos. Essa é uma das definições da palavra mindfulness, que muitas vezes é traduzida para o português como atenção plena, mas cuja tradução é complexa, já que o termo em inglês é bastante abrangente e é usado tanto para o conceito geral quanto para a técnica de meditação mindfulness.”² Depende de nós Em Epicteto ganhamos reforço na discussão sobre a vida plena. Ele foi um filósofo grego, estoico e escravizado, que refletiu sobre como viver uma vida plena, uma vida feliz, e também sobre como ser uma pessoa com boas qualidades morais. Ele se dedicou a tentar responder a estas duas perguntas fundamentais, exercendo enorme influência sobre as ideias dos principais pensadores da arte de viver. Para Epiteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são sinônimos. Felicidade e realização pessoal são consequências naturais de atitudes corretas. Pensamento que é a base do estoicismo, doutrina que prega a resistência persistente às dificuldades como forma de se adquirir virtudes. Ou seja, as ações humanas devem ser focadas incansavelmente em administrar aquilo que se pode controlar. É o que modernamente chamamos de resiliência. Em resumo, dedique sua atenção e seus esforços àquilo que depende de você até alcançar resultados, sucesso. Segundo os estoicos, cabe a nós “ignorar” a parte da vida sob a qual não temos ingerência (catástrofes, incidentes, etc) e nos dedicarmos ao que nos é permitido alterar, e assim, fazer acontecer o que se deseja. ¹site:https://tribunademinas.com.br/opiniao/tribuna-livre/13-08-2019/a-vida- irrefletida-nao-vale-a-pena-ser-vivida.html. ²https://www.ecycle.com.br/7930-mindfulness.html Atividade extra Nome da atividade: Faça a vida acontecer do seu jeito Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=7SzF4pMHaNc https://www.youtube.com/watch?v=7SzF4pMHaNc Referência Bibliográfica BARROS FILHO, Clóvis. A Felicidade é Inútil. Ed. Citadel. São Paulo. 2019. BARROS FILHO, Clóvis. CALABREZ, Pedro. Em Busca de Nós Mesmos. Ed. Citadel. São Paulo. 2017. BARROS FILHO, Clóvis. KARNAL, Leandro. Felicidade ou Morte - Col. Papirus Debates. Ed. Papirus 7 Mares. São Paulo. 2016. BARROS FILHO, Clóvis. MEUCCI, Arthur. A Vida que vale a pena ser vivida. Ed. Vozes. São Paulo. 2014. BARROS FILHO, Clóvis. PONDÉ, Luiz Felipe. O Que Move As Paixões. Ed. Papirus 7 Mares. São Paulo. 2017. 01 Sócrates diria que a vida contemporânea, da maneira como é vivida, nos impede de fazer algo essencial, que é: R: pensar na vida 02 De acordo com o pensamento socrático, o que significa “pensar na vida”? R: Pensar no propósito que nos leva a fazer as coisas, refletirmos sobre os “porquês” de fazermos o que fazemos 03 Assinale a alternativa abaixo que traz uma frase atribuída a Sócrates: R: “A vida sem investigação não é digna de ser vivida” 04 Qual a tradução básica (resumida e mais comum) do conceito de mindfulness? R: Plenitude da mente 05 Há uma outra tradução básica para o termo mindfulness, que nos remete à importância do ser humano manter o foco no presente, esta seria: R: Atenção plena 06 Pode-se dizer que para Epiteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são: R: sinônimos Fases da vida Fases da vida Pra que passar de ano? Iniciamos esta etapa dos estudos com uma frase que nos guiará nesta aula: a vida tem fases. Nessa época da vida ouvimos a seguinte frase: “Crianças, vocês tem que se comportar, para poder passar para o segundo ano”. Essa sentença tem o poder de criar a expectativa de que no próximo ano tudo irá mudar, com novos livros, outra professora, outra sala de aula. Como todos os colegas que estudaram com você, isso era entendido como algo normal. Hoje, após esses anos, eu gostaria de perguntar para a professora: “A razão de fazer direito é para passar para o próximo e apenas no próximo será legal?”. Nesse momento podemos refletir: será que não podemos pensar diferente? Esse é o único ano, o outro é diferente. Este deve ter valor, deve ser maravilhoso e prazeroso. Ele não é melhor do que os outros, ele é o meu presente, esse ano é maravilhoso, com os livros e pessoas que me cercam agora. Conforme dito por Costa (2010), “estar presente” é muito mais do que “estar perto”, isto é, é necessário ser presença. É preciso projetar a vida, mas é preciso entender que a vida é agora! Quando este acabar, será triste, pois deixará saudades. E o próximo será maravilhoso também, pois estarei vivendo aquele presente. Não devemos viver este ano apenas para passar para o próximo. Podemos repetir nesse momento: a vida tem fases. Cada uma delas serão construídas por você e serão importantes para que você possa esgotar na vida vivida tudo o que ela pode te trazer de bom. Pense agora na faculdade. Você não pode viver os quatro anos para que possa viver o final com o diploma na mão. Viva plenamente os quatro anos, de forma inteligente. É vivendo plenamente o momento vivido que o futuro pode ser promissor. É necessário ter o na vida, retomando um conceito de Karl Marx, do século XIX, de recusa da alienação. Segundo Cortella (2016, p. 16) “alienado é aquele que não pertence a si mesmo”. Quer mais um exemplo? Viver o ensino médio apenas para poder passar no vestibular. Isso não é uma verdade! Existem coisas maravilhosas e devemos viver aqueles instantes, pois eles nos ensinam pontos maravilhosos. Aprenda a apreciar e encantar o momento que você está vivendo, o seu presente. Quanto mais intensamente o presente for vivido, mais provavelmente o futuro será rico. Não jogue no lixo o presente, esperando o futuro. A vida vale as suas dificuldades e devemos vivê-la no momento exato em que ela ocorre. Alegria de ser CEO Quanta coisa muda com o tempo, não é mesmo? Se pudéssemos voltar no tempo e aproveitar melhor determinados momentos, pois foram tão bons, que poderiam ser eternos. Novamente podemos refletir que vivemos fases e ciclos se encerram para que outros tenham início. Vamos cumprindo etapas. Mas, quando a vida é boa, nós não queremos mudar de fase. Podemos chamar de desejo de eternidade daquele momento. Tudo o que pensamos que poderia durar um pouco mais, significa que aquilo nos cativou e desejamos nos manter por ali. Mas sabemos que a realidade é que os ciclos vão se encerrar e outros irão ter início. Ao refletirmos sobre as fases da vida em um determinado momento chegamos na vida adulta. Você vai, por exemplo, sair da faculdade para ir para uma pós- graduação. Ao chegar na vida adulta, você vai começar a busca de um emprego, afinal de contas desde que você entrou no primário você está sendo preparado para isso. Aqui nos vem a ideia de que a vida só começa nesse ponto, o que não é uma verdade, afinal, ela começou lá em sua infância. Segundo Cortella (2016, p. 84) “claro, todo mundo gosta de fazer o que gosta. Mas é preciso ter consciência de que no desenrolar da vida profissional, para fazer o que se gosta, é necessário passar por etapas não necessariamente agradáveis no dia a dia. O caminho não é marcado apenas por coisas prazerosas”. Nesse momento, chega a entrevista de emprego e você vai ser apresentado ao organograma da empresa. E claro, a área de Recursos Humanos é a responsável por te apresentar esses tópicos e tambem por te instigar a responder o que você deseja neste local de trabalho. Ao refletir sobre a pergunta, você chega a conclusão de que você quer crescer dentro daquela empresa. Mas como fazer isso? Você precisa ter a consciência de que para crescer na empresa é necessário trazer dinheiro para aquela organização (de preferência, muito lucro). E, em seguida, você será promovido. Observe nesse ponto que você volta ao mesmo discurso de quandovocê era criança e estava no primário. Você passa a viver a posição que está agora apenas para chegar no próximo nível. E você começa a viver sempre pensando no futuro, mais uma vez, sem pensar no agora. É importante destacar que esse processo se afunila, ou seja, nem todo mundo chega no nível mais alto, no cargo de CEO. Nesse momento, uma reflexão passa na sua cabeça, pois era importante o trajeto e não o topo. Viver só até amanhã Desde o momento em que nascemos somos orientados que a vida é subdividida da seguinte forma: Primeiro você é criança (a infância). Posteriormente, vem a fase de transição, chamada de adolescência. Em seguida, vem a vida adulta, a maior delas. E em seguida, a melhor idade (terceira idade, caso queira). Podemos nos perguntar: o que caracteriza cada uma dessas fases? É o tempo de vida e experiência acumulada? Até que ano vai a infância? Pronto! Nesse momento já ficamos desorientados e a resposta não é tão simples. No passado, no século XII a criança era de um jeito e hoje é outro jeito. Ou seja, com o passar dos anos, esse entendimento se modificou completamente. Na literatura, o autor Costa (2000) defende que cada fase da vida tem o seu propósito e o seu protagonismo, a chamada escada de participação, conforme visto a seguir. Escada de participação do jovem Na fase 1 temos a participação manipulada, onde os adultos determinam e controlam o que os jovens deverão fazer. Na fase 2 existe a participação decorativa, onde os jovens apenas marcam presença em uma ação, sem influir no seu curso. Já na fase 3 existe a participação simbólica, onde a presença dos jovens em uma atividade serve apenas para mostrar e lembrar os adultos que eles existem e são importantes. Na fase 4 há a participação operacional e os jovens participam apenas da execução de uma ação. Chegamos à fase 5 onde há uma participação planejada e operacional e aqui, os jovens participam do planejamento e da execução de uma atividade. Na fase 6 há a participação decisória, planejadora e operacional e os jovens participam da decisão de se fazer algo ou não. Já na fase 7 ocorre a participação decisória, planejadora, operacional e avaliadora, onde além das anteriores, os jovens também avaliam uma ação. Durante a fase 8 os jovens têm participação colaborativa plena, participando da decisão do planejamento, da execução, da avaliação e da apropriação dos resultados. Chegamos à fase 9, onde existe a participação plenamente autônoma e os jovens realizam todas as etapas. Por fim, há a fase 10 e sua participação condutora, onde os jovens realizam todas as etapas e ainda orientam a participação dos adultos (COSTA, 2000, p. 89). Podemos pensar que podem ser características do corpo, que são imprecisas, assim com o tempo acumulado. Precisamos entender que cada pessoa é de um jeito, cada evolução e cada corpo tem o seu tempo. E a velhice? É caraterizada pelo fato de surgirem algum tipo de queda na mobilidade? Não podemos afirmar, afinal, existem inúmeros exemplos de pessoas que nos mostram o contrário. Os critérios são imprecisos e variados, criando uma brecha para que você possa tomar as rédeas da sua vida, da forma que você bem entender. Buscando características de cada uma das fases da vida, conforme você precisa e deseja. As fases da vida devem ser vividas com autenticidade e de acordo com o que é relevante para si, visto que elas são imprecisas. É necessário lembrar de um ponto: divida a vida conforme o seu entendimento e o seu desejo, pois a vida pode acabar a qualquer momento. E como dizia o jornalista gaúcho Aparício Torelli, o Barão de Itararé, “a única coisa que se leva da vida é a vida que se leva” (CORTELLA, 2016, p. 16). No ano de 2020 iniciamos uma vida diferente com uma pandemia. O que nos mostrou que a vida pode acabar a qualquer instante. A estatística nem sempre vai se aplicar à sua vida e por isso é importante que você entenda o valor do agora. O agora é o momento que você tem para colocar todas as suas forças e alegria. Atividade extra Nome da atividade: O tempo e a vida Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=Ek2LmQ5d6Jo 01 Após suas leituras sobre as fases da vida assinale a sentença correta: R:Não devemos viver este ano apenas para passar para o próximo 02 Cada fase da vida tem o seu propósito e o seu protagonismo. A fase em que o jovem tem a participação manipulada, onde os adultos determinam e controlam o que os jovens deverão fazer é: R: Fase 1 03 Em um momento da vida você vai chegar à atividade laboral, buscando emprego e desempenhando uma atividade econômica da sociedade. Acerca dessa fase, assinale a sentença correta: R: O caminho não é marcado apenas por coisas prazerosas https://www.youtube.com/watch?v=Ek2LmQ5d6Jo 04 O autor Costa (2000) nos apresenta a escada de participação do jovem. No último degrau, a fase 10, o jovem possui partipação: R: condutora 05 Durante seus estudos você pode perceber que passamos por fases na vida. Acerca delas, assinale a sentença correta: R: As fases da vida devem ser vividas com autenticidade 06 Na escada de participação do jovem criada por Costa (2000), a participação simbólica ocorre no degrau 3 e diz que: a presença dos jovens em uma atividade serve apenas para mostrar e lembrar os adultos que eles existem e são importantes Autoconhecimento Autoconhecimento Essa é a minha praia "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo" é um aforismo grego que revela a importância do autoconhecimento. E apesar de não se ter certeza sobre quem foi o autor desta máxima, vários autores atribuem a autoria da frase ao sábio grego Tales de Mileto, já outros, defendem teorias que afirmam que a frase foi dita por Sócrates, Heráclito ou Pitágoras. Mas, independentemente da autoria, a frase ficou famosa mesmo na sua versão encurtada: "Conhece-te a ti mesmo”. E traz como reflexão central, a ideia de que para alcançarmos o verdadeiro conhecimento sobre a vida e o mundo, precisamos antes conhecer a nós mesmos. Se queremos conhecer o mundo à nossa volta, devemos em primeiro lugar conhecer quem nós somos. O processo de autoconhecimento é contínuo e nos permite interagir melhor com o mundo e com as outras pessoas, amplia o horizonte para um mundo de novas possibilidades. Além disso, ao olhar para si mesmo, o indivíduo desenvolve sua identidade, e ganhando consciência de quem se é, consegue se mover de maneira mais produtiva na sociedade. Entre os grandes pensadores nesta seara do autoconhecimento estão Sócrates e Sêneca. O primeiro, dedicou muito tempo tentando entender a sua própria natureza, afirmando, inclusive, que nenhum indivíduo era capaz de praticar o mal consciente e propositadamente, mas que o mal era um resultado da ignorância e falta de autoconhecimento. Já o segundo, desenvolveu a teoria do “daimon interior”. “A palavra “daímôn” é de difícil entendimento devido às sobreposições de significados que ela recebeu ao longo do tempo na tradição da antiga Grécia. Na mitologia, pela narrativa do poeta Hesíodo (750 e 650 a.C.) os daímones foram homens nobres pertencentes a uma “geração de ouro” que, por determinação de Zeus, foram transformados em seres imortais e prudentes guardiões, com a incumbência de vigiar as decisões e ações dos homens mortais.”¹ Mas apesar dos diversos significados aplicados à palavra “daímôn”, ela traz sempre o sentido de algo externo que influencia a conduta humana, porém não necessariamente a determina. Pode-se dizer que seria uma disposição interior, uma espécie de intuição a respeito da própria natureza do ser. Uma espécie de bússola para escolhas e sucesso pessoais. Como dito em aula, conhecer a si mesmo não basta, há de se ter coragem de apostar na própria natureza. Somos o que escolhemos para nós Na Grécia, na cidadede Delfos, em um templo originalmente dedicado a Apolo (deus da luz, da razão e do conhecimento verdadeiro) é que foi inscrita, na porta de entrada do Templo de Delfos, a célebre frase sobre conhecer a si mesmo. E para além das disputas sobre sua autoria, a tradição nos conta uma história interessante sobre a inspiração ser atribuída a Sócrates. Conta-se que ele, assim como muitos na Grécia Antiga, tinha o costume de consultar o oráculo para se ter acesso à verdade. Sócrates então, conhecido por sua vasta sabedoria e considerado o pai da Filosofia, dirigiu-se ao Templo a fim de saber o que era um sábio e se ele próprio poderia ser considerado um. O oráculo, por sua vez, ao receber as suas dúvidas, teria questionado: "O que você sabe?". Sócrates teria respondido "Só sei que nada sei". O oráculo, ao ouvir a resposta do filósofo, rebateu: "Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único que sabe que não sabe." Este diálogo tornou-se bastante significativo no estudo da Filosofia, pois demonstrou a humildade do sábio diante da vida. E a experiência de Sócrates nos permite entender que a postura assumida por uma pessoa diante da vida diz muito sobre ela mesma. A maneira como encaramos a existência dita nossas escolhas, e estas por si só dizem muito a respeito de nós. Quando nos apresentamos, falamos das nossas escolhas, ou seja, daquilo que é importante para nós. O mundo é um espelho Uma discussão filosófica que reflete e resume o tema aqui estudado, já foi objeto de análise de vários autores, como Espinosa, Mitchell e Freud, que seria o conceito chamado de espelho da vida. Trata-se da teoria que aponta para o entendimento de que ao observarmos o mundo, vemos a nós mesmos no mundo. A forma como o mundo se apresenta nos permite descobrir coisas sobre nós mesmos, como afinidades (vejo alguém cantando e percebo que gosto de música), apetites (experimento uma maçã e percebo gostar desta fruta), e desejos (vejo pintura e desejo ser pintor), por exemplo. É o que podemos chamar de imediatidade da vida percebida, ou seja, sem o mundo como é não perceberíamos vários aspectos do nosso próprio eu. “A vida é a soma das suas escolhas.” Albert Camus ¹http://www.acervofilosofico.com/socrates-daimon-so-sei-que-nada-sei-e- metodo-socratico Atividade extra Nome da atividade: O mundo é um espelho Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=fozSBBVep2I 01 Qual a origem da frase “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”? https://www.youtube.com/watch?v=fozSBBVep2I R:Surgiu na Grécia, tendo sido inscrita na porta do Templo de Delfos, dedicado a Apolo 02 O que significa a frase “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”? R: É um aforismo grego que revela a importância do autoconhecimento para uma melhor experiência e compreensão da vida humana no mundo 03 Assinale a alternativa que indica dois grandes pensadores sobre o autoconhecimento. R: Sócrates e Sêneca 04 É correto dizer a respeito do significado da palavra “daímôn”: R:Pode-se dizer que seria uma disposição interior, uma espécie de intuição a respeito da própria natureza do ser. 05 Sobre a teoria do espelho da vida é correto afirmar: R:Diz que ao observarmos o mundo, vemos a nós mesmos no mundo 06 Por que se diz que conhecemos uma pessoa pelas escolhas que ela faz? R: Porque nossas escolhas mostram aquilo que é importante para nós Traços Pessoais Traços Pessoais O jogo da vida e as suas cestas mo é bonito poder refletir sobre a vida, não é mesmo? É uma pena que, muitas vezes, não nos dedicamos muito a essa atividade, como se fosse um piloto automático. A vida é como se fosse um grande jogo e existem particularidades que cada um de nós precisa se preocupar e entender. Imagine a situação de uma pessoa que jogue basquete, que são pessoas normalmente mais altas. Pense que um outro jogador, por circunstância do jogo, esbarra em você e você cai. Nesse ponto, você resolve sair do jogo, pois não concorda com o que ocorreu. Nesse momento, você precisa saber que isso é algo natural desse esporte e que se você se dispõe a jogá-lo, precisa saber que esse risco é inerente. Esse exemplo é uma bela metáfora para a vida. Estamos vivendo e de repente, podem acontecer inetercorrências, tal como um problema de saúde ou até mesmo problemas de relacionamento com outras pessoas. Em muitos casos, muitas pessoas passam a pensar que esssas situações não são justas de acontecerem com elas. Imagine se você “sai do jogo” em situações da vida? Não é possível fazer isso! Se você se dispôs a jogar o jogo da vida, que é muito complexo, você deve saber que essas intercorrências fazem parte. Sim, você deve lutar para melhorar e tentar vencer os obstáculos, mas não podemos nos queixar de justiça ou injustiça. Você, a rigor, até pode sair do jogo da vida, já que você tem livre arbítrio e liberdade para tomar decisões. Segundo Cortella (2016, p. 16) “Somos seres que têm de construir da própria realidade. E a noção de trabalho é tão forte entre nós que perpassa outras esferas da nossa vida. Até a noção que temos de saúde está ligada à ideia do trabalho. Você só se considera saudável quando pode voltar a trabalhar e não quando é capaz de passear, transar, cantar, dançar”. Devemos diariamente nos decidir por jogar essse jogo, que é complicado. Todos tem as suas forças e fraquezas, possuindo traços que são incomparáveis e são só nossos, sendo as nossas armas contra a agressividade no campo do mundo. Devemos aprender a lutar com o que temos nas mãos, sem se comparar com o outro e com o que ele tem. A realidade é que você possui os seus atributos e é com eles que você deve insistir em continuar jogando. O estudo auxilia e muito nesse ponto, pois você estará desenvolvendo as suas armas para poder enfrentar os desafios futuros. Arroz sem ovo A vida possui muitos valores e um dos traços que mais encantam as pessoas no jogo da vida são os prazeres. Os prazeres muitas vezes são vistos como algo ruim de ser compartilhado. Apesar de ser muito bom, as pessoas não querem saber sobre detalhes e dos prazeres que você gosta. Epicuro, sábio grego, nos dizia que o grande valor da vida é o prazer. Naquela época, a doutrina de Epicuro surgiu em um momento de grande insatisfação com as condições das Cidades-Estados da Grécia. Durante esses anos, o poder se concentrava nas mãos de poucos, a chamada arisocracia, público que entendia que os prazeres advinham apenas da riqueza (CABRAL, 2021). Epicuro criou então a sua teoria de que devemos ter uma reflexão interior para buscar a verdadeira felicidade e não associá-la a supertições e bens materiais (CABRAL, 2021). Em português, a palavra para esse valor da vida é o hedonismo. Dessa forma temos uma dicotomia: Teve prazer, valeu viver; Não teve prazer, não valeu viver. Destaca-se aqui que a ideia de Epicuro não é incentivar você a fazer o que bem entender. Mas sim, obter o prazer de forma constante, para que você se sinta bem e com tranquilidade. “A felicidade é alcançada por meio do controle dos medos e dos desejos, de maneira que seja possível chegar à ataraxia, a qual representa um estado de prazer estável e equilíbrio e, consequentemente, a um estado de tranquilidade e a ausência de perturbações, pois, conforme Epicuro há prazeres maus e violentos, decorrentes do vício e que são passageiros, provocando somente insatisfação e dor” (CABRAL, 2021, s.p.). Não podemos nos deixar nos atormentar pelas mazelas do mundo e conforme Epicuro, devemos ter tranquilidade da alma. Dessa forma, você não se abala por tudo que é muito, seja muito ruim, seja muito bom. Conforme os ensinamentos de Epicuro, para alcançar a felicidade existem 4 remédios (CABRAL, 2021): 1. Não se deve temer os deuses; 2. Não se deve temer a morte; 3. O bem nãoé difícil de se alcançar; 4. Os males não são difíceis de suportar. O prazer não pode destruir a capacidade de ter prazer amanhã, pois eu preciso cuidar para que ela tenha frequência. Devemos ter prazer com o que é simples, com o que é fácil de encontrar, fazendo parte da vida. O sábio é aquele que tem prazer com o que é simples e que está ao seu alcance. Todos temos traços pessoais e cada um de nós temos prazeres com coisas e situações distintas, sendo próprio, ou seja, de cada ser humano. Nesse ponto é importante destacar que o seu prazer não pode (ou deveria poder) ser imposto ao outro. A virtude subordinada ao prazer pode ser alcançada por meio dos seguintes itens (CABRAL, 2021, s.p): • Inteligência: a prudência, o ponderamento que busca o verdadeiro prazer e evita a dor; • Raciocínio: reflete sobre os ponderamentos levantados para conhecer qual prazer é mais vantajoso, qual deve ser suportado, qual pode atribuir um prazer maior, entre outros. • Autodomínio: evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e participação política; • Justiça: deve ser buscada pelos frutos que produz, pois foi estipulada para que não haja prejuízo entre os homens. A oitava pamonha Cada um de nós temos a própria vida, de forma que não irá acontecer da mesma forma novamente. Você é o que é agora, assim como o mundo que o cerca e isso não se repetirá. Mesmo quando estamos frente a frente com outra pessoa, cada uma tem a sua perspectiva e cada uma vê o mundo da sua forma. A vida é inédita! Por mais que pareça que todos nós passamos pelas mesmas coisas e temos acesso as mesmas situações, cada um de nós tem as suas peculiaridades. Nós somos resultado das nossas experiências. Nós vamos nos transformando a cada experiência que passamos e não somos mais os mesmos ao fim de cada uma delas. Estamos sempre em transformação! Ninguém vive no mundo como nós, somos únicos e estamos sempre em fluxo. Conforme Costa (2010), devemos ter protagonismo em nossa vida, pois é essa atitude que nos gera automomia, autoconfiança e autodeterminaçãom, auxiliando na construção do nosso projeto de vida. A sabedoria de ontem, nem sempre se encaixa para a vida de hoje. E é isso que torna a vida sagrada e maravilhosa. Não existem fórmulas para a felicidade e cada resultado é inédito, sendo assim, sempre haverá uma nova sabedoria para uma vida renovada. Atividade extra Nome da atividade: Por que estamos esquecendo de viver o presente? Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=8-cdS3uHqrM Referência Bibliográfica BARROS FILHO, C. MEUICCI, A. A Vida que vale a pena ser vivida. Ed. Vozes. 2014. CABRAL, J. F. P. “A Ética em Epicuro”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm. Acesso em: 21 de mar. De 2021. https://www.youtube.com/watch?v=8-cdS3uHqrM https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm CORTELLA, M. S. Por que fazemos o que fazemos?. São Paulo: Planeta, 2016. COSTA, A. C. G. Pedagogia da presença: da solidão ao encontro. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2010. 01 Acerca dos traços pessoais, assinale a sentença correta: R: ada um deve construir a sua própria realidade 02 Segundo Epicuro existem remédios para alcançar a felicidade. Assinale a sentença correta: Não se deve temer a morte 03 A virtude subordinada ao prazer pode ser alcançada por meio de alguns itens. Assinale a correlação correta: Autodomínio: evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e participação política 04 Acerca do tema estudado, assinale a setença correta: R:Cada um de nós temos a própria vida 05 Acerca do jogo da vida, assinale a sentença correta: R:Você tem livre arbítrio e liberdade para tomar decisões 06 Assinale a característica que leva você a conquistar autonomia: R:protagonismo Valores Valores Geraldo e o tre-le-lê Em Sócrates e Aristóteles vemos a ideia de que a vida que vale a pena é a vida que compensa todas essas misérias e tristezas humanas, através do pensamento e de escolhas chamadas virtuosas. É aquela em que, o positivo compensa o negativo, por meio da conduta sábia do indivíduo, encontrando assim valor nas coisas, nas pessoas e na própria existência. Mas o que seria este valor? Segundo o dicionário da Língua portuguesa, em termos filosóficos, podemos significar a palavra como “propriedade ou carácter do que é, não só desejado, mas também desejável”, ou ainda, como “as próprias coisas desejáveis, sendo os principais valores o verdadeiro, o belo, o bem”. O vernáculo traz também uma definição que é estimativa “valor que se calcula pelo apreço ou estima que se tem um objeto”. ¹ A Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura define: “Um valor é sempre uma relação entre um objeto e um padrão utilizado pela consciência que avalia uma ação realizada ou a realizar. No aspecto filosófico, e pela análise de nossas atitudes práticas (não-teoréticas) e pela reflexão sobre as mesmas que conseguimos atingir a consciência do valor na sua essência. A questão sobre a natureza da moralidade, da arte e da religião conduz, por esta perspectiva, à essência dos valores éticos, estéticos e religiosos.” ² Logo, percebemos que para esta aula, dentre todas as definições possíveis para a palavra valor, nos interessa refletir sobre aquela que expressa um juízo subjetivo feito pelo ser humano. Cabe pensarmos aqui sobre a relação que estabelecemos com o mundo. Sobre como o valor das coisas tem a ver conosco, sobre como atribuímos valor a tudo, independentemente de haver um valor intrínseco em cada coisa ou acontecimento. A árvore vale para um viajante porque faz sombra; o anel barato vale para a neta, porque lembra a avó que o deu; e assim vamos atribuindo valor a cheiros, memórias, objetos e relações, de acordo com o que nos importa. Machado "goela baixo” Outro ponto de reflexão que se estabelece, está no fato de que, apesar de atribuirmos valor de acordo com o que é importante para nós, não é sempre que conseguimos sustentar essa escolha perante o mundo. Temos a necessidade de nos enquadrarmos na sociedade em que vivemos, nos grupos a que pertencemos e, por vezes, o desejo individual é colocado de lado por isso. E então, já não se declara preferência, renuncia-se ao desejo, submete-se ao valor dos outros, do grupo. A História mostra que através do valor estabelecido socialmente é que se estrutura a dominação. O filósofo francês, Michel Foucault, ensina que o poder é uma prática social constituída historicamente. “As relações de poder, seja pelas instituições, escolas, prisões, foram marcadas pela disciplina e por ela que as relações de poder se tornam mais facilmente observáveis, pois é por meio da disciplina que estabelecem as relações: opressor-oprimido, mandante-mandatário, subordinador-subordinado etc. Trata-se de uma relação assimétrica que institui a autoridade e a obediência, e não como um objeto preexistente em um subordinador. Trata-se de uma concepção do poder que se irradia da periferia para o centro, de baixo para cima, que se exerce permanentemente, dando sustentação à autoridade.” ³ Descomplicando o complexo A subjetividade da atribuição de valor muitas vezes conflita com a realidade e o funcionamento da vida. Como dito em aula, em diversas situações, a nossa perspectiva de valoração não condiz com as regras e determinações sociais, como diz o professor Clóvis de Barros: o gabarito não bate! E como exemplo, podemos citar as pessoas consideradas excelentes em seus afazeres que, a despeito de seus esforços e perícia, não alcançam seus intentos, ou seja, o incrível técnico de futebol que perde o campeonato, a bailarina espetacular que perde o concurso de dança ou exímio aluno que não recebe boa nota naprova. Da mesma forma que é correto dizer que valoramos as coisas do mundo a partir da nossa própria perspectiva, também se pode afirmar que o valor extrínseco (convencionado socialmente) delas oscila de acordo com quem as valora. E nada mais coerente com uma sociedade competitiva do que o poder da determinação final a respeito daquilo que tem ou não valor. São muitas as perspectivas e variáveis sobre o assunto e, por isso, cabe destacar sua complexidade com a ajuda do pensador Edgar Morin: “Segundo Edgar Morin (Introdução ao Pensamento Complexo, 1991:17/19): "...a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal. Mas então a complexidade apresenta-se com os traços inquietantes da confusão, do inextricável, da desordem no caos,da ambigüidade, da incerteza... Daí a necessidade, para o conhecimento, de pôr ordem nos fenômenos ao rejeitar a desordem, de afastar o incerto, isto é, de selecionar os elementos de ordem e de certeza, de retirar a ambigüidade, de clarificar, de distinguir, de hierarquizar... Mas tais operações, necessárias à inteligibilidade, correm o risco de a tornar cega se eliminarem os outros caracteres do complexus; e efetivamente, como o indiquei, elas tornam-nos cegos." ¹ https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/valor. ² Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. ³ https://cafecomsociologia.com/o-poder-em-michael-foucault/ Atividade extra Nome da atividade: Fidelidade aos Próprios Valores Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=j-gCaeFYrZA 01 A reflexão proposta em aula considerou o significado da palavra valor como: A expressão de um juízo subjetivo feito pelo ser humano sobre as coisas do mundo 02 A partir da perspectiva proposta em aula, de que forma atribuímos valor às coisas: De acordo com o que é importante para nós 03 Segundo o pensamento do filósofo francês, Michel Foucault, a História mostra que através do valor estabelecido socialmente é que se estrutura: a dominação 04 A atribuição de valor às coisas também nos remete a uma: https://www.youtube.com/watch?v=j-gCaeFYrZA relação de poder 05 Como dito em aula, a atribuição de valor é um tema complexo em nossa sociedade e, nem sempre, “o gabarito bate”. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: R: o valor extrínseco (convencionado socialmente) das coisas oscila de acordo com quem as valora 06 Existem situações em que, ainda que haja uma atribuição de valor aceita socialmente, a complexidade da vida se encarrega de alterar os resultados associados a esta valoração. Não é um exemplo desta afirmação: a bailarina espetacular, que se machuca e se retira do concurso de dança Aspirações Aspirações Rebanho Sanfran Continuamos as nossas reflexões sobre a vida e nesse momento, falaremos sobre , sobre propósito. A palavra propósito vem do latim e tem o significado de “aquilo que eu coloco ali”, isto é, aquilo que eu procuro. “Uma vida com propósito é aquela em que eu entendo as razões pelas quais faço e pelas quais claramente deixo de fazer o que não faço” (CORTELLA, 2016, p.16). Para iniciar nossa discussão, deixo aqui uma pergunta: Onde você gostaria de chegar? Para responder a essa pergunta é necessário que você pense no amanhã, repense os seus desejos e também as coisas que podem te impedir de alcançar esse objetivo. Após dedicar um tempo para responder à pergunta, é necessário destacar que se você não sabe qual o destino a ser seguido, fica muito mais difícil encontrar o caminho. Inclusive, nesse ponto dos nossos estudos podemos trazer à tona um diálogo célebre de Lewis Caroll (2002), autor de “Alice no País das Maravilhas”, que acontece quando Alice está perdida e encontra o Gato em cima de uma árvore: – O senhor pode me ajudar? Diz Alice. – Claro. Responde o Gato. – Para onde vai essa estrada? – Para aonde você quer ir? – Eu não sei. Estou perdida. – Para quem não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve. Assim como acontece no diálogo, você deve saber o caminho a ser seguido e deve conseguir determinar o destino antes de se mover. Parece óbvio, não é mesmo? No entanto, muitas vezes não percebemos que essa atitude de estabelecer o caminho é de suma importância. Cada um de nós tem várias possibilidades durante o dia, durante o mês e durante uma vida. Nós é que decidimos onde queremos ou precisamos estar a cada momento. Assim como eu escolhi estar aqui escrevendo neste momento, por exemplo. Nós precisamos traçar estratégias para os caminhos da nossa vida. Você sabe o significado de estratégia? Segundo os autores Certo e Peter (2005, p.11) “a estratégia é definida como um curso de ação para garantir o alcance dos objetivos”. Saber onde se quer chegar não é fácil e muitas vezes enxergar essa trilha e traçar as estratégias corretas é ainda mais difícil. Podemos comparar a vida a uma escada: cada degrau alcançado é comemorado pela vida. Mas, podemos refletir: até quando essa escada vai? Você foi colocado nessa escada, sem saber o seu fim. Durante a nossa vida surgem diversos desfios e caminhos que vão sendo mostrados aos poucos e em alguns momentos, as nossas aspirações são construídas muito além daquilo que planejamentos ou queremos, como se fosse a vida te mostrando o caminho. E você apenas sabe que está indo para aquele caminho. Você não precisa se limitar ao que a maior parte das pessoas faz, sendo necessário trilhar aquilo que você deseja. Em algum lugar do futuro Ao longo da nossa vida, somos guiados pelos desejos. Mas o que é desejo? De acordo com Sócrates, “desejo é sempre desejo de alguma coisa que não se tem, ou que se tem, mas se teme perder no futuro. O desejo nasce necessariamente da falta” (ROCHA, 2000, p.95). Corroborado por Platão, que entende que o desejo está relacionado à falta, ou seja, o desejo é pelo que falta, sendo assim, o objeto de desejo é aquilo que falta. Mas, nem tudo que falta, faz falta. O desejo então pode ser definido como aquilo falta e que faz falta a quem deseja. Podemos dizer que o desejo consiste em uma energia mobilizada em direção àquilo que faz falta. Nesse momento, você pode se perguntar: De onde vem isso que faz falta? Essa falta vem da sua mente, aquilo que ela acusa como faltante. O desejo pode ser por alguém, por um objeto ou por uma situação. É necessário refletir que os desejos vão surgindo com o passar do tempo e você não vai sentir falta de algo que não existe. Como por exemplo, podemos citar o celular, que hoje em dia você irá sentir falta. Mas há anos atrás, quando ele não existia, ninguém sentia falta dele. Podemos constatar então que nós vivemos a nossa vida, nos cercando de valores e experiências, que serão utilizados para pensar nos seus objetivos. A partir daí, surgirão os seus desejos. Em toda aspiração, teremos uma falta para que algo seja desejado por nós e isso foi presença para alguém próximo a você. A partir desse momento, você passa a ter desejos e aspirações em determinados pontos da vida que você gostaria que fossem presença no futuro, apesar de atualmente, serem falta. No talo da perfeição Quando falamos em aspirações, pensamos em “correr atrás”, pretender e até mesmo ambição. É comum pensarmos que a maior parte das pessoas possui essas ambições para ganhar mais dinheiro, conforto e até mesmo glória, reconhecimento. Nesse momento, vamos pensar em aspiração com outra conotação, que é buscar o máximo de perfeição que a natureza permite alcançar. Sendo assim, estaríamos tirando mais de nós na hora de viver. “Esta questão sobre os propósitos tem vindo à superfície gradualmente. Até há algum tempo, a vida era muito menos complexa e a intenção principal era sobreviver. Isto é, obter recursos para criar uma família e ter umpatrimônio que se pudesse deixar em herança” (CORTELLA, 2016, p.17). Sabemos que atualmente esse sentido foi ampliado, ultrapassando as barreias do trabalho. Mas o que preciso fazer para conseguir conquistar aquilo que aspiro? Explore os seus talentos, suas habilidades e atue no local que você se identifica. É importante ir atrás daquilo que você busca, treinando, repetindo, começando de novo, quantas vezes forem necessárias. Quando uma pessoa tem talento somado ao treinamento, as possibilidades de conseguir uma performance muito boa, são maiores. Isso é o que Aristóteles chama de excelência: “Viver em aretê”. “Em sentido amplo, por aretê, os gregos designavam qualquer boa qualidade conformada tanto com dotes e valores inerentes e/ou agregados aos seres e aos objetos ou coisas, quanto com o bem ou a excelência almejada e presente, por anuência ou concessão, em qualquer prática, ação ou conduta” (SPINELLI, 2014, p.166). Isso significa que você estará habitualmente (e não excepcionalmente), muito próximo do máximo de excelência que a natureza permite conseguir. Viver em aretê é jogar quase sempre em altíssimo nível e não somente às vezes. Dessa forma, você estará habituado a fazer o melhor. Nesse ponto dos seus estudos é necessário destacar que a excelência é distinta para cada um de nós. A excelência é o máximo nos limites e nas condições vividas naquele instante e proporcionadas pela natureza daquela pessoa que está vivendo. Os limites da natureza são muito variáveis e cada pessoa precisa levar isso em consideração. Cada de um de nós sabe exatamente do que é capaz e se conhece como ninguém, sendo assim, somos responsáveis pelo estabelecimento de até onde podemos ir. Toda vez que você, mesmo sem ninguém ver, conseguir conquistar algo que ainda não tinha conseguido, estará aspirando a excelência, conseguindo dar o melhor de si para aquela situação. Atividade extra Nome da atividade: Conversa – Alice e o Gato Link para assistir a atividade: https://youtu.be/IlZlSSVlnig https://youtu.be/IlZlSSVlnig 01 Após a leitura do material de apoio e assistir as aulas, assinale a sentença incorreta acerca do propósito: Propósito é conseguir se mover antes de determinar o destino 02 Assinale a sentença correta acerca do termo “Viver em aretê”: Estar muito próximo do máximo de excelência que a natureza permite conseguir 03 De acordo com os ensinamentos de Aristóteles, assinale o que ocorre com quem possui boa qualidade conformada tanto com dotes e valores inerentes e/ou agregados: Está próximo do máximo de excelência. 04 Cada um de nós tem várias possibilidades durante o dia, durante o mês e durante uma vida. Precisamos traçar estratégias para conquistar o que queremos. Acerca da estratégia, assinale a sentença correta: R: Estratégia é o curso de ação para garantir o alcance dos objetivos 05 Após a leitura do material de apoio e assistir as aulas, assinale a sentença incorreta acerca das aspirações: Todo mundo deveria aspirar o melhor, buscando se manter onde está 06 Observe as sentenças a seguir e assinale a correta: Cada de um de nós sabe exatamente do que é capaz bjetivos/Metas Cósmica como toda natureza A antiguidade clássica é o período da história entre o século VIII a.C. e o século V d.C. centrado no mar Mediterrâneo, abrangendo as civilizações da Grécia e da Roma antigas, sendo conhecido como mundo greco-romano. Nesse período as sociedades grega e romana floresceram e exerceram grande influência em toda a Europa, norte de África e Ásia ocidental. De um modo geral, surgiram duas formas de conceber o cosmos: a cosmologia antiga (gregos) e a cosmologia cristã (até certo ponto, latina). Novas teorias foram desenvolvidas a respeito do homem, do conhecimento e da natureza, baseadas nessas duas cosmologias ou visões de mundo. A cosmologia grega, mais especificamente, muito sustentada em Aristóteles e Platão, compreendia o mundo (o cosmos) como um todo finito e ordenado. Todos os seres, inclusive o homem, fazem parte do todo e estão sujeitos a uma lei natural imutável. Também são transitórios, tendo começo, meio e fim. Já o cosmos (o todo), era considerado imortal e eterno. A natureza com suas leis e limites impõe- se às coisas e aos seres humanos, sendo estas leis um conjunto de princípios ou ideias superiores, imutáveis, estáveis, permanentes. A autoridade, então, provém da natureza e não da vontade do homem. Para os gregos, tudo tinha uma razão de ser e todas as coisas e seres cumprem o seu papel, inclusive o homem. Por isso, seria tão importante se conhecer, porque este seria o caminho para descobrir seu papel no mundo e a forma como poderia contribuir com o todo, considerado mais importante do que suas partes. Feios, tortos e encantadores A Eudaimonia é o termo que retrata o grande objetivo/meta dos gregos de cumprir o seu papel no cosmos, entrando em harmonia com o todo. Este era considerado o ideal da vida, pois, uma vez em harmonia com o todo, as pessoas seriam felizes e cada um seria o que nasceu para ser. “Do grego eudaimonia, felicidade. Doutrina moral segundo a qual o fim das ações humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude, a única a nos conduzir ao soberano bem, por conseguinte, à felicidade. É essa identificação do soberano bem com a felicidade que faz da moral de Aristóteles um eudemonismo; também a moral provisória de Descartes pode ser entendida como um eudemonismo (que não se deve confundir com hedonismo).”¹ “Qualquer doutrina que assuma a felicidade como princípio e fundamento da vida moral. São eudemonistas, nesse sentido, a ética de Aristóteles, a ética dos estoicos e dos neoplatônicos, a ética do empirismo inglês e do iluminismo. Kant acredita que o eudemonismo seja o ponto de vista do egoísmo moral, ou seja, da doutrina "de quem restringe todos os fins a si mesmo e nada vê de útil fora do que lhe interessa" (Antr., I, § 2). Mas esse conceito de eudemonismo é demasiado restrito, pois o mundo moderno, a partir de Hume, a noção de felicidade tem significado social, não coincidindo portanto com egoísmo ou egocentrismo.” ² “Literalmente, 'eudemonismo' significa "posse de um bom demônio", ou seja, gozo ou fruição de um modo de ser mediante o qual se alcançará a prosperidade e a felicidade. Filosoficamente, entende-se por 'eudemonismo' toda tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem. Característica do eudemonismo é considerar que não pode haver incompatibilidade entre a felicidade e o bem. Os que se opõem ao eudemonismo, em contrapartida, admitem que a felicidade e o bem podem coincidir, mas não coincidem necessariamente. Para o eudemonismo, a felicidade é o prêmio da virtude e, em geral, da ação moral. Para o antieudemonismo, por outro lado, a virtude vale por si mesma, independentemente da felicidade que pode produzir.” ³ Em seguida, os seguidores de Jesus, mais especificamente representados por Agostinho e Tomás de Aquino, deram continuidade à reflexão a respeito do propósito da vida humana e de como alcançar a felicidade. Aspectos importantes foram trazidos, diametralmente opostos aos pensamentos gregos aristotélicos. Para os cristãos, Deus planejou nossas metas e objetivos para alcançarmos a santidade, todavia, não nos obriga a cumprir seus desígnios. Nesta nova produção filosófica, Deus nos autoriza a sermos livres, senhores das próprias vidas, conforme textos bíblicos, nos teria sido dado o livre arbítrio. Nosso valor e felicidade não seriam determinados pelo o que recebemos de antemão, mas sim pela maneira como investimos nossa natureza no auto-aperfeiçoamento e na dedicação às causas nobres. Agora é nóis, mano! Por fim, estudamos o Humanismo, teoria renascentista e europeia (a partir do século XIV na Itália, final do século XVe século XVI na França) que redescobriu as obras e os textos da Antiguidade. O movimento defende que é o próprio ser humano quem deve definir como sua vida deve ser vivida. O humano está acima de tudo, ele é gestor da sua própria trajetória. Cabe a cada um pensar a respeito do que quer para si e para o mundo. A definição do que a humanidade deve ser pertence ao próprio homem, portanto, seus objetivos e metas devem estar ligados a melhor humanidade possível, não só ao eu, egoísta, mas a tudo o que torna melhor os seres e a sociedade. “Do latim humanistas. Atitude filosófica que faz do homem o valor supremo e que vê nele a medida de todas as coisas. Movimento intelectual que surgiu no renascimento. Lutando contra a esclerose da filosofia escolástica e aproveitando-se de um melhor conhecimento da civilização grego-romana, os humanistas (Erasmo, Tomás Morus etc.) se esforçaram por mostrar a dignidade do espírito humano e inauguraram um movimento de confiança na razão e no espírito crítico. Por uma espécie de deslocamento, o termo "humanismo" tomou dois sentidos particulares: a) na filosofia, designa toda a doutrina que situa o homem no centro de sua reflexão e se propõe por objetivo procurar os meios de sua realização; b) na linguagem universitária, designa a ideia segundo a qual toda formação sólida repousa na cultura clássica (chamada de humanidades).” 4 “Abordagem filosófica baseada na suposição de que a humanidade é a coisa mais importante que existe e que não pode haver conhecimento de um mundo sobrenatural - caso ele exista.” 5 “Conceder importância superior ao que é humano e não a questões divinas ou sobrenaturais.” 6 Vale destacar que na filosofia as teses se complementam, logo, não se invalida uma teoria após surgirem outras. Todas possuem importância histórica e filosófica. ¹ JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. ² ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. ³ MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004. 5 VÁRIOS COLABORADORES. O Livro da Filosofia. Tradução de Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011. 6 LEVENE, Lesley. Penso, Logo Existo: Tudo o que Você Precisa Saber sobre Filosofia. Tradução de Debora Fleck. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. Atividade extra Nome da atividade: Filosofia, política e cosmologia: ensaios sobre o renascimento. Capítulo 2: As leis do cosmos e a liberdade do homem: Giovanni Pico Della Mirandola e Leon Batista Alberti, pág. 35. Jonathan Molinari. Link para ler a atividade: http://books.scielo.org/id/75pz8/pdf/pinto- 9788568576939.pdf 01 A compreensão de que o mundo (o cosmos) é um todo finito e ordenado está ligada a: R: cosmologia grega 02 De acordo com a cosmologia grega: R: Todos os seres, inclusive o homem, fazem parte do todo e estão sujeitos a uma lei natural imutável 03 O pensamento grego, exposto em aula, defendia a teoria de que o caminho para descobrir seu papel no mundo seria: R: o autoconhecimento 04 O termo grego eudaimonia remete a: R: felicidade 05 Considerando a cosmologia cristã, como seria definido nosso valor e felicidade: R: pela maneira como investimos nossa natureza no auto aperfeiçoamento e na dedicação às causas nobres 06 Assinale a frase que expressa corretamente como o humanismo teoriza a respeito da vivência humana: R: O humano está acima de tudo, ele é gestor da sua própria trajetória Planejamento Planejamento A areia e o caminhãozinho O mundo vem passando por diversas modificações nos últimos anos e muitas vezes, não temos consciência de como tudo está acontecendo de forma rápida. Diante dessa velocidade, é importante relembrar que os valores são o fazem valer a vida que levamos. Nós conversamos até aqui sobre metas e objetivos, mas você precisa pensar em como alcançá-los. A partir do momento que esse objetivo é alcançado, ele é destruído. Restando portanto, a definição de novas metas e novos objetivos. Sendo assim, podemos entender que ao conseguir conquistar a meta traçada, ela passa a deixar de existir, estando cumprida. O planejamento da vida é muito importante para todos nós, traçando sempre objetivos e metas. Os objetivos devem ser alvos específicos e capazes de serem mensuráveis. São de longo prazo e possuem uma finalidade. Um objetivo é composto por metas para onde você deve direcionar os seus esforços. Sendo assim, a meta corresponde aos pontos estipulados que se relacionam com o caminho, sendo de curto prazo (CERTO; PETER, 2005). As metas e objetivos devem ser alcançáveis, ou seja, estarem dentro do seu alcance, porque se não, você ficará sempre frustrado. Não podem ainda estar muito próximos ou fáceis, pois devem estimular o seu crescimento, busca pelo mérito e desenvolvimento de competências. A ideia é que as metas e objetivos não sejam nem tão fáceis e nem tão difíceis, sendo razoáveis. As metas e objetivos devem ser estabelecidos levando-se em conta o meio termo: você pode ser vitorioso, se e somente se houver crescimento e aperfeiçoamento de si. Raramente as metas e objetivos dependem apenas de você. As grandes metas e objetivos normalmente são construídas em equipe, de forma coletiva, como por exemplo, dentro das organizações. Os objetivos coletivos são entendidos como maiores do que aqueles estritamente individuais. Para planejar de forma eficaz, você deve conseguir estabelecer metas e objetivos de forma coletiva, levando-se em conta as tarefas e as expertises individuais. Afinal, uma meta e um objetivo serão mais legítimos se conquistarem o sucesso de todos. Amarrar para conhecer “Para onde vou agora? O que faço da minha vida? O que é essencial? Sabendo que a morte é tão próxima a todos, como alcançar o essencial? Você está realizando todo o seu potencial, a cada instante? Tempo rapidamente se esvai e oportunidade se perde” (GUIMARÃES, 2020, p. 20). Com essas perguntas e reflexões iniciamos esse estudo, sabendo que precisamos ter objetivos inteligentes e que possam ser alcançados. Os caminhos a serem escolhidos são inúmeros e o planejamento implica em escolhas. Essas escolhas requerem atribuição de valores e nem sempre o que é mais rápido, é mais econômico. Para que seja possível escolher o melhor caminho, você precisa definir as variáveis que podem interferir no percurso. A essas variáveis chamaremos de estudos. A eficiência a ser conquistada no caminho dependerá da qualidade do seu estudo e do conhecimento das variáveis que incidem sob o seu projeto de vida. O mapeamento das variáveis e o estudo adequado são condição do sucesso de um bom planejamento. A raposa e o caminhar Um homem vinha caminhando pela floresta quando viu uma raposa que perdera as pernas, e perguntou-se a si mesmo como ela faria para sobreviver. Viu então um tigre se aproximando com um animal abatido na boca. O tigre saciou a sua fome e deixou o resto da presa para a raposa. No dia seguinte, Deus alimentou a raposa usando o mesmo tigre. O homem maravilhou-se da grandiosidade de Deus e disse a sí mesmo: - Também eu irei me recolher num canto, com plena confiança em Deus, e ele há de prover tudo o que eu precisar! Assim fez. Mas durante muitos dias nada aconteceu. Estava já quase às portas da morte quando ouviu uma voz: - Ó, tú que estás no caminho do erro, abre os olhos para a verdade! Siga o exemplo do tigre valoroso e pare de imitar a raposa aleijada!” Fonte: Revide, 2013. O instinto é uma resposta rápida e mecânica a um estímulo. Os animais são instintivos, já o homem não, pois não temos resposta rápida ao estímulo. Então, como é possível observar no texto anterior, não é possível que você fique esperando tudo “cair do céu”. Você é um ser humano e é convidado todos os dias a pensar para viver.
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