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Crimes Contra a Administração Pública - Direito Penal

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PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
AULA 03 –CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Olá, Pessoal. 
Nesta aula continuaremos a tratar dos crimes contra Administração Pública, 
assunto este importantíssimo para sua PROVA. 
Vamos começar! 
Bons estudos! 
************************************************************* 
 
 
 
 
 
1. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se opõe à execução de 
ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao 
funcionário público competente para executá-lo, 
 
a) comete crime de desacato. 
b) comete crime de desobediência. 
c) comete crime de resistência. 
d) comete crime de tráfico de influência. 
e) não comete crime contra a Administração Pública. 
 
COMENTÁRIOS: Caracteriza o delito de resistência, nos termos do art. 329, 
do Código Penal, a conduta de opor-se à execução de ato legal, mediante 
violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe 
esteja prestando auxílio. 
Cabe ressaltar que o tipo exige que haja violência ou ameaça ao funcionário ou 
ao terceiro que presta o auxílio. O tipo penal protege o terceiro que está 
colaborando com o serviço público ajudando o servidor na execução do ato. 
 
CRIMES CONTRA A ADMININISTRAÇÃO 
PÚBLICA - PARTE 02 
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Gabarito: "C" 
 
2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere: 
 
I. Solicitar o funcionário público para si, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
II. Deixar o funcionário público de praticar, indevidamente, ato de ofício, para 
satisfazer sentimento pessoal. 
 
Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de: 
 
a) corrupção ativa e prevaricação. 
b) corrupção ativa e condescendência criminosa. 
c) prevaricação e condescendência criminosa. 
d) corrupção ativa e corrupção passiva. 
e) corrupção passiva e prevaricação. 
 
COMENTÁRIOS: Na corrupção passiva a conduta típica vem expressa pelos 
verbos: SOLICITAR, RECEBER E ACEITAR. 
Diferentemente, na corrupção ativa, os verbos são: OFERECER ou RECEBER. 
No que tange à prevaricação a conduta típica vem expressa de 03 formas 
diferentes. São elas: 
 
A) RETARDAR ATO DE OFÍCIO 
B) DEIXAR DE PRATICAR ATO DE OFÍCIO 
C) PRATICAR ATO DE OFÍCIO CONTRA DISPOSIÇÕA EXPRESSA DE LEI. 
 
Gabarito: "E" 
 
3. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do Código 
Penal (Condescendência criminosa) está assim redigido: “Deixar o 
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funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que 
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade 
competente”. No que concerne ao fato típico, a expressão “por 
indulgência” corresponde 
 
a) ao resultado. 
b) à ação. 
c) ao elemento subjetivo do tipo. 
d) ao nexo de causalidade. 
e) à omissão. 
 
COMENTÁRIOS: A expressão "por indulgência", citada no enunciado 
apresentado pela banca, remete ao elemento subjetivo do tipo, ou seja, o 
animus de agir. 
Além do dolo existe uma finalidade específica de agir que, no caso em tela, 
refere-se a indulgência. 
 
Gabarito: "C" 
 
4. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionário público que, 
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário: 
 
a) comete crime de prevaricação. 
b) não comete crime contra a Administração Pública. 
c) comete crime de peculato culposo. 
d) comete crime de peculato doloso. 
e) comete crime de excesso de exação. 
 
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COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do parágrafo 
1º, do art. 312, que dispõe sobre o Peculato DOLOSO. Relembre este 
dispositivo, tão importante para sua futura PROVA: 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem 
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio: 
 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora 
não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou 
concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, 
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário. 
 
Gabarito: "D" 
 
5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opção 
correta. 
 
a) A consumação do peculato-apropriação não ocorre no momento em que o 
funcionário público, em virtude do cargo, começa a dispor do bem móvel 
apropriado, como se seu proprietário fosse, exigindo-se que o agente ou 
terceiro obtenha vantagem com a prática do delito. 
b) A incidência da agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de 
poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é 
incompatível com o peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação 
de dever inerente ao cargo. 
c) Segundo a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da insignificância ao 
peculato, desde que o prejuízo causado ao erário não ultrapasse um salário 
mínimo e o agente seja primário. 
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d) Nas hipóteses de peculato-desvio e peculato-apropriação, a reparação do 
dano pelo agente público, se precedente a sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena. 
e) Não comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas públicas, 
em continuidade delitiva, o servidor público que se utiliza ilegalmente de 
passagens e diárias pagas pelos cofres públicos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Alternativa “A” ��� Incorreta ��� A consumação do peculato-apropriação 
ocorre no momento em que o agente passa a agir como se fosse dono do 
dinheiro, valor ou coisa móvel, transformando a posse ou detenção em 
domínio. Ele efetivamente passa a dispor do objeto material como se fosse 
seu. Trata-se de um crime material. 
 
Alternativa “B” ��� Correta ��� O STF e o STJ têm se posicionado desta forma. 
Veja um julgado que elucida a questão: 
 
"Nos termos do artigo 61, caput, do Código Penal, somente se admite o 
reconhecimento das agravantes previstas em um de seus incisos quando elas 
não constituem ou qualificam o crime: daí a jurisprudência deste Superior 
Tribunal de Justiça, firme no sentido de que a incidência da agravante prevista 
no artigo 61, II, g, do Código Penal se mostra incompatível com o delito de 
peculato (Código Penal, artigo 312), pois a prática deste pressupõe, sempre, o 
abuso de poderou a violação de dever inerente ao cargo (HC 57.473/PI, DJ 
12/03/2007). 
 
Alternativa “C” ��� Incorreta ��� É dominante na jurisprudência que o 
Princípio da Insignificância NÃO prevalece nos crimes contra a Administração 
Pública, porque o cometimento destes crimes fere o princípio da moralidade 
administrativa. 
 
 
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Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Aplica-se tal regra ao peculato culposo, 
previsto no § 3º, do art. 312. O peculato-desvio e o peculato-apropriação 
estão no caput do art. 312. 
 
Alternativa “E” ��� Incorreta ��� O delito de emprego irregular de verbas 
públicas encontra-se tipificano no art. 315, do CP, nos seguintes termos: 
 
 
Art. 315- Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da 
estabelecida em lei. 
 
O que caracteriza o crime é o fato de a verba ou renda pública ser aplicada em 
favor da própria Administração, porém de forma diversa daquela prevista na 
lei. 
 
Gabarito: "B" 
 
6. (Analista - TRE-SP / 2012) José é aprovado em concurso público 
para exercer o cargo de Investigador de Polícia, sendo devidamente 
nomeado pela Autoridade Pública competente. Antes de ser 
empossado no cargo, José, ciente de que na rua que reside existe um 
estabelecimento comercial do tipo bar, onde há comércio de 
substâncias entorpecentes, aborda o proprietário do estabelecimento 
e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$ 
5.000,00 no prazo de 48 horas para não fazer a denúncia e 
desencadear uma operação policial naquele local. Neste caso, José 
comete crime de 
 
a) concussão 
b) prevaricação. 
c) corrupção passiva. 
d) exercício Funcional Ilegalmente Antecipado. 
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e) extorsão, pois ainda não havia tomado posse no cargo de Investigador de 
Polícia. 
 
COMENTÁRIOS: Em sua PROVA, sempre procure o verbo para definir o crime 
em questão. No caso, temos o verbo EXIGIR e, portanto, caracterizada está a 
concussão. 
O delito de concussão se consuma com a simples exigência da vantagem. É, 
pois, crime formal. Além disso, o agente não precisa estar devidamente 
investido na função pública, podendo valer-se dela para praticar o delito. 
Observe o disposto no Código Penal: 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
 
Gabarito: "A" 
 
7. (Analista - TRF / 2012) Tício, funcionário público federal, em 
fiscalização de rotina, constatou que Paulus, proprietário de uma 
mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-
lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e 
mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: “Este 
comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em 
quarenta e oito horas”. A conduta de Tício caracterizou o crime de 
 
a) prevaricação. 
b) calúnia. 
c) concussão. 
d) corrupção passiva. 
e) excesso de exação. 
 
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COMENTÁRIOS: No caso em tela está caracterizado o crime de excesso de 
exação. Vamos relembrar: 
 
Sobre o excesso de exação há para Nelson Hungria dois tipos: 
 
A forma simples, prevista no art. 316, §1º, do CP e a forma qualificada, 
disposta no art. 316, §2º, do CP. 
 
O EXCESSO DE EXAÇÃO simples, por sua vez, tem duas modalidades: 
 
� Exigência indevida � Aqui a exigência do tributo ou contribuição social 
é indevida (elemento normativo do tipo), isto é, não há autorização legal 
para sua cobrança, ou seu valor já foi quitado pela vítima, ou então se 
refere a quantia excedente à fixada por lei. 
 
� Cobrança vexatória ou gravosa não autorizada em lei � É também 
chamada, por alguns doutrinadore, de excesso no modo de exação ou 
exação fiscal vexatória. 
 
Segundo Hungria, ao contrário da exigência indevida, aqui a exigência de 
tributo ou contribuição social é devida, mas a cobrança se faz com o 
emprego de meio gravoso ou vexatório para o devedor, o qual não é 
autorizado por lei. 
 
Gabarito: "E" 
 
8. (Técnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionário público municipal, 
apropriou-se de remédios doados por um laboratório farmacêutico ao 
Posto de Saúde do qual era médico chefe, e os levou ao seu consultório 
particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, além de outras 
infrações legais, 
 
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a) responderá por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos 
em razão do seu cargo. 
b) não responderá por crime de peculato, porque o objeto desse delito só pode 
ser dinheiro. 
c) só responderá por crime de peculato se a doação dos remédios tiver sido 
regularmente formalizada e aceita pela Administração Pública Municipal. 
d) não responderá por crime de peculato porque os remédios foram recebidos 
em doação e não foram adquiridos pela Administração Pública Municipal. 
e) responderá apenas pelo crime de prevaricação, por ter praticado 
indevidamente ato de ofício. 
 
COMENTÁRIOS: O peculato se verificou, uma vez que houve apropriação, por 
parte do médico, funcionário público, de bens (medicamentos) dos quais tinha 
posse em razão do cargo que exercia. 
Perceba que a conduta se enquadra perfeitamente no art. 312 do CP: 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem 
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora 
não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou 
concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, 
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário. 
 
Gabarito: "A" 
 
9. (Polícia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exercício de 
fiscalização de trânsito, surpreendeu um motorista dirigindo 
alcoolizado e pela contramão de direção. Em seguida, exigiu do 
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infrator a quantia de R$ 200,00 para deixá-lo prosseguir livremente. 
Nesse caso, Paulo responderá pelo crime de: 
 
A) corrupção ativa. 
B) concussão. 
C) corrupção passiva. 
D) prevaricação. 
E) peculato. 
 
COMENTÁRIOS: No caso apresentado, Paulo EXIGE vantagem indevida e, 
portanto, fica caracterizado o crime de concussão (Alternativa “B”). 
É importante ressaltar que, para efeito de PROVA, é indiferente a diferenciação 
prática entre uma solicitação e uma exigência. O importante é verificar qual 
verbo está sendo utilizado pela banca. Se forEXIGIR é concussão. 
 
Gabarito: B 
 
10. (OAB-SP / 2005) O funcionário que deixa de responsabilizar 
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, comete crime 
de: 
 
A) prevaricação. 
B) omissão funcional criminosa. 
C) condescendência criminosa. 
D) advocacia administrativa. 
E) N.R.A. 
 
COMENTÁRIOS: Essa questão poderia deixar dúvidas, pois a banca não cita 
que o superior deixou de responsabilizar o funcionário por indulgência. Sendo 
assim, poderiamos pensar também no delito de prevaricação. 
Esse tipo de questão já apareceu mais de uma vez em provas da ESAF e o 
entendimento sempre foi o mesmo, ou seja, a banca considerou como resposta 
correta a condescendência criminosa, alternativa “C”. 
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Sendo assim, se o examinador tratar de maneira genérica a expressão “DEIXA 
DE RESPONSABILIZAR SUBORDINADO”, considere que é caso de 
condescendência criminosa e não prevaricação. 
 
Gabarito: C 
 
11. (Procurador do Município de SP / 2008) A concussão e a corrupção 
ativa são crimes: 
 
A) permanentes. 
B) formal e material, respectivamente. 
C) materiais. 
D) formais. 
E) material e formal, respectivamente. 
 
COMENTÁRIOS: Crime formal é aquele que, embora possa ter um resultado, 
independe dele para a consumação. Diferentemente, no delito material, o 
resultado é imprescindível. 
Na concussão, a consumação ocorre com a simples exigência enquanto na 
corrupção ativa, consuma-se no momento em que o funcionário público toma 
conhecimento da oferta ou promessa. 
Diante do exposto, por não haver dependência de qualquer resultado para a 
caracterização dos supracitados delitos, pode-se afirmar que estamos diante 
de dois crimes FORMAIS. 
 
Gabarito: D 
 
12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trânsito, encontrava-se em 
gozo de férias e observou um veículo parado em local proibido. 
Abordou o motorista, de quem, declinando sua função, solicitou a 
quantia de R$ 50,00 para não lavrar a multa relativa à infração 
cometida. Nesse caso, Paulo: 
 
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A) responderá pelo delito de concussão. 
B) responderá pelo delito de corrupção ativa. 
C) responderá pelo delito de corrupção passiva. 
D) não responderá por nenhum delito porque estava de férias. 
E) responderá pelo delito de prevaricação. 
 
COMENTÁRIOS: No caso em tela, o policial de trânsito, valendo-se de sua 
função, SOLICITA determinada quantia. Neste caso, há caracterização da 
CORRUPÇÃO PASSIVA, delito que encontra previsão no art. 317, do Código 
Penal: 
 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de 
tal vantagem. 
 
Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a 
solicitação chega ao conhecimento do terceiro ou quando o funcionário recebe 
a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. A alternativa correta, 
portanto, é a “C”. 
 
Gabarito: C 
 
13. (Auditor – TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime 
de: 
 
A) advocacia administrativa. 
B) usurpação de função pública. 
C) concussão. 
D) prevaricação. 
E) peculato. 
 
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COMENTÁRIOS: Dos crimes contra a Administração Pública, o único que 
admite a modalidade CULPOSA é o PECULATO. Correta, portanto, a alternativa 
“E”. 
O Peculato culposo está descrito no Código Penal, no § 2º, do art. 312. Nesta 
forma típica, o funcionário, por imperícia, imprudência ou negligência, concorre 
para a prática de crime de outrem. Assim, em face da ausência de cautela que 
estava obrigado na preservação de bens do poder público que lhe são 
confiados, o sujeito facilita a outrem a subtração, apropriação ou desvio dos 
mesmos. 
O crime se aperfeiçoa com a conduta dolosa de outrem, havendo necessidade 
da existência de nexo causal entre os delitos, de maneira que o primeiro 
(peculato-culposo) tenha permitido a prática do segundo. Seria o caso, por 
exemplo, do chefe de determinado setor que, negligentemente, esquece o 
armário com peças de computador aberto e estas são furtadas. 
 
Gabarito: E 
 
14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendência criminosa: 
 
A) o funcionário público que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de 
praticar ato de ofício. 
B) o funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar 
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. 
C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de 
receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. 
D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário público no exercício da função. 
E) o funcionário que, valendo-se de sua condição, patrocina, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a administração pública. 
 
COMENTÁRIOS: Questão que exige do candidato o conhecimento da 
tipificação do delito de condescendência criminosa previsto no art. 320, do 
Código Penal: 
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Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de 
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício 
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade competente. 
 
Com base na tipificação acima apresentada, conclui-se que está correta a 
alternativa “B” que, praticamente, reproduz o texto legal. 
Observações: 
 
1. A expressão ‘‘por indulgência” significa que o superior hierárquico deixa 
de agir por tolerância, clemência, brandura, etc. 
2. Se a razão da conduta é o atendimento de sentimento ou interesse 
pessoal, o fato constitui prevaricação. 
3. Se há pretensão de obter vantagem indevida, é caso de corrupção 
passiva. 
 
Exemplo prático do crime de condescendência criminosa: Tício ingressa no 
cargo de Auditor Fiscal. Logo no primeiro mês de trabalho, apaixona-se por 
Mévia, também recém aprovada. 
Após um ano e várias tentativas sem sucesso de aproximação, Tício é 
nomeado CHEFE de subdivisão e Mévia passa a ser sua subordinada. 
Algum tempo depois, Tício flagra Mévia recebendo dinheiro para retardar ato 
de ofício, mas resolve tolerar tal atitude, pois, além de seu grande amor, sabe 
que Mévia vem de uma família muito pobre. 
Neste caso, comete Tício condescendência criminosa, pois, POR INDULGÊNCIA, 
deixa de responsabilizar subordinada. 
 
Gabarito: B 
 
15. (Procurador – TCE-AL / 2008) A conduta do funcionário público 
que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida para si, 
sem, contudo, chegar a recebê-la, caracteriza, em tese, 
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A) tentativa de concussão. 
B) corrupção passiva consumada. 
C) concussão consumada. 
D) tentativa de corrupção passiva. 
E) corrupção ativa consumada. 
 
COMENTÁRIOS: A questão diz que o funcionário SOLICITOU vantagem 
indevida, logo, caracterizada está a corrupção passiva. 
Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a 
solicitação chega ao conhecimento do terceiro, ou quando o funcionário recebe 
a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. 
O fato de o funcionário não ter chegado a receber, neste caso, é irrelevante e 
não caracteriza a forma tentada. 
 
Gabarito: B 
 
16. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No crime de concussão, a 
circunstância de ser um dos agentes funcionário público: 
 
A) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular. 
B) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este 
desconheça a condição daquele. 
C) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular. 
D) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a 
condição daquele. 
E) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente 
particular. 
 
COMENTÁRIOS: O art. 30, do Código Penal, determina a comunicação das 
circunstâncias de caráter pessoal, quando elementares do crime, a todas as 
pessoas que dele participarem. 
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Apesar de a concussão ser classificada como delito próprio, exigindo que o 
agente ostente a condição de funcionário público, a circunstância, como é 
elementar do tipo, comunica-se ao co-autor ou partícipe que a conheça. 
Então, a elementar “funcionário público” comunica-se aos demais que não 
possuem essa qualidade, desde que tenham praticado o crime juntamente com 
funcionário público e que tenham conhecimento de sua presença na figura do 
autor principal. O co-autor ou partícipe deve ter dolo, ou seja, vontade e 
consciência para agir com o funcionário público. Correta, portanto, a 
alternativa “D”. 
 
Gabarito: D 
 
17. (METRO-SP / 2008) Durante um julgamento perante o Tribunal do 
Júri, um jurado, que em sua vida normal exerce a função de vendedor, 
solicitou R$ 10000,00 (dez mil reais) ao advogado do réu para votar 
pela absolvição deste. O jurado: 
 
A) cometeu crime de corrupção ativa. 
B) cometeu crime de corrupção passiva. 
C) cometeu crime de concussão. 
D) cometeu crime de prevaricação. 
E) não cometeu nenhum crime, pois não era funcionário público. 
 
COMENTÁRIOS: O Código Penal, ao definir o conceito de funcionário público 
para fins penais, dispõe que se considera funcionário público quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função 
pública. 
O jurado exerce função pública, transitória e sem remuneração, enquadrando-
se no grupo dos chamados agentes honoríficos. 
Deste modo, podemos afirmar que o jurado é considerado funcionário público 
para fins penais e, no caso em questão, como SOLICITA vantagem indevida, 
comete corrupção passiva, delito apresentado pela banca na alternativa “B”. 
 
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Gabarito: B 
 
18. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Antes de assumir o 
cargo público municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua 
condição funcional, João exige ingresso dos organizadores de evento 
cuja realização depende de autorização do Poder Público. Assim 
agindo, João: 
 
A) comete crime de concussão. 
B) comete crime de corrupção ativa. 
C) comete crime de corrupção passiva. 
D) não comete crime algum porque pedido de ingresso para evento é mero 
ilícito civil. 
E) não comete crime algum porque ainda não assumiu o cargo. 
 
COMENTÁRIOS: O art. 317, do Código Penal, ao tratar da concussão, define o 
delito como a conduta de exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida. 
Percebemos que o fato de o agente não haver assumido a função não 
influencia na consumação do crime, desde que ele aja em razão dela. 
 
Gabarito: A 
 
19. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) João, tesoureiro de 
órgão público, agindo em concurso com José e em proveito deste, que 
não é funcionário público mas que sabe que João o é, desvia certa 
quantia em dinheiro, de que tem a posse em razão do cargo. Por essa 
conduta: 
 
A) José não responde por crime nenhum, já que foi João quem desviou o 
dinheiro. 
B) João responde por peculato e José por apropriação indébita. 
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C) João e José respondem pelo crime de peculato. 
D) João não responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para José, 
que é quem deve ser processado. 
E) João e José respondem pelo crime de peculato, mas este tem a pena 
reduzida pela metade, porque foi João quem desviou o dinheiro. 
 
COMENTÁRIOS: Na situação apresentada, João comete o PECULATO-DESVIO. 
Como José tem conhecimento de que João é funcionário público e como esta 
“qualidade especial” é elementar do crime de PECULATO, com base no art. 30, 
do Código Penal, responderá também José pelo crime de peculato. 
 
Gabarito: C 
 
20. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Agindo com 
negligência, João esquece sobre o balcão da repartição onde exerce 
cargo público documento que contém segredo, de forma que terceira 
pessoa tem acesso a ele. Assim agindo, João: 
 
A) pratica crime de violação de sigilo funcional porque o dolo é presumido. 
B) só pratica crime se o terceiro que teve conhecimento do segredo revelá-lo 
para outras pessoas. 
C) não pratica crime, porque o Código Penal não prevê a modalidade culposa 
de violação de sigilo funcional. 
D) pratica crime de violação de sigilo funcional porque presente o dolo 
eventual. 
E) pratica crime de condescendência criminosa. 
 
COMENTÁRIOS: Já foi tratado anteriormente que o único crime contra a 
Administração Pública que é punível a título de culpa é o PECULATO. 
No caso em questão, a banca trata do crime de violação de sigilo funcional, 
que consiste em revelar fato de que tem ciência em razão do cargo, e que 
deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação. 
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Como o funcionário age com negligência (culpa) e, para a caracterização do 
crime, exige-se o DOLO, não responderá o agente por nenhum CRIME, o que 
torna correta a alternativa “C”. Cabe ressaltar que o funcionário poderá ser 
responsabilizado nas esferas CIVIL e ADMINISTRATIVA. 
 
Gabarito: C 
 
21. (Técnico Judiciário– TRF-3ª Região / 2007) Sobre o crime de 
PECULATO, considere: 
 
I. é crime que exige a qualidade de funcionário público do autor, 
ressalvada a hipótese de co-autoria. 
II. a apropriação ou o desvio pode ter como objeto bem imóvel. 
III. caracteriza-se pela apropriação ou desvio de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel. 
IV. configura-se somente se a apropriação for de bem público. 
V. não se caracteriza se a apropriação ou o desvio for de bem 
particular. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) III e IV. 
D) III, IV e V. 
E) IV e V. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
Assertiva I � No peculato, a qualidade de funcionário público é elementar do 
tipo, ou seja, é necessária para a configuração do delito. Está correta a 
assertiva. Caso não haja esta qualificação, o delito será o de apropriação 
indébita. 
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Do exposto, conclui-se que se trata de um crime FUNCIONAL impróprio. 
Explicando: 
Os crimes funcionais pertencem à categoria dos crimes próprios, pois só 
podem ser cometidos por determinada classe de pessoas. Neste tipo de delito, 
a lei exige do indivíduo uma condição ou situação específica. Os crimes 
funcionais classificam-se em: 
• Crimes funcionais próprios: São aqueles cuja ausência da qualidade 
de funcionário público torna o fato atípico. Exemplo claro de crime 
funcional próprio é o delito de prevaricação, previsto no art. 319, do 
Código Penal. 
Se ficar comprovado que na época do fato o indivíduo não era funcionário 
público, desaparece a prevaricação e não surge nenhum outro crime. Percebe-
se que a qualidade do sujeito ativo aparece como elemento da tipicidade 
penal. 
• Crimes funcionais impróprios ou mistos: A ausência da qualidade 
especial faz com que o fato seja enquadrado em outro tipo penal. 
Exemplo: Além do peculato, pode-se citar a concussão – art. 316. Se o 
sujeito ativo não for funcionário público, o crime é de extorsão – art. 
158. 
 
Assertiva II ��� Como deixa claro o art. 312 do Código Penal, o peculato só 
pode recair sobre bens móveis. Esse é o entendimento da doutrina majoritária 
e o da ESAF. Assertiva incorreta. 
 
Assertiva III � Esta assertiva está correta, pois resume o art. 312 que 
define o crime de peculato. Observe: 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem 
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio. 
 
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Assertivas IV e V ��� Caracteriza o peculato a apropriação de bem público ou 
particular. Logo, incorretas as assertivas. 
 
Como somente as assertivas I e III estão corretas, pode-se afirmar que a 
resposta da questão é a alternativa “B”. 
 
Gabarito: B 
 
22. (Técnico Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) "A" entrou no 
exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais. 
Sua conduta: 
 
A) configura crime de concussão. 
B) configura crime de peculato. 
C) configura o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou 
prolongado. 
D) não caracteriza infração penal. 
E) não caracteriza infração penal, mas ele não receberá o salário até que 
satisfaça as exigências legais. 
 
COMENTÁRIOS: Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as 
exigências legais, ou continuar a exercê-la sem autorização, depois de saber 
oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso, caracteriza 
o crime de exercício ilegalmente antecipado ou prolongado, definido no art. 
324, do Código Penal. Correta, portanto, a alternativa “C”. 
 
Gabarito: C 
 
23. (Técnico Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Na hipótese de 
peculato culposo, a reparação do dano depois da sentença irrecorrível 
implica na: 
 
A) suspensão da pena. 
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B) redução de três quintos da pena imposta. 
C) exclusão da antijuricidade. 
D) extinção da punibilidade. 
E) redução de metade da pena imposta. 
 
COMENTÁRIOS: O peculato culposo, nos termos do § 3º, do art. 312, do 
Código Penal, apresenta uma espécie anômala de arrependimento posterior, 
definida da seguinte forma: 
 
§ 3º - [...] a reparação do dano, se precede à sentença 
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta. 
 
Normalmente, o arrependimento posterior, que só pode ser argüido em crimes 
praticados sem violência ou grave ameaça, funciona como atenuante e deve 
acontecer até o momento do recebimento da denuncia ou da queixa por parte 
do magistrado. 
No caso do peculato culposo, este arrependimento funcionará como 
excludente, caso ocorra até a sentença transitar em julgado, ou como 
atenuante, manifestando-se depois do trânsito em julgado da sentença penal, 
situação em que reduzirá a pena pela metade. 
Como a questão apresentada afirma que a reparação do dano ocorreu após a 
sentença irrecorrível, está correta a alternativa “E”, pois a pena será reduzida 
pela metade. 
 
Gabarito: E 
 
24. (Auditor – TCE-AM / 2007) A respeito dos crimes contra a 
Administração Pública, considere: 
 
I. Não exclui a responsabilidade penal o fato de ter sido o agente, 
acusado da prática de crime de peculato, inocentado pelo órgão 
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administrativo quando do procedimento necessário ao afastamento do 
cargo. 
II. Comete crime de concussão o funcionário público que, mediante 
grave ameaça de morte com emprego de arma de fogo, exige 
vantagem indevida de particular. 
III. Não comete crime de peculato o funcionário público que se 
apropria de bem particular, de que tem a posse em razão do cargo. 
IV. Só o ocupante de cargo público, criado por lei, com denominação 
própria, número certo e pago pelos cofres públicos, ainda que em 
entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de função. 
 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
 
A) I, II e III. 
B) I, II e IV. 
C) I e IV. 
D) II e III, 
E) II, III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
Assertiva I ��� Está correta, pois a esfera penal é independente da esfera 
administrativa. O fato do agente ter sido inocentado na esfera administrativa 
não impede o processo penal do qual pode advir uma condenação. 
Assertiva II ��� A concussão é uma forma especial de extorsão, praticada por 
funcionário público com abuso de autoridade. Deve, assim, haver um nexo 
entre a represália prometida, a exigência feita e a função exercida pelo 
funcionário público. 
Por isso, se o funcionário público empregar violência ou grave ameaça 
referente a situação estranha à funçãopública, haverá crime de extorsão ou 
roubo. 
Exemplo: Um policial aponta um revólver para a vítima e, mediante ameaça de 
morte, pede que ela lhe entregue o carro. Neste caso, não haverá concussão, e 
sim extorsão. Assertiva incorreta. 
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Assertiva III ��� O peculato apropriação é cabível tanto para bem público 
quanto para bem privado. Portanto, incorreta a assertiva. 
Assertiva IV ��� O Código Penal, ao tratar do crime de abandono de função em 
seu art. 323, dispõe: 
 
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos 
em lei. 
 
Percebe-se que, embora o próprio Código Penal atribua o nome abandono de 
função ao crime, a tipificação do delito utiliza a palavra CARGO, que representa 
um conceito mais restrito que o termo função pública. 
Desta forma, o nome correto do crime deveria ser ABANDONO DE CARGO e 
está correto afirmar que só o ocupante de cargo público, criado por lei, com 
denominação própria, número certo e pago pelos cofres públicos, ainda que 
em entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de função. 
 
Do exposto, conclui-se que a resposta da questão é a alternativa “C”, pois 
somente as assertivas I e IV estão corretas. 
 
Gabarito: C 
 
25. (Analista Judiciário – TRF- 2ª Região / 2007) Funcionário público 
encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o 
sistema de informações do órgão sem autorização ou solicitação da 
autoridade competente. Assim agindo, ele: 
 
A) não comete crime porque é encarregado do CPD. 
B) comete crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de 
informações. 
C) comete crime de abuso de autoridade. 
D) comete crime de adulteração de dados digitados. 
E) comete crime de inserção de dados falsos em sistema de informação. 
 
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COMENTÁRIOS: Constitui crime modificar ou alterar, o funcionário, sistema 
de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de 
autoridade competente. 
No caso em tela, o fato de ele ser o encarregado do CPD não influencia em 
absolutamente nada e o funcionário responderá pelo crime de modificação ou 
alteração não autorizada de sistema de informações. 
 
Gabarito: B 
 
26. (Oficial de Justiça – TJ-PE / 2007) Em relação aos crimes contra a 
administração pública, é correto afirmar que: 
 
A) no crime de resistência, o dolo é a vontade de se opor à execução do ato, 
mediante violência ou ameaça, mas é dispensável que o agente tenha 
consciência de que está resistindo a ato legal do funcionário, sendo que o erro 
quanto à legalidade do ato, ainda que culposo, não exclui o dolo. 
B) no peculato o sujeito ativo é o funcionário público, como também o 
particular que não se reveste dessa qualidade e que concorre para o crime, 
conhecendo ou não a condição do agente. 
C) na concussão, o agente solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida ou aceita promessa de tal vantagem. 
D) para os efeitos penais, equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para 
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração Pública. 
E) para a caracterização do crime de desacato é irrelevante que o fato ocorra 
na presença do funcionário público, configurando o ilícito ainda quando a 
ofensa lhe é dirigida em documento, por telefone, por e.mail ou outro meio. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” ��� O crime de resistência encontra-se tipificado no art. 329, 
do Código Penal, com a seguinte redação: 
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Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência 
ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem 
lhe esteja prestando auxílio. 
 
Observa-se aqui que é necessário que a oposição do sujeito se manifeste por 
meio de ameaça ou violência física, em face do funcionário ou da pessoa que o 
auxilia, no exato momento em que o ato esteja sendo praticado, de modo que 
se a oposição for exercida em momento anterior ou posterior à prática do ato 
pelo funcionário público, não constitui crime de resistência. 
Para que o sujeito seja enquadrado no crime em tela, é necessária a 
caracterizaçao do dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de executar a 
ação. Caso haja erro quanto à legalidade do ato, haverá também a exclusão 
do dolo e, portanto, está incorreta a alternativa. 
Alternativa “B” ��� Para que o particular também responda por peculato em 
concurso de pessoas, é imprescindível que ele tenha conhecimento da 
qualidade de funcionário público do outro agente. Alternativa incorreta. 
Alternativa “C” ��� A alternativa está errada, pois a banca tenta confundir o 
candidato associando a definição da corrupção passiva ao crime de concussão. 
Neste último, o funcionário EXIGE; no primeiro, SOLICITA. 
Alternativa “D” ��� Reproduz exatamente o parágrafo 1º, do art. 327, do 
Código Penal que trata da figura do funcionário público por equiparação. É a 
resposta da questão. 
Alternativa “E” ��� O Código Penal tipifica como crime no art. 331 o fato de 
desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. O 
desacato pode ser por gestos, gritos, agressões, etc. É indispensável, 
entretanto, que o fato seja cometido na presença do sujeito passivo. Não há 
desacato na ofensa por carta, telefone, televisão, etc., podendo ocorrer o 
delito de injúria. Alternativa incorreta. 
 
Gabarito: D 
 
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27. (TCE-MG / 2007) No peculato culposo, a reparação do dano, se 
precede à sentença irrecorrível, 
 
A) é causa de diminuição da pena. 
B) exclui o crime. 
C) não tem qualquer repercussão. 
D) extingue a punibilidade. 
E) é circunstância atenuante. 
 
COMENTÁRIOS: Conforme o §3º, do art. 312, do Código Penal, no peculato, 
a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Correta, 
portanto, a alternativa “D”. 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: D 
 
28. (Analista Judiciário – TRE-PB / 2007) Mário, valendo-se da 
condição de funcionário público, cogita em subtrair cinco 
computadores de propriedade do Estado que se localizam na 
repartição pública que trabalha. Para ajudá-lo na subtração convida 
Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo intimo. 
Neste caso, considerando que Mário e Douglas subtraíram somente 
dois computadores, 
 
A) apenas Mário responderá pela prática de peculato tentado, uma vez que 
Douglas não era funcionário público não secomunicando circunstância pessoal. 
SENTENÇA IRRECORRÍVEL 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE REDUÇÃO DA PENA – ½ 
PECULATO 
REPARAÇÃO DO DANO 
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B) apenas Mário responderá pela prática de peculato consumado, uma vez que 
Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal. 
C) eles responderão pela prática de crime de peculato tentado em concurso de 
pessoas. 
D) eles responderão pela prática de crime de peculato consumado em concurso 
de pessoas. 
E) apenas Mário responderá pela prática de concussão consumada, uma vez 
que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância 
pessoal. 
 
COMENTÁRIOS: Inicialmente, analisando a conduta de Mário, fica claro que 
ele cometeu o crime de PECULATO, não importando aqui a quantidade de 
computadores que foram subtraídos. 
Douglas, amigo ÍNTIMO de Mário e, portanto, conhecedor da qualidade de 
funcionário público deste, comete o crime em concurso de pessoas. 
Como a qualidade de funcionário público é elementar do crime de Peculato e 
Douglas tem conhecimento da função de Mário, nos termos do art. 30, do 
Código Penal, responderá Douglas também pelo Peculato. 
 
Gabarito: D 
 
29. (Técnico Judiciário – TRE-MS / 2007) O ressarcimento do dano, no 
crime de peculato doloso, 
 
A) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento da 
denúncia. 
B) extingue a punibilidade do agente se for anterior à denúncia. 
C) não extingue a punibilidade do agente. 
D) extingue a punibilidade do agente se for anterior à sentença. 
E) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trânsito em julgado da 
sentença. 
 
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COMENTÁRIOS: Essa questão tenta confundir o candidato aplicando 
característica particular do peculato culposo ao peculado doloso. Quando há 
este último, a reparação do dano NÃO extingue a punibilidade. Portanto, 
correta a alternativa “C”. 
 
Gabarito: C 
 
30. (Analista Judiciário – TRE-MS / 2007) Considere: 
 
I. Exigir diretamente para si, em razão de função pública, vantagem 
indevida. 
II. Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da 
função pública, mas em razão dela. 
III. Desviar o funcionário público em proveito alheio, bem móvel 
particular de que tem a posse em razão do cargo. 
IV. Desviar o funcionário público, em proveito próprio, o que recebeu 
indevidamente para recolher aos cofres públicos. 
 
Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de: 
A) corrupção passiva, peculato, excesso de exação e prevaricação. 
B) concussão, corrupção passiva, peculato e excesso de exação. 
C) prevaricação, excesso de exação, concussão e peculato. 
D) peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação. 
E) excesso de exação, corrupção passiva, peculato e concussão. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas e definindo os delitos: 
Assertiva I ��� O verbo utilizado pela banca é o EXIGIR e está palavra deve 
ser associada ao crime de CONCUSSÃO. 
Assertiva II ��� Verbos ACEITAR, SOLICITAR ou RECEBER caracterizam a 
corrupção passiva. 
Assertiva III ��� Verbo DESVIAR, relacionado a bem público ou particular que 
o funcionário tem a posse em razão do cargo, caracteriza o PECULATO. 
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Assertiva IV ��� O excesso de exação encontra a previsão de sua forma 
simples no § 1º, do art. 316, do Código Penal. Segundo o dispositivo legal, se 
o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber 
indevido ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, 
que a lei não autoriza, fica sujeito a uma penalização. 
Ocorre, porém, que no § 2º há previsão da forma qualificada do excesso de 
exação e muitas vezes os candidatos esquecem desta tipificação. Nos termos 
do citado dispositivo legal, se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de 
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos, 
também responderá pelo delito. Perceba que é exatamente o texto que 
aparece na assertiva IV. 
 
Gabarito: B 
 
31. (Analista Judiciário – TRE-MS / 2007) Dentre outros considera-se 
funcionário público, para os efeitos penais, o: 
 
A) inventariante judicial. 
B) tutor dativo. 
C) perito judicial. 
D) curador dativo. 
E) síndico falimentar. 
 
COMENTÁRIOS: O tutor, curador, inventariante judicial, síndico, liquidatário, 
testamenteiro ou depositário judicial nomeado pelo juiz não são considerados 
funcionários públicos para fins penais. Eles, na realidade, exercem múnus 
público (encargo público), o qual não se confunde, por terem fins privados, 
com função pública. 
Diferentemente, o perito judicial, que nada mais é do que o técnico ou 
especialista que opina sobre questões que lhe são submetidas pelas partes ou 
pelo juiz a fim de esclarecer fatos que auxiliem o julgador a formar sua 
convicção, é considerado funcionário público para fins penais, pois exerce 
FUNÇÃO PÚBLICA. 
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Gabarito: C 
 
32. (Analista Judiciário – TRF-4ª Região / 2007) Dar às verbas ou às 
rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: 
 
A) não constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa. 
B) constitui crime contra a Administração Pública praticado por funcionário 
público. 
C) configura crime de peculato-furto. 
D) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem. 
E) constitui crime de prevaricação. 
 
COMENTÁRIOS: A fim de proteger a regularidade da atividade administrativa 
no que diz respeito à aplicação de verbas e rendas públicas, o legislador fez 
constar no Código Penal, mais precisamente em seu art. 315, o crime de 
desvio de verbas, que consiste em dar às verbas ou rendas públicas aplicação 
diversa da estabelecida em lei. 
Tal delito encontra-se tipificado no capítulo referente aos crimes contra a 
Administração Pública e, assim, correta está a alternativa “B”. 
 
Gabarito: B 
 
33. (Analista Judiciário – TRF-4ª Região / 2007) Túlio assumiu o 
exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, 
executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o 
crime de: 
 
A) desobediência. 
B) tráfico de influência. 
C) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. 
D) advocacia administrativa. 
E) usurpação de função pública. 
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COMENTÁRIOS:A conduta apresentada se enquadra na tipificação do crime 
de usurpação de função pública. Correta a alternativa “E”. 
Vamos aproveitar e esquematizar os crimes praticados por Particulares contra 
a Administração: 
CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA 
USURPAÇÃO DE 
FUNÇÃO PÚBLICA 
 
Usurpar o exercício de função 
pública. 
Se do fato o agente aufere 
vantagem � Tipo qualificado. 
O crime é consumado com 
a prática do primeiro ato 
de ofício, independente do 
resultado, ou seja, não 
importando se o exercício 
da função usurpada é 
gratuito ou oneroso. 
 
 
RESISTÊNCIA 
Opor-se à execução de ato 
legal mediante violência ou 
ameaça à funcionário 
competente para executá-lo 
ou a quem lhe esteja 
prestando auxílio. 
Se o ato, em razão da 
resistência, não se executa � 
Tipo qualificado. 
É delito formal, 
consumando-se no 
momento da violência ou 
ameaça. 
 
DESOBEDIÊNCIA 
Desobedecer à ordem legal 
de funcionário público. 
O crime é consumado com 
a ação ou omissão 
(omissivo próprio) do 
desobediente. 
 
DESACATO 
Desacatar funcionário público 
no exercício da função ou em 
razão dela. 
O crime é consumado com 
o ato ofensivo. 
 
 
TRÁFICO DE 
INFLUÊNCIA 
Solicitar, exigir, cobrar ou 
obter, para si ou para 
outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a 
pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário 
público no exercício da 
função. 
No verbo obter, trata-se de 
CRIME MATERIAL e a 
consumação ocorre no 
momento em que o sujeito 
obtém a vantagem (ou a 
promessa). 
Nos verbos solicitar, exigir 
e cobrar, temos o CRIME 
 
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A pena é aumentada da 
metade se o agente alega ou 
insinua que a vantagem é 
também destinada ao 
funcionário. 
FORMAL e a consumação 
opera-se com a simples 
ação do sujeito. 
 
CORRUPÇÃO ATIVA 
 
Oferecer ou prometer 
vantagem indevida a 
funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, 
omitir ou retardar ato de 
ofício. 
A pena é aumentada de um 
terço se, em razão da 
vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou omite 
ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional. 
O crime é FORMAL e 
consuma-se no momento 
em que o funcionário 
público toma conhecimento 
da oferta ou promessa. 
 
 
 
CONTRABANDO OU 
DESCAMINHO 
Importar ou exportar 
mercadoria proibida ou iludir, 
no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou 
imposto devido pela entrada, 
pela saída ou pelo consumo 
de mercadoria. 
Se a mercadoria deu 
entrada ou saída pela 
alfândega, a consumação 
ocorre no momento em 
que a mercadoria é 
liberada. Se a conduta é 
interrompida e não ocorre 
a liberação, há tentativa. 
Se a mercadoria entra por 
outro local que não pela 
aduana, consuma-se o 
delito no momento da 
entrada em território 
nacional. 
 
INUTILIZAÇÃO DE 
EDITAL OU DE SINAL 
Rasgar ou, de qualquer 
forma, inutilizar ou 
conspurcar edital afixado por 
ordem de funcionário público; 
violar ou inutilizar selo ou 
sinal empregado, por 
determinação legal ou por 
ordem de funcionário público 
para identificar ou cerrar 
qualquer objeto. 
Trata-se de CRIME 
MATERIAL. Consuma-se o 
delito com o ato de rasgar, 
inutilizar, conspurcar ou 
violar. 
 
 
SUBTRAÇÃO OU 
INUTILIZAÇÃO DE 
LIVRO OU 
DOCUMENTO 
Subtrair ou inutilizar, total ou 
parcialmente, livro oficial, 
processo ou documento 
confiado à custódia de 
funcionário em razão de 
ofício ou de particular em 
O crime é consumado com 
a subtração ou efetivação 
da inutilização. 
 
 
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serviço público. 
 
Prosseguindo na questão: 
Usurpar é derivado do latim usurpare, que significa apossar-se sem ter direito. 
Usurpar a função pública é, portanto, exercer ou praticar ato de uma função 
que não lhe é devida. Encontra previsão no Código Penal, nos seguintes 
termos: 
 
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. 
 
Gabarito: E 
 
34. (MPU / 2007) A respeito dos crimes contra a Administração 
Pública, é correto afirmar: 
 
A) Não configura o crime de contrabando a exportação de mercadoria proibida. 
B) Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário público 
de ordem legal de outro funcionário público. 
C) Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem indevida a 
funcionário público para determiná-lo a deixar de praticar medida ilegal. 
D) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao 
cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória 
supostamente contrária à prova dos autos. 
E) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o 
funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a ofensa 
se verifique em função dela. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” ��� O art. 334, do Código Penal, define o crime de 
contrabando e descaminho nos seguintes termos: 
 
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Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em 
parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou 
pelo consumo de mercadoria. 
 
Do texto legal, conclui-se que o delito ocorre tanto na importação quanto na 
exportação da mercadoria proibida, o que torna a alternativa incorreta. 
 
 
 
 
 
 
 
Alternativa “B” ��� O crime de desobediência, previsto no art. 330, do Código 
Penal, é crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa, inclusive 
por funcionário público, desde que o objeto da ordem não esteja relacionado 
com suas funções. 
No caso apresentado na alternativa, como é uma ordem legal de um 
funcionário para outro, não há que se falar em desobediência, podendo 
ocorrer, por exemplo, o delito de prevaricação. 
Alternativa “C” ��� Segundo a jurisprudência dominante, se o particular 
oferece vantagem a fim de impedir ato ILEGAL ou fora das competências do 
agente público, não há a caracterização do delito de corrupção ativa. Incorreta 
a alternativa. 
Alternativa “D” ��� O crime de resistência é caracterizado pela conduta de 
opor-se à execução de ato legal mediante violência ou ameaça a funcionário 
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. No caso 
apresentado na alternativa, que está correta, a contrariedade das provas nos 
autos não é justificativa para a oposição e restará caracterizado o delito de 
resistência. 
Alternativa “E” ��� Diferente do apresentado na alternativa, no crime de 
desacato, o funcionário público deve estar no exercício da função ou, ainda que 
fora do exercício, a ofensa deve ser feita em razão da função. 
OBSERVAÇÃO: 
CONTRABANDO É A ENTRADA OU SAÍDA DE PRODUTO PROIBIDO OU 
QUE ATENTE CONTRA A SAÚDE OU A MORALIDADE. 
 
DESCAMINHO É A ENTRADA OU SAÍDA DE PRODUTOS PERMITIDOS, 
MAS SEM PASSAR PELOS TRÂMITES BUROCRÁTICOS-TRIBUTÁRIOS 
DEVIDOS. 
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É o caso, por exemplo, do particular que encontra um juiz em um 
supermercado e diz: “Juiz é tudo ladrão, inclusive você”. 
 
Gabarito: D 
 
35. (Auditor Fiscal Tributário / 2007) Para efeitos penais, 
 
A) não se considera funcionário público quem exerce cargo público transitório, 
embora remunerado. 
B) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de 
serviços contratada para a execução de atividade típica da administração 
pública. 
C) considera-se funcionário público apenas quem exerce cargo em entidade 
parestatal. 
D) não se considera funcionário público quem exerce função pública não 
remunerada. 
E) não se considera funcionário público quem exerce emprego público 
transitório e não remunerado. 
 
COMENTÁRIOS: Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da 
Administração Pública ou a ela conveniada. 
O fato de o cargo ser transitório ou não, remunerado ou sem remuneração não 
influencia na definição de funcionário público para fins penais. Portanto, a 
alternativa correta é a “B”. 
 
Gabarito: B 
 
36. (Analista de Controle - TCE-PR / 2011) Na corrupção passiva, 
crime cometido contra a administração pública, o agente 
 
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a) patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se da 
qualidade de funcionário. 
b) exige vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em razão dela 
c) apropria-se, com violência, de dinheiro ou valor, público ou particular, de 
que tem a posse em razão do cargo. 
d) retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica 
contra disposição expressa da lei 
e) solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em 
razão dela. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
 
Alternativa “A” ��� Patrocina interesse privado perante a administração 
pública, valendo-se da qualidade de funcionário � ADVOCACIA 
ADMINISTRATIVA, ART. 321, CP. 
 
Alternativa “B” ��� Exige vantagem indevida, ainda que fora da função, mas 
em razão dela � CONCUSSÃO, ART. 316, CP. 
 
Alternativa “C” ��� Apropria-se, com violência, de dinheiro ou valor, público 
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo � PECULATO, ART. 
312, CP. 
 
Alternativa “D” ��� Retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de 
ofício, ou o pratica contra disposição expressa da lei � PREVARICAÇÃO, 
ART. 319, CP. 
 
Alternativa “E” ��� Solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da 
função, mas em razão dela � CORRUPÇÃO PASSIVA, ART. 319, CP. 
 
Gabarito: "E" 
 
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37. (Analista Judiciário - TRE-PE / 2011) A conduta de iludir, no todo 
ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, 
pela saída ou pelo consumo de mercadoria tipifica o crime de 
 
a) contrabando. 
b) descaminho. 
c) peculato. 
d) prevaricação. 
e) excesso de exação. 
 
COMENTÁRIOS: A questão, inicialmente, exige do candidato o conhecimento 
do art. 334, do CP, que dispõe sobre o delito de contrabando e descaminho. 
Veja: 
 
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no 
todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido 
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. 
 
Posteriormente, a banca verifica se o candidato conhece a diferenciação entre 
o contrabando e o descaminho: 
 
O CONTRABANDO é o ato de transportar e comercializar ilegalmente, 
produtos proibidos por lei no país. 
Um exemplo claro de contrabando são as armas e drogas que atravessam as 
fronteiras do país, muitas vezes junto com produtos piratas no seu 
carregamento. 
Pode acontecer também o caso de contrabando de animais silvestres. Neste 
caso, a retirada dos animais de seu habitat natural e sua comercialização são 
proibidos e o transporte é feito de maneira ilegal. 
 
O DESCAMINHO corresponde, muitas vezes, ao crime de sonegação fiscal. 
Ocorre quando há a entrada ou saída de produtos permitidos no país sem que 
os mesmos recolham impostos ou sejam submetidos aos trâmites burocráticos 
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necessários nessas operações. Diferentemente do contrabando, o crime de 
descaminho pode ser sanado com o devido pagamento dos impostos pelas 
mercadorias importadas ou exportadas, enquanto que no contrabando, não há 
fiança". 
 
Gabarito: "B" 
 
*************************************************************** 
 
É isso aí, pessoal! 
 
Acabamos de finalizar mais um importante ponto de nosso curso. 
 
Siga com força e mantenha sempre a motivação em busca da aprovação. Sem 
dúvida, ela virá! 
 
Abraços e bons estudos, 
 
Pedro Ivo 
 
Reclamar sem fazer, é coisa de quem não tem prioridades definidas! Porque todo 
mundo faz o impossível quando quer por que quer mais que tudo! 
Erlan Ribeiro 
 
*************************************************************** 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS 
 
1. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se opõe à execução de 
ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao 
funcionário público competente para executá-lo, 
 
a) comete crime de desacato. 
b) comete crime de desobediência. 
c) comete crime de resistência. 
d) comete crime de tráfico de influência. 
e) não comete crime contra a Administração Pública. 
 
2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere: 
 
I. Solicitar o funcionário público para si, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
II. Deixar o funcionário público de praticar, indevidamente, ato de ofício, para 
satisfazer sentimento pessoal. 
 
Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de: 
 
a) corrupção ativa e prevaricação. 
b) corrupção ativa e condescendência criminosa. 
c) prevaricação e condescendência criminosa. 
d) corrupção ativa e corrupção passiva. 
e) corrupção passiva e prevaricação. 
 
3. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do Código 
Penal (Condescendência criminosa) está assim redigido: “Deixar o 
funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que 
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade 
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competente”. No que concerne aofato típico, a expressão “por 
indulgência” corresponde 
 
a) ao resultado. 
b) à ação. 
c) ao elemento subjetivo do tipo. 
d) ao nexo de causalidade. 
e) à omissão. 
 
4. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionário público que, 
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário: 
 
a) comete crime de prevaricação. 
b) não comete crime contra a Administração Pública. 
c) comete crime de peculato culposo. 
d) comete crime de peculato doloso. 
e) comete crime de excesso de exação. 
 
5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opção 
correta. 
 
a) A consumação do peculato-apropriação não ocorre no momento em que o 
funcionário público, em virtude do cargo, começa a dispor do bem móvel 
apropriado, como se seu proprietário fosse, exigindo-se que o agente ou 
terceiro obtenha vantagem com a prática do delito. 
b) A incidência da agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de 
poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é 
incompatível com o peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação 
de dever inerente ao cargo. 
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c) Segundo a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da insignificância ao 
peculato, desde que o prejuízo causado ao erário não ultrapasse um salário 
mínimo e o agente seja primário. 
d) Nas hipóteses de peculato-desvio e peculato-apropriação, a reparação do 
dano pelo agente público, se precedente a sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena. 
e) Não comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas públicas, 
em continuidade delitiva, o servidor público que se utiliza ilegalmente de 
passagens e diárias pagas pelos cofres públicos. 
 
6. (Analista - TRE-SP / 2012) José é aprovado em concurso público 
para exercer o cargo de Investigador de Polícia, sendo devidamente 
nomeado pela Autoridade Pública competente. Antes de ser 
empossado no cargo, José, ciente de que na rua que reside existe um 
estabelecimento comercial do tipo bar, onde há comércio de 
substâncias entorpecentes, aborda o proprietário do estabelecimento 
e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$ 
5.000,00 no prazo de 48 horas para não fazer a denúncia e 
desencadear uma operação policial naquele local. Neste caso, José 
comete crime de 
 
a) concussão 
b) prevaricação. 
c) corrupção passiva. 
d) exercício Funcional Ilegalmente Antecipado. 
e) extorsão, pois ainda não havia tomado posse no cargo de Investigador de 
Polícia. 
 
7. (Analista - TRF / 2012) Tício, funcionário público federal, em 
fiscalização de rotina, constatou que Paulus, proprietário de uma 
mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-
lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e 
mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: “Este 
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comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em 
quarenta e oito horas”. A conduta de Tício caracterizou o crime de 
 
a) prevaricação. 
b) calúnia. 
c) concussão. 
d) corrupção passiva. 
e) excesso de exação. 
 
8. (Técnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionário público municipal, 
apropriou-se de remédios doados por um laboratório farmacêutico ao 
Posto de Saúde do qual era médico chefe, e os levou ao seu consultório 
particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, além de outras 
infrações legais, 
 
a) responderá por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos 
em razão do seu cargo. 
b) não responderá por crime de peculato, porque o objeto desse delito só pode 
ser dinheiro. 
c) só responderá por crime de peculato se a doação dos remédios tiver sido 
regularmente formalizada e aceita pela Administração Pública Municipal. 
d) não responderá por crime de peculato porque os remédios foram recebidos 
em doação e não foram adquiridos pela Administração Pública Municipal. 
e) responderá apenas pelo crime de prevaricação, por ter praticado 
indevidamente ato de ofício. 
 
9. (Polícia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exercício de 
fiscalização de trânsito, surpreendeu um motorista dirigindo 
alcoolizado e pela contramão de direção. Em seguida, exigiu do 
infrator a quantia de R$ 200,00 para deixá-lo prosseguir livremente. 
Nesse caso, Paulo responderá pelo crime de: 
 
A) corrupção ativa. 
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B) concussão. 
C) corrupção passiva. 
D) prevaricação. 
E) peculato. 
 
10. (OAB-SP / 2005) O funcionário que deixa de responsabilizar 
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, comete crime 
de: 
 
A) prevaricação. 
B) omissão funcional criminosa. 
C) condescendência criminosa. 
D) advocacia administrativa. 
E) N.R.A. 
 
11. (Procurador do Município de SP / 2008) A concussão e a corrupção 
ativa são crimes: 
 
A) permanentes. 
B) formal e material, respectivamente. 
C) materiais. 
D) formais. 
E) material e formal, respectivamente. 
 
12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trânsito, encontrava-se em 
gozo de férias e observou um veículo parado em local proibido. 
Abordou o motorista, de quem, declinando sua função, solicitou a 
quantia de R$ 50,00 para não lavrar a multa relativa à infração 
cometida. Nesse caso, Paulo: 
 
A) responderá pelo delito de concussão. 
B) responderá pelo delito de corrupção ativa. 
C) responderá pelo delito de corrupção passiva. 
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D) não responderá por nenhum delito porque estava de férias. 
E) responderá pelo delito de prevaricação. 
 
13. (Auditor – TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime 
de: 
 
A) advocacia administrativa. 
B) usurpação de função pública. 
C) concussão. 
D) prevaricação. 
E) peculato. 
 
14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendência criminosa: 
 
A) o funcionário público que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de 
praticar ato de ofício. 
B) o funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar 
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. 
C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de 
receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. 
D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário público no exercício da função. 
E) o funcionário que, valendo-se de sua condição, patrocina, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a administração pública. 
 
15. (Procurador – TCE-AL / 2008) A conduta do funcionário público

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