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PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO AULA 03 –CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Olá, Pessoal. Nesta aula continuaremos a tratar dos crimes contra Administração Pública, assunto este importantíssimo para sua PROVA. Vamos começar! Bons estudos! ************************************************************* 1. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para executá-lo, a) comete crime de desacato. b) comete crime de desobediência. c) comete crime de resistência. d) comete crime de tráfico de influência. e) não comete crime contra a Administração Pública. COMENTÁRIOS: Caracteriza o delito de resistência, nos termos do art. 329, do Código Penal, a conduta de opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. Cabe ressaltar que o tipo exige que haja violência ou ameaça ao funcionário ou ao terceiro que presta o auxílio. O tipo penal protege o terceiro que está colaborando com o serviço público ajudando o servidor na execução do ato. CRIMES CONTRA A ADMININISTRAÇÃO PÚBLICA - PARTE 02 PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Gabarito: "C" 2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere: I. Solicitar o funcionário público para si, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. II. Deixar o funcionário público de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal. Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de: a) corrupção ativa e prevaricação. b) corrupção ativa e condescendência criminosa. c) prevaricação e condescendência criminosa. d) corrupção ativa e corrupção passiva. e) corrupção passiva e prevaricação. COMENTÁRIOS: Na corrupção passiva a conduta típica vem expressa pelos verbos: SOLICITAR, RECEBER E ACEITAR. Diferentemente, na corrupção ativa, os verbos são: OFERECER ou RECEBER. No que tange à prevaricação a conduta típica vem expressa de 03 formas diferentes. São elas: A) RETARDAR ATO DE OFÍCIO B) DEIXAR DE PRATICAR ATO DE OFÍCIO C) PRATICAR ATO DE OFÍCIO CONTRA DISPOSIÇÕA EXPRESSA DE LEI. Gabarito: "E" 3. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do Código Penal (Condescendência criminosa) está assim redigido: “Deixar o PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente”. No que concerne ao fato típico, a expressão “por indulgência” corresponde a) ao resultado. b) à ação. c) ao elemento subjetivo do tipo. d) ao nexo de causalidade. e) à omissão. COMENTÁRIOS: A expressão "por indulgência", citada no enunciado apresentado pela banca, remete ao elemento subjetivo do tipo, ou seja, o animus de agir. Além do dolo existe uma finalidade específica de agir que, no caso em tela, refere-se a indulgência. Gabarito: "C" 4. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionário público que, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário: a) comete crime de prevaricação. b) não comete crime contra a Administração Pública. c) comete crime de peculato culposo. d) comete crime de peculato doloso. e) comete crime de excesso de exação. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do parágrafo 1º, do art. 312, que dispõe sobre o Peculato DOLOSO. Relembre este dispositivo, tão importante para sua futura PROVA: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Gabarito: "D" 5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opção correta. a) A consumação do peculato-apropriação não ocorre no momento em que o funcionário público, em virtude do cargo, começa a dispor do bem móvel apropriado, como se seu proprietário fosse, exigindo-se que o agente ou terceiro obtenha vantagem com a prática do delito. b) A incidência da agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é incompatível com o peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo. c) Segundo a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da insignificância ao peculato, desde que o prejuízo causado ao erário não ultrapasse um salário mínimo e o agente seja primário. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO d) Nas hipóteses de peculato-desvio e peculato-apropriação, a reparação do dano pelo agente público, se precedente a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena. e) Não comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas públicas, em continuidade delitiva, o servidor público que se utiliza ilegalmente de passagens e diárias pagas pelos cofres públicos. COMENTÁRIOS: Alternativa “A” ��� Incorreta ��� A consumação do peculato-apropriação ocorre no momento em que o agente passa a agir como se fosse dono do dinheiro, valor ou coisa móvel, transformando a posse ou detenção em domínio. Ele efetivamente passa a dispor do objeto material como se fosse seu. Trata-se de um crime material. Alternativa “B” ��� Correta ��� O STF e o STJ têm se posicionado desta forma. Veja um julgado que elucida a questão: "Nos termos do artigo 61, caput, do Código Penal, somente se admite o reconhecimento das agravantes previstas em um de seus incisos quando elas não constituem ou qualificam o crime: daí a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, firme no sentido de que a incidência da agravante prevista no artigo 61, II, g, do Código Penal se mostra incompatível com o delito de peculato (Código Penal, artigo 312), pois a prática deste pressupõe, sempre, o abuso de poderou a violação de dever inerente ao cargo (HC 57.473/PI, DJ 12/03/2007). Alternativa “C” ��� Incorreta ��� É dominante na jurisprudência que o Princípio da Insignificância NÃO prevalece nos crimes contra a Administração Pública, porque o cometimento destes crimes fere o princípio da moralidade administrativa. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 6 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Aplica-se tal regra ao peculato culposo, previsto no § 3º, do art. 312. O peculato-desvio e o peculato-apropriação estão no caput do art. 312. Alternativa “E” ��� Incorreta ��� O delito de emprego irregular de verbas públicas encontra-se tipificano no art. 315, do CP, nos seguintes termos: Art. 315- Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. O que caracteriza o crime é o fato de a verba ou renda pública ser aplicada em favor da própria Administração, porém de forma diversa daquela prevista na lei. Gabarito: "B" 6. (Analista - TRE-SP / 2012) José é aprovado em concurso público para exercer o cargo de Investigador de Polícia, sendo devidamente nomeado pela Autoridade Pública competente. Antes de ser empossado no cargo, José, ciente de que na rua que reside existe um estabelecimento comercial do tipo bar, onde há comércio de substâncias entorpecentes, aborda o proprietário do estabelecimento e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$ 5.000,00 no prazo de 48 horas para não fazer a denúncia e desencadear uma operação policial naquele local. Neste caso, José comete crime de a) concussão b) prevaricação. c) corrupção passiva. d) exercício Funcional Ilegalmente Antecipado. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO e) extorsão, pois ainda não havia tomado posse no cargo de Investigador de Polícia. COMENTÁRIOS: Em sua PROVA, sempre procure o verbo para definir o crime em questão. No caso, temos o verbo EXIGIR e, portanto, caracterizada está a concussão. O delito de concussão se consuma com a simples exigência da vantagem. É, pois, crime formal. Além disso, o agente não precisa estar devidamente investido na função pública, podendo valer-se dela para praticar o delito. Observe o disposto no Código Penal: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Gabarito: "A" 7. (Analista - TRF / 2012) Tício, funcionário público federal, em fiscalização de rotina, constatou que Paulus, proprietário de uma mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu- lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: “Este comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em quarenta e oito horas”. A conduta de Tício caracterizou o crime de a) prevaricação. b) calúnia. c) concussão. d) corrupção passiva. e) excesso de exação. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: No caso em tela está caracterizado o crime de excesso de exação. Vamos relembrar: Sobre o excesso de exação há para Nelson Hungria dois tipos: A forma simples, prevista no art. 316, §1º, do CP e a forma qualificada, disposta no art. 316, §2º, do CP. O EXCESSO DE EXAÇÃO simples, por sua vez, tem duas modalidades: � Exigência indevida � Aqui a exigência do tributo ou contribuição social é indevida (elemento normativo do tipo), isto é, não há autorização legal para sua cobrança, ou seu valor já foi quitado pela vítima, ou então se refere a quantia excedente à fixada por lei. � Cobrança vexatória ou gravosa não autorizada em lei � É também chamada, por alguns doutrinadore, de excesso no modo de exação ou exação fiscal vexatória. Segundo Hungria, ao contrário da exigência indevida, aqui a exigência de tributo ou contribuição social é devida, mas a cobrança se faz com o emprego de meio gravoso ou vexatório para o devedor, o qual não é autorizado por lei. Gabarito: "E" 8. (Técnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionário público municipal, apropriou-se de remédios doados por um laboratório farmacêutico ao Posto de Saúde do qual era médico chefe, e os levou ao seu consultório particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, além de outras infrações legais, PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO a) responderá por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos em razão do seu cargo. b) não responderá por crime de peculato, porque o objeto desse delito só pode ser dinheiro. c) só responderá por crime de peculato se a doação dos remédios tiver sido regularmente formalizada e aceita pela Administração Pública Municipal. d) não responderá por crime de peculato porque os remédios foram recebidos em doação e não foram adquiridos pela Administração Pública Municipal. e) responderá apenas pelo crime de prevaricação, por ter praticado indevidamente ato de ofício. COMENTÁRIOS: O peculato se verificou, uma vez que houve apropriação, por parte do médico, funcionário público, de bens (medicamentos) dos quais tinha posse em razão do cargo que exercia. Perceba que a conduta se enquadra perfeitamente no art. 312 do CP: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Gabarito: "A" 9. (Polícia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exercício de fiscalização de trânsito, surpreendeu um motorista dirigindo alcoolizado e pela contramão de direção. Em seguida, exigiu do PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO infrator a quantia de R$ 200,00 para deixá-lo prosseguir livremente. Nesse caso, Paulo responderá pelo crime de: A) corrupção ativa. B) concussão. C) corrupção passiva. D) prevaricação. E) peculato. COMENTÁRIOS: No caso apresentado, Paulo EXIGE vantagem indevida e, portanto, fica caracterizado o crime de concussão (Alternativa “B”). É importante ressaltar que, para efeito de PROVA, é indiferente a diferenciação prática entre uma solicitação e uma exigência. O importante é verificar qual verbo está sendo utilizado pela banca. Se forEXIGIR é concussão. Gabarito: B 10. (OAB-SP / 2005) O funcionário que deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, comete crime de: A) prevaricação. B) omissão funcional criminosa. C) condescendência criminosa. D) advocacia administrativa. E) N.R.A. COMENTÁRIOS: Essa questão poderia deixar dúvidas, pois a banca não cita que o superior deixou de responsabilizar o funcionário por indulgência. Sendo assim, poderiamos pensar também no delito de prevaricação. Esse tipo de questão já apareceu mais de uma vez em provas da ESAF e o entendimento sempre foi o mesmo, ou seja, a banca considerou como resposta correta a condescendência criminosa, alternativa “C”. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Sendo assim, se o examinador tratar de maneira genérica a expressão “DEIXA DE RESPONSABILIZAR SUBORDINADO”, considere que é caso de condescendência criminosa e não prevaricação. Gabarito: C 11. (Procurador do Município de SP / 2008) A concussão e a corrupção ativa são crimes: A) permanentes. B) formal e material, respectivamente. C) materiais. D) formais. E) material e formal, respectivamente. COMENTÁRIOS: Crime formal é aquele que, embora possa ter um resultado, independe dele para a consumação. Diferentemente, no delito material, o resultado é imprescindível. Na concussão, a consumação ocorre com a simples exigência enquanto na corrupção ativa, consuma-se no momento em que o funcionário público toma conhecimento da oferta ou promessa. Diante do exposto, por não haver dependência de qualquer resultado para a caracterização dos supracitados delitos, pode-se afirmar que estamos diante de dois crimes FORMAIS. Gabarito: D 12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trânsito, encontrava-se em gozo de férias e observou um veículo parado em local proibido. Abordou o motorista, de quem, declinando sua função, solicitou a quantia de R$ 50,00 para não lavrar a multa relativa à infração cometida. Nesse caso, Paulo: PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO A) responderá pelo delito de concussão. B) responderá pelo delito de corrupção ativa. C) responderá pelo delito de corrupção passiva. D) não responderá por nenhum delito porque estava de férias. E) responderá pelo delito de prevaricação. COMENTÁRIOS: No caso em tela, o policial de trânsito, valendo-se de sua função, SOLICITA determinada quantia. Neste caso, há caracterização da CORRUPÇÃO PASSIVA, delito que encontra previsão no art. 317, do Código Penal: Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a solicitação chega ao conhecimento do terceiro ou quando o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. A alternativa correta, portanto, é a “C”. Gabarito: C 13. (Auditor – TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime de: A) advocacia administrativa. B) usurpação de função pública. C) concussão. D) prevaricação. E) peculato. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: Dos crimes contra a Administração Pública, o único que admite a modalidade CULPOSA é o PECULATO. Correta, portanto, a alternativa “E”. O Peculato culposo está descrito no Código Penal, no § 2º, do art. 312. Nesta forma típica, o funcionário, por imperícia, imprudência ou negligência, concorre para a prática de crime de outrem. Assim, em face da ausência de cautela que estava obrigado na preservação de bens do poder público que lhe são confiados, o sujeito facilita a outrem a subtração, apropriação ou desvio dos mesmos. O crime se aperfeiçoa com a conduta dolosa de outrem, havendo necessidade da existência de nexo causal entre os delitos, de maneira que o primeiro (peculato-culposo) tenha permitido a prática do segundo. Seria o caso, por exemplo, do chefe de determinado setor que, negligentemente, esquece o armário com peças de computador aberto e estas são furtadas. Gabarito: E 14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendência criminosa: A) o funcionário público que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de praticar ato de ofício. B) o funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. E) o funcionário que, valendo-se de sua condição, patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública. COMENTÁRIOS: Questão que exige do candidato o conhecimento da tipificação do delito de condescendência criminosa previsto no art. 320, do Código Penal: PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. Com base na tipificação acima apresentada, conclui-se que está correta a alternativa “B” que, praticamente, reproduz o texto legal. Observações: 1. A expressão ‘‘por indulgência” significa que o superior hierárquico deixa de agir por tolerância, clemência, brandura, etc. 2. Se a razão da conduta é o atendimento de sentimento ou interesse pessoal, o fato constitui prevaricação. 3. Se há pretensão de obter vantagem indevida, é caso de corrupção passiva. Exemplo prático do crime de condescendência criminosa: Tício ingressa no cargo de Auditor Fiscal. Logo no primeiro mês de trabalho, apaixona-se por Mévia, também recém aprovada. Após um ano e várias tentativas sem sucesso de aproximação, Tício é nomeado CHEFE de subdivisão e Mévia passa a ser sua subordinada. Algum tempo depois, Tício flagra Mévia recebendo dinheiro para retardar ato de ofício, mas resolve tolerar tal atitude, pois, além de seu grande amor, sabe que Mévia vem de uma família muito pobre. Neste caso, comete Tício condescendência criminosa, pois, POR INDULGÊNCIA, deixa de responsabilizar subordinada. Gabarito: B 15. (Procurador – TCE-AL / 2008) A conduta do funcionário público que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida para si, sem, contudo, chegar a recebê-la, caracteriza, em tese, PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSOON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO A) tentativa de concussão. B) corrupção passiva consumada. C) concussão consumada. D) tentativa de corrupção passiva. E) corrupção ativa consumada. COMENTÁRIOS: A questão diz que o funcionário SOLICITOU vantagem indevida, logo, caracterizada está a corrupção passiva. Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a solicitação chega ao conhecimento do terceiro, ou quando o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. O fato de o funcionário não ter chegado a receber, neste caso, é irrelevante e não caracteriza a forma tentada. Gabarito: B 16. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No crime de concussão, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público: A) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular. B) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição daquele. C) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular. D) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele. E) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular. COMENTÁRIOS: O art. 30, do Código Penal, determina a comunicação das circunstâncias de caráter pessoal, quando elementares do crime, a todas as pessoas que dele participarem. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Apesar de a concussão ser classificada como delito próprio, exigindo que o agente ostente a condição de funcionário público, a circunstância, como é elementar do tipo, comunica-se ao co-autor ou partícipe que a conheça. Então, a elementar “funcionário público” comunica-se aos demais que não possuem essa qualidade, desde que tenham praticado o crime juntamente com funcionário público e que tenham conhecimento de sua presença na figura do autor principal. O co-autor ou partícipe deve ter dolo, ou seja, vontade e consciência para agir com o funcionário público. Correta, portanto, a alternativa “D”. Gabarito: D 17. (METRO-SP / 2008) Durante um julgamento perante o Tribunal do Júri, um jurado, que em sua vida normal exerce a função de vendedor, solicitou R$ 10000,00 (dez mil reais) ao advogado do réu para votar pela absolvição deste. O jurado: A) cometeu crime de corrupção ativa. B) cometeu crime de corrupção passiva. C) cometeu crime de concussão. D) cometeu crime de prevaricação. E) não cometeu nenhum crime, pois não era funcionário público. COMENTÁRIOS: O Código Penal, ao definir o conceito de funcionário público para fins penais, dispõe que se considera funcionário público quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. O jurado exerce função pública, transitória e sem remuneração, enquadrando- se no grupo dos chamados agentes honoríficos. Deste modo, podemos afirmar que o jurado é considerado funcionário público para fins penais e, no caso em questão, como SOLICITA vantagem indevida, comete corrupção passiva, delito apresentado pela banca na alternativa “B”. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Gabarito: B 18. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Antes de assumir o cargo público municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua condição funcional, João exige ingresso dos organizadores de evento cuja realização depende de autorização do Poder Público. Assim agindo, João: A) comete crime de concussão. B) comete crime de corrupção ativa. C) comete crime de corrupção passiva. D) não comete crime algum porque pedido de ingresso para evento é mero ilícito civil. E) não comete crime algum porque ainda não assumiu o cargo. COMENTÁRIOS: O art. 317, do Código Penal, ao tratar da concussão, define o delito como a conduta de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Percebemos que o fato de o agente não haver assumido a função não influencia na consumação do crime, desde que ele aja em razão dela. Gabarito: A 19. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) João, tesoureiro de órgão público, agindo em concurso com José e em proveito deste, que não é funcionário público mas que sabe que João o é, desvia certa quantia em dinheiro, de que tem a posse em razão do cargo. Por essa conduta: A) José não responde por crime nenhum, já que foi João quem desviou o dinheiro. B) João responde por peculato e José por apropriação indébita. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO C) João e José respondem pelo crime de peculato. D) João não responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para José, que é quem deve ser processado. E) João e José respondem pelo crime de peculato, mas este tem a pena reduzida pela metade, porque foi João quem desviou o dinheiro. COMENTÁRIOS: Na situação apresentada, João comete o PECULATO-DESVIO. Como José tem conhecimento de que João é funcionário público e como esta “qualidade especial” é elementar do crime de PECULATO, com base no art. 30, do Código Penal, responderá também José pelo crime de peculato. Gabarito: C 20. (Analista Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Agindo com negligência, João esquece sobre o balcão da repartição onde exerce cargo público documento que contém segredo, de forma que terceira pessoa tem acesso a ele. Assim agindo, João: A) pratica crime de violação de sigilo funcional porque o dolo é presumido. B) só pratica crime se o terceiro que teve conhecimento do segredo revelá-lo para outras pessoas. C) não pratica crime, porque o Código Penal não prevê a modalidade culposa de violação de sigilo funcional. D) pratica crime de violação de sigilo funcional porque presente o dolo eventual. E) pratica crime de condescendência criminosa. COMENTÁRIOS: Já foi tratado anteriormente que o único crime contra a Administração Pública que é punível a título de culpa é o PECULATO. No caso em questão, a banca trata do crime de violação de sigilo funcional, que consiste em revelar fato de que tem ciência em razão do cargo, e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Como o funcionário age com negligência (culpa) e, para a caracterização do crime, exige-se o DOLO, não responderá o agente por nenhum CRIME, o que torna correta a alternativa “C”. Cabe ressaltar que o funcionário poderá ser responsabilizado nas esferas CIVIL e ADMINISTRATIVA. Gabarito: C 21. (Técnico Judiciário– TRF-3ª Região / 2007) Sobre o crime de PECULATO, considere: I. é crime que exige a qualidade de funcionário público do autor, ressalvada a hipótese de co-autoria. II. a apropriação ou o desvio pode ter como objeto bem imóvel. III. caracteriza-se pela apropriação ou desvio de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel. IV. configura-se somente se a apropriação for de bem público. V. não se caracteriza se a apropriação ou o desvio for de bem particular. Está correto o que se afirma APENAS em: A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) III, IV e V. E) IV e V. COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: Assertiva I � No peculato, a qualidade de funcionário público é elementar do tipo, ou seja, é necessária para a configuração do delito. Está correta a assertiva. Caso não haja esta qualificação, o delito será o de apropriação indébita. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Do exposto, conclui-se que se trata de um crime FUNCIONAL impróprio. Explicando: Os crimes funcionais pertencem à categoria dos crimes próprios, pois só podem ser cometidos por determinada classe de pessoas. Neste tipo de delito, a lei exige do indivíduo uma condição ou situação específica. Os crimes funcionais classificam-se em: • Crimes funcionais próprios: São aqueles cuja ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípico. Exemplo claro de crime funcional próprio é o delito de prevaricação, previsto no art. 319, do Código Penal. Se ficar comprovado que na época do fato o indivíduo não era funcionário público, desaparece a prevaricação e não surge nenhum outro crime. Percebe- se que a qualidade do sujeito ativo aparece como elemento da tipicidade penal. • Crimes funcionais impróprios ou mistos: A ausência da qualidade especial faz com que o fato seja enquadrado em outro tipo penal. Exemplo: Além do peculato, pode-se citar a concussão – art. 316. Se o sujeito ativo não for funcionário público, o crime é de extorsão – art. 158. Assertiva II ��� Como deixa claro o art. 312 do Código Penal, o peculato só pode recair sobre bens móveis. Esse é o entendimento da doutrina majoritária e o da ESAF. Assertiva incorreta. Assertiva III � Esta assertiva está correta, pois resume o art. 312 que define o crime de peculato. Observe: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Assertivas IV e V ��� Caracteriza o peculato a apropriação de bem público ou particular. Logo, incorretas as assertivas. Como somente as assertivas I e III estão corretas, pode-se afirmar que a resposta da questão é a alternativa “B”. Gabarito: B 22. (Técnico Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) "A" entrou no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais. Sua conduta: A) configura crime de concussão. B) configura crime de peculato. C) configura o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. D) não caracteriza infração penal. E) não caracteriza infração penal, mas ele não receberá o salário até que satisfaça as exigências legais. COMENTÁRIOS: Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso, caracteriza o crime de exercício ilegalmente antecipado ou prolongado, definido no art. 324, do Código Penal. Correta, portanto, a alternativa “C”. Gabarito: C 23. (Técnico Judiciário – TRF-3ª Região / 2007) Na hipótese de peculato culposo, a reparação do dano depois da sentença irrecorrível implica na: A) suspensão da pena. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO B) redução de três quintos da pena imposta. C) exclusão da antijuricidade. D) extinção da punibilidade. E) redução de metade da pena imposta. COMENTÁRIOS: O peculato culposo, nos termos do § 3º, do art. 312, do Código Penal, apresenta uma espécie anômala de arrependimento posterior, definida da seguinte forma: § 3º - [...] a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Normalmente, o arrependimento posterior, que só pode ser argüido em crimes praticados sem violência ou grave ameaça, funciona como atenuante e deve acontecer até o momento do recebimento da denuncia ou da queixa por parte do magistrado. No caso do peculato culposo, este arrependimento funcionará como excludente, caso ocorra até a sentença transitar em julgado, ou como atenuante, manifestando-se depois do trânsito em julgado da sentença penal, situação em que reduzirá a pena pela metade. Como a questão apresentada afirma que a reparação do dano ocorreu após a sentença irrecorrível, está correta a alternativa “E”, pois a pena será reduzida pela metade. Gabarito: E 24. (Auditor – TCE-AM / 2007) A respeito dos crimes contra a Administração Pública, considere: I. Não exclui a responsabilidade penal o fato de ter sido o agente, acusado da prática de crime de peculato, inocentado pelo órgão PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO administrativo quando do procedimento necessário ao afastamento do cargo. II. Comete crime de concussão o funcionário público que, mediante grave ameaça de morte com emprego de arma de fogo, exige vantagem indevida de particular. III. Não comete crime de peculato o funcionário público que se apropria de bem particular, de que tem a posse em razão do cargo. IV. Só o ocupante de cargo público, criado por lei, com denominação própria, número certo e pago pelos cofres públicos, ainda que em entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de função. Está correto o que se afirma SOMENTE em: A) I, II e III. B) I, II e IV. C) I e IV. D) II e III, E) II, III e IV. COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: Assertiva I ��� Está correta, pois a esfera penal é independente da esfera administrativa. O fato do agente ter sido inocentado na esfera administrativa não impede o processo penal do qual pode advir uma condenação. Assertiva II ��� A concussão é uma forma especial de extorsão, praticada por funcionário público com abuso de autoridade. Deve, assim, haver um nexo entre a represália prometida, a exigência feita e a função exercida pelo funcionário público. Por isso, se o funcionário público empregar violência ou grave ameaça referente a situação estranha à funçãopública, haverá crime de extorsão ou roubo. Exemplo: Um policial aponta um revólver para a vítima e, mediante ameaça de morte, pede que ela lhe entregue o carro. Neste caso, não haverá concussão, e sim extorsão. Assertiva incorreta. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Assertiva III ��� O peculato apropriação é cabível tanto para bem público quanto para bem privado. Portanto, incorreta a assertiva. Assertiva IV ��� O Código Penal, ao tratar do crime de abandono de função em seu art. 323, dispõe: Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei. Percebe-se que, embora o próprio Código Penal atribua o nome abandono de função ao crime, a tipificação do delito utiliza a palavra CARGO, que representa um conceito mais restrito que o termo função pública. Desta forma, o nome correto do crime deveria ser ABANDONO DE CARGO e está correto afirmar que só o ocupante de cargo público, criado por lei, com denominação própria, número certo e pago pelos cofres públicos, ainda que em entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de função. Do exposto, conclui-se que a resposta da questão é a alternativa “C”, pois somente as assertivas I e IV estão corretas. Gabarito: C 25. (Analista Judiciário – TRF- 2ª Região / 2007) Funcionário público encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o sistema de informações do órgão sem autorização ou solicitação da autoridade competente. Assim agindo, ele: A) não comete crime porque é encarregado do CPD. B) comete crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. C) comete crime de abuso de autoridade. D) comete crime de adulteração de dados digitados. E) comete crime de inserção de dados falsos em sistema de informação. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: Constitui crime modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. No caso em tela, o fato de ele ser o encarregado do CPD não influencia em absolutamente nada e o funcionário responderá pelo crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. Gabarito: B 26. (Oficial de Justiça – TJ-PE / 2007) Em relação aos crimes contra a administração pública, é correto afirmar que: A) no crime de resistência, o dolo é a vontade de se opor à execução do ato, mediante violência ou ameaça, mas é dispensável que o agente tenha consciência de que está resistindo a ato legal do funcionário, sendo que o erro quanto à legalidade do ato, ainda que culposo, não exclui o dolo. B) no peculato o sujeito ativo é o funcionário público, como também o particular que não se reveste dessa qualidade e que concorre para o crime, conhecendo ou não a condição do agente. C) na concussão, o agente solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida ou aceita promessa de tal vantagem. D) para os efeitos penais, equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. E) para a caracterização do crime de desacato é irrelevante que o fato ocorra na presença do funcionário público, configurando o ilícito ainda quando a ofensa lhe é dirigida em documento, por telefone, por e.mail ou outro meio. COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa “A” ��� O crime de resistência encontra-se tipificado no art. 329, do Código Penal, com a seguinte redação: PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. Observa-se aqui que é necessário que a oposição do sujeito se manifeste por meio de ameaça ou violência física, em face do funcionário ou da pessoa que o auxilia, no exato momento em que o ato esteja sendo praticado, de modo que se a oposição for exercida em momento anterior ou posterior à prática do ato pelo funcionário público, não constitui crime de resistência. Para que o sujeito seja enquadrado no crime em tela, é necessária a caracterizaçao do dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de executar a ação. Caso haja erro quanto à legalidade do ato, haverá também a exclusão do dolo e, portanto, está incorreta a alternativa. Alternativa “B” ��� Para que o particular também responda por peculato em concurso de pessoas, é imprescindível que ele tenha conhecimento da qualidade de funcionário público do outro agente. Alternativa incorreta. Alternativa “C” ��� A alternativa está errada, pois a banca tenta confundir o candidato associando a definição da corrupção passiva ao crime de concussão. Neste último, o funcionário EXIGE; no primeiro, SOLICITA. Alternativa “D” ��� Reproduz exatamente o parágrafo 1º, do art. 327, do Código Penal que trata da figura do funcionário público por equiparação. É a resposta da questão. Alternativa “E” ��� O Código Penal tipifica como crime no art. 331 o fato de desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. O desacato pode ser por gestos, gritos, agressões, etc. É indispensável, entretanto, que o fato seja cometido na presença do sujeito passivo. Não há desacato na ofensa por carta, telefone, televisão, etc., podendo ocorrer o delito de injúria. Alternativa incorreta. Gabarito: D PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 27. (TCE-MG / 2007) No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, A) é causa de diminuição da pena. B) exclui o crime. C) não tem qualquer repercussão. D) extingue a punibilidade. E) é circunstância atenuante. COMENTÁRIOS: Conforme o §3º, do art. 312, do Código Penal, no peculato, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Correta, portanto, a alternativa “D”. Gabarito: D 28. (Analista Judiciário – TRE-PB / 2007) Mário, valendo-se da condição de funcionário público, cogita em subtrair cinco computadores de propriedade do Estado que se localizam na repartição pública que trabalha. Para ajudá-lo na subtração convida Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo intimo. Neste caso, considerando que Mário e Douglas subtraíram somente dois computadores, A) apenas Mário responderá pela prática de peculato tentado, uma vez que Douglas não era funcionário público não secomunicando circunstância pessoal. SENTENÇA IRRECORRÍVEL EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE REDUÇÃO DA PENA – ½ PECULATO REPARAÇÃO DO DANO PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO B) apenas Mário responderá pela prática de peculato consumado, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal. C) eles responderão pela prática de crime de peculato tentado em concurso de pessoas. D) eles responderão pela prática de crime de peculato consumado em concurso de pessoas. E) apenas Mário responderá pela prática de concussão consumada, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal. COMENTÁRIOS: Inicialmente, analisando a conduta de Mário, fica claro que ele cometeu o crime de PECULATO, não importando aqui a quantidade de computadores que foram subtraídos. Douglas, amigo ÍNTIMO de Mário e, portanto, conhecedor da qualidade de funcionário público deste, comete o crime em concurso de pessoas. Como a qualidade de funcionário público é elementar do crime de Peculato e Douglas tem conhecimento da função de Mário, nos termos do art. 30, do Código Penal, responderá Douglas também pelo Peculato. Gabarito: D 29. (Técnico Judiciário – TRE-MS / 2007) O ressarcimento do dano, no crime de peculato doloso, A) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento da denúncia. B) extingue a punibilidade do agente se for anterior à denúncia. C) não extingue a punibilidade do agente. D) extingue a punibilidade do agente se for anterior à sentença. E) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trânsito em julgado da sentença. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: Essa questão tenta confundir o candidato aplicando característica particular do peculato culposo ao peculado doloso. Quando há este último, a reparação do dano NÃO extingue a punibilidade. Portanto, correta a alternativa “C”. Gabarito: C 30. (Analista Judiciário – TRE-MS / 2007) Considere: I. Exigir diretamente para si, em razão de função pública, vantagem indevida. II. Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da função pública, mas em razão dela. III. Desviar o funcionário público em proveito alheio, bem móvel particular de que tem a posse em razão do cargo. IV. Desviar o funcionário público, em proveito próprio, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de: A) corrupção passiva, peculato, excesso de exação e prevaricação. B) concussão, corrupção passiva, peculato e excesso de exação. C) prevaricação, excesso de exação, concussão e peculato. D) peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação. E) excesso de exação, corrupção passiva, peculato e concussão. COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas e definindo os delitos: Assertiva I ��� O verbo utilizado pela banca é o EXIGIR e está palavra deve ser associada ao crime de CONCUSSÃO. Assertiva II ��� Verbos ACEITAR, SOLICITAR ou RECEBER caracterizam a corrupção passiva. Assertiva III ��� Verbo DESVIAR, relacionado a bem público ou particular que o funcionário tem a posse em razão do cargo, caracteriza o PECULATO. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Assertiva IV ��� O excesso de exação encontra a previsão de sua forma simples no § 1º, do art. 316, do Código Penal. Segundo o dispositivo legal, se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, fica sujeito a uma penalização. Ocorre, porém, que no § 2º há previsão da forma qualificada do excesso de exação e muitas vezes os candidatos esquecem desta tipificação. Nos termos do citado dispositivo legal, se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos, também responderá pelo delito. Perceba que é exatamente o texto que aparece na assertiva IV. Gabarito: B 31. (Analista Judiciário – TRE-MS / 2007) Dentre outros considera-se funcionário público, para os efeitos penais, o: A) inventariante judicial. B) tutor dativo. C) perito judicial. D) curador dativo. E) síndico falimentar. COMENTÁRIOS: O tutor, curador, inventariante judicial, síndico, liquidatário, testamenteiro ou depositário judicial nomeado pelo juiz não são considerados funcionários públicos para fins penais. Eles, na realidade, exercem múnus público (encargo público), o qual não se confunde, por terem fins privados, com função pública. Diferentemente, o perito judicial, que nada mais é do que o técnico ou especialista que opina sobre questões que lhe são submetidas pelas partes ou pelo juiz a fim de esclarecer fatos que auxiliem o julgador a formar sua convicção, é considerado funcionário público para fins penais, pois exerce FUNÇÃO PÚBLICA. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Gabarito: C 32. (Analista Judiciário – TRF-4ª Região / 2007) Dar às verbas ou às rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: A) não constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa. B) constitui crime contra a Administração Pública praticado por funcionário público. C) configura crime de peculato-furto. D) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem. E) constitui crime de prevaricação. COMENTÁRIOS: A fim de proteger a regularidade da atividade administrativa no que diz respeito à aplicação de verbas e rendas públicas, o legislador fez constar no Código Penal, mais precisamente em seu art. 315, o crime de desvio de verbas, que consiste em dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. Tal delito encontra-se tipificado no capítulo referente aos crimes contra a Administração Pública e, assim, correta está a alternativa “B”. Gabarito: B 33. (Analista Judiciário – TRF-4ª Região / 2007) Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o crime de: A) desobediência. B) tráfico de influência. C) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. D) advocacia administrativa. E) usurpação de função pública. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS:A conduta apresentada se enquadra na tipificação do crime de usurpação de função pública. Correta a alternativa “E”. Vamos aproveitar e esquematizar os crimes praticados por Particulares contra a Administração: CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA Usurpar o exercício de função pública. Se do fato o agente aufere vantagem � Tipo qualificado. O crime é consumado com a prática do primeiro ato de ofício, independente do resultado, ou seja, não importando se o exercício da função usurpada é gratuito ou oneroso. RESISTÊNCIA Opor-se à execução de ato legal mediante violência ou ameaça à funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. Se o ato, em razão da resistência, não se executa � Tipo qualificado. É delito formal, consumando-se no momento da violência ou ameaça. DESOBEDIÊNCIA Desobedecer à ordem legal de funcionário público. O crime é consumado com a ação ou omissão (omissivo próprio) do desobediente. DESACATO Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. O crime é consumado com o ato ofensivo. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. No verbo obter, trata-se de CRIME MATERIAL e a consumação ocorre no momento em que o sujeito obtém a vantagem (ou a promessa). Nos verbos solicitar, exigir e cobrar, temos o CRIME PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO A pena é aumentada da metade se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. FORMAL e a consumação opera-se com a simples ação do sujeito. CORRUPÇÃO ATIVA Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. A pena é aumentada de um terço se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. O crime é FORMAL e consuma-se no momento em que o funcionário público toma conhecimento da oferta ou promessa. CONTRABANDO OU DESCAMINHO Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. Se a mercadoria deu entrada ou saída pela alfândega, a consumação ocorre no momento em que a mercadoria é liberada. Se a conduta é interrompida e não ocorre a liberação, há tentativa. Se a mercadoria entra por outro local que não pela aduana, consuma-se o delito no momento da entrada em território nacional. INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público para identificar ou cerrar qualquer objeto. Trata-se de CRIME MATERIAL. Consuma-se o delito com o ato de rasgar, inutilizar, conspurcar ou violar. SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO Subtrair ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário em razão de ofício ou de particular em O crime é consumado com a subtração ou efetivação da inutilização. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO serviço público. Prosseguindo na questão: Usurpar é derivado do latim usurpare, que significa apossar-se sem ter direito. Usurpar a função pública é, portanto, exercer ou praticar ato de uma função que não lhe é devida. Encontra previsão no Código Penal, nos seguintes termos: Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Gabarito: E 34. (MPU / 2007) A respeito dos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar: A) Não configura o crime de contrabando a exportação de mercadoria proibida. B) Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário público de ordem legal de outro funcionário público. C) Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a deixar de praticar medida ilegal. D) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória supostamente contrária à prova dos autos. E) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a ofensa se verifique em função dela. COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa “A” ��� O art. 334, do Código Penal, define o crime de contrabando e descaminho nos seguintes termos: PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. Do texto legal, conclui-se que o delito ocorre tanto na importação quanto na exportação da mercadoria proibida, o que torna a alternativa incorreta. Alternativa “B” ��� O crime de desobediência, previsto no art. 330, do Código Penal, é crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa, inclusive por funcionário público, desde que o objeto da ordem não esteja relacionado com suas funções. No caso apresentado na alternativa, como é uma ordem legal de um funcionário para outro, não há que se falar em desobediência, podendo ocorrer, por exemplo, o delito de prevaricação. Alternativa “C” ��� Segundo a jurisprudência dominante, se o particular oferece vantagem a fim de impedir ato ILEGAL ou fora das competências do agente público, não há a caracterização do delito de corrupção ativa. Incorreta a alternativa. Alternativa “D” ��� O crime de resistência é caracterizado pela conduta de opor-se à execução de ato legal mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. No caso apresentado na alternativa, que está correta, a contrariedade das provas nos autos não é justificativa para a oposição e restará caracterizado o delito de resistência. Alternativa “E” ��� Diferente do apresentado na alternativa, no crime de desacato, o funcionário público deve estar no exercício da função ou, ainda que fora do exercício, a ofensa deve ser feita em razão da função. OBSERVAÇÃO: CONTRABANDO É A ENTRADA OU SAÍDA DE PRODUTO PROIBIDO OU QUE ATENTE CONTRA A SAÚDE OU A MORALIDADE. DESCAMINHO É A ENTRADA OU SAÍDA DE PRODUTOS PERMITIDOS, MAS SEM PASSAR PELOS TRÂMITES BUROCRÁTICOS-TRIBUTÁRIOS DEVIDOS. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br36 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO É o caso, por exemplo, do particular que encontra um juiz em um supermercado e diz: “Juiz é tudo ladrão, inclusive você”. Gabarito: D 35. (Auditor Fiscal Tributário / 2007) Para efeitos penais, A) não se considera funcionário público quem exerce cargo público transitório, embora remunerado. B) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de serviços contratada para a execução de atividade típica da administração pública. C) considera-se funcionário público apenas quem exerce cargo em entidade parestatal. D) não se considera funcionário público quem exerce função pública não remunerada. E) não se considera funcionário público quem exerce emprego público transitório e não remunerado. COMENTÁRIOS: Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração Pública ou a ela conveniada. O fato de o cargo ser transitório ou não, remunerado ou sem remuneração não influencia na definição de funcionário público para fins penais. Portanto, a alternativa correta é a “B”. Gabarito: B 36. (Analista de Controle - TCE-PR / 2011) Na corrupção passiva, crime cometido contra a administração pública, o agente PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO a) patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. b) exige vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em razão dela c) apropria-se, com violência, de dinheiro ou valor, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo. d) retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra disposição expressa da lei e) solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em razão dela. COMENTÁRIOS: Analisando: Alternativa “A” ��� Patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário � ADVOCACIA ADMINISTRATIVA, ART. 321, CP. Alternativa “B” ��� Exige vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em razão dela � CONCUSSÃO, ART. 316, CP. Alternativa “C” ��� Apropria-se, com violência, de dinheiro ou valor, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo � PECULATO, ART. 312, CP. Alternativa “D” ��� Retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra disposição expressa da lei � PREVARICAÇÃO, ART. 319, CP. Alternativa “E” ��� Solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da função, mas em razão dela � CORRUPÇÃO PASSIVA, ART. 319, CP. Gabarito: "E" PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 37. (Analista Judiciário - TRE-PE / 2011) A conduta de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria tipifica o crime de a) contrabando. b) descaminho. c) peculato. d) prevaricação. e) excesso de exação. COMENTÁRIOS: A questão, inicialmente, exige do candidato o conhecimento do art. 334, do CP, que dispõe sobre o delito de contrabando e descaminho. Veja: Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. Posteriormente, a banca verifica se o candidato conhece a diferenciação entre o contrabando e o descaminho: O CONTRABANDO é o ato de transportar e comercializar ilegalmente, produtos proibidos por lei no país. Um exemplo claro de contrabando são as armas e drogas que atravessam as fronteiras do país, muitas vezes junto com produtos piratas no seu carregamento. Pode acontecer também o caso de contrabando de animais silvestres. Neste caso, a retirada dos animais de seu habitat natural e sua comercialização são proibidos e o transporte é feito de maneira ilegal. O DESCAMINHO corresponde, muitas vezes, ao crime de sonegação fiscal. Ocorre quando há a entrada ou saída de produtos permitidos no país sem que os mesmos recolham impostos ou sejam submetidos aos trâmites burocráticos PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO necessários nessas operações. Diferentemente do contrabando, o crime de descaminho pode ser sanado com o devido pagamento dos impostos pelas mercadorias importadas ou exportadas, enquanto que no contrabando, não há fiança". Gabarito: "B" *************************************************************** É isso aí, pessoal! Acabamos de finalizar mais um importante ponto de nosso curso. Siga com força e mantenha sempre a motivação em busca da aprovação. Sem dúvida, ela virá! Abraços e bons estudos, Pedro Ivo Reclamar sem fazer, é coisa de quem não tem prioridades definidas! Porque todo mundo faz o impossível quando quer por que quer mais que tudo! Erlan Ribeiro *************************************************************** PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS 1. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para executá-lo, a) comete crime de desacato. b) comete crime de desobediência. c) comete crime de resistência. d) comete crime de tráfico de influência. e) não comete crime contra a Administração Pública. 2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere: I. Solicitar o funcionário público para si, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. II. Deixar o funcionário público de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal. Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de: a) corrupção ativa e prevaricação. b) corrupção ativa e condescendência criminosa. c) prevaricação e condescendência criminosa. d) corrupção ativa e corrupção passiva. e) corrupção passiva e prevaricação. 3. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do Código Penal (Condescendência criminosa) está assim redigido: “Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO competente”. No que concerne aofato típico, a expressão “por indulgência” corresponde a) ao resultado. b) à ação. c) ao elemento subjetivo do tipo. d) ao nexo de causalidade. e) à omissão. 4. (Técnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionário público que, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário: a) comete crime de prevaricação. b) não comete crime contra a Administração Pública. c) comete crime de peculato culposo. d) comete crime de peculato doloso. e) comete crime de excesso de exação. 5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opção correta. a) A consumação do peculato-apropriação não ocorre no momento em que o funcionário público, em virtude do cargo, começa a dispor do bem móvel apropriado, como se seu proprietário fosse, exigindo-se que o agente ou terceiro obtenha vantagem com a prática do delito. b) A incidência da agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é incompatível com o peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO c) Segundo a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da insignificância ao peculato, desde que o prejuízo causado ao erário não ultrapasse um salário mínimo e o agente seja primário. d) Nas hipóteses de peculato-desvio e peculato-apropriação, a reparação do dano pelo agente público, se precedente a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena. e) Não comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas públicas, em continuidade delitiva, o servidor público que se utiliza ilegalmente de passagens e diárias pagas pelos cofres públicos. 6. (Analista - TRE-SP / 2012) José é aprovado em concurso público para exercer o cargo de Investigador de Polícia, sendo devidamente nomeado pela Autoridade Pública competente. Antes de ser empossado no cargo, José, ciente de que na rua que reside existe um estabelecimento comercial do tipo bar, onde há comércio de substâncias entorpecentes, aborda o proprietário do estabelecimento e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$ 5.000,00 no prazo de 48 horas para não fazer a denúncia e desencadear uma operação policial naquele local. Neste caso, José comete crime de a) concussão b) prevaricação. c) corrupção passiva. d) exercício Funcional Ilegalmente Antecipado. e) extorsão, pois ainda não havia tomado posse no cargo de Investigador de Polícia. 7. (Analista - TRF / 2012) Tício, funcionário público federal, em fiscalização de rotina, constatou que Paulus, proprietário de uma mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu- lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: “Este PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em quarenta e oito horas”. A conduta de Tício caracterizou o crime de a) prevaricação. b) calúnia. c) concussão. d) corrupção passiva. e) excesso de exação. 8. (Técnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionário público municipal, apropriou-se de remédios doados por um laboratório farmacêutico ao Posto de Saúde do qual era médico chefe, e os levou ao seu consultório particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, além de outras infrações legais, a) responderá por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos em razão do seu cargo. b) não responderá por crime de peculato, porque o objeto desse delito só pode ser dinheiro. c) só responderá por crime de peculato se a doação dos remédios tiver sido regularmente formalizada e aceita pela Administração Pública Municipal. d) não responderá por crime de peculato porque os remédios foram recebidos em doação e não foram adquiridos pela Administração Pública Municipal. e) responderá apenas pelo crime de prevaricação, por ter praticado indevidamente ato de ofício. 9. (Polícia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exercício de fiscalização de trânsito, surpreendeu um motorista dirigindo alcoolizado e pela contramão de direção. Em seguida, exigiu do infrator a quantia de R$ 200,00 para deixá-lo prosseguir livremente. Nesse caso, Paulo responderá pelo crime de: A) corrupção ativa. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO B) concussão. C) corrupção passiva. D) prevaricação. E) peculato. 10. (OAB-SP / 2005) O funcionário que deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, comete crime de: A) prevaricação. B) omissão funcional criminosa. C) condescendência criminosa. D) advocacia administrativa. E) N.R.A. 11. (Procurador do Município de SP / 2008) A concussão e a corrupção ativa são crimes: A) permanentes. B) formal e material, respectivamente. C) materiais. D) formais. E) material e formal, respectivamente. 12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trânsito, encontrava-se em gozo de férias e observou um veículo parado em local proibido. Abordou o motorista, de quem, declinando sua função, solicitou a quantia de R$ 50,00 para não lavrar a multa relativa à infração cometida. Nesse caso, Paulo: A) responderá pelo delito de concussão. B) responderá pelo delito de corrupção ativa. C) responderá pelo delito de corrupção passiva. PPCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO D) não responderá por nenhum delito porque estava de férias. E) responderá pelo delito de prevaricação. 13. (Auditor – TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime de: A) advocacia administrativa. B) usurpação de função pública. C) concussão. D) prevaricação. E) peculato. 14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendência criminosa: A) o funcionário público que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de praticar ato de ofício. B) o funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. E) o funcionário que, valendo-se de sua condição, patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública. 15. (Procurador – TCE-AL / 2008) A conduta do funcionário público
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