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4 PROGRAMA DE MESTRADO INTERNACIONAL EM PSICOLOGIA CRIMINAL COM ÊNFASE EM PSICOLOGIA FORENSE Mestranda: Priscila Camporêz Monteiro CASO PRÁTICO PS032 – MEDICINA LEGAL Maio/ 2021 Espírito Santo – ES INTRODUÇÃO A disciplina Medicina Legal é o ramo da medicina que aplica todos os conhecimentos médicos e biológicos necessários para resolver os problemas abordados pelo direito. Na Medicina Legal fazemos o estudo da morte, sua data, causa e os fenômenos envolvidos; Estudamos os processos que conservam e destroem um cadáver; As lesões que podem aparecer em um cadáver e a sua datação (contusões, ferimentos com arma branca ou de fogo, queimaduras, etc.); Maus-tratos; Avaliação das lesões em sujeitos vivos, de acordo com a sua causa, prognóstico e certificação de cura ou alta médica; Medicina legal sexual. CASO PRÁTICO Atendendo às seguintes fotos, indique tudo o que você sabe aplicando o tema estudado na disciplina. De antemão esclareço que não tem como garantir a causa da morte a partir de uma foto, portanto as declarações dadas a baixo no trabalho são suposições aproximadas feitas a partir do conhecimento adquirido pelo material do curso. Foto 1 · Existência de fenômeno cadavérico. · Sim · Tipo de fenômenos cadavéricos que possam ser visíveis na foto: · Fenômenos de rigidez cadavérica. · Explicação do fenômeno (com base na teoria explicada no tema): A rigidez cadavérica ou rigor mortis pode ser observada pela contratura muscular do pescoço, inicia-se depois de certo tempo que a morte ocorreu. A rigidez completa às 12h, atingindo sua intensidade máxima às 24h. Existência de processos conservadores. Caso exista, indique qual. · Não Existência de contusões. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de feridas por arma branca. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de queimaduras. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de asfixia. Em caso de existir, indique o tipo. · Sim. Asfixia mecânica. Tipo de morte. · Suicida. A posição do pescoço oblíquo direcionado para cima e sem sinais aparentes de defesa nos leva a apostar em um possível suicídio. A priori parece uma lesão causada por asfixia mecânica, arriscaria dizer que por enforcamento. Foto 2 · Existência de fenômeno cadavérico. · Sim · Tipo de fenômenos cadavéricos que possam ser visíveis na foto: · Não tem como identificar o fenômeno cadavérico somente observando a foto. Existência de processos conservadores. Caso exista, indique qual. · Não Existência de contusões. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de feridas por arma branca. Em caso de existir, indique o tipo. · Sim. Instrumento perfurocortante. Existência de queimaduras. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de asfixia. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Tipo de morte. · Homicida. O ferimento na cabeça indica que a morte foi possivelmente um homicídio. Uma vez que as feridas estão em pontos que o sujeito não pode alcançar, a hipótese do suicídio deve ser descartada. A priori parece uma lesão causada por uma arma branca, arriscaria dizer que por um instrumento perfurocortante devido ao orifício de entrada ser pequeno e sem bordas aparentes. Foto 3 · Existência de fenômeno cadavérico. · Sim · Tipo de fenômenos cadavéricos que possam ser visíveis na foto: · Não tem como identificar o fenômeno cadavérico somente observando a foto. Existência de processos conservadores. Caso exista, indique qual. · Não Existência de contusões. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de feridas por arma branca. Em caso de existir, indique o tipo. · Sim. Ferida por instrumento cortante e contundente. Existência de queimaduras. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Existência de asfixia. Em caso de existir, indique o tipo. · Não Tipo de morte. · Homicida. As feridas suicidas não têm grande profundidade devido à dificuldade que a vítima tem de atingir a área com grande energia, isto posto, o ferimento tem grande profundidade assim como é linear, mostrando uma continuidade uniforme, o que indica que a morte pode ter sido homicida; A priori parece uma lesão causada um instrumento cortante e contundente. CONCLUSÃO A análise após a morte é feita pelo especialista – médico legista – que quando está a serviço do judiciário é também chamado de perito. Nem sempre a causa da morte é fácil de diagnosticar, o que leva a recorrer a análises complementares. Assim como também se averigua os antecedentes do sujeito, circunstâncias, e para cada tipo de morte uma análise diferente. São várias observações a serem feitas também para saber se a morte foi natural, acidental, suicida ou homicida. Dessa forma, sabemos que através apenas de uma fotografia não podemos afirmar a causa da morte, nem mesmo se ela foi suicida, homicida ou acidental, o que fazemos neste trabalho é supor o que pode ter acontecido pelos indícios dados pela foto. REFERÊNCIAS Gisbert Calabuig, J.A (2014). Medicina legal e toxicologia. Barcelona. Masson. Jiménez, L. (2020). Criminolgia Especial. FUNIBER. Mantial Sosa, J. (1992). Manual de criminalística. Barcelona. Noriega. Menezes, C. (s.d.). Noções de Criminologia. http://www.doraci.com.br/files/criminologia.pdf. Nota. Todas as fotos usadas nessa disciplina são do banco de dados da Escola de Criminologia da Catalunha.
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