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Teoria Quantitativa da Moeda

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Unidade Acadêmica de Economia
	Disciplina: Economia Monetária	
	Créditos: 04	Carga Horária: 60h
	Prof.ª: Karla Vanessa B. S. Leite	E-mail: kvanessaleite@gmail.com
Demanda por Moeda: A Teoria Quantitativa da Moeda
Referência Básica:
CARVALHO, F. J. C de. et al. Economia Monetária e Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. (capítulo 3)
OBJETIVOS DA AULA:
Apresentar as teorias de demanda por moeda em sua versão clássica
Primórdios da TQM
A verão de Fisher
A versão de Cambridge
A teoria monetária de Wicksell
Um sumário: postulados da TQM
PRIMÓRDIOS DO DEBATE DA TQM 
Os primórdios da TQM: Debate monetário nos séculos XVIII e XIX
5
Desenvolvimento da teoria monetária
Debate sobre assuntos monetários  dificuldades do controle entre pressões inflacionárias e deflacionárias
Berço da teoria monetária  Inglaterra
Necessidade de definição de diretrizes políticas para aplicação no mundo real
6
Guerras prolongadas com a França (final do século XVIII e início do século XIX)
Necessidades anormais de emissão de moeda e criação de crédito
Surgimento da moderna teoria monetária  controvérsias na tentativa de suprir essas necessidades
Moeda papel passou a competir com a moeda metálica
1797: Banco da Inglaterra corta vínculos entre suas notas e os metais preciosos
Restrições à manutenção da oferta limitada de moeda
Deterioração do valor cambial da libra, em termos de ouro
Buscou-se uma explicação monetária para as flutuações na taxa de câmbio
Por trás dessa discussão estava a causalidade entre oferta de moeda, nível de preços e crescimento do produto
Relatório da Comissão do Ouro (1810)
Fruto do debate sobre flutuações na taxa de câmbio
O debate durou até 1844  Inglaterra à conversibilidade e ao padrão-ouro formal
Controvérsia Bulionista
Explicação para a depreciação da libra
Base da TQM
Bulionistas
Elevação do preço do ouro  emissão excessiva de notas bancárias  má administração do banco da Inglaterra
Principal causa da depreciação da libra: política inflacionária do Banco da Inglaterra  emissão demasiada de papel moeda
Restauração da estabilidade  impor ao Banco da Inglaterra uma restrição de resgatar suas notas em ouro  retorno à conversibilidade e ao vínculo entre notas e metais
Representantes: Thornton, Ricardo, Horner e Malthus
Majoritária entre os economistas da época
Excesso de moeda não era motivado pela emissão  propensão dos bancos a atender a demanda por crédito
Moeda endógena  Não é necessário apenas controlar a emissão legal, mas a atividade bancária regulação
Anti-bulionistas
Despesas externas do governo inglês (guerras) + desaceleração das exportações
Negavam que as notas fossem emitidas acima das necessidades dos negócios
Os tomadores de crédito tomariam emprestado somente o que pudessem usar lucrativamente
Notas emitidas eram garantidas por “papéis-reais”  asseguraria a liquidação dos empréstimos
Representantes: diretores do banco da Inglaterra e ministros do gabinete inglês
A tese bulionista venceu a discussão
O papel moeda passou a ser emitido com lastro 100% em ouro
Julgava-se ser suficiente controlar essa moeda
Controle rígido sobre a oferta de moeda
Gerou um “freio” no processo de expansão da economia inglesa
Gradativamente foi havendo diminuição do lastro em ouro
Moeda fiduciária + moeda com lastro  sistema monetário misto
Debate entre: Escola do Meio Circulante; Escola Bancária e Escola dos Bancos Livres
Continuação do debate anterior
Teve início nos anos 20 do século XIX
Resultou na Lei Bancária de 1844
Discussão centrada no descontrole monetário
Escola do Meio Circulante
McCulloch, Lloyd, Longfield, Norman e Torrens
Posição semelhante à linha Ricardiana
Encontrar um nível de preços que fosse o mesmo para uma oferta de moeda completamente metálica quanto para uma moeda mista
Padrão monetário puramente metálico  os fluxos de ouro tem efeito imediato sobre o aumento ou diminuição da moeda em circulação
Padrão monetário misto  aumento do nível de preços e queda do volume de reservas são sintomas e emissão excessiva
Banco da Inglaterra era responsável pela emissão excessiva de moeda
Adoção de uma regulação rígida sobre os bancos  assegurar que o estoque de papel-moeda fosse equilibrado
Circulação de papel deveria ser rigidamente atada ao estoque nacional de ouro  emissão de moedas deveria variar de acordo com as flutuações no estoque de ouro
Não haveria necessidade de se regular a moeda bancária  a moeda corrente mista se comportaria como moeda corrente puramente metálica  bastava o controle sobre a emissão
Escola Bancária
Tooke, Fullarton e John Stuart Mill
Volume das notas em circulação é determinada pela demanda  varia em função das necessidades de comércio
Questão da emissão excessiva era irrelevante  a expansão monetária somente era possível por períodos limitados
Não possuíam um programa legislativo para reformar o sistema monetário  o bom gerenciamento bancário não podia ser legislado
A conversibilidade bastaria para salvaguardar a emissão e notas e manter o balanço de pagamentos equilibrado no longo prazo
Escola dos Bancos Livres
Parnell, Gilbart e Scrope
Visão favorável ao livre comércio na emissão de moeda conversível em espécie
Sistema monetário-financeiro onde os bancos competiam em todos os serviços, inclusive na emissão
Nenhum banco possuía o monopólio na emissão
Sistema bancário descentralizado e competitivo  o problema da emissão não se colocava
Banco da Inglaterra: encorajava o problema da emissão 
	Banco Central com Monopólio na Emissão		Sistema Bancário Competitivo e Descentralizado	
	Escola	Regra de Emissão	Escola	Regra de Emissão
	Escola do Meio Circulante	Regra-limite para a AM	Escola dos Bancos Livres	Sistema emissor competitivo e autorregulado
	Escola Bancária	Autoridade sem regras		
100% lastreadas em ouro
Conselho da moeda
Resultado da discussão: Lei Bancária de 1844
Centralização do controle de oferta de moeda
Banco da Inglaterra: máxima autoridade
Fixação de um máximo para a emissão
Divisão do banco em 2 departamentos: Departamento Bancário e Departamento de Emissão
A TQM 
O que vamos estudar? Teorias monetárias!
Formas pelas quais diferentes teorias e escolas econômicas enxergam o fenômeno da moeda
Diversas interpretações e pensamentos sobre a moeda
Por que os preços variam (ΔP)?
TQM: forma como as teorias clássica e neoclássica enxergavam o fenômeno monetário
Demanda por moeda: As versões da TQM
A TQM de Hume e Ricardo
Evolução do pensamento econômico na teoria monetária esteve relacionado ao desenvolvimento do sistema monetário e financeiro
Essa evolução exigiu que a teoria monetária fosse continuamente revisada
Moeda metálica  papel dinheiro  dinheiro creditício
hume
thornton
ricardo
1752: analisou a relação entre as variáveis monetárias e reais na economia
Teorizava sobre um dinheiro puramente metálico
Estabeleceu o que ficou conhecida como TQ clássica
TQ é uma condição de equilíbrio de LP
CO: a moeda pode produzir um estímulo no nível real de atividade
Primeiro a realizar uma exposição sistemática da teoria da moeda e do crédito
CP: fatores monetários podem ter efeitos reais e fatores reais podem ter efeitos monetários
Defendia que o sistema creditício deveria ser controlado  dirigido por uma emissão discricionária de notas administrada por um BC que regularia sua circulação
Explicação monetária mais simples para os problemas monetários da Inglaterra
O aumento no estoque de notas não poderia ampliar o estoque nacional de capital produtivo
Responsabilidade pela π: Banco da Inglaterra
Regras mecânicas para o controle do crédito
Bom funcionamento do sistema: crédito funcionando como dinheiro metálico
Inglaterra (anos 1920): desemprego e flutuação nos níveis de atividade econômica
Teóricos Quantitativistas
Reformadores monetários que acreditavamque as flutuações poderiam ser prevenidas por uma política monetária adequada
Política monetária deveria ser usada como meio de estabilizar a atividade econômica
Teoria Quantitativa da Moeda
Primeira teoria de estabilidade macroeconômica de curto prazo
Relaciona a oferta de moeda ao nível de preços pelo qual os bens são comprados (e não produzidos)
O que deveria ser explicado?
Por que variações na moeda e nos preços eram associados a flutuações no volume de produto e emprego?
Nos primeiros 30 anos do século XX, a TQM foi usada para explicar flutuações na produção
Correlação entre eventos monetários e flutuações nas atividades e nos negócios
A política monetária oferecia o parâmetro de ação para administrar o capitalismo
TQM
Assentada no motivo transação de demanda por moeda
Moeda: instrumento para efetuar compra e venda de bens e serviços
Em uma economia moderna com ordem legal e política estável e sistema bancário bem desenvolvido, a moeda não teria outra função
Hipótese de quem usava a TQM para explicar as flutuações econômicas:
Variação na quantidade ou valor da moeda só alterariam o equilíbrio prévio, se produzissem variações não proporcionais nos saldos dos agentes
Quais versões da TQM iremos estudar?
A versão de Fisher (trocas)
A versão de Marshal (saldos monetários/Cambridge)
Também iremos estudar uma teoria monetária que vai além da TQM, mas se aproxima de suas conclusões:
A teoria monetária de Wicksell
A TQM DE FISHER 
A Versão de Transações de Fisher
TQM ficou conhecida e popularizada
Formalização de uma discussão que começou no século XVIII
Com essa formalização, grande parte da discussão foi perdida
Formulada inicialmente por Simon Newcomb (1885)
Popularizada por Irving Fisher (1911)
M V = P T
Quantidade de Moeda
Número médio de vezes em que o dinheiro é gasto por período
Preço de Cada Transação
Número total de transações
Valor do que é gasto
Valor do que é comprado
Volume total de pagamentos = total de transações
Equação de troca
Relação matemática do total de transações efetivadas em um certo período
Soma das equações envolvidas em todas as trocas individuais no período
M V + M’ V’ = P T 
(versão adaptada para a utilização de saldos bancários)
O que significa o lado direito da equação?
Bens e serviços transacionados
Produto das quantidades de transações de bens e serviços trocados pelos seus preços
E o lado esquerdo?
Total de moeda utilizada para pagamento
Produto do total de moeda pela sua velocidade de circulação
Volume monetário de transações
A equação de trocas representa uma aplicação do método das partidas dobradas
A inclusão de depósitos bancários (crédito circulante) não altera a relação quantitativa entre moeda e preços  depósitos são, normalmente, múltiplos da moeda
Versão modificada da equação de trocas
Como aproximar a TQM da realidade?
Problemas estatísticos e conceituais na determinação do nível de preços e das quantidades transacionadas
Qual a variável que melhor representa T? PIB real  total de transações que vai poder ser feita
Qual o preço relevante? Preços finais
Substituição do volume total de transações na economia com bens finais pelo PIB
Só considera o produto final e o nível de preços da economia
M V = P Y
Ponto de partida: estabelecer a identidade entre o total de pagamentos em moeda e o total de bens e serviços transacionados
Em cada ato de compra e venda de bens e serviços, os pagamentos em moeda e o valor dos bens e serviços trocados são idênticos
Total de moeda paga nas transações = valor total dos bens e serviços trocados
A TQM estabelece que os preços variam diretamente com a quantidade de moeda em circulação
Velocidade de circulação da moeda e volumes de transação  constantes (por que? Já veremos!)
Uma mudança no estoque de moeda não tem efeito permanente sobre as variáveis reais  resulta em uma mudança proporcional nos preços dos bens e serviços
O valor da moeda ou poder de compra varia inversamente com o nível de preços
V = 
 
 ou 
V = 
A moeda é tratada como estoque e não como fluxo
Velocidade de circulação: representa a taxa de utilização da moeda
Instituições e hábitos determinam a velocidade agregada
Velocidade de circulação da moeda em mais detalhes:
Tempo em que uma unidade monetária leva para ir de uma troca individual para outra
Reflete o somatório das trocas individuais
Quanto é necessário ter em moeda para fazer transações, dada a sua velocidade de circulação?
Impacta a oferta de moeda: ↑ V ↓ Oferta de M
Por que V e Y são supostos constantes?
Perspectiva clássica do comportamento do mercado de trabalho
Prevalece o pleno emprego  Y não varia de um período para outro
Início do processo de produção: os trabalhadores já decidiram que ofertarão trabalho para realizar trocas com a renda recebida
O que realmente importa é a recepção de renda e o uso que será feito (e não V)
Por que V e Y são supostos constantes?
A moeda se usa para realizar compras não importando se com maior ou menor velocidade
Prevalece o pleno emprego  Y não varia de um período para outro
Quando o processo de produção inicia, o trabalhador oferta L (gera uma desutilidade)  Salário para comprar bens e serviços  satisfação > desutilidade
A velocidade de circulação da moeda muda lentamente: hábitos, instituições...
P = 
Variação dos preços
Diretamente  quantidade de moeda e velocidade de circulação
Inversamente  quantidade de bens trocados
O nível de preço resultaria dessas 3 influências
No LP, o volume dos bens transacionados é determinado ao nível de sua plena capacidade por forças reais
P = 
O produto estará no nível de pleno emprego
É independente dos outros termos da equação
Velocidade da moeda é considerada uma variável estável
Depende de fatores institucionais e muda vagarosamente no tempo
É independente dos outros termos da equação
P = 
Mudanças no nível de preços estão associadas a variações no estoque de moeda
Nível de preços é variável passiva determinada pela oferta de moeda
Velocidade de circulação e volume de comércio constantes  aumento na quantidade de moeda em circulação  aumenta os preços na mesma proporção
Única função da moeda  MEIO DE TROCA
A TQM estabelece
 3 proposições:
Se 1, 2 e 3 são verdadeiras:
 ΔM = ΔP
1 – A direção da causalidade vai da moeda para os preços
2 – Velocidade de circulação da moeda é determinada pelo nível de renda e por hábitos de pagamento (mudam lentamente)
3 – Volume de transaçãoes é determinado de modo independente da quantidade de moeda (variáveis reais)
A TQM DE MARSHALL 
47
Principal diferença da versão de Marshall para a de Fisher:
Os indivíduos mantém a moeda como residência temporária do poder de compra
Quanta moeda (ou saldos bancários) os agentes reservarão?
Moeda: residência temporária do poder de compra (e não apenas meio de troca)
A Versão dos Saldos Monetários de Cambridge
A Versão dos Saldos Monetários de Cambridge
Fragilidade da versão de Fisher  mecanismo de transmissão de M para P (implícito)
Aumenta M  aumenta DA (dada a OA)  excesso de demanda  eleva preços
O que acontece com a demanda por moeda? Ponto de partida de Marshall
Como as pessoas transformam a moeda em DA? 
Para Marshall, falta a explicitação do lado monetário 
Explicitar uma teoria de demanda por moeda via mercado monetário
Função da moeda  servir como uma residência temporária para o poder de compra
Pagamentos e recebimentos não tem porque ser na mesma data  torna necessário a existência de um objeto que possa transportar poder de compra
A moeda é esse veículo na abordagem dos saldos monetários da TQM
Qual a quantidade de moeda que as pessoas irão reter como residência temporária do poder de compra?
Marshall busca enfatizar não o gasto da moeda
A ênfase recai sobre o papel da moeda enquanto pouso temporário do poder de compra entre os atos de comprar evender
Essa consideração representava uma ponte para conceitualizar a função de reserva de valor
Apontava motivos para os indivíduos manterem ativos líquidos
M = k P Y
Quantidade de Moeda
Fração da riqueza ou da renda da comunidade que é, em média, retida em moeda (em cada período)
Preço de Cada Transação
Produto final
Quantidade retida de moeda tem relação com a renda  renda afeta o volume de compras potenciais
M = k P Y, onde k = 1/𝑉 
k: constante marshalliana  simboliza todas as demais variáveis das quais depende a demanda por moeda
↑V ↓ k (ex.: PIX  tende a elevar V)
M: representa estoque e P Y: representa um fluxo
Quantidade retida de moeda tem relação com a renda  renda afeta o volume de compras potenciais
 
k: constante marshalliana  simboliza todas as demais variáveis das quais depende a demanda por moeda
↑V ↓ k (ex.: PIX  tende a elevar V)
M: representa estoque e P Y: representa um fluxo
Expressa a demanda por moeda como uma proporção k do nível de renda
A relação proporcional entre moeda e preços depende da estabilidade da velocidade de circulação ou k
Abordagem das transações e dos saldos monetários: diferentes ênfases na definição da moeda
Friedman: equação que representa uma função de demanda por moeda
Quanto de uma determinada renda se mantém na forma de moeda?
O que se mantém nas duas versões apresentadas da TQM?
A versão de Cambridge também parte da Lei de Say  Y deverá estar no nível de pleno emprego a longo prazo
Y de pleno emprego  mercado de trabalho define a oferta
Decisões de produção em t: já considera o volume de emprego voluntariamente decidido/estabelecido
Não vai haver mais produção porque há mais moeda circulando na economia (preços)
Oferta é inelástica  moeda é neutra
k é estável e independente da oferta de moeda (que é exógena)
A oferta de moeda deve crescer de forma suave para satisfazer as necessidades básicas da economia  crescimento da renda real
Lembrando que V é estável ao longo do tempo: moeda muda por hábitos e alterações institucionais
k constante  resulta na mesma relação proporcional entre oferta de moeda e nível de preços  mudanças na oferta de moeda causam mudanças diretas nas decisões de gastos dos agentes
A moeda é incapaz de alterar a oferta  não é capaz de gerar Δ no volume de produção
M = 𝑘 ̅ P 𝑌 ̅
ΔM só impacta preços 
ΔM pode afetar a decisão de gasto dos agentes, mas não impacta Y: ↑ D  𝑆 ̅  π de demanda
A moeda é incapaz de alterar a oferta  não é capaz de gerar Δ no volume de produção
 
ΔM só impacta preços 
 
Único motivo para uma economia experimentar inflação ou deflação  desvios na oferta de moeda de seu nível de equilíbrio de LP
TQM como uma teoria da inflação  taxa de crescimento de preços é determinada pela expansão dos meios de pagamento acima do produto real
Aumentos do estoque de moeda > crescimento da renda real  aumento correspondente no nível de preços
Moeda deve crescer no mesmo ritmo de Y (oferta de bens e serviços) que é determinada no lado real (mercado de trabalho)
Um sumário da TQM
Postulados Básicos
Equiproporcionalidade entre moeda e preços:
ΔM  ΔP (transmite seu efeito completo para P)
V e Y são constantes e não dependem do estoque de moeda no LP
Causalidade da moeda para os preços:
V e Y não podem absorver permanentemente impactos o impacto da mudança em M
ΔM  ΔP (transmite seu efeito completo para P)
Aumenta M  restaurar V ao nível desejado  aumenta gastos (produto de plena capacidade)  aumenta P
Moeda pode ser criada exogenamente e produzir choques em desacordo com Y (↑ P)
Não fosse a criação exógena de moeda, o mercado resolveria a situação (M e P)
Não-neutralidade de curto prazo e neutralidade da moeda no longo prazo:
Aumento de M não afeta permanentemente o produto (disponibilidade de fatores de produção)
Independência entre nível de produto e estoque de moeda  moeda não influencia permanentemente a atividade real
Independência entre oferta e demanda por moeda na versão Fisher:
Padrão ouro  estoque de moeda determinado pelo estado do balanço de pagamentos
Dicotomia preços relativos/preços absolutos:
Preços relativos: preço de um bem relativo a outro (fatores reais)
Preço absoluto: nível geral de preços (fatores monetários)
ΔM causa choques no preço absoluto
P agregado: não é modificado por fatores da estrutura produtiva (lado real)
Dicotomia preços relativos/preços absolutos:
Preços relativos: ↑ PA ↓ PB (distribuição de ganhos e perdas)
Nível de preços não se altera quando há conflito de preços relativos
ΔM vai afetar o nível de preços ‘completo’  afeta a maneira como as pessoas demandam na economia como um todo
Chamar atenção para: impacto generalizado que ΔM causa em termos de π
A Teoria monetária de wicksell
Wicksell observa a TQM e percebe:
A economia de que trata a TQM é uma economia de moeda pura
Moeda exógena, colocada por um BC
Mas é isso que se verifica na realidade? Não!
Existe um componente endógeno criador de moeda: sistema bancário
Wicksell se diferencia das abordagens anteriores em dois aspectos:
Exogeneidade X Endogeneidade da moeda (o sistema bancário também regula a velocidade da moeda)
MV é variável  a oferta de moeda tem um componente endógeno
Análise do processo cumulativo (processos inflacionários)
Explica a persistência da inflação
Wicksell abre um estágio para o mecanismo de transmissão de M para P  possibilidade de variação endógena
Inovação em relação às teorias clássicas e neoclássicas: Wicksell percebe processos pelos quais acontecem a transmissão de um choque monetário na economia
Para Wicksell a causa primária das flutuações de preços era a diferença entre a taxa de juros de empréstimos e a taxa natural de juros
Os bancos tem um papel central na análise de Wicksell  capacidade de concessão de empréstimos
Processo cumulative limitado por fatores internos
Valor da moeda pode ser mantido estável através do manejo adequado das taxas bancárias
Alguns Spoilers
3 tipos de economia
Economia Moeda Pura
Não existe banco para emitir depósitos transferíveis por cheque
Transações mediadas inteiramente por moeda metálica
Todas as premissas da TQM são verificadas
Economia Mista de Moeda Crédito
Existência de bancos e de depósitos criados como contrapartida de empréstimos (ignorados pela TQM)
O processo cumulativo considera o mecanismo direto e o mecanismo indireto de transmissão monetária
Economia de Crédito Puro
Processo cumulativo explosivo
Os bancos poderiam satisfazer qualquer demanda por crédito com taxa de juros baixa
Quantidade de moeda é determinada endogenamente pela sua demanda
Infinitos equilíbrios preço-quantidade
Nível de preços é indeterminado
MECANISMO DIRETO:
Aumenta a oferta de moeda  aumenta poder de compra real dos seus detentores  dados os preços  detenção de saldos reais em excesso  aumenta gastos com bens e serviços  produto de plena capacidade  aumento dos preços
Aumento da oferta de moeda diretamente sobre a demanda por bens
MECANISMO INDIRETO:
Aumenta oferta de moeda  reduz a taxa de juros  aumenta demanda por bens e serviços  aumenta preços
Reconhecimento da existência de uma relação entre a demanda por moeda (e sua velocidade) e a taxa de juros
Wicksell procurou suplementar a TQM com a descrição do mecanismo através do qual o equilíbrio é inicialmente perturbado e depois restaurado
Processo de desequilíbrio cumulativo
Porque preços se movimentam (ΔP)?
Discrepância entre duas taxas de juros
Taxa de juros de empréstimos ou de mercado (determinada no mercado de crédito)
Taxa de juros natural (taxa de equilíbrio que iguala ex ante a poupança desejada com investimento planejado a pleno emprego 
Determinada pela capacidade estrutural da economia em ter recursos para emprestar (S) e atender a demanda por moeda (I)
Taxa natural é determinada pelo confronto entre S e I 
Bancos tem a capacidade de influenciar o volumede empréstimos
Só por acaso essas taxas coincidem
74
Situação 1:
 taxa de mercado < taxa natural
S, I
r
S (r)
I (r)
rn
r1
S1
I1
I > S
Situação 1: taxa de mercado < taxa natural
Custo do capital < produtividade marginal
Investimento planejado > poupança
Aumenta demanda por empréstimos bancários  financiamento os projetos dos empresários
Demanda por crédito > depósitos do público
78
Bancos podem acomodar essa demanda adicional expandindo os depósitos
Transforma o excesso desejado de demanda agregada implícita no hiato investimento-poupança em excesso efetivo de demanda agregada
Transborda para o mercado de bens e serviços  aumento de preços
Expansão dos depósitos
Aumento persistente e cumulativo dos preços, enquanto o diferencial de juros durar
O que levaria a taxa de mercado a ficar abaixo da natural?
Afluência permanente de ouro para o sistema bancário
Expansão endógena da oferta de moeda  aumento de reservas  aumento de empréstimos (redução da taxa de mercado ao nível da natural)
Diferencial de taxa de juros  erro de gestão do sistema bancário  a AM deveria regular os bancos
Variação cumulativa no volume do nível de reservas e dos preços
Situação 2: taxa de mercado > taxa natural
Custo de capital > taxa de retorno esperada
Poupança > investimento planejado
Demanda agregada menor  nível de preços menor
S, I
r
S (r)
I (r)
rn
r2
I2
S2
S > I
Situação 2: taxa de mercado > taxa natural
O processo cumulativo do mecanismo indireto é explosivo? Não! Existência de um fator estabilizador
Como corrigir o desequilíbrio causado pelo diferencial entre as taxas de juros de mercado e natural? Como estabilizar preços?
↑ P  ↓ poder de compra da moeda  ↑ saques de moeda  ↓ reservas dos bancos (capacidade de conceder empréstimos)  ↑ taxa de juros de mercado (= taxa natural)
Conversão do público de depósitos em meio circulante  drenagem das reservas dos bancos  bancos elevam taxa de juros para recompor as reservas
Fator responsável pela conversão da taxa de empréstimos para o nível de equilíbrio natural  perda de reservas
BC pode retirar moeda de circulação ou reduzir seu ritmo de crescimento  ↑ taxa de juros de mercado (= taxa natural)
A taxa natural de juros não é fixa
Flutua conjuntamente com as causas reais das flutuações econômicas
Está sujeita a mudanças intensas
É pouco provável que haja uma coincidência espontânea entre as taxas de mercado e natural 
Importância da manutenção do valor da moeda estável, por parte do sistema bancário, via manejo das taxas de juros bancárias
Considerações finais
84
Wicksell traz a taxa de juros para a TQM
A hipótese de que o produto agregado não responde a estímulos na demanda conduz Wicksell ao resultado da TQM
Aumentos da oferta de moeda resultarão em aumentos de preço na mesma proporção  produto não responde a esse aumento
A resposta dos preços a uma expansão monetária é um processo longo
Filtrada pelos bancos, via taxa de juros
A AM deve controlar o crédito (sistema bancário)  controlar a forma como os bancos operam
Grande parte da expansão monetária e da DA é determinada pela ação dos bancos
Resultado: intervenção direta sobre a operação dos bancos e não apenas controlar a base monetária
Efeito de entradas e saídas de ouro era visto como dependente da ação do BC
Ênfase da Teoria Monetária pré-guerra: papel da política bancária na determinação da oferta de moeda
Tônica: influência dos movimentos do ouro sobre os preços para os fluxos de crédito
TQM: teoria do crédito
Apenas mudanças não antecipadas no nível de preços alterariam a proporcionalidade entre M e P
Objetivo final dos reformadores monetários: encontrar as políticas econômicas requeridas para minimizar as oscilações em torno do equilíbrio com pleno emprego
Keynes tornou-se incrédulo quanto à TQM explicar as flutuações do produto
Teoria Geral muda o enfoque: das causas de uma alteração no nível de produção para a análise dos efeitos
Próxima aula:
Teoria da Demanda por Moeda em Keynes
Referência Básica:
CARVALHO, F. J. C de. et al. Economia Monetária e Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 (capítulo 4)
KEYNES, J. M. The General Theory of Employment, Interest and Money. London: MacMillan, 1937 (Capítulo 17)
 
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