Internacional_Lista 5 - 2006.2.Gabarito

Prévia do material em texto

ECO 1208 – Economia Internacional 
Professores: Eliane Gottlieb 
Roberto Iglesias 
Monitor: Victor Aguiar (vaguiar@superig.com.br; vaguiar1401@gmail.com) 
 
Gabarito da 4ª lista de exercícios - 2006.2 
 
Questão 01 
 
Em regimes de mobilidade perfeita de capital, a diferença de juros seria equalizada, de 
forma que o argumento de vantagem intertemporal seria válido, no presente, simplesmente 
para o país com maior capacidade instalada e capacidade de utilização desta para atividades 
produtivas. 
Quando não usamos mobilidade perfeita, permite-se um diferencial de juros entre os países, 
de forma que aqueles países que possuem taxas de juros mais elevadas são os que possuem 
vantagem comparativa em consumo futuro. Mesmo na ausência de mobilidade de capital, 
qualquer economia tem um dilema entre o consumo presente e o consumo futuro. As 
economias costumam não consumir toda a sua produção corrente, e parte dela toma a forma 
de investimento em capital produtivo (máquinas, edificações, ...). Quanto mais a economia 
investir agora, mais ela vai poder consumir no futuro. E, para investir mais, a economia 
deve liberar recursos consumindo menos. 
 
OBS: Na ausência de empréstimos internacionais, um país com vantagem comparativa na 
produção futura de bens teria um preço relativo (1/1+r) baixo no consumo futuro, ou seja, a 
taxa de juros (r) seria alta. A taxa de juros alta significa maior retorno sobre o investimento. 
Ou seja, os fluxos de empréstimos saem dos países com taxas de juros mais baixas para os 
países com taxas de juros mais elevadas. 
(Ver gráficos no Apêndice do Capítulo 7). 
 
Questão 02 
 
Sem comércio, para cada país. 
 
País A 
 80-20p=40+20p 
p=1 
Q=60 
 
País B 
 100-20p=20+20p 
p=2 
Q=60 
 
Com comércio, 
 
180-40p=60+40p 
p=1,5 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
Q=120 
 
Suponha, agora, subsídio de 0,5 por unidade em A: 
 
DA – SA: 40-40p 
 
Exportações: 40p-40 
Sabemos que pA-pB = 0,5 
 
Logo, 
 
40(pB+0,5)-40=80-40pB 
pB=1,25 
pA=1,75 
 
Em DA 
 Para p=1,5_____Q=50 
 Para p=1,75____Q=45 
 
Em AS 
 Para p=1,5_____Q=70 
 Para p=1,75____Q=75 
 
Logo, em termos de gráficos (para o país A) 
 
 
 
 a b c d 
 e f g h i 
 
 
 
 
 
 
 
Impactos: 
 
Consumidores: perdem (a+b) 
Produtores: ganham (a+b+c) 
Governo: gasta (b+c+d+e+f+g+h+i) 
 
Para o país B, é só seguir o mesmo tipo de raciocínio. 
Para o mundo, é só somar os resultados obtidos. 
 
 
 
1,75 
1,5 
1,25 
50 70 75 45 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
Questão 03 
 
 
Note que, para livre comércio, teremos: 
 
40-2Q=10+Q 
 
Q=10 
P=20 
 
Usando demanda por importações (40-2Q) para a hipótese de p=24, teremos que Q=8 
 
Jogando em Pe, teremos que P=18 
 
Logo, a tarifa será de 24-18=6 
 
Em gráficos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 a 
 b c d 
 
 e 
 
 
 
 
 
XS 
18 
20 
24 
DM 
10 8 
T=6 
XS 
18 
20 
24 
DM 
10 8 
40 
Pw 
Pt 
S D 
8 
Pt* 
10 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
 
O saldo líquido será: 
 
Consumidor: perda (a+b+c+d) 
Produtor: ganho a 
Governo: gasta c+e 
 
Líquido: perda de (b+d-e) 
 
c) 
 
Para P=24, em Pd´, 
 
10-2Q=24 
Q=-7 
 
Em Pe, P=3, o que implica que a nova tarifa será de 21. 
 
Note que, neste ponto, o país passaria a exportar 7 unidades do dado bem. 
 
 
Questão 04 
 
Cota para um monopolista permite operar em um nível mais elevado usando nova demanda. 
 
Suponha o gráfico abaixo, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suponha que o preço internacional é menor que o preço monopolista potencial; logo, 
teremos concorrência direta de bens importados quando estes entrarem no mercado interno, 
potencialmente criando condições nocivas ao monopolista. 
Note, portanto, que o bem importado pode ter seu preço aumentado até o ponto em que a 
cota é igual ao total importado, dividindo-se o lucro entre o setor externo e o monopolista. 
Pm pot 
Cmg 
D 
D´ Rmg´ Rmg 
Pw 
Pm´ 
Pm 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
Caso isto ocorra, trabalharíamos com D´, um novo nível de demanda tirando a cota, que 
seria atendido pelo monopolista, a um preço mais elevado. 
Se a cota permitir um nível mais alto de importações, devido a estrutura de custos do 
mercado, este resultado também se mantém (caso para Pm´). A questão é exatamente que a 
cota permite ao monopolista manter seu mark-up (ou parte dele em mercado segmentado), 
de forma que é possível cobrar um preço mis elevado que no mercado internacional. 
 
Questão 05 
 
a) V 
b) F; o preço será maior ou igual, nunca menor 
c) V, para oferta, F para demanda 
d) F, diminui 
e) F, é um país pequeno 
f) F 
g) F, Governo não tem receita E em país pequeno 
 
Questão 06 
 
Já fazendo a comparação do modelo de tarifas e de cotas, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O gráfico é construído para que ambas as opções levem ao mesmo montante importado. 
Note que no caso de cota, as condições de monopólio são mantidas a partir de um 
determinado ponto na economia, de sorte que o preço cobrado pode ser maior (o mercado é 
discriminado). No caso das tarifas (para um nível razoável de tarifa) observamos que o 
poder de mercado se perde, e o mercado é competitivo. 
Logo, as condições de monopólio só podem se manter no primeiro caso. 
Pc 
Pw+t 
Pw 
MC 
Dc 
D 
M 
Qt Qc 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio