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Formação de Professores do Ensino Primário Manual de Didáctica da Matemática Distribuição gratuita Venda proibida REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO Apoio: Agência Japonesa de Cooperação Internacional Carlos E. Muchanga Fabião F. Nhabique Helena A. Simone Jonasse L. Leitão Manual de Didáctica da Matemática Formação de Professores do Ensino Primário Ficha Técnica Título Manual de Didáctica da Matemática − Formação de Professores do Ensino Primário Edição Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) Copyright MINEDH Director Remane Selimane, Director Nacional de Formação de Professo- res (DNFP) Co-director Feliciano Mahalambe, Director Geral do Instituto Nacional de Exames, Certificação e Equivalências (INECE) Ismael Cassamo Nhêze, Director Geral do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação (INDE) Regina Miguel Langa, Directora Nacional Adjunta de Formação de Professores (DNFP) Coordenação dos autores Fabião Finiosse Nhabique (INDE-PENCIFOP) Autores Carlos Eugénio Muchanga (MINEDH) Helena Arnaldo Simone (MINEDH) Jonasse Luís Leitão (MINEDH) Assessoria Técnica Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) Universidade Pedagógica (UP) Arranjo Gráfico Idrisse Valter César Rubane Impressão Tiragem 12 000 exemplares No. de Registro - Maputo - Moçambique, 2018 3 Prefácio Prezados formadores e estimados formandos, Apraz-nos colocar à disposição de todos vós, o Manual de Didáctica da Matemática para os Cursos de Formação de Professores do Ensino Primário. Nosso intuito é de que, com este Manual, os formandos aprofundem os seus conhecimentos científicos necessários para leccionarem no Ensino Primário e se apropriem das rotinas escolares, em especial aquelas que se referem à mediação do processo de ensino- aprendizagem. O Manual apresenta uma abordagem metodológica que vai permitir que, tanto os formadores quanto os formandos, desenvolvam a arte de bem ensinar que os capacitem a leccionarem em contextos desafiadores. O Governo de Moçambique assume a Educação como um direito fundamental do cidadão; um processo através do qual, indivíduos se afirmam e se integram na vida política social e económica. Assim assumida, a Educação se transforma num essencial instrumento para a capacitação do país convista a enfrentar os desafios do desenvolvimento económico e do progresso social. A consecução do direito à Educação, conforme o acima descrito, está intrinsecamente relacionada com uma adequada formação e provimento de professores, assim como da criação das melhores condições materiais e motivacionais para o seu melhor desempenho. Contudo, precisamos reconhecer que muitos dos avanços registados devem-se também, à implementação de profícuos e frutuosos mecanismos de cooperação. Com efeito, ao longo do seu percurso, o país tem vindo a beneficiar da prestimosa colaboração dos Parceiros de Cooperação que apoiam o Governo na concretização dos seus planos. A Sociedade Civil, Agências e Associações nacionais e internacionais, entidades colectivas e singulares vêm canalizando seus apoios em prol da melhoria da qualidade dos serviços educacionais. Além disso, com eles temos vindo a colher experiências e aprendizagens tão importantes para o desenvolvimento de um sistema educativo sustentável, robusto, eficiente, eficaz e, acima de tudo, inclusivo. No caso concreto deste Manual de Didáctica da Matemática, ele faz parte de um leque de manuais elaborados no contexto do Projecto para a Expansão do Novo Currículo nos Institutos de Formação de Professores (PENCIFOP). No seu horizonte, o PENCIFOP se coloca o desafio de contribuir para o alcance de uma das mais importantes finalidades do nosso Sector – a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos do Ensino Primário. Para a consecução desse objectivo, o PENCIFOP dirige os seus esforços na melhoria do desempenho dos formandos, através do incremento da sua capacidade de leccionação, para o que se torna necessário a melhoria da capacidade de leccionação dos próprios formadores. Para assegurar o cabal cumprimento da sua missão, além de prestar assistência técnica no processo da elaboração dos manuais, prepara os formadores para a sua correcta utilização, provê formações dirigidas aos formadores e a técnicos pedagógicos, em especial no que concerne à leccionação de aulas mais interactivas e baseada em resolução de problemas. Estas acções, assim como os manuais elaborados no contexto deste Projecto, estendem-se, em termos de abrangência e utilização, a todas as instituições de formação de professores, assim como aos respectivos formadores. Por assim dizer, os esforços das acções desenvolvidas pelo PENCIFOP, que contam com a activo, determinado e profícuo apoio de peritos japoneses, pretende veicular entre formadores e futuros professores, na prática, um novo conceito de aula – a aula verdadeiramente centrada no aluno, aquela que, com base no seu trabalho, o aluno é incitado a promover a descobertas e, com base nessas descobertas, ele venha a elaborar o conhecimento que dele se espera. O sucesso na utilização deste Manual depende, em larga medida, da dedicação dos professores na interpretação correcta do que nele está preconizado. Desejamos, pois, uma utilização cuidadosa e criteriosa; criativa e profícua deste importante meio didáctico e que, tão cedo quanto possível, alcancemos os objectivos a que, com ele nos propomos. Conceita Ernesto Xavier Sortane Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano 5 Indice Capítulo I: Introdução à metodologia de ensino da Matemática .................................13 1. Introdução à metodologia do ensino da Matemática ......................................................13 2. Familiarização do programa do ensino da Matemática ..................................................15 3. Etapas de aula .................................................................................................................17 4. Avaliação no ensino da Matemática ................................................................................19 5. Planificação no ensino da Matemática ............................................................................22 6. Exercitação no ensino da Matemática .............................................................................23 7. O ensino do vocabulário básico da Matemática .............................................................25 8. Procedimento de aula simulada ......................................................................................26 9. Gestão do quadro preto e do caderno ..............................................................................31 Capítulo II: Números naturais e operações ....................................................................35 1. Objectivos da unidade .....................................................................................................35 2. Avaliação no ensino de números naturais e operações ...................................................35 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) ...............35 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) ...................................................................41 I. O número natural 1 (1ª classe) .........................................................................................41 II. Composição do número 10 (1ª classe) ......................................................................44 III. Adição de números naturais com transporte (1ª classe) ...........................................46 IV. Subtracção de números naturais com empréstimo (1ª classe) ..................................49 V. Multiplicação de números naturais: Introdução (2ª classe) .......................................51 VI. Multiplicação de números naturais: Multiplicação por 5 (2ª classe) .......................53 VII. Divisão de números naturais: Introdução (2ª classe) .............................................57VIII. Divisão de números naturais: Divisão com resto (3ª classe) ................................60 Capítulo III: Divisibilidade de números naturais ..........................................................63 1. Objectivos da unidade .....................................................................................................63 2. Avaliação no ensino da divisibilidade de números naturais ............................................63 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) ...............63 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) ...................................................................66 I. Múltiplo de um número (6ª classe) .............................................................................66 II. Múltiplos comuns de dois ou mais números (6ª classe) ........................................... 68 III. Divisor de um número (6ª classe) ...........................................................................70 IV. Divisores comuns de dois ou mais números (6ª classe) ..........................................72 Capítulo IV: Fracções .......................................................................................................75 6 1. Objectivos da unidade .....................................................................................................75 2. Avaliação no ensino de fracções .....................................................................................75 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) ...............75 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) ................................................................... 78 I. Noção de fracções (4ª classe) ..................................................................................... 78 II. Representação de fracções na semi-recta graduada (6ª classe) ................................. 80 III. Comparação de fracções com o mesmo denominador (5ª classe) ........................... 82 IV. Equivalência, simplificação e amplificação de fracções (6ª classe) ......................... 84 V. Adição de fracções com o mesmo denominador (5ª classe) ...................................... 87 VI. Subtracção de fracções com denominadores diferentes (7ª Classe) ....................... 89 VII. Multiplicação de fracções (7ª classe) ....................................................................91 VIII. Divisão de fracções (7ª classe) ..............................................................................94 Capítulo V: Números decimais e operações ....................................................................99 1. Objectivos da unidade .....................................................................................................99 2. Avaliação no ensino de números decimais e operações ..................................................99 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) ...............99 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................102 I. Noção de números decimais (5a classe) ....................................................................102 II. Composição e decomposição de números decimais (5ª classe) ..............................105 III. Comparação de números decimais usando a semi-recta graduada (6ª classe) .......107 IV. Relação de números decimais com fracções (6ª classe) .........................................109 V. Adição de números decimais (7ª classe) .................................................................. 111 VI. Subtracção de números decimais (7ª classe) ......................................................... 113 VII. Multiplicação de números decimais (7ª classe) .................................................... 115 VIII. Divisão de números decimais (7ª classe) ............................................................ 118 Capítulo VI: Razões e proporções .................................................................................121 1. Objectivos da unidade ...................................................................................................121 2. Avaliação no ensino de razões e proporções .................................................................121 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) .............121 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................123 I. Equivalência de razões (7a classe) ............................................................................123 II. Simplificação de razões (7a classe) ..........................................................................125 III. Aplicação da razão (7a classe) ................................................................................127 IV. Aplicação da proporção (7a classe).........................................................................129 Capítulo VII: Espaço e forma ........................................................................................131 7 1. Objectivos da unidade ...................................................................................................131 2. Avaliação no ensino de espaço e forma ........................................................................131 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) .............131 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................137 I. Construção de rectas paralelas (7a classe) ................................................................137 II. Medição de ângulos (medir e traçar) (4a classe) .....................................................139 III. Triângulos e quadriláteros (2a classe) .....................................................................141 IV. Soma dos ângulos internos de um triângulo (7a classe) ..........................................143 V. O quadrado e o rectângulo (2a classe) ......................................................................145 VI. Soma de ângulos internos de quadriláteros (7a classe)...........................................147 VII Planificação de um cubo (7a classe) .......................................................................150 Capítulo VIII: Grandezas e medidas ............................................................................153 1. Objectivos da unidade ...................................................................................................153 2. Avaliação no ensino das grandezas e medidas ..............................................................153 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) .............153 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................160 I. Conversão de medidas de comprimento (5ª classe) .................................................160 II. Área do rectângulo e do quadrado (4a classe) ..........................................................162 III. Área do triângulo (5ª classe) ..................................................................................164 IV. Relação entre o perímetro da circunferência e o seu diâmetro (7a classe) ............167 V. Área do círculo (7ª classe) .......................................................................................169 VI. Volume do prisma rectangular (5ª classe) .............................................................172 VII. Volume de uma pirâmide (7a classe) .....................................................................175 VIII. Conversão de unidades de tempo (5ª classe) ...................................................... 178 Capítulo IX: Percentagem .............................................................................................. 181 1. Objectivos da unidade ................................................................................................... 181 2. Avaliaçãono ensino de percentagem ............................................................................ 181 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) ............. 181 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) ................................................................. 184 I. Relação entre fracções, números decimais e percentagem (5ª classe) ..................... 184 II. Uma quantidade como percentagem de outra quantidade (6ª classe) ..................... 187 III. Desconto (7ª classe) ............................................................................................... 189 Capítulo X: Correspondência ........................................................................................191 1. Objectivos da unidade ...................................................................................................191 2. Avaliação no ensino de correspondência ......................................................................191 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) .............191 8 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................194 I. Relação entre duas grandezas cuja soma é constante (7a classe) ..............................194 II. Relação entre duas grandezas cujo quociente é constante (7a classe) .....................196 III. Relação entre duas grandezas cujo produto é constante (7a classe) ....................... 198 Capítulo XI: Tabelas e gráficos e estatística .................................................................201 1. Objectivos da unidade ...................................................................................................201 2. Avaliação no ensino de tabelas e gráficos e estatística..................................................201 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) .............201 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) .................................................................203 I. Construção de uma tabela e pictograma (4ª classe) ..................................................203 II. Interpretação de um gráfico de barras (7a classe) ....................................................206 III. Construção de um gráfico de linhas (7a classe) ......................................................209 IV. Construção de um gráfico circular (7a classe) ........................................................212 V. Média aritmética (7a classe) .....................................................................................215 Modelos de Planos de Aulas e de gestão do quadro .....................................................217 9 Introdução O Manual de Didáctica da Matemática é complementado pela unidade curricular “Resolução de Problemas Matemáticos” cujo principal objectivo é praticar estratégias de desenvolvimento do gosto pela Matemática no Ensino Primário, através de técnicas criativas de resolução de problemas. Neste Manual, os futuros professores terão a oportunidade de trabalhar com o Programa de Matemática do Ensino Primário. Analisarão as competências, princípios, finalidades, experiências e processos matemáticos. Delinearão a natureza das tarefas e conhecerão diferentes materiais estruturados e não estruturados, bem como a sua funcionalidade e objectivos. Os formandos deverão saber planificar de acordo com os programas de Matemática do Ensino Primário, construindo e usando, adequadamente, meios didácticos e instrumentos de avaliação. 1. Competências a desenvolver no Manual • Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável e democrática, os valores universais e os direitos da criança; • Comunica adequadamente, em vários contextos; • Age de acordo com os princípios éticos e deontológicos associados à profissão docente; • Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; • Demonstra domínio dos conhecimentos das Ciências da Educação, relacionados com o Ensino Primário; • Planifica e medeia o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) de modo criativo, reflexivo e autónomo; • Avalia necessidades, interesses e progressos dos alunos, adaptando o PEA à sua individualidade e ao contexto; • Desenvolve e utiliza estratégias e recursos didácticos estimulantes para situações concretas de aprendizagem; • Promove o auto-desenvolvimento profissional e envolve-se num trabalho cooperativo, colaborativo e articulado. 10 2. Resultados de aprendizagem do Manual • Utilizar os diversos materiais estruturados e não-estruturados no ensino da Matemática; • Aplicar os princípios didácticos no PEA da Matemática; • Utilizar os conhecimentos da Matemática, para a resolução de problemas relacionados com o meio social da criança, jovem e adulto; • Planificar e agir como mediador do PEA, evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e de didáctica de ensino da Matemática; • Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho de cada um dos alunos; • Produzir, ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades; • Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo; • Analisar criticamente manuais escolares do Ensino Primário, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem. 3. Estrutura do Manual O presente Manual de Didáctica da Matemática para a formação de professores do Ensino Primário, contempla capítulos e sub-capítulos que garantem a cobertura de todas as unidades temáticas prescritas nos programas das diferentes classes do Ensino Primário. O Manual é composto por onze (11) capítulos e um anexo com uma amostra de planos de aulas e de gestão de quadro. No capítulo I, o Manual faz referência aos seguintes pontos: - Introdução à metodologia do ensino da Matemática, onde são arrolados os objectivos do ensino da Matemática, a relação entre a Matemática e as outras áreas do conhecimento e por fim faz-se menção aos conhecimentos da Matemática da criança na fase pré-escolar; - Familiarização do programa de ensino da Matemática; - Etapas de aula; - Avaliação no ensino da Matemática; - Planificação no ensino da Matemática; - Exercitação no ensino da Matemática; 11 - O ensino do vocabulário da Matemática; - Procedimento de aula simulada. Do capítulo II à XI, o Manual apresenta a seguinte estrutura: - Objectivos da unidade; - Avaliação; - Tabela e mapa conceptual de didáctica; - PEA. No fim, o Manual apresenta um anexo, composto por planos de aulas e de gestão de quadro. 4. Como usar o Manual O Manual de Didáctica da Matemática é propriedade das instituições de formação de professores e é um instrumento fundamental para o desenvolvimento das aulas desta disciplina/Unidade Curricular. A instituição de formação é responsável por manter e gerir os manuais na biblioteca ou noutro local adequado, do qual, os formandos poderão requisitá-los, a título de empréstimo para fins de estudo e pesquisa. No final deste período, os formandos devolverão os manuais à instituição de formação. O Manual foi desenvolvido considerando os Programas do Ensino Primário 2015, resultantes da revisão pontual realizada pelo INDE e do Plano Curricular do Curso de Formação de Professores para o Ensino Primário. Os formadores deverão ajustar as suas aulas aos conteúdos estabelecidos no currículo vigente, especificamente, ajustando as suas aulas às competências, conteúdos e horas atribuídas. Os manuais serão carregados para um site que será indicado para que os formandos possam ter acesso, desde que tenham os dispositivos tecnológicos ligados à internet e uma chave (password) atribuída pela instituição. Após tornarem-se professores do Ensino Primário, os formandos poderão usar os conteúdos do Manual para a leccionação das aulas. 13 Capítulo I: Introdução à metodologia de ensino da Mate- mática1. Introdução à metodologia do ensino da Matemática Matemática é o nome genérico do latim Matemática, com origem num vocábulo grego que, traduzido, significa “conhecimento”. A Matemática é a ciência dedutiva que se dedica ao estudo dos números, símbolos, figuras geométricas e propriedades das entidades abstractas, não quantitativas e das suas relações. No quotidiano recorreremos à Matemática, mesmo de forma inconsciente. Por exemplo, quando vamos ao mercado e compramos um quilo de cebola, o vendedor diz-nos o preço e fazemos imediatamente um cálculo básico para saber com que nota pagar e quanto iremos receber de troco. O vínculo com esta ciência pode ser evidente, como no caso da engenharia, ou menos evidente, como na medicina ou na música. Esta ciência organiza-se em diferentes áreas de estudo: - Aritmética (o estudo dos números); - Geometria (o estudo dos segmentos e das figuras); - Álgebra (o estudo das estruturas); - Estatística (a análise de dados recolhidos), entre outras. Segundo D´Ambrósio (1990:16-19) “as razões do estudo da Matemática em todos os cur- rículos escolares circunscrevem-se em: ter valor utilitário, valor cultural, valor formativo, valor sociológico e valor estético. Nesta unidade temática, serão abordados, além dos objec- tivos da disciplina, assuntos que o ajudarão a perceber que a Matemática não é tão diferente das disciplinas dos currículos escolares e pode ser entendida de igual forma por todas as crianças”. (1) Objectivos do ensino da Matemática A Matemática desempenha um papel decisivo na resolução de problemas da vida diária. É um instrumento poderoso para o conhecimento do mundo, domínio da natureza, construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Favorece também a formação de capaci- dades intelectuais, a estruturação do pensamento e a agilização do raciocínio do aluno. Ao terminar o Ensino Básico, pretende-se que o graduado tenha conhecimentos básicos da Ma- temática e seja capaz de aplicá-los na resolução de problemas do quotidiano. Assim, como objectivos gerais, o graduado deve: • Compreender os conceitos de número, medidas, espaço, lógica e relações; 14 • Ter a capacidade de aplicar uma variedade de processos, tais como comparação, classi- ficação, resolução de problemas, abstracção e generalização; • Ter capacidade de aplicar os processos matemáticos, através de esforço individual ou cooperativo, na solução de questões rotineiras e de problemas pouco comuns, quer do ponto de vista teórico, quer por via de aplicação no quotidiano; • Ser capaz de pensar e julgar independentemente, formular hipóteses aceitáveis e reflec- tir criticamente na sua qualidade e validade; • Compreender, interpretar, ler, falar e escrever em linguagem matemática; • Dominar o cálculo mental, métodos rigorosos e de aproximação de cálculo; • Ser capaz de apreciar e compreender o lugar da Matemática no mundo e da sua larga aplicação noutras disciplinas; • Ter interesse e perseverança na procura de soluções em situações problemáticas; • Ter interesse e atitude positiva em relação à Matemática. (2) Relação da disciplina de Matemática com outras Neste conteúdo pretende-se que o formando reflicta sobre o relacionamento que existe entre as várias disciplinas do Ensino Primário. Desta forma, serão apontados alguns exemplos que mostram a estreita ligação da disciplina de Matemática com as outras. Na disciplina de Ciências Sociais a Matemática é usada para indicar o tempo por meio de gráficos, localização no espaço e no tempo de certos acontecimentos, dados estatísticos so- bre a natalidade e a mortalidade, a densidade populacional e outros. Na de Português, a Ma- temática é usada em diferentes contextos, tais como: Quantificação de orações, de períodos num parágrafo, de parágrafos num texto, etc. Este facto verifica-se em todas outras discipli- nas. O mesmo acontece em relação a utilidades das outras disciplinas na própria Matemáti- ca. Na resolução de problemas do dia-a-dia a Matemática precisa de outras disciplinas. Por exemplo, a língua que se usa para ensinar a Matemática é o Português. O intervalo entre os acontecimentos e as distâncias entre lugares (C. Sociais) são usados pela Matemática para dar significado aos números na resolução de problemas. (3) Conhecimentos da Matemática da criança na fase pré-escolar Uma criança antes de entrar na escola primária tem muitos conhecimentos matemáticos que se observam nas actividades do seu dia-a-dia. Constata-se que nas brincadeiras da criança 15 que ela lida com muitos aspectos matemáticos de uma forma informal. Por exemplo, conhe- cimentos sobre quantidades, tamanhos, distância, adição, subtracção, divisão, medição de comprimentos, comparação de tamanhos e de quantidades, etc. Para um professor menos atento, estes conhecimentos podem passar despercebidos. Porém, eles devem servir como ponto de partida para a abordagem formal de qualquer conceito da Matemática. Considerando que uma criança tem esses conhecimentos informais, cabe ao professor orientar os alunos a transformá-los em conhecimentos formais, isto é, que o professor deve ser capaz de, a partir dos saberes das próprias crianças, abordar os diferentes conceitos da Matemática de forma formal. Um exemplo que mostra que a criança tem muitos conhecimentos matemáticos é o facto de ela entrar na escola enquanto já sabe contar, na sua língua. Apesar deste facto, entre profes- sores tem sido comum, levar muito tempo a “ensinar” à crianças a contar. Talvez fosse útil aproveitar o tempo, ensinando a decompor os números, contar progressiva e regressivamen- te. Esta contagem como tal, precisa de ser desenvolvida porque a partir dela se ensina muitos aspectos matemáticos, como é o caso do cálculo mental, a adição e subtracção de números dentro do limite. Qualquer aspecto que o professor precisa de abordar na sala de aula deve, em primeiro lugar, explorar as potencialidades que os seus alunos possuem para servirem como ponto de partida para a aquisição de conceitos formais da disciplina de Matemática. 2. Familiarização do programa do ensino da Matemática Aqui terá oportunidade de se familiar com o programa do ensino da Matemática no Ensino Primário. Poderá ver a estrutura do programa, os conteúdos do Ensino Primário nos dife- rentes ciclos de aprendizagem e em todas classes do mesmo nível de ensino. Os programas do ensino da Matemática são materiais de estudo para o professor e constituem guias para o seu trabalho. Com estes programas pretende-se que o Ensino Primário em Moçambique seja relevante e torne o aluno moçambicano capaz de servir a sua sociedade, sem pôr de parte as particularidades individuais dos diferentes grupos sociais factor de coesão social. • Estrutura do programa da Matemática De uma forma geral, o programa do Ensino Básico (Ensino Primário), está estruturado da seguinte maneira: 16 (1) Introdução • Porquê ensinar a Matemática. • Perspectivas metodológicas. (2) Objectivos gerais • Objectivos gerais do ensino da Matemática no Ensino Primário; • Objectivos gerais do ensino da Matemática no grau (1º e 2º grau); • Objectivos gerais do ensino da Matemática no ciclo (1º, 2º e 3º ciclo); • Objectivos gerais do ensino da Matemática na classe (1ª a 7ª classe). (3) Carga horária No programa do ensino da Matemática está apresentado a carga horária tendo em conta as escolas primárias em regime de três turnos e as de dois turnos. (4) Avaliação (5) Mapa temático (6) Sugestões metodológicas • Identificação de conteúdos do Ensino Básico nos diferentes ciclos e classes No programa do ensino da Matemática de todos os ciclos de aprendizagem, e em cada classe estão apresentados, na terceira coluna, os conteúdos da disciplina de Matemática. Os con- teúdos da disciplina estão entre os objectivos específicos e as competências básicas. Alguns destes são abordados noutras disciplinas de uma forma transversal. Os conteúdos da discipli- na de Matemática foram apresentados de uma forma sequenciada, e relacionam-seentre si. Atendendo que é obrigação do professor saber o que deve ensinar e saber um pouco mais do que vai abordar com os alunos, é importante que estude com profundidade e tenha domínio dos conteúdos do Ensino Primário porque estes são a base do seu trabalho diário. 17 3. Etapas de aula (1) Resumo da etapa de aula Para a condução do PEA da Matemática são usados, frequentemente, os seguintes métodos: Elaboração conjunta e método indutivo. A. Revisão da aula passada B. Compreensão do desafio da aula C. Solução do desafio da aula D. Elaboração do resumo geral E. Realização de exercícios (2) Explicação de cada etapa A. Revisão da aula passada • Professor verifica o nível de compreensão dos alunos e problemas decorrentes do tema anterior com o objectivo de prepará-los para o novo conteúdo. Para atingir o objectivo anteriormente indicado vai colocar perguntas aos alunos, orientar a correcção do TPC; • Interligação dos conhecimentos anteriores e novos. B. Compreensão do desafio da aula • O professor apresenta o tema em forma de problema para impulsionar a moti- vação e despertar o entusiasmo dos alunos bem como criar um ambiente favo- rável para um debate aberto; • O professor apresenta e explica aos alunos a actividade a ser realizada (trabalho individual, trabalho em grupo); • Indica os processos da actividade; • O professor coloca uma situação-problema para ser resolvida pelos alunos re- correndo a imagens, desenhos e fotografias; • Os alunos reflectem em torno do problema colocado; • Especificação da actividade a ser realizada (colocar a metodologia, colocar imagens); • Orientação para a descoberta do novo conhecimento. 18 C. Solução do desafio da aula • O professor fixa cartazes no quadro; • O aluno realiza trabalho individualmente; Nota bem: i) O professor deve considerar a realização do trabalho individual como preparação para a participação significativa, activa do aluno no trabalho em grupo que vai realizar, entretanto, o professor deve perceber que o mais importante não é necessariamente a discussão ou debate no grupo, mas sim, o modo como o aluno pensa, raciocina, medita e coloca hipóteses, analisa, reflecte diante duma situação-pro- blema. Entretanto, estas operações numa primeira fase requerem um exercício mental; ii) O aluno define sua própria ideia e procedimento, expressa claramente como se desenrola a sua ideia, planifica o método de resolução do problema. Neste momento o professor analisa os diferentes pensa- mentos dos alunos e faz a avaliação formativa. • Resolução e execução de actividade; • Os alunos realizam trabalho em grupo debatendo o problema, comparam as suas ideias as diferentes formas de pensar. Neste processo eles devem aceitar os outros pontos de visa e ideias de modo aprofundar as suas próprias ideias; • Controle de actividades dos alunos. Nesta etapa, o professor passa de grupo em grupo para verificar o curso do debate, experiência, demonstração. Nota bem: O professor coloca perguntas aos alunos com o objectivo de: i) Verificar o modo como os alunos descobrem as estratégias de resolu- ção do problema; ii) Verificar o nível de compreensão da actividade e como os alunos ex- plicam as suas ideias. D. Elaboração do resumo geral • Apresentação das conclusões dos alunos. Nota bem: i) Nesta etapa o professor orienta os alunos a apresentar os resultados das seus debates no quadro; 19 ii) É necessário conceder espaço de tempo para que todos os alunos apre- sentem o resultado do seu debate valorizando os seus conhecimentos; iii) O professor coloca perguntas aos membros do grupo de forma que os alunos esclareçam o modo de pensamento havido na resolução do problema e as perguntas que o professor coloca. • Uso do livro didáctico para a comparação dos resultados. Nota bem: i) O professor orienta aos alunos para abrir o livro didáctico de modo a verificar e a comparar os seus resultados; ii) O professor orienta aos alunos para registar o resultado da aprendiza- gem nos seus cadernos. • Uso/selecção dos resultados obtidos nos grupos para a elaboração do resumo (anexar uma figura, imagem, esclarecer o sentido desta frase, usar a lingua- gem simples para facilitar a compreensão). Detalhar todos os passos incluindo exemplos, extrair imagens do plano de aula. E. Realização de exercícios • Realização de exercícios. Nota bem: i) Os alunos realizam exercícios com o objectivo de consolidar os co- nhecimentos e descobrir as diferentes formas de resolução dos pro- blemas matemáticos formulados; ii) O professor marca o trabalho de casa; iii) O professor observa com cuidado os exercícios resolvidos e as es- tratégias usadas pelos alunos com o objectivo de fazer a avaliação formativa. 4. Avaliação no ensino da Matemática Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de progres- são por ciclos de aprendizagem e etapas de aula, tendo em conta que a avaliação faz parte do PEA. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas pelos alunos correspondem às competências preconizadas no programa de Ensino. A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo, com 20 vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do PEA. A avaliação permite: • Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no programa; • Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da Matemática, melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e procurando so- luções para os problemas identificados; • Controlar o desempenho do aluno no PEA, a fim de se detectar “falhas” e encontrar es- tratégias de recuperação, em função das competências, conteúdos, estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma; • Auto-avaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção. A avaliação deve estar presente em todos os momentos do PEA, isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática. De uma forma geral, o PEA recorre a três tipos de avaliação: Diagnóstica, Formativa e Sumativa. (1) Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lecti- vo, semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e capacidade. Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam que todos os alunos desenvol- vam as competências previstas no programa e, por outro, delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados. Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou tur- ma. O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individual- mente, embora não se lhes atribua uma classificação. (2) Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do PEA. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de alcance das competências definidas no programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez mais nos estudos. A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos. Neste tipo de avalia- 21 ção, os critérios a adotar incluem uma auscultação e uma ligaçãodirecta com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou re- lações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente. (3) Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de ensino, ano lectivo ou curso. Este tipo de avaliação é aplicado em diver- sos estágios do PEA da Matemática e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e expressão oral e escrita, por outro. É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras. Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expres- sa quantitativamente, numa escala de zero a vinte valores. A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de apren- dizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma pro- gressão por ciclos de aprendizagem. Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente formativa, onde o PEA está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em ter- mos de competências parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retro-alimentação do PEA. Assegurada a avaliação formativa, o que significa que se tenha providenciado a recupera- ção dos alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promo- ver para os estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso. De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em coordenação com o director da escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas. O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no PEA se relacionem de forma integrada. 22 5. Planificação no ensino da Matemática A planificação de uma aula é uma dos conteúdos da disciplina de Psico-pedagogia. Como é sabido, as disciplinas de formação de professores relacionam-se entre si. Deste modo não deve constituir uma dificuldade o aparecimento deste assunto na Didáctica da Matemática. Aqui, este assunto não será tratado na sua íntegra pois o que interessa é saber o que significa planificar uma aula de Matemática. Na planificação de uma aula de Matemática não basta a selecção do tema, definição de ob- jectivos específicos em função do tema, indicação de funções didácticas e do tempo em cada função. Planificar uma aula de Matemática é, acima de tudo, saber seleccionar as perguntas e os exercícios que permitem lhe compreender os conceitos matemáticos e por fim atingir os objectivos previamente definidos. A selecção das perguntas e dos exercícios para a aborda- gem de um tema de Matemática é uma das fases cruciais na planificação de uma aula nesta disciplina mas esta actividade não é suficiente, pois se torna necessário simular a aula, ou seja, supor qualquer repostas e reacções da parte de crianças previamente antes de entrar na sala de aulas. A planificação de uma aula de Matemática, fora da selecção do tema, definição de objectivos específicos, indicação de funções didácticas e do tempo, significa ainda a selecção e a re- solução possíveis das perguntas e os exercícios que servirão de exemplos na abordagem do conteúdo. A seguir apresenta-se um exemplo de plano de uma aula de Matemática em que para além dos diferentes elementos de um plano de aula, estão contidos alguns perguntas e exercícios. • Um exemplo de plano de aula (figura) 23 6. Exercitação no ensino da Matemática Tomando como base a definição do termo, Exercitação é o acto de praticar uma habilidade ou capacidade já adquiridas. Como se pode ver, este exercício é muito importante para todas as disciplinas porque é que permite a consolidação e a solidificação dos conhecimentos dos alunos. Neste subcapítulo vai-se fazer uma abordagem do conceito com maior enfoque ao princípio de elevação sistemática de nível de dificuldades, tipo de exercícios (testes) e elaboração e resolução de problemas. A exercitação é o acto de praticar uma habilidade ou capacidade para permitir o seu aperfei- çoamento. A Matemática é uma disciplina que, além de actividades práticas e concretas, envolve muitas outras que exigem a abstracção. É neste contexto que a exercitação se torna cada vez neces- sária para o aperfeiçoamento dos conhecimentos adquiridos na disciplina. Todos conceitos matemáticos requerem a integração de tarefas (exercícios) específicas para a solidificação dos conhecimentos. Tomando em consideração o princípio de que o ensino é centrado no aluno, o conjunto de regras matemáticas e procedimentos matemáticos devem ser formula- dos pelos próprios alunos e cabe ao professor, o papel de mediador do processo. Assim, mais uma vez se mostra a importância da exercitação na disciplina. • Tipos de exercícios Na disciplina de Matemática existem exercícios que, pela sua natureza, não se diferem dos de outras disciplinas (exercícios de testes objectivos e testes subjectivos). Exercícios ob- jectivos são aqueles em o aluno escolhe uma resposta entre alternativas possíveis. Neste podemos encontrar: (1) Múltipla escolha que consiste em apresentar uma afirmação incompleta, seguida de vá- rias alternativas, das quais apenas uma é que completa a ideia, ou seja, apenas uma é que é sentença verdadeira. (2) Verdadeiro-Falso que consiste em apresentar várias afirmações para indicar a certas e as erradas. (3) Associação consiste em apresentar duas relações de frases, palavras ou símbolos para que os alunos liguem (associem) os conceitos relacionados. (4) Exercício de completar espaços vazios (lacunas): Este tipo de exercícios consiste em apresentar frases em que falta palavras ou expressões importantes para as dar sentido e que cabe aos alunos completá-las. 24 (5) Exercício de evocação: Consiste em apresentar perguntas que exigem respostas conci- sas, curtas e indiscutíveis. (6) Exercício de Identificação: Trata-se de um exercício em que apresenta uma tabela, grá- fico ou eixo cartesiano para o aluno identificar o que se solicita. (7) Exercício de ordenação: Este tipo de exercício consiste em apresentar uma série de con- ceitos que devem ser colocados, podendo ser a cronologia (crescente ou decrescente) complexidade ou a importância. Exercícios subjectivos são exercícios que devem ser respondidos pelos alunos a partir das suas próprias palavras, baseando nos conhecimentos já adquiridos. Este tipo de exercícios também podem ser chamado exercícios dissertativos. São exercícios que devem ser formula- dos de forma clara, mencionando as habilidades desejadas, usando termos como: compare, relacione, descreva, argumente, resolva, explique, defina, resuma, etc. Na medida do possível, ao elaborar um teste precisamos de observar estes pormenores para permitir que os exercícios que constituem o teste sejam mais dinâmicos, encorajadoras e interessantes. • Princípio de elevação sistemática do nível de dificuldadeOs primeiros testes são determinantes para a vida do aluno. O resultado que ele obtém na primeira avaliação é que dita o sucesso ou insucesso no desenvolvimento da vida estudantil do aluno. Daí que é muito bom começar por testes com menor dificuldades e, a medida que o tempo vai passando, elevar o nível de dificuldade. A elevação do nível de dificuldades é muito importante porque permite que o aluno desenvolva novas estratégias para resolver o mesmo problema apresentados em situações diversificadas. O mais difícil nem sempre é um factor desencorajador para o processo de ensino. Este pode desempenhar o papel motivador para a definição de estratégias mais sofisticadas na resolução de problemas da vida. A eleva- ção de nível de dificuldades deve ter em conta vários factores (classe, idades, ambiente das crianças, e outros). Estes factores permitem que a apresentação e resolução de exercícios se baseiem no princípio do fácil ao mais difícil. • Valorização de erros dos alunos Para que o professor possa ajudar ao aluno precisa de analisar minuciosamente os erros que eles cometem. A partir de uma análise cuidadosa dos erros dos alunos o professor pode ter bases para a redefinição de estratégias para a superação de dificuldades. Estes erros podem mostrar a origem do problema que podem estar ligados a forma como o conceito matemático foi abordado pelo professor ou as lacunas do aluno na compreensão do assunto em causa. Tanto num como noutro caso, a responsabilidade é do professor na redefinição de estratégias para a superação dos erros dos alunos. 25 7. O ensino do vocabulário básico da Matemática Cada disciplina possui um conjunto de termos específicos que, por vezes, só têm sentido quando usando no contexto. A disciplina de Matemática não foge da regra. Esta tem um conjunto de termos que são usados em contextos matemáticos, embora sejam termos usados noutras com o mesmo significado. No contexto matemático existem termos ou expressões que as crianças usam muito antes de frequentar a escola e que têm uma relação com a Ma- temática informal. São estes termos que, com o seu aproveitamento, permitem a que apren- dam a Matemática com muita facilidade. Estes termos ou expressões (vocabulário básico de Matemática) devem servir de ponto de partida para a leccionação de Matemática formal. • Conceito de vocabulário básico Vocabulário básico de Matemática é o conjunto de termos ou de expressões matemáticas que a criança precisar desenvolver para garantir uma aprendizagem efectiva de Matemática. Este conjunto de termos ou expressões, a criança não aprende na escola. Ela apenas desenvolve este conhecimento porque entra na escola enquanto já o tem. O tratamento deste conceito deve ser feito a partir de actividades lúdicas (jogos e desenhos) dentro e fora da sala de aulas. • Noções de quantidade, tamanho, posição, distância, direcção e sentido e de peso Existem 6 (seis) categorias de vocabulário básico a desenvolver nos alunos: i) Quantidade - Muito/pouco, mais/menos, tanto como, cheio/vazio, mesmo, algum, nenhum, pôr/ tirar, aumentar/diminuir, juntar/separar. ii) Tamanho - Grande/pequeno, maior/menor, igual, comprido/curto, alto/baixo, largo/estreito, grosso/fino. iii) Posição - Esquerda/directa, a frente/atrás, em cima/em baixo, dentro/fora, antes/depois, inte- rior/exterior, primeiro/último, entre, à volta de, ao lado, na fronteira. iv) Distância - Perto/longe, aqui, ali, lá, próximo, afastado. v) Direcção e sentido - Para esquerda/para directa, para frente/para atrás, para cima/para baixo, para dentro/ para fora, para interior/para exterior. vi) Peso - Pesado/leve. 26 • Importância e relação do vocabulário básico com os conceitos matemáticos Como pode ter se apercebido, o conjunto de termos ou expressões que constituem o vo- cabulário básico é um conhecimento ligado à Matemática informal. Estes conhecimentos aprendidos informalmente em casa servem de base para a aquisição de saber matemático formal. Deste modo, o vocabulário aqui tratado torna-se muito importante porque serve de base para o tratamento formal de todos os conceitos matemáticos na escola. Por exemplo, as noções de muito/pouco ou de mais/menos, uma vez bem desenvolvidas, permitem que a criança possa aprender a adicionar e a subtrair com muita facilidade dado que ela vai saber que ao adicionar terá “muitos” ou “mais” e ao subtrair o resultado será “poucos” ou “menos” do que o número onde se fez a subtracção. 8. Procedimento de aula simulada (1) Procedimento de aula simulada através do estudo da aula As aulas simuladas da disciplina de “Didáctica da Matemática” são realizadas em confor- midade com a carga horária determinada para cada capítulo deste módulo (de II a XI). Uma aula é leccionada entre 20 e 45 minutos e deverá ser complementada por uma análise de aula, a qual também prevê a duração entre 20 e 45 minutos. Ao realizar uma aula simulada, não podemos deixar de lado a análise da aula, na qual todos os participantes da mesma discutem sobre a aula simulada. O método de implementação da aula simulada e análise da aula em- pregue nesta disciplina chama-se “Estudo da Aula”. Pode-se definir o estudo da aula como uma actividade dos professores (em formação & em exercício) que visa a melhoria das suas aulas. O estudo da aula envolve planear a aula, apresentar uma aula e reflectir sobre a aula. O estudo da aula é um processo cíclico contínuo, que consiste em Planear a aula, Realizar a aula e Analisar a aula. O estudo da aula envolve a colaboração de professores na mesma área de aprendizagem. O estudo da aula é um pro- cesso interpar de aprendizagem de professores, portanto, o respeito profundo por outros é importante. O estudo de aula não é uma avaliação de professores. O estudo da aula apoia professores que tentam aplicar novos métodos de ensino na superação dos seus desafios ou são principiantes em actividades de ensino. 27 Figura 1. Processo do estudo da aula Objectivo do estudo da aula i) Desenvolvimento profissional de professores. ii) Partilha de boas práticas entre professores. iii) Reforço das competências de ensino através da prática de reflexão. iv) Desenvolvimento de uma comunidade de aprendizagem através de trabalho colabora- tivo entre professores. v) Reduzir a lacuna entre o currículo desejado e o currículo implementado; e entre o currículo implementado e o currículo alcançado. Benefícios do estudo da aula para professores i) Ruptura do isolamento e desenvolvimento de equipas. ii) Melhoria das competências de ensino. iii) Reforço do conhecimento dos conteúdos. iv) Maior consideração do pensamento e entendimento de alunos. v) Partilha de boas práticas. vi) Planeamento para o desenvolvimento de competências de alunos. vii) Aulas centradas no aluno. 28 viii) Elevado sucesso na concretização de resultados. Processo do estudo da aula O processo de estudo da aula consiste em três partes principais, nomeadamente, Planificar a aula, Realizar a aula e Analisar a aula. i) Planificar a aula Planificar a aula em grupo. Identificar os desafios dos formadores e dos formandos. Explorar o conteúdo através do currículo. Considerar os requisitos do currículo. Desenvolvimento e testagem do material. Seleccionar o método de avaliação. Simular a aula. ii) Realizar a aula O orador apresenta e distribui o plano de aula e a ficha de trabalho aos observadores. A aula é apresentada por um dos formadores e os outros colegas observam a aula. Os observadores devem reter o que o formador e os alunos fazem (fala, escrita e atitudes do aluno). Observando os pontos positivos e áreas para melhoria da aula. iii) Analisar a aula Primeiramente, os observadores indicam os pontos positivos da aula. Não critique o orador, ao invés disso, analise a aula e faça comentários construtivos. O orador deve resistir a tentação de defender-se enquanto a aula estiver sob crítica. Ele ela deverá explicar quando solicitado. O moderador da sessão deverá, preferencialmente,ser alguém que não esteve envol- vido no planeamento da aula. Isto irá reforçar a objectividade da crítica. O escrivão regista a discussão. Procedimento da análise da aula i) Primeiramente, o facilitador (formador do IFP ou formando designado pelo mesmo) irá permitir que o orador (condutor da aula simulada) avalie a aula, dando a sua pers- pectiva. A auto-avaliação deve centra-se nos objectivos estabelecidos para a aula, 29 o quanto foram alcançados, os pontos fortes e os desafios da apresentação e como pensa que poderá superá-los de modo a melhorar a aula. ii) Após os comentários dos formadores, os observadores serão dados a oportunidade de dar as suas contribuições. iii) Os observadores deverão começar por mencionar os pontos positivos/bons. iv) Quando os pontos positivos da aula tiverem acabado, deve-se listar os resultados da observação e desafios. Os desafios ou desafios da aula apontados deverão ser acom- panhados por recomendações de como melhorar a situação. v) Numa fase introdutória do estudo da aula, os desafios podem não ser notados. Dê apenas sugestões. vi) No fim da sessão, deve-se agradecer ao orador pelos seus esforços e coragem de planear e apresentar a aula a outros formadores. (2) Folha exemplar de avaliação de aula simulada Esta folha pode também ser usada para avaliar a aula simulada e podemos também referir- nos ao mesmo para comentar sobre a aula observada na análise da aula. Todavia, a folha não é obrigatoriamente ou necessariamente aplicada na aula simulada ou análise da aula. A folha é apenas um dos recursos úteis para a análise da aula. 30 Ficha de assistência de aula simulada Data da aula simulada _____________________________ Tema da aula simulada ______________________________ Nome do IFP _____________________________ Nome do professor de demonstração ______________________________ Nome do observador _____________________________ Ocupação do observador (professor/formando/outros) _____________________________ ■ Para cada item de observação, marque com (✓) a caixa com o indicador de desempenho que descreve adequadamente o nível de desempenho do professor de demonstração. I. Introdução Fraco Razoável Bom Excelente I-1 O professor de demonstração indica claramente o(s) objectivo(s), mas que não são relevantes para a competência mencionada nos Programas do Ensino Primário. O professor de demonstração não indica o(s) objectivo(s) da aula. O professor de demonstração in- dica claramente o(s) objectivo(s), mas que não são relevantes para a competência mencionada nos Programas do Ensino Primário. O professor de demonstração in- dica claramente o(s) objectivo(s), que são relevantes para a compe- tência mencionada nos Programas do Ensino Primário. Além do nível Bom, o(s) objecti- vo(s) estão conectados com o co- nhecimento/habilidade anterior dos alunos. I-2 A introdução da aula está relacionada aos principais conteúdos da mesma. (Interesse/atitude) O professor de demonstração não fornece nenhuma actividade introdutória ou fornece as activi- dades que não possuem vínculo com a aula. O professor de demonstração realiza actividades introdutórias, revendo o conhecimento prévio que os alunos já aprenderam que se relaciona com a aula. O professor de demonstração realiza actividades introdutórias, revendo o conhecimento prévio dos alunos e despertando o inte- resse dos mesmos. Além do nível Bom, as activi- dades introdutórias estão rela- cionadas a tópicos/assuntos da vida diária. II. Corpo Fraco Razoável Bom Excelente II-1 As explicações e instruções dadas na aula são muito compreensíveis. O professor de demonstração não explica claramente na aula. O professor de demonstração explica claramente, mas não usa linguagem correcta/simples para que os alunos do "nível primário" possam entender facilmente. O professor de demonstração ex- plica o uso de linguagem correta/ simples para que os alunos do "nível primário" possam entender facilmente. Além do nível Bom, o professor de demonstração explica usando analogias, vários exemplos e ajustando o nível da linguagem de acordo com o nível de cada aluno. II-2 A oportunidade de aprendizagem dos alunos é assegurada. O professor de demonstração é o principal actor/actriz e os alunos são apenas o público da aula. Ou, o professor de demonstração dá algumas actividades de aprendi- zagem, mas irrelevantes para os pontos centrais da aula. O professor de demonstração dá aos alunos algumas actividades de aprendizagem relevantes para os pontos centrais da aula, mas poucos alunos estão activos. O professor de demonstração dá aos alunos actividades de aprendi- zagem suficientemente relevantes para os pontos centrais da lição, e muitos alunos se juntam às ac- tividades. Além do nível de Bom, muitos alunos, por si mesmos, pensam e compartilham ideias nas acti- vidades. II-3 Os conteúdos da matéria (factos, con- ceitos, princípios, teorias, habilidades de pensamento, habilidades manipu- lativas, valores, etc.) são apresentados correctamente . * Nota: A correcção do idioma não é considerada neste critério. O professor de demonstração co- meteu erros profundos nos conteú- dos da matéria. O professor de demonstração cometeu pequenos erros nos con- teúdos da matéria. O professor de demonstração apresenta correctamente os con- teúdos da matéria e as sequências dos tópicos/questões em ordem de dificuldade. Além do nível de Bom, o pro- fessor de demonstração mostra conceitos básicos relacionados ao tema além do livro didáctico e associa o conhecimento pré- vio dos alunos e os conteúdos das aulas. II-4 As perguntas do professor foram ade- quadamente levantadas para os alunos e suas respostas foram baseadas no pensamento de ordem superior. O professor de demonstração não faz perguntas ou pergunta apenas perguntas fechadas, como a per- gunta "sim-não". O professor de demonstração faz perguntas equilibradas e abertas com as pausas apropriadas e so- licita que voluntários respondam. Além do nível Aceitável, o forma- dor de demonstração levou muitos alunos a responder a questão de como/por quê. Além do nível Bom, o formador de demonstração pergunta de forma flexível as questões que promovem o pensamento de or- dem superior dos alunos, como analisar, avaliar e criar novos conhecimentos/habilidades. II-5 As perguntas dos alunos foram adequa- damente geridas pelo formador. O professor de demonstração ig- nora as perguntas dos alunos ou dá respostas erradas. O professor de demonstração dá respostas corretas, mas insufi- cientes. O professor de demonstração dá respostas corretas e suficientes para responder às dúvida ou per- guntas dos alunos, conectando seus conhecimentos prévios e as respostas. Além do nível de Bom, o pro- fessor de demonstração leva os alunos a pensar por si mesmos como chegar às respostas. II-6 A informação no quadro preto é bem organizada e completamente apro- priada. O professor de demonstração não usa um quadro preto. Ou, a escrita no quadro preto não está no tama- nho apropriado. A escrita no quadro preto é de tamanho apropriado e fácil de ler para todos os alunos na sala de aula. A escrita no quadro preto é bem planeada com letras, figuras e ilustrações que são formadas de forma adequada e correta. O quadro preto é sistematica- mente usado para resumir todos os pontos importantes e essen- ciais da aula e constatações dos alunos suficientes para que os estes compreendam a lição e a discussão. II-7 O tempo de aula foi efectivamente ge- rido e o ritmo das aulas para a aprendi- zagem dos alunos era apropriado. O professor de demonstração não completa a aula devido à má ges- tão de tempo. O professor de demonstração completa a aula, mas corre para o final. O professor de demonstração completa a aula sem se apressar para o final. Além do nível de Bom, o profes- sor de demonstração deu o tempo adequado para que os alunos pensassem, dessem e comparti- lhassem ideias,dando especial atenção aos alunos lentos. III. Conclusão Fraco Razoável Bom Excelente III-1 A conclusão da lição foi construída em colaboração entre os alunos e o professor. O professor de demonstração não faz uma conclusão, ou faz uma conclusão que não está relaciona- da ao conteúdo da aula. O professor de demonstração faz uma conclusão relacionada aos conteúdos da lição, mas sem o envolvimento dos alunos. O professor de demonstração faz uma conclusão relacionada aos conteúdos da aula, aplicando as ideias e constatações dos alunos. Além do nível de Bom, o pro- fessor de demonstração faz a conclusão com os alunos, ou o professor deixa-os fazer como facilitador. IV. Avaliação Fraco Razoável Bom Excelente IV-1 A avaliação formativa é conduzida de forma clara e adequada. O professor de demonstração não faz nenhuma avaliação da aula, ou faz uma avaliação do entendimen- to dos alunos durante a aula, mas não está relacionado aos objec- tivos e aos critérios de avaliação da aula. O professor de demonstração avalia a compreensão dos alunos sobre as lições relacionadas aos objectivos e critérios de avaliação da aula, mas apenas confirmando verbalmente os alunos. Além do nível Razoável, o pro- fessor de demonstração avalia a compreensão dos alunos sobre a lição observando (percorrendo os alunos) e perguntando directa- mente como/por que os estudantes obtêm suas ideias. Além do nível de Bom, o pro- fessor de demonstração avalia o conhecimento dos alunos sobre a lição e fornece um conselho apropriado para os alunos com base no resultado da avaliação. Foco Centrado no professor Centrado no aluno 31 9. Gestão do quadro preto e do caderno O quadro preto serve para registar o que se aprende em determinada aula. Este não serve apenas ao professor, podendo ser ainda mais importante para os alunos, uma vez que eles podem apenas escrever nos seus cadernos o que vêem no quadro preto. O caderno é o único recurso que os alunos têm para rever e recordarem-se do que aprenderam na aula. Portanto, a gestão do quadro preto é muito importante no PEA. Na Matemática, o professor deve pla- nificar muito bem a sequência lógica da aula e tentar visualizar esta sequência. Em termos gerais, podemos ilustrar a sequência lógica do quadro preto, conforme apresenta o diagrama abaixo: Tópico do dia Problema situacional Perspectivas sobre a solução 1.Possíveis formas de resolver 2.Ideias baseadas em conhecimentos prévios Exercício Aplicação dos conceitos matemáticos aprendidos na aula do dia Conclusão Principais ideias e conceitos matemáticos Ideias do Aluno A Ideias do Aluno C Ideias do Aluno B Ideias do Aluno D * As ideias dos alunos consistem em: Diagrama, Explicação, Expressão Matemática O quadro preto nem sempre pode ser organizado desta forma, todavia, este diagrama permi- te-nos ver todas as componentes importantes do que se deve escrever no quadro preto. Notas sobre a gestão do quadro preto: (1) Antes de mais, o professor deve planificar sobre a gestão do quadro, normalmente, de- verá ilustrar um diagrama do quadro preto, conforme apresentado acima. (2) Ao planificar a gestão do quadro preto, os professores devem considerar sobre como os alunos podem copiar os conteúdos do quadro preto nos seus cadernos, se os alunos serão capazes de compreender e de copiar adequadamente, para conseguir rever bem a matéria em casa, etc. (3) É importante seleccionar cuidadosamente os tipos de palavras e tamanho das letras, segundo a idade, nível de capacidade académica, e contexto dos alunos. O professor deve tomar muito cuidado para não cometer erros de redacção, uma vez que os alu- nos acreditam inocentemente que tudo que o professor escreve no quadro está correcto. Além disso, o professor deve colorir certas palavras, letras e expressões matemáticas que são apresentadas no quadro preto. O professor deve usar o giz branco para escrever palavras e letras, porém, deverá usar o giz amarelo ou outra cor diferente quando quiser 32 enfatizar certos pontos. Contudo, não é adequado usar diversas cores de giz, pois isto pode impossibilitar que os alunos façam a distinção dos pontos mais importantes dos menos importantes. (4) Ao desenhar diagramas, tabelas e figuras, o professor deve sempre usar réguas, compas- so e transferidor, para mostrar aos alunos a forma correcta de desenhar. (5) O professor poderá aplicar um pequeno quadro preto (ou branco) para que os alu- nos possam escrever as suas próprias ideias e partilhar com os colegas durante a aula. Enquanto os alunos escrevem as suas ideias, o professor deverá pedir que coloquem o pequeno quadro preto no grande quadro preto da sala de aula para que partilhem as suas ideias. Há diversas formas de aplicar o pequeno quadro preto. Por exemplo, “as ideias dos alunos A-D” do diagrama acima pode ser implementada como pequenos quadros pretos. Ao usar pequenos quadros pretos, os professores devem certificar-se que os alu- nos não se esqueçam de copiar o que aprenderam nos seus próprios cadernos. Alunos tendem a centrar-se mais na redacção no pequeno quadro e esquecem-se de escre- ver nos cadernos. Isto é perigoso pois, apesar da aula parecer boa em termos de activi- dade, na verdade, os alunos não registam as suas actividades nos cadernos. Notas sobre a gestão do caderno: (1) Ao escrever e organizar adequadamente o que aprendem no dia-a-dia, os alunos podem rever tudo o que aprenderam. Portanto, as suas notas sobre o processo de aprendizagem durante a aula devem ser registadas num caderno com data, tópico e clara estrutura de conteúdos. (2) Para alunos mais novos, a gestão do caderno limita-se a copiar o que é escrito no quadro. Portanto, o que o professor escreve no quadro preto é muito importante para a gestão do caderno pelos alunos. Para além de desenvolver competências em registar as suas constatações e conclusões, os alunos mais velhos devem também compreender as ideias e constatações dos seus colegas. (3) A organização recomendável de caderno para aula de Matemática é “quadriculado”, pois os alunos devem acostumar-se a escrever as palavras e números correctamente com o mesmo tamanho (particularmente, tamanho maior para alunos mais novos) e forma. 1 + 2 = 3 3 p e s s o a s C1 3 4 + 4 2 7 6 3 C7 33 O diagrama acima é um exemplo de um caderno “quadriculado”. Claramente, pode-se ver os números e palavras no caderno e os professores podem prevenir que os alunos cometam erros ao calcular. (4) Os alunos devem ser frequentemente orientados pelos professores em como usar ins- trumentos matemáticos, como réguas, compasso e transferidor no caderno. (5) Não basta que os professores façam os alunos escreverem e organizarem os seus cader- nos, sendo indispensável que constantemente e diariamente verifiquem as notas dos alunos nos cadernos. Não se deve apenas verificar se as respostas estão correctas, mas também deve-se avaliar como os alunos chegaram as respostas e em que pontos tiveram dificuldades. Assim, o professor pode voltar a planificar as suas aulas a fim de ensinar melhor. Portanto, recomenda-se fortemente que os professores comentem sobre os cadernos, reconhecendo e enaltecendo os esforços dos alunos, e orientem os mes- mos de modo a superarem as suas dificuldades. (6) As vezes usa-se uma planilha para complementar o processo de aprendizagem durante a aula. Uma planilha é muito útil para desenvolver uma aula e permite que os alunos facilmente acompanhem o desenvolvimento da aula. Portanto, caso haja escassez de tempo, ou os conteúdos da aula sejam difíceis de acompanhar, etc. Recomenda-se que os professores usem planilhas. Caso o professor use a planilha, após a aula, ele deve pedir que os alunos copiem a planilha para o caderno, uma vez que estes não são capazes de guardar as folhas das planilhas em boas condições quando separadas do caderno. 35 Capítulo II: Números naturais e operações 1. Objectivos da unidade • Ler e escrever números naturais nossistemas de numeração romana e indo-árabe; • Planificar aulas para leitura e escrita de números naturais nos sistemas romano e indo- árabe; • Usar estratégias correctas para o tratamento dos procedimentos escritos de adição, sub- tracção, multiplicação e divisão de números naturais; • Usar, correctamente, as estratégias de cálculo na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o tratamento de números naturais e operações. 2. Avaliação no ensino de números naturais e operações Diagnóstica, ao nível da compreensão de leitura e escrita de números naturais e suas operações; Formativa, através da observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão das estratégias de cálculo e aplicabilidade das propriedades das 4 operações; Sumativa, através de mini- testes, TPC, apreciação de cadernos e outros materiais focando os números naturais e suas operações e aplicabilidade na vida quotidiana. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 1ª • Leitura, escrita e contagem de núme- ros naturais até 50; • Adição e subtracção de números natu- rais até 50. • Ler, escrever e contar números natu- rais até 50; • Comparar e ordenar números naturais até 50; • Adicionar e subtrair números naturais até 50; • Explicar o significado de decomposi- ção e composição de “10”; • Aplicar a decomposição e composição de “10” para adição e subtracção. 36 2ª • Leitura e escrita de números naturais até 100; • Ler e escrever números naturais até 100; • Números ordinais até 20º; • Ler e escrever números ordinais até 20º; • Adição e subtracção de números natu- rais até 100; • Multiplicação e divisão de números naturais até 50. • Comparar e ordenar números naturais até 100; • Adicionar e subtrair números naturais até 100; • Identificar números pares e ímpares; • Contar de 2 em 2; de 5 em 5 e de 10 em 10 até 100; • Interpretar o significado da multiplica- ção, como adição de parcelas iguais; • Efectuar a divisão através de subtrac- ções sucessivas. 3ª • Números naturais até 1000; • Números ordinais até 30º; • Números romanos até XX (20); • Adição, subtracção, multiplicação e divisão de números naturais até 1000. • Ler e escrever números naturais até 1000; • Decompor números naturais até 1000, em unidades, dezenas, centenas e milhar; • Representar números naturais na ta- bela de posição até 1000; • Comparar números naturais até 1000; • Ler e escrever números romanos até XX; • Ler e escrever números ordinais até 30º; • Identificar as propriedades de adição; • Efectuar o cálculo mental e escrito com adição, subtracção, multiplicação e divisão até 1000; • Resolver expressões numéricas que envolvem três operações (adição, subtracção e multiplicação). • Números naturais até 1000 000; • Ler e escrever os números naturais até 1000 000; 37 4ª • Números ordinais até 50º; • Decompor os números naturais até 1000 000, em unidades, dezenas, cen- tenas e dezena de milhar, centenas de milhares e unidade de milhão; • Números romanos até C (100); • Representar os números naturais na ta- bela de posição até 1000 000; • Adição, subtracção, multiplicação e divisão de números naturais até 1000 000; • Comparar os números naturais até 1000 000; • Propriedades da adição; • Aplicar o cálculo mental e escrito na adição, subtracção e multiplicação de números naturais até 1000 000; • Propriedades da multiplicação; • Resolver exercícios de divisão com di- visor de um dígito; • Expressões numéricas com e/ou sem parênteses com as quatro operações elementares. • Resolver expressões numéricas. 5ª • Números naturais até 1000 000 000; • Ler e escrever números naturais até 1000 000 000; • Números ordinais até 80º; • Decompor números naturais até 1000 000 000; • Números romanos até M (1000); • Representar números naturais na ta- bela de posição até 1000 000 000; • Múltiplos de 1000, 10000, 100 000, 1000 000 e 10 000 000; • Comparar números naturais até 1000 000 000; • Adição e subtracção de números natu- rais até 1000 000 000; • Relacionar números romanos e árabes até M (1000); • Propriedades da adição; • Ler e escrever números ordinais até 80º; • Multiplicação e divisão de números naturais até 1000 000 000; • Determinar múltiplos de 1000, 10 000 até 10 000 000; • Propriedades da multiplicação; • Resolver exercícios que envolvem potências; • Noção de potência; • Resolver exercícios de adição e subtracção até 1000 000 000; • Valor aproximado; • Aplicar as propriedades da multiplicação e da divisão na resolução de exercícios que envolvem números naturais até 1000 000 000; 38 5ª • Valor médio. • Calcular valores aproximados de números até 1000 000 000; • Resolver problemas que envolvem o cálculo de valores médios. 6ª • Números naturais maiores que 1000 000 000; • Números ordinais até centésimo (100º) ; • Operações e propriedades; • Números romanos até M (1000); • Ler e escrever números naturais maiores que 1000 000 000; • Ler números naturais por classe e por ordem; • Comparar e ordenar números naturais; • Efectuar, mentalmente, a adição e subtracção; • Adição, subtracção, multiplicação e divisão maiores que 1000 000 000; • Regras de potenciação. • Ler e escrever números ordinais até centésimo (100º); • Efectuar adição e subtracção na forma horizontal e vertical; • Aplicar, mentalmente, estratégias e propriedades no cálculo de multiplicação e divisão; • Identificar as propriedades de adição e da multiplicação; • Efectuar a multiplicação e divisão de números naturais na forma horizontal e vertical; • Resolver expressões numéricas aplicando as regras de potenciação. 7ª • Números naturais maiores que 1000 000 000; • Números ordinais até centésimo (100º); • Números romanos até M (1000); • Adição, subtracção, multiplicação e divisão maiores que 1000 000 000. • Ler e escrever números naturais até 1000 000 000; • Decompor números naturais até 1000 000 000; • Ordenar e comparar números naturais até 1000 000 000; • Ler e escrever números ordinais até centésimo (100º); • Efectuar a adição e subtracção de nú- meros naturais até 1000 000 000; • Efectuar a multiplicação e divisão de números naturais até 1000 000 000; • Resolver expressões numéricas. 39 NÚMEROS NATURAIS OPERAÇÕES 1ª Classe 2ª Classe 3ª Classe 5ª Classe 4ª Classe • Números naturais até 50: Leitura, escrita, decomposição. • Aplicação de decomposição e composição de “10” para adi- ção e subtracção; • Adição e subtracção de núme- ros naturais até 50. • Números naturais até 100: Leitura, escrita, decomposição; • Números ordinais até 20º; • Noção de números pares e ímpares. • Números naturais até 1000: Leitu- ra, escrita, decomposição; • Números ordinais até 30º; • Numeração romana até XX (20). • Números naturais até 1 000 000 000: Leitura, escrita, de- composição; • Números ordinais até 80º; • Numeração romana até M (1000); • Valor aproximado; • Valor médio. • Números naturais até 1 000 000: Leitura, escrita, decomposição; • Números ordinais até 50º; • Numeração romana até C (100). • Adição e subtracção de núme- ros naturais até 100; • Multiplicação e divisão de nú- meros naturais até 50; • Relação entre multiplicação e adição; • Relação entre divisão e sub- tracção; • Adição, subtracção, multipli- cação e divisão de números na- turais até 1000; • Propriedades de adição; • Expressões numéricas. • Adição, subtracção, multipli- cação e divisão; • Propriedade da adição e multi- plicação; • Noção de potência; • Expressões numéricas. • Adição, subtracção, multipli- cação e divisão de números na- turais até 1000 000; • Propriedades da adição e mul- tiplicação; • Expressões numéricas. (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 40 6ª Classe 7ª Classe • Números naturais até 1 000 000 000: Leitura, escrita, decomposição; • Númerosordinais até 100º; • Numeração romana até M (1000). • Números naturais até 1 000 000 000: Leitura, escrita, decomposição; • Números ordinais até 100º; • Numeração romana até M (1000). • Adição, subtracção, multipli- cação e divisão; • Regras de potenciação; • Propriedade de quatro opera- ções; • Expressões numéricas. • Adição, subtracção, multipli- cação e divisão; • Expressões numéricas. 41 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. O número natural 1 (1ª classe) P: Observe as figuras. Diga o que vê. A1:Um copo. A2: Um gato. A3: Um lápis. A4: Um celular. A5: Um carro. P: Alguém sabe escrever o número um? Como se es- creve o número um? A1: A2: A3: P: Então, vamos escrever juntos o número um. Observem como se escreve o número um: - Um pequeno traço para cima e um grande traço para baixo. (Primeiro, a escrita é feita com movi- mento do dedo no ar , em seguida no tampo da car- teira, no chão dentro ou fora da sala, no quadro, no caderno e por fim no livro do aluno.) A: Realiza a actividade acompanhando o movimen- to do professor. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Para escrever o número um faz-se um pequeno traço para cima e um grande traço para baixo. Como escrever o número natural 1? Conta e escreve o número de objectos em cada grupo. 42 4. Nota para o professor Na 1ª classe, o tratamento dos números naturais deve ser precedido pela contagem oral, progressiva e regressiva, por etapas: 1 a 5, 5 a 1, 6 a 10 e 10 a 6, 11 a 20 e 20 a 11. A esta contagem não se associa conjuntos de objectos e ela ocorre no momento de ambientação da criança com o meio escolar. A introdução da escrita de números naturais nas classes iniciais (1ª classe) deve ser feita na base de conjuntos, isto é, o professor apresenta vários conjuntos com o mesmo número de objectos correspondentes ao número em estudo para permitir que o aluno associe o número á quantidade de objectos. Assim para os números 1, 2, 3, ... deverá se observar o seguinte fluxograma: Depois de garantir que o aluno faz esta associação, o professor poderá mostrar como é que se escreve cada número, não esquecendo da exploração das potencialidades dos alunos. O professor deve se colocar na mesma posição dos alunos e nunca ao contrário, de modo a permitir que todos os alunos vejam o que ele escreve no quadro em tamanhos visíveis e o que representa o número em estudo. O professor deve fazer o uso do vocabulário básico ligado a direcção e sentido para dar consistência a escrita do número, à medida que vai escrevendo o número em estudo. Primeiro, a escrita é feita com movimento do dedo no ar, em seguida no tampo da carteira, no chão (dentro ou fora da sala), no quadro, no caderno do aluno e por fim no livro do aluno. Exemplos da escrita de alguns números naturais: Esta forma de abordagem da escrita de números naturais nas classes iniciais ajuda os alunos na aprendizagem e na assimilação de números em estudo. 43 (1) Explique os passos para a escrita do número natural 4. (2) Produza um plano de aula referente a questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Para outros números, o professor poderá usar a ideia de sucessor ou do número que vem depois para garantir que estes apareçam numa sequência. A leitura correcta de números é muito importante porque permite que o aluno perceba as decomposições naturais existentes na própria língua. Para que esta seja efectiva e compreendida pelos alunos deve ser pausada, principalmente aos números maiores que dez. Em cada intervalo de aprendizagem da escrita de números, o professor deve criar con- dições para que os alunos façam as respectivas decomposições. Na escrita de números naturais, os erros comuns estão ligados a visualização da posição de número, a percepção do vocabulário básico ligado a direcção e sentido da escrita do número em estudo e nas decomposições naturais existentes na própria língua comparati- vamente com a língua de ensino. Alguns erros possíveis 44 P: Observe a figura. Quantos berlindes ela apresenta? A: 10 berlindes. P: Se ele segurar 1 berlinde na sua mão direita, quantos berlindes terá na mão esquerda? A: Ele terá 9. P: Isto significa que 10 é formado por 1 e 9. P: E se ele segurasse 2 berlindes na sua mão direita? A: Ele teria 8, o que significa que 2 e 8 formam 10. P: E se ele segurar 3 berlindes? A: Ele teria 7, o que significa que 3 e 7 formam 10. (segue-se o mesmo processo até alcançar os números 9 e 1). P: Quais são os números que formam 10? A: 1 e 9, 2 e 8, 3 e 7, 4 e 6, 5 e 5, 6 e 4, 7 e 3, 8 e 2 ou 9 e 1. P: O número 10 pode ser representado de 9 maneiras. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo O número 10 pode ser representado de várias formas. 4. Nota para o professor É muito importante que os alunos assimilem a estrutura dos números, fazendo a sua composição e decomposição de “10”. A compreensão da composição e da decompo- sição de “10” é muito importante para o estabelecimento do significado dos números. Esta forma de ver os números constitui a forma fundamental do conhecimento para compreender o reagrupamento na adição e subtracção de números naturais. Por exem- plo, para o caso de 8 + 6, pode-se pensar: “primeiramente, 8 é 2 menos que 10. 6 é a soma de 2 e 4, 8 e 2 formam 10. Este 10 e 4 formam 14.” Então, é importante que se desenvolva a capacidade de ver os números em várias perspectivas. O Daniel está a brincar com 10 berlindes. Ele está a segurar alguns na sua mão direita e outros na sua mão esquerda. Quantos berlindes poderá ter numa das mãos? II. Composição do número 10 (1ª classe) 45 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: O Tomás tem duas caixinhas com 9 lápis de cor no total. Ele tomou alguns lápis na mão direita e outros na mão esquerda. Quantos lápis de cor poderá ter cada caixinha? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na composição e decomposição de números naturais, os erros comuns estão ligados às decomposições naturais existentes na própria língua comparativamente com a língua de ensino e à contagem de objectos ou de dedos da mão, quando o número é maior que dez. Numa primeira fase, é difícil não recorrer a contagem de objectos ou dedos, sendo esta prática preferencial para os alunos da primeira classe. Todavia, após os alunos com- preenderem a estrutura do número “10”, eles precisam realizar o exercício de buscar dois números que formam “10”, especificamente, 1 e 9, 2 e 8, 3 e 7, etc, sem contar objectos ou dedos. Caso continuem a contar objectos ou dedos, é possível que os alunos cometam erros ao calcularem com números maiores. Portanto, é muito importante que os alunos pratiquem a formação do 10, usando dois números, como 1 e 9, 2 e 8, 3 e 7, etc. 46 III. Adição de números naturais com transporte (1ª classe) P: Observe as figuras. Quantas laranjas tem a caixa? A: 8 laranjas. P: Quantas laranjas cabem na caixa? A: Podem caber 10 laranjas na caixa. P: Como descobrimos quantas laranjas se tem no total? A: Adicionando. P: Qual é a expressão matemática para encontrar o nú- mero total de laranjas? A: 8 + 3. P: Como podemos calcular? A: Completando 10. P: Quantas laranjas faltam para completar 10? A: 2 laranjas. P: Então, vamos tirar 2 laranjas na bacia para juntar com as laranjas da caixa. P: Quantas laranjas tem a caixa? A:10 laranjas. P: Quantas laranjas ficaram na bacia? A: 1 laranja. P: Se juntar todas as laranjas, quantas laranjas são ao todo? A: 11 laranjas. P: O resultado da adição é 8 + 3 = 11. 8 3 11 2 1 10 1 11 + = + + = 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Para adicionar dois números de um algarismo cada e cuja soma é maior que 10, decom- põe-se o número menor de modo a formar com o maior, o número 10. Por exemplo, para o caso de 8 + 3, decompõe-se o 3 em 2 e 1, adiciona-se 2 e 8 para formar 10 e, então, adiciona-se 10 e 1 para formar 11. Há 8 laranjas numa caixa e 3 laranjas numa bacia. Se juntar as laranjas da caixa e dabacia, quantas laranjas são ao todo? 47 4. Nota para o professor Para adicionar dois números de um algarismo cada e cuja soma é maior que 10 (trans- porte), o professor deve ajudar aos alunos a pensarem nestes números como “10 ” e, através de actividades de manipulação de objectos concretizadores, tornarem-se capa- zes de efectuar este cálculo logicamente. Há duas formas possíveis de realizar a adição de dois números de um algarismo cada e cuja soma é maior que 10. Por exemplo, para adicionar 8 + 7, deve-se proceder do seguinte modo: (1) Decomponha 7, em 2 e 5. Adicionando 2 e 8 para formar 10. Adi- cionando 10 e 5 para formar 15. Assim, 8 7 8 2 5 10 5 15+ = + + = + = . 8 7 2 5 10 5 15 + + + = (2) Decomponha 8, em 5 e 3. Adicionando 3 e 7 para formar 10. Adi- cionando 10 e 5 para formar 15. Assim, 8 7 5 3 7 5 10 15+ = + + = + = . Estas decomposições ocorrem no princípio aplicando os diagramas a direita. Os mesmos são muito importantes para visualizar o processo de decomposição e cálculo. Então, é importante que os alunos apli- quem o método da adição com reagrupamento pensando em “dez e algo mais”. 8 7 5 3 5 10 15 + + + = Na adição de números naturais, os erros comuns cometidos pelos alunos estão ligados à contagem de objectos ou dedos ao iniciar a adição, partindo da menor parcela, pois a decomposição da maior parcela tem várias interpretações, as quais podem levar o aluno a situações mais complexas de contagem, por exemplo: 3 + 8. O número 8 pode significar 7 1 6 2 5 3+ + +, , ou 4 + 4. Para facilitar o significado da operação, é aconselhável que se inicie a contagem a partir da maior parcela e que a decomposição seja feita a partir da menor parcela. É importante descobrir o número (3 ou 8) que está mais próximo de formar 10. O 8 está mais próximo à 10 que o 3, então partimos do 8, que precisa de 2 para formar 10, decom- pondo então o 3 em 2 e 1. Assim, podemos formar 10 (8 + 2) e adicionar o “1” remanes- cente para obter 11 como a resposta final. 48 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: O Rui tem 9 ramos de flores e a sua irmã tem 5 ramos de flores, para ornamentar uma sala. Quantos ramos de flores são no total? (a decomposição seja feita a partir do número a adicionar para formar 10). (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 49 IV. Subtracção de números naturais com empréstimo (1ª classe) P: Como descobrimos o número de pedrinhas que fica- ram com o Paulo? A: Subtraindo. P: Qual é a expressão matemática para encontrar o nú- mero de pedrinhas? A: 12 – 7. P: Como calculámos? A: Subtraímos 7 de 10. P: Se 7 de 10 pedrinhas forem tomadas, quantas pedri- nhas ficarão? A: Ficarão 3 pedrinhas. P: E, então, o que devemos fazer? A: Combinar as 3 pedrinhas com as 2 que não toma- mos. P: Então, qual é o resultado? A: Há 5 pedrinhas. P: Isso significa que ao subtrair 7 de 12 pedrinhas, res- tam 5. Assim, 12 – 7 = 5. 12 7 5 10 2 3 2 5 − = + = 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Para o caso da subtracção de números naturais com empréstimo, decompõe-se o dimi- nuendo em “10 e algo mais”, subtraindo o diminuendo de 10 e adicionando ao resto. Por exemplo, para o caso de 12 – 7, decompõe-se 12 em 10 e 2, subtrai-se 7 de 10 para obter 3 e, então, adiciona-se 3 e 2 para obter 5. O Paulo tem 12 pedrinhas e emprestou 7 pedrinhas ao amigo. Com quantas pedrinhas o Paulo ficou? 4. Nota para o professor O professor pode apresentar a decomposição do número 12 a partir da visualização da estratégia de cálculo para subtrair 12 e 5, 12 e 6, 12 e 8 ou 12 e 9, com base na decom- posição do número “10 ”. 50 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Havia 13 passarinhos numa árvore e 6 deles acabam de voar. Quantos passarinhos ficaram na árvore? (decomposição do subtraendo/segundo número). (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na subtracção de números naturais, os erros comuns estão ligados à contagem de objec- tos ou dedos ou a contagem regressiva de objectos (tracinhos ou pauzinhos). O outro erro, frequente, deve-se à decomposição de aditivo ou subtractivo, que consiste em efectuar a subtracção e adição, em simultâneo. Ao tentar aplicar esta técnica, deve-se voltar a subtrair ao invés de adicionar a última parcela do resto. Exemplo, no cálculo de 12 – 7, efectua-se: a) 12 7 10 2 7 10 7 2 3 2 1− = + − = − − = − = ou b) 12 7 12 2 5 12 2 10 5 15− = − +( ) = − = + = , porque o surgimento da adição no meio do cálculo não foi compreendido. Para o caso da subtracção com empréstimo, há duas formas possíveis de calcular. Por exemplo, para o caso 12 – 7: (1) Decompõe-se 12 em 10 e 2. Subtrai-se 7 de 10 para obter 3. Adicio- na-se 3 e 2 para obter 5. 12 7 10 2 7 10 7 2 3 2 5− = +( ) − = −( ) + = + = . 12 − + = 7 10 2 3 2 5 (2) Decompõe-se 7 em 2 e 5. Subtrai-se 2 de 12 para obter 10. Subtrai- -se 5 de 10 para obter 5. 12 7 12 2 5 10 5 5− = − − = − = . 12 7 2 5 10 5 5 − − − = Estas decomposições correm ao princípio, aplicando os diagramas acima (expressões matemáticas). Estes diagramas são muito importantes para visualizar o processo de decomposição e cálculo. A escolha destes dois métodos deve ser flexível, dependendo do tamanho dos núme- ros, mas é importante instruir aos alunos conforme o seu nível. 51 V. Multiplicação de números naturais: Introdução (2ª classe) P: Observe a figura. Quantos pacotes de maçãs são? A: São 3 pacotes de maçãs. P: Quantas maçãs tem cada pacote? A: Cada pacote tem 8 maçãs. P: Vamos confirmar se cada pacote tem 8 maçãs, colo- cando cada pacote na forma linear, conforme a figura. Qual é a expressão matemática para encontrar o núme- ro de maçãs? A: São 3 pacotes com 8 maçãs cada. Então o número de maçãs pode ser encontrada pela adição de 8 + 8 + 8. P: Efectuar 8 + 8 + 8 é uma boa e correcta ideia. Ao adicionar valores repetidos, pode-se usar outra operação, a qual chama-se “multiplicação”. O sinal da multiplicação é “×”, o qual lê-se “vezes” ou “ multiplicar por”. Por exemplo, 8 + 8 + 8 = 3 × 8. Portanto, são 3 pacotes com 8 maçãs em cada um deles, o que significa que há 3 grupos de 8 e escreve-se 3 × 8 cuja leitura é três vezes o número 8. Seguem-se as componentes da expressão matemática da multiplicação: Número de grupos Número de elementos de cada grupo Número total 3 × 8 = 24 P: Então, quantas maçãs são no total? A: São 24 maçãs no total. P: Assim, 3 × 8 = 8 + 8 + 8 = 24. A expressão 3 × 8 representa uma multiplicação. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo A multiplicação representa uma adição sucessiva de parcelas iguais. O sinal da multipli- cação é ×× , o qual lê-se vezes ou ...multiplicar por... Por exemplo, 8 8 8 3 8+ + = × . 3 × 8 = 24 Multiplicador (Número de grupos) Multiplicando (Número de elementos de cada grupo) Produto (Número total) A tia Rosa comprou 3 pacotes com 8 maçãs cada. Quantas maçãs a tia Rosa comprou? 52 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Um pacote contém 6 pêras. O António comprou 4 pacotes. Quantas pêras o António comprou? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na multiplicação de números naturais, os erros comuns estão ligados à interpretação do significado da operação. 8 8 8 8 3+ + = × . O aluno trocou a posição do número adicionado repetidamente e o núme- ro de vezes que o número é adicionado. 3 8 11× = . O significado da multiplicação foi confundido com o da adição. 4. Nota para o professor (1) O recurso ao método de visualização de problemas que retratam situações concre- tas do quotidiano na introdução da multiplicação de números naturais é importante, porque ajuda o aluno a entender o significado da operação. 53 VI. Multiplicação de números naturais: Multiplicação por 5 (2ª classe) P: Observe as figuras. Quantas pedras há, conside- rando que, na primeira, a Sara fezapenas uma fila de pedras? A: Há cinco pedras. P: Como escrevemos a expressão para encontrar o número de pedras. × = ? A:1 5 5× = . P: A Sara fez 2 filas de pedras, como encontramos o número total de pedras? A: Podemos encontrá-lo através de 2 5× . P: Qual é o resultado do cálculo? A: 10. P: Então, 2 5 10× = . P: Se a Sara fizer 3 filas de pedras, como encontra- mos o número total de pedras? A: Podemos encontrá-lo através de 3 5× . P: Qual é o resultado do cálculo. A: 15. P: Então, 3 5 15× = . P: Se a Sara preencher 4 filas de pedras, como en- contramos o número total de pedras? A: Podemos encontrá-lo através de 4 5× . P: Qual é o resultado do cálculo? A: 20. P: Então, 4 5 20× = . P: Observe e diga como o resultado altera, quando uma fila é adicionada? A: O número aumenta em 5 de cada vez. P: Encontre, calculando agora, quantas pedras há em 5, 6, 7, 8 ou 9 filas, sabendo que o resultado aumenta em 5 quando se aumenta uma fila. 1 5 5 2 5 10 3 5 15 4 5 20 × = × = × = × = 2. Explicação do problema usando figuras A Sara organizou pedras em filas, colocando 5 pedras em cada fila. Descubra quantas pedras há no total quando o número de filas aumenta. 54 3. Resumo Quando tem-se grupos (filas) de 5 e pretende-se saber quantos são no total, adiciona-se 5 tantas vezes conforme o número de grupos. 1 5 5× = 2 5 10× = 3 5 15× = 4 5 20× = P: Se a Sara fizer 5 filas, como encontramos o nú- mero de pedras? A: 5 5× . P: Qual é o resultado? A: 5 5 25× = . P: Se a Sara fizer 6 filas, como encontramos o nú- mero de pedras? A: 6 5× . P: Qual é o resultado? A: 6 5 30× = . P: Se a Sara fizer 7 filas, como encontramos o nú- mero de pedras? A: 7 5× . P: Qual é o resultado? A: 7 5 35× = . P: Se a Sara fizer 8 filas, como encontramos o nú- mero de pedras? A:8 5× . P: Qual é o resultado? A:8 5 40× = . P: Se a Sara fizer 9 filas, como encontramos o nú- mero de pedras? A: 9 5× . P: Qual é o resultado? A: 9 5 45× = . P: Se a Sara fizer 10 filas, como encontramos o número de pedras? A: 10 5× . P: Qual é o resultado? A: 10 5 50× = . 55 4. Nota para o professor (1) A visualização da multiplicação através de objectos organizados num padrão rec- tangular ajuda aos alunos a entender o significado da operação na construção e me- morização da tabuada. É importante que os alunos aprendam e dominem o cálculo de todos os produtos que envolvem um dado número através da adição de parcelas iguais. Os alunos devem dominar a tabuada para efectuar o cálculo mental da multiplicação. Caso não dominem a tabuada, os alunos não terão apenas problemas na multiplicação, mas também na divisão. Portanto, o professor deve promover a prática da tabuada até que a mesma seja plenamente dominada. (2) Há várias formas de praticar a tabuada de 1×1 a 9×9. Há, dentre os quais se desta- cam, 3 grupos principais: a) Prática individual i) Recitar correctamente, olhando para a tabuada. ii) Recitar fluentemente sem olhar para a tabuada. iii) Recitar a tabuada na ordem inversa. iv) Recitar todas as expressões de multiplicação de 1×1 a 9×9, em 3 minutos. b) Prática em grupo i) Um aluno recita enquanto outro escuta. ii) Um aluno enuncia a expressão de multiplicação e o outro responde. iii) Fazer certa corrida de tabuada entre 2 alunos ou todos alunos da turma. c) Praticar com cartões de multiplicação (expressões matemáticas e suas respos- tas) ou jogo de cartas i) Recitar a expressão de multiplicação, uma a uma seguindo a ordem das cartas. ii) Recitar a expressão de multiplicação, uma a uma de modo aleatório. iii) Realizar um jogo de cartas, com mais de 2 alunos, a fim de encontrar as expres- sões matemáticas de multiplicação, durante o qual eles escutam as respostas uns dos outros. 56 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A Sara plantou cebola em filas, colocando 6 cebolas em cada fila. Quantas cebolas há em 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 filas? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na multiplicação de números naturais, os erros comuns estão ligados à interpretação do significado da operação. O outro erro frequente consiste em confundir 4 5× com 5 4× , embora estes tenham a mesma resposta, diferem na visualização e representação das figuras. 57 VII. Divisão de números naturais: Introdução (2ª classe) P: Observe as figuras. Quantos doces são no total? A: São 12 doces. P: Quantos meninos são? A: São 3 meninos. P: Vamos ajudar a avó na distribuição dos doces. Ela dá um de cada vez a cada menino. P: Quantos doces restam? A: Restam 9 doces. P: Ela distribui novamente um para cada menino. Quantos restam? A: Restam 6 doces. P: E se ela distribuir novamente. Quantos restam? A: Restam 3 doces. P: E se ela distribuir novamente. Quantos doces restam? A: Não resta nenhum doce. P: Observe que a avó distribuiu igualmente 12 doces para os seus 3 netos até que acabassem e nada restasse. P: Agora, quantos doces cada neto recebeu? A: Cada neto recebeu 4 doces. P: Qual é a expressão matemática para encontrar o número de doces que recebeu cada neto? A1: 12 3 3 3 3 0− − − − = . P: O que fez? A1: Eu apenas subtraí 3 de 12, 4 vezes, isto é, 12 3 9 3 6 3 3 3 0− = − = − = − =, , , 9 6 3 ⇔ =12 3 4÷ . Então, 4 é o número de doces. 2. Explicação do problema usando figuras A avó Rosa tem 12 doces, distribuiu-os igualmente pelos seus 3 netos. Quantos doces recebeu cada neto? 58 3. Resumo Usa-se divisão quando o número de objectos que devem constar num grupo é encontrado a partir de um número que pode formar grupos. O símbolo da divisão é ÷, que se lê “a dividir”. Por exemplo, se 12 doces foram divididos igualmente por 3 meninos, o número de doces que cada menino recebeu pode ser encontrado por uma divisão; isto é, 12 ÷ 3: 12 ÷ 3 = 4 Dividendo (Número total de doces) Divisor (Número de netos de cada grupo) Quociente (Número de doces que cada neto recebeu) 4. Nota para o professor A divisão é uma operação matemática que nos diz: A: O número de objectos que devem constar num grupo, ou B: O número de grupos que se pode formar a partir de um número de objectos. Por exemplo, os significados de 12 ÷ 3 são: divisão igual de doze doces por três pes- soas (caso A) ou divisão de doze doces em três grupos de quatro doces (caso B). Portanto, a divisão tem duas formas de significado: Divisão partitiva e divisão quan- titativa. A2: Eu acho que efectua-se 4 4 4 3 4 12+ + = × = . Para alcançar 12 deve-se multiplicar 3 por 4. Há então 3 grupos de 4 doces, e pode-se dividir 12 doces em 4 doces para cada neto (3 netos). P: Todas as ideias são boas. P: Se 12 doces foram igualmente divididos por 3 meninos e encontramos o número de doces que cada menino recebeu, podemos escrever a expressão matemática da seguinte maneira: 12 ÷ 3 e lê-se doze a dividir por três. P: Assim, 12 ÷ 3 = 4. A expressão 12 ÷ 3 representa a divisão. Seguem-se os nomes de cada componentes. Número total de doces Número de netos Número de doces que cada neto recebeu 12 ÷ 3 = 4 59 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Uma professora tem 24 cadernos e pretende premiar, igualmente, aos melhores alunos da turma. Cada aluno receberá 4 cadernos. Quantos alunos receberão os cadernos? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na divisão de números naturais, os erros comuns estão ligados à interpretação do signifi- cado da operação e à relação que existe entre a subtracção e a divisão. Exemplo: 12 ÷ 3 = 9. O aluno confundiu a divisão com uma subtracção. Divisão partitiva Divisão quantitativa (subtracção sucessiva) Divide-se o número total igualmente em vários grupos para obter o número de elementos de cada grupo. Subtrai-se repetidamente o número total pelo número de elementos de cada grupo até não se poder mais subtrair, de modo a obter o número de grupos. A visualização e a resolução de problemas que retratam situações concretas do quoti- diano na introdução da divisão de números naturais é importante, porqueajudam ao aluno a entender o significado das duas operações acima dadas. É importante que os alunos compreendam a relação entre a multiplicação e a divisão. 3 4 12 12 3 4× = ⇔ ÷ = Tal como a relação entre a subtracção e a divisão. 12 3 9 3 6 3 3 3 0 12 3 4− = − = − = − = ⇔ =, , , 9 6 3 ÷ . Portanto, o professor deve reiterar estas relações com os alunos durante a aula. 60 VIII. Divisão de números naturais: Divisão com resto (3ª classe) P: Observe as figuras. Quantos berlindes são? A: São 14 berlindes. P: Quantos grupos de 3 berlindes se podem for- mar? A: Podemos formar 4 grupos, mas 2 berlindes res- tarão. P: Isto significa que ao distribuir 14 berlindes em grupos de 3, 4 grupos serão formados, restando 2 berlindes. Neste caso, escreve-se a expressão matemática da seguinte ma- neira: 14 3 4÷ = com resto 2. P: Para calcular 14 3÷ , procura-se o maior número que, multiplicado por 3, dê um re- sultado que não ultrapassa 14, que é 4 porque 4 3 12# = , devendo, logo, saber que o 5 não é porque 5 3 15× = e 15 é maior que 14. Então, o número de berlindes que resta é obtido pela expressão 14 12 2− = . Assim, 14 ÷ 3 = 4 com resto 2. Este tipo de operação chama-se divisão não exacta. Número total de berlindes Número de berlindes Número de grupos de 3 berlindes Número de restos (berlindes restantes) 14 ÷ 3 = 4 com resto 2 2. Explicação do problema usando figuras Quantos grupos de 3 berlindes cada um, se podem formar com 14 berlindes? 3. Resumo Na divisão, há que destacar certos casos de divisão não exacta. Nestes casos, o resultado da divisão tem um resto. Quando numa divisão existe um resto, por exemplo, “Há 14 doces, os quais serão igualmente divididos para três crianças”, 14 ÷ 3 pode ser consi- derado uma busca por um certo número natural o qual multiplicado por 3 obtém-se um outro número menor e mais próximo a 14. Além disso, resolver este problema significa encontrar um número natural que satisfaz esta condição e tem resto. Pode-se pensar em 14 ÷ 3 como a busca pelo maior número de vezes que os doces são distribuídos, sendo o resto menor que o divisor. 14 ÷ 3 = 4, resto 2. Na forma vertical, escreve-se: 61 4. Nota para o professor É importante que os alunos entendam a forma como podem verificar o resultado da divisão com resto. Há duas condições para confirmar o resultado: (1) Dividendo = Quociente × Divisor + Resto (2) Resto < Divisor. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A senhora Rita quer distribuir, igualmente, 16 laranjas por 3 caixas. Quantas laranjas terá cada caixa e quantas laranjas vão restar? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na divisão de números naturais com resto, os erros comuns estão ligados à interpretação do significado da operação, na contagem de objectos e à identificação do quociente e resto. Exemplo: 14 ÷ 3 = 11: O aluno confundiu a divisão como uma subtracção. 14 ÷ 3 = 5; 14 ÷ 3 = 3, resto 5; 14 ÷ 3 = 5, resto 1: O aluno teve erro ao contar os objectos. 14 ÷ 3 = 2 com resto 4: O aluno confundiu o quociente e o resto. 63 Capítulo III: Divisibilidade de números naturais 1. Objectivos da unidade • Usar a divisibilidade de números naturais na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o ensino da divisibilidade de números naturais; • Usar estratégias correctas para abordar divisibilidade de números naturais na sala de aula. 2. Avaliação no ensino da divisibilidade de números naturais • Diagnóstica, ao nível da compreensão de números naturais e suas operações; • Formativa, através da observação e perguntas directas a cada aluno, sobre a divisibilida- de de números naturais e propriedades de múltiplo e divisor de um número natural; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação de cadernos e de outros materiais ou trabalhos sobre a divisibilidade de números naturais e propriedades de múltiplo e divisor de um número natural. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 6ª • Múltiplos de um número; • Múltiplos comuns de dois ou mais nú- meros; • Mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de dois números; • Divisores de um número; • Divisores comuns de dois ou mais nú- mero; • Máximo divisor comum (m.d.c.) de dois números; • Critérios de divisibilidade por 2, 3, 5 e 10; • Noção de número primo; • Determinar múltiplos de um número; • Determinar múltiplos comuns de dois ou mais números; • Identificar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de dois números; • Determinar divisores de um número; • Determinar divisores comuns de dois ou mais números; • Identificar o máximo divisor comum de dois números; • Aplicar critérios de divisibilidade na decomposição de um número natural em factores primos; • Identificar números primos; 64 6ª • Números relativamente primos entre si; • Decomposição de um número natural em factores primos; • O máximo divisor comum (m.d.c.) pelo processo de decomposição em factores primos; • O mínimo múltiplo comum (m.m.c.) pelo processo de decomposição em factores primos. • Identificar números relativamente pri- mos entre si; • Decompôr número natural em factores primos; • Determinar máximo divisor comum (m.d.c.); • Determinar mínimo múltiplo comum (m.m.c.). 7ª • O máximo divisor comum (m.d.c.) pelo processo de decomposição em factores primos; • O mínimo múltiplo comum (m.m.c.) pelo processo de decomposição em factores primos. • Determinar o máximo divisor comum (m.d.c.) pelo processo de decomposi- ção em factores primos; • Determinar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) pelo processo de decomposi- ção em factores primos. 65 DIVISIBILIDADE DE NÚMEROS NATURAIS 6ª Classe 7ª Classe FRACÇÕES (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) • Fracções equivalentes; • Simplificação e amplificação de fracções. • Múltiplos de um número; • Múltiplos comuns de dois ou mais números; • Mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de dois números; • Divisores de um número; • Divisores comuns de dois ou mais número; • Máximo divisor comum (m.d.c.) de dois números; • Critérios de divisibilidade por 2, 3, 5 e 10; • Noção de números primos; • Números relativamente primos entre si; • Decomposição de um número natural em factores primos; • Máximo divisor comum (m.d.c.) pelo processo de decomposição em factores primos; • Mínimo múltiplo comum (m.m.c.) pelo processo de decom- posição em factores primos. • Máximo divisor comum (m.d.c.) pelo processo de decomposição em factores primos; • Mínimo múltiplo comum (m.m.c.) pelo processo de de- composição em factores primos. • Adição e subtracção de frac- ções com denominadores dife- rentes; • Multiplicação e divisão de frac- ções. 66 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Múltiplo de um número (6ª classe) P: Observe a figura. Ela representa alguns gru- pos de alunos formados para o estudo da aula de Matemática. Quantos alunos tem cada grupo? A: Cada grupo tem 3 alunos. P: Quantos grupos foram formados? A: Formaram-se 6 grupos. P: Preencha a tabela sobre a figura. Número de grupos 1 2 3 4 5 6 7 8 ... Número de alunos A: (Com base na tabela dada, eles encontram o número de alunos.) Número de grupos 1 2 3 4 5 6 7 8 ... Número de alunos 3 6 9 12 15 18 21 24 2 × 6 × 3 × 7 × 4 × 8 × 5 × P: Quantos alunos têm 2, 3, 4 grupos, e assim adiante? A: 2 grupos têm 6 alunos, 3 têm 9 alunos, 4 têm 12 alunos e os seguintes têm 15, 18, 21, 24…alunos. P: Como se obteve os números 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24… que indicam o número total de alunos existentes num determinado número de grupos? A: Multiplicou-se o número de grupos pelo número de alunos que formam um grupo. A: Isso quer dizer que se multiplicou 1, 2, 3, 4, 5, 6…por 3 e obteve-se 3, 6, 9, 12, 15, 18… P: Os números que se podem formar ao multiplicar 3 por um número natural chamam- se múltiplos de3. 2. Explicação do problema usando figuras A Tânia pretende organizar o estudo da aula de Matemática em grupos de 3 alunos. Caso haja 1, 2, 3 grupos, e assim em diante, quantos alunos haverá na aula? 67 3. Resumo Múltiplo de um número é o número que se pode obter multiplicando esse número por outro número natural. O múltiplo de um número a obtém-se por número natural × a. 4. Nota para o professor O professor poderá desenvolver vários exercícios relacionados com o quotidiano dos alunos. A determinação de múltiplos de um número exige o conhecimento da tabuada, em especial da multiplicação. Então, deve-se operacionalizar a tabuada da multiplica- ção ao ensinar o múltiplo de um número. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Há uma variedade de brinquedos para oferecer a um centro infantil em embalagens de 4 brinquedos cada. Quantos brinquedos serão necessários, se o centro tiver 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 crianças? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Os erros comuns cometidos pelos alunos estão relacionados com a interpretação do sig- nificado da multiplicação. 68 II. Múltiplos comuns de dois ou mais números (6ª classe) P: Numa aula de Matemática, os alunos formaram grupos de 3. Então, qual é a condição do número de alunos da turma? A: O número de alunos deve ser múltiplo de 3. P: Noutra aula, os alunos formaram grupos de 4. Então, qual é a condição do número de alunos da turma? A: O número de alunos da turma deve ser múltiplo de 4. P: Ao todo, o que se pode dizer ou concluir sobre o número de alunos da turma? A: O número de alunos da turma deve ser múltiplo de 3 e múltiplo de 4. P: Encontremos, agora, o número que é múltiplo de 3 e múltiplo de 4. P: Quais são os múltiplos de 3? A: 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36… P: Quais são os múltiplos de 4? A: 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48… P: Haverá números que aparecem em ambos os grupos? Quais são? A: 12, 24, 36. P: Os números 12, 24, 36 são múltiplos de 3 e múltiplos de 4. Estes números chamam- -se múltiplos comuns de 3 e 4. Então, o número de alunos da turma é 12, 24 ou 36. P: 12 é o menor número dos múltiplos de 3 e 4. Este número chama-se mínimo múlti- plo comum (m.m.c.) de 3 e 4. Número de grupos 1 2 3 4 5 6 7 8 ... 9 12 Número de alunos em grupos de 3 (múltiplos de 3) 3 6 9 12 15 18 21 24 ... ... 36 Número de alunos em grupos de 4 (múltiplos de 4) 4 8 12 16 20 24 28 32 ... 36 ... 2. Explicação do problema usando figuras Numa certa turma, a professora de Matemática, a Sra. Tânia, pretende formar grupos de estudo constituídos por 3 alunos cada. Um outro professor, o Sr. Paulo, pretende orga- nizar a turma em grupos de 4 alunos cada. Em ambos os casos, a turma ficou dividida em grupos com o mesmo número de alunos e todos os alunos da turma pertencem a um grupo. Diga, então, quantos alunos a turma tem? 69 3. Resumo Os números que são múltiplos de dois números, em simultâneo, chamam-se múltiplos comuns. Os múltiplos comuns de 3 e 4 são 12, 24, 36 e outros. O menor múltiplo comum de dois números chama-se mínimo múltiplo comum (m.m.c.). O m.m.c. de 3 e 4 é 12 e escreve-se mmc. . . ,3 4 12 ( ) = . 4. Nota para o professor A determinação dos múltiplos de um número exige o domínio da tabuada e de exer- cícios básicos da multiplicação. Por isso, é importante que o professor discuta com os alunos sobre as diferentes estratégias para encontrar os múltiplos comuns de dois números. Existem várias estratégias para encontrar o (m.m.c.) de dois números. Uma das estratégias para encontrar o (m.m.c.) de dois números, consiste em encontrar o primeiro múltiplo do maior número que é divisível pelo menor múltiplo. Caso a resposta seja sim, então esse número será mínimo múltiplo dos dois. Se a resposta for não, então, poderá seguir com o mesmo processo de cálculo até encontrar o (m.m.c.). (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: O Júlio tem duas caixas com o mesmo número de canetas. Ele agrupou as canetas de uma caixa em pacotes de 5 canetas e as canetas da outra caixa em pacotes de 4 canetas. Sabendo que não houve resto em nenhuma das caixas, quantas canetas continha cada uma das caixas? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Os erros comuns cometidos pelos alunos estão relacionados com o fraco domínio da ta- buada e, por consequência com a sua baixa prestação na resolução de exercícios básicos da multiplicação. 70 III. Divisor de um número (6ª classe) P: Observe a figura apresentada ao lado. Ela repre- senta o número de flores do Paulo. Quantas flores são? A: São 8 flores. P: Caso haja um vaso, poderá ele colocar as flores igualmente? A: Sim. Pondo todas as flores nesse único vaso. P: Verifique se o mesmo número de flores pode ser colocado sem resto, aumentando o número de va- sos, utilizando a seguinte tabela. Número de vasos 1 2 3 4 5 6 7 8 Possibilidades P: Os alunos descobrem, calculando, se tal distri- buição é possível ou não. Número de vasos 1 2 3 4 5 6 7 8 Possibilidades × × × × P: O que descobriu? As flores podem ser colocadas igualmente em dois vasos? A: Sim, cada vaso teria 4 flores. P: Continuando com o mesmo processo até preencher 8 vasos, que resultados obteve? A: O resultado é que 1, 2, 4 e 8 são os números possíveis de vasos. P: Repare que os números 1, 2, 4 e 8 dividem o 8. Estes números chamam-se divisores de 8. O número 8 tem 4 divisores: 1, 2, 4 e 8. O número 8 é divisor de si próprio. P: Como podemos confirmar estas relação de divisores usando expressão matemática? A: Podemos confirmar a relação destes divisores usando a expressão seguinte: 8 1 8 8 2 4 8 4 2 8 8 1 1 8 8 2 4 8 4 2 8 8 1 8 ÷ = ÷ = ÷ = ÷ = ⇔ × = × = × = × = 2. Explicação do problema usando figuras O Paulo tem 8 flores e dividiu-as igualmente em alguns vasos. Quantos vasos poderá ter, para que não haja flores fora dos vasos? 71 3. Resumo O divisor de um número é um número natural que pode dividir o número dado. Por exemplo, no caso de 8, pode ser dividido por 1, 2, 4 e 8. Então, 1, 2, 4 e 8 são divisores de 8. Qualquer número natural tem como divisores o 1 e o próprio número. 4. Nota para o professor A determinação de divisores de um número está relacionada com exercícios básicos da multiplicação e divisão. Por isso, é importante que os alunos dominem bem a tabuada de multiplicação, sobretudo a relação entre a multiplicação e a divisão. O professor poderá desenvolver vários exercícios relacionados com o quotidiano dos alunos, ex- plorando problemas que retratam o significado da divisão. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Há 12 flores igualmente distribuídas em alguns vasos. Quantos vasos poderão ser, se não haver flores restantes, isto é, flores fora dos vasos determinados? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na determinação de divisores de um número, os erros comuns têm haver com a exclusão do 1 e o próprio número como divisores desse número. Por exemplo: Divisores de 8 são 2 e 4. O 1 e o próprio número 8 não estão inclusos nos divisores. Na lógica dos alunos, há sempre uma tendência de omissão do 1 e do próprio número como divisores de um número. 72 IV. Divisores comuns de dois ou mais números (6ª classe) P: A figura apresenta flores vermelhas e brancas. Quantas flores vermelhas e brancas o Paulo tem? A: O Paulo tem 8 flores vermelhas e 12 flores brancas. P: Como poderemos encontrar o número adequado de vasos para colocar o mesmo número de flores vermelhas? A: É necessário encontrar os divisores de 8. P: Como poderemos tratar as flores brancas, consi- derando a mesma necessidade de achar o número adequado de vasos? A: Para colocar o mesmo número de flores brancas em cada vaso, precisamos de encontrar os diviso- res de 12. P: Utilizando a figura, que particularidades ou ca- racterísticas têm os vasos? A:Tem 4 vasos (grupos iguais) de 2 flores verme- lhas e 3 flores brancas. P: No geral, o que se pode dizer sobre o número de vasos, se quisermos colocar o mesmo número de flores vermelhas e brancas em cada um? A: O número de vasos deve ser divisor de 8 e tam- bém divisor de 12. P: Observe a tabela e encontre os divisores de 12. Lembre-se que 1, 2, 4 e 8 são divi- sores de 8. Factores de 8 1 2 3× 4 5× 6× 7× 8 Factores de 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 P: (Os alunos encontram os divisores de 12). 2. Explicação do problema usando figuras O Paulo tem 8 flores vermelhas e 12 flores brancas e pretende colocá-las em alguns vasos. Cada vaso deverá ter o mesmo número de flores vermelhas e de flores brancas. Quantos vasos poderão ser necessários para que não haja flores restantes? 73 Factores de 8 1 2 3× 4 5× 6× 7× 8 Factores de 12 1 2 3 4 5× 6 7× 8× 9× 10× 11× 12 P: Quais são os divisores de 12? A: Os números 1, 2, 3, 4, 6 e 12 são divisores de 12. P: Que divisores pertencem a ambos os números? A: Os divisores 1, 2 e 4 pertencem a ambos os números. P: Os números 1, 2 e 4 são divisores de 8 e 12, chamam-se divisores comuns de 8 e 12. Portanto, o Paulo pode ter 1, 2 ou 4 vasos para colocar o mesmo número de flores vermelhas e brancas, sem que haja resto. P: O maior divisor comum de dois números chama-se máximo divisor comum (m.d.c.). O m.d.c. de 8 e 12 é 4. 3. Resumo Os números 1, 2 e 4, divisores de 8 e 12, chamam-se divisores comuns de 8 e 12. O maior divisor comum de dois números chama-se máximo divisor comum (m.d.c.). O máximo divisor comum de 8 e 12 é 4 e escreve-se m d c. . . ,8 12 4 ( ) = . 4. Nota para o professor A determinação de divisores de um número exige o domínio da tabuada e de exercícios básicos da multiplicação e da divisão. Por isso, é importante que o professor discuta com os alunos sobre os diferentes métodos para encontrar os divisores comuns de dois números. Existem vários métodos para determinar o (m.d.c.) de dois números. Um dos métodos consiste em encontrar o divisor do menor número que é divisor do maior número. Se a resposta for sim, então, esse número será o máximo divisor dos dois. Se a resposta for não, então, poderá seguir o mesmo processo até encontrar o (m.d.c.). Os erros comuns cometidos pelos alunos estão relacionados com o fraco domínio da tabuada e, por consequência, eles têm demonstrado baixo desempenho na resolução de exercícios básicos da multiplicação e da divisão. 74 (1) Explique os passos da resolução do seguinte problema: Uma turma da 5ª classe tem 16 meninos e 24 meninas. Pretende-se formar grupos com o mesmo número de meninos e o mesmo número de meninas em cada um. Quantos grupos poderão ser formados? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 75 Capítulo IV: Fracções 1. Objectivos da unidade • Usar fracções na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o tratamento de fracções; • Usar estratégias correctas para o tratamento de adição, subtracção, multiplicação e divi- são de fracções na sala de aulas. 2. Avaliação no ensino de fracções • Diagnóstica, ao nível de compreensão de números naturais e suas operações; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno, focando a compreensão do conceito de fracções, a aplicabilidade da ideia da unidade de fracções e diagramas de fracções; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outras materiais sobre o nível de compreensão do conceito e a aplicabilidade de fracções na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 4ª • Noção de fracção; • Leitura e escrita; • Representação gráfica; • Comparação de duas fracções da uni- dade. • Identificar e representar uma fracção; • Explicar o significado de denominador e numerador de fracção; • Representar graficamente uma frac- ção; • Ler e escrever fracções; • Comparar fracções da unidade. 5ª • Noção de fracção; • Leitura e escrita; • Representação gráfica; • Comparação de duas fracções da uni- dade e com o mesmo denominador; • Adição e subtracção de fracções com o mesmo denominador. • Identificar e representar uma fracção; • Explicar o significado de denominador e numerador de fracção; • Representar graficamente uma frac- ção; • Ler e escrever fracções; • Comparar fracções da unidade e com o mesmo denominador; • Efectuar a adição e subtracção de frac- ções com o mesmo denominador. 76 6ª • Noção de fracção; • Leitura e escrita; • Representação gráfica; • Representação de fracções na semi- recta graduada; • Tipos de fracções (próprias, impró- prias e mistas); • Equivalência de fracções; • Simplificação e ampliação de fracções; • Comparação de fracções; • Operações com fracções; • Expressões numéricas envolvendo as operações básicas de fracções; • Resolução de problemas envolvendo fracções. • Explicar a relação do denominador e numerador de fracção; • Identificar e representar uma fracção; • Representar graficamente uma frac- ção; • Ler e escrever fracções; • Identificar fracções próprias, impró- prias e mistas; • Identificar fracções equivalentes; • Simplificar e ampliar fracções; • Efectuar operações com fracções; • Resolver expressões numéricas envol- vendo as operações básicas; • Resolver problemas envolvendo frac- ções. 7ª • Operações com fracções; • Expressões numéricas envolvendo as operações básicas de fracções; • Resolução de problemas envolvendo fracções. • Efectuar operações com fracções; • Resolver expressões numéricas envol- vendo as operações básicas; • Resolver problemas envolvendo frac- ções. 77 (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) FRACÇÕES 5ª Classe 4ª Classe 1ª - 3ª Classe 6ª Classe NÚMEROS NATURAIS, NÚMEROS DECIMAIS, DIVISIBILIDADE DE NÚMEROS NATURAIS, RAZÕES E PROPORÇÕES E PERCENTAGEM • Noção de Fracções; • Leitura e escrita, representa- ção gráfica e unidade de frac- ções. • Leitura e escrita, representa- ção gráfica; • Comparação de fracções; • Adição e subtracção de frac- ções com o mesmo denomina- dor. • Representação gráfica; • Tipos de fracções: próprias, impróprias e mistas; • Equivalência; simplificação e ampliação de fracção; • Expressões numéricas de frac- ções. 7ª Classe • Noção de razões e proporções; • Transformação de percentagens em fracções e números decimais e vi- ce-versa. • Adição e subtracção de frac- ções com denominadores dife- rentes; • Multiplicação e divisão de fracções; • Expressões numéricas de frac- ções. • Números naturais; leitura e escrita, decomposição e unidade de núme- ros naturais (1, 10, 100, etc.); • Adição e subtracção de números naturais; • Multiplicação e divisão de números naturais. • Noção de números decimais; uni- dades decimais; • Adição e subtracção de números de- cimais; • Noção de percentagem; • Relação entre percentagem, frac- ções e números decimais. • Transformação de fracções em nú- meros decimais e vice-versa. • Transformação de números deci- mais em fracções decimais e vice- versa; • Múltiplos e factores comuns (divi- sibilidade de números naturais). 78 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Noção de fracções (4ª classe) Os alunos podem dobrar a folha ao meio com o auxílio e explicação do professor, usando uma folha de papel com o formato de um quadrado ou rectângulo. P: De quantas maneiras se pode dobrar a folha de papel? A: A folha pode ser dobrada de várias formas. P: Em quantas partes iguais se pode dividir a folha de papel? A: Em 2 partes iguais. P: Que parte da folha corresponde cada parte? A: Cada parte do papel corresponde à metade da folha de papel. P: Então, que parte da cartolina usou a irmã da Rosa para desenhar? A: A parte da cartolina que a irmã da Rosa usou para desenhar corresponde à metade da cartolina. P: Assim, cada parteda cartolina corresponde à metade da cartolina e é chamada um meio da cartolina e escre- ve-se 1 2 . A esta representação 1 2 designa-se fracção. A mesma fracção pode ser representada graficamente de várias maneiras. 2 1 2 1 2 1 2. Explicação do problema usando figuras A irmã da Rosa levou uma cartolina de forma rectângular e dividiu-a em duas partes iguais. Usou uma parte para desenhar e a outra parte ofereceu-a à amiga. De que ma- neira ela poderá dividir a cartolina? Que parte da cartolina a irmã da Rosa usou para desenhar? 79 3. Resumo Uma fracção é um número que representa parte de uma unidade. Uma fracção é composta por dois números naturais, o de cima chama-se numerador e o de baixo chama-se deno- minador, os quais estão separados por um traço de fracção. O numerador indica o número de partes tomadas e o denominador indica o número de partes em que a unidade foi igualmente dividida. 1 2 Numerador Traço de fracção Denominador 4. Nota para o professor Ao introduzir a noção de fracção, é fundamental utilizar uma linguagem apropriada que envolva termos como unidade, divisão, parte, metade, traço de fracção, etc. Usando papéis ou fitas com o formato de quadrado, rectângulo ou círculo, e seguindo o mesmo procedimento de dobrar a unidade pela metade, pode-se obter fracções 1 4 1 8 , , etc... A palavra metade é familiar para os alunos, pois já ouviram falar de metade de várias coisas. É necessário mostrar aos alunos que há mais do que uma maneira de representar a mesma fracção graficamente, sendo igualmente importante destacar que a fracção não é um par de dois números separados por um traço de fracção, ela é em si um único número. (1) Erro na divisão de objectos em partes iguais. (2) Erro na representação da parte pintada por fracção 2 1 . (1) Explique os passos a seguir para obter as fracções 1 4 1 8 e . (2) Produza um plano de aula sobre noção de fracção com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 80 II. Representação de fracções na semi-recta graduada (6ª classe) P: A figura mostra uma semi-recta graduada. Em quantas partes se deve dividir o segmento de recta compreendido entre 0 e 1 para representar a frac- ção 1 4 ? A: Em quatro partes iguais. P: Quantas partes serão pintadas, a partir do zero, para indicar a fracção 1 4 ? A: Uma parte. P: Como representaria 2 4 3 4 e na semi-recta gra- duada? A: Duas das quatro partes seriam pintadas para re- presentar 2 4 e três das quatro partes seriam pinta- das para representar 3 4 . 2. Explicação do problema usando figuras Considere a fracção 1 4 . Como pode ser representada na semi-recta graduada? 3. Resumo É importante que os alunos entendam que, na semi-recta graduada, a fracção deve ser colocada abaixo ou acima do traço que limita a parte pintada, mas que não seja no zero. A fracção a b é representada na semi-recta graduada da seguinte forma: • Toma-se o segmento entre zero (0) e um (1) e divide-se em b partes iguais. • Conta-se a unidades a partir do zero até a parte que indica o numerador da fracção e coloca-se a fracção a b por baixo ou por cima do traço que indica a extremidade deste intervalo na semi-recta graduada. 4. Nota para o professor É importante usar a semi-recta graduada não simplesmente como método de repre- sentação da fracção, mas também como forma de apresentar o significado de fracção (denominador e numerador). 81 (1) O segmento de recta entre 0 e 1 não foi dividido em partes iguais. (2) Contou-se a partir de 1. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Represente as seguintes fracções 1 6 3 6 5 6 , e numa semi-recta graduada. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 82 III. Comparação de fracções com o mesmo denominador (5ª classe) P: Como podemos comparar 2 5 4 5 e ? A: Usando uma semi-recta graduada. P: Como está representada a fracção 2 5 na semi-recta graduada? A: O segmento entre 0 e 1 está dividido em 5 partes iguais e 2 5 significa 2 pedaços de 1 5 , então, pinta-se os primeiros dois pedaços. P: Como está representada a fracção 4 5 na semi-recta graduada? A: 4 5 significa 4 pedaços de 1 5 , então, pinta-se os pri- meiros 4 pedaços. P: Qual é a maior fracção? Porquê? A: Como 4 2 4 5 2 5 > >⇒ . 2. Explicação do problema usando figuras A Joana tem um laço com 2 5 m e a Maria tem outro laço com 4 5 m . Qual das duas me- ninas tem o maior laço? 3. Resumo De duas fracções com o mesmo denominador, é maior a que tiver maior numerador. Ex: . 83 4. Nota para o professor É importante ensinar aos alunos o significado da comparação usando a fracção unitá- ria. Por exemplo, a fracção unitária de 4 5 é 1 5 , 5 6 é 1 6 e, assim, por diante. (1) Toma-se o 1 (um) como a origem e não o 0 (zero). (2) Divide-se o segmento em três partes iguais para acomodar ambas as fracções. (1) Explique os passos para comparar 3 7 5 7 e . (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 84 IV. Equivalência, simplificação e amplificação de fracções (6ª classe) P: Entre 1 2 2 4 e , qual delas é maior? Porquê? A: Não é fácil compará-las, porque têm denominadores diferentes. P: O que se pode usar para facilitar a comparação? A: Pode-se usar semi-rectas graduadas. P: Observe a tabela de semi- -rectas graduadas. Qual das fracções é maior? Porquê? A: As fracções são iguais, porque ocupam a mesma posição na semi-recta gra- duada. P: Há mais fracções com o mesmo valor de 1 2 2 4 e ? Porquê? A: Sim, é 3 6 , porque está na mesma posição que 1 2 2 4 e na semi-recta graduada. P: Portanto, as fracções têm o mesmo valor, ou seja, 1 2 2 4 3 6 = = . 2. Explicação do problema usando figuras A Miquelina comprou 1m de capulana e usou 1 2 m da mesma para confeccionar uma bolsa. A Júlia comprou também 1m de capulana e usou 2 4 m da mesma para o mesmo efeito. Qual das duas usou uma parte maior? 85 3. Resumo Diz-se, então, que as fracções que têm o mesmo valor são equivalentes. Para obter frac- ções equivalentes, multiplica-se (ou divide-se) o numerador e o denominador pelo mesmo número, diferente de zero: a b c a c b = × × . 4. Nota para o professor É importante ensinar aos alunos o significado da simplificação, fazendo referência à equivalência de fracções: a b a c b c = ÷ ÷ . P: Pode-se encontrar mais fracções com o mesmo valor, isto é, valor igual ao das fracções anteriores? A: Sim, 4 8 . 1 2 2 4 3 6 = = = P: Como se pode encontrar? A: Multiplica-se o numerador e o denominador da fracção 1 2 por um mesmo número, 4, isto é, 4 1 4 2 4 8 × × = . P: Portanto, 1 2 2 4 3 6 4 8 = = = chamam-se fracções equiva- lentes. (1) A posição do 1 2 na semi-recta é errada. (2) Usou-se a adição, ao invés da multiplicação. 1 1 2 1 2 3 1 2 2 2 3 4 + + = + + = e , e está errado, pois, 1 2 2 3 3 4 / /== . 86 (1) Explique os passos para verificar se as fracções 1 3 2 6 e são ou não equivalentes. (2) Produza um plano com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 87 P: Como se pode encontrar a quantidade total de leite que a mãe recebeu? A: Adicionando as quantidades de leite como 2 5 1 5 + . P: Pensemos em como se pode calcular uma adição de fracções. Considere 2 recipientes de 1 litro cada. Como se pode mostrar 2 5 1 5 l l e nestes recipientes? A: Divide-se cada recipiente em 5 partes iguais, en- tão, pinta-se 2 partes para mostrar 2 5 l no primeiro e pinta-se 1 parte para mostrar 1 5 l no segundo. P: Juntemos as partes pintadas num recipiente. Então, o que vê? A: 3 partes foram pintadas. P: Assim, que quantidade de leite a mãe recebeu? A: A mãe recebeu 3 5 l de leite. P: Temos como resultado 2 5 1 5 3 5 + = . Como podemos, então, explicar a adição de fracções com o mesmo denominador? A: Adicionam-seos seus numeradores (2 + 1) e man- tém-se o mesmo denominador (5). 1l 1l 1l 1l 1l 1l 1l 1l 1l 1l l 1 5 l 2 5 l 1 5 l 2 5 2. Explicação do problema usando figuras V. Adição de fracções com o mesmo denominador (5ª classe) A Rita e o João ofereceram 2 5 1 5 l l e de leite à mãe, respectivamente. Que quantidade de leite a mãe recebeu? 88 4. Nota para o professor (1) Para além de ensinar o método de cálculo é, também, importante que o professor mostre o significado do mesmo, usando figuras. Há várias formas de explicar a adição de fracções com o mesmo denominador, por exemplo, usar a semi-recta graduada. Neste sentido, 2 5 1 5 + pode ser apresentado da seguinte forma: (2) Há, também, casos de adição de fracções em que se obtém uma fracção redutível. Neste caso, deve-se simplificar à sua forma mais simples. Exemplo: 3 14 4 14 3 4 14 7 14 1 2 + = + = = . (1) Calcule: 2 5 1 5 2 1 5 5 3 10 + = + + = . O aluno adicionou os numeradores e os denominadores entre si. (2) Calcule: 3 7 3 7 3 7 7 3 14 + = + = . O aluno manteve o numerador e adicionou os denomi- nadores entre si. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: O senhor Joaquim ocupou 2 7 do seu quintal para plantar alface e 3 7 do mesmo quintal para plantar beterraba. Que parte do quintal foi usada para o plantio destas duas culturas? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 3. Resumo Para adicionar fracções com o mesmo denominador, adicionam-se os numeradores e man- tém-se o denominador, isto é, considerando duas fracções a b c b b e com ≠( )0 tem-se: a b c b a c b + = + . 89 VI. Subtracção de fracções com denominadores diferentes (7ª Classe) P: Como podemos encontrar a diferença? A1: Subtraindo. A2: Ao subtrair a quantidade menor da quantidade maior. P: Qual das jarras tem a maior quantidade de sumo? A: A jarra A tem uma quantidade de sumo maior que a jarra B. P: Qual é a expressão para encontrar a diferença? A: 3 4 2 3 − . BA 1l 1l 1l 1l BA l 3 4 l 2 3 P: Como calculamos 3 4 2 3 − ? A: As fracções 3 4 2 3 e podem ser reescritas com o de- nominador comum. Porque se tiverem denominador co- mum podemos subtrair os numeradores. P: Como é que se obtém o denominador comum? A: Encontrando as fracções equivalentes de 3 4 2 3 e . O 12 é o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de 3 e 4. AB □l □l 1l1l P: Quais são as fracções equivalentes de 3 4 2 3 e , se 12 for aplicado como o denominador comum? A: 3 4 3 3 4 3 9 12 2 3 2 4 3 4 8 12 = × × = = × × = e . P: Então, como podemos obter a diferença? A: 3 4 2 3 9 12 8 12 9 8 12 1 12 − = − = − = P: Portanto, a diferença é de 1 12 l . 11 AB l 8 12 l 9 12 2. Explicação do problema usando figuras A jarra A contém 3 4 l de sumo de laranja e a jarra B contém 2 3 l . Determine a diferença de quantidade de sumo de laranja entre as duas jarras. 3. Resumo Para subtrair fracções com denominadores diferentes, reduzem-se as fracções dadas ao mesmo denominador, usando o (m.m.c.) e, então, efectua-se a subtracção. 90 4. Nota para o professor Há várias formas de explicar a subtracção de fracções com denominadores diferentes, por exemplo: (1) Usar a semi-recta graduada. Neste caso, apresen- ta-se 2 3 1 2 − , como ilustra a figura à direita. (2) Usar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.). 2 3 1 2 4 6 3 6 4 3 6 1 6 − = − = − = M3 6 9 12 15 ... M2 4 6 8 10 ... (3) Outra forma comum de calcular é a b c d a d b d c b d b − = × × − × × , multiplicando, então, o nu- merador e o denominador de uma fracção pelo deno- minador de outra fracção, sem buscar pelo (m.m.c.) (denominador). Neste caso, 2 3 1 2 2 2 3 2 1 3 2 3 4 6 3 6 4 3 6 1 6 − = × × − × × = − = − = . A grande desvantagem deste procedimento é ter que trabalhar com números maiores, como, por exemplo, no caso 11 12 41 48 − , o que dificulta o cálculo mental. (1) 3 4 2 3 3 2 4 3 1 1 1− = − − = = : O aluno subtraiu os numeradores e os denominadores entre si. (2) 3 4 2 3 3 2 4 3 1 12 − = − × = : O aluno subtraiu os numeradores entre si e multiplicou os deno- minadores entre si. O resultado está correcto, mas o procedimento está incorrecto. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A dona Maira comprou no mercado informal 3 4 kg de pepino e usou 5 8 kg para preparar o almoço. Quantos quilogramas de pepino sobraram? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 91 VII. Multiplicação de fracções (7ª classe) P: Se a Nádia tivesse 3l, ao invés de 1 3 l como poderíamos encontrar a área? A: 3 2 5 3 2 5 6 5 × = × = . P: Então, como encontrar a área que se pode pintar com 1 3 l de tinta? A: Pode-se pintar 1 3 2 5 2 de m com 1 3 l de tinta, isto é, 1 3 2 5 × . l 1 3 P: Pensemos em como calcular a multiplicação de fracções. A figura à esquerda mostra que 2 5 2m podem ser pintados com 1l de tinta. E a figura à direita mostra a área que pode ser pintada com 1 3 l de tinta. P: Como calculamos 1 3 2 5 × ? A1: Para calcular 1 3 de . Portanto, 1 3 de . A resposta é . l1 3 3 A2: A figura mostra que a área (1m 2) é dividida em 5 partes iguais e a tinta (1l) em 3 partes iguais. Portanto, a unidade mínima (cada pedaço) corresponde à 1 3 5 1 15× = . Além disso, a área que pode ser pintada com 1 3 l corresponde à 2 pedaços de 1 15 2m , isto é, 2 15 2m . P: Portanto, 1 3 2 5 1 2 3 5 2 15 2 1 3 5 2 1 1 3 5 2 1 3 5 2 15 2 15 2× = × × = ⇔ × × = × × = × × = . m . 2. Explicação do problema usando figuras A Nádia pretende pintar a porta do seu quarto. Ela sabe que 1l de tinta cobre 2 5 2m . Quantos m2 da porta podem ser pintados com 1 3 l de tinta? 92 3. Resumo Na multiplicação de duas fracções, multiplicam-se os numeradores entre si e os denomi- nadores entre si: b a d c b d a c # # #= . 4. Nota para o professor Há três casos de multiplicação de fracções: (1) Multiplicação de um número inteiro por uma fracção; (2) Multiplicação de uma fracção por um número inteiro; (3) Multiplicação de duas fracções. Devemos ensinar 1, 2 e 3 de forma sucessiva. Para além do cálculo, é importante que os alunos entendam, claramente, o significado da expressão matemática relacionada com as figuras, bem como o significado das operações envolvidas. Há várias formas de explicar a multiplicação de duas fracções. A figura abaixo pode, também, servir como exemplo. Pensemos, agora, em como podemos aproveitar e explorar na aula o exemplo da se- guinte figura: (1) 1 3 2 5 1 2 15 3 15 × = + = : O aluno confundiu a regra, adicionou os numeradores e multipli- cou os denominadores. (2) 2 5 1 3 2 1 5 3 3 8 × = + + = : O aluno confundiu o sinal, adicionou os numeradores e os deno- minadores entre si. 93 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: 1l de tinta cobre 2 3 2m . Quantos m2 pode-se pintar com 1 2 l de tinta? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 94 P: Se tivéssemos 4l ao invés de 1 4 dl , como poderíamos calcular a área? A: 3 5 4 3 5 1 4 3 20 3 20 2÷ = × = . . m P: Então, como encontrar a área que se pode pintar com 1dl de zarcão no problema principal? A: A área pode ser encontrada calculando 3 5 1 4 ÷ . P: Pensemos, agora, em como calcular a divisão de fracções. A figura mostra que 3 5 2m podem ser pintados com 1 4 dl (à esquerda), e a área após dividir por 1 4 fazendo 4 ve- zes a quantidade de zarcão para obter 1dl (à direita). P: Pode descobrir como encontrar o resultado de 3 5 1 4 ÷ ? A1: 4 pedaços da 3 5 2m , isto é, 4 3 5 × . A2: 12 pedaços de 1 5 2m , isto é, ( )4 3 1 5 × × . P: De onde vem o número 4 da expressão 4 3 5 × ? Lembra-se de que, ao dividir uma fracção por um número, pode-se multiplicar a fracção com o inversodesse número? A1: O número 4 da expressão 4 3 5 × provém de 4 3 5 3 5 4 3 5 4 1 3 5 1 4 × = × = × = ÷ , ( 1 4 é o número inverso de 4). 2. Explicação do problema usando figuras VIII. Divisão de fracções (7ª classe) 3 5 2m de um portão são pintados com 1 4 dl de zarcão. Quantos m2 pode-se pintar com 1dl de zarcão? 95 3. Resumo Para dividir duas fracções, transforma-se a divisão numa multiplicação entre o dividendo e o inverso do divisor: a b c d a b d c ÷ = × . 4. Nota para o professor 1. Antes de tratar o conceito de divisão de fracções, é importante que se realizem exercícios práticos para que o aluno obtenha uma ideia clara sobre este procedimento associado ao cálculo do inverso de um número. Para este efeito, pode-se realizar o seguinte exercício: (1) =1 (2) =1 (3) 2 =1 (42 5 1 4 × × × )) =1 7 8 × 2. Há três casos de divisão de fracções: (1) Divisão de uma fracção por um número inteiro; (2) Divisão de um número inteiro por uma fracção; (3) Divisão de duas fracções. Devemos ensinar 1, 2 e 3 de forma sucessiva. P: Como encontrar ( )4 3 1 5 × × ? A2: A figura mostra que a unidade mínima é 1 5 2m e há 12 = (4 × 3) pedaços de 1 5 2m . Então, 4 3 1 5 12 5 ×( )× = . Assim, 1dl de zarcão pode cobrir 12 5 2m . Portanto, 3 5 1 4 3 5 4 1 3 4 5 1 12 5 1 5 4 3 4 3 5 12 5 12 5 2÷ = × = × × = ⇔ × ×( ) = × = . m . 96 3. Há várias formas de explicar como dividir duas fracções usando figuras. A título de exemplo, pensemos, agora, em como podemos explicar a seguinte figura: ÷ 1 4 4 1 × ÷ 1 4 4 1 × 4. A forma de diagrama de área para calcular 5 8 2 3 ÷ difere ligeiramente de 5 8 1 3 ÷ . Uma vez que dois é maior que um (2 > 1) , a expressão matemática e o diagrama de área será mais complexa, veja a figura abaixo: 5 8 1 3 5 8 3 1 5 3 8 1 15 8 ÷ = × = × × = 5 8 2 3 5 8 3 2 5 3 8 2 15 16 ÷ = × = × × = 1 8 2m 5 8 2m 1 3 dl ÷ 1 3 3 1 × ÷ 1 3 3 1 × 1 3 2 3 m2 1 16 2m 5 16 2m 2 3 dl1 3 dl 1 3 2 3 5 8 2m m 2 3 1 × ÷ 1 3 ÷ 1 3 3 1 × 97 Os erros possíveis estão relacionados com a multiplicação de fracções. (1) 3 5 1 4 3 1 5 4 3 20 ÷ = × × = : O aluno confundiu o sinal da divisão com o da multiplicação e multiplicou os numeradores e os denominadores entre si. (2) 3 5 1 4 5 1 3 4 5 12 ÷ = × × = : O aluno confundiu os termos dividendo com o divisor. Efectuou a divisão de fracções usando o inverso de dividendo. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A Dália pintou 5 8 2m de um quadro com 1 3 dl de tinta. Quantos m2 pode-se pintar com 1dl de tinta? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 99 Capítulo V: Números decimais e operações 1. Objectivos da unidade • Usar números decimais na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o tratamento de números decimais e suas operações; • Usar estratégias correctas para o tratamento de adição, subtracção, multiplicação e divisão de números decimais na sala de aulas. 2. Avaliação no ensino de números decimais e operações • Diagnóstica, ao nível de compreensão de números naturais e fracções e suas operações; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão do conceito de números decimais, unidades decimais (0,1; 0,01; 0,001; etc.) e suas operações; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais sobre o nível de compreensão do conceito e a aplicabilidade de números decimais, unidades decimais (0,1; 0,01; 0,001; etc.) e suas operações na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 5ª • Fracções de denominador 10, 100 e 1000; • Transformar fracções decimais em nú- meros decimais e vice-versa; • Transformação de números decimais em fracções decimais e vice-versa; • Ler e escrever números decimais; • Leitura e escrita de números decimais; • Identificar a parte inteira e a parte deci- mal de um número decimal; • Decomposição de números decimais; • Comparar números decimais, usando os símbolos: >, < e =; • Representação de números decimais na tabela de posição; • Ordenação de números decimais; • Comparação de números decimais usando os símbolos de comparação (>, < e =); • Efectuar exercícios de adição e sub- tracção que envolvem números deci- mais. 100 • Procedimento escrito de adição de nú- meros decimais; • Procedimento escrito de subtracção de números decimais. 6ª • Fracções decimais de denominador 100, 1000 e 10 000; • Relacionar fracções decimais e núme- ros decimais; • Transformação de número decimal em fracção decimal e vice-versa; • Leitura e escrita de um número deci- mal; • Decomposição de números decimais; • Representação de números decimais na tabela de posição; • Comparação de números decimais; • Adição e subtracção de números deci- mais. • Ler e escrever números decimais; • Transformação de números decimais em fracções decimais e vice-versa; • Decompor números decimais; • Adicionar e subtrair números deci- mais. 7ª • Adição e subtracção de números deci- mais; • Multiplicação de um número decimal por um número natural; • Multiplicação de dois números deci- mais; • Divisão de um número decimal por um número natural; • Divisão de dois números decimais. • Adicionar e subtrair números deci- mais; • Multiplicar e dividir números deci- mais. 101 (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 5ª Classe 4ª Classe 6ª Classe 7ª Classe NÚMEROS NATURAIS FRACÇÕES NÚMEROS DECIMAIS E OPERAÇÕES • Noção de números decimais; uni- dades decimais (0,1; 0,01; 0,001; etc.); • Transformação de número decimal em fracção decimal e vice-versa; • Comparação de números deci- mais; • Procedimento escrito da adição de números decimais; • Procedimento escrito da subtrac- ção de números decimais. • Equivalência, simplificação e ampliação de fracções. • Adição e subtracção de números decimais; • Multiplicação dos números deci- mais; • Divisão dos números decimais. • Adição e subtracção de frac- ções com denominadores dife- rentes; • Multiplicação e divisão de fracções. • Transformação de números deci- mais em fracções decimais e vice- versa; • Decomposição e representação de números decimais; • Comparação de números deci- mais; • Adição e subtracção de números decimais. • Comparação de fracções; • Adição e subtracção de frac- ções com o mesmo denomina- dor. • Noção de fracção; • Leitura e escrita, representação gráfica e unidades de fracções. 1ª - 3ª Classe • Leitura e escrita, decomposição de números natu- rais; unidades de números naturais (1, 10 e 100); • Adição e subtracção de números naturais; multipli- cação e divisão de números naturais. 102 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Noção de números decimais (5a classe) Usando uma folha de papel com o formato de uma fita de 1m, os alunos poderão dividir a fita de 1m em 10 partes iguais com o auxílio do professor. P: Que parte da fita em metros representa cada pedaço? A: Cada pedaço da fita representa 1 10 m. P: Como podemos representar o comprimento de 1, 3 e 4 pedaços da fita respectivamente? A: 1 10 m, 3 10 m e 4 10 m, respectivamente. P: Outra forma de representar 1 10 m é 0,1m. 3 10 m são 3 pedaços de 0,1m, então, diz-se 0,3m e 4 10 m são 4 pedaços de 0,1m, então, diz-se 0,4m. P: Os números 0,1; 0,3 e 0,4 chamam-se números decimais. A vírgula (,) separa a parte inteira da parte decimal. P: Agora, tendo a fita com 0,1m de compri- mento e dividindo-a em 10 partes iguais. Que fracção representa a cada parte da fita? A: 1 10 10 1 10 1 10 1 100 ÷ = × = A: Cada pedaçoda fita representa 1 100 m. 2. Explicação do problema usando figuras A dona Adélia dividiu uma fita de 1m em 10 partes iguais. Que parte da fita representa um pedaço, três pedaços ou quatro pedaços da fita, respectivamente? 103 3. Resumo O número decimal é usado para representar uma quantidade e é composta por duas partes: Parte inteira – aquela que fica à esquerda da vírgula; Parte decimal – aquela que fica à direita da vírgula. 0,1 é uma unidade decimal e é a casa inicial da parte decimal; 0,01 é também uma unidade decimal 1 10 de 0,1. 4. Nota para o professor Na abordagem dos conteúdos desta unidade, o professor deve demonstrar o significado de noção de um número decimal e unidades decimais. Portanto, o uso da fita como método de demonstração de número decimal pode, também, ser aproveitado para es- clarecer o significado do número decimal, para além de outros materiais que se podem explorar a partir de experiências do quotidiano dos alunos. Um dos propósitos dos números decimais é ampliar o sistema de numeração de base 10 para números menores que 1 (unidades decimais como 0,1; 0,01 e 0,001). Para os números naturais, quando a quantidade de uma unidade particular alcança 10, é expressa como a unidade seguinte. Todavia, para o caso dos números decimais, uma certa unidade (1) é igualmente dividida em dez partes para formar uma nova unidade (0,1). Por sua vez, 0,1 é igualmente dividido em 10 partes para formar a próxima uni- dade (0,01), e, assim, sucessivamente. O tamanho de uma quantidade é representado pelo número destas unidades. P: Como podemos representar o comprimento de 1, 3 e 4 pedaços da fita? A: 1 100 m, 3 100 m e 4 100 m, respectivamente. P: Outra forma de representar 1 100 m é 0,01m. 3 100 m são 3 pedaços de 0,01m, então, diz-se 0,03m e 4 100 m são 4 pedaços de 0,01m, então, diz-se 0,04m. 104 Os alunos podem encarar certas dificuldades na noção de números decimais, omitindo algumas casas decimais na escrita. (1) 1 10 1= (2) 3 100 0 3= , (3) 1 10 0 1 1 de , = (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Duas jarras com a capacidade de 1l cada contém uma certa quantidade de sumo. De acordo com a figura abaixo, expresse a quantidade de sumo que cada jarra contém usando números decimais. (a) (b) (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 105 II. Composição e decomposição de números decimais (5ª classe) P: Considere 42,395. Em que casa se encontra o algarismo 4? A: Na casa das dezenas. P: Em que casa se encontra o algarismo 2? A: Na casa das unidades. P: Em que casa encontram-se os algarismos 3, 9, e 5? A: 3 na casa dos décimos, 9 na casa dos centésimos e 5 na casa dos milésimos. 4 2 , 3 9 5 4 2 , 3 9 5 4 2 , 3 9 5 4 2 , 3 9 5 4 2 , 3 9 5 P: Assim, 42,395 consiste em 4 dezenas, 2 unidades, 3 décimos, 9 centésimos e 5 mi- lésimos. Matematicamente, pode escrever-se: 42,395 = 4 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 9 × 0,01 + 5 × 0,001 P: Agora, componha o número que consiste em 2 dezenas, 4 unidades, 7 décimos, 3 centésimos e 6 milésimos. A: 2 × 10 + 4 × 1 + 7 × 0,1 + 3 × 0,01 + 6 × 0,001 = 20 + 4 + 0,7 + 0,03 + 0,006 = 24,736. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Um número decimal pode ser apresentado como a soma de cada algarismo, multiplicado pelo seu valor posicional. Por exemplo: 3 × 0,1 + 5 × 0,01 + 7 × 0,001 = 0,357 4. Nota para o professor Similarmente aos números naturais, é muito importante entender a estrutura do núme- ro decimal e escrevê-lo como uma soma de cada algarismo multiplicado pelo valor da sua casa decimal. Quantas dezenas, unidades, décimos, centésimos e milésimos tem 42,395? 106 Os alunos podem encarar certas dificuldades na decomposição de um número que contém o zero na parte decimal. Pelo facto de o zero ser considerado um valor nulo, o aluno pode omitir a casa em que o zero se encontra e trocar com o algarismo da casa subsequente não nulo. 42,095 = 4 × 10 + 2 × 1 + 9 × 0,1 + 5 × 0,01 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Decomponha o seguinte número 94,702 em dezenas, unidades, décimos, centésimos e milésimos? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 107 P: Qual é a maior quantidade? Porquê? A1: 1,24 é maior, porque tem três algarismos (1, 2 e 4) e os outros têm apenas dois algarismos com um zero. A2: 1,3 é maior, porque o décimo (3) de 1,3 é maior que o décimo (2) de 1,24. P: Muito bem, para saber o maior número dos dois, é melhor compararmos na semi- recta graduada. Assim, onde encontram-se 1,3 e 1,24? A: 1,3 encontra-se depois de 1,24. Assim, 1 3 1 1 3 0 1, ,= × + × . Então 1,3 consiste em 1 pedaço de 1 e 3 pedaços de 0,1, e 1,24 consiste em 1 pedaço de 1, 2 pedaços de 0,1 e 4 pedaços de 0,01. P: Então, a maior quantidade é 1,3 porque encontra-se depois de 1,24 na semi-recta graduada. P: Agora, qual é a menor quantidade? Porquê? A1: 0,42 é a menor quantidade porque a unidade é zero e o centésimo (2) de 0,42 é menor que o centésimo (7) de 0,47. Portanto, 0,42 < 0,47. P: Então, vamos confirmar na semi-recta graduada abaixo. P: 0,42 é a menor quantidade e 1,3 é a maior quantidade porque na comparação de números decimais deve-se comparar sempre as mesmas casas (posições), partindo da esquerda para à direita. E na semi-recta graduada, o número que estiver à esquerda é menor em relação ao que estiver à direita. 2. Explicação do problema usando figuras III. Comparação de números decimais usando a semi-recta graduada (6ª classe) A Júlia, o Pedro, a Amélia e o Carlos colheram 0,42kg, 1,3kg, 1,24kg e 0,47kg de toma- te, respectivamente. Qual deles colheu: (1) A maior quantidade? (2) A menor quantidade? 108 3. Resumo Na comparação de números decimais deve-se comparar sempre as mesmas casas (posi- ções), partindo da esquerda para à direita. Na semi-recta graduada, o número que estiver à esquerda é menor em relação ao que estiver à direita. 4. Nota para o professor Tal como os números naturais, os números decimais são compostos sob o sistema de numeração de base 10 (unidades decimais). É importante que os alunos estejam cientes de que a comparação do tamanho dos números decimais pode ser realizada tal como ocorre com os números naturais. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A Júlia, o Pedro, a Amélia e o Carlos percorreram 0,54km, 1,1km, 1,08km e 0,59km, res- pectivamente. Qual deles percorreu: (i) A maior distância? (ii) A menor distância? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Na comparação de números decimais, os erros comuns cometidos pelos alunos estão ligados à representação errada dos números decimais na semi-recta graduada e ao uso indevido de casas (posições) de unidades, décimos, centésimos, etc. Por exemplo, os números 0,8 e 1,2 estão mal representados na semi-recta graduada. 109 IV. Relação de números decimais com fracções (6ª classe) P: Como se pode comparar os números 0,4 e 2 10 ? A: Os números 0,4 e 2 10 podem ser comparados representando-os numa semi-recta graduada: P: Os números decimais e fracções podem ser representados na mesma semi-recta graduada. Compare-os na semi-recta graduada. A: 0,4 é maior que 2 10 . Então, o Luís tem a corda mais comprida. P: Resolva o mesmo problema de outra maneira. A: 2 10 0 2= , , então, 2 10 consiste em 2 pedaços de 0,1 e 0,4 consiste em 4 pedaços de 0,1. Assim, 0,4 > 2 10 . P: Qual dos dois filhos tem a corda mais comprida? A: O Luís tem a corda mais comprida. 2. Explicação do problema usando figuras O senhor João tinha 1m de corda. Ele cortou 0,4m e 2 10 m, os quais deu aos seus dois filhos, Luís e Osmar, respectivamente. Qual dos dois filhos teve a corda mais comprida? 3. Resumo Os números decimais estão relacionados com fracções, pois toda a fracção pode ser escrita na forma decimal e todo o número decimal pode ser escrito como uma fracção.Pode-se comparar um número decimal e uma fracção, convertendo o número decimal para fracção, usando 0 1 1 10 , = ou fracção para número decimal, usando 1 10 0 1= , . 110 4. Nota para o professor É muito importante que o professor explique aos alunos que os números decimais e fracções podem ser representados na mesma semi-recta graduada. As unidades de fracções com os denominadores 10, 100 e 1000 correspondem as unidades decimais 0,1; 0,01 e 0,001, respectivamente. Caso a comparação seja necessária, por exemplo, 3 5 e 0,66, a mesma pode ser feita das seguintes formas: (1) Transforma-se 3 5 numa fracção decimal e 0,66 noutra fracção decimal com o mesmo denominador. 3 5 3 20 5 20 60 100 66 100 60 100 66 100 = × × = = ⇒ e 0,66 < . Então, 3 5 < 0,66 ; (2) Transforma-se 3 5 num número decimal. 3 5 0 6 0 6= = ⇒3 ÷ 5 , , < 0,66. Então, 3 5 < 0,66. Caso o denominador da fracção seja diferente de 10, 100 ou 1000, transforma-se a mesma numa fracção de denominador 10, 100 ou 1000. Também pode-se transformar a mesma fracção num número decimal. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: O senhor João tinha 1m de corda. Ele cortou 0,3m e 7 10 m, os quais deu aos seus dois fi- lhos, Luís e Osmar, respectivamente. Qual dos dois filhos teve a corda mais comprida? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Dados os números 0,4 e 2 10 , qual é o maior número? 2 10 2 0= , . Então, 0 4 2 0 0 4 2 10 , , ,< ⇔ < 111 V. Adição de números decimais (7ª classe) P: Como se pode encontrar a quantidade total de sumo? A: A quantidade de litros feitos pode ser encontrada pela expressão 1,5 + 0,7. P: Como calculamos? Segundo a figura, quantos pedaços de 0,1l contém os reci- pientes A e B, respectivamente? A: O recipiente A contém 15 pedaços de 0,1l e recipiente B contém 7 pedaços de 0,1l. P: Ao juntar a quantidade de pedaços do líquido A em B, quantos pedaços de 0,1l contém o recipiente A + B? A: O recipiente A + B contém 22 pedaços de 0,1l. P: Então, quantos litros de sumo foram feitos? A: 2,2 litros. P: Como podemos encontrar a mesma resposta através da expressão? A: 1 5 15 0 1, ,= × , então, 1,5l consiste em 15 pedaços de 0,1l e 0 7 7 0 1, ,= × então, 0,7l consiste em 7 pedaços de 0,1l. Logo, a quantidade total consiste em 22 pedaços de 0,1l. Assim, significa que há um total de (15 + 7) pedaços de 0,1l, isto é, 2,2l. Então: 1 5 0 7 15 7 0 1 22 0 1 2 2, , , , , .+ = +( )× = × = Portanto, 1 5 0 7 2 2, , , .+ = Foram feitos 2,2l. 2. Explicação do problema usando figuras 1,5l de água foram adicionados para diluir 0,7l de sumo concentrado. Quantos litros de sumo foram feitos? 3. Resumo Para adicionar números decimais deve-se escrever um número debaixo do outro com a vírgula debaixo da vírgula, adicionar da mesma maneira como se adicionam números na- turais e colocar na soma uma vírgula debaixo das vírgulas das parcelas. 112 4. Nota para o professor (1) Para além do método do cálculo, é também importante ensinar o seu significado bem como as operações que o compõem. Há várias formas de explicar a adição de números decimais, por exemplo, usando a recta graduada: 1,5 + 0,7. (2) Há, também, casos em que se pode adicionar números decimais, usan- do o método vertical. Neste caso, escrevem-se os números verticalmente com os separadores decimais alinhados e calcula-se como se estivesse a calcular a adição de números naturais, colocando apropriadamente a vírgula no resultado (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Uma chaleira contém 1,7l de água. Se nela acrescentarmos 0,8l de água, quantos litros de água terá a chaleira? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) Transporte da casa dos décimos para formar a casa das unida- des. (2) Os números decimais são alinhados no fim dos números ao invés dos valores das casas. 113 VI. Subtracção de números decimais (7ª classe) P: Como podemos encontrar a diferença das jarras? A: A diferença das duas jarras pode-se encontrar através da expressão 4 3 3 9, ,− . P: Vamos descobrir como podemos calcular. P: Quantos pedaços de 0,1l de sumo contém cada jarra? A1: A jarra A contém 43 pedaços de 0,1l e jarra B contém 39 pedaços de 0,1l. P: Quantos pedaços de 0,1 existem na diferença da quantidade de sumo entre as duas jarras? A: Há 4 pedaços de 0,1l na diferença da quantidade de sumo entre as duas jarras. En- tão, a diferença é de 0,4l. A2: 4 3 43 0 1, ,= × , então, 4,3l consiste em 43 pedaços de 0,1l e 3 9 39 0 1, ,= × , então, 3,9l consiste em 39 pedaços de 0,1l. A3: 4 3 3 9 43 0 1 39 0 1 43 39 0 1 4 0 1 0 4, , , , , , ,− = ×( ) − ×( ) = −( )× = × = . Portanto, 4 3 3 9 0 4, , ,− = . A diferença de litros entre as duas jarras é de 0,4l. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Para subtrair dois números decimais deve-se escrever o diminuidor debaixo do diminuen- do com a vírgula debaixo da vírgula e subtrair da mesma maneira como se subtraem os números naturais e escrever no resultado a vírgula debaixo das outras vírgulas. A jarra A contém 4,3l de sumo e a jarra B 3,9l do mesmo líquido. Qual é a diferença de litros entre as duas jarras? 114 4. Nota para o professor É importante que os alunos entendam que a subtracção de números de- cimais pode ser calculada com base no mesmo princípio e da mesma forma que a subtracção de números naturais. Na subtracção de números decimais usando o método vertical, escreve-se os números verticalmente com as vírgulas decimais alinhadas e calculando como se estivesse a subtrair números naturais, colocando apropriadamente a vírgula no resultado. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Uma chaleira tem 3,2l de água. Ao se retirar 2,7l de água, quantos litros de água restarão na chaleira? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Esquecer de escrever 0 e/ou vírgula decimal. Esquecer de considerar o empréstimo. Os números decimais são alinhados no fim dos números ao invés dos lugares das casas. 115 VII. Multiplicação de números decimais (7ª classe) P: Se o comprimento do tubo for 3m, como poderíamos encontrar o seu peso? A: 3 0 8× , porque 1m do tubo pesa 0,8kg e 3m do tubo pesará 3 vezes 0,8kg. P: Então para calcular o peso do tubo do problema dado podemos usar a expressão: comprimento do tubo peso de 1 do tubo× m P: Como podemos encontrar o peso do tubo no pro- blema principal? A: Pode-se encontrar o peso do tubo de 1,2m de com- primento pela expressão 1 2 0 8, ,× . P: Usando a semi-recta graduada à direita, também po- demos encontrar a expressão para calcular o peso do tubo de 1,2m de comprimento. P: Pensemos, agora, em como calcular 1 2 0 8, ,× . A: 1,2m é 1 10 de 12m, então, o peso de um tubo de 1,2m é 1 10 do peso do tubo de 12m. O peso de 12m é igual a 12 0 8 9 6× =, , . O peso de 1,2m é igual a 1 10 9 6 1 10 9 6 0 96 de , . , ,× = . Então, 1,2m do tubo pesa 0,96kg. P: Para calcular 1 2 0 8, ,× , converte-se os números decimais para fracções, efectua-se a operação como se tratasse da multiplicação de duas fracções e converte-se o resultado em número decimal. Assim, 1 2 0 8 12 10 8 10 96 100 0 96, , , .× = × = = Então, 1,2m do tubo pesa 0,96kg. P: Por outro lado, sabe-se que 1,2 são 12 pedaços de 0,1; 0,8 são 8 pedaços de 0,1 e 0,1 corresponde a 1 10 . Assim, pode-se calcular 1 2 0 8, ,× multiplicando os pedaços entre si e as unidades decimais também entre si. De seguida multiplica-se o produto dos peda- ços pelo produto das unidades decimais e transforma-se o resultado num número deci- mal. 2. Explicação do problema usando figuras 1m de um tubo pesa 0,8kg. Quantos kg pesa 1,2m do tubo? 116 3. Resumo Para multiplicar números decimais usando o método vertical: 1. Escreve-se um número debaixo do outro de modo a que os dois números estejam ali- nhados à direita; 2.Ignora-se os separadoresdecimais e calcula-se a multiplicação como se estivesse a calcular uma multiplicação de números naturais; 3. Encontra-se o número total de casas decimais dos números; 1,2→ tem uma casa decimal. 0,8→ tem uma casa decimal. Soma: 1 + 1 = 2 4. Coloca-se a vírgula de modo a que o resultado tenha a soma de casas decimais dos fac- tores, partindo da direita para a esquerda. 4. Nota para o professor Ao ensinar o método de cálculo, é, importante que o professor explicite o seu signifi- cado. Os números decimais são representados usando o mesmo sistema de numeração de base 10 dos números naturais. Portanto, os números decimais podem ser multiplicados como números naturais, tendo em conta os valores das casas decimais e a posição da vírgula no resultado. 1 2 0 8 12 0 1 8 0 1 12 1 10 8 1 10 , , , ,× = ×( )× ×( ) = × × × = ×( )× × = × = =12 8 1 10 1 10 96 1 100 96 100 0 96, Portanto, 1 2 0 8 0 96, , ,× = . Então, 0,8m do tubo pesa 0,96kg. 117 (1) 12 0 8 9 6× =, , : O aluno multiplica os números e mantém a vír- gula decimal. (2) 1 2 0 8 96, ,× = : O aluno multiplica os números como se estives- se a multiplicar números naturais. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: 1l de óleo de cozinha pesa 0,9kg. Quantos kg pesam 2,6l de óleo? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 118 VIII. Divisão de números decimais (7ª classe) P: Se o comprimento da barra for de 2m, como podemos encontrar o seu peso? A: 8,75 ÷ 2 porque 1m é a metade de 2m. Então, como podemos encontrar o peso de uma barra de ferro de 1m de comprimento no problema principal. Também podemos usar a semi-recta graduada abaixo. A: A barra de ferro de 2,5m de comprimento pesa 8,75kg, por isso, a barra de ferro de 1m de compri- mento pesa 8,75 ÷ 2,5. P: Então para calcular o peso da barra de ferro de 1m de comprimento podemos usar a expressão: 8,75 Peso total Barra de ferrom m( ) ( )÷ 2 5, = Peso de barra de ferro de 1m. P: Pensemos, agora, em como calcular 8,75 ÷ 2,5. A1: Multiplica-se o dividendo e o divisor por 100 para torná-los números naturais e efectua-se a operação como se tratasse da divisão de números naturais. 8 75 2 5 8 75 100 2 5 100 875 250 3 5, , , , , .÷ = ×( ) ÷ ×( ) = ÷ = Portanto 8,75 ÷ 2,5 = 3,5. Então, a barra pesa 3,5kg. P: Também pode se apli- car o método vertical. A2: Pode-se encontrar o resultado convertendo os números decimais em fracções, efectuando a operação como se tratasse da divisão de duas fracções e converte-se o resultado em um número decimal: 8 75 2 5 875 100 25 10 875 100 10 25 875 250 35 10 3 5, , , .÷ = ÷ = × = = = Portanto 8,75 ÷ 2,5 = 3,5. Então, a barra pesa 3,5kg. 2. Explicação do problema usando figuras 2,5m de uma barra de ferro pesa 8,75kg. Quanto pesa 1m da barra de ferro? 3. Resumo Para dividir números decimais: 1. Verifica-se, primeiro, o número de casas decimais do dividendo e divisor. • Se o número das casas decimais do dividendo for maior ou igual ao número das ca- sas decimais do divisor, coloca-se na forma vertical e calcula-se a divisão como se tratasse de uma divisão de números naturais; 119 Após efectuar a divisão, calcula-se a diferença entre o número de casas decimais do divi- dendo e do divisor. 2. Coloca-se a vírgula no quociente de modo que o número encontrado de casas decimais, seja a diferença entre o dividendo e o divisor partindo da direita para esquerda. Se o número de casas decimais do dividendo for menor que o número de casas decimais do divisor, coloca-se zeros à direita do último algarismo do dividendo de modo que o divi- dendo e o divisor tenham o mesmo número de casas decimais, coloca-se na forma vertical e calcula-se a divisão como se tratasse de uma divisão de números naturais. 8,75 tem duas casas decimais. 2,5 tem uma casa decimal. A diferença é 2 – 1 = 1 Então, o resultado tem uma casa decimal (3,5). 4. Nota para o professor Ao ensinar o método de cálculo, é importante que o professor explicite o seu signifi- cado. Os números decimais são representados usando o mesmo sistema de numeração de base 10 dos números naturais. Portanto, pode-se efectuar a divisão de números decimais como a divisão de números naturais, tendo em conta os valores das casas decimais e a posição da vírgula no re- sultado. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Um rectângulo tem uma área de 3,6m2. Encontre o comprimento do rectângulo se a lar- gura é 2,4m. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) 8 75 2 5 0 035, , ,÷ = : O aluno dividiu os números e adicionou as casas decimais. (2) 8 75 2 5 35, ,÷ = : O aluno dividiu os números como uma divisão de números naturais e ignorou a vírgula decimal. 121 Capítulo VI: Razões e proporções 1. Objectivos da unidade • Usar razões e proporções na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o ensino de razões e proporções; • Usar estratégias correctas para abordar razões e proporções na sala de aula. 2. Avaliação no ensino de razões e proporções • Diagnóstica, ao nível de compreensão de números naturais e suas operações; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão do conceito de razões e proporções (valor relativo de números) e a sua aplicação na vida quotidiana; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outras avaliações ao nível de compreensão de razões e proporções (valor relativo de números) e a sua aplica- bilidade na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 7ª Razões e Proporções • Noção de razão; • Noção de Proporção; • Equações do tipo proporção (aplica- ção da razão); • Regra de três simples aplicação da razão: a b c d a d b c a b c d : : /= → × = × = . • Explicar o significado de razão; • Resolver problemas que envolvem razões e proporções. Escala • Noção de escala; • Leitura de mapas e desenhos; • Tipos de escala (numérica e gráfica); • Escala de ampliação de objectos. • Explicar o significado de escala; • Interpretar mapas e desenhos; • Resolver problemas relacionados com a escala. 122 (2) Mapa conceptual de didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) RAZÕES E PROPORÇÕES 7ª Classe 5ª Classe 6ª Classe PERCENTAGEM FRACÇÕES NÚMEROS DECIMAIS CORRESPONDÊNCIA Razões e proporções • Noção de razão; • Proporções; • Equações do tipo proporção; • Regra de três simples. Escala • Noção de escala; • Leitura de mapas e desenhos; • Tipos de escala (numérica e gráfica); • Escala de ampliação e redu- ção de objectos. • Noção de percentagem. • Proporcionalidade. • Multiplicação de fracções; • Divisão de fracções. • Equivalência; • Simplificação e ampliação de fracção. • Multiplicação de números de- cimais; • Divisão de números decimais. 123 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Equivalência de razões (7a classe) P: Observe as figuras A e B. Qual é a razão de sumo concentrado para a água na figura A e na figura B? A: A razão da figura A é 2 : 4 e B é 6 : 12. P: Qual é o valor da razão de A? E de B? A: O valor da razão de A é 2 4 1 2 = e de B é 6 12 1 2 = . P: Compare e diga o que se conclui a respeito das razões das concentrações A e B. A: Os valores da razão são iguais. P: Quando os valores de duas razões são iguais, as razões são equivalentes e escreve- se 2 : 4 = 6 : 12. P: Analise a relação entre as duas razões 2 : 4 e 6 : 12. Compare 2 e 6; 4 e 12. Consegue en- contrar alguma relação? A1: Ao multiplicar ambos os termos da razão 2 : 4 por 3, a mesma torna-se 6 : 12. A2: Ao dividir ambos os termos da razão 6 : 12 por 3, a mesma torna-se 2 : 4. P: Neste caso, observamos que multiplicar ou dividir os termos da razão pelo mesmo núme- ro resultará numa razão equivalente à original. 2. Explicaçãodo problema usando figuras Numa festa, o Raimundo preparou o sumo A, misturando 2l de sumo concentrado com 4l de água, e o sumo B, misturando 6l de sumo concentrado com 12l de água. Qual é a relação entre os dois tipos de sumo? 124 4. Nota para o professor É importante que, ao ensinar a equivalência da razão, o professor centre a abordagem na equivalência de fracções, pois, esta propriedade é muito importante na simplifica- ção de uma razão. Por isso, o professor deve certificar-se de que os alunos entendem os conceitos e as demais operações envolvidas. (1) Explique os passos para verificar a equivalência das seguintes razões: 6 : 4 e 8 : 12. (2) Produza um plano com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) 1 : 2 = 2 : 3. Neste caso, o aluno adicionou uma unidade, isto é, 1 1 2 1 2 3+ + =: : (2) 1 : 2 = 4 : 2. Neste caso, o aluno confundiu as posições dos termos. 3. Resumo Diz-se que duas razões são equivalentes quando apresentam o mesmo valor da razão. Ao multiplicar ou dividir os termos da razão pelo mesmo número, diferente de zero, ob- tém-se uma razão equivalente. 125 II. Simplificação de razões (7a classe) P: Pense em como converter a razão 6 : 12 para uma razão equivalente com os menores números naturais possíveis. A: Usa-se o valor da razão. P: Qual é o valor da razão 6 : 12? A: 6 12 1 2 = . P: Que outras razões têm 1 2 como o seu valor da razão? A: As razões podem ser: 6 : 12; 4 : 8; 2 : 4; 1 : 2. P: Qual delas está na forma mais simples? A: É 1 : 2. P: Haverá algum outro método de encontrar, directamente, a razão mais simplificada? A: Ambos os números podem ser divididos por 6. P: Qual é o resultado? A: Ao dividir ambos os termos por 6, obtém-se 1 : 2. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo A transformação de uma razão, numa razão equivalente de menores números naturais possíveis, chama-se simplificação da razão. Há dois métodos, o primeiro consiste no uso do valor da razão e o segundo consiste na divisão ou multiplicação de ambos os termos pelo mesmo número diferente de zero. 4. Nota para o professor Ao abordar este tema, é importante que se faça uma ligação clara com os conteúdos do tema anterior, nomeadamente, equivalência de razões. Ao dividir ambos os termos 6 : 12 por 2 obtém-se 3 : 6, e dividindo, então, o resultado por 3 obtém-se 1 : 2, que é a forma mais simples. É aceitável que, inicialmente, se siga este método, mas, com o desenvolvimento das aulas, o aluno deve descobrir que divi- dir a razão por 6, que é o maior divisor comum dos termos, resulta numa razão na sua forma mais simples num único passo. Como é que se pode converter 6 : 12 numa razão equivalente de menores números na- turais possíveis? 126 (1) Explique os passos para simplificar as seguintes razões: 27 36 3 4 5 6 2 1 3 5: ; : , : , e . (2) Produza um plano com base na questão 1 e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) 6 : 12 = 3 : 6. Não está na forma irredutível. (2) 6 : 12 = 1 : 7. Subtraiu ambos termos pelo mesmo número. (3) 6 : 12 = 2 : 1. Neste caso, o aluno confundiu as posições dos termos. 127 III. Aplicação da razão (7a classe) P: Observe a figura. Qual é a razão das meninas para os meninos? A: A razão das meninas para os meninos é de 4 : 5. P: Qual é a razão das meninas para todos os alu- nos na turma? A: A razão das meninas para todos os alunos na turma é 4 4 5 4 9: :+( ) = . P: Qual é o valor da razão 4 : 9? A: O valor da razão é 4 9 . P: O que significa 4 9 na figura? A: 4 9 é a parte que representa as meninas. P: Então, como podemos expressar a parte das meninas em relação a turma? A: 4 9 de 36. P: Quantas meninas tem a turma? A: 4 9 de 36 4 9 36 4 36 9 16= × × =. . A: A turma tem16 meninas. P: Qual é a razão dos meninos para todos os alunos na turma? A: A razão dos meninos para todos os alunos na turma é de 5 4 5 5 9: :+( ) = . P: Qual é o valor da razão de 5 : 9? A: O valor da razão é 5 9 . P: Agora, qual é a parte que representa os meninos? A: 5 9 de 36. P: Quantos meninos tem a turma? A: 5 9 de 36 5 9 36 5 36 9 20= × × =. . A: A turma tem 20 meninos. 2. Explicação do problema usando figuras Uma das turmas da 4a classe da Escola Primária de Queme, distrito de Massinga, tem 36 alunos. A razão das meninas para os meninos é de 4 : 5. Encontre o número de meninas e meninos na turma. 128 3. Resumo Quando uma grandeza é dividida numa razão de a : b, A grandeza de A grandeza originala a a b = + × A grandeza de A grandeza originalb b a b = + × 4. Nota para o professor Para além da razão mostrar “parte por parte” (comparando uma parte com a outra), ela pode, também, mostrar uma “parte por todo” (comparando uma parte e um todo). (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A Érica partilhou, com a sua irmã mais nova, a fita de 2,5m que recebeu da sua tia. Quantos metros de fita deverá receber cada uma das irmãs para que a razão das fitas da Érica e da sua irmã seja de 3 : 2. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) A razão das meninas para toda a turma é de 4 : 36. O 4 é o termo da razão e 36 o número de alunos na turma. (2) Usam a razão erradamente, por exemplo, dos meninos para as meninas e vice-versa. 129 IV. Aplicação da proporção (7a classe) P: Observe a figura. Que proporção representa a quantidade de água misturada com 4 litros de sumo concentrado? A: É 2 : 3 = 4 : a. P: Como podemos, então, resolver? A: Aplicando a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, tem-se: 2 3 4 2 12 6 × = × × = = a a a . P: Quantos litros de água são necessários para diluir 4 litros de sumo concentrado? A: São necessários 6 litros de água para diluir 4 litros de sumo concentrado. P: Agora, para resolver a questão em b), constrói- se um esquema que ilustra melhor esta questão. Para construir o esquema, traça-se duas rectas, sendo que a primeira representa a quantidade e a segunda a razão. De seguida coloca-se os ele- mentos correspondentes ao problema. A: (Actividade) P: Qual é a razão da água para o sumo diluído? A: A razão da água para o sumo diluído é de 3 : 5. P: Porquê? A: Porque o sumo concentrado representa 2 e o sumo diluído é 2 + 3 que é igual a 5. P: Que proporção representa a figura? A: É 3 : 5 = a : 10. P: Então, como podemos resolver? 2. Explicação do problema usando figuras Numa festa de encerramento do ano lectivo, misturou-se um sumo concentrado com água, numa razão de 2 : 3. a) Que quantidade de água é misturada com 4 litros de sumo concentrado? b) Que quantidade de água se tem em 10 litros de sumo diluído? 130 3. Resumo Numa proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios. Se a b c d: := , então, a d b c× = × . Podemos usar a propriedade da proporção para ter os números correspondentes. 4. Nota para o professor (1) A proporção 2 : 3 = 4 : a, pode ser resolvida usando a propriedade de razões equi- valentes, multiplicando o primeiro e o segundo termos da razão por 2 para obter-se os valores de 4 e a, respectivamente. (2) A razão de água para o sumo diluído é de 3 : 5, então, 3 5 do sumo diluído é água. Portanto, a quantidade de água pode ser encontrada por 3 5 10 6× = . (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: A quantidade de açúcar e de farinha usados para fazer um bolo tem a razão de 2 : 3. Se forem usados 150g de farinha, quantos gramas de açúcar serão necessários? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios A proporção que representa a figura é de 2 : 3 = 4 : a. Ao resolver a proporção 2 : 3 = 4 : a, pode-se dar o caso de se calcular 3 2 4× = ×a . Neste caso, o produto dos primeiros termos é igual ao produto dos segundos termos. A: Aplicando a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, tem-se: 5 3 10 5 30 6 × = × × = = a a a . P: Quantos litros de água se têm em 10 litros de sumo diluído?A: 10 litros de sumo diluído contêm 6 litros de água. 131 Capítulo VII: Espaço e forma 1. Objectivos da unidade • Aplicar as propriedades das diferentes figuras geométricas nas actividades de identifica- ção e representação de figuras; • Planificar e simular aulas sobre espaço e forma; • Usar estratégias correctas para o tratamento dos conteúdos de espaço e forma na sala de aula. 2. Avaliação no ensino de espaço e forma • Diagnóstica, ao nível de compreensão de noções de espaço e formas; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão do conceito de espaço e forma e a aplicabilidade de ideias sobre as figuras geométricas; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais focando a compreensão do conceito e a aplicabilidade de espaço e forma na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos da classe Conteúdos Objectivos específicos 1ª Figuras geométricas • Noção de linha; • Linhas rectas e curvas; • Noção de rectângulo, triângulo e cír- culo. • Explicar o significado de linha; • Identificar linhas rectas e curvas; • Traçar linhas rectas e curvas; • Identificar e explicar figuras planas; • Desenhar e pintar figuras planas. 2ª Figuras e sólidos geométricos • Noção de ponto; • Linhas curvas e rectas; • Noção de segmento de recta; • Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo); • Sólidos geométricos (bloco, cubo, es- fera e cilindro). • Explicar o significado de ponto; • Traçar linhas curvas e rectas; • Identificar segmento de recta; • Distinguir figuras planas através de de- composição de sólidos geométricos e objectos; • Desenhar e pintar figuras planas; • Moldar e modelar sólidos geométricos; 132 • Relacionar figuras e sólidos geométricos com objectos da vida real. 3ª Figuras e sólidos geométricos • Posição horizontal e vertical de rectas e segmentos de recta; • Rectas paralelas e perpendiculares; • Identificação e construção de rectas paralelas e perpendiculares; • Construção de figuras planas (rectân- gulo, quadrado e triângulo) em qua- drículas; • Círculo e a circunferência; • Os sólidos geométricos (cubo, bloco e cilindro); • Decomposição e composição de sóli- dos geométricos (cubo, bloco, cilin- dro). • Identificar rectas e segmentos de rectas paralelas e perpendiculares, em objectos da vida real; • Construir figuras planas; • Relacionar o círculo e a circunferência com objectos do seu meio; • Construir o círculo, com a ajuda de ob- jectos de bases circulares; • Relacionar as figuras e os sólidos geo- métricos com os objectos da vida real; • Desenhar e pintar objectos da vida real; • Moldar e modelar os sólidos geométri- cos. 4ª Semi-recta • Noção de semi-recta. • Distinguir a semi-recta do segmento de recta. Ângulos • Noção de ângulo; • Elementos do ângulo: lados e vértice; • Classificação de ângulos: agudo, rec- to, obtuso, raso e giro; • Medição de ângulos. • Classificar os ângulos quanto à amplitu- de; • Identificar ângulos em diferentes objec- tos do seu meio; • Medir ângulos, usando correctamente o transferidor. Triângulos • Conceito de triângulo; • Elementos do triângulo: lados, vérti- ces e ângulos; • Noção de altura de um triângulo; • Classificação de triângulos (isósce- les, equilátero, escaleno). • Classificar os triângulos quanto aos la- dos; • Classificar os triângulos quanto ao com- primento dos seus lados; • Construir triângulos usando o papel qua- driculado. 133 5ª Triângulos • Classificação de triângulos quanto aos ângulos (acutângulo, rectângulo e obtusângulo). • Classificar os triângulos quanto aos ân- gulos; • Construir diferentes triângulos. Quadriláteros • Noção de paralelogramo; • Diagonais de um paralelogramo; • Noção de losango; • Diagonais de um losango. • Distinguir quadriláteros de não quadrilá- teros; • Explicar a noção de paralelogramo e lo- sango; • Traçar as diagonais de um paralelogra- mo; • Construir paralelogramos usando régua e esquadro; • Relacionar o quadrado com losango. 6ª Pontos e rectas no plano • Recta, semi-recta e segmento de rec- ta; • Posição relativa entre pontos e rectas; • Posição relativa entre duas rectas: - Rectas paralelas; - Concorrentes: oblíquas e perpendi- culares; - Construção de rectas paralelas e perpendiculares; • Noção de mediatriz de um segmento; • Construção de mediatriz; • Ângulos: pares de ângulos, bissectriz de um ângulo e sua construção; • Construção de triângulos. • Identificar pontos e rectas no plano; • Distinguir rectas paralelas, oblíquas e perpendiculares; • Construir rectas paralelas e concorren- tes; • Identificar ângulos adjacentes, comple- mentares, suplementares, verticalmente opostos, alternos e correspondentes; • Explicar o significado de pares de ângu- los, mediatriz e bissectriz; • Construir mediatriz e bissectriz de um ângulo; • Construir triângulo. Quadriláteros • Noção de trapézio; • Sistematização dos quadriláteros (tra- pézios, paralelogramos, rectângulos, losangos, quadrado). • Explicar a noção de trapézio • Identificar e explicar a similaridade e di- ferença de quadriláteros. 134 7ª Polígonos • Linhas poligonais abertas e fechadas; • Noção de polígono; • Identificar linhas abertas e fechadas em polígonos; • Explicar a noção de polígono. 7ª • Tipos de polígonos; • Classificação de polígonos quanto aos lados (regulares e irregulares); • Perímetro de polígonos com três, quatro, cinco, seis lados. • Classificar polígonos regulares e irregu- lares; • Determinar perímetro de polígonos. Triângulos • Construção de altura, da mediana e de bissectriz num triângulo isósceles; • Teorema sobre a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo; • Ângulo externo num triângulo. • Construir altura, mediana e bissectriz num triângulo isósceles; • Determinar ângulos internos e externos num triângulo. Quadriláteros • Soma dos ângulos internos de um quadrado, rectângulo, losango, para- lelogramo e trapézio. • Determinar a soma de ângulos internos de quadriláteros. Circunferência e círculo • Conceito de circunferência e círculo; • O centro, o raio, o diâmetro, a corda e o arco; • Construção da circunferência; • Semi-circunferência e semi-círculo; • Perímetro do círculo. • Explicar a noção de circunferência e cír- culo (incluindo semi-circunferência e se- mi-círculo); • Identificar o centro, o raio, o diâmetro, a corda e o arco numa circunferência; • Construir uma circunferência; • Determinar o perímetro do círculo. Volume • Unidade de volume e de capacidade; • Volume de cubo, paralelepípedo, prismas, cilindro, pirâmide, cone e esfera; • Área total dos sólidos geométricos; • Volume de sólidos compostos e ma- ciços. • Identificar e aplicar as unidades de volu- me e capacidade na resolução de proble- mas concretos; • Determinar o volume de sólidos geomé- tricos; • Determinar a área total dos sólidos geo- métricos; • Determinar o volume de sólidos com- postos e maciços. 135 ESPAÇO E FORMA 1ª Classe 2ª Classe 3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe GRANDEZAS E MEDIDAS • Noção de linha; • Linhas rectas e curvas; • Noção de rectângulo, triângulo e circulo. • Noções de Medidas; • Medidas de comprimento. • Noção de ponto, segmento de recta; • Figuras planas e sólidos geométricos. • Construção de figuras planas e de- composição (composição) de sóli- dos geométricos; • Rectas paralelas e perpendiculares; • Círculo e circunferência. • Noção de semi-recta e ângulos; • Conceito, propriedades e classifica- ção de triângulos; • Elementos, classificação e medição de ângulos. • Classificação de triângulos quanto aos ângulos; • Noção de quadrilátero (paralelogra- mo e losango); • Diagonais do quadrilátero (parale- logramo e losango). • Medidas de comprimento (m, cm); • Capacidade (l) e massa (kg). • Medidas de comprimento (m, dm, cm, mm); • Capacidade (l, ml,) e massa (kg, g); • Perímetro defiguras planas. • Perímetro de figuras planas; • Área de rectângulo (cm2); • Medidas de comprimento (km, m, dm, cm, mm); • Medidas de capacidade (l, dl, cl, ml) e massa (t, kg, g). • Perímetro de figuras planas; • Medidas de comprimentos, massa e superfície (km2, hm2, dam2, m2, dm2, cm2, mm2); • Área do rectângulo, quadrado e triângulo A C L = × × ×, ,l l b h ÷ 2. (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 136 6ª Classe 7ª Classe • Construção de rectas paralelas e perpendiculares; • Posição relativa entre pontos e rec- tas; • Pares de ângulos, mediatriz e bisse- triz; • Noção de trapézio; • Sistematização de quadriláteros. • Noção, propriedades e classificação de polígonos; • Construção de ângulos num triân- gulos; • Soma dos ângulos internos de um triângulo e de um quadrilátero; • Conceito, propriedades de circunfe- rência e círculo; • Sólidos geométricos: volume e área total. • Medidas de superfície; • Unidades agrárias (ha, a, ca). • Área de figuras planas (parale- logramo, trapézio, círculo); • Volume de sólidos (prisma rec- to, cilindro, pirâmide, cone, es- fera); • Medidas de volume (km3, hm3, dam3, m3, dm3, cm3, mm3); • Medidas de capacidade (kl, hl, dal, l, dl, cl, ml); • Medidas de massa. 137 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Construção de rectas paralelas (7a classe) P: Pode-se traçar uma recta paralela, usando uma régua e um compasso. P: Dada uma recta e um ponto P fora dela. P: Marcam-se os pontos A e B na recta. A: (Actividade) P: Faz-se a abertura do compasso até corresponder à dis- tância de AP. Coloca-se a ponta seca do compasso no ponto B, com a mesma abertura AP e traça-se um arco no lado do ponto P. A: (Actividade) P: Faz-se a abertura do compasso até corresponder à dis- tância de AB. Coloca-se a ponta seca do compasso no ponto P, com a mesma abertura AP e traça-se um arco de modo a que os dois arcos se cruzem. Marca-se o ponto Q no cruzamento dos arcos. A: (Actividade) P: Traça-se uma recta que passe por P e Q (onde os arcos se cruzam).Que relação há entre PQ e AB? A: A recta traçada PQ é paralela à recta AB. P:Vamos pensar. Uma vez que a figura representa rectas paralelas, se traçarmos as rectas AP e BQ o que teremos? 2. Explicação do problema usando figuras Dada uma recta e um ponto P, fora dela, trace uma recta paralela à recta apresentada, passando por P, usando um compasso e uma régua. 138 4. Nota para o professor Ao ensinar a traçar rectas paralelas, é importante que o professor verifique se os alunos usam devidamente os instrumentos. É também importante que o professor explique que há várias maneiras de traçar rectas paralelas como usar 2 réguas e formar ângulos rectos. Assim, pode-se rê-confirmar se dois lados opostos são paralelos ou não. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Dada uma recta e um ponto P, fora dela, trace uma recta perpen- dicular à recta apresentada, passando por P, usando um compasso e uma régua. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Os alunos podem mudar a abertura do compasso ao traçar os arcos ou mover as réguas indevidamente. 3. Resumo Ao medir e formar 2 grupos de 2 lados opostos, pode-se encontrar os lados corresponden- tes a um paralelogramo (2 grupos de rectas paralelas). Neste caso, as rectas AB e PQ são paralelas e as rectas AP e BQ são também paralelas. A: Teremos um paralelogramo. P: Porque é um paralelogramo? A: Porque AB = PQ e AP = BQ. P: Este método serve para construir paralelogramos, por isso, também serve para traçar rectas paralelas. 139 II. Medição de ângulos (medir e traçar) (4a classe) P: A unidade para medir a amplitude de um ângulo é o grau e escreve-se 1°. P: O instrumento que usamos para medir ângulos chama-se transferidor. Para medir-se a amplitude de um ângulo, coloca-se o centro do transferidor no vértice do ângulo. A: (Actividade) P: Ajusta-se o transferidor de modo que um dos ze- ros da escala esteja sobre um dos lados do ângulo. A: (Actividade) P: Lê-se o número alinhado com o outro lado do ân- gulo. Este corresponde a 30°. A: (Actividade) P: Então, a amplitude do ângulo a é 30°. P: Similarmente, vamos medir outros ângulos b e c. A: (Actividades) P: Qual é a amplitude do ângulo b? A1: 35°. A2: 40°. P: Colocaram um dos zeros da escala sobre um dos lados do ângulo? Devemos coloca- -lo devidamente. Ponderando, o ângulo é 40°. A1 A2 P: Qual é a amplitude do ângulo c? A1: 40°. A2: 140°. P: Deve-se ler a partir do lado alinhado com o zero até ao outro lado. Então, a amplitude do ângulo é 140°. 2. Explicação do problema usando figuras Como é que se pode medir a amplitude dos ângulos a, b e c? 140 4. Nota para o professor Ao ensinar a medir um ângulo, é importante que o professor mostre a maneira correcta de medir o mesmo, verificando se os alunos usam os instrumentos e os lêem devida- mente. É necessário prestar atenção, que a amplitude de um ângulo não está relacionado com o comprimento dos lados. É, ainda, importante que os alunos enriqueçam o seu senso de ângulos como a capaci- dade de julgar se a amplitude de um ângulo é maior que 90°, usando um ângulo recto como referência. (1) Os alunos podem ler (a) 150° ao invés de 30°; (2) Os alunos podem ler (b) 40° ao invés de 140p; (3) Os alunos podem ler (c) 35° ao invés de 40°, se não ajustarem devidamente o centro do transferidor no vértice do ângulo. 3. Resumo Para medir um ângulo usando o transferidor: • Coloca-se o centro do transferidor no vértice do ângulo, alinhando-se com zero; • Lê-se o número alinhado com outra semi-recta da figura. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Encontre as medidas dos seguintes ângulos. (i) (ii) (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 141 III. Triângulos e quadriláteros (2a classe) O professor prepara e apresenta aos alunos vários triângulos e quadriláteros. P: Pretendemos formar grupos de formas. A: (Actividade) P: Podem agrupá-los e explicar como o fizeram? A1: Eu formei 2 grupos. O primeiro inclui formas com 3 lados e o segundo inclui formas com 4 lados. A2: Eu formei 2 grupos. O primeiro inclui formas cujos lados têm todos o mesmo comprimento e o segundo inclui formas cujos lados têm diferentes comprimentos. A3: Eu formei 2 grupos. O primeiro inclui formas com 3 cantos e o segundo inclui formas com 4 can- tos. P: As respostas dos A1 e A3 são similares. As for- mas com 3 lados têm também 3 cantos. A resposta do A2 é também interessante. P: Um grupo é composto por figuras com 3 lados e chamam-se triângulos. O outro grupo é composto por figuras com 4 lados e designam-se quadriláteros. 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo As figuras compostas por 3 lados chamam-se triângulos. As figuras compostas por 4 lados chamam-se quadriláteros. Pretendemos formar grupos de formas. Como podemos formá-los? 142 4. Nota para o professor Ao ensinar as propriedades do triângulo e do quadrilátero, o professor deve auxiliar os alunos que tiverem dificuldades em separar as figuras indicadas. É possível que alguns alunos não observem as carac- terísticas dadas ao separar as figuras, fazendo, então, uma separação equitativa. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Pretendemos formar grupos de formas. Como podemos formá-los? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 143 IV. Soma dos ângulos internos de um triângulo (7a classe) O professor deve pedir que os alunos construam um triângulo como TPC, ou deve pre- parar 3 triângulos iguais para cada aluno e, se possível, preparar vários conjuntos de 3 triângulos iguais para cada aluno. P: Tem alguma ideia de como podemos encontrar a soma dos ângulos internos de um triângulo? A1: Recorta-se os ângulos usando um transferidor e, então, adicionamos os mesmos. A2: Recorta-se três ângulose, então, combinamos os mesmos. A3: Combinamos 3 triângulos iguais de modo a unir os 3 ângulos diferentes. P: Agora, meça os ângulos. Qual é a amplitude de cada ângulo? A: a = □°, b = ○°, c = △°. (As amplitudes do ângulo dependem de cada triângulo.) P: Qual é a soma das medidas destes ângulos? A: 180o. a = □° b = ○° c = △° □+○+△=180 P: Tentemos de outra forma. Recortem três ângulos e combinem os ângulos. Qual é o ângulo que formam? A: Os mesmos formam um ângulo raso. P: Qual é a amplitude de um ângulo raso? A: 180°. P: Como A3 indicou, combinamos os três triângulos iguais para que se unam os dife- rentes ângulos. A: Os três ângulos diferentes formam um ângulo raso. A amplitude de um ângulo raso é 180°. P: Então, diz-se que: A soma das medidas dos ângulos internos de qualquer triângulo é igual a 180o. 2. Explicação do problema usando figuras Qual é a soma dos ângulos internos de um triângulo? 144 4. Nota para o professor Ao ensinar a soma dos ângulos internos de um triângulo, é importante que o professor saliente que a propriedade é válida para qualquer tipo de triângulo. Os alunos devem ser orientados no sentido deles próprios fazerem as operações e tentarem encontrar a soma dos três ângulos de um triângulo. Para tal, o professor poderá colocar os alunos a realizar uma actividade para que eles pensem sobre a soma dos três ângulos de um triângulo, examinando vários triângulos e explicando que a soma é 180°. (1) Os alunos erraram no cálculo porque a maneira de medir os ângulos não é exacta. □+○+△=183° □+○+△=176° (2) A maneira de combinar os ângulos não é adequada. (3) A maneira de combinar os triângulos não é adequada. 3. Resumo A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180°, então, ∠ +∠ +∠ = °a b c 180 . (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Encontre a medida de ∠s e ∠t. (i) (ii) (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 145 V. O quadrado e o rectângulo (2a classe) O professor prepara vários conjuntos de figuras apresentadas à direita. P: Compare a forma dos cantos (vértices) e lados de todas as figuras. O que se pode dizer sobre as figuras? (O professor demonstra como comparar, conforme necessário.) A: (Actividade) A1: Todas as figuras têm quatro cantos. A2: Todas as figuras têm quatro lados. A3: Todos os quatro cantos de todas as figuras têm a mesma forma (ângulo recto). A4: Talvez, algumas figuras têm todos lados iguais. P: Muito bem, agora queremos confirmar se algumas figuras têm todos os lados iguais ou não. Como pode- mos fazer? A: Dobrando as figuras. P: Como podemos dobrar as figuras? A: (Actividade: Os alunos mostram várias maneiras de dobrar. O professor deve verificar se os alunos do- bram correctamente.) P: Bem, vamos partilhar as figuras que dobramos. Po- demos ver a diferença de comprimento dos lados? O que podemos dizer sobre o comprimento dos lados de cada figura? A1: Os lados opostos de todas as figuras são iguais. A2: Todos os quatro lados das figuras B e D são iguais. A3: Nem todos os lados das figuras A, C e E são iguais. Apenas os lados opostos das mesmas são iguais. P: Então, podemos separar as figuras segundo as ca- racterísticas que encontramos? A: As figuras A, C e E são iguais, e formam um grupo. A: As figuras B e D são iguais, e formam outro grupo. 2. Explicação do problema usando figuras Identifique o meio que lhe rodeia ou objectos que tenham a forma do quadrado ou rec- tângulo. Qual é a diferença entre quadrados e rectângulos? 146 P: Uma figura com quatro cantos iguais e lados opostos iguais chama-se rectângulo. Uma figura com quatro cantos e quatro lados iguais chama-se quadrado. 4. Nota para o professor Ao ensinar a diferença entre o quadrado e o rectângulo, o professor deve auxiliar os alunos que tiverem dificuldades na dobragem de figuras indicadas. Possivelmente, os alunos que aprendem este tema não conhecem a unidade de com- primento (não sabem medir) ou os termos “quadrilátero”, “ângulo recto”, “vértice”, etc. Portanto, o professor deve considerar o nível de compreensão dos alunos quando explica o conteúdo da aula e novos conceitos matemáticos. Alguns alunos podem dobrar as figuras incorrec- tamente ao separar as figuras, concluindo então que não são iguais. 3. Resumo Uma figura com quatro cantos iguais e lados opostos iguais chama-se rectângulo. Uma figura com quatro cantos iguais e quatro lados iguais chama-se quadrado. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) (i) Quais são os nomes de cada uma das seguintes figuras? (ii) O que estas três formas tem em comum? (iii) Que diferenças existem entre as três formas? (A) (B) (C) (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 147 VI. Soma de ângulos internos de quadriláteros (7a classe) O professor deve dar como TPC a construção de 4 quadriláteros iguais, que não sejam quadrados ou rectângulos. P: Tem ideia de como podemos encontrar a soma dos ângulos internos de um quadri- látero? A1: Mede-se os ângulos usando o transferidor e adiciona-se os mesmos. A2: Recorta-se quatro ângulos e combina-se os mesmos. A3: Traça-se uma diagonal, de modo a formar dois triângulos. A4: Combina-se quatro quadriláteros iguais de modo que se unam os 4 ângulos dife- rentes. P: Vamos confirmar cada ideia, dividindo os quatro grupos de ideias, nomeadamente, A1, A2, A3 e A4. Simultaneamente, cada grupo confirma a soma das me- didas de todos os 4 ângulos. P: Meça os ângulos. Qual é a amplitude de cada ângu- lo? A1: a = □°, b = ○°, c = △°, d = ◇°. (As amplitudes do ângulo dependem de cada quadrilátero.) A soma das medidas destes ângulos é 360°. a = □° b = ○° c = △° d = ◇° □+○+△+◇ = 360 P: Recorte quatro ângulos e combine os mesmos. Qual é o ângulo que formam? A2: Estes formam um ângulo giro. P: Qual é a amplitude de um ângulo giro? A2: A amplitude de um ângulo giro é 360°. 2. Explicação do problema usando figuras Qual é a soma dos ângulos internos de um quadrilátero? 148 P: O que vê, traçando a diagonal? A3: O quadrilátero é dividido em dois triângulos. P: Poderá, agora, encontrar a soma dos ângulos inter- nos do quadrilátero? A3: A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180o. O quadrilátero é composto por dois triângulos. Portanto, a soma das medidas dos ângulos internos do quadrilátero é 360°. P: Combinamos os quatro quadriláteros iguais de modo a unir os diferentes ângulos. A4: Os quatro ângulos diferentes formam um ângulo giro. A amplitude de um ângulo giro é 360°. 4. Nota para o professor 1. As actividades nesta unidade didáctica têm como objectivo fazer pensar e explicar aos alunos que a soma das medidas dos ângulos de um quadrilátero é 360o, com base na soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo ser 180o. Ao abordar este tema, o professor deve sempre referir-se à soma das medidas dos ân- gulos internos de um triângulo. 2. Pode-se aplicar as ideias do A3 noutros polígonos. Por exemplo, o pentágono, he- xágono têm 3 e 4 triângulos. Então, pode-se facilmente calcular a soma de todos os ângulos internos. 3. Resumo A soma das medidas dos ângulos internos de um quadrilátero é igual a 360o. 149 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Encontre a soma das medidas dos ângulos internos de um pentágono. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Um ângulo de um rectângulo ou quadrado é 90°, os quais tem quatro ângulos, portanto, a soma das medidas dos ângulos internos de um quadriláteros é 360°. NB: Não é suficiente explicar que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero é igual a 360° a partir de quadrado ou de um rectângulo, por eles possuírem 4 ângulos rectos. 150 VII Planificação de um cubo (7a classe) Como é que se pode fazer a planificação de um cubo? O professor deve orientar aos alunos que tragam de casa (TPC) caixas/embalagens vazias com formato cúbico,como caixa de remédio, de giz, etc. P: Quantas arestas, cantos (vértices) e faces têm um cubo? A: Um cubo tem 12 arestas, 8 cantos e 6 faces. P: Qual é a forma que as caixas apresentam? A: Forma cúbica. P: Sabe como construir um cubo? (Mostra um exemplo de planificação) P: Recorta-se para abrir a primeira face do cubo, usando uma tesoura. Ao se recortar as faces, devem estar ligadas pelo menos por uma aresta (lado). A: (Actividade) P: De seguida, faz-se o mesmo para as outras faces até que se obtenha uma forma plana. A: (Actividade) P: A forma plana obtida pela abertura do sólido geométrico chama-se planificação. P: Haverá apenas uma forma de representar o sólido geométrico na forma plana? A: Não, há várias. P: Encontre todas as formas possíveis de planificar. Quantas são? A: (Actividade) A: Ao todo, pode-se fazer 11 tipos de planificações a partir do cubo. 2. Explicação do problema usando figuras 151 4. Nota para o professor Ao abordar este tema, o professor deve sempre referir-se à forma como pode ser feito o recorte. Ao recortar as faces, estas devem estar ligadas pelo menos por uma aresta. É importante entender como as arestas ou as faces se ligam, bem como perceber exac- tamente como as relações espaciais funcionam. A planificação é uma das formas de representar as sólidos geométricos num plano. É importante saber que várias planifi- cações podem partir de um sólido geométrico; sendo, igualmente, importante imaginar o sólido geométrico que resulta de uma dada planificação. A planificação é útil para encontrar a área da superfície do sólido. Neste caso, recortou-se e separou-se as faces. Assim, não é possível reconstruir o cubo. 3. Resumo A planificação de um sólido geométrico é uma forma plana que pode ser dobrada de modo a obter o sólido geométrico. Cada sólido geométrico tem diferentes planificações. (1) Trace a planificação do prisma e do cilin- dro. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 153 Capítulo VIII: Grandezas e medidas 1. Objectivos da unidade • Usar grandezas e medidas na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre grandezas e medidas; • Usar estratégias correctas para abordar conteúdos sobre grandezas e medidas na sala de aula. 2. Avaliação no ensino das grandezas e medidas • Diagnóstica, ao nível de compreensão sobre números naturais e suas operações e noções de grandezas e medidas; • Formativa, através da observação e perguntas directas a cada aluno sobre noções de grandezas e medidas, relação entre diferentes unidades de medidas, como medir e calcular grandezas; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais sobre noções de grandezas e medidas, relação entre diferentes unidades de medidas, como me- dir e calcular grandezas. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos da classe Conteúdos Objectivos específicos 1ª Comprimento, capacidade-volume e massa • Noções intuitivas de medição de comprimento; • Noção do metro; • Noções de capacidade-volume; • Noções de massa. • Explicar o significado decomprimento, capacidade e massa; • Traçar linhas de diferentes comprimentos; • Medir comprimentos de objectos; • Comparar comprimentos, capacidade, volume e massa. 2ª O relógio • Horas inteiras. • Ler e marcar horas inteiras; • Construir relógios. O calendário • Dia, semana, mês e ano. • Identificar dia, semana, mês e ano. 154 2ª O Metical • Moedas e notas do dinheiro moçam- bicano: - Moedas (50 centavos, 1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT) ; - Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT). • Identificar moedas e notas do dinheiro moçambicano; • Decalcar e recortar moedas. Comprimento, capacidade e massa • Noção de metro (m); • Noção de centímetro (cm); • Noção de quilograma (kg); • Noção de litro (l). • Medir pequenos comprimentos, usando unidades não padronizadas (o palmo, o pé e o passo) como base para conhecer as unidades padronizadas; • Realizar experiências que conduzam à noção de capacidade e massa. 3ª Unidades de comprimento • O metro (m), o decímetro (dm), o centímetro (cm) e o milímetro (mm); • Unidade fundamental: o metro; • Noção de perímetro de figuras planas (rectângulo, quadrado e triângulo). • Converter as unidades de comprimento, capacidade e massa; • Determinar o perímetro de figuras planas (rectângulo, quadrado e triângulo); • Desenhar e pintar figuras de diferentes tamanhos. Unidades de massa • O quilograma (kg) e o grama (g). Unidades de capacidade • O litro (l) e o mililitro (ml). O dinheiro • Moedas e notas do dinheiro moçambicano. • Resolver exercícios que envolvem ope- rações com o metical. Medidas de tempo • O relógio (horas e minutos); • O calendário (o dia, a semana e os meses do ano). • Ler horas em qualquer tipo de relógio. 155 4ª Unidades de comprimento • Quilometro (km), metro (m), decímetro (dm), centímetro (cm), milímetro (mm). Unidades de capacidade • Litro (l), decilitro (dl), centilitro (cl) e mililitro (ml). Unidades de massa • Tonelada (t), quilograma (kg) e grama (g). • Converter as unidades de comprimento, capacidade e massa. O dinheiro moçambicano • Notas e moedas. • Resolver exercícios que envolvem operações com o Metical. Perímetro de figuras planas • Rectângulo, quadrado, triângulo. • Recortar figuras planas e compará-las por sobreposição; • Determinar o perímetro de figuras planas. Área do rectângulo • Centímetro quadrado (cm2). • Determinar área do rectângulo. Medidas de tempo • O relógio: horas, minutos e segundos; • O calendário: o dia, a semana, o mês e os meses do ano. • Diferenciar o ano comum do bissexto; • Resolver problemas relacionados com medidas de tempo. 5ª Medidas de massa • Unidades de massa: tonelada (t), quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigra- ma (dg), centigrama (cg), miligrama (mg); • Unidade fundamental: o quilograma (kg); • Conversão das unidades de massa. • Converter as unidades de comprimento e de massa. 156 5ª Medidas de comprimento • Unidade fundamental: O metro (m); • Múltiplos do metro: Quilómetro (km), hectómetro (hm) e decâmetro (dam); • Submúltiplos do metro: Decímetro (dm), centímetro (cm), e milímetro (mm); • Conversão de medidas de compri- mento: km, hm, dam, m, dm, cm e mm. Perímetro de figuras planas • Rectângulo, quadrado, triângulo, pa- ralelogramo. • Determinar perímetros de figuras planas. Medidas de superfície • Unidades de superfície (km2, hm2, dam2, m2, dm2, cm2, mm2); • Área do quadrado A = ×l l; • Área do rectângulo A C L= × ; • Área do triângulo A b h= × ÷ 2. • Converter as unidades de superfície, umas às outras; • Determinar áreas do rectângulo, quadra- do e triângulo. Medidas de tempo • Relógio (horas, minutos, segundos); • Calendário (o mês, o trimestre, o semestre, o ano, a década, o século, o quinquénio e o milénio). • Converter as unidades de tempo, umas às outras. 6ª Medidas de superfície • Unidades de superfície: km2, hm2, dam2, m2, dm2, cm2 e mm2. Unidades agrárias • Hectare (ha), are (a) e centiare (ca). Relação entre unidades agrárias e de superfície • Hectare (ha) para hm2; • Are (a) para dam2; • Centiare (ca) para m2. • Ler e escrever as unidades de superfície e agrárias; 157 Conversão das unidades de superfície em agrárias e vice-versa. • Efectuar conversões das unidades de superfície e unidades agrárias. Medidas de volume • Unidades de volume: km3, hm3, dam3, m3, dm3, cm3 e mm3. • Ler e escrever as unidades de volume; • Converter as unidades de volume. Volumes de sólidos • Volume do paralelepípedo rectângu- lar; • Volume do cubo. • Calcular volume do paralelepípedo rectângular e do cubo. 7ª Medidas de capacidade • Unidades de capacidade: Quilolitro (kl), hectolitro (hl), decalitro (dal), litro (l), decilitro (dl), centilitro (cl), mililitro (ml); • Equivalência entre o decímetro cúbi- co (dm3)e litro (l). Medidas de massa • Tonelada (t), quilograma (kg), hecto- grama (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg), centigrama (cg), miligrama (mg); • Conversão das unidades de massa. Áreas de figuras planas • Rectângulo, quadrado, paralelogra- mo, triângulo, trapézio e círculo; • Área de figuras compostas. Volume de sólidos geométricos • Volume de prisma recto, cilindro de revolução, pirâmide rectangular, cone de revolução e de esfera; • Correspondência entre as unidades de volume e de capacidade. • Ler e escrever as unidades de capacida- de; • Converter as unidades de capacidade; • Determinar capacidade de diferentes re- cipientes; • Relacionar o dm3 e o litro. • Ler e escrever as unidades de massa; • Converter as unidades de massa. • Determinar áreas de figuras planas. • Determinar volume de sólidos geométri- cos. 158 (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) GRANDEZAS E MEDIDAS ESPAÇO E FORMA 1ª Classe • Noção de linha; • Linhas rectas e curvas; • Noção de rectângulos, triângulos e círculos. • Noções elementares de medi- das de comprimento, capacida- de, volume e massa. 2ª Classe • Noção de ponto e segmento de rec- ta; • Figuras planas e sólidos geométri- cos. • Medidas de comprimento (m, cm); • Medidas de capacidades (l); • Medidas de massas (kg); • Dinheiro; • Relógio; • Calendário. 3ª Classe • Construção de figuras planas e de- composição (composição) de sóli- dos geométricos; • Rectas paralelas e perpendiculares; • Círculo e circunferência. • Medidas de comprimento (m, dm, cm, mm); • Perímetro de figuras planas; • Medidas de massa (kg, g); • Medidas de capacidade (l, ml); • Dinheiro; • Medidas de tempo (relógio, ca- lendário). 4ª Classe • Noção da semi-recta e ângulos; • Conceito, propriedades e classifica- ção dos triângulos; • Elementos, classificação e medição de ângulos. • Medidas de comprimento (km, m, dm, cm, mm); • Medidas de capacidade (l, dl, cl, ml); • Medidas de massa (t, kg e g); • O dinheiro moçambicano; • Perímetro de figuras planas; • Área do rectângulo (cm2); • Medidas de tempo (relógio, ca- lendário). 159 5ª Classe 6ª Classe 7ª Classe • Classificação de triângulos quanto aos ângulos; • Noção de quadriláteros (para- lelogramo, losango); • Diagonais de quadrilátero (paralelogramo, losango). • Construção de rectas paralelas e per- pendiculares; • Posição relativa entre pontos e rec- tas; • Noção de trapézio; • Pares de ângulos: Mediatriz e bis- sectriz; • Sistematização de quadriláteros. • Noção, propriedades e classificação de polígonos; • Construção de triângulos num ângu- lo; • Soma de ângulos internos de um triângulo e de um quadrilátero; • Conceito, propriedade de círculo e circunferência; • Sólidos geométricos: Volume e área total. • Medidas de comprimento; • Perímetro de figuras planas; • Medidas de superfície (A A A= × = × = × ÷l l, ,C L b h 2); • Unidades de áreas (km2, hm2, dam2, m2, dm2, cm2, mm2); • Medidas de tempo (relógio, calendá- rio); • Medidas de massa. • Medidas de superfície; • Unidades agrárias (ha, a,ca); • Medidas de volume (km3, hm3, dam3, m3, dm3, cm3, mm3); • Volume de sólidos geométri- cos(paralelepípedo, rectângulo e cubo). • Área de figuras planas (parale- logramo, trapézio, círculo); • Volume de sólidos geométricos (prisma recto, cilindro, pirâmi- de, cone, esfera); • Medidas de capacidade (kl, hl, dal, l, dl, cl, ml); • Medidas de massa; • Equivalência entre dm3 e l. 160 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Conversão de medidas de comprimento (5ª classe) P: Qual é a relação entre metro e quilómetro? A: 1km é igual a 1000m. P: Como podemos, então, converter 1042m para km? A: Dividimos 1042 por 1000. P: Qual é a resposta? A: 1042 1000 1 042÷ = , . Então, 1042m correspondem a 1,042km. P: A partir do problema formulado, podemos, ainda, introduzir um outro método. A tabela apresenta as unidades de comprimento. Representação em km km hm dam m dm cm mm Representação em m 1º passo: Escreve-se o número dado na coluna mais para à direita da tabela. Representação em km km hm dam m dm cm mm Representação em m 1042m 2º passo: Escreve-se o número dado de modo que o algarismo das unidades esteja na coluna de m. Representação em km km hm dam m dm cm mm Representação em m 1 0 4 2 1042m 3o passo: Escreve-se os novos números com a nova unidade. Neste caso, o 1 da coluna de km torna-se o algarismo das unidades do novo número de modo a que a vírgula decimal seja colocada depois do 1. Representação em km km hm dam m dm cm mm Representação em m 1,042km 1 0 4 2 1042m P: Portanto, 1042m correspondem a 1,042km. 2. Explicação do problema usando figuras A distância da casa do Jossias para a escola é de 1042 metros. Expresse essa distância em quilóme- tros. 161 4. Nota para o professor A conversão de uma unidade de medida para a outra exige o domínio da multiplicação e divisão de números por 10, 100 e 1000 ou por 0,1; 0,01 e 0,001. Por isso, é impor- tante que o professor discuta com os alunos sobre os diferentes métodos de converter uma unidade de medida para a outra, multiplicando ou dividindo o número por 10, 100 ou 1000, conforme o que se mostrar mais apropriado para cada caso. 3. Resumo A unidade fundamental do comprimento é o metro. O milímetro, o centímetro, o metro e o quilómetro são as medidas comuns na vida quotidiana. Nome de unidade Quilómetro Hectómetro Decâmetro Metro (unidade fundamen- tal) Decímetro Centímetro Milímetro Valor unitário 1km 1hm 1dam 1m 1dm 1cm 1mm Multipli- cador para obter o valor uni- tário 1000 vezes 100 vezes 10 vezes 1 vez 1 10 1 100 1 1000 Valor em metro 1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m Para converter uma unidade para outra, multiplica-se ou divide-se por 10, 100, 1000, conforme apropriado. Ao converter para uma unidade maior, divide-se o número, e ao converter para uma unidade menor, multiplica-se o número. (1) 1042m são 10,42km, confundiu-se 0,01 com 0,001. (2) Outro erro deve-se ao não domínio da relação entre as unidades de medidas, partindo da menor unidade para a maior unidade. 1m = 1000 vezes de 1km = 1000km. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Um campo tem 2,47km de comprimento. Converta o comprimento para m. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 162 II. Área do rectângulo e do quadrado (4a classe) P: Qual das figuras acha maior? Por que razão acha isso? A1: A e B são iguais. O perímetro da figura A é de 12cm e o perímetro da figura B é de 12cm. A2: Quando as sobrepomos, a figura B parece maior. P: Observemos o diagrama à direita. Haverá al- guma forma de comparar A e B? A: Podemos contar pequenos quadrados. A figura A contém 8 pequenos quadrados e a figura B 9 pequenos quadrados. Portanto, a figura B é maior que a figura A. P: Para descrever o espaço ocupado pelos pequenos quadrados com 1cm de lado, usa-se a palavra área, a medida de quantidade de superfície ocu- pada pela figura. A área do pequeno quadrado com lados de 1cm é de 1cm2 (um centímetro quadrado). cm2 é a unidade da área. Portanto, diz- se que a área da figura A é de 8cm2 e a área da figura B é de 9cm2. P: Consegue pensar numa forma de encontrar a área do rectângulo? O rectângulo tem 4cm de comprimento e 2cm de largura e a sua área é de 8cm2. A: Pode-se encontrar a área, multiplicando o comprimento e a largura (4 × 2 = 8). P: E do quadrado? A: Pode-se encontrar a área, multiplicando o lado pelo lado (3 × 3 = 9). 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo A medida da quantidade de superfície chama-se área. A área é representada pelo número de quadrados com 1cm de lado e a sua área é de 1cm2. Área do rectângulo = Comprimento × Largura (A = C × L) Área do quadrado = Lado × Lado (A = L × L) Observe as figuras A e B. Qual é a fi- gura maior? 163 (1) Caso os perímetros das figuras sejam iguais, os alunos podem pensar que as áreas dasfiguras, também, são iguais. (2) Certos alunos podem determinar a figura maior pela sua aparência, baseando-se na sobreposição das formas, sem aplicar as unidades de área. (3) Ao determinar a área de uma figura, alguns alunos podem esquecer-se de considerar o expoente da unidade de medida. (1) Explique os passos para resolver os seguintes problemas: (i) Uma sala de aula tem 900cm de comprimento e 6m de largura. Encontre a área da sala de aula. (ii) Um quarto tem 800cm de comprimento e 7m de largura. Encontre a área do quarto. (iii) Qual dos compartimentos é maior? Calcule a área de cada um e compare as áreas. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 4. Nota para o professor O conceito de área de figuras exige a compreensão das unidades de área tais como 1cm2, 1m2 e 1km2, o domínio de cálculo, da contagem e uma correcta identificação de tamanhos de objectos. É importante que o professor proponha exercícios que levem os alunos a descobrir a diferença entre o cálculo de perímetro e da área de figuras. É importante, também, que os alunos desenvolvam um senso de área através de actividades experimentais, nas quais eles determinam, de facto, as áreas de quadrados e rectângulos no seu meio ambiente. 164 III. Área do triângulo (5ª classe) P: Lembram-se que já aprendemos como encontrar a área do triângulo recto? A: Sim. Área do triângulo base altura A= × × ⇒ = ×1 2 2 b h P: Esta fórmula pode servir para triângulos diferentes? A1: Não. A2: Sim. P: Vamos confirmar se pode ou não. P: Como se pode encontrar a área do triângulo? A1: Pode-se formar dois triângulos com o mesmo tamanho, a partir de um paralelogramo cuja base (b) e altura (h) são iguais às dos triângulos. A área do triângulo é metade 1 2 da área do paralelogramo. A área do paralelogramo é 6 4 24× = , isto é, 24cm2, então, a área do triângulo é de 24 ÷ 2 = 12, isto é, 12cm2. P: Haverá outra forma de encontrar a área do triân- gulo? A2: Pode-se dividir o triângulo original através da altura em dois triângulos rectângulos e formar um triângulo com o mesmo tamanho para cada um dos dois triângulos rectângulos. Agora, temos um rec- tângulo, o que é o dobro do tamanho do triângulo original. Então a área do triângulo é metade da área do rectângulo. Matematicamente, 6 × 4 ÷ 2 = 12, isto é, 12cm2 é a área de triângulo. 2. Explicação do problema usando figuras Determine a área do triângulo dado. 165 3. Resumo Área do triângulo base altura A= × × = ×1 2 2 : b h . Esta fórmula serve para qualquer tipo de triângulo. 4. Nota para o professor Ao abordar este tema, é importante que o professor consolide como encontrar a área do rectângulo e do triângulo rectângulo, lembrando aos alunos da razão de aplicarmos o comprimento e a largura como elementos da fórmula, porquê multiplicamos, e dividimos por 2 no caso do triângulo rectângulo. Após esta consolidação, o professor poderá apresentar o seguinte esquema. O professor deve também propor exercícios que levem os alunos a descobrir que a área do triângulo é sempre a metade da área do paralelogramo ou rectângulo com a mesma base (comprimento) e a mesma altura (largura). Ao ensinar como encontrar a área de triângulos, é importante certificar-se de que os alunos entendem a altura e a base, isto é, caso um certo lado seja seleccionado como base, a altura é definida automaticamente, e independentemente do lado que se tornar a base, a área permanece a mesma. Importa também consolidar que a altura deve ser sempre perpendicular a base (for- mando um ângulo recto entre elas). P: Então, em ambos casos, encontramos a expressão matemática 6 × 4 ÷ 2. O que repre- senta o número 6, 4 e 2? A: 6 é a base, 4 é a altura e 2 significa que precisamos dividir a área do paralelogramo ou rectângulo por 2. 166 A área do triângulo é de 30cm2. Confundiu-se as fórmulas e não se efectivou a divisão da área do paralelogramo. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Encontre a área do triângulo. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 167 IV. Relação entre o perímetro da circunferência e o seu diâmetro (7a classe) O professor pede que os alunos desenhem e recortem círculos de 3cm, 4cm e 5cm de raio em cartolinas (preparar antes da aula). P: A linha que delimita o círculo chama-se circunferência. Coloque a linha a volta de cada círculo de modo a completar a volta. Meça o comprimento da linha usando a régua. A: (Actividade) P: Que medidas encontrou? A1: 9,4cm, 12,5cm e 15,8cm. A2: 9,8cm, 12,7cm e 15,6cm. P: Agora, como podemos saber quantas vezes o diâmetro cabe na respectiva circunferência? A: Calculando o quociente entre o compri- mento da linha que delimita o círculo e o respectivo diâmetro, isto é, 9,4 ÷ 3; 12,5 ÷ 4 e 15,8 ÷ 5. P: Compare os resultados. O que observa? A1: Eles estão próximos um do outro. A2: Eles são maiores que 3 e menores que 4. P: Este valor chama-se razão da circunferên- cia para o seu diâmetro, que é aproximada- mente 3,14 e representa-se por π. Para o diâmetro de 3cm c (cm) 9,3 9,4 9,6 9,7 9,8 c ÷ d 3,1 3,13 3,16 3,23 3,26 Para o diâmetro de 4cm c (cm) 12,3 12,5 12,7 13 13,1 c ÷ d 3,07 3,12 3,17 3,25 3,27 Para o diâmetro de 5cm c (cm) 15,6 15,8 15,9 16,1 16,4 c ÷ d 3,12 3,16 3,18 3,22 3,28 2. Explicação do problema usando figuras Considere uma circunferência. Quantas vezes o diâmetro cabe no perímetro desta cir- cunferência? 3. Resumo O quociente do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro é sempre o mesmo, independentemente do tamanho do círculo. Ele é aproximadamente igual a 3,14 e é repre- sentado pela letra grega π (pi). 168 Ao seleccionar objectos como garrafas, copos e outros, os alunos podem ter dificuldades para encontrar a medida do diâmetro obtendo assim o comprimento de uma corda que não passa pelo centro. Quando eles usam a linha para medir o perímetro da circunferência, eles podem não co- locar a linha no ponto original. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Mostre que o perímetro da circunferência é 3 vezes maior e 4 vezes menor que o diâmetro usando a figura à direita, a qual apresenta um quadrado, uma circunferência e um hexágono regular aplicando: O diâmetro = um lado de quadrado O diâmetro = um diagonal de hexágono O raio = um lado de hexágono (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 4. Nota para o professor Embora este tópico esteja relacionado com a unidade de espaço e forma, mostrou-se adequado o seu tratamento na presente unidade. É importante que o professor ajude aos alunos a consciencializar-se de que pode ha- ver uma relação entre o diâmetro e perímetro da circunferência. Se os alunos medi- rem, efectivamente, os diâmetros e perímetros das circunferências de vários círculos, eles poderão descobrir que a razão do perímetro da circunferência para o diâmetro de um círculo permanece mais ou menos a mesma, independentemente do tamanho do círculo. É suficiente que os alunos consigam encontrar um valor entre 3 e 4, pois é difícil que os alunos encontrem, exactamente, 3,14 ou um valor muito próximo a 3,14. Quando os alunos encontrarem este valor aproximado, o professor pode mostrar que 3,14 será, por conveniência, usado nas próximas aulas. 3,14 é também um valor aproximado a razão “π”. O valor real de “π” é 3,1415… Então, usamos 3,14 como a razão de π no Ensino Primário para fazer face a complexidade deste número infinito. A calculadora pode ser útil quando os alunos tiverem dificuldades no cálculo da razão do perímetro da circunferência para o seu diâmetro, devido aos números decimais. Na aula seguinte, o professor deve consolidar que a relação entre o diâmetro (d) e o perímetro da circunferência (P) corresponde a π, aplicando P d= × = × ×( )π π 2 r . Os alunos devem compreender que podem encontrar o perímetro da circunferência através da multiplicação de pelo diâmetro.169 V. Área do círculo (7ª classe) O professor orienta aos alunos para traçar 4 circunferências de raio igual a 5cm numa car- tolina e depois recortam-nas (preparar antes da aula). P: Tome uma circunferência e divida-a em 8 partes iguais e, de seguida, organize o material recortado. A: (Actividade) P: Faça o mesmo com um outro círculo, di- vidindo-o em 16 partes iguais e reorganize o material recortado. A: (Actividade) P: Se continuarmos a divisão dos outros círcu- los em 32 e 64 partes iguais, respectivamente, reorganizarmos o material recortado e fazer pequenos sectores, o que acontecerá com a forma reorganizada? (O professor mostra as figuras.) A: A forma resultante aproximar-se-á a um rectângulo. P: Que parte do círculo é aproximadamente igual à largura da forma que se parece com um rectângulo à direita? A: A largura do rectângulo é o raio do círculo. P: E o comprimento? A: O comprimento é aproximadamente igual à metade do perímetro da circunferência. P: Ao calcular a área do rectângulo estaremos a calcular aproximadamente a área de que fi- gura? A: Estaremos a calcular a área do círculo. P: Qual é a área do círculo aproximadamente? A: Área do círculo = metade do perímetro × raio Quando se recorta em 8 sectores iguais: Quando se recorta em 16 sectores iguais: Quando se recorta em 32 sectores iguais: Quando se recorta em 64 sectores iguais: 2. Explicação do problema usando figuras Considere um círculo de raio igual a 5cm. Como podemos calcular a sua área? 170 3. Resumo Dado um círculo de raio : Área do círculo raio raio: r = × ×3 14, A = ×π r 2 (1) Os alunos podem dividir o círculo em partes diferentes, formando, assim, uma figura diferente de um rectângulo. (2) Área do círculo = × ×π 2 r, confundiu a fórmula do perímetro da circunferência para calcular a área do círculo. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: (i) Encontre a área aproximada de um círculo com 10cm de raio, usando uma folha com quadrículas de 1cm. Pode contar o número de quadrículas de 1cm2 para aproximar-se a área do círculo . 6. Exercícios 4. Nota para o professor O cálculo da área exige o domínio das características das áreas e seus elementos, por isso é importante que o professor use a estratégia da visualização na dedução das fór- mulas. Podendo ser difícil para os alunos a actividade de recortar o círculo em 32 e 64 partes e reorganizar o material recortado, então, o professor deverá, antecipadamente, preparar diagramas para apresentar e explicar nestas situações. P: Podemos simplificar mais? A: Perímetro de círculo é 3,14 × diâmetro e o diâmetro é 2 × raio, então: Área do círculo = 3,14 × 2 × raio ÷ 2 × raio = 3,14 × raio × raio 171 Considere 1 4 do círculo. Seja a área do quadrado, pela qual a circunferência passa, 1 2 2cm . O número de é _____, então a área total da parte de é _____ cm2. O número de é _____, então a área total da parte de é _____ × 1 2 =_____ cm2. A área do 1 4 do círculo é __________ cm2. Portanto, a área de todo o círculo é __________ cm2. (ii) Quantas vezes a área do círculo com raio de 10cm cabe na área do quadrado de 10cm? Desenvolva uma fórmula da área do círculo. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 172 VI. Volume do prisma rectangular (5ª classe) P: Observe as figuras A e B. Como se chamam? A: Estas figuras chamam-se prismas rectangulares. P: Vamos preencher o prisma rectangular A, com pequenos cubos de 1cm de aresta. Quantos peque- nos cubos contém o prisma? A: Ele contém 24 pequenos cubos. P: Como encontrou 24 pequenos cubos? A: O comprimento do prisma é 4cm, por isso, 4 pe- quenos cubos cabem no comprimento. Similarmen- te, 2 pequenos cubos cabem na largura. 4 × 2 = 8, então, 8 pequenos cubos cabem na base do prisma. 3 pequenos cubos cabem na altura. 3 × 8 = 24, então, são 24 cubos no total. P: Seguindo o mesmo procedimento, quantos pe- quenos cubos contém o prisma B? A: A base contém 3 pequenos cubos no comprimen- to e 3 pequenos cubos na largura. 3 × 3 = 9, então, a base contém 9 pequenos cubos. A altura contém 2 pequenos cubos. 2 × 9 = 18, então, são 18 pequenos cubos no total. P: Agora, qual é o maior prisma? A: A é maior que B, porque o prisma A contém 24 pequenos cubos e o prisma B contém 18 pequenos cubos. P: O volume é usado para medir e comparar o tamanho de prismas rectangulares ou sólidos geométricos. O volume de cada pequeno cubo de 1cm de aresta é de um centí- metro cúbico e escreve-se 1cm3. Então, qual é o volume dos primas A e B? 2. Explicação do problema usando figuras Utilizando pequenos cubos de 1cm de aresta, qual é a figura maior? 173 A: O volume de A e B é de 24cm3 e 18cm3, respectivamente. P: Então, qual é a expressão usada para encontrar os volumes? A: Volume de A é 4 × 2 × 3 = 24 e o de B é 3 × 3 × 2 = 18. P: Analisemos a relação entre o número dos pequenos cubos e o comprimento, largura e altura. A: O número de pequenos cubos que cabem em cada lado é igual ao comprimento, largura e altura, respectivamente. P: Isso quer dizer que o volume do prisma rectangular pode ser encontrado medindo o comprimento (C), a largura (L) e a altura (h) da figura em cm e multiplicando estes números. A unidade de volume será em cm3. Portanto, o volume de um prisma rectan- gular corresponde ao seu comprimento vezes a sua largura vezes a sua altura, isto é, V C L h= × × . Podemos também notar que C × L (área do rectângulo) corresponde a área da base deste prisma. Então, pode-se escrever V = Área da base × h. 3. Resumo O volume corresponde à medida da quantidade de espaço ocupado por uma figura. O volume é medido em unidades cúbicas. O volume de um cubo com 1cm de arestas é de um centímetro cúbico e escreve-se 1cm3. O volume de um prisma rectangular corresponde ao seu comprimento vezes a sua largura vezes a sua altura: V C L h= × × , ou seja, o volume de um prisma rectangular pode ser encontrado pelo cálculo da área da sua base vezes a sua altura: (volume = Área da base × h). O volume do cubo é calculado pela expressão V a a a a= × × = 3. "a" significa aresta do cubo (lado do cubo). 4. Nota para o professor O cálculo de volume exige o domínio das características dos sólidos e seus elementos e a compreensão das unidades de volume, tais como 1cm3, 1m3 e 1km3, o domínio de cálculo, da contagem e identificação de medidas de quantidade de espaço. Por isso, é importante que o professor use a estratégia da visualização na elaboração de fórmulas e recorra à contagem de cubos unitários na construção. 174 1. O erro no cálculo de volume por contagem de cubos está relacionado com a visuali- zação de sólidos. Neste caso, os alunos poderão ter dificuldades em descobrir quantos cubos estarão escondidos na parte de trás de um sólido. 2. Certos alunos podem determinar a figura maior só pela sua aparência, baseando-se na sobreposição dos sólidos, sem aplicar as unidades de volume. 3. Ao determinar o volume de um sólido alguns alunos podem esquecer-se de considerar o expoente da unidade de volume. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Encontre o volume do prisma triangular, comparando com o prisma rectangular. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 175 VII. Volume de uma pirâmide (7a classe) O professor leva para aula pirâmides quadrangula- res e prismas quadrangulares feitos de vidro plásti- co ou outro material transparente para a realização de uma experiência. P: Tem alguma ideia sobre como encontrar o volu- me desta pirâmide? A: Não. P: E do volume do prisma quadrangular? Lembra- se? A: V A h cmprisma base= × = × × =10 10 9 900 3, 900 P: Agora, compare a pirâmide e o prisma. Qual é maior? A: O prisma. Embora as bases (10 10 100× = ) e as alturas (9cm) da pirâmide e do prisma sejam iguais, o volume da pirâmide é menor que o volume do prisma. P: A pirâmide e o prisma são recipientes, nos quais podemos introduzir algo para fazer a comparaçãodos seus volumes. O que se pode fazer para facili- tar a comparação? A: Podemos encher um dos recipientes com água ou areia. Primeiro, podemos encher a pirâmide com água ou areia e, de seguida, transferir a mes- ma quantidade para o prisma. P: Vamos realizar a experiência. Preencha a pirâ- mide com água ou areia. A: (Actividade) 1 3 2. Explicação do problema usando figuras Observe a figura: Como podemos determinar o seu volume? 176 P: Despeje a água ou areia que está na pirâmide dentro do prisma quadrangular. O que observa? A: Ainda resta espaço no prisma. P: Repita o procedimento até encher o prisma. A: (Actividade) P: Quantas pirâmides com água ou areia foram necessárias para se encher o prisma? A: Foram necessárias três pirâmides cheias de água ou areia para encher o prisma. P: Que parte do prisma foi ocupada pela água ou areia que estava na pirâmide? A: 1 3 do prisma. Portanto, como o volume do prisma é igual a 900cm3, o volume da pirâmide é igual a 1 3 de 900cm3, isto é, 300cm3. P: Podemos definir a fórmula para o volume da pirâmide? A: V A hpirâmide base= × = × × 1 3 1 3 volume do prisma . 3. Resumo O volume da pirâmide de base quadrangular é igual a 1 3 do volume do prisma com a mesma base e a mesma altura, ou seja, V A hbase= × × 1 3 . altura base 4. Nota para o professor Para que a discussão seja participativa, convém que o professor organize os alunos em grupos. É importante que o professor oriente aos alunos a exporem, livremente, as suas ideias sobre o que observam e prevêem nas experiências, a discutirem e partilharem os resul- tados da experiência e o seu significado matemático (como desenvolver uma expres- são matemática para resolver o problema, com base nos resultados). Contudo, é difícil preparar um número suficiente de recipientes para todos os alunos. Portanto, o professor deve preparar, pelo menos, uma pirâmide e um prisma de vidro, plástico ou outro material transparente. É também aceitável que se apresente um vídeo a demonstrar a experiência aos alunos. 177 (1) Em experiências similares, os alunos, ao colocarem água ou areia na pirâmide, têm cometido erros, pois ou colocam uma quantidade menor ou colocam uma quantidade elevada/demasiada, procedimento que pode conduzir o aluno a um resultado incorrecto. (2) Os alunos tendem a não relacionar os níveis cognitivo e conceptual entre as 3 vezes que se efectuou a transferência e o 1 3 do volume. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Determine o volume do cone. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 178 VIII. Conversão de unidades de tempo (5ª classe) P: Quanto tempo leva o ponteiro longo para avançar uma marca? A: O ponteiro longo leva 1 minuto para avançar uma marca. P: Quanto tempo corresponde uma volta completa do ponteiro longo? A: Uma volta completa do ponteiro longo corresponde a 60 mi- nutos. P: E o que acontece com o ponteiro curto quando o ponteiro longo dá uma volta com- pleta. A: O ponteiro curto move-se e marca uma hora. P: Então, quantos minutos corresponde a uma hora? A: Uma hora corresponde a 60 minutos, isto é, 1 hora é igual a 60 minutos:1 60h = min P: Assim, quantos minutos corresponde a 1h e 15min? A: 1 60h = min, então,1 15h min 60min 15min 75min= + = . P: Por isso quer dizer que 1 15h min 75min= . Assim, quantos minutos gasta a Cristina para se preparar? A: A Cristina gasta 75min a preparar-se para ir à escola. P: Agora observe o relógio que horas são? A: São 5h 30min. P: Consegue encontrar outra forma de escrever 5h e 30min usando só minutos? A: 1 60h = min e 5 5 60 300h = × =min min, então, 5 30 300 330h min 30min minmin = + = P: Portanto, 5 30 330h minmin = . 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo 1 hora (h) = 60 minutos (min) Ao converter horas para minutos, multiplica-se o valor das horas por 60, e o produto será minutos. Ao converter minutos para horas, divide-se o valor dos minutos por 60, e o quociente será horas. A Cristina leva 1h e 15min a preparar-se para ir à escola. Escreva o tempo gasto em minutos. 179 (1) Os alunos poderão cometer erros de cálculo adicionando números com unidades diferentes (horas com minutos ou vice-versa). (2) Os alunos poderão cometer erros ao converter horas para minutos ou minutos para horas, por exemplo, 1 hora é 100 minutos ou 100 minutos é 1 hora. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) A Kátia e o Júlio levaram 137 minutos para fazer um bolo. Escreva o tempo gasto em horas e minutos. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 4. Nota para o professor A conversão de medidas de tempo é acompanhada por conceitos fundamentais tais como noções temporais, relógio e calendário. É importante que os alunos dominem a leitura diferenciada das horas, tendo em conta o antes e depois das 12 horas. 181 Capítulo IX: Percentagem 1. Objectivos da unidade • Usar o conceito de percentagem na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o tratamento e cálculo de percentagens; • Resolver problemas concretos que envolvem cálculos de percentagens de desconto; • Usar estratégias correctas para o tratamento de percentagens de desconto na sala de aulas. 2. Avaliação no ensino de percentagem • Diagnóstica, ao nível de compreensão de números naturais, fracções e números decimais e suas operações; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão do conceito de percentagem (valor relativo de números) e a aplicabilidade prática de ideias de percentagem; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais sobre o nível de compreensão da percentagem (valor relativo de números) e a aplicabilidade de percentagem na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 5ª • Noção de percentagem; • Explicar o significado da percenta- gem; • Relação entre percentagem, fracções e números decimais. • Estabelecer relação entre percenta- gem, fracção e número decimal; • Resolver exercícios que envolvem percentagens, fracções e números de- cimais. 6ª • Conceito de percentagem; • Relacionar percentagens com frac- ções e números decimais; • Relação entre percentagens, fracções e números decimais; • Determinar percentagens de quanti- dades; 6ª • Cálculo de percentagens de quantida- des; • Representação de percentagem em gráfico circular. • Representar percentagens em gráfi- cos circulares. 182 7ª • Conceito de percentagem; • Relação entre percentagens, fracções e números decimais; • Cálculo de percentagens de quantida- des; • Representação de percentagem em gráfico circular; • Transformação de percentagens em fracções e números decimais e vice- versa. • Determinar percentagens de quanti- dades; • Construir gráficos circulares e de bar- ras. • Transformar percentagens em frac- ções e números decimais e vice-versa. 183 PERCENTAGENS NÚMEROS DECIMAIS FRACÇÕES RAZÕES TABELAS E GRÁFICOS 5ª Classe 4ª Classe 6ª Classe 7ª Classe • Noção de números decimais; • Transformação de percentagens em fracções e números decimais e vice-versa; • Adição e subtracção de números decimais; • Adição e subtracção de fracções. • Equivalência, simplificação e amplificação de fracções; • Transformação de números deci- mais em fracções decimais e vi- ce-versa. • Noção de fracções. • Noção de percentagem; • Relação entre percentagem, fracções e números decimais. • Conceito de percentagem; • Relação entre percentagem, fracções e números decimais; • Cálculo de percentagens de quantidades; • Representação de percentagem em gráfico circular. • Noção de razões; • Multiplicação de fracções; • Divisão de fracções; • Multiplicação de dois números decimais; • Divisão de dois números deci- mais; • Gráficos de barras ecircular. • Transformação de percentagens em fracções e números decimais e vice-versa; • Cálculo de percentagens de quantidades; • Resolução de problemas ligados a aumento, diminuição, saldos, lucros, prejuízos, juros e IVA; • Construção de gráficos circula- res e de barras. (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 184 Observe a figura. P: Que parte de formandos preferem assistir futebol? Escreva a fracção. Se possível, simplifique. A: 60 100 3 5 = . 3 5 de formandos preferem assistir futebol. P: Que número decimal representa o número dos formandos que preferem assistir futebol? A: 60 100 60 100 0 6= ÷ = , . P: Que relação existe entre 3 5 e 0,6? A: 3 5 0 6= , , isto é, são iguais. P: Qual é a percentagem de formandos que preferem assistir futebol? A: 60% dos formandos preferem assistir futebol. P: Então, 60 100 0 60 60= =, % . Isto significa que a fracção 60 100 e o número decimal (0,60) correspondem à 60% de um todo. P: Assim, podemos repre- sentar o número de forman- dos que preferem assistir futebol em relação à todos os formandos sob a forma de fracção, número decimal e de percentagem, usando o diagrama ao lado. 60 100 3 5 = 2. Explicação do problema usando figuras De 100 formandos do IFP de Chitima, 60 preferem assistir futebol. Como podemos re- presentar o número de formandos que preferem assistir futebol sob a forma de fracção, número decimal e percentagem? 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Relação entre fracções, números decimais e percentagem (5ª classe) 185 4. Nota para o professor É importante destacar as vantagens da aplicação de percentagens na vida prática ou quotidiana, pois permitem ver o valor relativo de uma quantidade no que se refere ao todo. Os alunos podem encarar certas dificuldades quanto às operações de cálculo de percentagem, mas é apenas uma representação diferente de um valor relativo. Por isso, o professor deve elaborar exercícios diversificados e que tenham relação significativa com os problemas do quotidiano dos alunos. 3. Resumo Para transformar: • Um número decimal para percentagem, multiplica-se o número decimal por 100%. Exemplo: 0 6 100 60, % %× = • Uma percentagem para número decimal, converte-se o valor da percentagem numa fracção cujo o denominador é 100 e transforma-se a mesma num número decimal. Exemplo: 60 60 100 0 6% ,= = • Uma fracção para percentagem pode-se: - Transforma-se a fracção dada num número decimal e multiplica-se o número deci- mal obtido por 100%. Exemplo: 3 5 0 6 100 60= × =, % % - Converte-se a mesma numa fracção equivalente cujo denominador é 100 e toma-se o numerador como valor da percentagem. Exemplo: 3 5 3 20 5 20 60 100 60= × × = = % A: (O aluno preenche o dia- grama seguindo a instrução do professor.) 60 100 3 5 = P: Portanto, podemos representar o número de formandos que preferem assistir futebol em relação à todos os formandos sob a forma de fracção, número decimal e percen- tagem. 186 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: De 200 formandos do IFP de Nampula, 160 preferem assistir futebol. Como podemos representar o número de formandos que preferem assistir futebol na forma de fracção, decimal e percentagem? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 60 100 6 10 6= = % Simplificou a fracção e tomou o numerador como valor da percentagem. 60 100 0 6= , % Transformou a fracção num número decimal, o qual tornou-se a percentagem omitindo o zero, isto é, 0,6% em vez de 60%. 187 P: Para entender melhor essa situação, observe o diagrama ilustrado ao lado. P: Qual é a razão do número de meninas e o número total da turma? A: 24 40: . P: Qual é o valor da razão? A: O valor da razão é 24 40 . P: Como podemos obter uma fracção equivalente ao denominador 100, a partir do valor da razão? A: P: Então, qual é a percentagem de meninas? A: 60 100 60= % . A percentagem de meninas é de 60%. P: Significa que 24 40 60 100 60= = % . Então, 60% dos formandos são meninas. P: 60% dos formandos são meninas. P: Existe outra de obter a percentagem das meninas a partir do valor da razão? Se exis- te, qual é? A: 24 40 3 5 0 6 0 6 100 60= = × =, , % % e . 2. Explicação do problema usando figuras 3. Resumo Há 2 formas de expressar uma quantidade como percentagem de outra quantidade: (1) Obtém-se o valor da razão das duas quantidades, transforma-se o valor da razão numa fracção de denominador 100 e converte-se a fracção obtida para percentagem; (2) Obtém-se o valor da razão das duas quantidades, transforma-se o valor da razão em um número decimal e multiplica-se o número decimal obtido por 100%. II. Uma quantidade como percentagem de outra quantidade (6ª classe) Numa turma de 40 formandos do IFP da Matola, na província de Maputo, tem 24 me- ninas. Qual é a percentagem de meninas da turma em relação ao número total de for- mandos? 188 4. Nota para o professor É importante certificar a quantidade comparativa e a quantidade de base para expressar uma quantidade como percentagem de outra quantidade. Uma turma de 40 alunos tem 24 meninas. Qual é a percentagem de meninas integrantes da turma? (1) 24 100 0 24 24= =, % Confundiu o número total dos alunos com 100. (2) 40 100 0 4 40= =, % Confundiu o número de meninas com 40 e o número total dos alunos com 100. (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Numa turma de 45 formandos do IFP da Matola, na província de Maputo, tem 18 meninos. Qual é a percentagem de meninos da turma em relação ao número total dos formandos? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 189 2. Explicação do problema usando figuras P: Observe o diagrama ilustrado ao lado. Como podemos encontrar o preço de venda? A1: Podemos encontrar o preço de venda calculando 10% do preço inicial (∆ MT) e depois, subtrai-se o valor obti- do do preço inicial (300 MT). A2: Podemos encontrar o preço de venda calculando 90% do preço inicial (300 MT). P: Quanto é 10% do preço inicial? A: 0 1 300 30, × = , então, é 30 MT. P: Então, qual é o preço de venda? A: 300 30 270− = , então, é 270 MT. P: Agora, quanto é 90% do preço inicial? A: 0 9 300 270, × = , então, 90% do preço inicial é 270 MT. P: Então, qual é o preço de venda? A2: O preço de venda é de 270 MT. P: Certo, podemos encontrar o preço de venda usando as duas formas, neste caso, o preço de venda é de 270 MT. 4. Nota para o professor Esta matéria demonstra a aplicação prática de mudanças percentuais. É muito importante ensinar aos alunos o significado de aumento e diminuição percentual, usando dados que exploram situações ou problemas vividos pelos próprios alunos. 3. Resumo Um desconto é uma redução no preço inicialmente determinado ou fixado. Desconto = Percentagem do desconto Preço de aquisição (pre× çço inicial) Preço de venda Preço inicial Desconto ou Preço = − dde venda 1 Percentagem de desconto na forma decimal (Pr= −( )× eeço inicial) Percentagem de desconto Desconto Preço inicial = ××100% Uma livraria está a vender um livro de Matemática a 10% a menos que o preço inicial de 300 MT. Qual é o preço de venda? III. Desconto (7ª classe) 190 Uma livraria está a vender um livro de Matemática a 10% a menos que o preço inicial de 300 MT. Qual é o preço de venda? (1) 0 1 300 30, × = . Então é 30 MT. Confundiu a percentagem de desconto com o preço de venda. (2) 300 10 290− = . Então é 290 MT. Não calculou a percentagem de desconto. (3) 90 300 2700× = . Então é 2700 MT. Calculou usando directamente a percentagem, ao invés de um número decimal. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Um comerciante comprou uma câmera fotográfica a 20000 MT e revendeu-a tendo obtido um lucro de 20%. Encontre o lucro e o preço de venda da câmera fotográfica? (2) Produza um plano de aula combase na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 191 Capítulo X: Correspondência 1. Objectivos da unidade • Aplicar as relações entre as diferentes grandezas nas actividades de identificação do tipo de relação entre as grandezas; • Planificar e simular aulas sobre correspondência; • Usar estratégias correctas para o tratamento dos conteúdos de correspondência na sala de aula. 2. Avaliação no ensino de correspondência • Diagnóstica, ao nível de compreensão de números naturais e suas operações e tabelas e gráfico; • Formativa, pela observação e perguntas directas a cada aluno sobre a compreensão do conceito de correspondência, valor constante e variáveis, e a aplicabilidade de ideias de correspondência entre as grandezas; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais sobre o nível de compreensão do conceito, valor constante e variáveis, e a aplicabilidade de cor- respondência na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 6ª Equações lineares • Proposições verdadeiras e falsas; • Noção de igualdade; • Noção de equação; • Equações do tipo: x a b+ = , x a b− = , a x b− = , ax b= , a x b÷ = , x a b÷ = . • Explicar o significado de igualda- de e equação; • Resolver equações lineares. 192 7ª Equações lineares • Equações do tipo x a b+ = , x a b− = e a x b− = , com números naturais, fracções e números decimais; • Equações do tipo: ax b= , a x b÷ = , x a b÷ = com números naturais, fracções e números decimais. Proporcionalidades directas e inversas • Correspondências biunívocas e unívocas; • Equações do tipo y kx= ou y k x = ; • Sistema de coordenadas; • Proporcionalidade directa; • Gráfico de proporcionalidade directa; • Proporcionalidade inversa; • Gráfico de proporcionalidade inversa. • Resolver equações lineares com números naturais, fracções e nú- meros decimais; • Identificar correspondências biu- nívocas e unívocas; • Compreender as proporcionalida- des directa e inversa; • Identificar a proporcionalidades directas e inversas em tabelas e gráficos; • Construir gráficos de proporcio- nalidades directas e inversas. 193 TABELAS E GRÁFICOS E ESTATÍSTICA CORRESPONDÊNCIA 4ª e 5ª Classe 6ª Classe 7ª Classe Tabelas e gráficos • Leitura de tabelas e gráficos de barras; • Construção de tabelas e gráfi- cos de barras em quadrículas. • Noção de estatística; • Representação de dados em gráficos de barras; • Interpretação de tabelas e grá- ficos; • Gráfico de linhas. • Noção de igualdade; • Noção de equação; • Equações do tipo: x a b+ = ; x a b− = ; a x b− = ; ax b= ; a x b÷ = ; x a b÷ = . • Equações lineares; • Proporcionalidade directa; • Gráfico de proporcionalidade directa; • Proporcionalidade inversa; • Gráfico de proporcionalidade inversa. (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 194 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Relação entre duas grandezas cuja soma é constante (7a classe) O professor pode levar amostras de notas e objectos com os respectivos custos em meticais para a sala de au- las: Objecto A - 100 MT, Objecto B - 200 MT, Objecto C - 300 MT e Objecto D - 400 MT. P: Considere que o Marcos (um aluno escolhido aleato- riamente na turma) tenha 500 MT. Quanto será o troco, se ele comprar o objecto que custa 100 MT? 100 MT 200 MT 400 MT300 MT A: O troco é 400 MT. P: E se custar 200 MT? A: Será 300 MT. P: E se custar 300 MT? A: Será 200 MT. P: E se custar 400 MT? A: Será 100 MT. 100 MT e 400 MT 200 MT e 300 MT 300 MT e 200 MT 400 MT e 100 MT P: Como se pode organizar estes dados? A: Pode-se organizar os dados numa tabe- la. P: Vamos construir uma tabela. Quando o preço é 100 MT, quanto é o troco? E quan- do é 200 MT... A:Quando é 100 MT o troco é de 400 MT, quando é 200 MT o troco é 300 MT, e as- sim sucessivamente. Preço (x) 100 200 300 400 Troco (y) 400 300 200 100 P: O que acontece com o troco quando o preço aumenta? A: Quando o preço aumenta, o troco di- minui. Preço (x) 100 200 300 400 Troco (y) 400 300 200 100 2. Explicação do problema usando figuras O João tem uma nota de 500 MT. Com esse valor, ele pretende pagar certos produtos. Considerando que o primeiro produto custa 100 MT, o segundo 200 MT, o terceiro 300 MT e o último 400 MT, como estão relacionados o preço e o troco na compra de cada produto? 195 3. Resumo Em duas grandezas, quando os valores de uma aumentam e os valores correspondentes da outra diminuem pelo mesmo valor, a sua soma é igual a uma constante. A relação entre as duas grandezas pode ser escrita como uma expressão matemática x + y = k. 4. Nota para o professor É importante que os alunos sejam capazes de utilizar tabelas, realizando actividades de construção e interpretação das mesmas. É importante ainda, aprofundar a perspec- tiva de relações quantitativas, através da interpretação das características de como as quantidades estabelecem correspondência entre si e a noção de que as mesmas variam usando tabelas. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Um rectângulo com x cm de comprimento e y cm de largura foi construído, usando um fio de 20cm. Analise a relação entre o comprimento e a largura e expresse a relação numa expressão matemática. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios P: E o que acontece com o preço quando o troco aumenta? A: Quando o troco aumenta, o preço di- minui. P: Observe as colunas da tabela. Consegue descobrir algo em comum? A: O valor da soma de cada coluna é 500 MT. P: Poderá mostrar a relação numa expressão matemática? A: x y+ = 500 Preço (x) 100 200 300 400 Troco (y) 400 300 200 100 500 500 500 500 No acto da organização dos dados na tabela, os alunos podem manifestar certas dificul- dades, podendo, por exemplo, trocar os valores de x pelos valores de y. E como a soma confere, dificilmente podem detectar a troca ou o erro cometido. 196 II. Relação entre duas grandezas cujo quociente é constante (7a classe) P: O que acontece com a distância, quando o tempo duplica, por exemplo de 1 hora para 2 horas? A: A distância passa de 3km para 6km. P: Então, o que se pode dizer sobre a relação entre o tempo e a distância? A: Quando o tempo duplica, a distância também duplica. P: E se o tempo triplicar ou quadrupli- car? A: A distância será o triplo ou quádru- plo. P: Assim, podemos concluir que, quan- do o tempo duplica, triplica ou quadru- plica, a distância duplica, triplica ou quadruplica. Diz-se que o tempo e a distância estão numa proporcionalida- de directa. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 2× × ×× 3× 4× Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 2× 2× 3× 3× 4× 4× P: Olhando verticalmente a tabela, ha- verá outra relação entre os números? A: Sim, se dividirmos a distância pelo tempo, dá 3. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Distância ÷ Tempo 3 3 3 3 3 3 P: Então, como se pode expressar matematicamente a relação entre a distância e o tempo? A: Distância ÷ Tempo = 3, ou Distância = 3 × Tempo. P: Diz-se, então, que a distância é directamente proporcional ao tempo. O valor do quociente 3 chama-se constante da proporcionalidade. E neste caso em particular, a constante de proporcionalidade representa a velocidade, isto é, a velocidade é de 3km/h. 2. Explicação do problema usando figuras A tabela abaixo mostra o tempo e a distância que o João percorre em velocidade cons- tante. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Qual é a relação que existe entre as duas grandezas? 197 3. Resumo Em duas grandezas: (1) Quando os valores de uma grandeza duplicam, triplicam, assim sucessivamente, e os valores correspondentes da outra grandeza também duplicam, triplicam, assim sucessiva- mente, diz-se que asduas grandezas são directamente proporcionais. (2) Se a relação de duas grandezas x e y é expressa por y = k × x, diz-se, então, que y é di- rectamente proporcional a x, chamando-se ao valor de k constante de proporcionalidade. 4. Nota para o professor Ao ensinar a relação entre duas grandezas, é importante que o professor oriente aos alunos a descobrir o que acontece com uma variável em relação à duplicação ou tripli- cação dos seus valores, também acontece com a outra grandeza. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) Construa uma tabela que mostra a relação entre o comprimento do lado de um quadra- do e o seu perímetro, e analise se o lado e o perímetro estão ou não em proporcionalidade directa. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios (1) Ao invés de dividir, os alunos podem ter a tendência de somar os dados na vertical. (2) Os alunos podem pensar que, quando uma grandeza aumenta e, correlativamente, a outra grandeza também aumentar, as duas grandezas estão em proporcionalidade direc- ta. (Ora, isto não é o suficiente para dizer que as grandezas estão em proporcionalidade directa.) Exemplo: Neste caso, os valores de x aumentam e os de y também aumentam, porém não são direc- tamente proporcionais, pois não existe um valor k tal que y = k × x. x 1 2 3 4 5 6 y 5 6 7 8 9 10 +1 +1 +2 +2 +3 +3 +4 +4 +5 +5 198 III. Relação entre duas grandezas cujo produto é constante (7a classe) P: Observe a tabela Comprimento do laço (c) 5 10 15 20 25 30 Número de laços (n) 60 30 20 15 12 10 2× × ×× 3× 4× P: O que acontece com o número de laços, quando o comprimento do laços duplica? A: Quando o comprimento do laço duplica, o número de laço é reduzido pela metade. P: E se o comprimento do laço triplicar ou quadruplicar? A: O número de laços mudará para um terço ou um quarto. P: Então, quando o comprimento do laço duplica, triplica ou quadruplica, o número de laços reduz para um meio, um terço ou um quarto. P: Neste caso, diz-se que o comprimento do laço e o número de laços estão em propor- cionalidade inversa. Comprimento do laço (c) 5 10 15 20 25 30 Número de laços (n) 60 30 20 15 12 10 2× 3× 4× 1 2 × 1 3 × 1 4 × 2. Explicação do problema usando figuras Pretende-se dividir um rolo de fita com 300cm de compri- mento, em partes iguais para fazer laços de enfeitar embru- lhos. A tabela mostra a relação entre o comprimento de cada pedaço de fita e o número de laços. Comprimento do laço (c) 5 10 15 20 25 30 Número de laços (n) 60 30 20 15 12 10 Que relação existe entre o comprimento do laço e o número de laços? 199 3. Resumo Em duas grandezas: (1) Quando os valores de uma grandeza duplicam, triplicam, assim sucessivamente, e os valores correspondentes da outra grandeza reduzem-se à metade, à terça parte, assim su- cessivamente, diz-se que as grandezas são inversamente proporcionais. (2) Se a relação de duas grandezas x e y é expressa por y k x = , diz-se, então, que y é inver- samente proporcional a x, chamando-se ao valor de k constante de proporcionalidade. 4. Nota para o professor É importante destacar que ao ensinar a relação entre duas grandezas, o professor deve levar os alunos a descobrirem que o que acontece com uma variável em relação à duplicação, à triplicação dos seus valores, acontece, também, com a outra variável no sentido inverso, reduzindo à metade, à terça parte, assim sucessivamente. Os alunos podem entender que, quando uma grandeza aumenta e, correlativamente, a outra grandeza diminui, as duas grandezas estão em proporcionalidade inversa. (Ora, essa constatação não é suficiente para dizer que estão em proporcionalidade inversa.) Deve-se confirmar se x y× = uma constante ou não. P: Olhando verticalmente na tabela, haverá outra relação entre números? A: Sim, se multiplicarmos o compri- mento do laço pelo número de laços, o resultado obtido é o mesmo que é 300. Comprimento do laço (c) 5 10 15 20 25 30 Número de laços (n) 60 30 20 15 12 10 (Comprimento do laço) × (número de laços) 300 300 300 300 300 300 P: Como se pode mostrar a relação entre o comprimento do laço e o número de laços? A: A relação entre o comprimento do laço e o número de laços pode ser expressado: Comprimento do laço Número de laços ou Número de laços × = = 300 3300 ÷Comprimento do laço P: Diz-se, então, que o número de laços é inversamente proporcional ao comprimento do laço. O produto de valores que corresponde a 300 chama-se constante de propor- cionalidade. 200 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Construa uma tabela que mostra a relação entre o comprimento e a largura de um rectân- gulo cuja área é 12cm2, e analise se o comprimento e a largura estão ou não em propor- cionalidade inversa. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Exemplo: Neste caso, os valores de x aumentam e os de y diminui, porém não são inversamente proporcionais, pois não existe um valor k tal que y k x = . x 1 2 3 4 5 6 y 6 5 4 3 2 1 +1 ‒1 +2 ‒2 +3 ‒3 +4 ‒4 +5 ‒5 201 Capítulo XI: Tabelas e gráficos e estatística 1. Objectivos da unidade • Usar tabelas, gráficos e estatística, na resolução de problemas práticos da vida; • Planificar e simular aulas sobre o ensino de tabelas, gráficos e estatística; • Usar estratégias correctas para abordar tabelas, gráficos e estatística na sala de aula. 2. Avaliação no ensino de tabelas e gráficos e estatística • Diagnóstica, ao nível da compreensão de números naturais e suas operações; • Formativa, pela observação e questionamento directo a cada aluno sobre a compreensão do conceito de tabelas, gráficos e estatística e a aplicabilidade das suas ideias; • Sumativa, através de mini-testes, TPC, apreciação do caderno e outros materiais ao ní- vel da compreensão do conceito e aplicabilidade de tabelas, gráficos e estatística na vida prática. 3. Tabela e mapa conceptual da didáctica (Programa do Ensino Primário 2015) (1) Conteúdos e objectivos específicos de cada classe Conteúdos Objectivos específicos 4ª Tabelas e gráficos • Leitura de tabelas e gráficos de tempo; • Construção de tabelas e gráficos de tempo. • Interpretar tabelas e gráficos de tempo; • Construir tabelas e gráficos de tempo. 5ª Tabelas e gráficos • Leitura de tabelas e gráficos de barras; • Construção de tabelas e gráficos de barras em quadrículas. • Interpretar tabelas e gráficos de barras; • Construir tabelas e gráficos de barras. 7ª Estatística • Noção de estatística; • Recolha, organização e registo de dados em tabelas; • Interpretação de tabelas e gráficos; • Representação de dados em gráficos de barras; • Cálculo da média aritmética, da moda e da mediana. • Recolher, organizar e registar dados em tabelas; • Interpretar tabelas e gráficos de barras; • Determinar a média aritmética, a moda e a mediana. 202 TABELA E GRÁFICOS E ESTATÍSTICA 4ª Classe 5ª Classe 6ª Classe 7ª Classe PERCENTAGEM CORRESPONDÊNCIA • Leitura e construção de tabelas e gráficos de tempo. • Leitura e construção de tabe- las e gráficos de barras. • Noção de percentagem. • Conceito de percentagem; • Cálculo de percentagens de quan- tidade; • Representação da percentagem no gráfico circular; • Noção de equação. • Noção de estatística; • Recolha, organização e registo de dados em tabela; • Interpretação de tabelas e grá- ficos; • Representação de dados em gráficos de barras, linhas e cir- cular; • Cálculo de média, mediana e moda. • Cálculo de percentagens de quan- tidade; • Construção de gráfico circular e de barras; • Proporção directa; • Gráfico da proporção directa; • Proporção inversa; • Gráfico da proporção inversa. (2) Mapa conceptual da didáctica (relações entre as classes e os conteúdos) 203 4. Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) I. Construção de uma tabela e pictograma (4ª classe) O professor pode preparar as ilustrações de frutas, a tabela correspondente e levá-laspara a sala de aula. P: Observe a figura. O que podemos fazer para saber que tipo de frutas temos e quan- tas são? A: Agrupar-se as frutas e contá-las. P: Sim, boa ideia. Então, podemos usar esta tabela. Coloque a fruta no lugar ade- quado na tabela. A: (O aluno inicia a actividade.) P: Observe a tabela. Poderá dizer que fru- tas aparecem em maior quantidade? A: Bananas. P: Que frutas aparecem em menor quan- tidade? A: Papaias. P: Faça outras comparações. A: Há mais mangas do que papaias. A: Há menos laranjas do que bananas. A: … (Mais comentários são feitos.) Ananás Banana Laranja Manga Papaia P: A tabela foi útil? A: Sim. P: Porquê? A: Foi fácil vermos a quantidade de cada tipo de fruta e fazer as comparações. P: A esta forma de representar frutas usando ilustrações chama-se pictograma. 2. Explicação do problema usando figuras A Joana recebeu, da sua avó, uma diversidade de frutas. Que tipo de frutas ela recebeu? Quantas são? 204 P: Vamos organizar o número de frutas numa tabela para vê-las facilmente. Escre- va o número de frutas da tabela. A: (Escreve o número de frutas.) Frutas Ananás Banana Laranja Manga Papaia São 4 8 5 6 3 3. Resumo A tabela é uma forma de representar informações, organizando quantidades em filas e colunas. O pictograma é uma forma de representar informações usando símbolos ou imagens. 4. Nota para o professor Ao abordar este tema, o professor deve ter o cuidado de escolher/preparar material concreto e sugestivo para que a aula seja interessante e que a mesma explore o meio (social) da vida dos alunos. É importante ensinar e exercitar o método de representar os dados num gráfico, pois é uma forma de abordagem da realidade que destaca as diferenças entre os objectos e as quantidades destes. Ananás Banana Laranja Manga Papaia É melhor organizar as ilustrações em linha, ordenadamente. 205 Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) O seguinte pictograma representa o número de mangas que a Flávia colheu da man- gueira da sua casa nos últimos 5 dias. Mangas que a Flávia colheu 1° dia 2° dia 3° dia 4° dia 5° dia (i) Quantas mangas a Flávia colheu no 4º dia? (ii) Em que dia a Flávia colheu mais mangas? (iii) Quantas mangas a Flávia colheu durante os 5 dias, no total? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 206 II. Interpretação de um gráfico de barras (7a classe) P: O que representam os eixos vertical e hori- zontal? A: O eixo vertical representa o número de alu- nos, enquanto o eixo horizontal representa as notas. P: Quantos alunos tiveram nota 11? A: 5 alunos. P: Qual foi a nota obtida/alcançada pelo maior número de alunos da turma em análise? A: Nota 8. P: Quantos alunos tiveram a nota mais alta? A: A nota mais alta é 15, e 1 aluno teve 15. P: Quantos alunos tiveram a nota mais baixa? A: A nota mais baixa é 7, e 4 alunos tiveram 7. 2. Explicação do problema usando figuras O gráfico apresenta as notas da disciplina de Ma- temática obtidas pelos alunos de uma turma da 5ª classe, no fim do 1º trimestre. Vamos analisar o desempenho dos alunos. 207 P: Quantos alunos a turma tem? A: 4 + 7 + 2 + 3 + 5 + 2 + 1 = 24, então, a turma tem 24 alunos. P: O que podemos dizer sobre a tendência das notas dos alunos? A: Há dois grupos, um de notas positivas e outro de notas negativas. Ha dois grandes grupos sendo o primeiro de no- tas negativas que se aproximam a 8 e o segundo de notas positivas que se aproximam a 11. 3. Resumo O gráfico de barras é uma forma de resumir um conjunto de dados categóricos. Este apre- senta os dados, usando certo número de barras rectangulares com a mesma largura, repre- sentando cada uma delas uma categoria particular. O comprimento (altura) de cada barra é proporcional à quantidade que representa. 4. Nota para o professor Ao estudar e interpretar um gráfico de barras, é importante que o aluno desenvolva a capacidade de interpretação das características dos objectos visualizados, para que não se possa traçar tabelas e gráficos de forma mecânica. Por exemplo, os gráficos de barra permitem ver as diferenças e tendências na quantidade de dados, nomeadamente, o maior e o menor valor à vista. (1) Os alunos interpretam tomando o tamanho das barras como notas. P: Quantos alunos tiveram a nota mais alta? A: 7 alunos tiveram a nota mais alta. (2) Os alunos olham para as notas como frequência e para o número de alunos como variável. P: Quantos alunos tiveram 7? A: 8 alunos tiveram 7. Neste caso, os alunos têm dificuldades em saber qual dos eixos é lido primeiro. 208 (1) Explique os passos para resolver o seguinte problema: Uma professora perguntou a um grupo de alunos sobre o número de irmãos que cada um tem e obteve-se os seguintes resultados. Organize os dados numa tabela e construa um gráfico correspondente. 1 3 2 0 4 3 0 1 5 0 2 2 3 2 6 5 1 0 5 6 5 5 3 0 5 0 2 5 1 5 (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 209 III. Construção de um gráfico de linhas (7a classe) P: Observe a tabela. Como traçar um gráfico cor- respondente? (O professor demonstra como traçar um gráfico de linhas.) P: Trace o eixo vertical e o eixo horizontal. A: (Actividade) P: Escreva “Horas” para identificar o eixo hori- zontal. A: (Actividade) P: Escreva as horas dadas na tabela no eixo ho- rizontal. A: (Actividade) P: Escreva “Temperatura (oC)” para identificar o eixo vertical. A: (Actividade) P: Escreva as escalas para as temperaturas no eixo vertical. Neste caso, a temperatura mais ele- vada dos dados é 17 oC, então, façamos as escalas do eixo vertical até 17. A: (Actividade) P: Marque os pontos que representam a tempera- tura dada que corresponde ao tempo. A: (Actividade) P: Una os pontos com um segmento de recta. A: (Actividade) P: Escreva o título do gráfico. A: (Actividade) 2. Explicação do problema usando figuras A tabela abaixo apresenta a variação de temperatura registada num dia. Horas 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 Temperatura (°C) 17 23 28 30 32 28 22 Trace o gráfico de linhas da temperatura registada. 210 4. Nota para o professor Um gráfico de linhas permite ver as mudanças nos dados. Ao traçar um gráfico de linhas com base na tabela, é importante ensinar as caracterís- ticas do gráfico, por exemplo, a inclinação do segmento de recta do gráfico informa como os valores dos dados mudam. Também é importante chamar atenção aos alunos para que tracem as posições e linhas correctamente. Explique os passos para resolver o seguinte problema: (1) O gráfico que se segue apresenta as temperaturas médias mais elevadas de cada mês em Maputo. Responda às seguintes questões: (i) Qual é a temperatura no mês de Maio? (ii) Em que mês se registou a temperatura mais elevada? 6. Exercícios Os alunos podem trocar as posições ao escrever os nomes das categorias. 3. Resumo O gráfico de linhas é um tipo de diagrama que apresenta informações que mudam de for- ma contínua ao longo do tempo, unindo pontos com segmentos de recta. 211 (iii) Em que mês se registou a temperatura mais baixa? (iv) Em que mês se registou 28 oC? (v ) Que tendência podemos ver com a mudança da temperatura? (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 212 IV. Construção de um gráfico circular (7a classe) A tabela abaixo mostra os tipos e o número de árvores de fruta com as respectivas fre- quências. Tipos de árvores Mangueira Laranjeira Limoeiro Abacateira Mafureira Total Número de árvores 15 10 15 5 5 50 Trace o gráfico circular do número de árvores. P: Antes de iniciar o processo de construção de um gráfico circular, deve-se calcular o ângulo do sector circular. O ângulo do sector circular é igual ao produto da frequência relativa por 360° (amplitude de um ângulo giro). A frequência relativa é o número de cada árvore a dividir pelo número total destas árvores. P: Então, primeiramente, encontremos a frequência relativa de cada árvore, acrescen- tandoa sua fila à esta tabela. A: (Aplicando os dados da tabela, os alunos encontram a frequência relativa.) Tipos de árvores Mangueira Laranjeira Limoeiro Abacateira Mafureira Total Número de árvores 15 10 15 5 5 50 Frequência relativa 0,3 0,2 0,3 0,1 0,1 1 P: Tendo a frequência relativa de cada árvore, o que podemos fazer a seguir? A: Precisamos encontrar o ângulo de cada sector, que é dado pelo produto da frequên- cia relativa por um ângulo giro. A frequência relativa da mangueira é 0,3, então o ân- gulo do sector da mangueira é 0,3 de 360°, isto é, 0,3 × 360° = 108°. Portanto, o ângulo do sector da mangueira tem 108°. P: Então, vamos encontrar os ângulos das outras árvores e completar a tabela, acrescen- tando uma fila nova para o ângulo do sector. A: Os alunos encontram os ângulos dos sectores das outras árvores e completam a tabela. Tipos de árvores Mangueira Laranjeira Limoeiro Abacateira Mafureira Total Número de árvores 15 10 15 5 5 50 Frequência relativa 0,3 0,2 0,3 0,1 0,1 1 Ângulo do sector 108° 72° 108° 36° 36° 360° 2. Explicação do problema usando figuras 213 P: Para construir um gráfico circular obedece-se os seguintes passos: O aluno constrói o gráfico circular acompa- nhando as seguintes instruções do professor: • Desenha-se um círculo usando o compasso; • Mede-se o ângulo de 108°, usando o transfe- ridor e traça-se o raio para o primeiro sector; • De seguida, mede-se o ângulo de 72° e traça- se o raio para o segundo sector. P: Continua-se a medir os ângulos de cada sec- tor, de modo a formar 5 sectores, conforme apresentado na figura à direita. • Identifica-se cada sector e escreve-se o título do gráfico. 3. Resumo O gráfico circular mostra os tamanhos relativos de um todo. O gráfico circular é mais adequado para comparar partes de um todo. Para construir o gráfico circular deve-se en- contrar as frequências relativas e depois os ângulos de cada sector. Frequência relativa número de cada elemento número total Ân = ÷ ggulo de cada sector Frequência 360= × ° 4. Nota para o professor É importante que o professor faça recordar aos alunos que a soma de todos os ângulos é igual a 360° e compreender a relação entre o número de objectos, frequência relativa e ângulo de sector. É importante, ainda, destacar as vantagens do gráfico circular, considerando que o mesmo mostra as proporções em que se pode partilhar ou dividir uma quantidade. Cada sector representa, visualmente, uma categoria da variável com a quantidade ou percentagem da categoria da variável. 214 Os alunos podem encarar algumas dificuldades ao medir os ângulos, os quais podem fazer com que, no fim da construção do gráfico, alguns sectores não caibam no gráfico circular. (1) Explique os passos para explicar o seguinte problema: Uma certa campanha agrícola, no distrito de Lago, na província de Niassa, produziu os seguintes cereais em toneladas. Construa o gráfico circular da campanha. Cereais Milho Mapira Amendoim Feijão Arroz Quantidades em toneladas (t) 20 10 5 10 15 (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios 215 V. Média aritmética (7a classe) P: O que se pode dizer sobre as suas notas? A1: Ele teve boas notas. A2: Ele teve uma nota inferior a 10, então, é mau. A3: A sua nota mais alta é 14. P: Podemos dizer que ele teve boas notas? A1: Talvez sim. A2: Talvez não. 0 3 2 1 6 5 4 9 8 7 12 13 14 11 10 P: Haverá alguma forma de estimar o seu desempe- nho? A: Sim. P: Como? A: Encontrando uma nota representante. P: Como podemos encontrar? Tem alguma ideia? A: Adicionando todas as 5 notas e, a seguir, dividir o resultado obtido por 5. P: Bem, vamos calcular. Qual é o valor encontrado? A: Encontramos 11. 11 é maior que 10, por isso a nota é boa. 0 3 2 1 6 5 4 9 8 7 12 13 14 11 10 11 + 12 + 8 + 10 + 14 = 55 55 ÷ 5 = 11 Ao valor 11, que resulta da divisão da soma de todas as notas obtidas pelo número total de avaliações, chama-se média aritmética, a qual é representada por x . 2. Explicação do problema usando figuras A tabela seguinte mostra as notas que um aluno obteve em cinco avaliações durante um semestre. Tipos de avaliação Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E Notas 11 12 8 10 14 O desempenho do aluno pode ser considerado bom? 3. Resumo O valor que resulta do quociente entre a soma de todos os dados e o número total de dados chama-se média aritmética ou média. A média aritmética é um valor médio calculado de um conjunto de dados numéricos, a qual é representada por x . 216 (1) Explique os passos para resolver o problema: Os seguintes dados mostram o peso de 10 alunos de um IFP. 63 62 58 63 68 47 63 56 82 58 (i) Encontre a média aritmética, a mediana e a moda, mostrando o significado, vantagens e desvantagens. (ii) Construa o gráfico de barras para visualizar a situação. (2) Produza um plano de aula com base na questão (1) e realize uma aula simulada. 6. Exercícios Os alunos podem se esquecer de alguns dados ao somar ou dividir a soma por um número total incorrecto. 4. Nota para o professor Há três tipos de tendências centrais comuns, nomeadamente média, mediana e moda. Para encontrar a média aritmética, adiciona-se todos os números e divide-se pelo número total dos dados. A “mediana” é o valor “médio” dos números dos dados. Para encontrar a mediana, liste os números em ordem numérica, do menor para o maior e, então, escolhe-se o do meio. Por exemplo, considerando os dados: 2 5 7 9 10, 7 é a mediana. A “moda” é o valor que mais aparece. Se nenhum número dos dados não for repetido, os dados em questão não têm moda. Por exemplo, considerando os dados: 2 3 3 3 5 5 6 7 7 9 9 9 9 10 10, 9 é a moda. 217 Modelos de Planos de Aulas e de gestão do quadro 219 Disciplina: Matemática Classe: 1a Unidade temática: Números naturais e operações Métodos de ensino: Elaboração conjunta e trabalho independente Tema da aula: Adição de números naturais com transporte Meios de ensino: Um cartaz contendo exemplo (ilustração) do tema da aula, livro do aluno e material básico de ensinoObjectivos específicos: No fim da aula, os alunos devem ser capazes de adicionar dois números com transporte. Duração: 45 min Pré-requisitos: - Composição e decomposição de números naturais com um algarismo; - Adição de números naturais no limite 10. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças dos alunos: Saúda e faz controlo das presenças dos alunos. Correcção do TPC ou revisão da aula passada: Orienta a correcção do TPC e faz observações às respostas dos alunos. Apresentação do problema: Apresenta aos alunos o seguinte problema: Há 8 laranjas numa caixa e 3 laranjas numa bacia. Se juntar as laranjas da caixa e da bacia, quantas laranjas são ao todo? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Acompanham a apresentação do problema pelo professor. 220 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Apresenta um cartaz com imagem de uma caixa e uma bacia contendo laranjas e pergunta: Observam atentamente o cartaz. Respondem às perguntas colocadas pelo professor: 1. Tem 8 laranjas. 2. Tem 3 laranjas. 1. Observe as figuras. Quantas laranjas tem na caixa? 2. Quantas laranjas tem na bacia? 3. Como podemos descobrir quantas laranjas tem-se no total? 3. Adicionando. Isto é, junta-se as laranjas e conta-se todas. 4. Qual é a expressão matemática para encontrar o número total de laranjas? 4. 8 + 3. 5. Pensemos como calcular 8 + 3, têm alguma ideia sobre como adicioná-los? 5. Formando o número 10. 6. Quantas laranjas cabem na caixa? 6. Podem caber 10 laranjas. 7. Quantas laranjas faltam para 10? Como completar? 7. Faltam 2 laranjas. Tiramos 2 laranjas da bacia para a caixa. 8. A caixa tem 10 laranjas. 9. Ficou 1 laranja.Então, vamos tirar 2 laranjas na bacia para juntar com as laranjas da caixa. 8. Quantas laranjas tem a caixa? 9. Quantas laranjas ficaram na bacia? 10. Se juntar todas as laranjas, quantas laranjas são? 10. São 11 laranjas. 221 Portanto, o resultado da adição. O que significa 8 + 3 = 11. 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Respondem a questão colocada pelo professor sobre o resumo da aula. Quando a soma é maior que 10, decomponha um número para formar 10 com outro número. Por exemplo, 8 + 3 3 é a soma de 2 e 1. 8 + 2 = 10 10 + 1 = 11 Então, 8 + 3 = 11. Exercícios: Explica e orienta aos alunos os exercícios por resolver. 1. Complete: Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. 1. (1) (2) (3) (1) (2) (3) 222 2. Calcule: 2. (1) 7 5+ = (2) 9 2+ = (3) 8 4+ = (1) 7 5 12+ = (2) 9 2 11+ = (3) 8 4 12+ = Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. 1. Complete: Tomam nota e copiam o TPC. (1) (2) (3) (1) (2) (3) 2. Calcule: (1) 7 4+ = (4) 5 8+ = (1) 7 4 11+ = (4) 5 8 13+ = (2) 6 5+ = (5) 6 9+ = (2) 6 5 11+ = (5) 6 9 15+ = (3) 8 7+ = (6) 8 8+ = (3) 8 7 15+ = (6) 8 8 16+ = 223 Escola Primária Completa________________________ Data: Nome:_______________________________________ Disciplina de Matemática Tema: Adição de números naturais com transporte Problema situacional Há 8 laranjas numa caixa e 3 laranjas numa bacia. Se juntar as laranjas da caixa e da bacia, quantas laranjas são ao todo? Resumo: Quando a soma é maior que 10, decomponha um número para formar 10 com outro número. Por exemplo, 8 + 3 3 é a soma de 2 e 1. 8 + 2 = 10 10 + 1 = 11 Então, 8 + 3 = 11. Exercícios 1. Complete: (1) (2) (3) 2. Calcule: (1) 7 5 12+ = (2) 9 2 11+ = (3) 8 4 12+ = TPC 1. Complete: (1) (2) (3) 2. Calcule: (1) 7 4+ = (2) 6 5+ = (3) 8 7+ = (4) 5 8+ = (5) 6 9+ = (6) 8 8+ = 225 Disciplina: Matemática Classe: 6a Unidade temática: Divisibilidade de números naturais Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Múltiplos comuns de dois ou mais números Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de determinar múltiplos comuns de dois números dados e de- terminar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.). Meios de ensino: Material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: Múltiplos de um número Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças do alunos: Saúda e faz chamada. Correcção do TPC ou revisão da aula passada: Orienta a correcção do TPC e faz observações às respostas dos alunos Apresentação do problema: Apresenta aos alunos o problema sobre os múltiplos comuns: Numa certa turma, a professora Tânia de Matemática organizou a turma em grupos de 3 alunos cada para a sua aula. O professor Paulo, de Português, organizou a mesma turma em grupos de 4 alunos cada para a aula de Português. Sabendo que em ambos casos, todos os grupos estavam completos e nenhum aluno ficou sem grupo, quantos alunos tem a turma? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orien- tação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 226 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Coloca figuras que auxiliam a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: Matemática ... Português ... Observam, atentamente, as figuras e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 1. Numa aula de Matemática, os alunos formaram grupos de 3. Então, qual é a condição do número de alunos da turma? 2. Noutra aula, os alunos formaram grupos de 4. Então, qual é a condição do número de alunos da turma? 3. Ao todo, o que se pode dizer sobre o número de alunos da turma? 4. Encontremos esse número que é múltiplo de 3 e múl- tiplo de 4. (1) Quais são os múltiplos de 3? (2) E quais são os múltiplos de 4? 1. O número de alunos deve ser múltiplo de 3. 2. O número de alunos da turma deve ser múltiplo de 4. 3. O número de alunos da turma deve ser múltiplo de 3 e múltiplo de 4. 4. (1) Os múltiplos de 3 são: 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36… (2) Os múltiplos de 4 são: 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48… 227 5. Haverá números que aparecem em ambos grupos? Observe que os números 12, 24, 36 são múltiplos de 3 e múltiplos de 4. Estes números chamam-se múltiplos co- muns de 3 e 4. Então, o número de alunos da turma pode ser 12, 24 ou 36. 12 é o menor número dos múltiplos de 3 e 4. Este número chama-se mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de 3 e 4. 5. Sim, são os números 12, 24, 36,… 10 min Mediação e Assimilação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Respondem a questão colocada pelo professor sobre o resumo da aula. Na aula de hoje aprendemos que: Os números que são múltiplos de 3 e 4 em simultâneo chamam-se múltiplos comuns de 3 e 4. Os múltiplos comuns de 3 e 4 são 12, 24, 36 e outros. O menor múltiplo comum de dois números chama- -se mínimo múltiplo comum. O mínimo múltiplo comum de 3 e 4 é 12 e escreve-se m.m.c. (3, 4) = 12. 228 Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre múltiplos co- muns de dois números. 1. Determine os três primeiros múltiplos comuns de: (1) 3 e 5 (2) 4 e 6 Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. 1. (1) Os três primeiros múltiplos comuns de 3 e 5 são 15, 30 e 45. (2) Os três primeiros múltiplos comuns de 4 e 6 são 12, 24 e 36. 2. Determine o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) dos seguintes números: (1) 4 e 5 (2) 7 e 9 Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. 2. (1) m.m.c. (4, 5) = 20 (2) m.m.c. (7, 9) = 63 Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos: Tomam nota e copiam o TPC. 1. Determine os três primeiros múltiplos comuns de: (1) 5 e 8 (2) 7 e 14 (3) 3, 6 e 9 1. (1) São 40, 80, 120. (2) São 14, 28, 42. (3) São 18, 36, 54. 2. Determine o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) dos se- guintes números: (1) 6 e 8 (2) 8 e 12 (3) 4, 5 e 10 2. (1) m.m.c. (6, 8) = 24 (2) m.m.c. (8, 12) = 24 (3) m.m.c. (4, 5, 10) = 20 229 Escola Primária Completa_______ Data: Nome:_________________ Disciplina de Matemática Diagrama/Explicação/Expressão Matemática Matemática ... Português ... Múltiplos de 3: 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 ... Múltiplos de 4: 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 ... O número de alunos da turma pode ser 12 , 24 ou 36. 12 é o menor número dos múltiplos de 3 e 4. Este número chama-se mínimo múltiplo comum de 3 e 4. Conclusão Os números que são múltiplos de dois números em si- multâneo chamam-se múltiplos comuns. Os múltiplos comuns de 3 e 4 são 12, 24, 36 e outros. O menor múltiplo comum de dois números chama-se mí- nimo múltiplo comum. O mínimo múltiplo comum de 3 e 4 é 12 e escreve-se m.m.c.(3, 4) = 12 Exercícios (continuação) 1. Determine os três primeiros múlti- plos comuns de 4 e 6: 4 8 12 16 20 24 28 32 36 6 12 18 24 30 36 ... 48 ... Os primeiros três múltiplos comuns de 4 e 6 são: 12, 24 e 36. 2. Determine o mínimo múltiplo co- mum (m.m.c.) dos seguintes números: (1) 4 e 5 4 8 12 16 20 5 10 15 20 ... m.m.c.(4, 5) = 20 (2) 7 e 9 7 14 21 28 35 4249 56 63 9 18 27 36 45 54 63 ... ... m.m.c.(7, 9) = 63 Tema: Múltiplos comuns Problema situacional Numa turma, a professora Tâ- nia, de Matemática, organizou a turma em grupos de 3 alunos cada para a sua aula. O professor Paulo, de Português, organizou a mesma turma em grupos de 4 alunos cada para a aula de por- tuguês. Sabendo que em ambos casos, todos os grupos estavam completos e nenhum aluno ficou sem grupo, quantos alunos tem a turma? 230 Perspectivas sobre a solução O número de alunos da turma? É múltiplo de 3 e 4 em simultâ- neo. Múltiplos de 3: 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27,... Múltiplos de 4: 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28,... Assim 12, 24 e outros chama-se múltiplos comuns. Exercícios 1. Determine os três primeiros múltiplos comuns de: (1) 3 e 5 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 ... 45 ... 5 10 15 20 25 30 35 40 45 ... Os três primeiros múltiplos comuns de 3 e 5 são: 15, 30 e 45. (2) 4 e 6 TPC 1. Determine os três primeiros múltiplos comuns de: (1) 5 e 8 (2) 7 e 14 (3) 3, 6 e 9 2. Determine o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) dos seguintes números: (1) 6 e 8 (2) 8 e 12 (3) 4, 5 e 10 231 Disciplina: Matemática Classe: 5a Unidade temática: Fracções Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho independenteTema da aula: Adição de fracções com o mesmo denominador Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser capazes de adicionar fracções com os mesmos denominadores. Meios de ensino: Conjunto de réguas e material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: - Adição de números naturais; - Conceito de fracção. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a adição de fracções com o mesmo denominador: A Rita e o João ofereceram 2 5 1 5 l l e de leite à mãe, respectivamente. Que quantidade de leite a mãe recebeu? Lêem o problema apresentado pelo professor. 232 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Coloca figuras que auxiliam a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: Observam atentamente as figuras e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 1. Como se pode encontrar a quantidade total de leite que a mãe recebeu? 1. Adicionando as quantidades de leite 2 5 1 5 + . 2. Pensemos em como calcular uma adição de fracções. Considere 2 recipientes de 1 litro cada. Como se pode mostrar 2 5 1 5 l l e nestes recipientes? 2. Divide-se cada recipiente em 5 partes iguais, então, pinta-se 2 partes para mostrar 2 5 l no primeiro e pinta-se 1 parte para mostrar 1 5 l no segundo. 3. Juntemos as partes pintadas num recipiente. Então, o que vê? 3. 3 partes foram pintados. 4. Assim, qual é a quantidade de leite que a mãe recebeu? 4. A mãe recebeu 3 5 l de leite. 233 5. Temos como resultado 2 5 1 5 3 5 + = . Como podemos, então, explicar a adição de fracções como mesmo denominador? 2 5 consiste em 2 pedaços de 1 5 e 1 5 consiste em 1 pedaço de 1 5 . Portanto, há no total (2+1) pedaços de 1 5 , isto é, 3 5 . Assim, 2 5 1 5 2 1 5 3 5 + = + = . A mãe recebeu 3 5 l de leite. 5. Adicionam-se os seus numeradores e mantém- se denominador. 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: Para adicionar fracções com o mesmo denominador, adicionam-se os numeradores e mantém-se o denominador, isto é, sendo duas fracções a b c b e (com b /= 0) temos: a b c b a c b + = + . Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a adição de fracções com o mesmo denominador. Calcule. (1) 3 4 2 4 + (2) 4 6 5 6 + (3) 2 7 4 7 + (4) 3 8 1 8 + Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. 1. (1) 3 4 2 4 3 2 4 5 4 + = + = (2) 4 6 5 6 4 5 6 9 6 3 2 + = + = = 234 Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. (3) 2 7 4 7 2 4 7 6 7 + = + = (4) 3 8 1 8 3 1 8 4 8 1 2 + = + = = Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. 1. O senhor Joaquim ocupou 2 7 do seu quintal para plantar alface e 3 7 do mesmo quintal para plantar beterraba. Qual foi a parte do quintal foi ocupada para o plantio destas duas culturas? Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus colegas e corrigem os possíveis erros. Tomam nota e copiam o TPC. 1. 2 7 3 7 2 3 7 5 7 + = + = 235 2. Calcule: (1) 4 5 7 5 + (2) 1 7 8 7 + (3) 11 9 10 9 + (4) 5 13 1 13 4 13 + + (5) 4 21 10 21 1 21 + + (6) 11 24 6 24 7 24 + + 2. (1) 4 5 7 5 4 7 5 11 5 + = + = (2) 1 7 8 7 1 8 7 9 7 + = + = (3) 11 9 10 9 11 10 9 21 9 7 3 + = + = = (4) 5 13 1 13 4 13 5 1 4 13 10 13 + + = + + = (5) 4 21 10 21 1 21 4 10 1 21 15 21 5 7 + + = + + = = (6) 11 24 6 24 7 24 11 6 7 24 24 24 1+ + = + + = = 237 Escola Primária Completa____________________ Data: Nome:___________________________________ Disciplina de Matemática Tema: Adição de fracções com o mesmo de- nominador Problema situacional A Rita e o João ofereceram 2 5 1 5 l l e de leite à mãe, respectivamente. Que quantidade de leite a mãe recebeu? - Encontrar a expressão 2 5 1 5 + que indica a quan- tidade de leite que a mãe recebeu. - Dividir cada recipiente em 5 partes iguais, então, pintar 2 pedaços para mostrar 2 5 l no primeiro e pintar 1 pedaço para mostrar 1 5 l no segundo. 2 5 consiste em 2 pedaços de 1 5 e 1 5 consiste em 1 pedaço de 1 5 . Portanto, há no total (2+1) pedaços de 1 5 , isto é, 3 5 . Assim, 2 5 1 5 2 1 5 3 5 + = + = . Resumo: Para adicionar fracções com o mesmo denominador, adicionam-se os numeradores e mantém-se o denominador, isto é, sendo duas fracções a b c b e (com b /= 0 ) temos: a b c b a c b + = + Exercícios Calcule. 1. (1) 3 4 2 4 3 2 4 5 4 + = + = (2) 4 6 5 6 4 5 6 9 6 3 2 + = + = = (3) 2 7 4 7 2 4 7 6 7 + = + = (4) 3 8 1 8 3 1 8 4 8 1 2 + = + = = TPC 1. O senhor Joaquim ocupou 2 7 do seu quintal para plantar alface e 3 7 do mesmo quintal para plantar beterraba. Qual parte do quintal foi ocupada para o plantio destas duas culturas? 2. Calcule: (1) 4 5 7 5 + (2) 1 7 8 7 + (3) 11 9 10 9 + (4) 5 13 1 13 4 13 + + (5) 4 21 10 21 1 21 + + (6) 11 24 6 24 7 24 + + 239 Disciplina: Matemática Classe: 5a Unidade temática: Números decimais e operações Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho independente Tema da aula: Decomposição e composição de números decimais Meios de ensino: Conjunto de réguas e material básico de ensino Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser capazes de decompor e compor um número decimal. Duração: 45 min Pré-requisitos: - Adição e multiplicação de números naturais; - Noção de números decimais. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças dos alunos: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a composição e decomposição de números decimais: Quantas dezenas, unidades, décimos, centésimos e milésimos tem 42,395? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problemaapresentado pelo professor. 240 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Observam atentamente os números e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 1. Considere 42,395. Em que casa se encontra o algarismo 4? 1. Na casa das dezenas. 2. Em que casa se encontra o algarismo 2? 2. Na casa das unidades. 3. Em que casa se encontram os algarismos 3, 9 e 5? 3. 3 na casa dos décimos, 9 na casa dos centésimos e 5 na casa dos milésimos. Assim, 42,395 consiste em 4 dezenas, 2 unidades, 3 décimos, 9 centésimos e 5 milésimos. Observam a explicação do professor. Matematicamente, pode escrever-se: 42,395 = 4 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 9 × 0,01 + 5 × 0,001. 4. Agora, componha o número que consiste em 2 dezenas, 4 unidades, 7 décimos, 3 centésimos e 6 milésimos. 4. 2 × 10 + 4 × 1 + 7 × 0,1 + 3 × 0,01 + 6 × 0,001 = 20 + 4 + 0,7 + 0,03 + 0,006 = 24,736 241 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que um número decimal, pode ser apresentado como a soma de cada algarismo, multiplicado pelo seu valor posicional. Por exemplo: 3 0 1 5 0 01 7 0 001 0 357× + × + × =, , , , Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a decomposição e a composição de números decimais. 1. Decomponha os seguintes números decimais. (1) 5,68 (2) 94,702 Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. 1. (1) 5,68 = 5 × 1 + 6 × 0,1 + 8 × 0,01 (2) 94,702 = 9 × 10 + 4 × 1 + 7 × 0,1 + 2 × 0,001 2. Componha os seguintes números decimais. (1) 3 × 1 + 6 × 0,1 + 9 × 0,01 (2) 6 × 10 + 7 × 1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 + 2 × 0,001 Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. 2. (1) 3 × 1 + 6 × 0,1 + 9 × 0,01 = 3 + 0,6 + 0,09 = 3,69 (2) 6 × 10 + 7 × 1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 + 2 × 0,001 = 60 + 7 + 0,5 + 0,04 + 0,002 = 67,542 Apresentam as dificuldades ao professor. 242 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos: Tomam nota e copiam o TPC. 1. Decomponha os seguintes números decimais. (1) 0,48 (2) 3,7 (3) 6,13 (4) 17,5 (5) 1,803 (6) 7,046 1. (1) 0,48 = 4 × 0,1 + 8 × 0,01 (2) 3,7 = 3 × 1 + 7 × 0,01 (3) 6,13 = 6 × 1 + 1 × 0,1 + 3 × 0,01 (4) 17,5 = 1 × 10 + 7 × 1 + 5 × 0,1 (5) 1,803 = 1 × 1 + 8 × 0,1 + 0 × 0,01 + 3 × 0,001 (6) 7,046 = 7 × 1 + 0 × 0,1 + 4 × 0,01 + 6 × 0,001 2. Componha os seguintes números decimais. (1) 6 × 0,1 (2) 3 × 0,1 + 6 × 0,01 (3) 7 × 1 + 2 × 0,1 (4) 4 × 1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 (5) 8 × 1 + 4 × 0,1 + 5 × 0,001 (6) 3 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 8 × 0,001 2. (1) 6 × 0,1 = 0,6 (2) 3 × 0,1 + 6 × 0,01 = 0,3 + 0,06 = 0,36 (3) 7 × 1 + 2 × 0,1 = 7 + 0,2 = 7,2 (4) 4 × 1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 = 4 + 0,5 +0,04 = 4,54 (5) 8 × 1 + 4 × 0,1 + 5 × 0,001 = 8 + 0,4 + 0,005 = 8,405 (6) 3 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 8 × 0,001 = 30 + 2 + 0,3 + 0,008 = 32,308 243 Escola Primária Completa____________ Data: Nome:___________________________ Disciplina de Matemática Tema: Decomposição e composição de números decimais Problema situacional Quantas dezenas, unidades, décimos, centésimos e milésimos tem 42,395? Perspectivas sobre a solução 1. Encontrar a posição de cada algaris- mo que compõe o número 42,395. - O algarismo 4 na casa das dezenas, o 2 na casa das unidades, o 3 na casa dos décimos, o 9 na casa dos centésimos e o 5 na casa dos milésimos. 2. Encontrar o número que consiste em 2 dezenas, 4 unidades, 7 décimos, 3 centésimos e 6 milésimos. O número 42,395 consiste em 4 dezenas, 2 uni- dades, 3 décimos, 9 centésimos e 5 milésimos. Matematicamente, pode escrever-se: 42,395 = 4 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 9 × 0,01 + 5 × 0,001. O número que consiste em 2 dezenas, 4 unida- des, 7 décimos, 3 centésimos e 6 milésimos é: 2 × 10 + 4 × 1 + 7 × 0,1 + 3 × 0,01 + 6 × 0,001 = 20 + 4 + 0,7 + 0,03 + 0,006 = 24,736 Conclusão Um número decimal pode ser apresentado como a soma de cada algarismo, multiplicado pelo seu valor posicional. Por exemplo: 3 × 0,1 + 5 × 0,01 + 7 × 0,001 = 0,357 Exercícios 1. Decomponha os seguintes números decimais. (1) 5,68 = 5 × 1 + 6 × 0,1 + 8 × 0,01 (2) 94,702 = 9 × 10 + 4 × 1 + 7 × 0,1 + 2 × 0,001 2. Componha os seguintes números decimais. (1) 3 × 1 + 6 × 0,1 + 9 × 0,01 = 3 + 0,6 + 0,09 = 3,69 (2) 6 × 10 + 7 ×1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 + 2 × 0,001 = 60 + 7 + 0,5 + 0,04 + 0,002 = 67,542 TPC 1. Decomponha os seguintes números decimais. (1) 0,48 (2) 3,7 (3) 6,13 (4) 17,5 (5) 1,803 (6) 7,046 2. Componha os seguintes números decimais. (1) 6 × 0,1 (2) 3 × 0,1 + 6 × 0,01 (3) 7 × 1 + 2 × 0,1 (4) 4 × 1 + 5 × 0,1 + 4 × 0,01 (5) 8 × 1 + 4 × 0,1 + 5 × 0,001 (6) 3 × 10 + 2 × 1 + 3 × 0,1 + 8 × 0,001 245 Disciplina: Matemática Classe: 7a Unidade temática: Razões e proporções Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Equivalência de razões Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de verificar a equivalência das razões. Meios de ensino: Conjunto de réguas e material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: - Noção de razão; - Valor da razão. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a equivalência de razões: Numa festa, o Raimundo preparou o sumo A, misturando 2l de sumo concentrado com 4l de água, e o sumo B, mis- turando 6l de sumo concentrado com 12l de água. Qual é a relação entre os dois tipos de sumo? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orien- tação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Coloca figuras que auxiliam a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: Observam atentamente as figuras e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 246 20 min Mediação e Assimilação 1. Observe as figuras A e B. Qual é a razão de sumo con- centrado para a água na figura A e na figura B? 2. Qual é o valor da razão de A? E de B? 3. Compare e diga o que é que se pode concluir a respeito das razões das concentrações A e B. Quando os valores de duas razões são iguais, diz-se que as razões são equivalentes, e escreve-se 2 4 6 12: := . 1. Na figura A, a razão de sumo concentrado para a água é de 2 : 4 e na figura B é de 6 12: . 2. O valor da razão de A é 2 4 1 2 = e de B é 6 12 1 2 = . 3. Os valores da razão são iguais. 4. Analise a relação entre as duas razões 2 : 4 e 6 12: . Compare 2 e 6; 4 e 12. Consegue encontrar alguma rela- ção? 4. Ao multiplicar ambos termos da razão 2 : 4 por 3, a mesma se torna 6 12: . Ao dividir ambos termos da razão 6 12: por 3, a mesma se torna 2 : 4 . 247 Neste caso, observamos que ao multiplicar ou dividir os termos pelo mesmo número resultará numa razão equiva- lente a original. 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: Duas razoes são equivalentes quando apresentam o mesmo valor da razão. Ao multiplicar ou dividir os termos da razão pelo mesmo número diferente de zero, obtém-se uma ra- zão equivalente. Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a equivalência de razões. Verifique se as razões dadassão equivalentes: (1) 6 : 8 e 9 :12 Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. (1) O valor da razão 6 8 6 8 3 4 : ⇒ = . O valor da razão 9 12 9 12 3 4 : ⇒ = . Os valores das razões são iguais, então, as razões 6 : 8 e 9 :12 são equivalentes. 248 (2) 4 : 5 e 8 : 9 Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. (2) O valor da razão 4 5 4 5 : ⇒ . O valor da razão 8 9 8 9 : ⇒ . Os valores das razões são diferentes, então, as razões 4 : 5 e 8 : 9 não são equivalentes. Os alunos apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos: Tomam nota e copiam o TPC. Verifique se as razões dadas são equivalentes: (1) 24 :18 e 6 : 8 (2) 3 : 2 e 9 : 6 (1) O valor da razão 24 18 24 18 4 3 : ⇒ = . O valor da razão 6 8 6 8 3 4 : ⇒ = . Os valores das razões são diferentes, então, as razões 24 : 18 e 6 : 8 não são equivalentes. (2) O valor da razão 3 2 3 2 : ⇒ . O valor da razão 9 6 9 6 3 2 : ⇒ = . Os valores das razões são iguais, então, as razões 3 : 2 e 9 : 6 são equivalentes. 249 Escola Primária Completa________________________ Data: Nome:_______________________________________ Disciplina de Matemática Tema: Equivalência de razões Problema situacional Numa festa, o Raimundo preparou o sumo A, mistu- rando 2l de sumo concentrado com 4l de água, e o sumo B, misturando 6l de sumo concentrado com 12l de água. Qual é a relação entre os dois tipos de sumo? 2 4 1 2 = 6 12 1 2 = 2 4 6 12: := Características da equivalência da ra- zão. 3 2 6 3 4 12 × = × = Multiplicar com o mesmo número ob- tém-se o valor da razão. 6 3 2 12 3 4 ÷ = ÷ = Divisão com o mesmo número obtém- se o valor da razão. Conclusão Diz-se que duas razões são equivalen- tes quando apresentam o mesmo valor da razão. Ao multiplicar ou dividir os termos da razão pelo mesmo número, diferente de zero, obtém-se uma razão equiva- lente. Exercícios Verifique se as razões dadas são equi- valentes: (1) 6 : 8 e 9 :12 (2) 4 : 5 e 8 : 9 Resolução (1) O valor da razão 6 8 6 8 3 4 : é = . O valor da razão de 9 12 9 12 3 4 : é = . Então, são equivalentes. (2) O valor da razão 4 5 4 5 : é O valor da razão 8 9 8 9 : é . Como não apresentam o mesmo valor, então não são equivalentes. TPC 1. Verifique se as duas razões são equivalentes: (1) 24 :18 e 6 : 8 (2) 3 2 9 6: : e 251 Disciplina: Matemática Classe: 2a Unidade temática: Espaço e forma Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Quadrado e rectângulo Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de identificar o quadrado e rectângulo. Meios de ensino: Papel com a forma de um quadrado e rectângulo e material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: - Noção de formas; - Noção de elementos de formas. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre o quadrado e o rectângulo: Identifique no meio que lhe rodeia objectos ou algo que tenha forma de quadrado ou de rectângulo. Qual é a dife- rença entre o quadrado e o rectângulo? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orien- tação do professor. Escutam e procuram perceber o problema apresenta- do pelo professor. Procuram identificar no meio que os rodeia objectos com as formas indicadas. 252 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Prepara vários conjuntos de figuras apresentadas a seguir e distribui aos alunos: Recebem as figuras distribuídas pelo professor. De seguida, coloca a seguinte questão: 1. Compare a forma dos cantos (vértices) e lados de todas as figuras. O que se pode dizer sobre as figuras? Respondem às questões colocadas: 1. Todas as figuras têm quatro cantos. Todos os quatro cantos de todas as figuras têm a mesma forma (ângulo recto). Todas as figuras têm quatro lados. Talvez, algumas figuras tenham todos os lados iguais 2. Muito bem, agora, queremos confirmar se algumas figuras têm todos os lados iguais ou não. Como podemos fazer? Orienta aos alunos para dobrar as folhas, como mostra a figura a seguir: 2. Dobrando as figuras. Dobram as folhas sob a orientação do professor e mostram várias maneiras de dobrar. 253 Verifica se os alunos dobraram correctamente e demonstra como comparar, conforme necessário e a cada dobra coloca as seguintes perguntas: 3. Bem. Vamos partilhar as figuras que dobramos. O que podemos dizer sobre o comprimento dos lados de cada figura? 3. Os lados opostos de todas as figuras são iguais. Todos os quatro lados das figuras B e D são iguais. Nem todos os lados das figuras A, C e E são iguais. Apenas os lados opostos das mesmas são iguais. 4. Então, podemos separar as figuras segundo as características que encontramos? Portanto, as figuras A, C e E chamam-se rectângulos e as figuras B e D chamam-se quadrados. 4. As figuras A, C e E são iguais, e formam um grupo. As figuras B e D são iguais e formam outro grupo. 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: Um quadrilátero, com quatro cantos iguais (ângulo recto) e lados opostos iguais chama-se rectângulo. Um quadrilátero, com quatro cantos iguais (ângulo recto) e 4 lados iguais chama-se quadrado. 254 Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre quadrado e rec- tângulo: 1. Observe as figuras a seguir e responda às questões que se seguem: Resolvem, individualmente ou em grupo os exercí- cios indicados. (1) As figuras A e E são rectângulos, pois, são figuras com quatro cantos iguais (ângulo recto) e lados opostos iguais. (2) As figuras B e G são quadrados, pois, são figuras com quatro cantos (ângulo recto) e quatro lados iguais. (1) Escreva no seu caderno de exercícios as letras que indicam rectângulos e justifique a sua escolha. (2) Escreva no seu caderno de exercícios as letras que indicam quadrados e justifique a sua escolha. Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades na resolução do exercício. Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Encontre objectos com a forma de rectângulos e quadra- dos no seu dia-à-dia. Tomam nota e copiam o TPC. Rectângulos: livro, janela, quadro, etc. Quadrados: biscoitos, lenço, etc. 255 Escola Primária Completa____________ Data: Nome:___________________________ Disciplina de Matemática Tema: Quadrado e rectângulo Problema situacional Identifique o meio que lhe rodeia objec- tos ou algo que tenha forma de quadra- do ou de rectângulo. Qual é a diferença entre quadrado e rectângulo? Todas figuras tem 4 cantos, 4 lados; Todos os 4 cantos tem a mesma forma; Algumas figuras tem lados iguais. Dobrando as figuras identificam a dife- rença entre o quadrado e o rectângulo. Dobrando as figuras, concluímos que: • Os lados opostos de todas as figuras são iguais; • Todos lados de B e D são iguais; • Nem todos os lados de A, C e E são iguais; • Os cantos de todas figuras são iguais. Então podemos formar dois grandes grupos: • As figuras A, C e E são iguais e formam um gru- po (rectângulo); • As figuras B e D são iguais e formam outro gru- po (quadrado); Conclusão Uma figura com quatro cantos iguais (ângulo rec- to) e lados opostos iguais chama-se rectângulo.Uma figura com quatro cantos iguais (ângulo rec- to) e quatro lados iguais chama-se quadrado. Exercícios 1. Observe as figuras: (1) Quais são as figuras que indicam rectângulos? Justifique a sua esco- lha. R: A e E, são rectângulos porque tem quatro cantos iguais e lados opostos iguais; (2) Quais são as figuras que indicam quadrados? Justifique a sua esco- lha. R: B e G, são quadrados porque tem quatro cantos iguais e quatro lados iguais. TPC 1. Encontre objectos com a forma de rec- tângulos e quadrados no seu dia-a- dia. 257 Disciplina: Matemática Classe: 4a Unidade temática: Espaço e forma Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Medição de ângulos (medir e traçar) Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de medir e traçar ângulos menores que 180º usando o transfe- ridor. Meios de ensino: Conjunto de réguas (transferidor) e material bási- co de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: Noção de ângulo e seus elementos Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a medição de ângulos: Como é que se pode medir a amplitude dos ângulos a, b e c? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 258 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Começa explicando que a unidade para medir a am- plitude de um ângulo é o grau (mostra a forma como se escreve 1º) e o instrumento que é usado para medir os ângulos é o transferidor (mostra o instrumento e descreve a sua composição). Orienta os alunos na medição do ângulo a: Acompanham a explicação, executam as orientações e respondem às perguntas colocadas pelo professor: 1. Coloca-se o centro do transferidor no vértice do ân- gulo. 1. Colocam o centro do transferidor no vértice do ângulo. 2. Ajusta-se o transferidor de modo que um dos zeros da escala esteja sobre um dos lados do ângulo. 2. Ajustam a recta graduada do transferidor ao lado do ângulo. 3. Lê-se o número alinhado com o outro lado do ângu- lo. Este corresponde a 30º. Então, a amplitude do ângulo a corresponde a 30º. 3. Confirmam que o ângulo corresponde a 30 graus. 4. Assim mesmo, vamos medir outros ângulos b e c. 4. Medem as amplitudes dos ângulos b e c. 259 5. Qual é a amplitude do ângulo b? Colocaram um dos zeros da escala sobre um dos lados do ângulo? Devemos colocá-lo devidamente. Ponderando, a amplitude do ângulo b é 40º. 5. Respostas possíveis: 35º, 40º, 45º. (Este erro deriva da má colocação do transferidor.) 6. Qual é a amplitude do ângulo c? Deve-se ler a partir do lado alinhado com o zero até ao outro lado. Então, a amplitude do ângulo c é 140º. 6. Respostas possíveis: 40º, 140º. ( Este erro 40o ocorre quando os alunos tem dificuldades em identificar a origem da contagem da amplitude no transferidor.) 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: Para medir um ângulo usando transferidor: - Coloca-se o centro do transferidor no vértice do ângulo, alinhando-se com zero; - Lê-se o número alinhado com outra semi-recta da figura. 260 Exercícios: Determine as medidas dos seguintes ângulos, com base no transferidor: (1) (2) (3) Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. (1) 45º (2) 30º (3) 110º Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os pos- síveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Tomam nota e copiam o TPC. Encontre a medida do seguinte ângulo: (1) (2) (3) (1) 65º (2) 45º (3) 165º 261 Escola Primária Completa_______________ Data: Nome:______________________________ Disciplina de Matemática Tema: Medição de ângulos (medir e traçar) Problema situacional Como é que se pode medir a amplitude dos ângulos a, b e c? Pode se usar os dedos; as mãos; dois pauzi- nhos; usar dois livros, etc. O instrumento que usamos chama-se transferidor. A unidade para medir a amplitude de um ângulo e um grau e escreve-se 1º. Vamos medir os ângulos O ângulo a mede 30º. O ângulo b mede 30º O ângulo c mede 140º e não 40º. Conclusão Para medir um ângulo usando transferidor: - Coloca-se o centro do transferidor no vértice do ângulo, alinhando-se com zero; - Lê-se o número alinhado com outra semi-recta da figura. Exercícios Determine as medidas dos seguintes ângulos, usando transferidor: (1) (2) (3) Resolução Usando transferidor ao medir obtêm-se: (1) 45o (2) 30o (3) 110o TPC Encontre a medida do seguinte ângulo: (1) (2) (3) 263 Disciplina: Matemática Classe: 2a Unidade temática: Grandezas e medidas Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Medidas de tempo - O relógio Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de ler e escrever horas inteiras no relógio. Meios de ensino: Cartazes com imagens de relógios, livro do aluno e material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: Noção de tempo Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças dos alunos: Saúda e faz controlo das presenças dos alunos. Correcção do TPC ou revisão da aula passada: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Debate com os alunos sobre as seguintes questões: A que horas acorda? A que horas vai à escola? A que horas toma o pequeno-almoço? Certo, para dizer as horas de acordar, ir à escola, tomar o pequeno-almoço e outras situações usamos o relógio. Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orien- tação do professor. Participam no debate, respondendo às questões colo- cadas pelo professor. Respostas possíveis: Eu acordo às 5 horas. Eu vou a escola às 7 horas. Eu tomo o pequeno-almoço às 6 horas. 264 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Apresenta um cartaz com imagem de relógio e explica: Observam atentamente o cartaz. Isto é um relógio. O relógio serve para indicar as horas. Ele tem números de 1 a 12. Ele tem dois ponteiros. O ponteiro grande aponta para 12 e o pequeno para 9. Então, diz-se que são 9 horas. Acompanham a explicação do professor. De seguida, apresenta um outro cartaz com imagens de relógios A, B e C com as escritas da leitura das suas horas e pergunta: 1. Que horas são nestes relógios e porquê? Respondem à pergunta colocada pelo professor, lendo as horas de cada relógio escritas no cartaz: 1. Relógio A Relógio B Relógio C Relógio A-São 5 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 5 e o grande aponta para 12. Relógio B-São 8 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 8 e o grande aponta para 12. Relógio C-São 10 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 10 e o grande aponta para 12. São 5 horas São 8 horas São 10 horas 265 2. Escreva que horas são em cada relógio e porquê? 2. Eu acordo às 6 horas. Eu vou a escola às 7 horas. Eu tomo o almoço às 12 horas. Eu acordo as 6 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 6 e o grande aponta para 12. Eu vou à escola às 7 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 7 e o grande aponta para 12. Eu tomo o almoço as 12 horas porque o ponteiro pequeno aponta para 12 e o grande aponta para 12. 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje?Na aula de hoje aprendemos que: O relógio serve para indicar as horas. Ele tem números de 1 a 12. Ele tem dois ponteiros. O ponteiro grande indica os minutos e o ponteiro pequeno indica as horas. Quando o ponteiro grande aponta para 12, lê-se o número apontado pelo ponteiro pequeno para ler a hora exacta. Exercícios: Apresenta, explica e orienta aos alunos os exercícios a serem resolvidos. Resolvem, individualmente ou em grupo, os exercícios indicados. 266 Domínio e Consolidação 1. Escreva que horas são em cada relógio: Respostas possíveis: (1) O Pedro vai a escola às ___ horas. (2) A Tina costuma almoçar à ___ hora. (3) O Júlio faz TPC às ___ horas. 1. (1) 7 (horas.) (2) 1 (hora.) (3) 3 (horas.) 2. Escreva as horas no relógio: 2. Respostas possíveis: (1) Faço o meu TPC às 4 horas. (2) Eu vou para casa às 2 horas. (1) (2) Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Tomam nota e copiam o TPC. 267 10 min Controle e Avaliação 1. Escreva que horas são em cada relógio: 1. Respostas possíveis: (1) O Pedro acorda às _____horas. (2) Eu estudo Matemática às ____horas. (1) 6 (horas.) (2) 11 (horas.) 2. Marque a hora indicada em cada relógio. 2. Respostas possíveis: (1) A Rita faz o TPC às 5 horas da tarde ou às 17 horas. (2) Eu vou para casa às 12 horas. (1) (2) 269 Escola Primária Completa___________________ Data: Nome:__________________________________ Disciplina de Matemática Tema: Medidas de tempo: O relógio Problema situacional A que horas acorda? A que horas vai à escola? A que horas toma o pequeno-almoço? Que apa- relho usamos para dizer as horas de acordar, ir à escola, tomar o pequeno-almoço? Eu acordo às 5 horas. Eu vou a escola às 7 horas. Eu tomo o pequeno-almoço às 6 horas. Para dizer as horas de acordar, ir à escola, tomar o pequeno-almoço e outras situações usamos o relógio. O relógio serve para indicar as horas. Ele tem números de 1 a 12. Ele tem dois ponteiros. O ponteiro grande aponta para 12 e o ponteiro pequeno para 9. Diz-se então que são 9 horas. Diagrama/Explicação/Expressão Matemá- tica Observe. Que horas são nestes relógios e porquê? Relógio A Relógio A São 5 horas São 8 horas Relógio C São 10 horas Escreva que horas são em cada relógio e porquê? Eu acordo às 6 horas. Eu vou a escola às 7 horas. Porque o ponteiro pequeno indica as horas quando o grande indica 12. Exercícios 1. Escreva que horas são em cada relógio: (1) O Pedro vai a escola às 7 horas. (2) A Tina costuma almoçar à 1hora ou as 13 horas. (3) O Júlio faz TPC às 3 horas ou às 15 horas. 2. Escreva as horas no relógio. (1) Faço o meu TPC às 4 horas. (2) Eu vou para casa às 2 horas. 270 Eu tomo o almoço às 12 horas. TPC 1. Escreva que horas são em cada relógio. (1) O Pedro acorda às _____horas. (2) Eu estudo Ma- temática às ____ horas. 2. Marque a horas indicada em cada relógio. (1) A Rita faz o TPC às 5. (2) Eu vou para casa às 12 horas. 271 Disciplina: Matemática Classe: 3a Unidade temática: Grandezas e medidas Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Medidas de comprimento: o metro (m) e o centímetro (cm). Meios de ensino: Régua de 100cm, fita métrica, livro do aluno e material básico de ensinoObjectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de converter cm para m e vice-versa. Duração: 45 min Pré-requisitos: Medição de comprimento de objectos em centíme- tros Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças dos alu- nos: Saúda e faz controlo das presenças dos alunos. Correcção do TPC ou revisão da aula passada: Orienta a correcção do TPC. Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do pro- fessor. Apresentação do problema: O professor apresenta o seguinte problema: Meça o comprimento e a largura do quadro. Medem o comprimento e a largura do quadro e respondem à per- gunta colocada pelo professor. Respostas possíveis: O comprimento do quadro é de 190cm. A largura do quadro é de 140cm. Certo, o comprimento do quadro é de 190cm e a largura do quadro é de 140cm. Agora, vamos estudar como converter as me- didas de comprimentos. 272 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Apresenta uma régua de um metro e explica: Esta régua é mais comprida que as vossas ré- guas, e pode ser usada para medir o compri- mento e a largura do quadro. Observam, acompanham a explicação e respondem às perguntas colocadas pelo professor. 1. Até quantos centímetros podemos medir, usando esta régua mais longa? 100 centímetros é o mesmo que 1 metro e es- creve-se “1m”. O “metro” é uma unidade de comprimento. . 1. Até 100 centímetros. 2. Pode mostrar 190cm usando m e cm? Se 190cm é o mesmo que 100cm mais 90cm e 100cm é o mesmo que 1m, isto é, 190 100 90 1 90cm cm cm m cm= + = + , pode-se representar 190cm como 1m 90cm (190cm = 1m 90cm). 2. Escrevendo 100cm mais 90cm porque 190cm é o mesmo que 100cm e 90cm, 100cm é o mesmo que 1m, então, 190cm = 1m 90cm. 3. Agora, pode mostrar 140cm usando m e cm? Certo, 140cm = 1m 40cm. 3. 140cm é o mesmo que 100cm e 40cm, então, 140cm = 100cm + 40cm = 1m 40cm. 273 15 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam os alunos para fazer resumo da aula. 1. O que aprendemos na aula de hoje? Um metro é o mesmo que 100 centímetros, 1m = 100cm. 1. Então, para converter a unidade “cm” para “m e cm”, separamos o número dado para a casa das centenas, di- vidimos o mesmo por 100 e o resultado será o número da unidade de m. Mantenhamos os números nas casas das dezenas e unidades como a unidade de cm. Exemplo: 450 400 50 400 100 50 4 5 cm cm cm cm cm m = + = ÷ + = + 00 4 50 cm m cm = 450cm é 4m 50cm 4m 50cm 2. Como podemos converter as unidades “m e cm” para “cm”? 2. Agora, para converter as unidades “m e cm” para “m”, multiplicamos o número da unidade de m por 100, e adicionamos o resultado ao número da unidade de cm. O resultado é o número da unidade de cm. Exemplo: 6 42 6 100 42 600 42 64 m cm cm cm cm cm = ×( ) + = + = 22cm 6m 42cm é 642cm 6m 42cm 274 Explica e orienta aos alunos os exercícios a serem resolvidos. Exercícios: Complete: (1) 4m = _____cm (4) 700cm = _____m (2) 6m = _____cm (5) 275cm = _____m_____cm (3) 900cm = _____m (6) 4m 12cm = _____cm Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. Resolvem, individualmente ou em grupo, os exercícios indicados. (1) 4m = 400cm (2) 6m = 600cm (3) 900cm = 9m (4) 700cm = 7m (5) 275cm = 2m75cm (6) 4m 12cm = 412cm Apresentam as dificuldades ao professor. 5 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercí- cios. Comparam os resultados com os seus e corri- gem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Complete: (1) 8m = _____cm (4) 500cm = _____m (2) 12m = _____cm (5) 462cm = _____m_____cm (3) 372cm = _____m_____cm (6) 9m 58cm = _____cm Tomam nota e copiam o TPC. (1) 8m = 800cm (2) 12m = 1200cm (3) 372cm = 3m 72cm (4) 500cm = 5m (5) 462cm = 4m 62cm (6) 9m 58cm = 958cm 275 Escola Primária Completa________ Data: Nome:_______________________ Disciplina de Matemática Exercícios Complete: (1) 4m = 400cm (2) 6m = 600cm (3) 900cm = 9m (4) 700cm = 7m (5) 275 200 75 200 100 75 2 75 cm cm cm cm cm m = + = ÷( ) + = ccm (6) 4 12 4 12 4 100 12 4 m cm m cm cm cm = + = ×( ) + = 000 12 412 cm cm cm += 100 centímetros é o mesmo que 1 metro e escreve-se “1m”. O “metro” é uma unidade de comprimento. . Tema: Medidas de comprimento: o metro (m) e o centímetro (cm) 190cm = 100cm +90cm = 1m + 90cm. Pode-se representar 190cm como 1m 90cm 140 100 40 1 40 1 40 cm cm cm m cm m cm = + = + = Problema situacional Meça o comprimento e a largura do quadro e expressa em medidas diferentes Outros exemplos: (1) 450 400 50 400 100 50 4 5 cm cm cm cm cm m = + = ÷ + = + 00 4 50 cm m cm =450cm é 4m 50cm (2) 6 42 6 100 42 600 42 64 m cm cm cm cm cm = ×( ) + = + = 22cm 6m 42cm é 642cm TPC (1) 8m = _____cm (2) 12m = _____cm (3) 372cm = _____m _____cm (4) 500cm = _____m (5) 462cm = _____m _____cm (6) 9m 58cm = _____cm 277 Disciplina: Matemática Classe: 5a Unidade temática: Percentagem Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Relação entre fracções, números decimais e percen- tagem Meios de ensino: Material básico de ensino Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de converter percentagens para números decimais ou fracções e vice-versa. Duração: 45 min Pré-requisitos: Noção de fracção , números decimais e percentagem Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre relação de fracção, número decimal e percentagem. De 100 formandos do IFP de Chitima, 60 preferem assistir futebol. Como podemos representar o número de formandos que preferem assistir futebol na forma de fracção, decimal e de percentagem? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 278 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Observam, atentamente, as figuras e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: Coloca figuras que auxiliam a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: 1. Observe a figura. Que parte de formandos preferem assistir futebol? Escreva a fracção. Se possível, simplifique. 1. 60 100 3 5 = . 3 5 dos formandos gostam de assistir ao futebol. 2. Que número decimal representa o número de formandos que preferem assistir futebol? 2. 60 100 60 100 0 6= ÷ = , . 3. Que relação existe entre 3 5 e 0,6? 3. 3 5 0 6= , , isto é, são iguais. 4. Qual é a percentagem de formandos que preferem assistir futebol? Então, 60 100 0 6 60= =, %. Isto significa que a fracção 4. 60% dos alunos gostam de assistir ao futebol. 279 60 100 e o número decimal (0,6) correspondem a 60% de um todo. Assim, podemos representar o número de formandos que preferem assistir futebol em relação à todos os formandos sob a forma de fracção, número decimal e percentagem usando o seguinte diagrama: 60 100 3 5 = 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos para fazer o resumo da aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: Para transformar: • Um número decimal para percentagem 0 6 100 60 60, % %× = ⇒ • Uma percentagem para número decimal 60 60 100 60 100 0 6% ,⇒ = =÷ 280 Domínio e Consolidação • A fracção para percentagem 3 5 3 20 5 20 60 100 60= × × = ⇒ % • A percentagem para fracção 60 60 100 60 10 3 5 %⇒= = = Exercícios: Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. 1. Converta para percentagem. 1. (1) 56% (2)30%(1) 0,56 (2) 0,3 2. Converta para números decimais. 2. (1) 0,23 (2)0,08 (1) 23% (2) 8% 3. Converta para percentagem. 3. (1) 80% (2)15%(1) 4 5 (2) 3 20 4. Converta para fracções irredutíveis. 4. (1) 9 20 (2) 1 25 (1) 45% (2) 4% Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. Apresentam as dificuldades ao professor. 281 10 min Controle e Avaliação Correcção de exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus colegas e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Tomam nota e copiam o TPC. 1. Converta para percentagem. (1) 0,69 (2) 0,2 (3) 0,07 1. (1) 69% (2) 20% (3) 7% 2. Converta para números decimais. (1) 56% (2) 80% (3) 4% 2. (1) 0,56 (2) 0,8 (3) 0,04 3. Converta para percentagem. (1) 1 4 (2) 37 50 (3) 3 25 3. (1) 25% (2)74% (3) 12% 4. Converta para fracções irredutíveis. (1) 16% (2) 40% (3) 6% 4. (1) 4 25 (2) 2 5 (3) 3 50 283 Escola Primária Completa_______ Data: Nome:______________________ Disciplina de Matemática Tema: Relação entre fracções, números decimais e percentagem Problema situacional De 100 formandos do IFP de Chitima, 60 preferem assistir futebol. Como podemos representar o número de formandos que preferem assistir futebol na forma de fracção, decimal e de percentagem? 60 100 3 5 60 100 60 100 0 6 3 5 0 6 60 100 0 6 60 = = = = = = ÷ , , , % 60 100 3 5 = Assim: 60 100 3 5 0 6 60= = =, % Conclusão Podemos transformar percentagem para um número deci- mal e fracção. • O número decimal para percentagem 0 60 100 60 60, %× = ⇒ • Uma percentagem para número decimal 60 60 100 0 6% ,⇒ =÷ • Uma fracção para percentagem 3 5 3 20 5 20 60 100 60= × × = ⇒ % • Uma percentagem para fracção 60 60 100 6 10 3 5 %⇒ = = Exercícios 1. Converta para percentagem. (1) 0 56 56 100 56, % = = (2) 0 3 3 10 30 100 30, %= = = 2. Converta para números decimais. (1) 23 23 100 0 23% ,= = (2) 8 8 100 0 08% ,= = 3. Converta para percentagem. (1) 4 20 5 20 80 100 80× × = = % (2) 3 5 20 5 15 100 15× × = = % 4. Converta para fracções irredutíveis. (1) 45 45 100 9 20 % = = (2) 4 4 100 1 25 % = = TPC 1. Converta para percentagem. (1) 0,69 (2) 0,2 (3) 0,07 2. Converta para números decimais. (1) 56% (2) 80% (3) 4% 3. Converta para percentagem. (1) 1 4 (2) 37 50 (3) 3 25 284 285 Disciplina: Matemática Classe: 7a Unidade temática: Correspondência Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Relação entre duas grandezas cujo quociente é o mesmo Meios de ensino: Material básico de ensino Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de verificar se duas grandezas estão ou não em proporcionali- dade directa. Duração: 45 min Pré-requisitos: Noção de números naturais e operações Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre relação entre duas grandezas cujo quociente é constante: A tabela abaixo mostra o tempo e a distância que o João percorre em velocidade constante. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Qual é a relação que existe entre as duas grandezas? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 286 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Escreve tabelas no quadro para auxiliar a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 1215 18 1. Observe a tabela. O que acontece com a distância, quando o tempo duplica, por exemplo, de 1 hora para 2 horas? 2. Então, o que se pode dizer sobre a relação entre o tempo e a distância? Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 2× × 3. E se o tempo triplicar ou quadruplicar? Assim, podemos concluir que, quando o tempo duplica, triplica ou quadruplica, a distância duplica, triplica ou quadruplica. Diz-se, então, que o tempo e a distância estão numa proporcionalidade directa. Observam, atentamente, as figuras e acompanham a explicação respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 1. A distância passa de 3km para 6km. 2. Quando o tempo duplica, a distância também du- plica. 3. A distância será o triplo ou quádruplo. 287 Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 2× 2× 3× 3× 4× 4× 4. Olhando verticalmente a tabela haverá outra relação en- tre números? Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Distância ÷ Tempo 3 3 3 3 3 3 5. Então, como se pode expressar matematicamente a re- lação entre a distância e o tempo? Diz-se, então, que a distância é directamente proporcional ao tempo. O valor do quociente 3 chama-se constante da proporcionalidade. E neste caso em particular a constante de proporcionalidade representa a velocidade, isto é, a velocidade é de 3km/h. 4. Sim, se dividirmos a distância pelo tempo é de 3. 5. Distância ÷ Tempo = 3, ou Distância = 3 × Tempo 288 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos a tirar conclusão sobre o que aprenderam na aula. O que aprendemos na aula de hoje? Se a relação de duas grandezas x e y é expressa por y = kx, diz-se, então, que y é directamente proporcional a x, cha- mando-se o valor de k constante de proporcionalidade. Na aula de hoje aprendemos que: Quando os valores de uma grandeza duplicam, tripli- cam, assim sucessivamente, os valores corresponden- tes da outra grandeza também duplicam, triplicam, assim sucessivamente, diz-se que as duas grandezas são directamente proporcionais. Distância = Velocidade × Tempo Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a relação entre duas grandezas (o lado e o perímetro de um quadrado): Observe a tabela. Medida do lado (cm) 1 2 3 4 Perímetro (cm) 4 8 12 16 (1) Que tipo de proporcionalidade existe entre o lado e o perímetro do quadrado? Resolvem, individualmente, os exercícios indicados. (1) Quando o lado é duplicado, triplicado ou quadru- plicado, o perímetro é também duplicado, triplicado ou quadruplicado, portanto, o lado e o perímetro do quadrado estão em proporcionalidade directa. Medida do lado (cm) 1 2 3 4 Perímetro (cm) 4 8 12 16 2× 3× 4× 2× 3× 4× 289 (2) Determine a constante da proporcionalidade. (3) Escreva a equação matemática que relaciona o períme- tro do quadrado e o lado. Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. (2) k = = = = = 4 1 8 2 12 3 16 4 4 (3) Perímetro = 4 × Medida do lado. Apresentam as dificuldades ao professor. 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Observe a tabela. Ela apresenta a relação entre o peso e o preço do açúcar. Peso do açúcar (kg) 1 2 3 4 5 Preço (MT) 70 140 210 280 350 (1) Que tipo de propriedade existe entre o peso de açúcar e o preço? Tomam nota e copiam o TPC. (1) Quando o peso é duplicado, triplicado, quadrupli- cado ou quintuplicado, o preço é também duplicado, triplicado, quadruplicado ou quintuplicado, portanto, o preço e o peso do açúcar estão em proporcionalida- de directa. 290 (2) Determine a constante de proporcionalidade. (2) k = = = = = = 70 1 140 2 210 3 280 4 350 5 70 (3) Escreva a equação matemática que relaciona o preço do açúcar e o peso. (3) Preço do açúcar = 70 × Peso do açúcar. 291 Escola Primária Completa_____________ Data: Nome:____________________________ Disciplina de Matemática Tema: Relação entre duas grandezas cujo quociente é o mesmo Problema situacional A tabela abaixo mostra o tempo e a dis- tância que o João percorre em velocidade constante. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Qual é a relação que existe entre as duas grandezas? Quando o tempo duplica, a distância também duplica. 2 1 2 3 1 3 4 1 4 × = × = × = 2× 2× 3× 3× 4× 4× Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 2 3 6 3 3 9 4 3 12 × = × = × = Propriedade directa. Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 Distância (km) 3 6 9 12 15 18 Distância ÷ Tempo 3 3 3 3 3 3 Distância ÷ Tempo = 3, ou Distância = 3 × Tempo 3 chama-se constante da proporcionalida- de. Conclusão Em duas grandezas: (1) Quando uma grandeza duplica, e a outra também duplica, diz-se que as duas grande- zas são directamente proporcionais. (2) Se a relação de duas grandezas x e y é expressa por y = kx, diz-se, então, que y é di- rectamente proporcional a x, chamando-se o valor de k constante da proporcionalidade. Exercícios Observe a tabela: Medida do lado (cm) 1 2 3 4 Perímetro (cm) 4 8 12 16 (1) Que tipo de proporcionalidade existe entre o lado e o perímetro do quadrado? (2) Determine a constante da proporcionalidade. (3) Escreva a equação matemática. Resolução (1) R: Entre o lado e o perímetro do quadrado temos a proporcionalidade directa. (2) k y x k= ⇔ = = = = = = Perimetro Medida do lado 4 1 8 2 12 3 16 4 4 (3) Perimetro 4 medida de lado= × ⇔ = ⇔ =y kx y x4 TPC Observe a tabela: Peso do açúcar (kg) 1 2 3 4 5 Preço (MT) 70 140 210 280 350 (1) Que tipo de proporcionalidade existe entre o peso de açúcar e o preço? (2) Determine a constante da proporcionalidade. (3) Escreva a equação matemática. 293 Disciplina: Matemática Classe: 4a Unidade temática: Tabelas, gráficos e estatística Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Construção de uma tabela e pictograma Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de organizar dados numa tabela, construir e ler um pictograma. Meios de ensino: Cartazes e material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: - Noção de números naturais; - Cardinal de um conjunto. Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a construção de uma tabela e pic- tograma correspondente, auxilia a sua explicação recorrendo ao uso de cartazes: A Joana recebeu, da sua avó, uma grande diversidade de frutas como ilustra a figura. Que frutas ela recebeu? Quantas são? Respondem à saudação e ao controlo das presen- ças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 294 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema usando figuras: Coloca figuras que auxiliam a compreensão do problema e faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua resolução: 1. O que podemos fazer para saber que tipo de frutas temos e quantas são? 2. Sim, boa ideia. Então, podemos usar este gráfico. Coloque a fruta no lugar adequado no gráfico. Observam atentamente as figuras e acompanham a explicação, respondendo às perguntas colocadas pelo professor: 1. Agrupar as frutas e contá-las. 2. Inicia a actividade. Ananás Banana Laranja Manga Papaia Ananás Banana Laranja Manga Papaia 295 3. Observe o gráfico. Poderá dizer que frutas aparecem em maior quantidade? 3. Bananas. 4. Que frutas aparecem em menor quantidade? 4. Papaias. 5. Faça outras comparações. 5. Há mais mangas do que papaias. Há menos laranjas do que bananas. … (mais comentários são feitos). 6. O gráfico foi útil? 6. Sim. 7. Porquê? 7. Foi fácil vermos a quantidade de cada tipo de fruta e fazer as comparações.Esta forma de representar frutas usando ilustrações chama-se pictograma. 8. Vamos organizar o número de frutas do gráfico para vê-las facilmente. Escreva o número de frutas na tabela. Frutas Ananás Banana Laranja Manga Papaia São 8. Escreve o número de frutas na tabela. Frutas Ananás Banana Laranja Manga Papaia São 4 8 5 6 3 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos para fazer o resu- mo da aula. O que aprendemos na aula de hoje? Quais são os passos a seguir para construir o pictograma e a tabela? Na aula de hoje aprendemos que: O pictograma é uma forma de representar infor- mações, usando símbolos ou imagens. A tabela é uma forma de representar informações, organizando quantidades em filas e colunas. Agrupamos os objectos e contamos. Colocamos os pictogramas e escrevemos o núme- ro de objectos na tabela. 296 Domínio e Consolidação Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a construção de uma tabela e pictograma: O seguinte pictograma representa o número de mangas que a Flávia colheu da mangueira da sua casa nos últimos 5 dias. Mangas que a Flávia colheu 1° dia 2° dia 3° dia 4° dia 5° dia Resolvem, individualmente, os exercícios indica- dos. (1) Quantas mangas a Flávia colheu no 4° dia? (1) A Flávia colheu 4 mangas no 4° dia. (2) Em que dia a Flávia colheu mais mangas? (2) A Flávia colheu mais mangas no 1° dia, co- lhendo 8 mangas. (3) Quantas mangas a Flávia colheu durante os 5 dias? Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. (3) Ao todo a Flávia colheu 26 mangas. Apresentam as dificuldades ao professor. 297 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Tomam nota e copiam o TPC. A tabela abaixo representa a quantidade de doces vendidos numa mercearia durante uma determinada semana. Dias da semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo Números 6 10 9 10 7 8 5 De acordo com os dados patentes na tabela, construa um pic- tograma utilizando o símbolo . Doces vendidos numa mercearia durante uma semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo 299 Escola Primária Completa_ Data: Nome:________________ Disciplina de Matemática Tema: Construção de uma tabela e pictograma Problema situacional A Joana recebeu, da sua avó, uma diversidade de frutas. Que tipo de frutas ela recebeu? Quantas são? • Agrupar as frutas. • Contar o número das frutas. As frutas que ela recebeu são 8 bananas, 5 laranjas, 4 ananases, 3 papaias e 6 mangas. Ananás Banana Laranja Manga Papaia Pode-se contar o número de cada uma. Frutas Ananás Banana Laranja Manga Papaia São 4 8 5 6 3 Conclusão O pictograma é uma forma de re- presentar informações usando sím- bolos ou imagens. A tabela é uma forma de representar informações, organizando quantida- des em filas e colunas. Exercícios O seguinte pictograma representa o número de mangas que a Flávia colheu na sua casa durante 5 dias. Mangas que a Flávia colheu 1° dia 2° dia 3° dia 4° dia 5° dia (i) Quantas mangas a Flávia colheu no 4º dia? (ii) Em que dia a Flávia colheu mais mangas? (iii) Quantas mangas a Flávia colheu durante os 5 dias, no total? Resolução: (i) No 4º dia a Flávia colheu 4 mangas. (ii) A Olinda colheu mais mangas no 1o dia. (iii) Durante os 5 dias a Flávia colheu um total de 26 mangas. TPC 1. A tabela abaixo, representa a quantidade de doces vendidos numa mercearia durante uma determinada semana. Dias da semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo Números 6 10 9 10 7 8 5 De acordo com os dados patentes na tabela, construa um pictogra- ma utilizando o símbolo . 301 Disciplina: Matemática Classe: 7a Unidade temática: Tabelas, gráficos e estatística Métodos de ensino: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho in- dependenteTema da aula: Média aritmética Objectivos específicos: No fim desta aula, os alunos devem ser ca- pazes de determinar a média aritmética dos dados. Meios de ensino: Material básico de ensino Duração: 45 min Pré-requisitos: Operações com números naturais, fracções e núme- ros decimais Tempo Função Didáctica Actividades Professor Alunos 5 min Introdução e Motivação Saudação e verificação das presenças: Saúda a turma e faz chamada. Correcção do TPC: Orienta a correcção do TPC. Apresentação do problema: Apresenta o problema sobre a determinação da média arit- mética: A tabela seguinte mostra as notas que um aluno obteve em cinco avaliações durante um trimestre. Tipo de avaliação A B C D E Notas 11 12 8 10 14 O desempenho deste aluno pode ser considerado bom? Respondem à saudação e ao controlo das presenças. Apresentam e fazem a correcção do TPC sob a orientação do professor. Lêem o problema apresentado pelo professor. 302 20 min Mediação e Assimilação Explicação do problema: Faz perguntas que ajudam os alunos a entender a sua re- solução: O que se pode dizer sobre as suas notas? 1. Podemos dizer que ele teve boas notas? 2. Haverá alguma forma de estimar o seu desempenho? Acompanham atentamente a explicação, responden- do às perguntas colocadas pelo professor: 1. - Talvez não. Ele teve uma nota inferior a 10, então, é mau. - Talvez sim. A sua nota mais alta é 14. 2. Sim. 3. Como? 3. Adicionando todas as 5 notas e a seguir, dividir o resultado obtido por 5. Então, 11 + 12 + 8 + 10 + 14 = 55 55 ÷ 5 = 11 4. A nota é boa? O valor 11, que resulta da divisão da soma de todas as cinco notas pelo número total de avaliações, chama-se média aritmética, a qual é representada por x . 4. Talvez sim. Porque 11 é mais alta que 10. 0 3 2 1 6 5 4 9 8 7 12 13 14 11 10 303 10 min Domínio e Consolidação Resumo: Coloca perguntas que orientam aos alunos para fazer o resumo da aula. O que aprendemos na aula de hoje? Na aula de hoje aprendemos que: O valor que resulta da divisão entre a soma de todos os dados e o número total de dados chama-se média aritmética ou média. A média aritmética é um valor médio calculado de um conjunto de números, a qual é representada por x . Exercícios: Apresenta por escrito os exercícios sobre a média aritmética. Resolvem, individualmente, o exercício indicado. Numa pauta referente ao 1º trimestre, na disciplina de Ma- temática, o João obteve as seguintes notas: 11 10 9 12 10 14 11 Calcule a média aritmética das notas de João. Acompanha e ajuda os alunos com dificuldades. x = + + + + + + = =11 10 9 12 10 14 11 7 77 7 11 A média aritmética das notas do João é 11. Apresentam as dificuldades ao professor. 304 10 min Controle e Avaliação Correcção dos exercícios: Orienta a correcção dos exercícios. Observam como deviam resolver os exercícios. Comparam os resultados com os seus e corrigem os possíveis erros. Marcação do TPC: Marca o TPC para os alunos. Os dados fornecidos abaixo são referentes ao peso em kg de 10 formandos de um IFP: 63 62 58 63 68 46 63 56 82 58 Determine a média aritmética. Tomam nota e copiam o TPC. x = + + + + + + + + + = = 63 62 58 63 68 46 63 56 82 58 10 619 10 61 9, A média aritmética do peso dos formandos é de 61,9kg. 305 Escola Primária Completa_____________________ Data: Nome:____________________________________ Disciplina de Matemática Tema: Média aritmética Problema situacional A tabela seguinte mostra as notas que um aluno obteve em cinco avaliações durante um semestre. Tipo de avaliação A B C D E Notas 11 12 8 10 14 O desempenho deste aluno pode ser considerado bom? • Não. Uma nota inferior a 10. • Sim. A nota mais alta é 14. Como estimar o desempenho do aluno? • Encontrando uma nota representa. Por exemplo: x = + + + + = =11 12 8 10 14 5 55 5 11 Então, 11 é mais alta do que 10. Talvez, a resposta é sim 0 3 2 1 6 5 4 9 8 7 12 13 14 11 10 Podemosestimar, equilibrando as alturas. 0 3 2 1 6 5 4 9 8 7 12 13 14 11 10 Conclusão O valor que resulta da divisão entre a soma de todos os dados e o número total de dados cha- ma-se média aritmética ou média. A média arit- mética é um valor médio calculado de um con- junto de números, a qual é representada por x . Exercícios Numa pauta referente ao 1º trimestre, na disci- plina de Matemática, o João obteve as seguintes notas: 11 10 9 12 10 14 11 Calcule a média aritmética das notas de João. Resolução x = + + + + + + = =11 10 9 12 10 14 11 7 77 7 11 R: A média aritmética das notas é de 11. TPC Os dados fornecidos abaixo são referentes ao peso em kg de 10 formandos de um IFP: 63 62 58 63 68 46 63 56 82 58 Determine a média aritmética do peso dos for- mandos. Contactos Escritório do projeto PENCIFOP Direcção Nacional de Formação de Professores (DNFP) Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) Avenida 24 de Julho, Nº 167, PO Box 34, Maputo, Moçambique Tel: (00258) 21 480 700 - Ext 371 / 366 Hino Nacional Pátria Amada Na memória de África e do mundo, Pátria bela dos que ousaram lutar Moçambique o teu nome é liberdade O sol de junho para sempre brilhará Coro Moçambique nossa terra gloriosa Pedra a pedra construindo o novo dia Milhões de braços, uma só força Ó pátria amada vamos vencer Povo unido do Rovuma ao Maputo Colhe os frutos de combate pela paz Cresce o sonho ondulando na Bandeira E vai lavrando na certeza do amanhã Flores brotanto do chão do teu suor Pelos montes, pelos rios, pelo mar Nós juramos por ti, ó Moçambique Nenhum tirano nos irá escravizar Bandeira SÍMBOLOS DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MAPA DE MOÇAMBIQUE Emblema Cabo Delgado Zambezia Tete Sofala Inham bane Gaza M aputo M anica Nampula Niassa Quelimane Lichinga Pemba Nampula Tete Chimoio Beira Inhambane Xai-Xai Maputo capa B5 Didactica de matemática F Didactica de Matematica 2018 Didactica de Matematica PA 2018 capa B5 Didactica de matemática V