Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doble Engineering Company 85 Walnut Street Watertown, Massachusetts 02472-4037 (EUA) NP 500-0502 72A-2244-03 Rev. A A pr il 04 , 2 00 6 Procedimentos de teste da Doble Copyright © 2006 Da Doble Engineering Company Todos os direitos reservados. Este manual é propriedade exclusiva da Doble Engineering Company (Doble) e é fornecido para o uso exclusivo de clientes Doble sob acordo contratual para equipamentos e serviços de testes da Doble. Em hipótese alguma a Doble Engineering Company assume a responsabilidade por quaisquer erros técnicos ou editoriais de comissão ou omissão, nem a Doble é responsável por danos diretos, indiretos, incidentais ou conseqüenciais decorrentes da utilização ou da inabilidade em utilizar este manual. Legenda dos direitos restritos do governo: A utilização, duplicação ou divulgação pelo Governo dos EUA está sujeita às restrições estipuladas nos subparágrafos (c)(1) e (c)(2) da Commercial Computer Software - Restricted Rights Clause da FAR 52.227-19. Este manual é protegido por leis de copyright (direitos autorais), todos os direitos reservados, e a reprodução ou cópia de qualquer parte dele não é autorizada sem o consentimento prévio por escrito da Doble Engineering Company. Copyright © 2006 Da Doble Engineering Company Todos os direitos reservados. Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 1. Geral Introdução aos testes da Doble ........................................................................................................... 1-1 Equipamentos de teste de isolamento................................................................................................. 1-2 Modos de teste do Analisador M4000................................................................................................ 1-4 Modo GST (Teste de equipamento aterrado) ............................................................................... 1-5 Modo UST (Teste de equipamento não aterrado) ........................................................................ 1-7 Posicionamento do "gancho" de alta tensão ..................................................................................... 1-10 Tensões de teste ................................................................................................................................ 1-11 Geral ........................................................................................................................................... 1-11 Equipamento suspeito ................................................................................................................ 1-12 Testes de rotina........................................................................................................................... 1-13 Resumo ............................................................................................................................................. 1-14 Variação do fator de potência com a temperatura ............................................................................ 1-15 Introdução................................................................................................................................... 1-15 Buchas ........................................................................................................................................ 1-16 Disjuntores GVO........................................................................................................................ 1-17 Transformadores de potência e distribuição preenchidos a óleo................................................ 1-17 Reguladores de tensão preenchidos a óleo ................................................................................. 1-18 Transformadores de instrumentos preenchidos a óleo e combinações TP/TC........................... 1-19 Transformadores preenchidos a ascarel ..................................................................................... 1-19 Líquidos isolantes (óleo e ascarel) ............................................................................................. 1-19 Transformadores de potência e distribuição do tipo seco .......................................................... 1-20 Disjuntores a sopro magnético e a ar de baixa tensão................................................................ 1-20 Chaves de óleo, religadores e seccionadores ............................................................................. 1-20 Disjuntores a vácuo e religadores............................................................................................... 1-20 Cabos.......................................................................................................................................... 1-21 Testes de colares......................................................................................................................... 1-21 Capacitores de gradiente e contato (para disjuntores)................................................................ 1-21 TPs capacitivos........................................................................................................................... 1-21 Isoladores de porcelana, componentes de madeira e buchas de porcelana do tipo seco............ 1-21 Máquinas rotativas ..................................................................................................................... 1-21 Pára-raios.................................................................................................................................... 1-21 72A-2244-03 Rev. A 1 M ar ch 1 7, 2 00 6 Escoamento superficial ..................................................................................................................... 1-26 Introdução................................................................................................................................... 1-26 Limpeza da superfície................................................................................................................. 1-28 Colares GUARD......................................................................................................................... 1-29 Barramento e isoladores conectados................................................................................................. 1-32 Barramento conectado e DTA .................................................................................................... 1-33 Desconexão do barramento ........................................................................................................ 1-34 2. Utilização de um ressonador Procedimento operacional do Indutor ressonante tipo C .................................................................... 2-3 Descrição geral do acoplamento tipo C-1 - Procedimento de teste RIV ............................................ 2-4 3. Buchas Introdução ........................................................................................................................................... 3-1 Tensões de teste .................................................................................................................................. 3-5 Teste global e não aterrado-Teste de equipamento (UST) em C1 (condutor central energizado)....................................................................................................... 3-5 Teste GUARD frio........................................................................................................................ 3-5 Teste de isolamento da derivação e teste invertido de equipamento não aterrado ....................... 3-6 Testes de colares quentes.............................................................................................................. 3-6 Técnica de teste - Buchas sobressalentes............................................................................................ 3-6 Técnica de teste - Buchas em equipamentos .................................................................................... 3-11Teste global (condutor central ao flange). .................................................................................. 3-11 Teste UST (equipamento não aterrado) (condutor central à derivação, C1) .............................. 3-11 UST invertido (derivação ao condutor central, C1) ................................................................... 3-13 Teste de equipamento não aterrado, buchas com flanges isolados (condutor central ao flange)........................................................................................................ 3-14 Teste GUARD frio (condutor central ao flange) ........................................................................ 3-16 Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2) ..................................................... 3-17 Testes de colares......................................................................................................................... 3-19 Análise dos resultados de testes........................................................................................................ 3-25 Geral ........................................................................................................................................... 3-25 Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de potência ....................................................................................................... 3-26 2 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Buchas tipo condensador sem derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de potência ....................................................................................................... 3-27 Buchas do tipo não-condensador com flanges separados ou isolados ....................................... 3-27 Buchas do tipo não-condensador com cabos de engate, camadas blindadas ou cabeçotes isolados ................................................................................................................. 3-28 Buchas do tipo não-condensador sem recursos especiais de teste ............................................. 3-28 Buchas de porcelana do tipo seco .............................................................................................. 3-29 Buchas do tipo cabo ................................................................................................................... 3-30 Teste de colar quente único ........................................................................................................ 3-30 Testes de colares quentes múltiplos ........................................................................................... 3-32 Testes de colares quentes em terminais de cabos....................................................................... 3-32 4. Disjuntores e religadores Disjuntores GVO ................................................................................................................................ 4-1 Introdução..................................................................................................................................... 4-1 Tensões de teste............................................................................................................................ 4-2 Procedimento de teste................................................................................................................... 4-3 Considerações gerais .................................................................................................................... 4-5 Análise e interpretações ............................................................................................................... 4-7 Disjuntores de tanque aterrado SF6.................................................................................................. 4-20 Tensão de teste ........................................................................................................................... 4-20 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-21 Análise dos resultados do teste................................................................................................... 4-23 Disjuntores de tanque vivo (tipos a ar, SF6 ou óleo mínimo) .......................................................... 4-25 Módulo "T" e "Y" - Geral .......................................................................................................... 4-25 Tensões de teste.......................................................................................................................... 4-26 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-26 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-28 Disjuntores tipo castiçal (um disjuntor por fase).............................................................................. 4-29 Tensões de teste.......................................................................................................................... 4-30 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-30 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-31 Testes possibilitados pelo M4000 .............................................................................................. 4-32 72A-2244-03 Rev. A 3 M ar ch 1 7, 2 00 6 Disjuntores a sopro magnético.......................................................................................................... 4-33 Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-33 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-34 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-35 Disjuntores a ar de baixa tensão ....................................................................................................... 4-35 Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-35 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-36 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-37 Religadores GVO.............................................................................................................................. 4-37 Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-37 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-37 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-38 Disjuntores e religadores a vácuo ..................................................................................................... 4-40 Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-41 Procedimento de teste................................................................................................................. 4-42 Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-43 5. Transformadores, reatores e reguladoresTransformadores de potência e distribuição ....................................................................................... 5-1 Introdução..................................................................................................................................... 5-1 Tensões de teste ............................................................................................................................ 5-2 Transformador com dois enrolamentos ........................................................................................ 5-7 Autotransformadores .................................................................................................................. 5-12 Transformador com três enrolamentos ....................................................................................... 5-13 Reatores de derivação ....................................................................................................................... 5-19 Procedimento de teste................................................................................................................. 5-20 Transformadores de potencial........................................................................................................... 5-22 Introdução................................................................................................................................... 5-22 Tensão de teste............................................................................................................................ 5-23 Transformadores de potencial monofásicos ............................................................................... 5-25 Transformador de potencial monofásico com aterramento primário interno ............................. 5-31 Transformadores de potencial em cascata .................................................................................. 5-32 Transformadores de potencial trifásicos..................................................................................... 5-35 4 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Transformador de corrente ............................................................................................................... 5-36 Introdução................................................................................................................................... 5-36 Tensão de teste ........................................................................................................................... 5-36 Procedimento de teste................................................................................................................. 5-37 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-38 Combinações TP/TC monofásicas.................................................................................................... 5-39 Introdução................................................................................................................................... 5-39 Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-40 Procedimento de teste................................................................................................................. 5-40 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-42 Combinações TP/TC trifásicas ......................................................................................................... 5-43 Introdução................................................................................................................................... 5-43 Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-44 Procedimento de teste................................................................................................................. 5-44 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-45 Reguladores de tensão ...................................................................................................................... 5-46 Introdução................................................................................................................................... 5-46 Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-47 Procedimento de teste................................................................................................................. 5-47 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-48 Testes de corrente de excitação de transformadores ........................................................................ 5-49 Introdução................................................................................................................................... 5-49 Considerações sobre o teste........................................................................................................ 5-49 Procedimentos de teste ............................................................................................................... 5-52 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-62 Testes de relação de espiras com o Capacitor Doble........................................................................ 5-66 Introdução................................................................................................................................... 5-66 Como fazer as conexões corretas ............................................................................................... 5-67 Campos de conexões do DTA.................................................................................................... 5-68 Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-69 Medição do capacitor Doble ...................................................................................................... 5-69 Teste de relação de espiras, transformadores monofásicos........................................................ 5-70 Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos ............................................................. 5-73 Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-80 72A-2244-03 Rev. A 5 M ar ch 1 7, 2 00 6 Testes de reatância de fuga ............................................................................................................... 5-80 Introdução................................................................................................................................... 5-80 Considerações sobre o teste........................................................................................................ 5-81 Configuração de teste utilizando o M4110 ou o M4130 ............................................................ 5-91 Execução de um teste ................................................................................................................. 5-95 Interpretação dos resultados do teste .......................................................................................... 5-98 6. Pára-raios Introdução ........................................................................................................................................... 6-1 Tensões de teste ..................................................................................................................................6-3 Procedimentos de teste........................................................................................................................ 6-4 Testes múltiplos............................................................................................................................ 6-4 Análise dos resultados ........................................................................................................................ 6-8 Perdas maiores que as normais..................................................................................................... 6-9 Perdas menores que as normais .................................................................................................... 6-9 7. Capacitores TPs capacitivos ................................................................................................................................... 7-1 Introdução..................................................................................................................................... 7-1 Tensões de teste ............................................................................................................................ 7-2 Procedimentos de teste ................................................................................................................. 7-2 Análise dos resultados ................................................................................................................ 7-11 Testes complementares............................................................................................................... 7-12 Capacitores de correção de fator de potência ................................................................................... 7-13 Capacitores de surto.......................................................................................................................... 7-14 8. Máquinas rotativas Geral.................................................................................................................................................... 8-1 Tensões de teste .................................................................................................................................. 8-1 Procedimento de teste ......................................................................................................................... 8-2 Enrolamento único trifásico.......................................................................................................... 8-2 Unidade trifásica resfriada a água ................................................................................................ 8-4 Máquina trifásica com dois enrolamentos duplo e doze terminais............................................... 8-6 Geradores resfriados a hidrogênio................................................................................................ 8-7 Diversos ........................................................................................................................................ 8-7 6 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Análise dos resultados ........................................................................................................................ 8-7 Teste de bobinas individuais de um estator ........................................................................................ 8-9 9. Cabos e terminações ("terminais") Introdução........................................................................................................................................... 9-1 Tensões de teste .................................................................................................................................. 9-1 Testes de cabos ................................................................................................................................... 9-2 Cabo de condutor único blindado ou revestido............................................................................ 9-2 Cabos de condutor único sem blindagem e sem revestimento..................................................... 9-2 Cabos com múltiplos condutores blindados individualmente...................................................... 9-2 Cabos com múltiplos condutores sem blindagem e sem revestimento ........................................ 9-2 Cabos sem blindagem com múltiplos condutores recobertos por um revestimento metálico comum ..................................................................................................... 9-3 Cabos parcialmente blindados...................................................................................................... 9-3 Testes de terminações (terminais) ...................................................................................................... 9-3 Análise dos resultados dos testes de cabos e terminais ................................................................ 9-4 10. Líquidos isolantes Introdução......................................................................................................................................... 10-1 Procedimento de teste....................................................................................................................... 10-2 Análise dos resultados - Óleo ........................................................................................................... 10-3 Análise dos resultados - Ascarel....................................................................................................... 10-4 Outros líquidos isolantes .................................................................................................................. 10-5 11. Isoladores Isoladores de suspensão.................................................................................................................... 11-1 Isoladores de barramento.................................................................................................................. 11-2 12. Barramento Procedimentos de teste ..................................................................................................................... 12-1 Barramento de fase isolada ........................................................................................................ 12-1 Barramento não segregado e de manobra abrigadas em media tensão ...................................... 12-1 72A-2244-03 Rev. A 7 M ar ch 1 7, 2 00 6 13. Madeira e outros componentes isolantes Geral.................................................................................................................................................. 13-1 Procedimentos de teste...................................................................................................................... 13-1 Análise dos resultados ...................................................................................................................... 13-2 14. Dispositivo de potencial de acoplamento resistivo Geral.................................................................................................................................................. 14-1 Procedimentos de teste...................................................................................................................... 14-2 15. Perguntas freqüentes Suporte técnico ................................................................................................................................. 15-1 Software DTA opcional .................................................................................................................... 15-1 Procedimentos de teste...................................................................................................................... 15-3 Geral.................................................................................................................................................. 15-5 16. Caminhões-cesto 8 72A-2244-03 Rev. A M ar ch 1 7, 2 00 6 Prefácio Estruturadeste manual Este manual consiste em 17 capítulos. Capítulo 1 "Geral", introduz os conceitos gerais de testes da Doble. Capítulo 2 "Utilização de um ressonador", explica como utilizar um ressonador com o M4000 ao testar itens com uma capacitância muito grande para ser processada apenas pelo M4000. Capítulo 3 "Execução de testes de reatância de fuga", descreve os procedimentos para a execução de testes de reatância de fuga. Capítulo 4 "Buchas", explica a execução de testes em buchas dentro e fora de um equipamento. Capítulo 5 "Disjuntores e religadores", explica a execução de testes em diversos tipos de disjuntores. Capítulo 6 "Transformadores, reatores e reguladores", explica a execução de testes nesses equipamentos e inclui testes de corrente de excitação, reatância de fuga e relação de espiras. Capítulo 7 "Pára-raios", explica a execução de testes em pára-raios. Capítulo 8 "Capacitores", explica a execução de testes em diversos tipos de capacitores, inclusive TPs capacitivos. Capítulo 9 "Máquinas rotativas", explica a execução de testes em geradores, motores e condensadores síncronos. Capítulo 10 "Cabos e terminações", explica a execução de testes em terminais e diversas configurações de cabos. Capítulo 11 "Líquidos isolantes", explica a utilização da cuba de teste de fluidos isolantes da Doble para testes de líquidos isolantes. Capítulo 12 "Isoladores", explica a execução de testes em isoladores de barramento e suspensão. 72A-2244-03 Rev. A i M ar ch 1 7, 2 00 6 Capítulo 13 "Barramento", explica a execução de testes em barramentos não segregados e de isofase. Capítulo 14 "Madeira e outros componentes de isolamento", explica a execução de testes em peças selecionadas do equipamento. Capítulo 15 "Dispositivo de potencial de acoplamento resistivo", explica a execução de testes em dispositivos de potencial de acoplamento com um elemento resistivo. Capítulo 16 "Caminhões-cesto", explica um método para testar a lança isolante de um caminhão-cesto. Capítulo 17 "Perguntas freqüentes", é uma lista das perguntas e respostas mais freqüentes. Convenções utilizadas neste manual Os termos e as convenções tipográficas a seguir são utilizados no manual: Convenção Descrição Windows Refere-se ao sistema operacional Microsoft Windows, versão 95 ou posterior. Clicar em Pressionar e liberar rapidamente o botão esquerdo do mouse. Clicar duas vezes em Pressionar e liberar rapidamente o botão esquerdo do mouse duas vezes, sem movê-lo. Selecionar Posicionar o cursor sobre a opção desejada e clicar com o botão esquerdo do mouse uma vez. Ou realçar a opção desejada utilizando as teclas de seta e pressionar ENTER. Ou pressionar a tecla ALT e a letra sublinhada. Pressionar Digitar uma única tecla do teclado. Por exemplo, pressione ENTER. FN+(tecla apropriada) Manter pressionada a tecla FN e pressionar (tecla apropriada). Texto em fonte Courier em negrito Indica os caracteres a serem digitados. ii 72A-2244-03 Rev. A M ar ch 1 7, 2 00 6 1. Geral Introdução aos testes da Doble Desde 1929, os testes de perda dielétrica e de fator de potência CA têm sido aplicados em campo ao isolamento elétrico de equipamentos de alta tensão utilizando equipamentos de teste da Doble. Hoje, esse teste é reconhecido como um dos métodos mais eficazes para localizar isolamentos defeituosos. No jargão do engenheiro de manutenção de instalações elétricas, o teste da perda dielétrica e fator de potência é freqüentemente chamado o Teste da Doble, basicamente devido à utilização extensiva e aos recursos exclusivos dos equipamentos de teste em campo da Doble, e também pelos métodos de teste ordenados que têm sido desenvolvidos pela Doble Engineering Company em cooperação com seu grupo de clientes. Este manual descreve a operação e utilização do Analisador portátil de isolamento tipo M4000 de 10 kV da Doble para testes de aceitação em campo e fábrica, manutenção preventiva e testes de diagnóstico de emergência de todos os tipos de isolamento de equipamentos de potência elétricos. Os sistemas de isolamento de equipamentos possuem parâmetros elétricos mensuráveis, como capacitância, perda dielétrica e fator de potência, além de outras características menos conhecidas. Detectando alterações nessas importantes características elétricas, é possível revelar riscos de falhas e assim, evitar a perda de serviços permitindo o reparo ordenado ou recondicionamento de isolamentos defeituosos. A interpretação dos resultados de testes envolve a utilização de guias baseados em dados de teste correlacionados pela Doble para vários tipos de isolamento de equipamentos de potência. Como o fator de potência é a relação entre a perda dielétrica e a carga volt-ampères e, conseqüentemente, independente da quantidade de isolamento em teste, ele é o critério mais comumente utilizado para julgar a condição de um isolamento. Capacitância, resistência CA paralela, perda dielétrica e corrente de carga total também são indicadores úteis de problemas de isolamento. Comentários sobre a interpretação dos resultados de testes podem ser encontrados nas várias seções relacionadas aos testes de tipos específicos de equipamentos. Os guias de fator de potência e outros critérios apresentados neste Manual de instruções têm como base os muitos anos de estudos e experiência em campo da Doble em todos os tipos de equipamentos. Informações básicas complementares consideráveis e dados adicionais sobre procedimentos e técnicas de teste podem ser encontrados nas Atas da conferência de clientes da Doble e nos Manuais de referência da Doble. 72A-2244-03 Rev. A 1-1 M ar ch 1 7, 2 00 6 Equipamentos de teste de isolamento Os sistemas de isolamento associados a muitos tipos de equipamentos e dispositivos de alta tensão freqüentemente consistem em uma combinação de peças de componentes não homogêneas. Assim sendo, uma representação esquemática completa e altamente precisa de um sistema de isolamento de equipamentos pode ser muito complexa e difícil de compor, consistindo, talvez, em vários elementos de resistores e capacitores dispostos de maneiras variadas. Para fins de discussão e análise, é conveniente representar um equipamento de isolamento por um único capacitor combinado com um único resistor. (Neste manual, um equipamento normalmente é considerado como uma entidade que não pode ser subdividida adicionalmente para fins de teste). O elemento do capacitor representa a capacitância fundamental do equipamento (isto é, sua capacidade de armazenar cargas eletricamente separadas), enquanto que o elemento do resistor representa a perda dissipada no isolamento quando uma tensão é aplicada. Conforme mostrado na Figura 1.1, há duas formas possíveis de combinar um capacitor com um resistor: Figura 1.1 Circuitos equivalentes simplificados de um equipamento de isolamento 1-2 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Um equipamento de isolamento, com um determinado fator de potência medido entre seus terminais, pode ser representado igualmente pelo Circuito em série mostrado na Figura 1.1(a) ou pelo Circuito paralelo da Figura 1.1(b). Fórmulas matemáticas foram derivadas para demonstrar a correlação entre a rede em série (CS e RS) e sua contrapartida em paralelo (CP e RP). Sistemas de isolamento de equipamentos de alta tensão são selecionados, em parte, por suas baixas perdas dielétricas (isto é, baixo fator de potência). Para um equipamento com fator de potência zero (isto é, sem perdas dissipadas), RS no circuito equivalente em série é zero ohm, enquanto RP no circuito equivalente paralelo é infinito. Portanto, para um fator de potência zero, CS é precisamente igual a CP. Conseqüentemente, para sistemas de isolamento de equipamentos de alta tensão com um baixo fator de potência, o CS equivalente é essencialmente igual ao CP. O circuito de teste do M4000 comumente vê o equipamento como uma rede capacitor/resistor em paralelo,como mostrado na Figura 1.1(b). Esse circuito equivalente é repetido na Figura 1.2, que mostra os vários parâmetros de corrente com relação à tensão de teste E aplicada: Figura 1.2 Circuito equivalente simplificado de um dielétrico, mostrando os vários parâmetros de corrente como uma função da tensão de teste (rede RC paralela) O elemento do resistor do circuito dielétrico equivalente da Figura 1.2 representa a perda de watts (potência) dissipada no isolamento quando uma tensão é aplicada. Na Figura 1.2, RP representa aquilo que é geralmente considerado indesejável em um dielétrico. Deve ser reconhecido que uma certa quantidade de perda mensurável é normal para a maioria dos dielétricos e, portanto, a existência da perda em si não necessariamente sugere um risco operacional. E = IT = IC = IR = CP = RP = Resistência paralela equivalente do equipamento de isolamento Capacitância paralela equivalente do equipamento de isolamento Componente resistivo ou em fase (perda) da corrente total Capacitiva ou quadratura da corrente total Corrente total do equipamento Tensão de teste 72A-2244-03 Rev. A 1-3 M ar ch 1 7, 2 00 6 Em um capacitor perfeito ou sem perdas, a corrente se adianta à tensão de teste em exatos 90°. Em um resistor perfeito, a corrente e a tensão estão exatamente em fase. Na Figura 1.2 o capacitor CP e o resistor RP são considerados perfeitos. A Figura 1.3 mostra o relacionamento entre os vários vetores de corrente e a tensão de teste E: Figura 1.3 Componentes vetoriais da tensão de teste e da correntes em um circuito R/C paralelo Em um circuito elétrico com uma tensão CA aplicada: O ângulo Θ, mostrado na Figura 1.3, representa o ângulo de fase entre a tensão de teste E aplicada nos terminais do equipamento dielétrico e a corrente total IT atraída por ela. O co-seno do ângulo Θ é, por definição, o fator de potência. Portanto: Modos de teste do Analisador M4000 Para facilitar a compreensão da operação do Analisador M4000, é importante considerar as posições relativas da fonte de potência (isto é, o enrolamento de 10 kV do transformador de alta tensão do M4000), o circuito de medição e o equipamento, com relação ao aterramento de teste e ao(s) cabo(s) de baixa tensão (BT). O M4000 é capaz de utilizar dois cabos de BT simultaneamente. Na Figura 1.4 até a Figura 1.10 são mostradas as três configurações básicas de circuitos de teste; GST-TERRA (GROUND), GST-GUARD e UST-MEDIÇÃO: Watts = E x IT x Co-seno de Θ Fator de potência = Co-seno de Θ = Watts E x IT 1-4 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Modo GST (Teste de equipamento aterrado) Com o Analisador M4000 em GST-TERRA (GROUND) (V,A), Figura 1.4, os cabos de BT são levados ao potencial de terra. Portando, os cabos de BT podem ser utilizados para conectar o aterramento a um terminal do equipamento. Embora possa ser conveniente utilizar os cabos de BT como terras, também é possível usar o terminal de aterramento do terminal de saída do cabo de teste de alta tensão (consulte a Figura 1.11). Talvez o método mais comum de aterramento seja simplesmente fazer a interconexão de um cabo com garras entre a estrutura aterrada do equipamento e um terra próximo, comum, da estação. Modo de teste GST-Terra (Ground) Figura 1.4 Modo de teste GST-Terra (Ground) Com o Analisador M4000 em GST-GUARD (V,A), Figura 1.5, ambos cabos de BT são conectados ao circuito GUARD do teste. Compare a Figura 1.6 e a Figura 1.7 e observe que ambos são modos GST (teste de equipamento aterrado). Ou seja, ambos os circuitos medem o isolamento entre o cabo de teste de alta tensão e a terra. A única diferença entre a Figura 1.6 e a Figura 1.7 é a posição dos cabos de BT em relação ao circuito de medição. Na Figura 1.6, o azul será medido e o vermelho não. E na Figura 1.7, o vermelho será medido e o azul não. Nos dois casos, o cabo aterrado é medido e o cabo protegido não. Em todos os três casos, o cabo de aterramento do conjunto de teste também é medido. Observe que a conexão com o circuito GUARD do conjunto de teste também é possível por meio do anel de proteção no terminal de saída do cabo de teste de alta tensão (consulte a Figura 1.11). 72A-2244-03 Rev. A 1-5 Modo GST (Teste de equipamento aterrado) M ar ch 1 7, 2 00 6 Modos de teste GST-GUARD Figura 1.5 Modo de teste GST-GUARD vermelho azul Figura 1.6 Modo de teste GST-GUARD vermelho Figura 1.7 Modo de teste GST-GUARD azul 1-6 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Modo UST (Teste de equipamento não aterrado) Com o Analisador M4000 em UST-MEDIÇÃO (V,A), Figura 1.8, a única entrada para o circuito de medição é através dos cabos de BT. Observe que o conjunto de teste GUARD e Terra (Ground) é comum no modo UST e, portanto, a corrente e as perdas para a terra não são medidas. Figura 1.8 Modo de teste UST-Medição vermelho azul Figura 1.9 Modo de teste UST-Medição vermelho terra azul 72A-2244-03 Rev. A 1-7 Modo UST (Teste de equipamento não aterrado) M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.10 Modo de teste UST-Medição azul terra vermelho Na Figura 1.8, os cabos vermelho e azul são medidos. Na Figura 1.9, apenas o cabo vermelho é medido e na Figura 1.10 apenas o cabo azul. 1-8 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.11 Cabo de teste de alta tensão da Doble (terminal de saída) 72A-2244-03 Rev. A 1-9 Modo UST (Teste de equipamento não aterrado) M ar ch 1 7, 2 00 6 Posicionamento do "gancho" de alta tensão O terminal de saída do cabo de alta tensão, comumente chamado de "gancho", inclui um anel GUARD e um anel Terra (Ground), ou terminal, que devem ser mantidos a uma certa distância de todas as superfícies energizadas. Portanto, é desejável que o gancho, quando conectado a um terminal, não fique pendendo ao longo da superfície abaixo. Pode ser necessário que o cabo de alta tensão penda sobre uma estrutura adjacente para poder manter o terminal de saída e seus anéis GUARD e Terra (Ground) afastados da área energizada. AVISO Nunca segure no cabo de alta tensão durante um teste! Se o cabo de alta tensão for pendurado sobre uma estrutura adjacente para manter os anéis GUARD e Terra (Ground) afastados da área energizada, não faça isso sobre um terminal ou superfície que será energizada durante o teste. Figura 1.12 Posicionamento correto do gancho de alta tensão 1-10 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.13 Posicionamento incorreto do gancho de alta tensão Tensões de teste Geral A abordagem para a realização dos testes da Doble em equipamentos de alta tensão começa com um planejamento global esboçando as etapas necessárias para realizar as várias medições de forma segura e eficaz. O pessoal envolvido na operação coopera para retirar o equipamento de operação, identificando-o, isolando-o e aterrando-o, de modo a prepará-lo para o teste. A segurança do pessoal e do equipamento é vital. No planejamento global, os responsáveis pela execução dos testes devem determinar previamente quais testes serão realizados e os potenciais de teste a serem aplicados nas várias medições. Especificamente, o engenheiro de teste deve observar os testes que devem ser feitos a tensões reduzidas (ou seja, menos de 10 kV). A seguir, comentários gerais sobre a seleção de tensões de teste para os testes da Doble. O princípio básico do teste da Doble é medir os parâmetros elétricos CA fundamentais do isolamento (isto é, fator de potência, capacitância, perda dielétrica, etc.), aplicando tensões de teste que são moderadas, se comparadas com a tensão nominal de projeto do isolamento. Em seguida, com base nessas medições, detectar alterações e anormalidades no isolamento que possam estar associadas a umidade, calor, ionização (efeito corona), raios, distorções físicas (como em enrolamentos de transformadores) e outros agentes destrutivosconhecidos por reduzir a integridade dielétrica. 72A-2244-03 Rev. A 1-11 Equipamento suspeito M ar ch 1 7, 2 00 6 Equipamento suspeito Com a devida atenção à seleção de tensões de teste apropriadas, o teste da Doble não é destrutível, pois ele não deve provocar nenhum dano mensurável a um isolamento passível de manutenção. Nos casos em que se saiba ou suspeite-se de isolamentos gravemente enfraquecidos, danificados, deteriorados ou contaminados, a aplicação de uma carga de tensão relativamente baixa pode, em tese, ser suficiente para causar sua ruptura. Os equipamentos suspeitos de estarem danificados devem ser sempre abordados com a concepção de que talvez eles não possam sustentar tensões de teste normais, de rotina. Isso pode envolver: 1. Equipamentos seriamente contaminados por umidade quando em trânsito da fábrica, da assistência técnica ou entre subestações. 2. Transformadores de potência e equipamentos relacionados que ficaram off-line devido à operação de relés de proteção. 3. Equipamentos suspeitos de terem sido gravemente contaminados com umidade após serem armazenados em ambientes externos por períodos prolongados. Ao realizar os testes da Doble em equipamentos suspeitos, o engenheiro de testes deve fazer uma medição inicial a baixa tensão (2 kV ou menos) e aumentar gradualmente, em incrementos, até o nível normal de teste, desde que as leituras em tensões menores anteriores não tenham indicado algum problema. Se o Analisador M4000 obtiver uma mensagem como "Sobrecorrente no amplificador de potência" ao aumentar a tensão de teste, deverá ser feita uma investigação para determinar a provável causa, antes de se reaplicar a tensão de teste. Podem existir conexões de teste impróprias ou, possivelmente, o equipamento está defeituoso. Se, após uma investigação, ainda persistirem dúvidas, somente tente repetir a medição a uma tensão bem baixa. 1-12 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Testes de rotina Geral – Equipamentos com tensão nominal acima de 15 kV Embora as tensões nominais de equipamentos sejam baseada na tensão do sistema (isto é, a tensão nominal linha em relação à linha), a tensão de teste da Doble é aplicada na linha em relação à terra. Equipamentos do tipo preenchido a líquido ou seco, com tensão nominal acima da classe 15 kV (ou seja, classe 25 kV e acima), possuem tensões nominais de operação linha em relação à terra acima de 10 kV. Analogamente, para a classe 25 kV e acima, a tensão padrão de 10 kV geralmente é aplicada para testes. Há certas exceções em que a tensão de teste em equipamentos com tensão nominal de 25 kV e acima deve ser limitada a menos de 10 kV. Elas incluem transformadores de potencial linha em relação à terra, em que o terminal neutro tem tensão nominal reduzida, e o isolamento de derivação de buchas. No curso da investigação de resultados questionáveis do teste da Doble em equipamentos (tipos preenchido a óleo e seco), é desejável executar testes a várias tensões, começando com uma tensão baixa, como 1 ou 2 kV, e, sem seguida, aumentando, em incrementos, até a tensão máxima permitida. Equipamentos com tensão nominal de 15 kV e inferior Equipamentos com tensão nominal de classe 15 kV e inferior exigem um comentário especial. Deve ser enfatizado que a aplicação de tensões de teste ligeiramente acima (10% a 25%) da tensão nominal de operação linha em relação à terra não constitui um teste destrutivo, já que o isolamento do equipamento normalmente é projetado para suportar níveis de tensão consideravelmente mais altos. Analogamente, para equipamentos com preenchimento a líquido da classe 15 kV, os testes globais normalmente são feitos a 10 kV, embora essa tensão possa estar ligeiramente acima da tensão de operação nominal linha em relação à terra. Por exemplo, para equipamentos de 13,8 kV, a tensão linha em relação à terra é de aproximadamente 8 kV. Portanto, embora 10 kV possam ser aproximadamente 25% mais altos do que a tensão nominal linha em relação à terra, isso não é considerado uma tensão de teste excessiva, considerando o nível de isolamento do projeto. Sempre que surgirem dúvidas acerca das tensões de teste apropriadas para equipamentos específicos, consulte as especificações do fabricante e os padrões da indústria. Para equipamentos preenchidos a líquido com tensão nominal inferior à classe de 15 kV, a prática convencional é selecionar tensões de teste com valores inteiros convenientes abaixo da tensão nominal linha em relação à linha do sistema. Podem existir certas restrições, como no caso de transformadores de potencial linha em relação à terra com uma baixa tensão nominal no terminal neutro do enrolamento primário. 72A-2244-03 Rev. A 1-13 Testes de rotina M ar ch 1 7, 2 00 6 Equipamentos do tipo seco com tensão nominal de 15 kV ou menor são suscetíveis a danos por efeito corona (isto é, perdas por ionização) e, portanto, testes de rotina neste tipo de isolamento geralmente são realizados em várias tensões. O teste inicial é executado a uma tensão de teste baixa, como 1 ou 2 kV, e continuando, algumas vezes em incrementos intermediários, até a tensão de operação linha em relação à terra. Dependendo dos resultados de teste obtidos até o nível de operação linha em relação à terra, testes adicionais são executados ente 10% a 25% acima desse nível. A principal vantagem de fazer testes adicionais a tensões mais altas em isolamentos do tipo seco da classe 15 kV (e inferior) é que as condições de efeito corona podem ser acentuadas. Testes entre 10% a 25% acima da tensão nominal de operação linha em relação à terra não são considerados destrutivos para isolamentos em boas condições, já que estes são projetados para suportar níveis de tensão consideravelmente mais altos. Bons exemplos de equipamentos que estão sujeitos a danos por efeito corona, e para os quais são desejáveis testes em vários níveis até e excedendo a tensão nominal da linha em relação à terra são: disjuntores a sopro magnético, cabos, máquinas rotativas e transformadores de instrumentos moldados. Pára-raios Na seleção das tensões de teste apropriadas, um cuidado especial deve ser tomado com pára-raios. Pára-raios são dispositivos não-lineares e, portanto, para que seja possível comparar resultados entre unidades similares, é necessário que os testes da Doble sejam realizados nas tensões prescritas. Resumo A decisão sobre a aplicação da tensão de teste é facilmente tomada na maioria dos casos, já que a maior parte dos equipamentos possui tensões nominais bem acima de 10 kV e são isolados de acordo. Pilhas de pára-raios, constituídas de múltiplas unidades de baixa tensão, TPs com buchas neutras e o isolamento de derivação de buchas são exemplos de equipamentos em que os testes devem ser realizados a menos de 10 kV. No caso de equipamentos com tensão nominal de 15 kV ou inferior, particularmente com isolamento do tipo seco, considere incluir testes a tensões ligeiramente superiores (10% a 25%) à tensão de operação linha em relação à terra. As tensões de teste sugeridas neste manual são fundamentadas em diversos fatores, incluindo: a experiência coletiva da Doble Engineering Company e de seu grupo de clientes, informações contidas em normas de engenharia e informações e recomendações de fabricantes. Além de estar familiarizado com as informações contidas neste documento e com as recomendações específicas fornecidas para os vários equipamentos, o engenheiro de testes deve conhecer as políticas do proprietário do equipamento com relação às tensões de testes. Em última análise, a decisão final sobre a aplicação das tensões de teste é dos proprietários dos equipamentos. 1-14 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Variação do fator de potência com a temperatura Introdução As características elétricas de praticamente todos os materiais isolantes variam com a temperatura. Para podercomparar resultados de testes periódicos no mesmo equipamento em diferentes temperaturas, é necessário conhecer a maneira na qual os resultados variam com a temperatura. Em seguida, os resultados podem ser convertidos para uma base comum de temperatura e qualquer variação não considerada na conversão pode ser atribuída a alterações na condição ou outras características do isolamento. Os dados de correção de temperatura disponíveis são, no melhor das hipóteses, médias e, portanto, estão sujeitos a erros. A magnitude do erro é minimizada se os testes forem realizados em temperaturas próximas da temperatura de referência de 20 °C (68 °F). Isso nem sempre é possível em campo. Portanto, sugerimos que os testes sejam executados a qualquer que seja a temperatura normalmente encontrada. Se fatores de potência questionáveis forem registrados em temperaturas relativamente altas, o equipamento não deve ser condenado, até que possa resfriar para cerca de 20 °C e novos testes sejam executados. Isso também se aplica a equipamentos testados próximo da temperatura de congelamento, em que uma correção grande (superior a 1,00) pode provocar um resultado inaceitavelmente alto. Nesse caso, o equipamento deve ser testado novamente a uma temperatura mais alta. NOTA Como o gelo possui uma resistividade volumétrica aproximadamente 144 vezes maior do que a água, testes para detectar a presença de umidade em isolamentos não devem ser feitos quando as temperaturas dos equipamentos estiverem muito abaixo do ponto de congelamento. Os resultados dos testes de fator de potência da Doble são convertidos para uma temperatura de referência de 20 °C (68 °F) utilizando a tabulação de multiplicadores fornecidos na tabela Correção de temperatura no final desta seção. A tabela é utilizada da seguinte maneira: 1. Calcule o fator de potência do equipamento (por exemplo, uma bucha). 2. Determine a temperatura do equipamento de teste. 3. Obtenha o fator de correção apropriado correspondente à temperatura do equipamento na tabela de Correção de temperatura. 4. Multiplique (1) por (3) – veja o exemplo abaixo: 72A-2244-03 Rev. A 1-15 Buchas M ar ch 1 7, 2 00 6 Exemplo Bucha classe GK, 115 kV, da Ohio Brass Company (1) Fator de potência calculado = 0,42% (2) Temperatura ambiente = 30 °C (3) Multiplicador da tabela Correção de temperatura em 30 °C = 1,11 (4) Fator de potência corrigido para 20 °C = 0,42% x 1,11 = 0,47% NOTA As tabelas incluídas neste manual são fundamentadas em dados obtidos em isolamentos em bom estado. Um isolamento que esteja deteriorado, contaminado ou de alguma forma defeituoso, pode não ter o mesmo comportamento com a temperatura como um em bom estado. Deve-se ter prudência ao tentar corrigir para a temperatura os resultados de testes que são obviamente anormais. Parece provável que isolamentos contaminados ou deteriorados terão perdas e fatores de potência desproporcionalmente mais altos em temperaturas elevadas. A seguir, um resumo da utilização da tabela de Correção de temperatura para os vários tipos de equipamento. Buchas Nem todas as buchas necessitam correção para os efeitos da temperatura no fator de potência do isolamento. Por exemplo, as buchas de porcelana do tipo seco, preenchidas a gás ou sólidas geralmente apresentam uma alteração muito pequena no fator de potência na faixa de temperatura normalmente encontrada. Já as buchas preenchidas a óleo e composto apresentam alguma alteração no fator de potência com a temperatura, embora os efeitos da temperatura sejam diferentes para os vários tipos. Consulte a tabela Correção de temperatura para obter os multiplicadores de correção de temperatura para as buchas que dispõem de dados disponíveis. NOTA Os fatores de potência de buchas são corrigidos utilizando temperaturas ambiente. Uma importante exceção é o caso das buchas montadas em transformadores. Nesses equipamentos, a temperatura das buchas é aproximada tomando-se a média entre as temperaturas ambiente e máxima do óleo do transformador. Apenas o teste do isolamento principal da bucha (global ou C) é corrigido para os efeitos da temperatura. Os de colar quente e de isolamento da derivação não são corrigidos. 1-16 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Disjuntores GVO Os fatores de potência aberto e fechado de disjuntores GVO são corrigidos para os efeitos da temperatura exclusivamente com base no tipo da bucha instalada no disjuntor. Em outras palavras, o fabricante e o tipo do disjuntor GVO não são fatores na determinação da correção da temperatura para os testes da Doble realizados nesta classe de equipamento. É fato reconhecido que a temperatura afetará as perdas de tanque em um disjuntor. Devido às muitas variáveis envolvidas, ainda não foi desenvolvido um bom método quantitativo para corrigir as perdas de tanque para os efeitos da temperatura. Em geral, sabe-se que o Índice de perda do tanque é maior em temperaturas mais altas e esse fato deve ser levado em conta ao analisar os resultados de testes em disjuntores (para comentários sobre o TLI [Índice de perda de tanques], consulte Disjuntores GVO, Análise e interpretações, Buchas e Componentes do tanque). Transformadores de potência e distribuição preenchidos a óleo Os fatores de potência globais de isolamento de aterramento e entre enrolamentos de transformadores de potência preenchidos a óleo são corrigidos para os efeitos de temperatura utilizando a temperatura indicada no medidor de temperatura do óleo montado no tanque do transformador. Duas curvas são recomendadas para utilização com equipamentos da Doble: 1. Curva Doble (1936) para: Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (com respiro livre e mais antigos com conservador de óleo). 2. Curva do Comitê de transformadores da Doble (2002) para: Transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos selado, isolados a gás e modernos com conservadores de óleo). Os dois conjuntos de fatores de correção para transformadores de potência preenchidos a óleo são fornecidos na tabela Correção de temperatura, com os títulos das colunas identificados de acordo. Informações adicionais sobre fatores de correção de fatores de potência para transformadores de potência preenchidos a óleo podem ser encontradas na seção Transformadores de potência e distribuição do Manual de referência de dados de teste da Doble. 72A-2244-03 Rev. A 1-17 Reguladores de tensão preenchidos a óleo M ar ch 1 7, 2 00 6 Nos casos em que o medidor de temperatura máxima do óleo está defeituoso ou ausente, essa temperatura deve ser aproximada. Um método para fazer uma aproximação razoável é medir (na sombra) a temperatura do ar e a temperatura da parede externa do tanque próximo ao nível máximo do óleo. Um termômetro do tipo de contato seria conveniente para esta última medida. Em seguida, a temperatura máxima do óleo é considerada como igual à temperatura da parede do tanque mais dois terço da diferença entre a temperatura do tanque e a do ar. Exemplo Transformador de potência preenchido a óleo (selado, tensão nominal de 115/13,8 kV) Temperatura do ar = 20 °C Temperatura da parede do tanque = 26 °C Temperatura máxima do óleo = 26 + 2/3 (26 - 20) = 30 °C Multiplicador da tabela Correção de temperatura a 30 °C (Curva do Comitê de transformadores da Doble) = 0,95 Fator de potência global medido = 0,61%. Fator de potência global corrigido para 20 °C = 0,61% X 0,95 = 0,58% Embora não estejam disponíveis curvas de correção de temperatura específicas para transformadores de distribuição preenchidos a óleo, os fatores de potência globais medidos para este equipamento provavelmente deverão ser corrigidos para os efeitos da temperatura (máxima do óleo). Até que curvas específicas sejam desenvolvidas, sugerimos que os fatores de potência globais sejam corrigidos utilizando a curva: Transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos selado, isolados a gás e modernos comconservadores de óleo até 161 kV 750 kV BID). Alguma experimentação pode indicar que alguns transformadores de distribuição preenchidos a óleo, particularmente unidades mais antigas, possam ser corrigidos com mais precisão para os efeitos da temperatura pela curva: Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos respiro livre e tipos conservadores de oleo pré-1955). Como observado anteriormente, o fator de potência global ou C1 do isolamento de buchas em transformadores de potência (e de distribuição) é corrigido com base na média entre as temperaturas ambiente e máxima do óleo. Reguladores de tensão preenchidos a óleo Devem ser considerados os efeitos da temperatura no fator de potência global do isolamento de reguladores de alta tensão. Enquanto não houver dados para fabricantes e tipos específicos de reguladores de baixa tensão, sugerimos que a curva Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos respiro livre e tipos conservadores de oleo pré-1955) seja utilizada para unidades preenchidas a óleo. 1-18 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Transformadores de instrumentos preenchidos a óleo e combinações TP/TC Os fatores de potência globais medidos de transformadores de instrumento preenchidos a óleo são convertidos para 20 °C, utilizando os multiplicadores relacionados na tabela Correção de temperatura em Transformadores de instrumentos preenchidos a óleo, correspondente à temperatura máxima do óleo. Estes multiplicadores são utilizados da mesma maneira descrita para os transformadores de potência preenchidos a óleo. Sugerimos que, para os modernos TPs e TCs a óleo com tensão nominal de 220 kV ou superior, pode ser mais apropriado corrigir para temperatura utilizando a curva de transformador de potência identificada como: Transformadores finos preenchidos a óleo (tipos selado, isolados a gás e com conservadores modernos). Se a temperatura máxima do óleo não estiver disponível diretamente, ela pode ser aproximada utilizando o método descrito para transformadores de potência preenchidos a óleo. A experiência indica que, a não ser que haja uma repentina alteração na temperatura ambiente que provoque uma diferença na temperatura do óleo do transformador, outra aproximação razoável é considerar que a temperatura máxima do óleo e a do ar são as mesmas. Transformadores preenchidos a ascarel Os resultados dos testes para estes transformadores são corrigidos para os efeitos de temperatura da mesma maneira descrita para transformadores de potência preenchidos a óleo. Os fatores de potência globais de todos os transformadores preenchidos a ascarel são corrigidos utilizando os multiplicadores relacionados na coluna Ascarel e transformadores preenchidos a ascarel na tabela Correção de temperatura. Líquidos isolantes (óleo e ascarel) Os fatores de potência medidos para amostras óleo e ascarel isolantes são convertidos para 20 °C utilizando os multiplicadores relacionados na tabela em Óleo e transformadores finos preenchidos a óleo (tipos respiro livre e tipos conservadores de oleo pré-1955) e Ascarel e transformadores preenchidos a ascarel, respectivamente, e correspondentes à temperatura registrada em um termômetro do tipo imersão após o teste na amostra. 72A-2244-03 Rev. A 1-19 Transformadores de potência e distribuição do tipo seco M ar ch 1 7, 2 00 6 Exemplo Amostra de óleo Temperatura da amostra = 30 °C Multiplicador da tabela Correção de temperatura a 30 °C = 0,63 Fator de potência medido = 0,28% Fator de potência corrigido para 20 °C = 0,63 x 0,28 = 0,18% Embora relativamente completa, a tabela Correção de temperatura não inclui multiplicadores para conversão de fatores de potência de todos os isolamentos de equipamentos que são testados atualmente. Isso se deve, em alguns casos, à falta de dados suficientes sobre os efeitos da temperatura no tipo específico de isolamento e, em outros casos, à experiência que indica que os efeitos da temperatura são desprezíveis na faixa de temperaturas encontradas em campo. Alguns desses são abordados rapidamente a seguir. Transformadores de potência e distribuição do tipo seco Devem ser considerados os efeitos da temperatura no fator de potência do isolamento de transformadores de potência e distribuição do tipo seco. Faltam dados para fabricantes e tipos específicos de transformadores do tipo seco. Disjuntores a sopro magnético e a ar de baixa tensão A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que estes equipamentos são testados apenas uma pequena correção de temperatura, se alguma, é necessária. Chaves de óleo, religadores e seccionadores A experiência até esta data indica que não é necessário corrigir as medições de perda dielétrica e fator de potência para a faixa de temperaturas normalmente encontrada para estes equipamentos. Disjuntores a vácuo e religadores A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que estes equipamentos são testados apenas uma pequena correção de temperatura, se alguma, é necessária. 1-20 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Cabos Os multiplicadores para isolamentos de cabos não estão relacionados na tabela Correção de temperatura. Isso não é uma omissão séria no caso dos modernos isolamentos de cabos, que geralmente apresentam uma característica relativamente constante de fator de potência versus temperatura na faixa normal de temperaturas de operação. Testes de colares A experiência indica que os efeitos da temperatura nos resultados dos testes de colares quentes podem ser desprezados, sem prejudicar a capacidade do teste de detectar falhas em buchas, terminais e isolamentos. Capacitores de gradiente e contato (para disjuntores) A correção dos efeitos da temperatura pode ser necessária em certos tipos e tensões nominais de capacitores de gradiente e contato em disjuntores de AT e EAT. Informações sobre tipos específicos podem ser encontradas na seção Disjuntores do Manual de referência de dados de teste da Doble. TPs capacitivos A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que estes capacitores são testados apenas uma pequena correção de temperatura, se alguma, é necessária. Isoladores de porcelana, componentes de madeira e buchas de porcelana do tipo seco A experiência indica que os efeitos da temperatura nos resultados dos testes de perda dielétrica e fator de potência podem ser desprezados, sem prejudicar a capacidade do teste de detectar falhas em isoladores de porcelana, buchas de porcelana do tipo seco e componentes de madeira. Máquinas rotativas Os testes no isolamento de máquinas rotativas normalmente são executados em ambientes internos ou próximos à temperatura ambiente. A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que estes equipamentos são testados apenas uma pequena correção de temperatura é necessária. Pára-raios A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que os pára-raios são testados apenas uma pequena correção de temperatura, se alguma, é necessária. 72A-2244-03 Rev. A 1-21 Pára-raios M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.14 Tabela de multiplicadores – Tabela 1 de 4 1-22 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.15 Tabela de multiplicadores – Tabela 2 de 4 72A-2244-03 Rev. A 1-23 Pára-raios M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.16 Tabela de multiplicadores – Tabela 3 de 4 1-24 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Figura 1.17 Tabela de multiplicadores – Tabela 4 de 4 72A-2244-03 Rev. A 1-25 Introdução M ar ch 1 7, 2 00 6 Escoamento superficial Introdução O teste da Doble é uma ferramenta de diagnóstico de pesquisa para avaliação da condição de isolamento. É um conceito fundamental que alterações na qualidade do isolamento (qualquer que sejao motivo ou a causa) resultam em alterações mensuráveis em uma ou mais das características elétricas de um sistema de isolamento, tal como perda dielétrica, capacitância e fator de potência. Portanto, com a medição periódica desses importantes parâmetros elétricos, as alterações na integridade do isolamento são reveladas. (Este conceito supõe que não há variáveis que possam distorcer a análise). Infelizmente, nem sempre os testes da Doble podem ser feitos rotineiramente nas condições normalmente mais preferidas, já que o equipamento está localizado externamente. Há duas variáveis ambientais que não podem ser facilmente controladas, que são a temperatura e a umidade (também a umidade combinada com poluentes do ar). Os efeitos da temperatura podem ser, até certo grau, considerados submetendo as amostras dos materiais ou sistemas isolantes a variações de temperatura controladas e, em seguida, medindo as alterações nas características elétricas. Dessa maneira, as tabelas de correção de temperatura podem ser derivadas. Este assunto é abordado em mais detalhes nesta seção em "Variação do fator de potência com a temperatura" na página 1-15. Por outro lado, os efeitos da umidade são mais difíceis de considerar, pois nos testes da Doble, por sua vez, eles estão relacionados a outras variáveis como: • Medição UST x GST Exceto em condições extremas, o escoamento superficial para a terra tem um efeito mínimo nos testes executados no modo UST. Portanto, embora os testes globais nos equipamentos possam ser influenciados pelo escoamento superficial nas buchas, a medição UST no isolamento C das buchas não será afetada significativamente. Consulte "Buchas" na página 1-16. • A influência do escoamento superficial pode ser desprezível ao testar um equipamento de grande capacitância (como um transformador de potência), já que as perdas "normais" do equipamento podem ser bem altas em comparação às perdas por escoamento superficial. Por outro lado, o mesmo grau de escoamento superficial pode ser significativo para um equipamento de baixa perda, como um pára-raios ou bucha. 1-26 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 • Transformadores de potência, devido ao calor que geram, são capazes de dissipar a umidade de superfície mais eficientemente do que equipamentos que não operam a temperaturas significativamente acima da ambiente. Observe que a umidade atmosférica não se condensará em superfícies mais aquecidas tão rapidamente quanto nas mais frias. • Uma umidade moderada de superfície pode não ser um problema para o teste se a superfície do equipamento estiver limpa. As perdas de superfície podem ser significativamente maiores se, além da umidade, a superfície estiver suja com fuligem, cinzas, pó de pedra, etc. • Equipamentos fisicamente menores podem ser mais afetados pelo escoamento superficial. Por exemplo, ao testar duas buchas de diferentes tensões nominais, as perdas por escoamento superficial podem não ser tão altas na bucha de maior dimensão, pois a mesma tensão de teste é aplicada ao longo de um caminho de fuga maior. Portanto, não é possível desenvolver fatores de correção que levem em conta os efeitos do escoamento superficial e da umidade. As seguintes diretrizes gerais podem ser utilizadas para descrever a umidade relativa: • Abaixo de 50% – Baixa • 50% a 70% – Média • Acima de 70% – Alta O engenheiro de testes deve reconhecer os efeitos do escoamento superficial (devido a umidade, sujeira, etc.) e ser capaz de lidar razoavelmente com as várias situações que podem surgir. Alguns casos podem ser tratados com relativa facilidade, com pouco ou nenhum estudo ou esforço para o controle do escoamento superficial. Outros podem exigir um pequeno esforço extra para produzir bons resultados de teste. Deve também ser reconhecido que haverá situações em que será melhor adiar os testes para outro dia. Há duas abordagens básicas para minimizar os efeitos do escoamento superficial: 1. Limpar e secar as superfícies externas expostas (normalmente porcelana) para reduzir as perdas. 2. Empregar colares GUARD para desviar as correntes de escoamento superficial indesejáveis do circuito de medição. Fica aparente que uma combinação de ambas as abordagens será a mais eficaz. 72A-2244-03 Rev. A 1-27 Limpeza da superfície M ar ch 1 7, 2 00 6 Limpeza da superfície Limpar com um pano limpo e seco uma superfície de porcelana úmida/suja pode ser eficaz, desde que a quantidade dessa contaminação não seja muito grande. Às vezes, a limpeza da superfície simplesmente espalha a contaminação e pode até aumentar as perdas de superfície. Nesses casos, pode ser necessário aplicar uma cera à base de silicone, cera sólida ou graxa (após a remoção da sujeira da superfície) para romper os caminhos condutivos. Solventes podem ser usados para ajudar a limpar superfícies manchadas ou incrustadas com partículas de materiais como sujeira, fuligem, etc. Após evaporação, os solventes tendem a resfriar uma superfície da porcelana e isso, por sua vez, pode aumentar a condensação de umidade. Portanto, solventes não devem ser usados onde o problema for apenas de condensação da umidade. Calor é um excelente método para reduzir o escoamento superficial devido a umidade. Lâmpadas infravermelhas e exaustores de ar quente foram utilizados com sucesso. Nos casos particulares dos testes de colar quente e três eletrodos, ou outros testes que envolvam caminhos de fuga relativamente curtos entre os eletrodos energizados e de medição, a aplicação de calor por um período de tempo relativamente curto normalmente é tudo que é necessário para elevar a temperatura da superfície e secá-la durante um tempo suficiente para que seja feito um bom teste. 1-28 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 Colares GUARD Os colares GUARD (individualmente ou em conjunto com a limpeza da superfície) são um método muito eficaz de lidar com o escoamento superficial. O princípio básico da utilização de colares GUARD é colocá-los muito próximos (mas não tocando) ao terminal de baixa tensão do equipamento. Observe que para o teste GST (teste de equipamento aterrado), o terminal de baixa tensão é aterrado (consulte a Figura 1.18a). Para uma medição UST (Figura 1.18b) o colar GUARD é aterrado. Os colares condutores de borracha fornecidos com os conjuntos de teste da Doble são apropriados para utilização como colares GUARD. Eletrodos de outros materiais condutivos (como laminados de alumínio ou fio de cobre trançado) podem ser fabricados para esta aplicação. Figura 1.18 Aplicação de colares GUARD de superfície * Conecte ao terminal GUARD ao terminal de saída do cabo de alta tensão ou ao cabo de BT no modo PROTEÇÃO. ** Faça uma conexão com o aterramento de teste ou conecte ao terminal de aterramento ou ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de alta tensão. 72A-2244-03 Rev. A 1-29 Colares GUARD M ar ch 1 7, 2 00 6 A Figura 1.19 ilustra a utilização do colar GUARD ao realizar um teste global em um equipamento conectado por meio de uma bucha. Os colares GUARD, quando necessários, devem ser colocados em todas as buchas energizadas. Por exemplo, com relação aos disjuntores GVO, os colares GUARD são colocados em ambas buchas do tanque para o teste de disjuntor fechado. Figura 1.19 Aplicação GUARD de superfície para testes globais de buchas * Conecte ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de alta tensão ou ao cabo de BT no modo GUARD. 1-30 72A-2244-03 Rev. A Procedimentos de teste da Doble M ar ch 1 7, 2 00 6 A Figura 1.20 ilustra a utilização de colares GUARD para testes de colar quente em buchas e terminais. Figura 1.20 Aplicação de colares GUARD para testes de colar quente em buchas e terminais * Conecte ao terminal GUARD ao terminal de saída do cabo de alta tensão ou ao cabo de BT no modo GUARD. ** Faça uma conexão com o aterramento de teste ou conecte ao terminal
Compartilhar