Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.portaleducacao.com.br 1 PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação WEB DESIGNER www.portaleducacao.com.br www.portaleducacao.com.br 2 Treinamento Funcional | Portal Educação Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. WEB DESIGNER www.portaleducacao.com.br www.portaleducacao.com.br 1 SUMÁRIO MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO AO MÓDULO I 2 ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO 2.1 ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 2.2 NAVEGABILIDADE 2.3 WIREFRAME MÓDULO II 3 INTRODUÇÃO AO MÓDULO II 4 USABILIDADE 4.1 A IMPORTÂNCIA DOS USUÁRIOS EM PROJETOS WEB 4.2 COMO ATINGIR O OBJETIVO DE UM SITE EM MENOS CLIQUES 4.3 USABILIDADE PARA ADEQUADO FUNCIONAMENTO DO SITE 4.4 ACESSIBILIDADE NA WEB 4.4.1 Acessibilidade física e virtual 4.4.1.1 Desenho Universal 4.4.1.2 Tipos de deficiência MÓDULO III 5 INTRODUÇÃO AO MÓDULO III 6 INTERFACE 6.1 TEORIA DAS CORES 6.1.1 Cores primárias, secundárias e complementares e tonalidade das cores 6.1.2 O significado das cores na Publicidade 6.1.2.1 Combinações de cores eficazes 6.1.2.2 Combinações não eficazes de cores 6.1.3 O significado das cores em nossas vidas 6.1.4 As cores na Web www.portaleducacao.com.br 2 6.1.4.1 Padrão de cores RGB 6.2 ESTRUTURANDO UM SITE 6.3 IMAGENS 6.3.1 Tipos de extensões para utilizar em imagens MÓDULO IV 7 INTRODUÇÃO AO MÓDULO IV 8 COMO MONTAR UM LAYOUT 8.1 PROCESSO DE CRIAÇÃO 8.1.1 Photoshop 8.2 DESENVOLVIMENTO 8.3 FATIANDO UM LAYOUT 8.3 HTML5 BÁSICO 8.4 CSS3 BÁSICO 8.4.1 Folha de estilo importada 8.4.2 Folha de estilo incorporada ou interna 8.4.3 Folha de estilo inline 8.5 DREAMWEAVER 9 INTRODUÇÃO AO MÓDULO V 10 TESTE DE USABILIDADE 10.1 AVALIAÇÃO HEURÍSTICA 10.1.1 Heurísticas segundo Nielsen e Molich 10.1.2 Heurística segundo Bastien e Scapin 10.1.3 Técnica Think Aloud REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.portaleducacao.com.br 3 MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO AO MÓDULO I Bem vindo ao módulo 1 do curso Web Design. Neste módulo você vai conhecer conceitos de Arquitetura de Informação, além de compreender a melhor maneira de trabalhar com a organização delas em meios on-line. Claro que não podemos nos esquecer de apresentar conceitos sobre o esqueleto da organização das informações, ou seja, os wireframes. Uma técnica incrível que vai nos ajudar na construção final de um projeto de website. Enfim, tudo o que você precisa saber sobre Arquitetura da Informação, você vai encontrar neste módulo. Preparado para navegar neste mar de informação? Então vamos lá! 2 ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO Você sabia que a sobrecarga de informação em mídia on-line, especificamente websites, pode trazer complicações psicológicas e sociais para os usuários? Dia após dia somos soterrados por um número infinito de informações. Placas de trânsito, televisão, rádio, internet, todos querem passar algum tipo de mensagem. Parte dessas informações é útil para nós, mas será que precisamos mesmo dessa quantidade imensa de informação que nos sufoca a todo o momento? Você consegue assimilar toda a informação que precisa nesse emaranhado de hiperinformação? O psicólogo britânico Davis Lewis batizou os efeitos psicológicos e sociais da sobrecarga da informação sobre um indivíduo de síndrome da fadiga da informação. Alguns efeitos citados pelo autor são: www.portaleducacao.com.br 4 É por isso que a Arquitetura da Informação é útil para projetos on-line, justamente para simplificar o que é complexo. A arquitetura da informação é a organização e rotulação de websites, intranets, comunidades on-line e software oferecendo suporte à usabilidade e facilidade na busca da informação. Seu desafio é definir modelo de interação do usuário com a informação para que o usuário consiga encontrar e compreender as informações que necessita e desempenhar suas tarefas com facilidade. Você sabe o que são rótulos em website? Os rótulos dos links, situados em barras de navegação, ou dentro de textos e títulos das páginas, são normalmente palavras curtas que resumem o conceito da página à qual serão remetidas. Podem ser também uma imagem ou um ícone que passe a ideia do conteúdo que será obtido. Os rótulos de uma mesma área devem também ter a mesma abrangência dentro de uma área de conhecimento ou atividade. Por exemplo, "legumes", "verduras", "frutas" separados de "pera", "laranja", "banana". É importante manter a coerência de tempos verbais (todos no infinitivo ou todos no imperativo), o mesmo estilo no uso de cores, as mesmas famílias de ícones, os www.portaleducacao.com.br 5 mesmos tamanhos de fontes. Uma boa rotulação frequentemente pode suprir os problemas de uma estruturação deficiente. Segundo Louis Rosenfeld e Peter Morville (2003), a aplicação da Arquitetura da Informação surgiu para facilitar a vida dos usuários. Informação certa, pela pessoa certa, no momento certo. Como você pode notar na ilustração a seguir, antes da utilização desta técnica, as informações seguiam “bagunçadas”; e pelo acúmulo dessas informações desencontradas, a capacidade de gerenciamento delas se tornava cada vez mais lenta. Após a aplicação da Arquitetura da Informação, as informações transitam e chegam mais rápidas aos olhos do usuário. FIGURA 1 - ANTES DA UTILIZAÇÃO DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO, AS INFORMAÇÕES SEGUIAM “BAGUNÇADAS” Segundo Morville (2004), a Arquitetura de Informação afeta diretamente os custos de procurar uma informação e não encontrá-la, os custos de construção e www.portaleducacao.com.br 6 manutenção dos websites, os custos de treinamentos de funcionários e até a valorização da marca. Segundo o autor Nielsen Norman Group (2001), aproximadamente 27% de insucessos das vendas de um website de comércio eletrônico são porque os usuários não conseguem encontrar os produtos que procuram. Na prática, o trabalho do arquiteto de informação é balancear as características e as necessidades dos usuários, do conteúdo e do contexto. Segundo John Shiple, existem algumas etapas para uma eficiente Arquitetura de Informação. São elas: objetivos do site – precisamos coletar as opiniões dos clientes ou parceiros, e organizá-las em uma ordem de importância balanceada e coerente; público-alvo – uma vez que esteja claramente definido, você pode começar a organizar o seu futuro site em páginas de conteúdo e funções que vai precisar ter; criatividade – onde você começa a construir a estrutura (formar o esqueleto, mapear a navegação, desenhar esboços, fazer simulações, e estar pronto para construir). Vamos analisar o primeiro item, objetivo do site. O primeiro passo no procedimento da Arquitetura da Informação é definir os objetivos do site. Parece óbvio, mas pense em quantos sites sem estrutura podemos encontrar na internet hoje. Você acha que os desenvolvedores realmente pensaram sobre seus objetivos? A resposta é simples e direta: NÃO. Geralmente os desenvolvedores não se preocupam com o objetivo do site; eles criam o site e disponibilizam na internet e o que acontece? É um fracasso total. Existem alguns questionamentos que são utilizados para chegarmos ao real objetivo do site: qual é a missão e o propósito da organização? quais são os objetivos de curto prazo e de longo prazo do site? quais são os públicos-alvo? por que as pessoas irão visitar o site? Após coletar todas essas informações, filtre as respostas. Você conseguiu um montede respostas para as questões. Agora precisa criar ordem para as respostas, www.portaleducacao.com.br 7 transformando-as em objetivos/metas ordenados pelo grau de importância. Essa etapa é muito importante para a construção de um website, você pode perder muitos usuários se esse grau de importância para a visualização das informações não estiver bem traçado, juntamente com o cliente, pois ele é quem vai ajudar a priorizar informações. Próximo passo é definir o público-alvo. Depois de descobrir por que um site deve ser construído, o segundo aspecto mais importante ao projetar a arquitetura da informação é determinar quem é o público-alvo. Muitos sites nem sequer levam em consideração quem os estará visualizando. Na próxima etapa, deverá ser feito o agrupamento em blocos dos conteúdos. Ou seja, quando há várias informações sobre notícias, newsletter etc. agrupar em um local específico; quando se trata de contato, fale conosco etc. em outro e assim por diante. Nesta etapa também são escolhidos os componentes do site, se as páginas serão dinâmicas (atualizações feitas pelo cliente), ou estáticas (somente quem domina as meta tags poderá atualizá-las), além das funcionalidades necessárias, como, por exemplo, página de login, assinatura de boletins, formulários, etc. Pense na estrutura do site como um esqueleto. Sem uma boa estruturação, o seu site se torna uma bagunça desordenada. 2.1 ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES Você quer um site desorganizado, desagradável, difícil de usar? Não! Você quer um site altamente estruturado, organizado e fácil de usar, podemos dizer que um site bem estruturado pode “andar sozinho”. Para estruturar um site de maneira hierárquica, você precisa de uma "listagem da estrutura do site". É uma lista separada em seções e grau de importância, que vai ajudar a definir a melhor localização dos conteúdos no site. Sabemos que nosso primeiro olhar em um site é da esquerda para a direita e de cima para baixo, então “esculpimos” a lista em grau de prioridade para identificar a melhor localização dos conteúdos mais relevantes. Para entender melhor, observe a imagem a seguir, e veja a melhor maneira de se criar uma listagem da estrutura do site. No exemplo a seguir, www.portaleducacao.com.br 8 a Seção 1 é o conteúdo de maior relevância para visualização no site, assim, este bloco de informação deve se posicionar prioritariamente na hora da elaboração do wireframe, ou seja, na melhor visualização do usuário, e assim consecutivamente. FIGURA 2 - EXEMPLO DE MELHOR MANEIRA DE SE CRIAR UMA LISTAGEM DA ESTRUTURA DO SITE FONTE: Autoria própria. Vamos pensar? Como os usuários irão percorrer o seu site? Como prevenir para que não se percam? Reflita sobre o assunto. www.portaleducacao.com.br 9 A melhor maneira de percorrer um website e prevenir que os usuários não se percam, é por meio do sistema de navegação. Com um eficiente Mapa de Navegação, podemos solucionar problemas de páginas quebradas, ou desencontradas. 2.2 NAVEGABILIDADE Mas o que é Mapa de Navegação? Vamos analisar a figura a seguir: FIGURA 3 - MAPA DE NAVEGAÇÃO FONTE: Autoria própria. Como você pode notar, todo o site é rodeado por páginas lineares ou não lineares, interligadas. Isso quer dizer, navegação, uma página leva a outra que leva a outra, que volta novamente à principal e assim por diante. www.portaleducacao.com.br 10 E como podemos nos assegurar que nosso usuário não irá se perder? A resposta é: planejando um mapa de navegação. Assim, o desenvolvedor saberá para onde o usuário será levado, se o mesmo clicar em determinado hiperlink. Lembrando que é sempre muito importante o usuário conseguir retornar à página inicial do site com muita facilidade. Segundo Vaughan, podemos considerar quatro estruturas fundamentais de navegação: linear – o usuário navega sequencialmente de página para página; hierárquica – o usuário navega por ilhas de informações, seguindo a orientação lógica do conteúdo; não Linear – o usuário navega livremente por todo o conteúdo; composta – o usuário navega livremente, mas existem situações com restrições. FIGURA 4 - NAVEGAÇÃO LINEAR FONTE: Autoria própria. FIGURA 5 - NAVEGAÇÃO HIERÁRQUICA FONTE: Autoria própria. www.portaleducacao.com.br 11 FIGURA 6 - NAVEGAÇÃO NÃO LINEAR FONTE: Autoria própria. FIGURA 7 - NAVEGAÇÃO COMPOSTA FONTE: Autoria própria. A interação de uma aplicação aumenta quando há possibilidade de efetuar ligações entre conteúdo. www.portaleducacao.com.br 12 Vamos praticar? Pesquise um site na internet que você considere com má arquitetura de informações. Reestruture-o em seções, facilitando a vida do usuário. Você pode sugerir a troca de menu, o agrupamento das seções, a troca de rótulos, etc. Forme uma listagem da estrutura desse site, seguindo um grau de importância sugerido por você. Seja bastante crítico! Tenho certeza que você nunca mais vai olhar os websites com os mesmos olhos! 2.3 WIREFRAME Você já ouviu falar sobre wireframe? O wireframe é um documento fundamental para o trabalho do arquiteto de informação, sua função é estruturar o conteúdo de cada página, indicando o peso e relevância de cada elemento do layout e sua relação com os demais elementos formadores do todo. Você se lembra que anteriormente falamos sobre o grau de importância dos blocos de informação? Pois bem, agora é a hora de aplicar os blocos no local mais adequado, conforme a importância de cada um. O wireframe indica também a correta marcação de textos, navegação, e até os recursos de programação e tecnologia a serem utilizados pela equipe de produção. Além desta função estrutural, o wireframe também é utilizado para marcação das etapas de um processo de interação entre usuário e sistema, como as etapas de uma compra on-line, por exemplo, que vão da busca pelo produto, escolha de um dos resultados, confirmação de intenção, preenchimento do cadastro e opção de pagamento. Como dizemos, o wireframe é como um esqueleto, que demonstra de forma direta a arquitetura de como os objetos ficarão na tela de acordo com as especificações relatadas. www.portaleducacao.com.br 13 Ele é elaborado para organizar os elementos que entrarão na composição do projeto final, no entanto, deve ser feito da maneira simples sem a utilização de cores ou imagens. Na construção do wireframe, o arquiteto da informação busca representar esquematicamente todos os elementos que compõem a página: imagens, textos, formulários, animações, mecanismos de busca, etc. Agora, vamos analisar dois tipos diferentes de wireframes, um trabalho mais aberto (com baixo detalhamento) e outro com detalhes mais especificados pelo arquiteto da informação. O primeiro é um documento com baixo detalhamento e pouca influência no trabalho dos designers e das demais equipes do projeto. Ele traz apenas uma marcação de blocos de conteúdo, deixando mais liberdade para os designers. FIGURA 8 - TIPO DE WIREFRAME COM BAIXO DETALHAMENTO FONTE: Autoria própria. www.portaleducacao.com.br 14 Como você pode notar no exemplo, neste modelo de wireframe, o arquiteto da informação divide a página em blocos contendo o Topo, Banner Rotativo, Menu, Divulgação, Notícias e o Rodapé, que conterá o contato da empresa e as redes sociais disponíveis. O wireframe está simples e com isso o designer poderá deixar fluir sua criatividade seguindo as marcações do arquiteto. Nesse caso, o designer terá mais liberdade, mas também mais responsabilidade em cima de um projeto. Já o segundo modelo apresenta alto grau de detalhamento dos componentes da página e utiliza vários elementos gráficospara representá-la. Este modelo de wireframe é muito útil no desenvolvimento de um site e também em sua documentação posterior, para futuras consultas. Além, é claro, de valorizar o trabalho desenvolvido pelo arquiteto de informação. Vamos observar: FIGURA 9 - TIPO DE WIREFRAME COM ALTO DETALHAMENTO FONTE: Autoria própria. www.portaleducacao.com.br 15 É só observar atentamente o segundo wireframe e já visualizamos algumas questões que envolvem as competências de um arquiteto de informação, tais como conhecimentos básicos de design, tecnologia, programação e redação. O arquiteto não tem a obrigação de ser especialista em cada uma destas especialidades. Entretanto, o conhecimento dos principais conceitos de cada uma delas sem dúvida enriquece o wireframe e apresenta à equipe de produção um projeto mais estruturado. O wireframe pode contribuir com a usabilidade de um site no momento em que ele está sendo construído. Deverão constar em sua documentação alguns procedimentos de auxílio ao usuário do site, como maior rapidez de obtenção de resultados, controle sobre o modo de exibição do conteúdo, menus e links sempre visíveis, padronizados e inteligíveis, além de ser desenhado de maneira que o usuário utilize o menor número de cliques possíveis até alcançar a informação necessária. Por fim, é na construção do wireframe que o arquiteto vai garantir que todas as páginas mantenham a mesma identidade gráfica, padronizada, e uma presença de marca relevante para o site. Você já pensou nas vantagens e riscos desse documento? Vamos primeiro conhecer os riscos. Esse documento pode não atender as expectativas dos clientes, empresas ou instituições, que não entendem as marcações que o documento oferece. Os clientes preferem aprovar layouts prontos, por serem peças com grande impacto gráfico. Mas se houver alguma alteração, o projeto deve ser refeito inteiro. Outro fator pelo que corremos com a utilização do wireframe é a acomodação da equipe de criação de modo que os designers, por insegurança, não mais inovem em seus projetos e sigam somente as indicações do wireframe. E esse não é o objetivo deste documento, o arquiteto da informação não quer limitar a criatividade dos designers, mas sim, ajudá-los a planejar a melhor maneira para adequar as informações na tela. A escala em que será construído o wireframe, e posteriormente o site, pode gerar desencontros de entendimento da relevância de cada elemento na composição da página e seu impacto de visualização. Por isso, é necessário utilizar as medidas reais na elaboração e planejamento deste documento. O último risco que quero destacar é em relação ao tempo, educação e insistência de uso até tornar-se corretamente entendido pelos profissionais envolvidos nas etapas de cada projeto. www.portaleducacao.com.br 16 Agora que conhecemos os riscos, precisamos analisar as suas vantagens, mas tenho certeza que as vantagens superam os riscos, por isso sua importância na construção de websites está crescendo cada vez mais. O wireframe facilita a aplicação de conceitos de usabilidade, já que será analisado cada elemento que será disponibilizado na página. Auxilia a equipe na tarefa de produzir o site de maneira mais rápida, padronizada, eficiente e o melhor, simultaneamente, ou seja, por meio das especificações apresentadas no documento, o designer pode trabalhar separadamente do desenvolvedor. Após a implantação do site, os wireframes auxiliam nos testes de usabilidade e mostram efetivamente o que deve ser refeito em cada uma das páginas. Funciona também como uma documentação do site e deve ser consultado antes de cada modificação posterior, para prevenir impactos na arquitetura de informação e funcionalidade. Você pode criar seus wireframes em qualquer software que permita o mínimo de organização de elementos geométricos e textos, porém, existem alguns que facilitam este trabalho. Segundo Anamaria de Moraes (2008), a produção de wireframes é uma etapa essencial para uma visualização mais concreta do que será o projeto, auxiliando não apenas na estruturação hierárquica das informações, mas também no próprio desenvolvimento da interface gráfica. A autora cita ferramentas da web que otimizam a produção de wireframes. São elas: iPlotz – é uma ferramenta muito bacana, que pode ser usada na web e também instalada no seu computador. Ele permite que você exporte e visualize seu wireframe em HTML, utilize recursos de grid e ainda possibilita que outra pessoa o acesse. A interface desta ferramenta é bem intuitiva, seguindo um padrão de clique e arraste. Sua versão free permite gerenciar um projeto por vez; Mockflow – assim como a anterior, o Mockflow limita as contas free para apenas um projeto por vez e com no máximo quatro páginas. Sua principal vantagem é a versatilidade, ela oferece alguns recursos gráficos para desenvolver wireframes voltados para iPad, iPhone, Facebook e Android; www.portaleducacao.com.br 17 Pidoco – possui uma interface muito amigável, semelhante ao iPlotz. Ele permite criar wireframes com fluxo e, assim como o Mockflow, oferece recursos para plataformas mobile e recursos para teste de usabilidade. O legal é que estão oferecendo um mês de trial (período de teste) para novos usuários; Cacoo – é uma ferramenta totalmente free, bem simples e fácil de usar. O Cacoo permite que você compartilhe o seu projeto e mantenha conversas online (chat) em tempo real com membros da equipe; MockingBird – esta é outra ferramenta free, um pouco mais simples, mas ainda assim bem parecida com o Cacoo. Funciona no Safari, Firefox e no Chrome. O curioso é que consegui o MockingBird sem estar cadastrado no site. Ela pode ser uma ferramenta bem rápida quando você estiver sem tempo; Fireworks, Illustrator, Corel Draw e outros – você não necessariamente precisa utilizar programas específicos para desenvolver wireframes; eles podem ser desenvolvidos utilizando ferramentas gráficas como o Illustrator e o Corel, por exemplo. Mas, às vezes, os prazos são curtos e algumas das ferramentas que listei anteriormente oferecem recursos que permitem mais rapidez na produção e na avaliação do wireframe por membros da equipe. Mas, escolha o software que você tem mais afinidade. Antes de escolher seu software favorito, rabisque à mão, abuse, viaje dentro do seu futuro site. Finalizando Chegamos ao final deste módulo, espero que você tenha compreendido a importância da Arquitetura da Informação e da organização de conteúdos para disponibilizar na web, bem como as vantagens da utilização do Mapa de Navegação e do wireframe. Os usuários dos dias atuais estão cada vez mais exigentes, por isso temos o dever, como bons webdesigners, de proporcionar o melhor do mundo web para eles. Então, por que não começarmos a utilizar essas teorias em práticas e deixar nossos usuários cada vez mais contentes! www.portaleducacao.com.br 18 MÓDULO II 3 INTRODUÇÃO AO MÓDULO II Neste módulo, vamos abordar conceitos de usabilidade na web e entender o porquê de a usabilidade estar sendo tão comentada ultimamente. Nesta imensa “teia”, que é a internet, os usuários estão cada vez mais perdidos com o acúmulo de informações que são jogadas a todo o momento. Como resolver esse problema e promover a visualização das informações correta no nosso site? Poucos desenvolvedores de site se preocupam com o usuário, por isso este módulo é de extrema importância para a sua formação, é o seu diferencial. Pensar no usuário e também no percurso que ele vai seguir é a sua função neste curso. Os profissionais da área de web pulam esta parte e correm para o layout e o desenvolvimento, isso é um erro, pois existem muitos processos antes de se iniciar o layout em si, como a arquitetura de informação, o mapa de navegação,o wireframe e agora a usabilidade, a qual está amarrada com a arquitetura de informação. Vamos conferir? www.portaleducacao.com.br 19 4 USABILIDADE Facilitar, otimizar, simplificar e melhorar são verbos que norteiam o conceito de usabilidade. Usabilidade é sinônimo de flexibilidade e de maior interação. Mas, afinal, o que é a usabilidade? Usabilidade é característica daquilo que é funcional e simples. É tornar óbvio o óbvio, tendo em vista as necessidades do usuário e o contexto em que está inserido. FIGURA 10 - USABILIDADE FONTE: Disponível em: <http://www.sxc.hu/>. Acesso em: 15 jul. 2013. A norma ISO 9241-11 define a usabilidade como a efetividade, a eficiência e a satisfação com que usuários específicos atingem objetivos específicos em ambientes particulares. A usabilidade na internet une-se aos estudos da Interação Humano- Computador (IHC) e seu foco principal é a interação dos usuários com websites e sistemas da web. As interfaces devem ser desenvolvidas de modo a garantir a qualidade e a eficiência de um site. A usabilidade é um estudo que envolve a engenharia de software, desenvolvimento de telas, e estudo de uso da aplicação em si. Este termo indica o quanto o software, site ou uma tela qualquer pode ter facilidade de uso ou não. Saber construir uma tela de modo que ela seja relativamente fácil de usar para qualquer tipo www.portaleducacao.com.br 20 de usuário, experiente ou inexperiente com a Internet, não é algo simples e requer muito estudo. Tornar um site simples para usuários inexperientes e ao mesmo tempo interessante para usuários já acostumados com a web não é tarefa fácil e exige do desenvolvedor cuidados redobrados para conseguir atingir de maneira eficaz todo o público sem restrição. Para Nielsen (1999), nem sempre o meio está sendo usado para facilitar a vida do usuário e não é raro ver pessoas frustradas ou perdidas em sites mal feitos. Segundo Steve Krug (2003), entre outros comportamentos, vale destacar que os usuários fazem um scan das páginas a procura do que precisam ou de uma indicação rápida do que fazer, assim como nós quando andamos por uma rua olhamos coisas que nos atrai, ignorando grande parte dos outros elementos. Para refletir! Vamos analisar uma página. Será que essa página tem uma boa usabilidade por ser simples? Será que ela atende todos os requisitos que estamos tratando? Será que você consegue distinguir sobre o que ela trata? FIGURA 11 - FALTA DE USABILIDADE DE PÁGINA FONTE: Disponível em: <http://www.2atoms.com/comedy/worstoftheweb/blount.htm>. Acesso em: 5 ago. 2013. Pois é, tarefa difícil, não é mesmo? Por isso temos que tratar um website com muito cuidado, para não confundir seu usuário. www.portaleducacao.com.br 21 Como já falamos anteriormente, os princípios de usabilidade vêm sendo muito comentados nos dias atuais, no entanto, a teoria ainda não se juntou à prática, pois muitos sites da Web ainda não seguem esses princípios, seja por inabilidade técnica ou por simples desinteresse comercial. Porém, alguns profissionais já se atentaram para os inúmeros benefícios trazidos por meio da implementação desses princípios. Um desenvolvedor de website que se preocupa com a usabilidade deve estar atento para manter o usuário no caminho desejado, sem confusões e quebras, que poderiam gerar grande frustação, e consequentemente a saída do usuário do site. Vamos analisar a usabilidade de um site de vendas famoso. FIGURA 12 - FAMOSO SITE DE COMPRAS FONTE: Disponível em: <http://www.walmart.com.br/>. Acesso em: 5 ago. 2013. O website da empresa Walmart apresenta todos os requisitos que a gente vem tratando até o momento. Tudo o que o usuário precisa ele encontra fácil e rápido, os valores dos produtos estão em destaque, as promoções também. Além de apresentar logo na parte superior um campo de busca. www.portaleducacao.com.br 22 Analise este website. O que você mudaria para melhorar a vida dos usuários? Vamos, reflita sobre ele! Os desenvolvedores de sites estão sendo cobrados frequentemente pelos usuários que navegam por meio da internet. Eles perceberam que não é fácil conquistar a confiança de um usuário da internet, visto que ele possui uma enorme gama de concorrência e isso representa uma ampla competitividade quando se fala em comércio eletrônico e até mesmo conteúdo informativo, e essa confiança pode se romper a qualquer instante por um simples descuido como um link quebrado, ou um link que o leve para um contexto diferente ao que está sendo informado. Quer coisa mais desagradável que você clicar para visualizar informações sobre bananas e aparecer informações sobre pepinos? Pior ainda, você está efetuando uma compra online, já adicionou vários itens no carrinho e quando vai finalizar a página te leva para um erro, ou a uma página inexistente? Para conquistar o usuário é preciso primeiramente garantir as informações ao site de forma segura e eficiente. Depois disso, uma interface agradável, onde o usuário consiga interagir de forma simples e alcançar de forma satisfatória o seu objetivo. Você percebeu que antes de chegarmos à criação da interface é preciso nos atentar para os passos dos usuários? Isso parece ser um pouco difícil, não é mesmo? Mas existem várias regras que nos levam a resultados satisfatórios. Conforme Nielsen (1999), as consequências de uma interface gráfica pobre em usabilidade são muito piores quando esta é implementada na Web do que quando é implementada em software tradicional. www.portaleducacao.com.br 23 4.1 A IMPORTÂNCIA DOS USUÁRIOS EM PROJETOS WEB FIGURA 13 – O USUÁRIO FONTE: Disponível em: <http://www.sxc.hu/>. Acesso em: 15 jul. 2013. Com o avanço da internet, e a facilidade de se adquirir um computador ou algum meio de acesso à internet, sendo telefones celulares, tablets, notebooks, etc., a quantidade de usuários aumentou muito. E cada vez mais a exigência está aumentando por parte deles, principalmente em relação à usabilidade, ou seja, os usuários querem cada vez mais velocidade na procura pela informação; e isso é muito positivo para nós desenvolvedores. É muito importante conhecermos o que os usuários estão querendo, como eles querem receber as informações, por quais dispositivos eles gostariam de recebê- las. Nesta busca constante em agradar os usuários, vamos apresentar algumas dicas para satisfazer os diversos tipos de usuários, experientes ou não em navegar na internet. Agora, vamos às dicas: 1) os usuários devem conseguir alcançar seus desejos com o mínimo de esforço e com o máximo de resultado; www.portaleducacao.com.br 24 2) um website não deve nunca tratar o usuário de forma agressiva. Quando o usuário comete um erro o sistema deve avisá-lo sobre o erro e solucionar o problema. De forma alguma poderá ser informado ao usuário que aquele erro foi culpa dele; 3) em hipótese alguma devem existir links quebrados, ou links que levam o usuário a locais onde ele não buscou. O respeito ao usuário é essencial para a confiança website/usuário; 4) quanto maior for o número de ações que um usuário possa realizar, maior será a probabilidade que cometa um erro. Por isso, é preciso limitar o número de ações para facilitar o uso de um website; 5) um website deve promover feedbacks aos usuários, de maneira que estes sempre conheçam e compreendam o que acontece em todos os passos do processo. Aqui entra novamente a confiança entre website/ usuário. São muito importantes esses laços afetivos com os usuários. Quando nós, desenvolvedores, começamos a pensar um pouco mais naqueles que estão do outro lado, as ações começam a melhorar e a probabilidade de cometer erros diminui cada vez mais.www.portaleducacao.com.br 25 4.2 COMO ATINGIR O OBJETIVO DE UM SITE EM MENOS CLIQUES Pesquisas constantes são realizadas sobre a relação do usuário com a interação de uma interface. Seguindo algumas regras, certamente será possível levar o usuário a atingir um objetivo específico, como, por exemplo, fazer o usuário clicar no link que o leve para a compra de um produto. Existem inúmeros princípios e regras de usabilidade, difundido por diversos autores, mas a definição de quais regras serão utilizadas irá depender de cada projeto e objetivo, mas certamente existem algumas dicas que se seguidas darão retorno na maioria dos projetos. Entre as regras gerais que podem ser comentadas está a regra dos dois segundos. De acordo com Vitaly Friedman (2007), a regra diz que um usuário não pode esperar mais do que dois segundos para obter uma resposta a determinada solicitação. É pouco provável que um projeto consiga definir o tempo de retorno com tanta exatidão, já que na Web existem vários fatores envolvidos, como velocidade de conexão, performance do servidor e até mesmo performance do cliente. Na prática, a regra seguida é: quanto menos o usuário precisar esperar, melhor. Outra regra a ser seguida é a dos três cliques. Ela define que o usuário não deve ter que executar mais do que três cliques em uma página para encontrar a informação que precisa. A regra mostra que devemos sempre manter o site o mais claro possível para o usuário; ele deve entender facilmente a organização e hierarquia do site. Para exercitar! Por favor, pesquise websites que ofereçam até três cliques para se chegar à informação necessária. www.portaleducacao.com.br 26 4.3 USABILIDADE PARA ADEQUADO FUNCIONAMENTO DO SITE Saiba mais. Você sabia que a maioria dos usuários não “dão scroll”, ou seja, não rolam a página à procura de informações? Por isso, mantenha o conteúdo principal na área segura. O que é área segura em um website? FIGURA 14 - ÁREA SEGURA FONTE: Disponível em: <http://www.walmart.com.br/>. Acesso em: 5 ago. 2013. Para exemplificar a área segura de um website, selecionamos o site do Magazine Luiza. Note que a barra de rolagem está localizada lá em cima da página, ou seja, existem muitas rolagens ainda com a divulgação de outros produtos. Área segura é aquela que, quando a página é carregada, apresenta as informações que sejam mais relevantes ao site. Lembra-se do conceito de Arquitetura de Informação? As seções separadas por grau de importância? Então, naquela listagem, provavelmente, o arquiteto de informação colocou como prioridade: 1º a logomarca da empresa, juntamente com a garota propaganda, a busca de produtos e informações www.portaleducacao.com.br 27 sobre televendas, login e o carrinho de compras; 2º menu, com as categorias dos produtos; 3º produtos em promoção. E assim por diante. Como você pode notar, a página, antes de iniciar a rolagem, segue o grau de prioridade até da terceira seção. Com a exemplificação deste website de vendas, você consegue observar como é aplicado o grau de prioridade, além de compreender a importância da área segura. Tentamos colocar o que é de mais relevante na área segura, pois se o usuário abre o website e ele não encontra nada de atrativo e importante sem iniciar a rolagem, provavelmente ele abandona o site. Um website deve antecipar-se às necessidades do usuário, além disso, ele deve promover o controle total dos usuários. Os websites devem centrar-se na produtividade do usuário, não no próprio website, e permitir que o usuário possa desfazer ações, ou apresentar um botão ou hiperlink que o leve até a página inicial, por exemplo. O uso adequado de símbolos ou metáforas facilita a aprendizagem de um site, mas um uso inadequado pode dificultar enormemente a aprendizagem, por isso muito cuidado com as imagens que você vai utilizar para localizar o seu usuário. 4.4 ACESSIBILIDADE NA WEB A acessibilidade na web tem como objetivo proporcionar que qualquer pessoa, usando qualquer tecnologia adequada à navegação web, possa visitar qualquer site, e obter a informação oferecida e interaja com o site. E para que isso seja possível, é necessário que os desenvolvedores de website estejam atentos às recomendações de acessibilidade do World Wide Web Consortium (W3C), mas também às diferentes características dos usuários desses sistemas, às tecnologias de acesso à informação e interação que utilizam e à influência do ambiente físico sobre a interação do usuário com o computador. Segundo Amanda Meincke Melo (2003), atualmente existem várias motivações para tornar a web acessível, como: promover o direito básico de acesso à informação, tendo em vista uma sociedade mais justa e solidária, que busca a qualidade de vida para todos; www.portaleducacao.com.br 28 atender à legislação, como é o caso do Brasil que, no Decreto n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004, exige que os sistemas web da administração pública sejam acessíveis às pessoas com deficiência visual; ampliar o número de consumidores, uma vez que existem no mundo cerca de 500 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. O acesso à informação é um direito constitucional: “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. Além disso, o Brasil é signatário da Declaração de Guatemala ou Convenção Interamericana para Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, comprometendo-se, entre outras coisas, a estabelecer medidas para facilitar a comunicação das pessoas com deficiência. Acessibilidade é uma noção relativa e contextual. Sua definição apropriada depende da abrangência e do contexto em que é utilizada. Os dicionários, por exemplo, definem o termo como a qualidade ou caráter do que é acessível; facilidade na aproximação, no tratamento ou na aquisição; livre acesso, possibilidade de aproximação; facilmente compreendido, comunicativo. No caso de pessoas portadoras de deficiência, a acessibilidade significa que um local é organizado de modo que esses cidadãos possam nele penetrar e circular sem obstáculos; que as instalações, os equipamentos e os meios de comunicação sejam concebidos para permitir seu uso, com ou sem adaptação. A acessibilidade pode, ainda, ser física ou virtual. Quando é física, ela se refere à garantia de mobilidade e usabilidade em todos os espaços como, por exemplo, na arquitetura urbana e edificações, móveis, aparelhos e utensílios domésticos e equipamentos eletrônicos. 4.4.1 Acessibilidade física e virtual A acessibilidade virtual significa facilidade de interação e refere-se à garantia de mobilidade e usabilidade de recursos computacionais. Nesse sentido, a acessibilidade diz respeito a locais, produtos, serviços ou informações efetivamente www.portaleducacao.com.br 29 disponíveis ao maior número e variedade possível de pessoas independente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais. Tanto a acessibilidade física quanto a virtual requerem a eliminação de barreiras arquitetônicas, a disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. Agora que você já conhece as principais definições do conceito de acessibilidade, abordaremos a definição que nos interessa com relação ao seu uso na Web. Sendo assim, qual o significado do termo acessibilidade na Web? FIGURA 15 - ACESSIBILIDADE NA WEB FONTE: Disponível em: <http://www.sxc.hu>. Acesso em: 15 jul. 2013. A acessibilidade na Web engloba páginas, sítios, portais e demais aplicações onde as pessoas possam perceber, compreender, navegare interagir. Engloba ainda, navegadores, tocadores de mídia, extensões e outras ferramentas e tecnologias utilizadas para produzir e acessar o conteúdo das páginas. www.portaleducacao.com.br 30 Assim, um website projetado e desenvolvido com acessibilidade estará adequado para atingir muito mais pessoas, incluindo usuários com diferentes habilidades e em situações diversas. Tim Berners-Lee, diretor do W3C, afirma que o poder da web está na sua universalidade. Para ele, “ser acessada por todo independente de deficiência, é um aspecto essencial”. A acessibilidade na Web significa, portanto, permitir o acesso a todos, independente do tipo de usuário, situação ou ferramenta. 4.4.1.1 Desenho Universal O propósito do Desenho Universal é simplificar a vida das pessoas de todas as idades e habilidades, projetando produtos, meios de comunicação e ambientes usáveis por muitas pessoas, o maior tempo possível e sem a necessidade de recorrer a adaptações ou a desenhos especializados. O Desenho Universal é regido por sete princípios reconhecidos pela Organização Internacional de Padronização (ISO) e utilizados em projetos de diversas naturezas: 1) equiparação nas possibilidades de uso; 2) flexibilidade no uso; 3) uso simples e intuitivo; 4) captação da informação; 5) tolerância ao erro; 6) mínimo esforço físico; 7) dimensão e espaço para uso e interação. Desenho Universal e acessibilidade na Web, existe relação entre eles? A resposta é sim. A acessibilidade na Web contribui para o Desenho Universal, uma vez que a criação de páginas acessíveis beneficia não apenas as pessoas portadoras de deficiência, mas também pessoas que se encontrem em situações e características diversas. www.portaleducacao.com.br 31 4.4.1.2 Tipos de deficiência Agora, vamos conhecer os tipos de deficiência? De um modo geral, os usuários da Internet que mais encontram barreiras de acesso ao conteúdo das páginas são as pessoas portadoras de deficiência. Para eliminar as barreiras de acesso, é necessário que a equipe crie páginas com recursos técnicos de acessibilidade. Vamos exercitar? Pesquisem um dos tipos de deficiência que dificultam o acesso à internet. Cite o grau que ela pode apresentar em um projeto e reflita em uma solução para o seu website. Os tipos de deficiência são: Deficiência física – é caracterizada pela alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física e pode se apresentar sob a forma de: paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; Deficiência auditiva – se caracteriza pela perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis na forma seguinte: de 25 a 40 decibéis (db): surdez leve; de 41 a 55 db: surdez moderada; de 56 a 70 db: surdez acentuada; de 71 a 90 db: surdez severa; acima de 91 db: surdez profunda; e www.portaleducacao.com.br 32 surdez total (anacusia). Deficiência visual – refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa ou profunda, o que caracteriza o grupo de pessoas com visão subnormal ou baixa visão. Essa deficiência pode, ainda, ser caracterizada pela ausência total da resposta visual, ou seja, pela cegueira; Deficiência mental – pessoas portadoras de deficiência mental são caracterizadas por um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho; Deficiência múltipla – as pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física. Finalizando Chegamos ao final deste módulo. Neste módulo você conheceu o conceito de usabilidade, a importância dela na vida dos usuários, além de compreender sobre as principais áreas de um website e também a quantidade necessária de cliques para alcançar uma informação. Entendeu os conceitos de acessibilidade e as deficiências, as principais deficiências existentes, e ainda refletiu sobre elas nos projetos web. Bom estudo para você e até o próximo módulo! www.portaleducacao.com.br 33 MÓDULO III 5 INTRODUÇÃO AO MÓDULO III Bem vindo ao Módulo III do curso de Webdesign. Neste módulo vamos conhecer os elementos visuais utilizados em projetos web, a teoria das cores, as combinações eficazes e não eficazes utilizadas para web, bem como a melhor utilização de imagens e extensões disponíveis para inseri-las na web. A interface é a cara do seu projeto web. Sem ela seu sistema não tem o menor valor. Por isso ela é tão importante quanto as informações, a organização destas informações, a disponibilização e todo o sistema envolvido em um projeto. Está pronto para utilizar a criatividade que está dentro de você? Então, vamos lá! 6 INTERFACE A indústria da informática está vencendo limitações históricas que persistiram fortemente nestas últimas décadas. A distribuição em massa de aplicativos de software interativo nos diversos setores da atividade humana é quase uma realidade, e as interfaces usuário-computador são cada vez mais intuitivas e fáceis de usar. Pessoas com pouca ou nenhuma formação em informática estão realizando o acesso a sistemas desktop ou web. A ideia da rede mundial se concretiza particularmente devido à simplicidade e à facilidade de interfaces gráficas baseadas em hipertexto. O fato é que um website pode causar um impacto importante na vida do usuário. Esses sistemas condicionam totalmente suas estratégias, objetivos e desempenho em inúmeras tarefas. Os ganhos de produtividade individual podem ser enormes, mas devemos ter o devido cuidado para se evitar a frustração. As taxas de erros na utilização de um website de difícil aprendizado e operação levam a uma modificação ou mesmo a uma duplicação da tarefa, o que requer um esforço tremendo de adaptação por parte dos usuários. Essa situação pode www.portaleducacao.com.br 34 ser agravada pela frustração, que leva ao estresse de um trabalho cotidiano e repetitivo, chegando mesmo às psicopatologias desenvolvidas por pessoas incapazes de reagir a esse tipo de pressão no trabalho. Segundo Bonsiepe (1997, p. 43), a interface é o domínio do “acoplamento estrutural” entre a ferramenta (computador) e usuário. Pode-se dizer que a interface é para o programa o que o cabo é para o martelo. Este acoplamento ocorre em primeiro lugar por meio do espaço retinal. A noção do look and feel, citada anteriormente, se refere a este processo de acoplamento entre corpo e ferramenta por meio da percepção visual. As interfaces fornecem a interação humano-computador, dessa forma, ela deve apresentar facilidade de uso e fornecer sequências simples e consistentes de interação. Ainda segundo o autor Bonsiepe (1997), a interface tem a função de permitir ao usuário obter uma visão panorâmica do conteúdo, navegar na massa de dados sem perder a orientação, e, por fim, mover-se no espaço informacional de acordocom seus interesses. Visando tornar a interação com o usuário mais natural possível, as interfaces passaram a ser constituídas por elementos gráficos. Segundo a Wikipedia: O conceito de Interface é amplo, pode se expressar pela presença de uma ou mais ferramentas para o uso e movimentação de qualquer sistema de informações, seja ele material, seja ele virtual. O dicionário define interface como o conjunto de meios planejadamente dispostos sejam eles físicos ou lógicos com vista a fazer a adaptação entre dois sistemas para se obter um certo fim cujo resultado possui partes comuns aos dois sistemas, ou seja, o objeto final possui características dos dois sistemas. A interface web é uma etapa muito importante no desenvolvimento de um website, pois conecta o usuário com a máquina. Por meio dela é que são apresentadas as informações e estímulos e por onde o usuário recebe as respostas, deixando a interação nas mãos dele. Por isso, a transição entre o mundo real e o digital deva ir além de um visual agradável, o ideal é que ela seja transparente, natural, intuitiva e prática. “A Interface para o usuário humano é o conjunto de toda a comunicação entre computadores e usuários” (APPLE COMPUTERS apud BONSIEPE, 1997, p. 40). www.portaleducacao.com.br 35 Entretanto, a relação entre o usuário e o computador em termos de troca de informações é bem mais complexa. Segundo Sun Microsystems (1989, p. 1), “[...] a especificação do look and feel de um sistema computacional inclui os tipos de objeto que o usuário vê no monitor e as convenções básicas para interatuar com estes objetos”. É importante compreender a relação entre o design de componentes gráficos e as regras para lidar com estes componentes que venham a compor um bom sistema de troca de informações entre o programa e o usuário. As interfaces de manipulação direta, ou interfaces gráficas, se constituem por janelas, ícones, menus e botões. O entendimento do usuário em relação ao uso do website é estruturado a partir de distinções gráficas como: forma, cor, tamanho, posição, orientação, textura e transições, que compõe o design da interface. Além do paradigma de comunicação, encontramos outra afirmação de que a função do design da interface consiste em ajudar o usuário a construir um modelo mental na sua cabeça que reproduziria o conhecimento do programador. (BONSIEPE, 1997, p. 40). Ainda segundo Bonsiepe (1997), a interface tem a função de permitir ao usuário obter uma visão panorâmica do conteúdo, navegar na massa de dados sem perder a orientação, e, por fim, mover-se no espaço informacional de acordo com seus interesses. Você percebeu o quanto é importante essa relação? Por isso na hora de iniciar o desenvolvimento da sua interface, não pense apenas em deixá-la “bonitinha”, mas sim completa e intuitiva, a fim de atender ao usuário. E em que mais precisamos nos preocupar para a elaboração de uma interface? Ah! Essa resposta é muito fácil. Agora, vamos saber o quanto as cores são influentes no nosso dia a dia. www.portaleducacao.com.br 36 6.1 TEORIA DAS CORES Você sabia que cor é vida? As cores que percebemos são produzidas pela luz. A luz do sol, aparentemente branca, é, na verdade, composta pelas sete cores do arco-íris. O uso da cor na computação gráfica torna os terminais de vídeo mais bonitos e agradáveis, auxilia a visualização de conexões em desenhos complexos, melhorando a legibilidade da informação. A cor, elemento fundamental em qualquer processo de comunicação, merece uma atenção especial. É um componente com grande influência no dia a dia de uma pessoa, interferindo nos sentidos, emoções e intelecto. Ela tem capacidade de captar rapidamente – e sob um domínio emotivo – a atenção do comprador. Além disso, exerce ação tríplice: impressiona – quando ela é vista impressiona a retina; expressa – quando sentida provoca emoção; constrói – possui um valor de símbolo, podendo, assim, construir uma linguagem que comunique uma ideia. 6.1.1 Cores primárias, secundárias e complementares e tonalidade das cores Você sabe o que são cores primárias? São as cores puras, mais propriamente o azul, amarelo e vermelho. www.portaleducacao.com.br 37 FIGURA 16 - CORES PRIMÁRIAS (AZUL, AMARELO E VERMELHO) E as cores secundárias? Você conseguiria identificar? As cores secundárias são as cores que surgem da mistura de duas cores primárias: azul + amarelo = verde; azul + vermelho = roxo; amarelo + vermelho = laranja. FIGURA 17 - CORES SECUNDÁRIAS E as cores complementares? O que são? As cores complementares são as cores opostas no disco de cores. Elas são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes. www.portaleducacao.com.br 38 Veja no exemplo a seguir: o amarelo é a cor complementar do roxo, pois ele está no lado oposto do disco das cores. Assim como o vermelho e o verde, o laranja e o azul. FIGURA 18 - CORES COMPLEMENTARES E quanto à tonalidade? A tonalidade refere-se à quantidade de luz presente na cor. Quando se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas graduações são chamadas escalas tonais. Para escalas tonais mais claras acrescenta-se o branco. www.portaleducacao.com.br 39 FIGURA 19 - ESCALA DE TONALIDADE DAS CORES Você sabia que as cores têm temperatura? A temperatura das cores designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias: Cores frias – as cores denominadas frias são cores que transmitem a sensação de frio e são associadas à água, ao gelo, ao céu, e às arvores. Como exemplos, podemos citar os tons de azul, lilás e verde; Cores quentes – já as cores quentes transmitem sensação de calor e são associadas ao sol e ao fogo. Como exemplos, podemos citar os tons de amarelo, laranja e vermelho. FIGURA 20 - CORES FRIAS www.portaleducacao.com.br 40 FIGURA 21 - CORES QUENTES Imaginem uma enorme fogueira com cores frias, não ia transmitir o calor real de uma fogueira, e cubos de gelo vermelho. Já pensou? Por isso as cores são tão importantes, pois elas têm o poder de transmitir sensações nas pessoas. 6.1.2 O significado das cores na Publicidade Você sabe qual o significado das cores? Para cada pessoa, em cada lugar, em cada objeto, as cores têm um significado, ou seja, o significado de uma cor depende de seu contexto. De acordo com os estudos do professor Modesto Farina (1997), existem algumas indicações seguras quanto ao uso das cores em publicidade: vermelho – aumenta a atenção, é estimulante, motivador. Indicado para uso em anúncios de artigos que indicam calor e energia, artigos técnicos e de ginástica; laranja – indicado para as mesmas aplicações do vermelho, com resultados um pouco mais moderados; amarelo – visível a distância, estimulante. Cor imprecisa pode produzir vacilação no indivíduo e dispersar parte de sua atenção. Não é uma cor www.portaleducacao.com.br 41 motivadora por excelência. Combinada com o preto, podemos obter bons resultados. Geralmente indicada para aplicação em anúncios que indiquem luz. É desaconselhável seu uso em superfícies muito extensas; verde – estimulante, mas com pouca força sugestiva. Oferece uma sensação de repouso. Indicado para anúncios que caracterizam o frio, azeites, verduras e semelhantes; azul – possui grande poder de atração. É neutro nas inquietações do ser humano. Acalma o indivíduo e seu sistema circulatório. Indicado em anúncios que caracterizem o frio; roxo – acalma o sistema nervoso quando utilizado em anúncios de artigos religiosos, em viaturas, acessórios funerários etc. Para dar a essa cor maior sensação de calor, deve-seacrescentar vermelho; para luminosidade, o amarelo; para calor, o laranja; para frio, o azul; para arejado, o verde; ouro – cor representativa do valor e dignidade. Deve ser aplicada em anúncios de artigos de alta categoria e luxo; marrom – esconde muito a qualidade e o valor e, portanto, pouco recomendável em publicidade; violeta – entristece o ser humano, não sendo, portanto, muito bem visto na criação publicitária; cinza – indica discrição. Para atitudes neutras e diplomáticas é muito utilizado em publicidade; preto – deve ser evitado o excesso em publicações em cores, pois tende a gerar frustração. 6.1.2.1 Combinações de cores eficazes azul e branco – estimulante, predispõe à simpatia. Oferece uma sensação de paz para produtos e serviços que precisam demonstrar sua segurança e estabilidade; azul e cinza – combinação clássica, encontrada em grande parte dos sites, denota sofisticação; www.portaleducacao.com.br 42 azul e vermelho – estimulante, combinação de grande eficácia em comunicação; azul e amarelo – ideia de eficiência, confiança, organização e estrutura. Agrada a maioria dos usuários; vermelho e amarelo – estimulante eficaz, provocando opressão e insatisfação, levando as pessoas a tomarem atitudes, por exemplo, comprar o produto; azul e laranja – o laranja tem a propriedade de aquecer o azul e confere um visual moderno e diferenciado ao layout. Ideal para sites de entretenimento e diversão; azul e rosa – resultado agradável, podendo ser utilizado em casos específicos, como sites femininos e infantis; preto e cinza – combinação elegante, mas tente quebrar a monotonia com uma terceira cor mais alegre; vermelho escuro e cinza claro – sugere força, sofisticação e consistência. 6.1.2.2 Combinações não eficazes de cores preto e azul – sensação de antipatia, leva à preocupação, desvaloriza a comunicação; preto e roxo – sugere morbidez, mistério profundo, macabro; preto e vermelho – são cores muito pesadas e sensuais que podem intimidar o usuário. Prefira a utilização destas cores junto com a cor branca, suavizando a agressividade e ampliando a legibilidade da informação; vermelho e verde – o vermelho e o verde são cores que conflitam, vibrando em demasia e dificultando a leitura da informação; vermelho e laranja – cores muito próximas, que dificultam o contraste e tornam o layout quente e vibrante em demasia; branco e amarelo – são cores muito claras, que não criam um contraste, e tendem a ferir a vista. Uma boa solução é a utilização do preto, que confere um efeito de modernidade; www.portaleducacao.com.br 43 azul e verde – apresenta baixo contraste, prejudicando a visibilidade. A alternativa seria a utilização do azul escuro com um verde claro, mesmo assim uma combinação de baixos estímulos. 6.1.3 O significado das cores em nossas vidas Você sabia que cada cor determina um período da nossa visa, vamos descobrir esses períodos? FIGURA 22 - CORES CONFORME O PERÍODO DE NOSSAS VIDAS FONTE: Como já dissemos antes, as cores influenciam muito na nossa vida. Veja dois exemplos da influência das cores: segundo algumas pesquisas realizadas, vários empregadores começaram a usar tons de verde no ambiente de trabalho, diminuindo assim a ausência dos empregados por motivos de doenças; em uma universidade americana, o técnico do time de futebol americano pintou de rosa o vestiário das equipes visitantes, baseado em uma pesquisa www.portaleducacao.com.br 44 que demonstrou que um ambiente rosa tinha o efeito de reduzir a agressividade. Consequentemente a equipe adversária tornava-se menos agressiva, e você sabe que a agressividade é um dos fatores principais para um jogo de futebol americano. 6.1.4 As cores na Web Você se lembra de como era antigamente a visualização das telas de computador? O fundo era preto com escrita em verde ou amarela, não tinha nenhum atrativo, imagem nem pensar, as horas passadas em frente ao monitor se tornavam cansativas. Com a chegada do WWW, a World Wide Web, em termos gerais, a interface gráfica da Internet teve a necessidade de incorporar imagens e cores nas telas. A World Wide Web é um sistema de documentos, na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras, interligados e executados na Internet. Eles são organizados de maneira a englobar todos os outros sistemas de informação disponíveis na Internet. Sua ideia básica é criar um mundo de informações sem fronteiras, prevendo as seguintes características: interface consistente; incorporação de um vasto conjunto de tecnologias e tipos de documentos; leitura universal. Juntamente com o WWW foi necessária a implementação de algumas ferramentas importantes: HTTP – protocolo de transmissão de dados; URL – sistema de endereçamento próprio; HTML – linguagem de marcação, para transmitir documentos formatados por meio da rede. E as cores são uma importante propriedade estética em uma página na Web. Devido a suas qualidades atrativas, podemos usar as cores para identificar os elementos que devem atrair a atenção do usuário. Quando usada incorretamente, a cor pode ter um efeito negativo ou de distração. www.portaleducacao.com.br 45 Vamos praticar? Observe o layout de um site simples a seguir, mostrado em três combinações de cores diferentes, e use as perguntas para determinar cada uma de suas respostas. Preste atenção às suas primeiras impressões! FIGURA 23 - COMBINAÇÕES DE CORES EM LAYOUTS DE SITES Agora, reflita sobre as seguintes questões: - Qual deles vende os produtos mais caros/baratos? - Em qual deles você teria mais/menos confiança ao comprar? - Se você estivesse procurando, por exemplo, informações financeiras, qual site você estaria mais/menos propenso a escolher? - A mulher está dizendo um "segredo". Em cada caso, na sua opinião, de que se trata esse segredo? As primeiras impressões normalmente são geradas com base no esquema de cores. Pessoas diferentes podem ter respostas diferentes para cada uma dessas perguntas. A resposta às cores é cultural e afetada por nossa experiência com as cores no nosso cotidiano. Alguns efeitos das cores, entretanto, são universais ou, pelo menos, amplamente difundidos. Vamos analisar novamente cada um dos exemplos e ver como uma alteração simples na cor pode alterar a imagem de um site. Algumas combinações de cores atraem exclusivamente um segmento do mercado, ampliando assim o apelo de um site. www.portaleducacao.com.br 46 FIGURA 24 - USO DO VERDE EM LAYOUT DE SITE Você pode notar que a primeira opção de layout é mais direcionada para o público feminino, excluindo uma parte grande de público-alvo. Se o layout sofrer uma pequena saturação nas cores, a audiência se torna mais ampla. FIGURA 25 - USO DO AMARELO EM LAYOUT DE SITE Neste outro exemplo (Figura 28), a primeira opção transmite depressão, impetuosidade, atrevimento, devido ao uso intenso das cores. Trabalhando apenas a tonalidade, podemos chegar a um resultado mais satisfatório tornando o layout mais amigável com mais qualidade. www.portaleducacao.com.br 47 FIGURA 26 - USO DO AZUL EM LAYOUT DE SITE Neste terceiro exemplo, a combinação de azuis projeta uma sensação de sobriedade e autoridade, por isso essa cor está presente em muitos sites de grandes empresas. Mas precisamos tomar cuidado com o uso excessivo dos tons de azuis, note que a primeira opção apresenta uma aparência fria, conservadora e não receptiva. Olhando para este layout, conseguimos perceber que para torná-lo mais receptivo e amigável é necessário adicionar cores quentes; por isso foram acrescentados tons de vermelho e amarelo. Vamos praticar mais um pouco? Quais as coresque você recomendaria para as embalagens dos seguintes produtos: • chocolate; • leite; • doces em geral; • chá; • óleos e azeites; • detergentes; • ceras; • inseticidas; • desinfetantes; • desodorantes; • bronzeadores; www.portaleducacao.com.br 48 • cosméticos; • perfumes; • açúcar; • café; • cerveja; • produtos para bebês; • iogurte. Vamos lá, tente relacionar com o estudo de cores que acabamos de estudar! Dicas importantes! Com essas dicas, tenho certeza que dificilmente você vai errar quando começar a desenvolver seus websites. 1) Não carregue o site com cores demais, pois pode ficar confuso, desorganizado e as cores podem entrar em conflito, desviando a atenção. 2) Dê importância aos contrastes. 3) Utilize a harmonia para organizar cores de elementos como fotos, logotipos, botões, etc. 4) Combine as cores de forma que não vibrem intensamente, dificultando a leitura da mensagem, pode-se utilizar as cores para diferenciar os assuntos, mas cuidado com a combinação de cores. 5) Público jovem responde melhor a cores vivas e fortes, como o amarelo, o cian, o verde-limão e o laranja. Já um público sofisticado prefere cores discretas como o preto, o azul-escuro, o verde-escuro e o cinza. 6) Conhecer as cores dos anunciantes também é importante, pois as cores escolhidas para o site podem entrar em conflito ou interferir no banner. O melhor é buscar a harmonia sempre. 6.1.4.1 Padrão de cores RGB Você sabe o que é RGB? www.portaleducacao.com.br 49 RGB é a sigla do sistema de cores aditivas formado pelas iniciais das cores em inglês red, green e blue, que significam em português, respectivamente, vermelho, verde e azul – cores padrão para a web. O sistema de cores RGB é usado nos objetos que emitem luz como, por exemplo, os monitores de computador e televisão, as câmeras digitais, entre outros. Já as impressoras utilizam o padrão de cores CMYK, formado pelas cores cyan (ciano), magenta (magenta) e yellow (amarelo) e, ainda, o black (preto). As cores são obtidas por meio das misturas das três cores primárias, em quantidades determinadas. Cada uma das cores obtidas está enquadrada numa escala que varia de 0 a 255. Quando a mistura das três cores está no valor mínimo (0, 0, 0), o resultado é a cor preta; quando está no máximo (255, 255, 255), resulta na cor branca. A variação entre valores mínimos corresponde a tons escuros e entre os valores máximos, os tons são mais intensos, mais claros. Para conhecer as cores RGB, acesse o endereço disponível em <http://erikasarti.net/html/tabela-cores/>. Nele você encontrará várias cores em RGB e na versão hexadecimal. 6.2 ESTRUTURANDO UM SITE FIGURA 27 www.portaleducacao.com.br 50 Segundo Barrier (1998), muitas características visuais são tão importantes quanto o conteúdo de um texto, como o desempenho do leitor, sua motivação, seu grau de tensão ou conforto em relação a um determinado documento. Estas preocupações sobre a ergonomia visual se justificam ainda mais quando estamos tratando de documentos digitais que serão lidos na tela do computador. A imagem gráfica é um signo (elemento) da comunicação humana. Se uma apresentação gráfica for organizada por princípios ergonômicos e de design gráfico, ela será mais eficiente e atrativa, resultando em um espectador mais motivado a ler a informação e a entendê-la mais facilmente. Na composição visual, os fatores físicos mais significativos são: a) o fundo e a legibilidade – o fundo não deve interferir na leitura das letras. As letras devem ser visualmente independentes; b) tipografia – as palavras são lidas e reconhecidas por sua forma em geral, e não pela forma dos caracteres que a compõem. As letras de caixa baixa são mais indicadas que as de caixa alta na comunicação por terem contornos mais irregulares, possuindo maior legibilidade. Com a utilização do CSS (formatação de estilos) na elaboração de website, agora você tem mais liberdade para utilizar fontes diferentes no HTML. Claro que temos que saber utilizá-las com bom senso. As fontes mais utilizadas são Verdana, Arial e Times; c) equilíbrio – os elementos que compõem uma interface gráfica devem ser colocados em equilíbrio para que não cause desconforto ou desvie sua atenção; d) distâncias – elementos próximos entre si formam grupos, criando uma unidade. Elementos distantes dão o significado de informações distintas; e) contraste – o reconhecimento de um objeto se faz pela diferença entre ele e o seu entorno. Esta diferenciação se dá em relação ao contraste de cores, luz, movimento, tamanho, direção, posições e volume; f) cor – as cores têm estreita ligação com a emoção. Elas fazem parte da memória das pessoas, que as associam às mais diversas lembranças. As cores têm uma carga simbólica muito forte, e são utilizadas pelo homem para representar suas ideias. No aspecto físico, cores muito fortes, se observadas continuamente, causam desconforto, gerando uma reação na retina, que faz com que surja a cor complementar, para restaurar o equilíbrio fisiológico. Este www.portaleducacao.com.br 51 fenômeno recebe o nome de totalização cromática (PERAZZO, 1999). O importante é que se restrinja o uso das cores, evitando a poluição visual, resultante do uso indiscriminado das cores; g) símbolos/ícones – a eficiência de um ícone não parte de uma grande coletânea de imagens, mas sim da clareza da comunicação que a imagem passa aos usuários. 6.3 IMAGENS Passar uma definição sobre imagem é uma tarefa muito difícil, principalmente devido à subjetividade que ela apresenta. Um antigo provérbio chinês já dizia: "Uma imagem vale mais do que mil palavras." Mais especificamente, e do ponto de vista da Computação Moderna, podemos dizer que uma imagem contém uma imensa quantidade de informações e que um observador humano interpreta frequentemente, globalmente e qualitativamente. Por exemplo, do ponto de vista ótico, uma imagem é um conjunto de pontos que convergem num plano; mas se falarmos de forma abstrata, uma imagem é um suporte para que realizemos trocas de informações. A imagem digital é a "materialização" de grande parte dos processos da Computação Gráfica e das Técnicas de Processamento Digital de Imagens. É também o ponto de partida da sua análise quando falamos de Visão por Computador. Com a entrada do WWW, conforme já falamos, a internet se tornou mais atrativa, pois podemos utilizar diversas imagens e vídeos. Só precisamos tomar cuidado com o tamanho destas imagens. Como você sabe, a imagem que vamos utilizar para imprimir não será a mesma que vamos disponibilizar para a Internet, e por quê? Geralmente utilizamos para impressão uma imagem no mínimo 150 DPI, o melhor é utilizarmos 300 DPI. E o que é DPI? Diferente do que costuma se pensar, o DPI não está relacionado ao tamanho da imagem. Ele é indicado na impressão da imagem para definir o número de pontos por polegada (dot per inch) que terá a imagem. Quanto mais pontos por polegada www.portaleducacao.com.br 52 (mais DPI), maior a resolução, já que o olho não será capaz de ver os pontos separados e passará a ver como um padrão contínuo de cores, a imagem. Então, para impressão utilizamos entre 150 e 300 DPI, para que tenha um número maior de pontos por polegadas e na Internet? Na internet, utilizamos 72 DPI? Por quê? Como os dados transitam a todo o momento, precisamos de leveza para que a imagem chegue até o usuário de forma rápida. Como não vamos imprimir a nossa imagem, por isso podemos utilizar esse número de pontos por polegadas. 6.3.1 Tipos de extensões para utilizar em imagens Geralmente, para salvar as imagens e disponibilizar na internet, utilizamos as seguintes extensões: JPG, GIF e PNG. Você sabe a diferença entre elas? JPG – no formato JPEG, cuja sigla significa Joint Pictures Expert Group, quanto maior o nível de compressão, menor será o tamanho do arquivo, porém pior será a qualidade da imagem. O nível de compressão pode ser determinado em programas de tratamentos de imagens. Utilizamos essa extensão para salvar fotos e imagens que contenha degradê, pois a compressão dela é mais eficiente; GIF – sua sigla significa Graphics Interchange Format. O GIF é outro formato bastante popular na internet. Assim como o JPEG, gera arquivos de tamanho reduzido, no entanto, seu uso não é muito comum em fotografias, já que é capaz de trabalhar com apenas 256 cores (8 bits). Assim, sua utilização é muito comum em ícones, ilustrações ou qualquer tipo de imagem que tenha apenas 256 cores, inclusive para animações quadro a quadro e também fundos transparentes; PNG – sua sigla significa Portable Network Graphics. É um dos padrões mais recentes. Seu desenvolvimento foi motivado pela restrição que o formato GIF apresenta. O PNG reúne, portanto, as características que tornaram o GIF tão bem aceito: fundo transparente e compressão sem perda de qualidade, www.portaleducacao.com.br 53 mesmo com salvamentos constantes do arquivo. Porém, conta com um grande diferencial: suporta milhões de cores, não apenas 256. Para trabalhar com imagens para internet e também com nossa interface existem alguns softwares para edição de imagens. Os mais utilizados são: Photoshop – é um aplicativo utilizado para tratamento da maioria das imagens encontradas em publicações, revistas, jornais e matérias de publicidade e na Internet. Por ser um software profissional, este programa oferece muitas ferramentas para tratamento de imagens. Como qualquer programa de edição de imagem, o Photoshop permite modificar fotografias e realizar outros trabalhos artísticos digitalizados. Você pode retocar uma imagem, aplicar estilos especiais, trocar informações entre fotos e textos, ajustar cores e melhorar foco de uma fotografia. O Photoshop também oferece várias ferramentas para criar uma arte do zero. Fireworks – suas funcionalidades focam a publicação gráfica na Internet, por isso inclui suporte a GIF animado, PNG e imagens fatiadas, além de possuir ótima compressão de imagens. A partir da versão MX, ganhou integração com outros produtos da mesma linha: Dreamweaver, Flash e Freehand. O Fireworks possui recursos que o fazem uma alternativa direta ao ImageReady. A diferença principal está no suporte a gráficos vetoriais, semelhante ao Adobe Illustrator, sendo o oposto do Adobe Photoshop, que suporta primordialmente editar bitmaps, tendo poucos recursos únicos para vetores. Flash – inicialmente criado como um software para gráficos vetoriais, apesar de suportar imagens bitmap e vídeos, o Flash é normalmente usado para a criação de animações interativas para websites. A linguagem flash (o action script) pode ser utilizada para criar aplicações das mais diversas ou criar efeitos visuais arrebatadores por meio dos códigos de programação; tornando mais leves e suaves esses efeitos. Os painéis de programação dentro do Adobe Flash possuem orientações para escrever os códigos, facilitando tremendamente a utilização e o entendimento da linguagem. No entanto, ainda é necessário ter um conhecimento prévio de programação para manipular e se familiarizar com a linguagem flash. www.portaleducacao.com.br 54 Finalizando Chegamos ao final de mais um módulo. Espero que você tenha entendido a importância das cores nas interfaces de seus websites, além da melhor tipologia e tratamento de imagens. Precisamos pensar na harmonia de todos os elementos visuais antes mesmo de iniciarmos nossa interface. Pois é por meio dela que será a comunicação com o usuário. Por isso, escolha as combinações de cores conforme o seu público-alvo e lembre-se: a interface é a “cara” do seu website. Abraços e até o próximo módulo. www.portaleducacao.com.br 55 MÓDULO IV A DISTÂNCIA 7 INTRODUÇÃO AO MÓDULO IV Agora chegou a hora da prática. Neste módulo você vai conhecer o desenvolvimento de um website, desde a sua concepção até o HTML. Vamos apresentar algumas ferramentas do Photoshop versão CS4, e como trabalhar a interface toda em um editor de imagem. Além de entender como fatiar sua interface para desenvolver em HTML. 8 COMO MONTAR UM LAYOUT A criação de um website depende da necessidade de cada cliente e/ou empresa, cada caso deve receber uma análise minuciosa e um estudo nas informações que tal site deve conter para que o resultado seja satisfatório. Buscamos alternativas para facilitar o nosso trabalho, evitando problemas com incompatibilidades em navegadores e acima de tudo devemos organizar a estrutura que iremos criar, para economizar tempo e facilitar futuras alterações. Nosso objetivo aqui é criar um website, para isso vamos conhecer e estudar alguns processos que farão toda a diferença no resultado. www.portaleducacao.com.br 56 8.1 PROCESSO DE CRIAÇÃO O Processo de Criação depende de alguns passos importantes, antes da concepção do projeto é necessária uma análise de requisitos: “O que construir?”, “Qual a finalidade?”, “Quem vai acessar?” Isso deve acontecer com uma grande interação entre o desenvolvedor e o cliente. Levando em consideração que temos todas as informações necessárias em mãos, vamos estruturar um site de uma distribuidora de veículos, que tem por objetivo mostrar sua marca, e entrar em contato com seus clientes. 8.1.1 Photoshop Vamos aprender e entender algumas ferramentas essenciais para nos ajudar no desenvolvimento do layout. A ferramenta Adobe Photoshop é muito completa. Em geral, as ferramentas possuem funções básicas, mas essenciais para vários tipos de efeitos. Vamos trabalhar com a versão CS4, traduzida para o português. Conheça sua área de trabalho: www.portaleducacao.com.br 57 FIGURA 28 - ÁREA DE TRABALHO DO ADOBE PHOTOSHOP CS4 FONTE: Autoria própria. Vamos a um guia básico de ferramentas para podermos iniciar nosso trabalho. A seguir, vamos conhecer a barra de ferramentas. Nessa barra vamos encontrar todas as ferramentas de manipulação dos objetos e imagens. FIGURA 29 - BARRA DE FERRAMENTAS DO ADOBE PHOTOSHOP CS4 www.portaleducacao.com.br 58 Marca de Seleção: essa ferramenta ajuda a selecionar sua imagem em uma forma retangular, a alteração só será efetuada dentro da seleção. Note que clicando com o botão direito, outras três opções de seleção aparecerão: Marca de Seleção Elíptica; Marca de Seleção de Linha Única e Marca de Seleção de Coluna Única. Cada uma dessas opções te permite selecionar de forma diferente. Mover: permite que você mova uma seleção. Ou seja, após marcar uma parte da imagem com a Marca de Seleção, por exemplo, você pode arrastá-la com esta ferramenta da forma que achar melhor. Laço: tal ferramenta permite desenhar manualmente a seleção. Clicando com o botão direito, outras duas opções de seleção aparecerão: Poligonal e Laço Magnético. O Poligonal é melhor para objetos angulosos, enquanto o Magnético é indicado quando o objeto contrasta com o fundo. Varinha Mágica: seleciona o objeto desejado automaticamente de acordo com a cor. Por exemplo, se você deseja selecionar um círculo branco em um fundo vermelho, essa ferramenta funciona muito bem. Corte Demarcado: permite que você corte a sua imagem. Clicando com o botão direito, mais duas opções aparecerão: ferramenta Fatia, que permite que você crie um pedaço da imagem; e ferramenta Seleção de Fatia, que permite que você mova esses pedaços. Conta Gotas: essa ferramenta permite que
Compartilhar