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11
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS
DANIELLA PENHA DE SOUZA
INCLUSÃO DE CRIANÇAS DE 5 A 10 ANOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM PROJETOS SOCIAIS
SÃO LUÍS - MA
2022
INCLUSÃO DE CRIANÇAS DE 5 A 10 ANOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM PROJETOS SOCIAIS
Daniella Penha De Souza[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do curso de pós-graduação em gestão de projetos sociais] 
RESUMO 
A inclusão social tem se consagrado no mundo ocidental, especialmente a partir da década de 1980, como lema impulsionador de importantes movimentos sociais e ações políticas. Na Europa e nos Estados Unidos da América, já nos anos 1970, a inclusão social das pessoas com deficiência figurava entre os direitos sociais básicos expressos em importantes documentos legais e normativos. Gradativamente as sociedades democráticas vêm divulgando, discutindo e defendendo a inclusão como direito de todos em relação aos diversos espaços sociais. Sendo assim o objetivo geral que norteou a pesquisa foi abordar sobre a inclusão com de crianças de 5 a 10 anos com deficiência visual em projetos sociais. E como objetivos específicos: conhecer a singularidade dos projetos sociais para as crianças com deficiência visual; conhecer os recursos disponíveis para facilitar os projetos sociais para crianças com deficiência visual. Tendo como metodologia uma revisão bibliográfica onde por meio de artigos, teses e dissertações foi feita uma minuciosa leitura. Portanto, observa-se que a inclusão é um meio de administrar o espaço social, de forma a restituir as condições do ambiente para a inserção do excluído, em uma sociedade que faça parte de todos os aspectos da vida, seja, profissional, econômico, político, cultural, entre outros. Verifica-se também a importância da ação do indivíduo privado dessas relações, no sentido de não se deter apenas em reivindicar, mas exercer seu papel nessa luta e identificar seu poder de controle sobre sua vida.
Palavras-chaves: Deficiência Visual. Inclusão. Projetos sociais.
ABSTRACT
Social inclusion has been consecrated in the western world, especially since the 1980s, as a driving force for social movements and important political actions. In Europe and the United States of America, as early as the 1970s, the social inclusion of people with disabilities figured among the social rights expressed in important legal and normative documents. Gradually, as democratic societies have been disseminating, discussing and defending inclusion as a right for all in relation to the various social spaces. Thus, the general objective that guided the research was to address the inclusion of children aged 5 to 10 years with visual impairment in social projects. And as specific objectives: to know the uniqueness of social projects for children with visual impairments; learn about the resources available to facilitate social projects for children with visual impairments. Having as methodology a bibliographic review where through articles, theses and dissertations a thorough reading was made. Therefore, note that the inclusion of the environment is a means of managing the social space, in order to restore the conditions of society for the inclusion of the excluded, in one that is part of all aspects of life, be it professional, economic, political. , cultural, among others. There is also the importance of the individual's action in these relationships, in the sense of not stopping only in claiming, but exercising his role in the struggle and identifying his power of control over his life.
Keywords: Visual Impairment. Inclusion. Social projects.
1 INTRODUÇÃO
A inclusão com de crianças de 5 a 10 anos com deficiência visual em projetos sociais (BUENO, 2016). Os projetos são considerados ferramentas estratégicas para a tomada de decisões sobre agendas e programas sociais e governamentais; são a expressão técnica de soluções para problemas de interesse social e um meio para modificar situações de desigualdade e problemas diversos, em benefício da sociedade. 
Muitos destes projetos buscam a geração de renda para grupos vulneráveis, o empoderamento de minorias, etc., sendo projetos que a partir de uma escala menor, combatem a pobreza, a fome, a violência, promovem a saúde, difundem a cultura ou a arte, resgatam tradições e costumes, impulsionam ações em prol do meio ambiente, etc.
O assistente social pode trabalhar com crianças no sentido de construir cidadania, discutindo com elas os valores tais como o preconceito, a discriminação; desenvolvendo oficinas de prevenção a diversas questões como a droga, a gravidez precoce; descobrindo as habilidades, elevando a auto-estima e potencializando-as e também fazendo um trabalho junto com as famílias dessas crianças aumentando o vínculo entre eles e também trazendo diversas questões a serem discutidas, mudando diversos paradigmas, possibilitando uma maior participação da família na vida dessa criança. É um dos princípios fundamentais da profissão buscar a emancipação, a liberdade e a igualdade de seus usuários. Construir a cidadania com essas crianças e famílias é promovê-las socialmente, fazendo com que tenham acesso aos seus direitos sociais e abrindo caminhos para a participação, reivindicando suas demandas.
Constatamos que é de extrema precisão a presença de um assistente social frente a projetos sociais, buscando não somente intervir na imediaticidade das demandas acarretadas pelas crianças que frequentam o projeto, mas também de desvelar as particularidades que as constituem com o intuito de estabelecer processos de atenção às famílias dessas crianças, para que possam enfrentar os desafios da sociedade capitalista, tornando através de sua própria potencialidade, lutar pela sua emancipação e autonomia, em busca de sua liberdade econômica cultural e social.
Sendo assim o objetivo geral que norteou a pesquisa foi abordar sobre a inclusão com de crianças de 5 a 10 anos com deficiência visual em projetos sociais. E como objetivos específicos: conhecer a singularidade dos projetos sociais para as crianças com deficiência visual; conhecer os recursos disponíveis para facilitar os projetos sociais para crianças com deficiência visual. Tendo como metodologia uma revisão bibliográfica onde por meio de artigos, teses e dissertações foi feita uma minuciosa leitura. Portanto, observa-se que a inclusão é um meio de administrar o espaço social, de forma a restituir as condições do ambiente para a inserção do excluído, em uma sociedade que faça parte de todos os aspectos da vida, seja, profissional, econômico, político, cultural, entre outros. Verifica-se também a importância da ação do indivíduo privado dessas relações, no sentido de não se deter apenas em reivindicar, mas exercer seu papel nessa luta e identificar seu poder de controle sobre sua vida.
2 INCLUSÃO E DEFICIÊNCIA VISUAL: concepções e aspectos
Falar de inclusão é falar de variedades de aspectos; alguns avanços no combate ao estigma foram alcançados, especialmente em programas voltados a estes para a inclusão escolar. O processo de inclusão demonstra ser um dispositivo importante para a instigação e efetivar as políticas de inclusão escolar	.
A LDB n° 4.024/61 que aborda o tratamento da educação de deficientes, todavia passa a ter direitos a educação regular, mais o que se observa, é que há dificuldade e impedimento que todos com deficiências tenham acesso à inclusão. Portanto é necessária uma pesquisa na área da inclusão que observe como os alunos deficientes vivem e agem dentro da organização do âmbito escolar (IAMAMOTO, 2014).
A internet é uma destas inovações, com toda agilidade que a internet, enquanto tecnologias proporcionam, se tornando o meio mais utilizado e eficaz na transmissão de mensagens, atraindo principalmente, os jovens que tem uma enorme necessidade de interagir entre si, conhecendo novas realidades e possibilidades. Influenciando, também, na rotina da pessoa, jovens e adultos, que tem utilizado a internet diariamente para se comunicar com amigos e familiares.Além de realizarem algumas outras ações a tecnologia também vem ajudando a educação, professores nos mais diferentes níveis de ensino, alcançam os alunos, não importando o lugar onde estejam regiões vulneráveis ou lugares dispersos geograficamente. 
Segundo o decreto n° 5.296/2004, estabeleceu normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiências físicas. Diante desse decreto, visualizamos que a partir dessas normas e regras básicas da acessibilidade, vem requerer o direito acessível a pessoa com deficiência física, pois a acessibilidade deve ser visualizas através das políticas públicas que promova o direito de todos, a todos os espaços (TEIXEIRA, 2010). 
Se tratando da acessibilidade a muitas barreiras a serem quebradas para que o deficiente venha ter realmente os seus direitos garantidos e conquistados, não somente nas escolas, mais em todos os âmbitos. Até porque p Brasil passou por grandes mudanças focadas nas políticas (MONTAÑO, 2009). 
Hoje a tecnologia deixou de ser diferencial curricular para ser obrigatoriedade sem uma tecnologia básica como computador internet é quase impossível conseguir um emprego. A tecnologia pode e deve ser utilizada para o crescimento das pessoas, e não as pessoas crescerem dependendo da tecnologia, os avanços tecnológicos estão sendo utilizadas praticamente por todos os ramos do conhecimento, as novas tecnologias descobertas, são extremamente rápidas e estão disponíveis de forma mais variadas. 
Com o avanço da evolução, a deficiência é considerada como aquela que precisa de reivindicação e não de caridade. Entretanto, vivenciamos uma fase assistencialista, contudo a pessoa com deficiência sendo rejeitada. Mas aos poucos, já avançamos aonde a deficiência vem perdendo seu caráter de bem ou mal, de luz e trevas e inicia-se com uma visão, e como uma condição humana.
A LDB n° 4.024/61 que aborda o tratamento da educação de deficientes, todavia passa a ter direitos a educação regular, mais o que se observa, é que a dificuldade e impedimento que na educação de jovens e adultos possam ter acesso à inclusão. Portanto é necessária uma pesquisa na área da inclusão que observe como os alunos deficientes vivem e agem dentro da organização do âmbito escolar.
Dessa maneira, falar em educação especial na perspectiva da educação inclusiva nos remete a uma educação que alcance a todos. Uma educação de qualidade que leve em consideração as mudanças significativas em todo o sistema de ensino. É nessa conjuntura que o apoio pedagógico e psicopedagógico se mostra imprescindível (MAZZOTA, 2009). 
Dessa forma, Freitas, 2008 afirma: 
[...] não basta receber tais alunos para a mera socialização, se faz necessário um atendimento que oportunize o desenvolvimento efetivo de todos, que busque capacitar os profissionais, visto que somente a formação inicial não é suficiente para o enfrentamento destas questões tão serias e difíceis de lidar. (FREITAS, 2008, p.26)
A realidade enfrentada pelos professores regentes declara-se sobre modo complicado dadas as condições inadequadas para o desenvolvimento de contextos beneficiados da aprendizagem, logo muitas dificuldades surgem e ganham grandes dimensões nas instituições de ensino.
[...] para quem o desenvolvimento das funções psicológicas superiores se sustenta nos contextos sociais de vida do sujeito. As relações sociais fazem emergir mudanças no desenvolvimento. Essa concepção permite evidenciar a coletividade como propulsora das possibilidades de mudanças, modificando-se a visão dos agentes biológicos como os grandes protagonistas desses processos e, por isso, carregando boa parte das explicações sobre possibilidades da aprendizagem (VYGOTSKY, 1994, p. 2001).
Um ponto importante é a oferta de recursos de qualidade, interativos e dinâmicos, que ajuda os alunos a entender e aplicar o conhecimento apoiar o professor oferecendo a ele a oportunidade de criar novas estratégias pedagógicas, fazendo com que a educação esteja disponível a qualquer hora e em qualquer lugar com cada vez mais autonomia para as pessoas. As tecnologias aproximam educação do universo dos alunos, e com a sociedade, ajudando na preparação da vida presente e futura, cada vez mais mediadas pelos recursos tecnológicos. 
Ministério da Educação - MEC (2006) afirma que, a educação de alunos com necessidades educativas especiais, é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Atitudes positivas da parte dos pais favorecem a integração escolar e social, e que os pais juntamente com a família deverão ser providos das informações necessárias, em linguagem clara e simples.
 
3 ANÁLISE HISTÓRICA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
3.1 A pessoa com deficiência na história da humanidade
As civilizações e povos ao longo da história, ao encararem as pessoas com deficiência, seja ela de ordem física ou mental, optavam, de maneira geral, por mantê-las sempre marginalizada. Com o passar dos anos, em decorrência dos avanços científicos e do amadurecimento da mentalidade humana é que se buscou integrá-las à sociedade.
Nas épocas mais remotas que se tem relato, percebe-se que, a princípio, a sobrevivência do homem primitivo perpassava por um processo bastante rudimentar. A respeito deste período, não existem grandes fontes históricas que permitam compreender com profundidade a realidade então vivenciada.
Neste sentido Gugel (2007, [s.p.]) dispõe que:
Não se têm indícios de como os primeiros grupos de humanos na terra se comportavam em relação às pessoas com deficiência. Tudo indica que essas pessoas não sobreviviam ao ambiente hostil da Terra. Basta lembrar que não havia abrigo satisfatório para dias e noites de frio intenso e calor insuportável; não havia comida em abundância, era preciso ir à caça para garantir o alimento diário e, ao mesmo tempo, guarda-lo para o longo inverno.
Ante a esta realidade, as dificuldades vivenciadas diariamente pelo homem são bastante desafiadoras, permitindo presumir, portanto, que a pessoa com deficiência não conseguia subsistir nesse contexto. Afinal, não se possuía técnicas de armazenamento de alimentos, as condições climáticas nem sempre eram favoráveis, ou mesmo os ambientes destinados ao abrigo e moradia eram inadequados. Quanto a forma de sobrevivência, o homem dependia da caça de animais, atividade esta que demandava grande esforço físico.
A pessoa com deficiência era rodeada por estigmas em razão de sua aparente incapacidade, o que justificava o aniquilamento destes indivíduos por parte do grupo em que estavam inseridos, como explica Silva (2009, p.25):
É quase certo que uma criança nascida com aleijões ou aparentando fraqueza extrema terá sido eliminada de alguma forma, tanto por não apresentar condições de sobrevivência, quanto por crendices que a vinculavam a maus espíritos, a castigos de divindades ou mesmo por motivos utilitários.
Em que pese a falta de conhecimento científico que possibilitasse analisar a deficiência sob uma ótica mais compreensível, os grupos primitivos atribuíam a causa da deficiência a fatores transcendentais. Tal posicionamento é em certa medida compreensível posto que a visão de mundo para tais indivíduos era totalmente dissociada de concepções racionais.
Já no Egito antigo, considerado uma civilização a frente de sua época, eram considerados referência em desenvolvimento cultural e científico, apresentando relevantes avanços médicos, os quais também possuíam uma visão acerca das pessoas com deficiência bastante atrelada à espiritualidade:
Segundo os médicos do Antigo Egito as doenças graves e as deficiências físicas ou os problemas mentais graves eram provocados por maus espíritos, por demônios ou por pecados de vidas anteriores que deviam ser pagos. Dessa maneira não podiam ser debelados a não ser pela intervenção dos deuses, ou pelo poder divino que era passado aos médicos-sacerdotes que as vezes tinham meios para chegar a esse desiderato. Em sua terapêutica usavam as preces, os exorcismos, os encantamentos, somados a poções, pomadas, elementos ou também a eventuais cirurgias(SILVA, 2009, p.38).
Desta forma, tanto o diagnóstico quanto o tratamento destinado as pessoas com deficiência, seja ela de ordem física ou mental, eram utilizados métodos espirituais, a julgar pela própria atribuição do sacerdote, símbolo religioso, que se prestava a exercer a função de médico.
A Grécia antiga propagava a cultura de extermínio de pessoas com má formação. As crianças nascidas nessa condição eram abandonadas, sem qualquer meio que possibilitasse sua sobrevivência, para que, consequentemente viessem à óbito. Em Esparta, por exemplo, parte da preocupação que os incentivava a adotar essa postura era justificada pelo interesse do Estado em manter uma sociedade sadia, perfeita, utilizando-se dessa característica com a finalidade de fortalecerem- se também no aspecto militar. Tal pensamento é propagado por toda a Grécia e corroborado por renomados filósofos da época como Platão, ao descrever uma República utópica e ideal, e Aristóteles (GUGEL, 2007).
4 INCLUSÃO COM DE CRIANÇAS DE 5 A 10 ANOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM PROJETOS SOCIAIS
Os projetos sociais são ferramentas que permitem induzir mudanças a partir das iniciativas dos atores que interagem em um território ou setor específico. A transformação social através de projetos envolve uma gestão local que constrói novas estruturas e oportunidades e maiores espaços para a ação e a atuação das pessoas, criando assim um entorna favorável para o desenvolvimento. 
Trata-se, conforme Woller e Mathias (2015), de reverter situações desfavoráveis que impedem o desenvolvimento local, conceituado como a capacidade endógena de gerar bem estar econômico e social. Por isso, parte-se do pressuposto de que a mudança estrutural a partir da base social pode iniciar com projetos estratégicos integrais de caráter local e comunitário, que envolvam a participação dos diversos atores nos processos de criação de valor e de geração de bem estar econômico e social, em uma perspectiva microssocial e regional que pode crescer e abranger diferentes níveis territoriais, de acordo com a evolução dos processos de gestão. (WOLLER; MATHIAS, 2015).Ao longo dos anos os países apresentavam leis ou mesmo políticas públicas destinadas às pessoas com deficiência, mas inicialmente o faziam de forma tímida e pouco efetiva.
Importante avanço na defesa destes direitos adveio logo após a Segunda Guerra Mundial, quando comunidades do mundo inteiro reuniram-se por meio da ONU e de suas Agências Especializadas, para trataram dos direitos coletivos, a fim de buscar uma melhor atuação na defesa do bem-estar social (SILVA, 2009).
O mundo ficara abalado com os fatos que se sucederam com a Segunda Guerra Mundial, e isto os impulsionou a repensar o valor da vida humana. Com este marco, a discussão acerca dos direitos humanos é colocada em foco. A este respeito Flávia Piovesan (2012a, p.39) esclarece que a partir da Declaração de 1948, ―[...] começa a se desenvolver o Direito Internacional dos Direito Humanos, mediante a adoção de inúmeros instrumentos de proteção‖.
A partir de então, os países passaram a inserir em seus ordenamentos jurídicos normas que primassem pela proteção aos direitos humanos como a vida, igualdade, dignidade da pessoa humana. Posteriormente, no ano de 1993, a Declaração de Direitos Humanos de Viena veio reafirmar os ideais trazidos pela carta de 1948. Em âmbito internacional, precisamente no ano de 2007, pactuam a Convenção da ONU acerca dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o qual representa a mudança de perspectiva adotada pela comunidade internacional quanto a necessidade de proteção específica destinada a pessoa com deficiência.
No Brasil, a primeira previsão constitucional que ampara os direitos da pessoa com deficiência se deu especificamente na Constituição de 1934, apesar de o tratar de forma pouco satisfatória. Anteriormente, as cartas foram omissas quanto ao tema. A Constituição Federal de 1988 foi a que demonstrou maior sensibilidade, representando grande conquista da população brasileira, ao promover a proteção dos direitos fundamentais.
A ratificação do Tratado Internacional relativos aos direitos da pessoa com deficiência e de seu Protocolo Facultativo se deu, no território nacional, em julho de 2008, sendo promulgado em agosto de 2009. É considerado o tratado sobre direitos humanos a preencher os requisitos legais exigidos, previstos no art. 5º, § 3º da CF/88, para que tenha status de Emenda Constitucional. Isto revela o destaque que tal norma recebeu ao ser inserido no ordenamento jurídico brasileiro.
Diversas iniciativas e projetos de pequena escala em espaços locais podem criar círculos virtuosos de prosperidade que podem ser observáveis na articulação de cadeias produtivas regionais, vinculações institucionais ou mercantis que geram e retêm a riqueza em um território específico. Alguns casos relevantes neste contexto de articulações locais para o desenvolvimento foram estudados a partir da linha dos sistemas produtivos locais, sistema agroalimentares localizados, corredores produtivos, etc. De qualquer modo, a viabilidade dos projetos sociais e das inciativas cidadãs se encontra, em boa medida, influenciada por múltiplos fatores que determinarão seu êxito ou fracasso. Se requer um balanço inicial que pondere as fortalezas do projeto quanto a fatores de ordem social, econômica, política, ambiental, entre outros; ou seja, se deve realizar uma aproximação e análise multidimensional às próprias circunstâncias do projeto. (CARMO, 2013, p. 27).
No diagnóstico com participação cidadã, a precisão da análise e das oportunidades é fator chave aos quais os facilitadores devem prestar especial atenção, já que os atores interessados no projeto destinarão tempo e trabalho a serviço deste. Por isso, é importante que a comunicação assertiva seja o eixo para articular a elaboração do diagnóstico e os participantes não considerem as atividades ligadas ao projeto como algo que não seja significativo para sua vida cotidiana. (RABECHINI JÚNIOR, CARVALHO, 2011). 
No enfoque participativo, de acordo com Armani (2009), o diagnóstico inicial é também um instrumento de conscientização e mobilização das pessoas. Inscreve-se na ação e não pode ser totalmente dissociado dela, o que significa também que cria maiores expectativas que um diagnóstico tradicional. O diagnóstico participativo também é um processo interativo, ou seja, que não termina com o início da implementação do projeto, mas precisa ser completado e ajustado durante todo o processo, segundo as necessidades das pessoas e do próprio projeto.
A importância da atuação do assistente social nos projetos sociais é de grande relevância, já que o profissional carrega consigo um conjunto teórico, metodológico, técnico e operativo capaz de compreender essa realidade com uma visão crítica e desvelar as demandas que essa criança traz consigo, buscando medidas que beneficiem seu desenvolvimento social.
No planejamento de projetos sociais são exploradas as melhores opções para alcançar metas e objetivos, programando etapas e caminhos para seu alcance, são elaboradas propostas para satisfazer necessidades sociais e modificar condições problemáticas na vida das pessoas, para melhorar o cotidiano da sociedade em seu conjunto ou, ao menos, dos grupos mais desfavorecidos, buscando a melhoria de sua qualidade de vida, de trabalho, enfim, de seu entorno em geral. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, indica inicialmente que a gestão de projetos sociais é parte da atividade do Serviço Social e seu planejamento e operação é uma arte e uma atividade que combina estratégias, valores e ações que tendem ao alcance de objetivos que efetivamente melhorem a qualidade de vida de comunidades ou grupos sociais. Desta forma, a gestão de projetos sociais envolve mais do que o simples alcance de objetivos e metas, pois contempla também a revisão dos impactos do projeto em distintas escalas e dimensões, exigindo uma formulação integral, com especial atenção aos detalhes operativos e às estratégias traçadas.
Historicamente a pessoa com deficiênciafoi rejeitada, discriminada e inferiorizada, e isto é evidente nas palavras utilizadas ao referirem-se à estas pessoas. Atualmente o termo adotado revela-se adequado, pois privilegia a condição de ser humano, qual seja: pessoa com deficiência.
Quanto aos direitos fundamentais, a Constituição Federal de 1988 reflete a proteção dos indivíduos ao assegurar-lhes a defesa de seus direitos fundamentais. Dentro desse contexto verifica-se a incidência dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da igualdade. Eles permitem, dentre outras formas, que o Estado se proponha a efetivação de seus direitos fundamentais por meio de políticas públicas que venham concretizá-los no contexto em que vivem.
A lei apregoa a plena capacidade no exercício de seus direitos, cabe, portanto, a sociedade compreender o real significado e abrangência dessa premissa, buscando meios que possibilitem a efetivação desses direitos. Afinal, a deficiência por si só não é causa de incapacidade. Em verdade a sociedade, ao não estar preparada para lidar com as demandas e peculiaridades destes indivíduos, acaba por incapacitá-los, condenando-os à marginalidade, seja no acesso à educação, saúde, transporte, cultura, etc. Até mesmo uma postura protecionista sob a pessoa com deficiência acaba impedindo-a de desenvolver toda a sua potencialidade. Um longo caminho foi percorrido em busca da afirmação da pessoa com deficiência na sociedade. Agora, é a sociedade que precisa conscientizar-se de que é caracterizada pela diferença e pela diversidade.
A pessoa com deficiência é acima de tudo ser humano, a deficiência não lhes retira esta qualidade. Logo, é tão digno de respeito e valorização quanto qualquer outra. Propõe-se assim a busca por uma sociedade mais inclusiva e justa, que enxergue a pessoa com deficiência também na qualidade de sujeito de direitos.
REFERÊNCIAS
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