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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 ANATOMOFISIOLOGIA DA PELE ............................................................. 5 3 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS ................................................. 7 3.1 Gestação .............................................................................................. 7 3.2 Envelhecimento dérmico ...................................................................... 9 3.3 Fibroedema geloide ............................................................................ 10 3.4 Estrias ................................................................................................ 12 3.5 Fotoenvelhecimento ........................................................................... 13 3.6 Gordura localizada ............................................................................. 14 4 ESTÉTICA CORPORAL ........................................................................... 16 4.1 Avaliação corporal .............................................................................. 18 4.2 Avaliação física .................................................................................. 20 4.3 Anamnese .......................................................................................... 21 5 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS ............................................................. 21 5.1 Preparação da pele para o tratamento corporal ................................. 22 5.2 Massoterapia ...................................................................................... 23 5.3 Argiloterapia ....................................................................................... 28 5.4 Eletrotermofototerapia ........................................................................ 29 5.5 Gessoterapia ou Lipoescultura gessada ............................................ 35 5.6 Banho de Lua ..................................................................................... 36 6 PROTOCOLOS DE TRATAMENTO ......................................................... 38 6.1 Para FEG ........................................................................................... 38 6.2 Para estrias e para flacidez ................................................................ 42 6.3 Para Gordura localizada ..................................................................... 47 3 6.4 Gestantes ........................................................................................... 52 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 55 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 ANATOMOFISIOLOGIA DA PELE Fonte: avatomuaemfco.com.br A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo responsável por cerca de 16% do peso corporal e possui como principal função isolar as estruturas internas do ambiente externo, e é constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme ou tela subcutânea. A camada externa da pele é a epiderme, sendo avascular com espessura de 75 a 150 um, sendo de 0,4 a 0,6mm de espessura na palma das mãos e planta dos pés, tendo como função principal, proteção contra agentes externos. Constituída de células epiteliais achatadas sobrepostas que as considerando de dentro para fora, estão dispostas em; germinativa ou basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea (DOMANSKY, et al., 2012 apud BERNARDO, 2019). É na camada mais interna (da epiderme) que os queratinócitos se multiplicam e parte se desprende da camada basal e migra para a superfície, esse processo leva cerca de 30 dias, então as células vão sofrendo alterações e em cada camada que passam, uma quantidade de queratina vai se acumulando, até perderem seu núcleo e na altura do estrato córneo onde as células são denominadas corneócitos sofrem seu processo de descamação natural (JUNQUEIRA; CARNEIRO, et. al., 2008). São vários os tipos de células que compõem a epiderme: os queratinócitos (ceratinócitos), sintetizam queratina e a medida com que migram para a superfície 6 origina-se a camada córnea, a queratina é uma proteína fibrosa filamentosa que da firmeza a epiderme e a garante a proteção, permeabilidade e a protege da desidratação; os melancólicos que são células responsáveis pela síntese de melanina, pigmento cuja função é proteção dos raios ultravioleta; as células de Langherans são as células responsáveis pela ativação do sistema imunológico atuando como macrófagos contra partículas estranhas e microrganismos; e as células ou discos de Merkel, que estão presentes entre a epiderme e derme, ligando-se as terminações nervosas sensitivas atuando como receptores de tato ou pressão (DOMANSKY, et al., 2012 apud BERNARDO, 2019). A segunda camada é a derme sendo mais profunda, composta por tecido conjuntivo denso irregular. É uma camada cutânea presente entre a epiderme e o tecido subcutâneo, ricamente constituído por fibras de colágeno e elastina. É capaz de promover a sustentação da epiderme e tem participação nos processos fisiológicos e patológicos do órgão cutâneo. Sua espessura pode variar de 0,6 mm (regiões mais finas) até 3 mm, onde atinge sua proporção máxima, apresenta três regiões distintas: região superficial ou papilar, que mantém contato com a epiderme, é composta por tecido conjuntivo frouxo, com predominância de feixes de fibras colagenosas mais espessas onduladas e em disposição horizontal, possui pequenos vasos linfáticos e sanguíneos, terminações nervosas, colágeno e elastina, corpúsculo de meissner, e tem função de favorecer nutrientes; a segunda camada é a profunda ou reticular, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, com fibras de colagenosas mais espessas em disposições horizontais, formada pela base dos folículos pilosos, glândulas, vasos linfáticos e sanguíneos, terminações nervosas, colágeno e elastina, essa camada fornece oxigênio e nutrientes para a pele; e a terceira região é a adventricial, circundada por folículos pilossebáceos, glândulas e vasos, sendo constituída por feixes finos de colágeno, e na derme estão presentes os anexos cutâneos como glândulas sebáceas e sudoríparas, pelos e unhas (TASSINARY, 2019, apud BERNARDO, 2019). E entre a epiderme e a derme, está presente a lâmina dermo-epidérmica, a qual permite que essas duas camadas estejam ancoradas, é sintetizada pela camada basal 7 e tem como função ser uma barreira e filtro de nutrientes, entre as camadas (FRANCESECHINI, 1994, apud BERNARDO, 2019). A última camada é constituída pela hipoderme ou tela subcutânea, considerada um órgão endócrino, constituídas por adipócitos, tem as funções de armazenar reservaenergética, proteger contrachoques, formar uma manta térmica e modelar o corpo (TASSINARY, 2019, apud BERNARDO, 2019). 3 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS A busca por um padrão de beleza ideal consiste em uma prática observada nas sociedades ocidentais desde a antiguidade clássica, segundo relatos de BOTELHO (2009), citado por DA PAIXÃO (2014). Criados e modificados conforme os costumes de cada época, esses padrões de beleza, denominada ideologia do culto ao corpo, encontram-se permeados pela cultura narcísica, que, por sua vez, materializam-se predominantemente pela preocupação do indivíduo com o volume e as formas corporais. Visto dessa forma, o corpo é entendido como uma construção, mutável e mutante, suscetível a mudanças e intervenções concernentes ao desenvolvimento científico e tecnológico de cada cultura, suas leis, códigos morais e do modo de produção de significados na vida cotidiana (GOELLNER, 2003, apud DA PAIXÃO, 2014). 3.1 Gestação Fonte: lunetas.com.br 8 Durante a gravidez, a gestante apresenta importantes mudanças corporais como consequência de alterações fisiológicas de natureza anatômica, hormonal e bioquímica (SPAGGIARI, 2008, apud CARDOSO, 2017). As mudanças hormonais são consideradas a principal causadora dessas transformações, assim como o aumento de peso corporal e mudanças adaptáveis no centro de gravidade e postura (FONSECA, 2009, apud CARDOSO, 2017). Durante o ciclo gestacional das muitas alterações que ocorrem no corpo da mulher, o edema é um dos mais característicos e presentes, sendo resultado do desequilíbrio entre o aporte de líquido retirado dos capilares sanguíneos pela filtragem e a drenagem desse líquido (SILVA, 2006, apud CARDOSO, 2017). O edema gestacional é comumente definido como um excessivo acúmulo de líquido nos tecidos, valorizando quando de aparecimento súbito. Neste período há um aumento na produção hormonal, e alguns são responsáveis pela retenção hídrica, aumentando o volume sanguíneo que varia de 30% a 50%. Temos capacidade de reter em nosso organismo cerca de 8 litros de água durante a gestação (OLIVEIRA, 2010). Segundo POLDEN e MANTLE (2005), durante a gestação o volume sanguíneo aumenta para enfrentar as demandas localizadas no corpo, favorecendo maior volume e aumento de peso e da pressão intra-abdominal. Segundo PORTER (2005), citado por CARDOSO (2017), neste período pode- se atuar no tratamento e prevenção dessas alterações através de drenagem linfática, técnicas para controle da dor e disfunção pélvica, disfunções articulares, reeducação muscular, orientações posturais nos casos de síndromes de compressão nervosa, aconselhamento, postura, orientação e exercícios em geral. Dos vários tratamentos que podem ser realizados durante a gestação, a técnica mais utilizada para diminuição do edema gestacional é a Drenagem Linfática Manual (DLM). LEDUC e LEDUC (2000), citado por CARDOSO (2017), relatam que ela tem por objetivo drenar o excesso de líquido intersticial e auxiliar na evacuação dos dejetos gerados pelo metabolismo, dessa forma mantém o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais das células. 9 Além das modificações fisiológicas e psicológicas que acometem a mulher neste período, logo há mudanças hormonais e físicas que interferem diretamente na autoestima e libido da mulher, para tanto a sexualidade na gravidez deve ser vista de forma ampla entendendo que algumas gestantes podem apresentar mais desejos sexual e outras não, apresentando diminuição da libido, haja visto que podem ser diversas causas desde fatores hormonais que são mais comuns até fatores psicológicos como: medo de machucar o feto, medo de aborto, não aceitação do novo corpo entre outros (ALVES, 2020). Outras alterações corporais presentes nesta fase são: Aumento das mamas e do abdome; Estrias; Celulites; Aumento de peso; Varizes e Telangiectasias. 3.2 Envelhecimento dérmico Fonte: terra.com.br O envelhecimento começa a se manifestar a partir dos 30 anos de idade, porém a transformação das estruturas da pele se dá desde a formação do embrião. A ciência sub classificou esse processo em fator intrínseco ou cronológico e o fator extrínseco. No envelhecimento intrínseco ou cronológico estão relacionadas as alterações 10 genéticas e de idade, esperado e inevitável, já o envelhecimento extrínseco está diretamente ligado a fatores externos, ou seja, exposição solar, poluição, cuidados diários e todas as condições que surgem para o desgaste natural da pele (TESTON, et.al 2017 apud KEDE et.al 2017). Diante desses fatores a pele idosa apresenta alterações que serão descritas a seguir: A vascularização da pele idosa tem uma redução de 60%, assim, diminuindo o fator de crescimento endotelial, sua espessura é de 65% a 70% da espessura da pele de um adulto, decorrente do apoptose abaixo da camada granulosa e diminuição da superfície derme papilar. Na derme ocorre diminuição de 10% a 20% no número ativo de melanócitos a cada década, deixando essa pele mais suscetível a manchas solares. Aumenta os produtos finais da glicação da matriz extracelular, a geração de radicais livres e danos oxidativos. Há também uma diminuição de fibroblastos e síntese de colágeno (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008, apud BERNARDO, 2019). 3.3 Fibroedema geloide Fonte: fisioterapia.com.br O fibroedema geloide (FEG), conhecido popularmente como “celulite”, é uma patologia de etiologia multifatorial, que apesar do sufixo “ite”, não é uma afecção inflamatória. (KEDE e SABATOVICH, 2004). Caracteriza-se pela presença de pequenas depressões na pele (casca de laranja), que acomete 80 –90% das mulheres após a puberdade, as mulheres caucasianas são cometidas com maior frequência do que as asiáticas e segundo 11 ZERINI et al. (2015), citado por FRANCIOSI (2018), a celulite localiza-se no tecido subcutâneo levando-o a uma alteração, porém não é considerada uma patologia. Esta aparência de casca de laranja ocorre pela degeneração do tecido adiposo em decorrência da má circulação devido ao acúmulo de gordura e rompimento das fibras, envolvendo assim a microcirculação e o sistema linfático, a matriz extracelular e a acumulação excessiva de substâncias no tecido subcutâneo, em particular no interstício celular, que causa um edema na derme (GODOY e GODOY, 2011). De acordo com KEDE e SABATOVICH (2004), a classificação do FEG pode ser dividida em três ou quatro graus. Fonte: interfisio.com.br Grau I: A superfície da pele não apresenta alterações de relevo e não há alteração de sensibilidade; Grau II: Não se observam alterações de relevo da pele à simples inspeção, aspecto de casca de laranja pode ser evidenciado pelo pinçamento manual da área ou pela contração muscular e já se apresenta alteração de sensibilidade; Grau III: O aspecto de casca de laranja é evidente na ausência de contração muscular ou manipulação da área e Grau IV: Presença das alterações do grau III, associadas a nódulos, elevações e aderências aos planos profundos apresentando alterações sensitivas aumentadas. 12 3.4 Estrias Fonte: interfisio.com.br As estrias aparecem como lesões eritematosas que evoluem para alterações brancas e atróficas. Ainda podem ser consideradas cicatrizes resultantes da lesão dérmica dos tecidos de conexão, nas quais o colágeno cede em resposta às forças estressoras locais, chamadas estrias vermelhas (MENDONCA, 2011, apud DOLOVITSCH, 2016). A patogênese ainda não é inteiramente conhecida. Os estudos científicos reconhecem seu caráter multifatorial e vêm explanando os vários fatores sugeridos em sua origem. As mudanças nas estruturas que aguentam forças tênsil e elasticidade geram um “afinamento” do tecido conectivo que, aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem as estriações cutâneas (BONETTI, 2007,apud DOLOVITSCH, 2016). A etiologia das estrias é bastante controversa, assim sendo três teorias tentam justificá-la: teoria mecânica, teoria endocrinológica, teoria infecciosa (GUIRRO & GUIRRO, 2002, apud DOLOVITSCH, 2016). Apesar de a etiologia das estrias não ser bem compreendida, aceita-se que a combinação de estiramento mecânico da pele com fatores genéticos, com alterações endócrinas e, eventualmente, com secreção de relaxina durante a gravidez, isolados ou associados, tem papel significativo nas mulheres grávidas (MAIA,2009, apud DOLOVITSCH, 2016). Com base no estudo de TANCSIK e MORAES (2009), citado por DOLOVITSCH (2016) explica-se a seguir os fatores da gênese das estrias: 13 Fatores genéticos: como história familiar, antecedentes pessoais e etnia podem estar relacionadas ao aparecimento de estrias. Ainda podem estar associadas ao surgimento de estrias a síndromes como Ehlers-Danlos, Marfan, displasia ectodérmica e striae distensae familiar autossômica dominante. Fatores mecânicos: as estrias acontecem exclusivamente na pele em que o tecido conectivo é parcialmente maduro com uma quantidade crítica de colágeno com ligações cruzadas e colágeno imaturo “elástico”, que permite um grau de estiramento limitado e uma ruptura intradérmica parcial. Ainda é sugerido que as estrias sejam resultantes do rompimento das fibras elásticas devido às forças de tensão. No entanto, acredita-se que as estrias sejam o resultado de uma reação inflamatória inicial que determina a destruição de fibras elásticas e colágenas. O processo seria seguido de regeneração das fibras elásticas na direção imposta pelas forças mecânicas. Fatores hormonais e bioquímicos: participação de fatores hormonais é citado nos estudos sobre estrias, principalmente em relatos de caso relacionados a gestação, puberdade e uso de corticosteroides. De acordo com VANZIN e CAMARGO (2011), coitado por DOLOVITSCH (2016), é atribuído também a patogênese das estrias às alterações em componentes da matriz extracelular (fibrina, elastina e colágeno). 3.5 Fotoenvelhecimento Fonte: dermatovisual.com.br Segundo DE FREITAS (2018) envelhecer é um fenômeno natural da pele, fisiológico, do qual, nenhum indivíduo escapa, denominado envelhecimento 14 cronológico. No entanto, consideramos fotoenvelhecimento o envelhecimento da pele causado pela exposição excessiva ao sol, e não pelo processo natural da pele. As principais alterações da pele no fotoenvelhecimento são: ressecamento, enrugamento acentuado, flacidez e alteração de pigmentação, as famosas manchas. Porém, se o indivíduo passar anos de sua vida se expondo ao sol, à poluição, alimentando-se muito mal e com o vício do tabagismo, sua pele sofrerá um acentuado envelhecimento. De todos, o pior é a exposição solar, que acarretará o aparecimento de manchas- o fotoenvelhecimento. A pele fica hiperpigmentada, pois, toda vez que o paciente toma sol, ela aumenta a produção da melanina, o pigmento que confere a cor natural da pele. O ruim disso é que essas manchas se espalham de uma forma irregular na face e no corpo. O fotoenvelhecimento varia de indivíduo a indivíduo, pois depende da quantidade de melanina da pele e do tipo de pele, assim como da frequência e duração da exposição solar que o paciente teve ao longo dos anos. Além disso, percebemos o grande aumento da extensão dos sulcos, já que as pregas faciais e corporais se acentuam muito nas pessoas que nunca se cuidaram em relação à exposição solar, e a condição de flacidez torna-se muito evidente, tanto no rosto quanto no corpo (PINTO, 2014, apud DE FREITAS, 2018). 3.6 Gordura localizada Fonte: saude.net.br 15 A adiposidade também pode ser chamada de gordura abdominal ou até mesmo de obesidade central e esta pode ser associada com alguns determinados padrões de distribuição de gordura corporal atrelados a distúrbios metabólicos e prováveis riscos cardiovasculares. Neste sentido, GUIRRO e GUIRRO (2015), citado por BARROS (2020) relatam que os procedimentos estéticos corporais não invasivos podem atuar como um instrumento eficaz, de forma isolada ou como adjuvante aos tratamentos convencionais, para o alcance destes resultados. A adiposidade abdominal é um distúrbio multifatorial, com alta prevalência em mulheres adultas jovens e, apesar de nenhuma morbidade, causa grande insatisfação e influência negativa na qualidade de vida. A fisiopatologia deste distúrbio foi descrita como um distúrbio esteticamente desagradável para a maioria das mulheres após a adolescência. É um problema complexo que inclui alterações envolvendo a microcirculação, sistema linfático, matriz extracelular e adipócitos. Afeta certas áreas do corpo com mais ênfase, como coxas e nádegas (GUIRRO e GUIRRO, 2015, apud BARROS, 2020). Estudos também descrevem a fisiopatologia envolvendo uma hiperatividade de fibroblastos estimulados pelo estrogênio, o que aumenta a síntese de glicosaminoglicanos e colágeno que aumentam a pressão osmótica intersticial e a retenção de água. Uma diminuição da pressão osmótica capilar em relação à pressão osmótica intersticial gera edema e redução da drenagem com subsequente hiperpolimerização e formação de micronódulos e colágeno fibrosclerótico. Os sintomas incluem adiposidade edematosa, celulite incipiente ou alterações no alívio da pele medidas pela gravidade clínica (KEDE, 2015, apud BARROS, 2020). O tecido adiposo pode ser dividido anatomicamente em duas camadas por uma camada de tecido fibroso chamada fáscia de Camper. A camada areolar possui septos fibrosos dispostos em uma arquitetura vertical peculiar que conecta a derme preenchida por grandes adipócitos globulares; abaixo, os septos da camada lamelar têm mais eixo horizontal e os lóbulos de gordura são achatados. Os adipócitos são células especializadas no armazenamento de gorduras (LEE, 2016, apud BARROS, 2020). 16 A maioria das terapias destinadas a reduzir o tecido adiposo envolve efeitos termolipolíticos (radiofrequência) ou danos às células adiposas (criolipólise, cavitação ultrassônica do tecido adiposo). Apenas alguns tipos de tratamentos estéticos focam na eliminação de causas associadas ao desenvolvimento de tecido adiposo e celulite, incluindo distúrbios da microcirculação sanguínea no tecido subcutâneo (BERTOLO, 2015, apud BASTOS, 2020). 4 ESTÉTICA CORPORAL Vive-se em um contexto global em que a cultura influencia diretamente na visão e no comportamento individual. Cultua-se a ideia do corpo perfeito, onde todos, independentemente do sexo, ocupam-se, por vezes exacerbadamente, com a estética corporal. As pessoas passaram a se preocupar demasiadamente com a aparência e, por vezes, não existe mais espaço para aqueles que não se enquadram em tais exigências. Essa situação tem originado um conflito entre natureza e cultura, que não se dá apenas em termos individuais, como um trabalho psicológico solitário, já que a busca pela identidade pessoal é a encarnação de todo um complexo sistema de relações sociais presentes, antes mesmo da existência do sujeito no mundo. A sociedade modela o corpo através das relações sociais e culturais, controlando seus usos e comportamentos. Assim, a imagem corporal é um conceito multidimensional, que revela a percepção do sujeito relativa a seu corpo influenciada por constructos sociais como as representações comportamentais da personalidade e os estados emocionais (LOPES, 2017). De acordo com AMARAL et al. (2007, 43), citado por LOPES (2017), a imagem do corpo apresenta definição semelhante ao autoconceito, que representa a percepção que o indivíduo tem de si próprio e, em termos especiais, as atitudes, os sentimentos e o autoconhecimento acerca das suas capacidades, competências, aparência física e aceitabilidade social. Pode-se considerar que a imagem corporal é umadimensão do autoconceito, podendo ser influenciada por fatores fisiológicos, sociológicos, emocionais e libidinais, como coloca SCHILDER (1999, p. 20) citado por LOPES (2017). 17 Conforme TAVARES (2003, p. 45) citado por LOPES (2017), a insatisfação com a imagem corporal tem relação com aspectos da atratividade física e os ideais culturais do corpo. De modo que os comportamentos relacionados a essa insatisfação podem ter efeitos devastadores na saúde física e psicológica da pessoa. A imagem corporal possui um eixo pulsional que sustenta a individualidade e é o ponto de partida para o desenvolvimento da identidade da pessoa (TAVARES, 2003, p. 48). TAVARES (2003, p. 52) acrescenta que a imagem corporal reflete a história de uma vida, o percurso de um corpo, cujas percepções integram sua unidade e marcam sua existência no mundo a cada instante. Por sua vez, MENDONÇA e MEIRELES (2010, p. 22) citado por LOPES (2017), realçam ser esta a “era da visibilidade”, na qual a forma e a imagem são os valores sociais mais importantes De acordo com LOPES, 2017, percebe-se que o mundo social claramente discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações cotidianas importantes. Já que as pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes e, ao contrário, os indivíduos tidos como não atraentes estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável. É a identidade pessoal que dá ao indivíduo o sentido de pertencer a si próprio, ter um domínio sobre suas escolhas, uma ideia do caminho que deve seguir diante de suas decisões, como acrescenta LOPES (2017). No entanto, essa mesma identidade exige uma identificação psicológica do próprio sexo biológico, homem/mulher. A imagem corporal vai se desenvolvendo como um produto da relação do indivíduo consigo mesmo e com os outros. Como acrescenta VAN KOLCK (1984, p. 46) citado por LOPES (2017), a imagem corporal é uma unidade adquirida, é dinâmica, portanto alterações corporais provocam mudanças na imagem corporal e esse fenômeno é particularmente intenso na adolescência. Frente a todas essas mudanças, a imagem corporal também precisa 18 ser reformulada. A imagem corporal ou esquema corporal é a representação mental do próprio corpo e/ou o modo como ele é percebido pelo indivíduo. Compreende, segundo acrescenta SCHILDER (1999, p. 31) citado por LOPES (2017), não só o que é percebido pelos sentidos, mas também as ideias e os sentimentos referentes ao próprio corpo, em grande parte inconscientes. 4.1 Avaliação corporal A Ficha de Avaliação Corporal deve ser realizada antes de efetuar qualquer procedimento estético, sendo muito importante o preenchimento da ficha de anamnese geral, assim como garantir a veracidade das informações contidas nela, para oferecer um tratamento seguro e o melhor resultado ao paciente. Fonte: esthetics.com.br 19 A anamnese deve conter informações relacionadas à saúde do paciente como: Patologias instaladas; Medicamentos em uso; Alergias; Se realizou algum procedimento cirúrgico; Prática de exercícios físicos; Alimentação balanceada; No caso de mulher, se é gestante. Todas as informações acima são de extrema importância para entender o que acontece com o corpo de maneira completa (meio externo e interno), e assim elaborar um protocolo atendendo a individualidade e respeitando alterações por muitas vezes difíceis de modificar, como a parte hormonal ou em caso de alguma patologia existente. Deve ser realizado uma avaliação palpável no local em que o paciente refere tratamento, identificando inchaço, nódulos, flacidez e aderências. Importante ressaltar que a queixa pode ser gordura localizada ou estrias por exemplo. Porém, para um resultado satisfatório, é importante observar se a região apresenta outras características que poderiam influenciar no resultado como um todo. Ou seja, não só tratar, mas prevenir algo futuro como uma flacidez de pele. Assim é feito a perimetria (medida das circunferências), das dobras (através do adipômetro) e para alguns tratamentos medida de altura e largura da área a ser tratada. Por último, deve ser realizado (com autorização do paciente) fotos de antes e depois do tratamento para comparação visual, denominado Portfólio. Com uma avaliação realizada corretamente, tendo todos os detalhes esclarecidos, o tratamento será eficaz, alcançando resultados satisfatórios para o profissional e para o paciente. A importância de uma boa avaliação vai além do preenchimento de uma anamnese, é preciso que o profissional enxergue o paciente como um todo visando sempre a qualidade de vida do mesmo. A estética vai além do visual, precisa ser algo de dentro para fora, um bem-estar geral. 20 Observações importantes: No exame físico da gestante, além de observar as disfunções estéticas, fique muito atento à pressão arterial da cliente, para se evitar massagens que possam ainda mais sobrecarregar o corpo da mesma. 4.2 Avaliação física WHO (1998), citado por REZENDE (2010), relatam que o índice de massa corporal (IMC) e a medida de circunferência da cintura (CC) têm sido amplamente utilizados na avaliação do excesso de peso e da obesidade abdominal; são medidas recomendadas pela World Health Organization e pelo National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institute of Health. Segundo os pontos de corte recomendados por esses órgãos internacionais, o risco de morbidade em homens adultos eleva-se à medida que o indivíduo migra da categoria de IMC normal (IMC: 18,5 a 24,9kg/m²) para a categoria de sobrepeso (IMC: 25,0 a 29,9kg/m²) ou obesidade (IMC > 30kg/m²), e quando apresentam a medida de circunferência de cintura maior ou igual a 94cm e/ou quando a relação cintura-quadril é maior ou igual a 1,0. É importante ressaltar que as categorias de IMC de adultos não são diferenciadas segundo o sexo, além de abranger uma ampla faixa etária (20 a 59 anos). Um fator que limita a aplicação do IMC é que ele não é capaz de fornecer informações relacionadas com a composição corporal. Pessoas com elevada quantidade de massa muscular podem apresentar elevado IMC, mesmo que a gordura corporal não seja excessiva (WITT, 2005, apud REZENDE, 2010). Apesar de o IMC não fornecer informações relacionadas com a quantidade e distribuição da gordura corporal, REZENDE (2010) diz que muitos estudos demonstram a sua importância na avaliação do risco de mortalidade. 21 4.3 Anamnese Fonte: ck.com.br 5 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS Os procedimentos estéticos corporais têm a função de gerar mudanças positivas no corpo de quem os recebe. O problema é que há dezenas deles no mercado, o que pode trazer dúvidas sobre qual escolher ou como realizá-los. Os procedimentos estéticos servem tanto para o rosto quanto para o corpo. Trazem resultados variados, o que os torna atraentes. Com o avanço da tecnologia, surgem outras alternativas, que se tornam mais famosas graças ao excelente desempenho que apresentam. 22 5.1 Preparação da pele para o tratamento corporal Gommagem e Esfoliação Fonte: radaic.com.br A esfoliação é também conhecida em francês como gommage, raspagem da pele ou peeling, do verbo em inglês to peel (esfoliar). Consiste em retirar impurezas e células queratinizadas da superfície cutânea, afinando e uniformizando a camada córnea para facilitar a aplicação e a absorção de cosméticos complementares obtendo-se uma pele com aparência mais saudável com melhoria da aparência estética, principalmentenas desordens de pigmentação, queratose actínea e rugas finas (SOUZA, 2006, apud CAREGNATTO, 2011). Tratamento Detox- Desintoxicação Fonte: santispa.com.br 23 O tratamento detox é ideal para a eliminação de toxinas, como forma de preparar o corpo antes da aplicação de outros tratamentos, ou para objetivos mais específicos, isso por que esta sessão elimina toxinas e substâncias que o nosso corpo não precisa, e na hora de aplicar o próximo protocolo, o corpo estará livre desses compostos e pronto para receber o tratamento. A sessão detox atua diretamente no sistema linfático, estimulando a locomoção de toxinas daquela região até os linfonodos e os rins, que realizam a eliminação através de excreção. O detox corporal, além de não ser invasivo, é ideal para quem busca eliminar líquidos e toxinas, inchaço e melhorar a saúde vascular, pois atua diretamente no sistema linfático. O procedimento também acelera o metabolismo, proporciona relaxamento muscular e melhora a elasticidade da pele. Também é indicado no combate à celulite, edemas ou inchaços e como tratamento complementar. 5.2 Massoterapia Segundo CANÇADO (2017), citado por ANDRADE (2020), a massagem terapêutica produz inúmeros benefícios, sendo capaz de proporcionar bem-estar físico e mental aos pacientes que a utilizam continuamente. Fonte: olharconceito.com.br Além do relaxamento do corpo e da sensação de bem-estar, entre os benefícios obtidos pela massagem, incluem: Controle do estresse; 24 Diminuição da ansiedade; Alívio da tensão e das dores musculares; Significativa melhora da circulação sanguínea; Aumento da elasticidade da pele e da imunidade; Diminuição da pressão arterial, no caso de pacientes hipertensos; Alívio de dores de cabeça; Redução do cansaço; Estimulação e o equilíbrio do trato gastrointestinal; Melhora na eliminação de toxinas e resíduos metabólicos e Diminuição da insônia (CEZIMBRA, 2009, apud ANDRADE, 2020). O mesmo autor ainda relata que além dos benefícios citados, estudos neurocientíficos apontam para os benefícios do contato entre a pele do paciente, o maior órgão do corpo humano, com a pele de quem está realizando a massagem, enquanto as mãos deslizam sobre o corpo do outro, desencadeiam transformações em todo o organismo, trazendo bem-estar físico e mental. Massagem modeladora A massagem modeladora é um tipo de massagem que se utiliza de movimentos de amassamento, deslizamento e pressão com movimentos rápidos e vigorosos sobre a pele, tem como objetivo trabalhar de forma localizada as regiões do corpo onde deseja uma redução de medidas e melhora do quadro de celulite. Basicamente os movimentos da massagem modeladora são os mesmos da massagem relaxante, porém efetuados com mais vigor e com pressão em pouco maior. Normalmente utiliza- se para essa massagem um produto cosmético com princípios ativos redutores e descongestionantes. A duração é de cerca de 45 a 60 minutos. Os efeitos fisiológicos são: Vasodilatação, Melhora da oxigenação, Nutrição tecidual, Melhora do sistema linfático, Estimulação da eliminação dos metabolitos. 25 Indicação: modelagem corporal, redução de medidas, gordura localizada (RIBEIRO, 2010). Fonte: fisioderme.com.br Contraindicações: processos infecciosos, hipertensão descompensada, diabetes descompensado, gestantes (em abdome), lesões cutâneas (no local), pós- operatório imediato, neoplasias e alterações vasculares tais como varizes, flebite e trombose. (RIBEIRO, 2010). De acordo com RIBEIRO (2010), as formulações cosméticas para massagem são elaboradas com uma substancial parte oleosa ou umectante que tem como objetivo diminuir o atrito entre a pele de quem aplica a massagem e a de quem recebe, facilitando as manobras a serem realizadas e tornando-as menos incômodas ou doloridas para quem recebe. Drenagem linfática Fonte: magote.com 26 A Drenagem Linfática Manual (DLM) utiliza manobras superficiais, feitas em ritmo contínuo e lento para que a linfa seja conduzida gradativamente, de forma progressiva e harmônica (EMRICH, 2013, apud CARDOSO, 2017). Deve ser sempre iniciada com a “evacuação” ou “desbloqueio” das regiões proximais comprometidas através da manobra de bombeamento, seguindo-se distalmente para as regiões comprometidas através dos estímulos manuais, aumentando a motricidade do linfangion e, consequentemente, o fluxo linfático (SANTOS, 2012, apud CARDOSO, 2017). O fator mais importante encontrado é a prevenção, evitando a desidratação desnecessária, especialmente em gestantes predispostas em ter edemas (retenção de líquidos). A técnica ajuda no sistema linfático, removendo as proteínas e as escórias metabólicas, facilitando a troca de nutrientes (SILVA et al., 2015, apud CARDOSO, 2017). Massagem relaxante/ massagem clássica De acordo com VALE et al. (2015), citado por SOUSA (2020), o método empregado na massagem clássica é realizado através de movimentos rápidos, repetitivos constantes sobre os tecidos efetivando a utilização das técnicas de forma congruente, lógica e harmoniosa, tem a atribuição de reequilibrar, tonificar, relaxar e alongar o corpo. O relaxamento, força, agilidade e leveza com as mãos podem ser conseguidas apenas se a postura do terapeuta possibilitar conforto no decorrer da prática da massagem. O movimento da massagem é de oscilação para trás e para frente dissuadindo os quadris, joelhos e tornozelos. Esta movimentação oscilatória também usa o peso do corpo para regular a quantidade de pressão efetuada, como relata GOMES (2010) citado por SOUSA (2020). 27 Fonte: sympla.com.br A massagem estimula a endorfina e a serotonina que são os hormônios responsáveis pela sensação de prazer, relaxamento e também encarregado pelo sono profundo sendo apontados de sono REM. A massagem reduz o cortisol um dos dirigentes pela insônia/estresse, deste modo, o indivíduo que a está recebendo, terá menos cortisol na corrente sanguínea, o que levará a uma melhoria na sua qualidade do sono (BERTOJA et al, 2017, apud SOUSA, 2020). Bambuterapia Fonte: fisioderme.com.br Um recurso que atualmente é bastante utilizado no tratamento é a técnica de bambuterapia, criada na França pelo fisioterapeuta Gill Amsallem, a técnica de bambuterapia, serve tanto para acalmar como para energizar, acelerar, relaxar tecidos e fibras musculares, além de promover uma drenagem linfática, reduz medidas, modela o corpo, trabalhando todo o físico e a mente promovendo um equilíbrio estético FERNANDES (2020). 28 5.3 Argiloterapia Fonte: tuasaude.com A argila é o resultado da fragmentação (química ou alteração) de rochas silicatizadas da crosta terrestre, como feldspato e micas, entre outras, ao longo dos anos, por meio das variações atmosféricas ocorre à formação dos diversos tipos de argilas, ou seja, as rochas se associam aos óxidos-composto binário de oxigênio e outros elementos- proporcionando assim várias tonalidades (HELLMANN, 2017). Os minerais como ferro, potássio, silício e magnésio conferem ação bactericida, antisséptica e regeneradora à argila, promovendo troca iônica e apresentando ação catalizadora para muitas reações químicas. Sua estrutura arenosa ocasiona uma esfoliação suave, promovendo também ação tensora e estimulante, amaciante, suavizante, oferece aquecimento, refrescância e firmeza local (BROD, 2012). Em seus estudos MEDEIROS (2014), citado por BOING (2018) destaca que as teorias que sustentam a geoterapia são fundamentadas nos princípios estruturais, energéticos e químicos da argila. Entre essas teorias destacam-se a teoria energética, mineralizante, osmótica, térmica, antimicrobiana e vitalizante. A teoria mineralizante ocorre devido a uma concentração amplade minerais que quando em contato com a pele pode-se perceber visivelmente a mudança nos aspectos físicos da pele, como brilho, maciez e coloração da pele. Além disso, os mesmos autores relatam que os elementos minerais liberados pelas argilas no meio aquoso, quando em contato com a pele, tem sua entrada 29 facilitada, pois os íons são absorvidos pelos queratinócitos, o que facilita sua entrada nos espaços intersticiais das células da epiderme e derme, possibilitando a obtenção de resultados satisfatórios, quando são usadas em tratamentos estéticos tanto faciais como os corporais. 5.4 Eletrotermofototerapia Ultracavitação ou Lipocavitação A terapia com ultracavitação, trata dos mesmos princípios que o ultrassom terapêutico, no entanto as ondas sonoras são emitidas em alto nível ultrassônico. A frequência deste tipo de ultrassom pode variar entre 27 KHz e 3 KHz, com isso suas ondas são absorvidas com mais intensidade, sendo indicados para procedimentos superficiais. O ultrassom estético é dividido em duas propriedades: Ultrassom focalizado de alta intensidade: quando as emissões das ondas sonoras são de forma focalizada e a energia ultrassônica se encontra pontual a determinada profundidade. Ultrassom de baixa frequência e baixa intensidade: quando as emissões das ondas sonoras deste aparelho não são focalizadas; caracteriza-se pelo ultrassom convencional, porém com intensidade maior e frequências em kHz mais baixas (NEVES, 2008, apud SILVA, 2018). Fonte: magote.com A cavitação é a criação de bolhas com gás, tendo dimensões de micrômetros. Existem dois tipos de cavitação, a estável e a instável. A estável é o surgimento de 30 bolhas que balançam de um lado para o outro, dentro das ondas de pressão do ultrassom. Elas se expandem e decrescem de volume, no entanto permanecem intactas. A cavitação instável é conhecida por amplitudes de alta pressão, que podem proceder em um choque das bolhas causando mudança de temperatura, pressão e dano tecidual. Este choque das bolhas concede energia, podendo gerar radicais livres e levar a reações de oxidação. Desenvolve-se de um acontecimento destrutivo, constituindo na lesão celular provocada por força de tração e encolhimento das ondas ultrassônicas (GUIRRO e GUIRRO,2004 apud SILVA, 2018). Porém, o principal mecanismo de ação do ultrassom cavitacional, é o instável, pois ele é utilizado para a redução de gorduras localizadas. E é um efeito inteiramente cobiçável, isto porque, o resultado é o rompimento do adipócito, que se dá ao dano provocado no tecido adiposo (NEVES, 2008 apud SILVA, 2018). Ultrassom O Ultrassom que emite vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000 Hz. Nos ultrassons terapêuticos, as frequências podem oscilar entre 0,7 MHz e 3 MHz, sendo a frequência de 3MHz indicada para procedimentos estéticos, pois as ondas sonoras de maior frequência são mais atraídas pelos tecidos mais superficiais (BORGES, 2010, apud BORGES, 2020). Fonte: fisioderm.com.br Os efeitos fisiológicos são extremamente benéficos, sendo eles de ação térmica ou mecânica. Destacam-se a micromassagem, por meio das oscilações provocadas pelo feixe ultrassônico atravessando os tecidos, melhorando a circulação de fluidos, consequentemente melhora ne oxigenação e nutrição. Ele contribui para a 31 permeação de ativos, por sua propriedade de cavitação, que são bolhas que se formam no tecido e se rompem violentamente, além de diminuir o potencial de membrana celular, aumentando os processos osmóticos. Segundo LACRIMANT et al, 2014, citado por PINTO (2018), dessas duas maneiras têm-se a permeação de ativos, pode-se também obter a estimulação da angiogênese, isto é, formação de novos vasos, e sua ação tixotrópica, que tem a propriedade de transformar estruturas de estado sólido em gel, o que é bastante favorável no tratamento de FEG e fibrose pós cirúrgica. Na gordura localizada ele age quebrando a gordura devido ao aumento de energia o que leva a formação de bolhas de ar que levam a ruptura celular, logo a gordura se desloca do espaço extracelular, sendo encaminhada para o fígado e vias linfáticas. Segundo PEREIRA (2017), citado por PINTO (2018), é contraindicado o uso do aparelho de Ultrassom em pacientes que relatem problemas vasculares, por conta do risco de embolias, tendência a ter hemorragias, áreas afetadas por isquemia, áreas ao redor dos olhos e crânio, devido a propriedade de cavitação do aparelho, coração, pela possibilidade de modificar as propriedades contráteis. Não deve ser aplicado sobre útero gravídico, podendo interferir no desenvolvimento do feto durante sua formação, sobre tumores, por conta da possibilidade de acelerar o crescimento e/ou metástase, locais de infecção, pelo risco de disseminação. Criolipólise CARNEVALLI et al. (2018), citados por GUIMARÃES (2020), dizem que o uso do método da criolipólise é justificado nos resultados sistêmicos produzidos no organismo, interferindo na estabilidade térmica e intensificando de seletivo, diminuindo a gordura localizada, embasado no congelamento da adiposidade subcutânea e levando sua eliminação. O aparelho de criolipólise usa uma técnica que propicia e permite o resfriamento acentuado e localizado, podendo chegar até a -8°C e autorizada ser mantida na região de 30 a 60 minutos. Com a utilização do frio intenso, acontece um congelamento da adiposidade armazenada no tecido subcutâneo e acaba induzindo a apoptose da célula. Apó vem do grego, separação, Ptôsis vem de queda, morte celular, que é o que ocorre no tratamento de criolipólise. Daí sucede a morte das células congeladas provocando a 32 autodigestão controlada e retirada das células lesadas sem nenhuma transformação do microambiente celular (ARAÚJO, 2018, apud GUIMARÃES, 2020). CARNEVALLI et al. (2018), citados por GUIMARÃES (2020), revelam que os motivos comportamentais, fisiológicos e ambientais coordenam como o corpo vai responder a exibição ao frio e a habilidade fisiológica e de se adequar a esta modificação é muito pequena. A pele é o maior órgão e é essencial na conservação da temperatura central do corpo e as circunstâncias geladas permitem lesões por frio. Queimaduras estimuladas pelo frio acontecem depois da exposição aos metais, ar e líquidos muito gelados. A prevenção é primordial para se preservar dos resultados que o frio causa. Apesar de não protegerem muito contra o frio, eles utilizam uma membrana que não permite haver queimaduras, como a temperatura é muito baixa, esta possui emoliente para te guardar do frio. AGNE (2016), citado por GUIMARÃES (2020), acha importante ressaltar que para a realização da técnica de criolipólise é indispensável alguns preparativos para que não aconteça queimadura provocada pelo frio no local da aplicação. A membrana que cobre a parte exposta a temperatura é o item primordial da segurança. Essa membrana é formada por um tecido de trama particularizada para não rasgar durante a sucção que sucede no começo do procedimento e que aguente até o final com a mesma veemência, além do mais, tem um líquido que deixa a mesma umidade do início até o fim do procedimento. Esse líquido é formado por diferentes e muitos elementos que asseguram a organizada do tecido e proteção do procedimento. Radiofrequência A técnica de radiofrequência se dá pela transmissão de correntes elétricas de alta frequência, produzindo um campo eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos do corpo. Sendo uma terapia segura que pode ser utilizada em todos os tipos de pele (LATRONICO, 2010, apud SOARES, 2017). Segundo BORGES (2016), citado por BORGES (2020), a radiofrequência resulta em aquecimento quando aplicada no tecido e quando os adipócitos são aquecidos diminui-se sua viabilidade causando apoptose (morte celular).Essa tecnologia busca reduzir a aparência e volume do adipócito. Uns dos efeitos 33 mecânicos do equipamento é o de promover vasodilatação, melhora oxigenação local, causa trauma térmico na membrana adipocitária diminuindo a quantidade de gordura subcutânea. Fonte: consulin.com.br Referindo-se à forma de aplicação da radiofrequência, essa apresenta diferentes manoplas, sendo segundo DRAELOS (2012), citado por SOUZA (2018): Monopolar: constituída por um cabeçote, podendo ter a presença ou não de uma placa de retorno, sendo utilizada em procedimentos subcutâneos, ou seja, chegando até a última camada da pele; Bipolar: caracterizada por dois polos na mesma manopla ou separada, sendo um ativo e outro passivo, cujo circuito se fecha atingindo apenas camadas superficiais; Tripolar: composta por três polos, nos quais o fornecimento de energia ocorre de forma desordenada, devido ao fato de um polo ter maior concentração que o outro; Hexapolar: possuindo seis polos, cuja distribuição de energia ocorre de forma ordenada devido à presença de um número par de polos. A forma com que a radiação da radiofrequência é transferida para o paciente é designada por três padrões: Indutiva: utilizada em procedimentos superficiais, sua aplicação se dá por eletrodos de vidro, contendo gases, sendo muitas vezes confundida com a alta frequência; 34 Capacitiva: encontrada na maior parte dos equipamentos bipolares, compondo-se de um eletrodo ativo isolado que serve como capacitor, acumulando cargas e liberando no momento em que a concentração de voltagem no material de isolamento exceder sua capacidade, esse tipo de radiofrequência gera um maior calor em tecidos ricos em água; Resistiva: caracterizada por eletrodo ativo de condutor metálico, em que, ao contrário da capacitiva, não há capacitor e atua gerando calor de fora para dentro em tecidos que apresentam baixa hidratação. Há uma forma fácil de diferenciar ambos os padrões, afinal a capacitiva apresenta eletrodo com isolante e a resistiva, um condutor metálico (RONZIO, 2010, apud SOUZA, 2018). BORGES (2016), citado por SOUZA (2018), no que se refere à percepção de calor descrita pela cliente durante o procedimento, é possível fazer a mensuração por meio de quatro níveis. Nível 1: calor imperceptível; Nível 2: calor moderado; Nível 3: calor intenso; Nível 4: calor insuportável. Lembra-se que a temperatura aparente varia de pessoa para pessoa e se faz necessário o uso do termômetro, evitando, assim, queimaduras e garantindo maior segurança. Segundo AGNE (2009), citado por SOUZA (2018), há uma diferenciação da temperatura interna e externa, relatando que, no momento que a temperatura externa atinge 40° a 41°C no termômetro de infravermelho, internamente ela já estará em 45°C; sendo assim, deve-se sempre manter a temperatura externa de aproximadamente 42°C, pois se essa se elevar acima disso, trará prejuízos ao tecido. 35 5.5 Gessoterapia ou Lipoescultura gessada Fonte: tuasaude.com O gesso possui como função modelar a área a ser tratada. Após a secagem e modelagem do gesso sobre a pele, ocorre a oclusão, que desencadeia o efeito de contenção de tecido, o que auxilia também na drenagem dos líquidos. “A pressão externa constante na região edemaciada favorece o retorno venoso e linfático”, segundo citam GODOY e GODOY (2011). Passo a passo Higienização: Realizar assepsia nas mãos do profissional e nas áreas de tratamento. Após, fazer esfoliação (pode usa Peeling) nas regiões a serem tratadas e massageá-las com movimentos suaves e circulares até o produto formar grumos (rolling), secar e retira-lo totalmente (com ducha, bandaletes úmidas ou lenços umedecidos) Após avaliação da necessidade de o cliente realizar a massagem aplicando o produto cosmético necessário. Para gordura: Coloque a quantidade suficiente para cada local tratado. Aplique a argila preparada, em camadas finas nos locais a serem tratados (abdômen, braços ou coxas). Umedecer a Atadura Gessada e envolver o local a ser trabalhado. Este processo desencadeará uma oclusão, drenagem e modelagem do local. Aguardar aproximadamente 30 minutos e retirar tudo. Observação: A atadura gessada seca entre 08 a 12 minutos. 36 Finalização: Após a retirada, finalizar com uma fina camada de gel crioterápico (ou outro creme termoestimulador de sua preferência), nos locais tratados, para dispensar o cliente. 5.6 Banho de Lua O banho de lua também conhecido por banho dourado é um tratamento que tem como objetivo principal limpar a pele, eliminar as células mortas, proporcionar, maciez, suavidade e relaxamento além do clareamento dos pelos. É procurado principalmente no verão (maior tempo de contato com o sol, praia, piscina) devido à nutrição e hidratação que proporciona, além de valorizar ainda mais a pele bronzeada. É procurado também no pré-tratamento estético com função de potencializar o efeito e favorecer a penetração dos princípios ativos. O banho de lua também proporciona um relaxamento corporal, pois durante a aplicação dos produtos o profissional utiliza movimentos de massoterapia para proporcionar ainda mais conforto ao cliente. Antes do início do tratamento deve ser feita uma avaliação, contendo principalmente dados sobre alergias e sensibilidades. O banho é realizado em quatro etapas que englobam a descoloração dos pelos, esfoliação, nutrição e hidratação. O tempo de duração média de aplicação é de uma hora e meia, duas horas e seu efeito dura cerca de um mês. O Banho é aplicado nas regiões dos braços, pernas, glúteos, costas e barriga. As contra indicações são: Mulheres grávidas, lesões profundas na pele, hipersensibilidade qualquer componente das formulas e hipersensibilidade causada pela menstruação ou TPM. COVIELLO (2009). Protocolo: 37 Fonte: magote.com 1- Creme de parafina: aplique uma fina camada do creme de parafina sobre a pele seca com as mãos, massageando suavemente. Deixe o creme na pele para proteger da ação de clareamento dos pelos. 2- Água oxigenada cremosa e pó descolorante: prepare o creme descolorante em um recipiente adequado e limpo (cubeta), misture com uma espátula a água oxigenada (um frasco aproximadamente) e o pó descolorante (meio sachê) até ficar bem homogêneo (formar uma pasta). Aplique sobre as regiões protegidas pelo creme de parafina com um pincel comece nas regiões onde há méis pelos e em seguida nas demais regiões a serem clareadas. Deixa o produto agir de 15 a 20 minutos ou até obter a cor do pelo desejada. 3- Sabonete Líquido: poderá ser feito de dois modos: um pelo banho, (dar as instruções ao paciente de uso) ou caso não há a disponibilidade, retire o produto com uma toalha umedecida com água morna (tirar o excesso), passe o sabonete e retire novamente com a toalha. 4- Esfoliante: umedeça a pele com o auxílio de um borrifador, aplique o esfoliante na pele, fazendo movimentos circulares em toda região. Pode ser feito também com o paciente em pé por agilizar e facilitar. Retire o produto da pele com água ou toalha umedecida em águas morna. E secar bem a pele. Observação: Pelos dourados, pele limpa e renovada o corpo está preparado para receber a hidratação. 5- Mascara: Com um pincel, aplicar a máscara nutritiva em todo corpo. Deixar 15 minutos e retirar tudo com uma toalha umedecida. E secar bem a pele. 38 6- Creme hidratante: Com as mãos aplicar o creme massageando suavemente utilizando técnicas básicas de massoterapia e deixar para finalizando o tratamento (COVIELLO, 2009). 6 PROTOCOLOS DE TRATAMENTO 6.1 Para FEG Carboxiterapia Fonte: interfisio.com.br Dentre os recursos eletroterapêuticos viáveis e eficientes para tratar o FEG, tem-se a terapia com dióxido de carbono (CO2) oucarboxiterapia, a qual não tem apresentado efeitos colaterais graves e tem se mostrado de grande eficiência estética a saúde da mulher. Segundo SILVA et al., (2017), além de tratar o FEG, ela também tem efeito sobre a diminuição de peso durante o tratamento e, desta forma, também auxilia no aumento da autoestima dos clientes. O dióxido de carbono infundido pode propiciar o aumento do fluxo sanguíneo e consequente hiperoxigenação tecidual, além do estímulo à lipólise e a lise adipocitária. BORGES & SCORZA, (2016), citado por BESSA (2019), relatam que a aplicação da carboxiterapia para o tratamento do FEG é realizado de forma hipodérmica, ou seja, a agulha é introduzida diretamente no tecido subcutâneo, utilizando um fluxo alto, a partir de 150 ml/min a 180 ml/min, sendo recomendadas duas sessões por semana. Posição da agulha: 45 graus. Fluxo: 80-150ml/m. 39 Tempo médio de aplicação por puntura: 1 segundo. Aplicação por semana: 3 vezes. Radiofrequência Outro tratamento aconselhado para o FEG é a radiofrequência que consiste num campo eletromagnético com frequência muito variável, de 3 kHz a 300 GHz. BORGES & SCORZA (2016), citado por BESSA (2019), ressaltam que como a temperatura do tratamento para o FEG está acima de 40ºC é possível se estimular a produção de colágeno nas traves fibróticas e agravar o quadro clínico do cliente, por isso é aconselhável que em seguida, ainda com a pele aquecida, seja aplicado a vacuoterapia. E quanto à periodicidade do tratamento, sugere-se duas a três vezes por semana, em dias alternados, de acordo com a temperatura adotada Endermoterapia Fonte: interfisio.com.br CARNAVAL et al (2014), citado por GOUVEIA (2018), aponta que para que o objetivo seja alcançado, devem ser executadas manobras com a manopla de endermoterapia, no sentido das linhas de tensão da pele. Podendo ela ser utilizada em todos os graus do FEG, principalmente no 2º e 3º, a qual pode não ser a melhor escolha para o tipo clínico flácido. Segundo GUIRRO e GUIRRO (2004) a vacuoterapia é um procedimento a qual utiliza a pressão negativa e a sucção para massagem, ocasionando uma mobilização do tecido cutâneo. No decorrer do tratamento, a pressão externa da pele é diminuída e a pressão interna dessa mesma região é aumentada, ocorrendo a hiperoxigenação dos tecidos do intercambio metabólico celular. 40 Este procedimento constitui de uma “prega móvel” na pele, com tamanhos variados de acordo com a regulagem da pressão negativa do vácuo, produzindo-se assim uma mobilização profunda na pele e tecido subcutâneo. MAIO (2011), citado por GOUVEIA (2018), aponta algumas contraindicações para vacuoterapia: Hipertensão arterial não controlada; Diabéticos com tendência a formação de equimose ou hematomas; Alterações cutâneas, como erupções e dermatites; Alterações vasculares, como flebites e varizes calibrosas (nas quais o tratamento não deve ser aplicado diretamente); Distúrbios de coagulação. Ultrassom Mais uma alternativa de tratamento do FEG é a terapia por ultrassom. MOURA (2019) cita que o uso do ultrassom no tratamento do Fibroedema geloide está vinculado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de substâncias através da pele (fonoforese). A neovascularização com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhoras das propriedades mecânicas do tecido. Nas palavras de STARKEY (2001): [...] o ultrassom é uma modalidade de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não térmicos. Dependendo da frequência de ondas, pode ser utilizada para diagnóstico por imagem, cura terapêutica de tecidos ou destruição dos mesmos. O ultrassom tem como efeito terapêutico aumento da circulação tissular, com a melhora na drenagem das substâncias irritativas tissulares. Dentre vários benefícios que o ultrassom oferece aos pacientes também existem algumas contraindicações as quais o fisioterapeuta deve ter muito cuidado ao avaliar o paciente, investigar se o mesmo não apresenta útero gravídico, lesões pré-cancerosas, ou até mesmo tenha sido submetido a tecidos anteriormente tratados por radiação profunda (raio x), ou por outro tipo de radiação, anormalidades vasculares, trombose de veia profunda, êmbolos, aterosclerose severa, infecções agudas, áreas cárdicas, em caso de cardiopatas avançados, olho, gânglio estrelado, hemofílicos não cuidados pela 41 reposição do fator, áreas sobre saliência óssea subcutânea, placas epifisárias, medula espinhal em seguida de uma laminectomia, grandes nervos subcutâneos, crânio, áreas anestésicas STARKEY, 2001, apud MOURA, 2019). O uso do ultrassom no tratamento da FEG por sua vez está vinculado a seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de substâncias. São efeitos fisiológicos do ultrassom: ação tixotrópica sobre géis, despolimerização da substância fundamental; deslocamento de íons; aumento da permeabilidade das membranas; melhor reabsorção de líquidos e aperfeiçoamento da irrigação sanguínea e linfática (ROSSI, 2001, apud MOURA, 2019). Segundo BORGES et al. (2006), citado por MOURA (2019), o ultrassom aumenta a produção e melhora a orientação das fibras colágenas do tecido conjuntivo. Os principais ganhos com a terapia ultrassônica no tratamento da FED é a ocorrência de neovascularização com consequente aumento da circulação local, rearranjo e aumento das fibras colágenas, melhora das propriedades mecânicas do tecido e ação tixotrópica em nódulos da área tratada (BORGES, 2006). Terapia combinada: A terapia combinada é outra possibilidade de tratamento nas disfunções estéticas corporais, como o FEG, mas ainda há carência de estudos. Pode-se constatar que a evolução tecnológica com o advento de equipamentos com terapia combinada de ultrassom e radiofrequência; radiofrequência, led infravermelho, massagem mecânica e vácuo pulsado; laser de diodo aliado a massagem; ultrassom e correntes elétricas têm aumentado as possibilidades de tratamento com resultados clínicos mais rápidos e expressivos. Todavia, segundo BESSA (2019), há carência de pesquisas que permitam confirmar quais destas terapias combinadas. Técnicas manuais Drenagem linfática: A drenagem linfática manual é uma técnica específica aplicada através de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos que tem como finalidade evacuar os subprodutos do metabolismo celular e drenar líquidos excedentes que banham as células, mantendo o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais FERNANDES (2020). 42 Bambuterapia: A técnica de bambuterapia associada com o óleo de semente de uva apresenta grandes resultados em relação ao tratamento de fibroedema geloide. Atua diretamente sobre a circulação, resultando em diminuição do FEG e melhora do tônus muscular também, conforme apresentou o estudo de BRITO et al. (2011), citado por FERNANDES (2020). Massagem modeladora: Segundo SANT’ANA (2010), citado por FERNANDES (2020), a massagem modeladora é uma técnica que combina manobras intensas e rápidas sobre a pele, realizando pressão a partir de movimentos de deslizamentos e amassamentos. A massagem realiza seu papel atuando sobres células mortas, acelerando a eliminação das mesmas, estimulando a circulação ocasionando hiperemia local. Elimina a retenção de líquidos por também agir no sistema linfático, além de melhorar o tônus muscular. 6.2 Para estrias e para flacidez Corrente galvânica Fonte: hipertrogia.org A utilização da corrente galvânica abriu uma nova probabilidade no tratamento das estrias, sendo denominada de eletrolifting. Estudos mostraram o acentuado aumento do número de fibroblastos jovens (células que produzem o colágeno que oferta firmeza à pele), uma nova vascularizaçãoe o retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões, obtendo consequentemente, uma grande melhora na textura da pele. O resultado conferido pelo tratamento é grande, sendo o número de sessões definido de acordo com a cor da pele, idade e tamanho da estria. O tratamento com a 43 corrente galvânica gera uma inflamação no local das estrias, e, portanto, sabemos que seu resultado dependerá da capacidade de reação de cada um a este processo (GERSON, 2011 DE FREITAS, 2018). Dermoabrasão Temos também a utilização da dermoabrasão no combate às estrias, e o peeling de diamantes é um exemplo desta técnica. Este peeling promove uma esfoliação da pele por meio de um fluxo de microcristais sobre a região estriada. Assim como o eletrolifting, o peeling de diamantes também apresenta um caráter regenerativo, trata-se também de um tratamento que promove uma lesão através de um agente físico cuja finalidade também é desencadear um processo inflamatório local (GERSON, 2011 DE FREITAS, 2018). Ventosaterapia Fonte: interfisio.com.br A ventosaterapia também é um outro tipo de tratamento que conferimos às estrias. Ele é o menos invasivo, pois não se utiliza de nenhuma ação esfoliante ou invasiva. Neste procedimento, realiza-se uma massagem com o vácuo ou com pequenos copos (tipo ventosas) que alcançam camadas profundas da pele, promovendo um aumento circulatório local. Este tratamento é uma opção viável para aqueles que temem agulhas e não apreciam o peeling, porém se comparado aos outros, acaba sendo indicado em casos de estrias menos visíveis e de coloração avermelhada (GERSON, 2011 DE FREITAS, 2018). 44 Cosméticos Os cosméticos variam seu mecanismo de ação na pele, em razão de suas formulações. A finalidade comum de todos eles, é o estímulo à reparação tecidual, melhorando a texturização da pele e disfarçando o comprimento e a largura da estria. Sendo assim, podemos dizer que a tretinoína tópica promove a melhora de estrias recentes, provavelmente pelo seu efeito ao diminuir a atividade das enzimas que destroem o colágeno, aumentando a produção de mucopolissacarídeos. Já o ácido glicólico melhora a aparência e textura da pele, reduzindo levemente a largura das estrias. A vitamina C tópica estimula o reparo tecidual, promovendo uma ação inflamatória no tecido; já o ácido tricloroacético melhora a textura da pele, aumenta sua firmeza e altera a coloração da estria, disfarçando-a (COSTA, 2012, apud DE FREITAS, 2018). Carboxiterapia Fonte: interfisio.com.br Na técnica de carboxiterapia o gás carbônico medicinal é injetado no tecido subcutâneo, estimulando os feitos fisiológicos, atuando na melhora da circulação e oxigenação tecidual. Para o tratamento nas estrias, o gás carbônico deve ser injetado com cuidado, localizando cada lesão e preenchendo-a com o CO2 (BAUMANN, 2004 apud DOS REIS, 2018). A quantidade de volume injetado irá variar conforme o tamanho de cada estria. O volume de gás deve ser necessário para provocar a distensão em toda sua extensão. Os resultados são rápidos e após a quarta sessão já é percebida melhora 45 no tecido tratado com duração de resultados de até seis meses (MAIA, 2009, apud DOS REIS, 2018). Segundo GUIRRO e GUIRRO (2002), a técnica se mostra segura por se tratar da aplicação de um metabólito que faz parte do organismo humano, não havendo na literatura relatos de efeitos adversos ou complicações, seja local ou sistêmicas. O paciente pode relatar apenas sensação de deslocamento do gás subcutâneo acompanhado de dor ou queimação local que cessa após a retirada da agulha. No local da aplicação do gás observa-se hiperemia e aumento da temperatura (efeito da vasodilatação microcirculatória). Pequenos hematomas e equimoses podem ocorrer pela punção de vasos e consequentemente pequeno sangramento com a retirada da agulha. Posição da agulha: Horizontal só bizel. Fluxo 100-150ml/m. Tempo médio de aplicação por puntura: 1 a 1 ½ min. Aplicação por semana: 1 a 2x Laserterapia Fonte: interfisio.com.br Laser CO2- Esse laser atua tendo como alvo principal a água, promovendo dano tissular através de dano térmico e vaporização das células, levando ao estímulo da neocolagênese. Atualmente, vem sendo usado em rejuvenescimento facial, cicatrizes de acne e estrias, segundo CROCCO et al. (2012), citado por DOS REIS (2018). 46 A utilização do laser terapêutico favorece o processo de cicatrização, pois está relacionado a três estágios fundamentais: Primeiramente pela produção de ATP, que potencializa a atividade mitótica e mitocondrial, que por tabela estimula a síntese proteica possibilitando a regeneração dos tecidos afetados pelas estrias. Posteriormente, há o estímulo da microcirculação e do aporte nutricional que induz a elevação da velocidade mitótica, multiplicando as células. E por fim, ocorre a neoformação vascular e a ação vasodilatadora (TAVARES, 2005, apud DOS REIS, 2018). Radiofrequência A radiofrequência é uma tecnologia comprovadamente eficaz no estimulo do colágeno. É uma radiação no espectro eletromagnético que gera calor compreendida entre 30KHz e 300MHz (CARVALHO et al., 2011). Atua estimulando a produção de colágeno na matriz dérmica, sendo eficaz no processo de rejuvenescimento da pele, induz a proliferação de fibroblastos e melhoria da neocolanogênese, promove espessamento da derme e aprimoramento do metabolismo de fibroblastos e remodelação de colágeno. Em hipóteses para compreender seu mecanismo de ação, alguns autores como MEYER, et al, (2017), citado por AMARO (2018), afirmam que estímulos na derme resultam em energia leve absorvida pela água, e talvez por colágeno para causar efeito térmico direto sobre células e fibras de colágeno. Outras hipóteses afirmam que esses efeitos são indiretos, células inflamatórias e dérmicas produzem mediadores celulares e fatores de crescimento que estimulam resposta do tecido, resultando em proliferação de fibroblastos e neocolanogênese e ainda atuação de enzimas pró-inflamatórias que está associada à proliferação e diferenciação celular. Esses eventos estão estritamente associados durante a neocolanogênese. O tratamento através da radiofrequência em estrias oferece melhor resultado em estrias rubras e recentes em comparação com os resultados obtidos em estrias albas, tardias e atróficas (LIMA, 2016, apud AMARO (2018). 47 No que se diz respeito às estrias, não há um tratamento que estabeleça 100% de melhora, e a resposta ao tratamento também varia de paciente para paciente, faz- se necessário investigar novos recursos para a melhora do aspecto estriado da pele. Logo, a radiofrequência surge como uma tecnologia moderna, comprovadamente eficaz no estímulo do colágeno utilizada atualmente para flacidez facial e corporal como relata CARVALHO et al. (2011) citado por AMARO (2018). O aumento da temperatura desencadeia a neocolagênese e à reorganização do colágeno, pelo fato de que o dano térmico levar o colágeno a um estado de organização para a forma de gel. De acordo com KEDE e SABATOVICH (2004) são necessários mais estudos, para definir a quantidade de sessões e validar essa terapia em outras aplicações, tais como o tratamento de estrias. 6.3 Para Gordura localizada Criolipólise O tecido no qual será aplicada a técnica da criolipólise é puxado por vácuo moderado para que fique no interior da cavidade do aplicador, para que assim entre em contato com as placas de resfriamento. Fonte: minhavida.com.br Segundo TAGLIOLATTO et al. (2017), citado por GUIMARÃES (2020), em grande parte dos aparelhos, a temperatura é resfriada por meio de elementos termoelétricos e equilibrada por sensores que controlam a temperatura do tecido no momento do tratamento, que dura em média 60 minutos. Técnica de Aplicação:48 A técnica da criolipólise utiliza um procedimento não invasivo que utiliza baixas temperaturas (até -8ºC), indicado para pessoas que tenham gordura localizada, não sobrepeso. A técnica é realizada através do resfriamento controlado e localizado da gordura, por um período de 40 a 60 minutos (BRAZ et al., 2017, apud GUIMARÃES, 2020). Segundo PAIVA e MEJIA (2014) citados por GUIMARÃES (2020), com a eliminação dos adipócitos através da baixa temperatura, o sistema imune conduz a gordura ao órgão do fígado pela rede do sistema linfático para sua metabolização e eliminação. O sistema linfático por sua vez, leva pequenas quantidades diárias de gordura para ser metabolizada, não deixando o fígado com o risco de sobrecarga. Este tratamento atua exclusivamente na célula de gordura na região induzida ao procedimento, feita por sucção que mantém a gordura entre as placas e resfriando a área não afetando as camadas da pele nem órgãos pois é protegida por uma película, e em decorrência, as células de gordura são danificadas gerando apoptose (o sistema linfático leva entre seis e oito semanas para eliminar totalmente essas células danificadas). Para a aplicação do aparelho da criolipólise é essencial utilizar uma manta de proteção entre a pele e o aplicador, a mesma deverá ser descartada em seguida. O seu uso assegura o congelamento da pele e a proteção contra lesões e queimaduras. A manta possui a função de auxiliar para que os tecidos escorreguem para dentro do aplicador, pois é composta por um tecido fino, umedecido e um fluido anticoagulante. (TAGLIOLATTO et al., 2017, apud GUIMARÃES, 2020). Existem mantas de tamanhos específicos de acordo com o tamanho do aplicador, pois o mesmo deve ser inteiramente posicionado sobre a manta, que irá cobrir totalmente a área a ser tratada. Após encerramento do ciclo e retirado o aplicador, é ideal a realização de massagem na área por dois minutos, essa ação trará impacto positivo no resultado final (BORGES; SCORZA, 2014, apud GUIMARÃES, 2020). O dispositivo clínico atualmente utilizado é composto de um aplicador em forma de copo, que utiliza um vácuo moderado para puxar uma prega composta de pele e gordura, para dentro do aplicador, posicionando-a entre duas placas de arrefecimento, 49 é recomendado que a prega seja de pelo menos 2,5cm no adipômetro e que a pelo na região esteja integra. Estes painéis de resfriamento executam a extração de calor proporcionando uma intensa diminuição da temperatura, necessária para induzir os adipócitos na área de tratamento a uma morte apoptótica (TAGLIOLATTO et al., 2017 apud GUIMARÃES, 2020). A quantidade de ciclos durante o tratamento varia, de acordo com o volume da região, contudo a área tratada só deverá ser submetida a uma nova sessão após oito semanas, esse tempo é necessário para restabelecer os processos inflamatórios. É necessário, então, informar ao paciente que os resultados só serão observados após dois a três meses, pois é necessário esse tempo para que ocorra a eliminação dos adipócitos pela fagocitose dos macrófagos (TAGLIOLATTO et al., 2017 apud GUIMARÃES, 2020). Geralmente uma ou duas sessões na mesma área já suficientes para que ocorra diminuição da gordura localizada, porém a perda de gordura poderá ser observada, apenas, a partir do 10º dia de sessão. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia de apenas uma sessão na redução de gordura (NASCIMENTO et al., 2019 apud GUIMARÃES, 2020). Radiofrequência Justifica-se a utilização a radiofrequência pelo aquecimento que proporciona quebra da molécula de gordura, melhorando a circulação sanguínea local, ajudando na drenagem de toxinas e fluídos. Tendo como outro benefício, o entrelaçamento das fibras de colágeno, melhorando a flacidez de pele, com bases nos resultados encontrados nas bibliografias, foram levantados e encontrados dados que comprovaram a eficácia da radiofrequência na flacidez de pele e gordura localizada (BORELLI, 2008, apud SOARES, 2020). Segundo SOUZA (2018), o tratamento por intermédio da radiofrequência proporciona inúmeros benefícios, porém, como todo procedimento, esse também apresenta suas contraindicações, devendo ser evitado em pacientes que apresentam: Alterações de sensibilidade; Próteses metálicas; 50 Gestantes; DIU; Marca-passo cardíaco; Sobre glândulas que estimulem a produção hormonal (tireoide); Pacientes em estado febril; Afecções cutâneas entre outras. Segundo FRIEDMANN, KENNEDY et al., (2015), os raros efeitos adversos que a radiofrequência pode ocasionar compreendem edema após o procedimento, púrpura, hiperpigmentação após o processo inflamatório, pápulas eritematosas, bolhas e queimaduras. Ultrassom A lipodistrofia localizada, conhecida popularmente como gordura localizada, acomete o tecido adiposo, também conhecido como tecido gordo, camada subcutânea de gordura ou ainda hipoderme. O mesmo se localiza na camada mais profunda da pele, sob derme. Constitui-se basicamente pelos adipócitos, células responsáveis pelo armazenamento de lipídios (MATOS, 2014). Relatos de MANDARI, et al (2010), citados por PINTO (2018), confirmam que o Ultrassom de alta potência, é mais eficaz na atenuação sobre a célula de gordura, levando em consideração que sua onda sonora é diretamente focalizada e sua frequência é maior do que o Ultrassom terapêutico. Aplicação: Caso a aplicação seja em emissão pulsada, a intensidade pode variar entre 2 a 3 W/cm2 (ROSSI, 2001). Na literatura há divergências de opiniões entre autores sobre o tempo de cada sessão. GUIRRO E GUIRRO (2004), estabelecem o tempo de dois minutos para áreas próximas de 10 cm2. Já PARIENTI (2001) cita que a sessão de ultrassom não deve exceder 10 minutos, e que a zona de atuação é de 10x15 cm. Porém LOPES, (2011), não aconselha uma aplicação por mais de 15 a 20 minutos contínuos em uma mesma área de tratamento, pois podem ocorrer vertigens, tonturas, estresse, além de outros efeitos colaterais. A utilização do ultrassom pode ser inclusa no tratamento em dias alternados, de 2 a 3 vezes na semana segundo ROSSI (2001), citado por CARNAVAL (2014). 51 Lipocavitação A terapia de adiposidade onde se utiliza a cavitação do ultrassom focalizado é indolor. O sistema do ultrassom foi planejado com a finalidade de efeitos não térmicos do ultrassom (cavitação instável) para abrir a membrana das células de gordura sem estragar as estruturas vizinhas (epiderme, derme, vasos sanguíneos e linfáticos, músculos e nervos). A eliminação da gordura é feita pelas vias fisiológicas, ou seja, os triglicerídeos das células adiposas que sofreram cavitação são eliminados no líquido intersticial onde são sucessivamente levados através do sistema linfático ou venoso para o fígado onde são metabolizados novamente. Segundo estudos, é importante a ingestão de bastante água antes e durante o tratamento para um melhor resultado (GUIRRO & GUIRRO, 2004, apud SILVA, 2018). Observação importante: A principal diferença entre a Lipocavitação e o ultrassom está na forma do transdutor (curvo ou plano) e na frequência produzida. A ultracavitação usa ultrassom de baixa frequência para o tratamento da gordura localizada, porém, quanto menor a frequência do ultrassom, maior será a profundidade de penetração do feixe ultrassônico. Isso ocorre inclusive com os transdutores planos usados para cavitação e ultracavitação que trabalham com baixas frequências em kHz. Carboxiterapia É uma técnica ou procedimento não cirúrgico pelo qual o dióxido de carbono (CO 2) é administrado por via intradérmica por meio de uma máquina que regula o fluxo de gás. Este procedimento é usado para combater o excesso de gordura do corpo, celulite, envelhecimento corporal e facial, flacidez, micro veias varicosas e reduzir cicatrizes e estrias.
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