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AULA - DIREITO TRIBUTÁRIO I

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DIREITO TRIBUTÁRIO I
Prof. Atanair Nasser Ribeiro Lopes
PLANO DE ENSINO
Ementa
Introdução ao Direito Tributário. Os tributos e suas espécies. Sistema tributário constitucional. Limitações constitucionais ao poder de tributar. Normas gerais.
Objetivos
- Proporcionar ao aluno as competências necessárias para entender a estrutura do sistema tributário nacional;
- Capacitar o acadêmico a interpretar os principais conceitos envolvidos na relação jurídico-tributária, os limites do poder de tributar e os mecanismos de defesa do cidadão contra o Estado;
- Classificar e compreender os diversos tipos de tributos;
- Compreender e avaliar os princípios jurídicos que são aplicáveis ao Direito Tributário.
Métodos Didáticos
Aulas expositivas e dialogadas; debates; estudos dirigidos; seminários; estudos
de casos atuais.
Unidades de Ensino
UNIDADE I - Noções Introdutórias
1.1. Direito tributário como ramo do direito público;
1.2. A atividade financeira desempenhada pelo estado;
1.3. Conceito de Direito Tributário;
1.4. Definição de Tributo;
1.5. Espécies Tributárias: impostos, taxas, contribuições de melhoria e empréstimos
compulsórios e contribuições especiais;
1.6. Fontes do Direito Tributário.
UNIDADE II - Limitações constitucionais ao poder de tributar
2.1. Princípios de direito tributário;
2.2. Imunidades tributárias.
UNIDADE III - Interpretação e integração da legislação tributária
UNIDADE IV - Obrigação Tributária
4.1. Obrigação tributária principal;
4.2. Obrigação tributária acessória.
UNIDADE V - Responsabilidade Tributária
5.1. Responsabilidade por transferência;
5.2. Responsabilidade por substituição.
UNIDADE VI - Crédito tributário e Lançamento
6.1. Crédito tributário;
6.2. Lançamento;
6.3. Modalidades de lançamento;
6.4. Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário;
6.5. Extinção do Crédito Tributário
6.6. Exclusão do Crédito Tributário
UNIDADE VII - Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
UNIDADE VIII - Administração Tributária
8.1. Fiscalização;
8.2. Divida Ativa;
8.3. Certidões negativas.
UNIDADE IX - Processo Administrativo Tributário Federal
9.1. Visão geral; procedimento; recursos e julgamentos.
Unidade X - Execução Fiscal
10.1. Visão geral; procedimento; recursos e julgamentos.
Processo de Avaliação
Projeto Ler no Direito: 10 pontos.
Exercício avaliativo com estudos de casos (dois): 30 pontos.
Avaliação Global: 30 pontos.
Reavaliação da Global: 30 pontos.
Descrição da Bibliografia Básica
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 20. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2014. 541 p. ISBN 9788502220072., Nº de Exemplares: 15. Consta no acervo da PUC Minas
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 35. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2014. 562 p. ISBN 9788539202263, Nº de Exemplares: 29. Consta no acervo da PUC Minas
RIBAS, Lídia Maria Lopes Rodrigues. Processo administrativo tributário. 2.ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Malheiros, 2003. 231p. ISBN 8574205176, Nº de Exemplares: 1. Consta no acervo da PUC Minas
SABBAG, Eduardo. Código Tributário Nacional comentado. 2. Rio de Janeiro Método 2018 1 recurso online ISBN 9788530980214. Livro Eletrônico
Descrição da Bibliografia Complementar
BALEEIRO, Aliomar; DERZI, Misabel de Abreu Machado. Direito tributário brasileiro. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. ci, 1578 p. ISBN 9788530941956., Nº de Exemplares: 30.
Consta no acervo da PUC Minas
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributario. 8. ed. , rev., amp. São Paulo: Malheiros, 1996. 500 p., Nº de Exemplares: 1.Consta no acervo da PUC Minas
KFOURI JR., Anis. Curso de direito tributário. 4. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2018. E-book ISBN 9788553600250. Livro Eletrônico
MARCELO HUGO DA ROCHA; GUILHERME PEDROZO DA SILVA. Direito Tributário — Série Rideel Flix. Editora Rideel - 2021 212 ISBN 9786557382691. Livro Eletrônico
SANTI, Eurico Marcos Diniz de (Coord.). Curso de direito tributário e finanças públicas: do fato à norma, da realidade ao conceito jurídico. São Paulo: Saraiva, Fundação Getúlio Vargas, 2008. 1146 p. ISBN 9788502061804, Nº de Exemplares: 1.Consta no acervo da PUC Minas
1. PODER DE TRIBUTAR, COMPETÊNCIA E CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
PODER estabelecido na Constituição e DISTRIBUÍDO entre os ENTES POLÍTICOS (União é um ente político, os Estados têm as assembleias e os Municípios, as câmaras).
A COMPETÊNCIA é INDELEGÁVEL.
O exercício da administração do tributo, envolvendo sua COBRANÇA e FISCALIZAÇÃO é a CAPACIDADE TRIBUTÁRIA, que pode ser DELEGADA (poder de gestão, aumentar alíquota) - inciso III, §4º, art. 153; art. 155; art. 156 CFB. 
A delegação da capacidade tributária só pode ocorrer em favor de uma pessoa jurídica de Direito Público.
Envolve o exercício do poder de polícia (CTN, art. 78). Ex.: União cria e cobra imposto de renda; o Estado cria e cobra o ICMS, Município cria IPTU e o cobra. Ocorre a delegação, quando a União cria, na lei que criou delega sua capacidade tributária ao Banco Central (cobra e fiscaliza)
CTN:
 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
 § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
 § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
 § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
CFB:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativopara o setor privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
Poder de Polícia
CTN:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)	Comment by Natalia Mendes: Poder de polícia, é uma atividade da administração pública, a fim de regular, disciplinar e limitar em prol do interesse público.
Poder de polícia - regula direitos e interesses 
Natureza do Conselho de Classe - atividade típica de Estado - autarquia corporativa, instituições corporacionais - o Supremo entendeu como autarquias especiais.
 Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Ex.: Petrobras, é exceção. 
Competência e capacidade tributária (CTN, art. 7º c/c 119 e Lei 11.457/07
Distribuição de receitas: arts.157 a 162 da CFB
Fundos de participação dos Estado e Municípios, mecanismos de redistribuição de renda
2. PRINCIPIOS GERAIS DE TRIBUTAÇÃO
2.1 Princípio da legalidade: 
A lei tem que dispor sobre o tributo.
· Lei complementar - a lei determina a necessidade da lei complementar, caso contrário, entende-se por ordinária
· Lei Ordinária
· Medida Provisória - tem força de lei e tem capacidade de instituir imposto e contribuição social
· Tratados e convenções internacionais - não revoga a norma interna brasileira
A União, com base no art. 195 da CF/88, tem a competência para legislar sobre as contribuições de seguridade social!
GF - Projeto de lei - Congresso instituiu a COFINS = Lei complementar n. 70/91, art. 4º - isenção às prestadoras de serviço
GF = Projeto Lei propondo revogação isenção da LC70 - Congresso revogou isenção Lei 9.430/96
REPRISTINAÇÃO, o Brasil admite?
A lei brasileira não admite repristinação 
Lei dispondo sobre algo, vem a segunda e revoga a primeira, vem uma terceira lei e revoga a segunda - há países que a primeira é repristinada. 
· Não pode tratar se a constituição dizer a respeito da lei complementar
· Princípio da Vedação do Confisco 
Deslocamento material e patrimonial - não paga imposto, venda sim.
2.2 Princípio da anterioridade:
a) Anterioridade
ANUALIDADE - tributo instituído somente pode ser cobrado um ano depois. Mudou para ANTERIORIDADE - exercício (01/01 a 31/12) - tributo instituído somente pode ser cobrado no exercício seguinte - 01/jan do exercício seguinte
b) Nonagesimal
· instituído somente pode ser cobrado 90 dias depois, ainda que no mesmo exercício 
- Há tributos livres (sem nenhum critério a observar) - tributo instituído pode ser cobrado no dia seguinte à publicação?
Tributos livres - 148, I, 153, I, II e V; 154, II; e 148, I, 153, I, II, III E V; e 154, II - não se aplica anterioridade e nem nonagesimal 
art. 153, IV; 195, §6º - aplica a anterioridade nonagesimal
153, III, 155, III e 156, I - aplica a anterioridade 
No mesmo exercício - redução ou extinção de tributo até antes de 90 dias, embora o professor diga que não vê extinção na prática. 
c) Anterioridade + nonagesimal
· ANTERIORIDADE DE EXERCÍCIO + NONAGESIMAL= tributo instituído. Ex.: 31/12 tributo instituído -31/03 - nonagesimal e 31/12 - 01/01 - exercício. 
08/05/21 - 01/01/22 – exercício - 08/05/21 - 08/08/21 - 90 dias
Se aplica aos seguintes tributos:
ITR - art. 153, todos que não foram mencionados expressamente anteriormente
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
 Não está visível em nenhum dos quadros? = aplica-se anterioridade de exercício + nonagesimal. Você está vendo sobre o ITCD, ISS, taxas etc? Todos eles que não estão na tabela são vinculados ao último caso.
3. MODALIDADES DE TRIBUTOS:
· Art. 3ª, cinco elementos essenciais. CTN
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Conceito de tributo:
1. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória (não é facultativo).
Luz, é uma taxa pois se quiser pode desligar o relógio. Outro exemplo, pedágio é considerado como uma tarifa e não um tributo. 
2. Em moeda ou cujo valor possa exprimir, deve ser pelo menos mensurável economicamente. 
Não tem possibilidade de tributa in natura, como antes era utilizado uma parte da terra do súdito – no Brasil tempo atrás, havia o quinto do ouro. Também havia, salário-educação – ao invés de dar ao Governo, criava estabelecimentos para os trabalhadores, era in natura, acabou.
3. Não deve constituir como sanção de ato ilícito
Princípio do Non Olet – o dinheiro não tem cheiro. 
4. Instituída em lei
5. Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
· O administrador deve seguir o estabelecido, não havendo margem de flexibilidade
· Tributos efetivamente cobrados no Estado Brasileiro
Não são muito usados: contribuição de melhoria e empréstimo compulsório.
Imposto, Taxa, Empréstimo Compulsório, Contribuições Sociais e de Melhoria, Empréstimo Compulsório
a) Imposto: 
É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte.
*Arrecadação para serviços essenciais
b) Taxa: 
Tem como fator gerador o exercício do poder de polícia (CTN, art. 78) ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte (CNT, art. 77).
*Há dois tipos de taxa:	Comment by Natália Mendes:   CFB. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
b.1) Poder de polícia - taxa de fiscalização/preservação ambiental;
b.2) Utilização, efetiva ou potencial (serviço ligado ao contribuinte), por exemplo, taxa de iluminação pública - declarada inconstitucional pelo STF, divisibilidade permitida (não há) - instituiu contribuição na CFB 149-A – delegada a concessionária a cobrar na conta
c) Contribuições sociais: 
De competência da União, que pode instituí-las com base nos arts. 149 e 195 da CF/88, subdividindo-se em três espécies:
1. Contribuição de intervenção no domínio econômico
2. Contribuição de seguridade social;
3. Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
*Tem destinação, custeio dentro da seguridade social, mas não é diretamente ligado ao contribuinte
d) Contribuição de melhoria: 
Tem como fato gerador a valorização de imóveis em decorrência de obra pública.
*Ex.: cria uma praça e estabelece iluminação geral do bairro, cria equipamentos públicos. Deve ter lei e área afetada, seu reflexo na comunidade. Dificilmente é difícil de estabelecer – ausência detransparência e política – aquele que institui não é eleito mais. 
CTN
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
 I - publicação prévia dos seguintes elementos:
 a) memorial descritivo do projeto;
 b) orçamento do custo da obra;
 c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
 d) delimitação da zona beneficiada;
 e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
 II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
 § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
 § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
e) Empréstimo compulsório:
Deve ser devolvido, após obrigar a fazer o empréstimo. 
Há dois tipos:
1. Atender despesas extraordinárias 
2. Urgência e/ou relevante interesse nacional. 
CF/88. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
4. VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
- Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país - 45 dias depois de oficialmente publicada - supletiva, caso a lei não dispuser o contrário; os atos administrativos, na data da sua publicação (pode ter data futura); as decisões com efeitos normativos (caso modelo fixa ponto controvertido), 30 dias após a data da sua publicação (vide https://contraponto.jor.br/eis-questao-crocs-e-sandalia-ou-sapato/); e os convênios, na data neles prevista.
Isenção: dispensa do pagamento do tributo. A isenção ocorre na última decisão adm. 
*isenção imediata, doutrina majoritária. Aumento do tributo é aplicado a anterioridade, mas não há lei para diminuição
Imunidade: a CF bloqueia, não pode nem existir, por isso ocorre antes.
- A revogação de isenção não equivale a aumento de tributo, não se sujeitando ao princípio da anterioridade, de forma a ter aplicação, em tese, imediata. Obs.: novos rumos no STF: "se aplica o princípio da anterioridade tributária anula e noventena, a depender das disposições constitucionais acerca de cada tributo, nas hipóteses de redução ou de supressão de benefícios ou de incentivos fiscais, haja vista que tais situações configuram a majoração indireta de carga tributária.
A lei nova não se aplica aos fatos consumados, mas alcança os fatos pendentes. Aplica-se a lei nova, todavia, quando for interpretativa, quando deixar de definir o ato como infração ou quando comine penalidade menos severa (CTN, art. 106)
*Retroage para favorecer, nunca para prejudicar. 
5 anos de tributos e 5 anos para execução
5 - anos para pedir compensação
5. INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
*só faz na ausência de disposição expressa, pois se há, não cabe integração a não ser que entenda que é inconstitucional. Há desvios da aplicação na prática.
Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: a analogia, os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público; a equidade. Todavia, o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; enquanto que o emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Deve aplicar a analogia, na falta os princípios. Contudo, não pode aplicar analogia em um tributo não previsto em lei, por sua vez, analisando a dispensa de tributo não pode aplicar a equidade, porque essa não pode dispensar tributo expressamente devido por lei – LIMITES NO PRINCIPIO E NO FIM. 
A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do DF ou dos Municípios, para definir ou limitar competência tributárias (CTN, art. 110).
Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: i) suspensão ou exclusão do crédito tributário; ii) outorga de isenção; e iii) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
*Obrigação literal quando tiver suspensão, exclusão do crédito tributário, (não inclui interpretação literal) extinção - isenção.
*Integração: utiliza quando a lei for omissa, gerando uma lacuna;
*Equidade: não pode ser utilizada para dispensar tributo.
*Juiz quando não gosta da lei, utiliza da integração, mas é errado. Pois, somente deve ser utilizada em caso de lacuna.
6. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
*Pressuposto de criação pela lei. Primeiro requisito, descrição de uma situação que vai ser possível a obrigação tributária - fatos, ex.: proprietário de imóvel: IPTU, venda de mercadorias ICMS.
a) hipótese de incidência; 
Hipóteses de cobrança - previsão na lei (abstrato) de determinada situação que será objeto de tributação. Quando aquilo, materializar, surge o fato gerador. ADIN, análise de constitucionalidade, não é caso concreto - não analisa o fato gerador, mas hipótese de incidência. 
b) fato gerador;
*Surge quando concretiza a hipótese prevista na lei. Ocorre em uma situação concreta. 
c) base de cálculo;
*Expressão econômica sobre a qual vai incidir a alíquota - valor do imóvel, valor de mercado do veículo, imposto de renda - rendimentos auferidos, etc.
d) alíquota;
*Geralmente fixa, ex.: ITCD - causa mortis e doação. Pode ser, progressivas e regressivas. Nem todo tributo tem base de cálculo e alíquota, ex.: anuidade da OAB, não tem valor fixo, Alvará, causa de valor inestimável.
e) principal e acessória;
*Principal objetivo do fisco - cobrar tributos
*Obrigação principal: obrigação de pagar.
*Obrigação acessória: fazer ou não fazer, ex.: envio da declaração de imposto de renda.
- Há hipótese de conversão da obrigação acessória em principal, quando o fisco aplicar multa que descumprir obrigação acessória, se transforma em obrigação de pagar - obrigação principal.
 Toda vez que o fiscal aplicar uma penalidade por descumprimento da acessória, vai se transformar em principal? nem sempre, porque penalidade há diversas, só haverá se envolver prestação pecuniária - multa. 
f) norma antielisão: 
A autoridade poderá desconsiderar atos e/ou negócios praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária observador os procedimentos legais (CTN, art. 116)	Comment by Natália Mendes:  Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:        I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;        II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.        Parágrafo único. A autoridadeadministrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
* melhor caminho para pagar menor tributo, ex.: importação de veículo vs veículo desmontado (menor tributo). Dá o caminho mais apropriado para pagar menos tributos, *elisão: utilizada em situações legitimas. Pode ser utilizada em situações ilegítimas também. Contudo, o objetivo foi combater dissimulações, fraudes, etc. 
*Obrigação tributária para ter é necessário dois requisitos: i) previsão na lei; ii) hipótese de incidência e fato gerador. 
 
VS obrigação civil: furou sinal vermelho, bateu o carro > obrigação de indenizar > não tem o valor de pagar fixo > não líquida a obrigação 
*Processo administrativo: crédito tributário. Autotutela: lançamento.
Hipótese de incidência + fato gerador > obrigação tributária > lançamento > crédito tributário
7. SUJEITOS: 
Sujeito ativo: 
Aquele que detém a capacidade tributária.
*Repercute na capacidade processual. 
Sujeito passivo: 
*Aquele que deve, contribuinte. Sempre será ligado diretamente ao fato gerador. 
* Três espécies:
- Direto: que tem relação pessoal e direta com o fato gerador, contribuinte; É o contribuinte, relação direta e pessoal com fato gerador.
O leigo acha que contribuinte é todo aquele que paga tributo: 
Proprietário de um veículo > 5 anos não paga IPVA > contribuinte > proprietário > vende > o novo proprietário não será contribuinte dos atrasados > próximo IPVA será contribuinte.
- Indireto: é o responsável, a quem a lei desloca a obrigação mediante transferência ou substituição. É o responsável por transferência (venda de carro) – o que adquire agora passa a ser responsável. 
O responsável pela substituição: deslocada a responsabilidade, ex.: produtor rural que vende mercadoria para supermercado.
Empregador: descola a responsabilidade de já reter na fonte, imposto de renda e contribuição previdenciária. O empregador é substituto tributário. 
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Hipóteses:
- O sujeito passivo da obrigação acessória independe do relacionado à obrigação principal. 	Comment by Natália Mendes: Responsabilidade em razão da transferência
São independentes – não segue o principal. O empregador tem obrigação acessória de enviar para o fisco declaração de retenção. Ex.: cartório de notas, lavrou escritura, deve pagar ITBI, deve comunicar o município – se não observar, assume responsabilidade direta e pessoal. 
- As convenções particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública. 
Lá no Direito das Obrigações, carro é meu, pode vender? Não. Ou seja, só o envolvido na obrigação, é o responsável. 
- Os créditos relativos a tributos cuja propriedade, o domínio útil ou a posse de imóveis seja o fato gerador sub-rogam-se na pessoa dos adquirentes, salvo prova de quitação no título (CTN, art. 130). 
Quem adquire imóvel deve pagar ITBI – pode ser conveniado no contrato, ex.: imobiliária, caso não pague, o Município vai atrás do comprador. Quem paga mal, paga duas vezes. A lei transfere responsabilidade ao adquirente .
- O arrematante de bem alienado em hasta pública não é pessoalmente responsável, ficando os tributos vinculados ao preço e não ao bem (CTN, art. 130, par. único).	Comment by Natália Mendes: Execução – expropriação forçada.
Imóveis, tributo vai recair sobre o preço – o dono do imóvel recebe valor menor. Havendo transparência, pode o comprador assumir a dívida, mas o edital fica parado, pois ninguém se interessa.
- Em relação aos bens móveis e semoventes, o adquirente será o responsável p/ tributos devidos. 
O adquirente será responsável pelos tributos. 
- Embora não exista correlação ao art. 130, par. único, do CTN, doutrina e jurisprudência aplicaram o mesmo sentido na arrematação de bens móveis ou semoventes em leilões públicos. 	Comment by Natália Mendes: A doutrina e jurisprudência aplicou por simetria o art. 130, par. único, a responsabilidade recai sob o preço que ele depositar. De modo, que não é responsável pelo tributo devido anteriormente. 
Obs.: o espólio (conjunto de bens deixado pelo falecido) é responsável pelos tributos devidos até a abertura da sucessão (morte); o sucessor ou cônjuge até a partilha; e o beneficiário pós partilha;	Comment by Natália Mendes: Os débitos vencidos antes da morte o espólio banca. Ex.: IPTU. Os débitos depois da morte passa para sucessores até a partilha, depois da partilha, aquele que ficou com bem, passa a ser responsável. Inventariante – administrador, se dispor antes do crédito tributário vira responsável pessoal. 
- O inventariante que alienar ou der em garantia os bens inventariados antes de garantido o pagamento dos tributos responde pelo valor dos bens; 
Deve repor o bem, ex.: quadro de arte do falecido, inventariante vende sem fazer a partilha com sucessores, deve repor o bem.
- Aos casos de fusão (A + B = C), incorporação (A > B = A), cisão ou transformação (A > A = B - divisão), todos os envolvidos serão responsáveis pelos tributos até a data do ato constitutivo; 	Comment by Natália Mendes: Todos os envolvidos são responsáveis pelos tributos vencidos. 
Operações sociais, 
- Extinta a pessoa jurídica, o sócio ou o espólio que continua a atividade serão responsáveis pelos tributos da extinta; 
Extinção fática, ex.: dois sócios, um morreu – é extinta ou vire EIRELI – resolvem continuar informalmente.
Empresário individual morreu: responde espólio. Os herdeiros podem assumir a responsabilidade.
- Aquele que adquirir o estabelecimento e continuar a atividade responde pelos tributos devidos: (i) de forma integral e solidária se o alienante tiver cessado sua atividade; (ii) de forma subsidiária se o alienante prosseguiu ou iniciou outra atividade em 6 meses;	Comment by Natália Mendes: Conjunto de bens utilizados para sua atividade, é um tipo de espólio.*Primeira hipótese quando o alienante cessa as atividades:Ex.: compra estabelecimento de fitas para exercer atividade, o vendedor – alienante se cessou sua atividade por completo. O adquirente assume responsabilidade solidaria e integral pelos tributos vencido (pode cobrar dos dois).*Segunda hipótese quando o vendedor continua a atividade ou inicial outra em 06 meses:Adquirente – responsabilidade subsidiária, isto é, primeiro cobra do devedor, depois do adquirente.*O vendedor não se exonera da responsabilidade, ainda que se passado mais de 06 meses. *Benefício para o adquirente – o fisco primeiro cobre o vendedor. 
- Essa responsabilidade não se aplica na alienação do estabelecido em falência ou quando se tratar de filial ou unidade produtiva isolada em recuperação judicial. 
Arrecadação na falência – arrematante não assume responsabilidade pessoal, quem assume a responsabilidade é o preço. A Fazenda Pública cobra no preço depositado. 
terça-feira, 8 de março de 2022
Responsabilidade de terceiro
No caso de impossibilidade de cumprimento da obrigação pelo contribuinte e havendo ação ou omissão por parte de terceiro, este responde solidariamente com aquele nos casos de: 	Comment by Natália Mendes: Importante o caso de ação ou omissão – cai em prova.	Comment by Natália Mendes: Descumprimento da obrigação pelo contribuinte, no qual o terceiro irá cumprir.
*Por omissão: mero descumprimento da obrigação, gera responsabilidade
*Em verdade, o terceiro é o que descumpriu a obrigação, pois o contribuinte se encontra impossibilitado. 
a) pais, tutores e curadores; Criança de dois anos pode ser contribuinte, quando passar o carro para seu nome.
b) inventariante (espólio – se não paga assume responsabilidade pessoal), sindico e administrador judicial; 
c) serventuários de cartórios extrajudiciais; ITBI deve ser cobrado, caso não cobre este é responsável. Ex.: quando não consta o pagamento na escritura, deve ser cobrado a guia paga.
d) sócios na liquidação de sociedade de pessoas (CTN, art.134). Se liquidar fora dos padrões regulares, o sócio assume responsabilidade social, quebra a regra da responsabilidade limitada. 	Comment by Natália Mendes: Artigo importante – são recorrentes em execução fiscal
No caso de excesso de poderes, infração da lei, contrato ou estatuto, são pessoalmente responsáveis aqueles: 
*Sonegação, fraude ou dolo – ilicitude. Deve demonstrar.
a) do art. 134; aqueles mencionados anteriormente
b) mandatários, prepostos e empregados; se participou de ilicitude é responsável, ex.: deixa de registrar entrada do dinheiro – sonegação fiscal, pode ser responsabilizado desde que o fisco demonstre ilicitude.
c) diretores, gerentes e representantes de pessoas jurídicas (CTN, art. 135). Quando o fisco não conseguia receber da pessoa jurídica, tentava incluir estes. Contudo, o STJ disse que deve demonstrar ilicitude. 	Comment by Natália Mendes: Artigo importante
· Tese do Fisco - Tributo disciplinado em lei, se a empresa deixou de pagar – infringiu a lei. O STJ disse que a infração é doloso, não o descumprimento do prazo. 
A capacidade civil e as limitações ao exercício de atividades profissionais ou empresariais não interfere na responsabilidade tributária. A criança, por exemplo, pode ser contribuinte – capacidade civil. Quanto as limitações ao exercício de atividades profissionais – ex.: exercício ilegal – não foi feito declaração de imposto de renda, ainda que seja nulo a receita autua. 
A responsabilidade por infrações é pessoal do agente que praticou o ato, especialmente quando definidas como crime/contravenção, exijam dolo específico ou no caso das pessoas do art. 134. Responsabilidade por quem praticou o ato, não se trata de descumprimento da obrigação. Ex.: tirou a fé do documento – somente aquela pessoa responde. Responsabilidade pela infração em si. 
Denúncia espontânea:
Essa responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea, acompanhada do pagamento integral do tributo e dos juros, exceto em relação aos tributos cujo lançamento seja por homologação, que não admitem denúncia espontânea. Denúncia espontânea – pratica e voluntariamente paga por aquilo, faz o pagamento integral + juros Selic. A vantagem é que fica exonerado da multa – regra geral art. 138, CTN. Pode haver lei especial, que traz o parcelamento – geralmente fixam prazo.	Comment by Natália Mendes:     Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.        Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
· Deve haver espontaneidade (se há fiscalização, não cabe denuncia espontânea);
· Deve ter arrependimento e não pode ter ação fiscal;
· Via de regra, deve ser feito o pagamento integral para ser dispensado a multa. Pois, o parcelamento não dispensa da multa;
· Só é cabível a hipótese de denúncia espontânea no lançamento de oficio ou declaração – homologação não cabe.
quarta-feira, 9 de março de 2022
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
É o vínculo jurídico, de natureza obrigacional, pelo qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo o pagamento do tributo. A obrigação tributária constitui a substância do vínculo e o crédito a sua constituição formal. Por isso, a obrigação não é afetada por circunstâncias que atinjam o crédito.
O crédito é constituído pelo lançamento, que se constitui no processo administrativo, pelo qual se verifica a ocorrência do fato gerador, enquadra-se na hipótese de incidência, define-se o sujeito passivo, calcula-se o tributo, bem como eventual penalidade intimando-se para contraditório e ampla defesa.
Dois requisitos para obrigação tributária: hipótese de incidência + fato gerador = obrigação tributária, não existe obrigação sem ocorrências dessas duas hipóteses. 
*A obrigação não é liquida, certa e exigível, o Estado precisa converter em crédito tributário – usa o procedimento de autotutela, chamado de lançamento. Através disso, o fisco vai verificar: i) a ocorrência do fato gerador; ii) a hipótese de incidência; iii) definição do sujeito passivo; iv) o cálculo do tributo (alíquota) e; v) intima o sujeito para o contraditório e ampla defesa. 
*O lançamento constitui o crédito, mas simplesmente declaração a obrigação. A sentença constitui o crédito, pois sem ela não tem como executar, pois é o título. Contudo, não é a sentença que faz surgir a obrigação (Código Civil). O lançamento é imprescindível para gerar o crédito e declaratório, mas não a obrigação. A essência/substância jurídica esta na obrigação. 
Sendo nulo o procedimento de lançamento, ex.: quando não é feito o contraditório e ampla defesa, não afeta a obrigação. O Estado pode regularizar e cobrar de novo. 
CDA – certidão de dívida ativa – constituição formal.
Aplica-se o câmbio e a legislação vigente na data do fato gerador quanto a aspecto materiais, exceto em relação a penalidades, em que a lei mais benéfica retroage para beneficiar o sujeito passivo. Quanto aos critérios de apuração, fiscalização, garantias e privilégios, aplica-se a legislação vigente ao tempo do lançamento, salvo a que atribuir responsabilidade a terceiros.
*Aplica câmbio ou legislação vigente na data do fato gerador quanto aos aspectos materiais, ressalvo as penalidades em que se aplica a lei mais benéfica.
Em razão aos critérios processuais (apuração do tributo, fiscalização, garantias e privilégios) aplica-se a lei vigente no tempo do lançamento, exceto com relação a responsabilidade de terceiros, *embora o professor veja que seja material – art. 134, CTN. 
Ex.: pessoa morreu, aplica-se a data do fato, ITCD. Quanto a multa será a mais benéfica – retroage, mas não há ultratividade – aplica-se do fato para frente.
O lançamento possui a fase oficiosa, que vai até a intimação do sujeito passivo, e a fase contenciosa, deflagrada com a defesa até a última decisão administrativa, ressalvada a peculiaridade do lançamento por homologação.	Comment by Natália Mendes: Fase Oficiosa: o fisco faz de ofício – toma iniciativa. Trata-se da apuração do fato e vai até a fase de intimação. Posteriormente, vem a fase de impugnar. 	Comment by Natália Mendes: Fase Contenciosa: Nem sempre ocorre, pode extinguir com pagamento, quando ocorrer a intimação. 
A lavratura do auto-de-infração ou a apresentação de declarações fiscais para sujeito passivo no lançamento por homologação definem o crédito líquido, certo e exigível, embora possível eventual impugnação ou recurso. Afastou a possibilidade da decadência.
A mudança nos critérios jurídicos no exercício do lançamento somente pode ser efetivada quanto a fatos posteriores.
Modalidades de lançamento:
a) De ofício:
 O Fisco realiza todo o procedimento de constituição do crédito tributário . Chega a guia em casa. Fase oficiosa, há possibilidade de recorrer. Contudo, não é possível utilizar vários recursos – princípio da taxatividade. 	Comment by Natália Mendes: i) a ocorrência do fato gerador; ii) a hipótese de incidência; iii) definição do sujeito passivo; iv) o cálculo do tributo (alíquota) e; v) intima o sujeito para o contraditório e ampla defesa. 
*Nem sempre ocorre a fase contenciosa - impugnação, recurso e recurso na fase contenciosa. 
b) Por declaração:
Declara o fato para o fisco e a partir disso ocorre o procedimento de constituição do crédito tributário. Neste caso, o sujeito toma inciativa. Ex.: ITBI, ITCD. 
Diferença – o sujeito passivo da pontapé inicial, comunicando o fato gerador. Ex.: compra de imóvel, avalia o imóvel e intima para pagamento ou para apresentar defesa que tiver. 
Declaração de imposto de renda – não confundir com o nome “por declaração”. Apesar de usar declaração, trata-se de instrumento, não modalidade de lançamento. 
*Aqui não se fala citação, mas intimação ou notificação no processo administrativo.c) Por homologação:
*A maioria é por homologação. Supera a fase oficiosa e contenciosa, o próprio sujeito faz toda o trâmite, o Fisco apenas vai conferir e homologar – tem 5 anos para fazer isso, não fazendo, ocorre homologação tácita. 
O que era responsabilidade do Fisco, passa a ser do sujeito passivo. Nesta modalidade, não existe fase oficiosa e contenciosa, pois foi iniciativa do sujeito. 
*Não há impugnação, o que o próprio sujeito passivo fez. Pode retificar quantas vezes quiser, mas não é defesa. Ex.: declaração de imposto de renda 
Constitui o crédito tributário a partir do envio, ex.: desconto previdenciário no contracheque, a empresa comunica – confissão. Não haverá assim, contraditório. Mas, pode ocorrer retificação – impugnação. Com a última decisão, intimado a pagar em 30 dias, não havendo recurso, sob pena de envio para execução na Fazenda Pública.
*Caso não faça a declaração, pode fazer um lançamento supletivo de oficio, caso descubra. Ex.: compra de imóvel; imposto de renda – não cumpriu e não pagou, se o Fisco descobrir pode promover lançamento de ofício através da lavratura do auto de infração. Outro exemplo, foi a declaração de imposto de renda – medicamento não entra, mas vinculado a laboratório (área medica) sim. Contudo, se a pessoa declara, mas não é plausível, o fisco pode fazer o lançamento supletivo de ofício. Não é uma quarta modalidade de lançamento. 
*Não cabe denúncia espontânea por homologação. Por ofício ou declaração, se sabe que tem dificuldade de promover o procedimento de constituição. Mas por homologação, é caso de descumprimento.
*Homologação tácita – 5 anos.
*Fala-se em declaração, mas difere daquela mencionada acima. 
terça-feira, 15 de março de 2022
Suspensão do Crédito Tributário:
Algum motivo suspende a exigibilidade do tributo – é devido, mas por algum motivo, está suspenso, todas as 05 modalidades irão incidir juros – SELIC (não é valor nominal)
a) Moratória;
Prazo maior para pagamento – tributo. Somente o credor pode conceder moratória. Ex.: governo fez isso – calote, era devedor. 
*Tributo é cobrado mediante atividade plenamente vinculada – o Fisco pode dar moratória? Não, depende de lei. A não ser que a lei determine requisitos, o Fisco irá fazer o adequadamento. 
b) Depósito integral;
Anteriormente, a União levantou a questão de quantas ações ganha, a partir disso entendeu pelo depósito de 70% e começou usufruir deste dinheiro, enquanto discutia o crédito tributário, depois cada Ente começou a legislar em seu favor sem definir porcentagem.
O STF declarou a inconstitucionalidade de todas as Leis Estaduais, depois a União adotou uma lei estendendo a possibilidade para Estados e Municípios.
Depósito integral – de todo valor discutido, vai ser remunerado com mesmo índice de remuneração de tributos (Selic), se perdeu a ação, juiz manda converter em pagamento, não precisará se preocupar, pois a dívida tem juros. Se ganhar, levanta o valor com juros da Selic. 
Perdendo o Fisco envia para execução fiscal - débito inscrito em dívida ativa – inclui no débito 20% por lei. Se deixar para lá e oferecer bem em garantia (carro – valendo 2 mil – a tendencia do valor é cair). Já o valor da dívida a tendência é subir, o valor do bem perde o efeito, o juiz determina reforçar a garantia para oferecer embargos. 
Se fizer o depósito integral – não terá tanto embaraços – pois o valor fica atualizado (juros remunerado). Evita os 20% de dívida ativa. 
c) Impugnações e recursos seguindo as leis de regência;
Vai depender das leis de regência, o efeito suspensivo – o fisco não parte para execução, enquanto tiver na execução administrativa. Deve olhar a legislação para saber o efeito suspensivo – prof. criticou o direito ao contraditório, pois antes do direito de defesa, esta negativado. Suspende a possibilidade de execução. Tem legislação que não dá efeito suspensivo, partindo para cobrança. 
d) Liminar ou tutela antecipada;
Concedido a liminar, o Fisco deve suspender a cobrança do tributo. Se o processo demorar 10 anos, e perder, paga 10 anos de juros selic. Ex.: havia isenção, resolveu revogar pela lei tal, a Fazenda levou recurso ao supremo, o supremo reverteu – o processo demorou 20 anos
*Há normas que diminui a possibilidade de concessão de liminar. 
e) Parcelamento
Não tem condições do pagamento integral, pede parcelamento, alguns tributos tem parcelamento na própria lei, ex.: IPTU.
Há parcelamento comum (ia colocar no canvas – arquivo).
*Precisa de previsão em lei – autorização. Neste parcelamento, pode conceder situações excepcionais, ex.: quando precisa de dinheiro, parcelamento diferenciado, caso de MG.
Surgimento da obrigação tributária – hip. de incidência + fato gerador = obrigação tributária. Não há na falta de alguma.
A partir do lançamento tem o crédito tributário – processo administrativo tributário, verifica o enquadramento na legislação, intima e exerce o contraditório e ampla defesa – dependendo da lei de regência, pois cada ente tem sua competência. 
O lançamento declara a existência da obrigação. 
ATIVIDADES AVALIATIVAS
Até 05/04 – Prova D. Trib. (v ou f – Canvas);
Até 17/05 - Prova D. Trib. (v ou f - Canvas);
Até 22/05 - D. Trib. (ler no Direito) – grupo de até 08 pessoas – resumo no mínimo uma folha por componente. Ex.: 3 pessoas, 3 folhas. Manuscrito ou digitado (PDF).
quarta-feira, 16 de março de 2022
Extinção do crédito tributário
Causas que extingue o crédito 
a) Pagamento;	Comment by Natália Mendes: Causa clássica
*Imputação em pagamento – deve vários débitos e o devedor escolhe qual pagar – liberdade de escolha. 
*Aqui não há isso, deve observar a ordem de preferência para pagamento. Contudo, houve evolução, de modo que a regra ficou restrita. Ex.: bem penhorado, paga alguns tributos devidos. Juiz vira e fala quais débitos serão abatidos, não há liberdade
- Havendo vários débitos e recursos insuficientes para todos procede-se ao pagamento;
1º - dos débitos como contribuinte e depois como responsável; Paga primeiros os débitos como contribuinte, depois como responsável. Ex.: empregador que é obrigado a reter, primeiro deve pagar os débitos dela como contribuinte e depois do responsável (empregado). 
O Fisco primeiro cobra a última possibilidade que a pessoa tem, o responsável tem o contribuinte para poder cobrar. Ex.: IPVA – compra o carro, tem imposto de 2022 – 4 anos atrasados, não é contribuinte, mas o responsável. Deve pagar o IPVA de 2022, primeiro, pois os anteriores pode cobrar o contribuinte. 
2º - as contribuições de melhoria, as taxas, depois os impostos; Na época não tinha contribuições sociais e nem empréstimo (hoje entende que aplica-se nos impostos), 
3º - os mais antigos; em razão da prescrição, prefere receber os mais antigos. 
4º - os de maior valor; 
- Restituição: tributos diretos e indiretos. Tese dos 5+5 anos, prescrição e LC 118/01.	Comment by Natália Mendes: No lançamento por homologação, paga o tributo e comunica o Fisco, que tem 5 anos para conferir e dizer se homologa ou não + 5 anos para execução/cobrança judicial – Tese dos 5+5 = 10 anos. STJ aplicou a tese em favor do contribuinte, se pagou indevidamente pode pedir de volta até dentro de prazo de 10 anos. O governo fez projeto de lei e deu ensejo a lei complementar 118/01. O contribuinte tem o prazo de 5 anos, quebrando a tese do 5+5.STJ – tentou rebater, o Supremo entendeu possível a notificação. STJ – pagamentos indevidos feitos depois da lei. STF falou que a lei é interpretativa e a regra originária esta no CTN (05 anos). Alcançando inclusive, os pagamentos antigos. Porém quem propôs ação até a vigência da LC, foi beneficiado a tese do 5+5 (segurança jurídica).ACABOU A TESE DOS 5+5.PODE POSTULAR O TRIBUTO PAGADO INDEVIDO, VIA DE REGRA INDIRETOS, DENTRO DO PRAZO DE 05 ANOS.Se requeri a restituição e foi negada – 2 anos para questionar a decisão
Usa-se no pagamento indevido, faz o pagamento maior do que devido. Postula a devolução, hoje a Receita tem o sistema eletrônico, faz o pedido e fica anos sem ser movido. Pode prescreverenquanto estiver demorando. 
Tributos indiretos: ICMS, ICMI, cobra e coloca na mercadoria – já vem com preço cheio. Nos EUA, o tributo vem separado da mercadoria, sabe quanto está pagando de tributo. No Brasil, há uma alta carga de tributos. 
*Há um problema na restituição, quem pagou o valor devido, foi o consumidor. Não consegue provar em razão do valor ser cheio na compra. A jurisprudência entendeu que o que paga o tributo indireto não tem como cobrar/acionar na justiça em razão da dificuldade de comprovação. *Algumas situações quando demonstrados na nota, este o consumidor pode discutir – ex.: energia elétrica – pode pedir de volta em razão da especificação (não é estimativa, mas o valor real). 
Tributo direto: aquele que se vê, ex.: IPTU, IPVA
b) Compensação:
Se A deve 100 e B cem, a natureza da dívida não importa, ocorre a compensação de contas.
- CC/1916;	Comment by Natália Mendes: Recusava a compensação com relação a Fazenda Pública.
- Art. 74 da lei n.º 9.430/96;	Comment by Natália Mendes: Estipulou a possibilidade de compensação, desde que seja de tributos idênticos (redação originária).
- Art. 374, CC/02;	Comment by Natália Mendes: Entrou em vigor em 2003 - Chegou a conclusão no art. 374 que haveria compensação plena, igual do particular. 1000 de crédito e 1000 de débito não importa para a Fazenda Pública
- MP 104/2003, convertida na lei 10.667/03;	Comment by Natália Mendes: Contudo, veio a MP 104/2003.Só pode compensar tributo com tributo, não podendo com coisas foras.A maioria dos tributos hoje, são administrados pela receita federal, podendo compensar qualquer tributo federal com outro tributo federal. Contribuição previdenciária somente com outra contribuição previdenciária.
Art. 170
1. Não pode compensar crédito de terceiro – débito meu e crédito de outra pessoa e vice-versa
2. Débitos da importação – há sistema próprio
3. Imposto de renda da pessoa física, porque ainda está sujeita a glosa - não pode compensar com outros tributos. Prof. disse que pode mudar, que daqui a pouco vai dar a declaração de imposto de renda pronta.
Art. 174. Ocorre através de declaração, dizendo que está compensando tais tributos, sujeita a homologação no prazo de até 05 anos.
- Art. 170-A, CTN. O crédito judicial, somente será admitido a compensação depois do trânsito em julgado da sentença. Devido ao caso da confins, lei complementar 70/81 – revogada no ano 1430 – isenção que levou 20 anos para ser resolvida. Usou o crédito para compensar tributos e passar por terceiros
c) Transação:
Depende de lei, hoje tem várias leis. É um acordo entre as partes, modalidade de extinção. Fisco não tem liberdade, deve a lei autorizar
d) Remissão:
Diferença:
1. Remissão (perdão da dívida, total ou parcial – através de lei) 
No caso Tributário é com dois “ss”. 
2. Remição - com ç, é no Cível – não se aplica aqui. Ex.: fusquinha da família penhora, a família reúne e substitui por dinheiro, conforme valor da avaliação. Valor sentimental.
3. Anistia (dispensado de pagar – ex.: só multa – ligado a penalidades) 
*não envolve direito penal, mas pecúnia – exclusão do crédito tributário.
e) Conversão de depósito em renda:
Pega o depósito e transfere para pagamento do crédito que estava discutindo – extinguindo o crédito. Caso, tivesse ganhado o juiz falaria para levar o crédito em seu favor. Aqui se transforma em pagamento do tributo quando perde o depósito integral.
f) Pagamento antecipado e homologado:
O fisco ainda não homologou, só se torna definitivo quando homologar expressamente ou quando ocorrer 05 anos (homologação tácita).
g) Consignação em pagamento:
Não tem diferença do Direito das obrigações, existe discussão do valor ou a quem deve pagar. Ex.: Nova Lima e BH
h) Decisão administrativa ou judicial transitada em julgado;
Quando ganha – acabou. Recurso de oficio – obrigada a remeter para segundo grau (será falado no decorrer do semestre).
i) Dação em pagamento de bens imóveis:
Hoje pode pagar entregando um imóvel. Contudo, i) depende se o Fisco vai querer; ii) não é o valor que quero, deve ser avaliado, iii) deve envolver questões líquidas e certas (ser proprietário, por exemplo).
Envolve interesse do próprio ente público, por muitas vezes. Quando a fazenda se interessa pelo imóvel – bem localizado, estrutura – casa interesses.
Professor acha que poderia aceitar veículos, ações em bolsa e Tesouro indireto.
 Surgiu quando o autor, tinha o débito e ele não queria questionar, porém tinha que esperar o fisco fazer o lançamento...execução fiscal. Estou devendo e quero pagar, porém tem o imóvel, enquanto o fisco esta em processo, o devedor não consegue certidão negativa (não pode participar de licitação).
Ajuizaram ação, para pudesse ser feita certidão negativa com efeito de negativa. 
j) Decadência:
Primeiro dia do exercício seguinte ao fato gerador – ex.: 01/01/2001, quando o IPTU for de 2000. A decadência é a perda do direito do Fisco de constituir o crédito
*primeiro deve constituir o direito (lançamento > crédito tributário). Neste caso não há crédito, decaiu o direito
 05 anos para decair, no exemplo comentado teria até 31/12/2005. No dia 01 decaiu o direito. 
Caso o Fisco intime no dia 30/12/2005, exerceu o direito – não havendo decadência por exercer o direito. Havendo impugnação e perda (durante 02 anos de discussão do crédito) – não houve decadência, porque já exerceu o direito do Fisco.
O fisco tem 05 anos para que não ocorra decadência nos lançamento de ofício; por declaração e; homologação. Começa a contar desde o fato gerador, no exemplo do IPTU em 01/01/2001. 
k) Prescrição
Também não tramita a prescrição, porque precisa da constituição para discutir na justiça – execução fiscal. 
Art. 163 – Depois da constituição definitiva do crédito tributário, começa correr a prescrição
Âmbito federal – prazo para pagamento depois de 30 dias (prescrição só ocorre a partir disso).
ULTIMA DECISÃO ADM > PRAZO PAGAMENTO (5 ANOS) > inscrição CDA > EXECUÇÃO FISCAL > CITE-SE (art. 174, CTN) > CITAÇÃO > retroage a data da propositura da ação.	Comment by Natália Mendes:    Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.        Parágrafo único. A prescrição se interrompe:        I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)        II - pelo protesto judicial;        III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;        IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
Quem faz CDA é outro órgão (Procuradora da Fazenda Pública Mun./Federal/Estadual) – não a receita. A CDA não ocorre dentro do lançamento (não é etapa). A partir disso, promove a Execução Fiscal. 
Lei n.º 6.830/80 (Execução Fiscal) de prazo de 180 dias suspensão da prescrição para o Procurador promover a Execução Fiscal – nessa época era físico.
Tal lei, não é complementar (art. 146 da CF/88) – STJ decidiu não se aplicar a suspensão de 180 dias em matéria tributária. Aplica outras matérias que não seja matéria tributária.
DISCUSSÃO LANÇAMENTO/CRÉDITO TRIBUTÁRIO (2 ANOS) ULTIMA DECISÃO ADM > PRAZO PAGAMENTO ( PRESCRIÇÃO 5 ANOS) > inscrição CDA > EXECUÇÃO FISCAL (04 anos e 06 meses) > CITE-SE (art. 174, CTN) - interrupção > CITAÇÃO > retroage a data da propositura da ação – interrupção (o prazo zera*).
Art. 174, CTN – interrompe a prescrição (zera a prescrição). Havendo citação (CPC não é complementar). STJ 
Suspensão – para e volta de onde parou.
*Quase 12 anos depois, o IPTU ainda é devido. Na execução não mostra os anos anteriores, o juiz pode intimar a Fazenda Pública para falar. Deve verificar todas as etapas para verificar a prescrição
terça-feira, 22 de março de 2022
Exclusão do Crédito Tributário
a) Imunidade: é vedado aos entes públicos instituírem impostos sobre:	Comment by Natália Mendes: 23/03/2022
A constituição pode bloquear – dispor sobre a imunidade (pode imunizar bens, pessoas,objetos). Impede que a lei tribute aquela situação. 
Está na constituição – é imunidade, mesmo que não use essas palavras. Abrangeria todos os tributos. Contudo, STF não entendeu assim, entendeu deve ser interpretada de forma literal – fala sobre impostos (deve se restringir a este). 
i) Patrimônio, renda e serviços uns dos outros (imunidade recíproca); 
Empresa pública e sociedade de economia mista, em regra não goza de imunidade reciproca. Ex.: correio ingressou na justiça que embora seja empresa pública, exercício serviço público de monopólio (Relato Min. Joaquim Barbosa) – voto para restringir apenas o monopólio fiscal, no entanto na sustentação oral mostrou que não teria lucro em razão do déficit de despesas (tudo revertido na própria atividade). Considerou a imunidade ampla, sendo hoje o Correio isento de custas, prazo diferenciado para juízo, paga por precatório – STF embora parece empresa pública, em verdade era uma autarquia. STF decidiu pela atividade sem fins lucrativos, finalidade de serviço público para não gerar concorrência desleal. Outros exemplos, fornecedora de agua, energia, saneamento. CEMIG não pode por distribuir lucros, embora não tenha concorrência, trata de serviço especifico, mas tem distribuição de lucros. COPASA, tem distribuição de lucros. 
*Não cria como autarquia em razão do regime estatutário ($);
*O empregado do Correio, continuou a ser celetista.
Continua sendo empresa pública, com benefícios de Autarquia
ii) Templos de qualquer culto;
Dá entender que qualquer tipo de expressão religiosa caberia imunidade. Contudo, pecou com a palavra “templo” – em razão do local. STF conjunto este tema com item iii. Os templos de qualquer culto vão aprender patrimônio, renda e serviços.
*Estacionamento da igreja – cobrança (discussão doutrinária quando ao comércio). STF foi estendendo a imunidade. Conflito com outras atividades, os próprios comerciantes de estacionamento. Como um vai pagar e outro não? STF renda obtida era revertida para própria instituição religiosa. 
iii) Patrimônio, renda e serviços dos partidos políticos; entidades sindicais (dos trabalhadores); instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos legais;
A constituição fala ‘dos trabalhadores’ – existe também do empregador (porém são entidades distintas) – os antecedentes/jurisprudência não faz diferenciação, trata como se fosse todas, mas não é (ignora “dos trabalhadores”). Ou tira dos dois a imunidade, ou dá – igualdade (sistema sindical pressupõe igualdade). Professor disse que na jurisprudência entende-se que ambos tem imunidade. 
Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (creches, escolas). No passado, essas entidades não podem ter fins lucrativos, só vai ter imunidade se não cobrar pelo serviço executado. Ex.: hospital, só teria imunidade se atender pelo SUS, escolas somente terá imunidade com relação ao bolsista integral. Ingressam com ação, e o STF declarou inconstitucionalidade dessa lei, o recebimento de receita não descaracteriza sua finalidade, pode cobrar desde que não distribua resultado e aplique sua atividade na própria instituição. o fato de cobrar pelo serviço, não descaracteriza o serviço. contudo, STJ entendeu valido a exigência de certificado. 
STF - somente lei complementaria poderia dispor, visto que as outras era ordinária, tudo isso caiu por terra. O certificado é valido, mas a concessão de bolsas igual a lei anterior, caiu por terra. Fiscalização é através dos balanços contábeis.
O Governo veio com a lei complementar sobre o tema com relação a concessão de bolsas. 
iv) Livros, jornais e periódicos e o papel destinado à sua impressão;
A impressão que dá é o livro físico, todos os doutrinadores fala sobre a discussão de ideias, pensamento. Nesse sentido, o livro físico e eletrônico não tem diferença. Começou a discutir se a imunidade poderia abranger as mídias – entendeu que sim. 
v) Mídia de autores brasileiros (fonogramas, etc);
Autor brasileiro – estimulo da produção nacional – artista e filme estrangeiro não entra. Imunidade nova, não havendo discussões judiciais. 
- Entidades criadas pelo poder público, concorrência e reflexos da imunidade. STF
b) Isenção;
Quando o bloqueio está na lei – há uma isenção. Isenção do pagamento, mas todas as operações existiam.
Recebeu 1.000 de janeiro a fevereiro, março 10 mil – somando todas as verbas – deve pagar tributo com relação a essas verbas – declaração de imposto.. 
*Diferente da imunidade por ela bloquear tudo – exclusão do crédito tributário prevista na Constituição. 
*Ainda que a Constituição venha falar quanto a isenção, somente a LEI pode dizer quanto a ela. TOMAR CUIDADO. 
c) Não incidência e alíquota zero;
QUESTÃO DE PROVA: A não incidência está na Constituição? – não está, pois há AUSÊNCIA DE NORMA.
*Não tem norma. Não esta prevista em lugar nenhum – ausência de norma.
Alíquota zero – não tem finalidade de arrecadar – tem exclusão do crédito tributário por mera operação financeira (0 x 0 = 0). Para alterar, basta o Presidente por decreto mudar alíquota – tem uma flexibilidade maior. 
d) Anistia
Perdão total ou parcial da penalidade (multa, no caso). 
Diferente da remissão (perdão da dívida – principal) e da remição (processo civil – exclusão de um bem por hasta ou penhora – bem de interesse da família – substitui o bem por dinheiro, com autorização do juiz).
terça-feira, 29 de março de 2022
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
 
· Todos os bens e rendas do sujeito passivo seu espólio ou massa falida respondem pelo crédito tributários, inclusive aqueles penhorados ou hipotecados (quando há condições de sobrar dinheiro), salvo no caso de impenhorabilidade por lei.
· Responde pelos créditos trabalhistas os bens mesmo que penhorado ou hipotecado. Sendo que o fisco recebe primeiro que os demais credores, exceto nos casos trabalhistas
· O bem que tem o registro com cláusula de impenhorabilidade (logo, impenhorabilidade que decorreu pelo interesse do comprador, doador) o fisco poderá ser penhorado, visto que não é prevista por lei. 
· Todavia, para um credor privado o bem será impenhorável.
· Presume-se fraudulenta a alienação ou seu começa de bens e rendas, se o sujeito passivo possui débito inscrito em dívida ativa, salvo se o devedor reservar bens e rendas suficientes para o pagamento (CTN, art. 185).
· Antigamente: Para caracterizar a fraude era preciso que o fisco tivesse proposto a execução e o devedor ser citado. A execução fiscal teria que ser movida no domicílio do devedor (cartório judicial), se tinha uma segurança jurídica.
· Agora: A lei complementar alterou a redação do dispositivo, basta ter a inscrição em dívida ativa, não precisa mais do processo em fase de execução, assim:
· Presume fraudulenta a alienação que é feita depois da inscrição da dívida ativa. Nisso, gerara problema ao terceiro (que compra o bem)
· O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou a época de sua constituição, ressalvados os créditos trabalhista e de acidente do trabalho (CTN, art. 186).
· Crédito tributário e trabalhista de acidente de trabalho tem preferência, até mesmo ao Fisco.
· O fisco passa na frente dos outros credores, exceto aos trabalhistas e acidente de trabalho
· Na falência, o crédito tributário não prefere as extraconcursais as importâncias sujeitas à restituição, nem ao crédito com garantia real até o limite do bem gravado os créditos trabalhistas foram limitados em sua preferência a 150 salários-mínimos, sendo o restante quirografários. Não há limite em relação àqueles de acidente de trabalho os referentes a multa ficaram para ser pagos após os quirografários.
· Lei 8009, traz o bem de família como bem impenhorável, porém não limita o valor desse bem, o imóvel de 10 milhões é tratado como o de 10 mil.
· Na Falência o crédito tributário NÃO PREFERE as extraconcursais (créditos que fazem o processo de falência andarem). 
· Créditos com garantia real (como hipoteca e penhorados). No processode falência, o devedor pode precisar de dinheiro para continuar a atividade, concluir as questões pendente, podendo obter uma vantagem melhor com os credores. Neste sentido, se tem essa diferença da situação fora da falência. No caso da falência, créditos com garantia real (como hipoteca e penhorados.
· O crédito dos empregados, até 150 salários-mínimos, é preferência do fisco.
· Multa será paga após os quirografários
· A cobrança judicial do crédito tributário não se sujeita a concurso de credores nem à habilitação.
· No privado, os credores têm que submeter a habilitação para receber seus créditos
· Na falência, como se tem credores com preferencias em relação ao fisco, o processo deve parar após a distribuição da massa falida e realizar a preferência. Assim a regra do caput tem a exceção no caso de falência;
· Em relação ao inventário,
· Entre os entes públicos havia preferencias, mas o STF entendeu incompatível com a CF/88. Como era...?
· Antigamente Primeiro união, estados, autarquia estaduais, municípios e autarquia municipais. Supremo entendeu que isso fere a harmonia entre os entes, não podendo ter uma preferência da união sobre os estados e municípios. Assim, essa regra foi abolida da constituição (incompatível)
· Exige-se a quitação de tributos:
· Para extinção das obrigações do falido;
· Para julgamento da partilha.
· Para proposta ou celebração de contrato em licitação pública (editais). 
· Se o estado for fazer uma licitação, quem quiser enviar a proposta deve apresentar a CND ou CPEN. Na hora de assinar contrato, deverá apresentar novamente as certidões para celebrar os contratos.
· Alguns editais, coloca como regra a apresentação das certidões (CDN e CPEN) para que seja realizado o pagamento da prestação de serviço. Porém, professor passou o exemplo de uma pessoa que ganhou o edital de passar marmitas para o presidio, passa 3 meses sem o estado oferecer pagamento. No terceiro mês, a pessoa não apresenta a certidão e o estado diz que não irá pagar pois não tem certidão.
· Para todas essa precisa-se Prova de quitação pública: CND e CPEN. Ausência e orçamento: debates
· Prova que quitou os tributos pela CND (certidão negativa de débitos). Se for negativa, o devedor pode tentar negociar o débito e receber uma CEPEN (certidão Positiva com efeito negativa) assim, o devedor pode provar sua quitação com as duas certidões.
 
 
quarta-feira, 30 de março de 2022
Fiscalização
Regras gerais
- Não só a lei, mas a legislação, pode e deve definir a competência do órgão, da autoridade ou do servidor para a lavratura do auto de infração, o julgamento de impugnações, os recursos e a prática dos atos em geral.
· Princípio da legalidade – neste caso não precisa;
· No procedimento basta a legislação;
· Âmbito federal – auto de infração e notificação de lançamento;
- Não se aplicam dispositivos legais que limitem ou excluem o direito dos agentes do fisco de examinarem mercadorias, livros, arquivos, papéis comerciais ou a obrigação dos sujeitos passivos de exibi-los.
· Código Civil – juiz não pode requisitar livro e abrir para terceiros;
· Os agentes do Fisco tem direito de examinarem, dessa forma, não se aplica o previsto no Código Civil;
· Deve ter elemento determinante – necessidade da fiscalização. 
- A obrigação de existir só pode atingir aqueles livros e papéis obrigatórios, determinados na legislação tributária.
· O livro/documento deve ter conexão com a legislação – minha atividade especifica; 
· Ex.: fisco pode apreender agenda? Pode. Podem surgir na fiscalização, situações fora do contexto normal, até mesmo o celular;
- Diante de omissão, fraude ou deformação da escrituração, o fisco pode promover o lançamento de ofício por arbitramento, respeitado o contraditório e a ampla defesa.
· Havendo vicio na escrituração pode perder a fé que mereça ter, em geral a escrituração original tem fé – se há deformação/contradição gera dúvida e coloca em cheque a fé que merece ter;
· O Fisco pode fazer o lançamento de ofício, arbitramento por desacreditar nos dados – lançamento de oficio – normas antielisão – art. 116, CTN – deve esta prescrito na legislação; 
- Os livros e documentos devem ser guardados pelo tempo mínimo de prescrição.
· 05 anos – pode levar mais tempo (já explicado). Ex.: O fisco pode fazer o lançamento até 05 anos depois, fato gerador decadência no primeiro dia do exercício vigente;
· Se houve discussão administrativa, leva mais tempo;
- A autoridade deve lavrar previamente o termo de início da fiscalização, definindo prazo razoável p/as diligências. O termo marca o término da oportunidade para denúncia espontânea.
· O fisco vai exigir – toda vez que inicia uma fiscalização, deve ser lavrado um termo de início da fiscalização (geralmente determina as diligências necessárias);
· Denúncia espontânea – anistia da multa. Iniciou a fiscalização com termo, põe fim a este privilegio.
- O art. 197 do CTN e as informações de terceiros; obrigações acessórias. Cruzamento de dados. Mútua assistência e compartilhamento de dados. Sigilo e transferência. STF e STJ.
· Obrigações de fazer (obrigações acessórias);
· Finalidade – cruzamento de dados (verificar se pagou o tributo);
· Formam convênio para troca de dados reciprocamente;
· Pontos discutidos – compartilhamento dos dados obtidos – se pode encaminhar para fins penais ou outras finalidades. A jurisprudência dizia que dependia de autorização judicial, o STF mudou e disse que não haverá quebra de sigilo bancário, porque vai ser transferido para receita (comentado pelo professor em aula). STJ quanto as ações penais, não admitiu, interpretou que não é para atividade fiscal, como entendeu o STF (discussão atual). 
- O crédito tributário deve ser inscrito em dívida ativa antes de executado, após o decurso do prazo para pagamento. O termo deve indicar:
· Inscrição em Dívida Ativa – só pode ocorrer após o decurso do prazo para pagamento
a) Nome do devedor, corresponsáveis (CNT, art. 134 e 135) e respectivo endereço;
b) Quantia devida;
c) Origem, natureza do crédito e legislação pertinente;
d) Data de inscrição;
e) Nº do processo administrativo ou do auto/notificação. A maioria das pessoas não abre processo administrativo, coloca número no auto ou notificação de lançamento. Sujeito autuado que não apresentou defesa, acabou. 
- O erro de inscrição pode ser sanado antes do julgamento em primeiro grau, devolvendo-se o prazo de defesa. 
· O fisco pode corrigir erro de inscrição a qualquer tempo antes do julgamento em primeiro grau
· Ementa para sanar erros na fundamentação – exige retificação complementar e reabertura para defesa. 
· prova em trio - em linha 
· prova fica com quem está no meio;
· Não poderá usar rascunho
terça-feira, 19 de abril de 2022
Processo Administrativo – Tributo Federal
Regência: Decreto 70.235/72, com força de lei; o procedimento tem início:
I – Com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo ou seu preposto;	Comment by Natália Mendes: Aquele praticado pelo agente público sem provocação – para lavra o auto de infração ou notificação de lançamento	Comment by Natália Mendes: O auto de infração somente pode ser lavrada por auditor, se for por analista é caso de anulidade.
II – A apreensão de mercadorias, livros ou documentos; poderá vir o auto de infração ou não, o Fisco pode verificar que esta tudo ok	Comment by Natália Mendes: Pode ser que não gere uma continuidade do auto/notificação. Ex.: quando não vê má fé
III – o começo do despacho aduaneiro de mercadoria importada muito especifico. 	Comment by Natália Mendes: Quando não faz declaração??
- Termo de início, exclusão da espontaneidade e ciência de diligências. É a formalização do início de procedimento (fiscalização padrão – governo elege itens, ex.: caminhão vermelho ou contêiner com mais de 20kg – deve formalizar – ter um termo), geralmente é lavrado em documento separado e próprio, onde a autoridade identifica os fundamentos e já intima o sujeito passivo para apresentar provas que entenda necessárias.Essa dinâmica esta ligado ao poder que o Fisco tem de fiscalizar ou de exigir que o sujeito passivo cumpra/apresente esses documentos. 
Ou é um documento separado – ex,: vai pelo correio em caso de declaração de imposto de renda ou pode ser lavrado no próprio livro do empregado, ex.: fiscalização no trabalho – chegou na obra e bate carimbo na última folha, simplesmente formaliza o procedimento da fiscalização. 
Para evitar abuso no âmbito federal, é necessário a descrição de como vai ser (normalmente por chefe)
Exclusão da espontaneidade: exclusão da multa, quando inicia fiscalização quebra a espontaneidade;
- A exigência do crédito e a aplicação da penalidade isolada serão formalizados em auto de infração ou notificação de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, instruídos com a prova pertinente.
Chegou a conclusão da exigência do crédito e a aplicação da penalidade isolada – objeto do auto de infração ou notificação (instrumentos que formalizam). A legislação veio e exigiu que não misture tributos e penas isoladas, ex.: fiscal chegou na empresa que não pagou declaração de imposto de renda e outros 03 tributos, deve lavrar três autos (decadência de 05 anos), pode juntar no mesmo processo administrativo, mas não pode colocar mais de um tributo dentro de uma mesma infração. 
O fisco deve se preocupar com a prova, porque o sujeito passivo pode impugnar – inexiste o argumento de autoridade – deve provar. 
- O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá:	Comment by Natália Mendes: Pode ocorre de levar para posto mais próximo, ex.: fiscalização em rodovia
I – a qualificação do autuado;
II – o local, a data e a hora da lavratura;
III – a descrição do fato;
IV – a disposição legal infringida ou aplicável;
V – a determinação da exigência e a intimação p/cumpri-la ou impugná-la no prazo de 30 dias; Da noção da defesa
VI – a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo, função e matrícula.
- A notificação será expedida pelo órgão que administra o tributo e conterá os itens I, IV, V e VI anteriores.	Comment by Natália Mendes: Ex.: IPTU de oficio a repartição verifica de ano e em tese fazeria a notificação de lançamento de oficio. 
Defesa:
 a impugnação instaura a fase litigiosa, devendo ser formalizada por escrito, instruída com os documentos em que se basear e apresentada no órgão em 30 dias, contados da ciência. A defesa se chama impugnação e inicia a fase litigiosa, se não apresentar acabou, não chega na última decisão administrativa. A impugnação, dessa forma abre a fase litigiosa. É forma e deve ser instruída com os documentos que me baseio, diferente do processo civil que vai juntando documento, lá é feito petição e tem que provar um dos três motivos: força maior, fato ou direito superveniente ou contrapor fatos que surgiram depois, sem esses requisitos não deixa juntar. Logo, deve na impugnação juntar todos os documentos. Impugnação no caso Estadual (prazo de 30 dias para fazer)
- A impugnação mencionará:
I – a autoridade a quem dirigida;
II – a qualificação do impugnante;
III – os motivos de fato e de direito, os pontos controvertidos e as razões e provas respectivas;
IV – as diligências e a perícia que se pretenda, com as justificativas pertinentes, os quesitos, o nome, endereço e qualificação do seu perito; deve ter a pericia que for pertinente, é raro no campo tributário, mas é possível e deve fazer a justificativa (analisa os dois laudos), no momento da impugnação já deve ter o nome do perito (30 dias).
V – se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, juntando-se a cópia pertinente. Se a matéria foi judicializada, o Fisco não aprecia. É necessário a juntada de cópia, aquilo que foi analisado não se julga mais. 
- Considera-se não impugnada e preclusa a matéria não contestada. Cria órgão especializado para julgamento, o processo fica com a autoridade local (prepara, instrui e colhe a prova) manda para delegacia regional de julgamento (separação do juiz de instrução e de julgamento). No processo físico é dessa forma. 
- A autoridade de preparo e a de julgamento, excepcionado o processo eletrônico. Os poderes de instrução; a prova do teor e vigência da alegação de direito municipal, estadual ou estrangeiro; bem como a juntada posterior de prova documental:
a) força maior;
b) fato ou direito superveniente; e
c) contraposição de fatos posteriormente deduzidos. 
Análise formal de petição fundamentada com um dos argumentos referidos. 
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Revelia e impugnação parcial 
Impugnação parcial: pode impugnar alguns dos pontos do auto de infração. Obs.: o Fisco não dá certidão positiva com efeitos de negativa se não depositar o valor cheio. Usa a negativa da certidão para forçar o contribuinte que fica impedido de participar de licitação.
Procedimento de 1º grau:
- Juízo de preparo (autoridade local) e juízo de julgamento (Delegacia da Receita Federal de Julgamento), excepcionado o processo eletrônico. A delegacia lotou profissionais capacitados
- A perícia será designada na pessoa de auditor e intimado o perito do suj. passivo, cabendo a ambos apresentarem os respectivos laudos. Serão dois laudos, auditor e o seu perito. *Somente o auditor pode fazer perícia/ analista não – professor considera prejudicial para a administração
- A autoridade não designará perícia se já houver laudo ou parecer técnico de órgão federal competente, salvo se comprovada sua improcedência ou impropriedade. O tema já é pré-definido, precisa provar o equívoco – deve demostrar que o laudo/parecer é improcedente ou destinado para outra situação. Deve fazer prova prévia para demonstrar (outro laudo/parecer), não necessariamente precisa ser especialista 
- A perícia em produtos, bens ou objetos produzidos em série; prova empresada. Problema da prova emprestada: usa prova na qual a outra parte não participou – a parte pode alegar que não teve oportunidade de se manifestar. STJ entendeu que a prova é válida, desde que respeitada o contraditório e ampla defesa. 
- Quando em exames, diligências e perícias forem verificadas incorreções ou omissões que resultem agravamento (situação fática – ex.: dívida não é de mil, mas um milhão) da exigência ou alteração da fundamentação legal (equívoco de fundamentação), deve ser lavrado auto ou notificação complementar, devolvendo-se o prazo de defesa e instrução. IMPORTANTE: mutatio libelli (novos fatos) e emendatio libelli (MP denuncia, mas coloca o tipo errado), no Tributário é similar 
Prazos e intimações
- Os prazos serão contínuos, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o vencimento; os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal. Nem um, nem outro pode cair no feriado, prorroga no primeiro dia útil subsequente. 
- Prazo geral e ordinário para diligência: 08 dias. Decreto determina que os atos em geral serão neste prazo, ex.: se o servidor não cumprir em oito dias, fica por isso mesmo. Prof. disse que nunca viu o cumprimento em oito dias. 
- A intimação, sem ordem de preferência, será: 
I – pessoal; agente que está lá fazendo a fiscalização, lavra o auto
II – por via postal ou qualquer outro meio com prova de entrega no domicílio; vai pelo correio, a data que a pessoa recebeu 
III – por meio eletrônico. É uma exceção, SIMPLES Nacional faz aderir automaticamente ao eletrônico, hoje virou praticamente a regra em razão disso
Restando frustrada por algum desses meios, a intimação poderá ser por edital, publicado:
(i) No site do órgão na internet; ou
(ii) No saguão público da repartição; ou
(iii) Por publicação na imprensa (DOE).
- Considera-se efetivada a intimação: 
I – na data da ciência se pessoal;
II – na data do AR por via postal ou 15 dias após a expedição no caso de omissão; Pode ser que esqueceu, passado 15 dias da data da expedição considera
III – no registro de ciência ou 15 dias após a entrega no domicílio eletrônico; ou diz ciência ou decorre o prazo de 15 dias e considera intimado depois dos 15 dias
IV – 15 dias após

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