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RELATÓRIO 3: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE ESTOMÁTICA Josiane Leopoldino de Lima - 2020006678 Marcelo Costa de Oliveira Junior - 35267 Maria Estevez Monteiro - 2020005616 Vitória de Faria Silva - 2020024738 INTRODUÇÃO Os estômatos são estruturas encontradas na epiderme das plantas (principalmente nas folhas) e, são especializadas na realização de trocas gasosas da planta com o meio. O termo estômato é geralmente utilizado para denominar o conjunto formado pelo poro e por duas células (células-guarda) que o circundam. O poro chamado de “ostíolo” é responsável pela comunicação do interior da planta com o meio externo. Já as células-guarda estão relacionadas com a abertura e fechamento dos poros. Os estômatos se abrem e fecham para evitar uma perda excessiva de água pela planta e, isso ocorre por causa de modificações que ocorrem nas células-guarda, elas recebem água das células vizinhas, ficando mais túrgidas e curvadas para fora, o que leva à abertura dos estômatos. Quando elas perdem água, ficam flácidas e diminuem a curvatura, o que provoca o fechamento dos estômatos. O presente trabalho tem como objetivo determinar a densidade estomática de folhas colhidas de diferentes regiões de uma mesma planta. O conceito de densidade estomática é definido como o número de estômatos encontrado em cada unidade de área de uma superfície foliar. Foram analisadas as folhas colhidas da região onde a planta se encontrava na borda e no meio da bossoroca e, espera-se determinar se as folhas que se desenvolvem em ambientes com maior incidência de luz (mais ensolarados) apresentam maior densidade de estômatos do que aquelas produzidas em ambientes com menor incidência de luz (sombreados). Itajubá, 2022 METODOLOGIA A partir da coleta de folhas feita pelo professor de uma mesma espécie de planta, pegamos algumas amostras e com o auxílio de um gilete, realizamos cortes paradérmicos na parte inferior da folha (parte abaxial - considerando que nessa parte haja uma maior incidência de estômatos). Com uma pinça, colocamos os cortes em uma placa de vidro com um pouco de água. Cortes na lâmina com um pouco de água Após ter um número considerado de cortes, transferimos eles para a lâmina para analisarmos no microscópio. Utilizamos as lentes de 20x e 40x. Foi possível identificar os estômatos mesmo sem usar a técnica de coloração. Itajubá, 2022 Nossa amostra vista pela lente de 20x Para obter a densidade estomática, utilizamos as imagens fornecidas pelo professor. As amostras foram colhidas por ele em um mesmo local, porém, uma da borda e outra do meio. Imagens captadas pelo professor. Borda e meio, respectivamente. Com o auxílio do ImageTool contamos os números de estômatos e aplicamos na fórmula: D = n° de estômatos / área Itajubá, 2022 RESULTADOS: BORDA: Área: 2308,37µ² = 0,00230837 mm² Nº de estômatos: 53 MEIO: Área: 2307,59µ² = 0,00230759 mm² Nº de estômatos: 14 Cálculos usando uma regra de três a partir da fórmula: ÁREA DA FOTO = n º de estômatos 1mm² = X BORDA: 0,00230837mm² = 53 estômatos 1mm² = X X= 4,3554 estômatos por mm² MEIO: 0,00230759mm² = 14 estômatos 1 mm² = X X = 1,6482 estômatos por mm² Itajubá, 2022 CONCLUSÃO Com base nas duas imagens analisadas, utilizando as ferramentas e metodologia orientadas pelo professor, concluímos que a densidade estomática de uma mesma planta pode sim sofrer alterações significativas quando observadas sob diferentes incidência de luz. Observamos que a amostra proveniente da borda do campo de coleta possui maior densidade estomática (4,3554 estômatos por mm²) do que a amostra proveniente da região central (1,6482 estômatos por mm²), consequentemente esse fato indica que há uma maior incidência de luz na parte periférica da planta e, essa característica de maior densidade estomática possibilita que a planta “economize” água, em outras palavras, perca menos água. Itajubá, 2022 QUESTÕES a) Qual das duas situações promove o desenvolvimento de folhas com maior densidade estomática? R: Na planta que obteve maior incidência de luz, ou seja, na folha coletada na borda da bossoroca. b) Quais consequências as diferenças na densidade estomática nas duas situações podem ter para a transpiração e fotossíntese? Explique. R: Aumento na evaporação da água, por parte da planta, isso faz com que a planta consiga gerar mais matéria orgânica devido a sua maior absorção de águas e nutrientes e junto a uma incidência de luz maior aumentando sua respiração e sua fixação de carbono. c) Quais fatores ambientais determinam essas diferenças na densidade estomática observadas? R: O maior fator foi a luz solar, a planta estava localizada na parte mais alta da bossoroca onde a incidência de luz era maior, contribuindo para formação de mais estômatos nas folhas Itajubá, 2022