Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Babesiose em pequenos animais Introdução Doença chamada de piroplasmose canina Formato piriforme (semelhante a pêra) Babesia canis vogeli: encontradas nos carrapatos marrons do cão Transmissão Principal: artrópodes hematófagos (carrapato marrom do cão) e consegue transmitir de 24 a 42 horas Transfusão sanguínea Transmissão transovariana Ciclo de vida HD (mamíferos): introdução dos esporozoítos no HD pelos carrapatos → na hemácia sofre diferenciação em trofozoíto → trofozoíto por merogonia ou fissão binária começa a se dividir em dois merozoítos → ruptura da hemácia e merozoítos na corrente sanguínea → merozoítos podem adentrar outra hemácias e podem continuar seu ciclo OU pode tomar forma de gametócito (essa é a forma ingerida pelo HI) HI (carrapato): gametócito é ingerido → gametogonia → ocorre liberação de gametas no intestino → gametas se transformam em oocinetos → oocinetos infectam células do intestino e se multiplicam por esporogonia → liberam esporocinetos os quais vão para os túbulos de Malpighi (se multiplicam) OU vão para os oócitos do carrapato → nos oócitos infectam os ovos do carrapato (transmissão transovariana) → ao botar os ovos ocorre o nascimento das larvas contaminadas de babesia → os esporocinetos dentro das larvas são liberados na hemocele (cavidade) → na hemocele vão para a glândula salivar da larva → por esporogonia começa a se multiplicar e no momento que o carrapato for se alimentar transmite a babesia (transmissão transestadial) ↪Dependendo do tipo de carrapato, ele tem: • Ciclo monoxeno (precisa apenas de 1 hospedeiro): uma vez que ele contrai a babesia, ele não vai transmiti-la, quem vai transmitir são seus descendentes (como no ciclo explicado acima) • Dioxeno/trioxeno (precisa de 2/3 hospedeiros): após que o oocineto é liberado na hemocele do carrapato, ele não se desenvolve no intestino e sim vai para a musculatura do carrapato onde ocorre esporogonia com liberação de esporocinetos, onde ficam encistados, e apenas quando o carrapato for fazer sua próxima muda, os cistos vão ser reativados e vão para a glândula salivar ↪Carrapato midicula: escolhe o cão quando está em seu período de descanso Patogenia Reprodução da Babesia → Ruptura das hemácias → Fagocitose das hemácias parasitadas e não parasitadas → Anemia regenerativa Sinais clínicos Subclínica: não há sinais perceptíveis Hiperaguda: fase grave da doença ↪As hemácias lisadas irão liberar pirogênios (citocina) que irão causar febre ↪Apatia, anorexia, letargia, icterícia, hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia Alterações hematológicas Anemia regenerativa: ocorre em caso de hemorragia ou... Macrocitose (hemácia maior que o esperado) e hipocromasia (menos hemoglobina que o esperado) Policormasia, anisocitose Reticulocitose: precursor da hemácia madura Anemia esferocítica Eritrofagocitose Trombocitopenia: não é comum, tende a ser mais branda, ocorre por vasculite, sequestro esplênico, destruição imunomediada Leucocitose por neutrofilia: Complicações: somente em casos mais graves, fase hiperaguda Síndrome disfunção múltipla dos órgãos: hipovolemia (as células de defesa liberam mediadores inflamatórios em excesso e causa vasodilatação periférica), choque endotóxico, infecção sistêmicas Nefropatia Choque Manifestações neurológicas Distúrbios respiratórios Problemas circulatórios: hipovolemia, taquicardia Hemorragias: não tão comum Coagulopatia: coagulação intravascular disseminada Diagnóstico Sinais clínicos Exames diretos (visualização do parasito ou do material genético): esfregaço sanguíneo corado; PCR (detecta o material genético) Exames indiretos: IFI, ELISA - Anticorpos declinam 3-5 meses depois Tratamento Aceturato de diaminazeno: não muito usado, pois tem muito efeitos adversos Dipropionato de imidocarbe (Imidizol): mais utilizado Tratamento de suporte Reposição hidroeletrolítica Transfusão sanguínea: em caso de anemia grave
Compartilhar