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Semiologia Médica - Sinais Vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, oximetria)

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Ana Clara Aguilar de Almeida – Semiologia Médica – Fev. 2022 
1 
 
SINAIS VITAIS 
 
- A importância dos Sinais Vitais: 
Os sinais vitais expressam o funcionamento e as 
alterações dos órgãos e/ou sintomas mais relacionados 
com a manutenção da vida. Para ter sinal vital precisa 
estar vivo. 
 
Os sinais vitais são medidos para estabelecer os 
padrões basais (para saber as alterações, precisa ter 
um padrão), observar tendências, identificar 
problemas fisiológicos e monitorar a resposta do 
paciente. 
Sinal vital é básico. 
 
- SINAIS VITAIS: 
 *PRESSÃO ARTERIAL – sistêmica. Temos duas 
circulações: arterial sistêmica e pulmonar. A pressão 
que aferimos de forma não invasiva é a pressão arterial 
sistêmica. 
 *FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA – nº de ciclos 
respiratórios por minuto. 
 *FREQUÊNCIA CARDÍACA 
 *TEMPERATURA 
 *NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
 *OXIMETRIA DE PULSO 
 
- Os sinais devem ser avaliados quando: 
▪ Pacientes admitidos em qualquer serviço de 
saúde com manifestações clínicas indicativas de 
comprometimento de órgão vital, 
principalmente em emergências e urgências 
(potencialmente é um paciente grave). 
• Deve ser avaliado antes e depois de qualquer 
procedimento invasivo ou Cirúrgico. 
• Antes e depois de administrar medicamentos 
que interferem nas funções cardíaca, 
respiratória e cerebral. 
• Sempre que as condições clínicas do paciente 
apresentarem piora inesperada. 
• Sempre que o paciente manifestar desconforto 
inexplicável. 
 
Avaliar sinais vitais nunca é demais. 
 
 
 
 
 
▪ PRESSÃO ARTERIAL 
 
Neste caso é PA sistêmica. Não significa que o paciente 
tem hipertensão pulmonar, que vai ter PA sistêmica 
alterada. 
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue 
no interior das artérias Depende da força desenvolvida 
pela sístole ventricular, do volume sanguíneo e da 
resistência oferecida pelas paredes das artérias. 
O sangue sempre está sob pressão no interior das 
artérias. 
Durante a contração do ventrículo esquerdo (Sístole) a 
pressão está no seu valor máximo, sendo chamada 
pressão sistólica ou máxima. 
Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo 
(diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, 
sendo chamada pressão diastólica ou mínima 
 
Nem todo paciente que está hipotenso está com 
hipovolemia. 
 
Deve ter um gradiente para que o sangue circule. 
O valor máximo é a pressão sistólica e o mínimo é a 
pressão diastólica. 
 
PA = DC x RVP 
DC = VS x FC 
 
RVP – grau de contração das artérias/arteríolas. 
Quanto menor o leito vascular, maior a pressão – 
influencia na diastólica. 
A pressão arterial também depende da parede de 
grandes vasos, volemia e viscosidade. 
Idoso tende a ter uma pressão sistólica um pouco 
maior, principalmente pela calcificação dos vasos, 
perda de elasticidade dos vasos. 
 
Hipertensão Arterial – acima de 135x90, mas pode 
variar. Ex.: em idosos a pressão tende a subir. 
Deve avaliar de pessoa para pessoa, caso a caso. 
 
Hipotensão Arterial – depende de cada pessoa. Deve 
avaliar caso a caso. Não há uma pressão mínima 
saudável. Se a pressão está baixa e a pessoa está 
assintomática, com exame físico normal, essa é a 
pressão da pessoa. Deve ter sempre o bom senso. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Semiologia Médica – Fev. 2022 
2 
 
Choque – incapacidade do sistema circulatório de 
suprir as demandas teciduais, principalmente de 
oxigênio. Tem 4 tipos: Cardiogênico, Hipovolêmico 
(hemorrágico, desidratação), Distributivo 
(neurogênico, sepse, anafilático), Obstrutivo 
(pneumotórax, TEP – tromboembolismo pulmonar). 
Dentro da variação de choque, não é somente 
diminuição da PA, tem também aumento de FC, 
sudorese fria, palidez cutânea, oligoanúria, 
vasoconstrição. 
 
Materiais para aferir PA: 
 *Esfigmomanômetro/Manguito (aneróide, mercúrio 
e eletrônico) – deve ter uma calibração periódica. Deve 
possuir 2/3 do comprimento do braço. Padrão 12 a 
14cm X 23cm. 
 *Estetoscópio 
 
Técnica: 
 *Evitar bebidas alcoólicas, fumo e cafeína 30 minutos 
antes da aferição. 
 *Ambiente confortável. 
 *Repouso mínimo de 3 min. 
 *Paciente sentado com braço ao nível do coração (4º 
espaço costal). 
 *Braço sem vestimenta, fístulas, dissecções arteriais 
prévias, linfedema. 
 *Palpe a artéria braquial ou radial antes. 
 *Prega antecubital na altura do quarto espaço 
intercostal 
 *Centralize a bolsa inflável sobre a artéria braquial. 
 *Borda do manguito deve ficar 2cm acima da prega 
antecubital. 
 *Braço ligeiramente flexionado. 
 *Estime pressão sistólica pela palpação arterial. 
 *Insufle o manguito 30 mmHg acima da medida 
palpada. 
 *Desinfle o manguito lentamente (2 a 3 mmHg 
por segundo). 
 *Não aferir novamente antes de 1 a 3 min. Devido a 
vasoconstrição gerada naquele momento. 
 
Descrição precisa, com aproximação máxima de 
2mmHg. 
Aferir nos dois braços. 
Ter cuidado com o Hiato Auscultatório. 
 
Ex.: pressão 120x80, quando o manguito está inflado, 
acima de 120 está comprimido e o sangue não passa na 
artéria. Quando desinsufla aos poucos vai liberando. 
Normalmente o fluxo na artéria é laminar e não faz 
barulho, mas depois que comprime ela e logo libera, 
acontece um fluxo turbilhometro e faz barulho. 
Quando chega novamente no fluxo laminar com a 
artéria totalmente descomprimida o fluxo na artéria 
para de fazer o barulho. 
 
 
Hiato Auscultatório – acontece entra a Fase I e fase II. 
Muito comum em idoso. 
Depois que desinfla começa a escutar o barulho e pode 
ocorrer de ter uma pausa de ruido por um certo tempo, 
essa pausa é o hiato auscultatório. 
A técnica palpatória é importante para evitar que 
aconteça de subestimar a pressão sistólica. 
Ex.: PA 180x100, hiato auscultatório +- de 30 mmHg. Se 
eu utilizar somente o estetoscópio sem a técnica 
palpatória, pode mascarar a pressão alta, e subestimar 
a pressão sistólica. Irá auscultar somente até o 
momento que houver a parada do hiato auscultatório 
fazendo a medição por exemplo de 120x80, sendo que 
na verdade a pressão é alta. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Semiologia Médica – Fev. 2022 
3 
 
Geralmente registra a pressão diastólica quando está 
na fase V. 
Pode acontecer em pacientes, por exemplo, com 
insuficiência aórtica ou grávidas, do barulho ir até o 0. 
Nestes casos deve realizar o registro da diastólica no 
final da fase IV e colocar o 0 depois representando que 
o barulho foi até o 0. 
Ex: 120x50x0 
 
▪ FREQUÊNCIA CARDÍACA 
 
Frequência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de 
batimentos cardíacos por unidade de tempo, 
geralmente expresso em batimentos por minuto bpm. 
 
Cada barulho “tum-tá” é um batimento. 
Barulho “tum” é referente ao fechamento das válvulas 
atrioventriculares. 
Barulho “tá” é o fechamento da válvula aórtica e 
pulmonar. 
 
Pessoa muito taquicárdica é difícil identificar na 
ausculta B1 e B2. Para identificar B1 olha pelo pulso. O 
que bate no pulso é B1. 
 
O que avalia na FC: 
 *Taquicardia – acima de 100 bpm. 
 *Bradicardia – abaixo de 60 bpm. 
 *Ritmo – regular ou irregular. Avaliar a regularidade. 
Na maior parte das vezes quando está irregular é uma 
fibrilação atrial. Nesse momento faz um ECG para 
confirmar. 
 *Amplitude – o pulso tem uma amplitude típica. Se o 
paciente está chocado o pulso está fino. Paciente com 
estenose aórtica, o pulso vai estar mais lento. Paciente 
com insuficiência aórtica o pulso em “martelo d’água”, 
pulso em pico. 
 
Geralmente a FC é avaliada em artéria radial. 
Contar 60seg. principalmente em ritmos irregulares, 
bradicardia ou taquicardias. 
 
▪ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
A frequência respiratória em geral é mensurada 
através da observação da expansão torácica contando 
o número de inspirações por um minuto. 
 
Contar durante 1 minuto por inspeção visual ou 
auscultando com estetoscópio. 
É fazendo a inspeção do tóraxdo paciente. Não deve 
falar para o paciente que está fazendo para não haver 
alterações. 
 
Avalia na FR: 
 *Frequência – acima 20 taquipnéia, abaixo de 16 
bradipneia). 
 *Padrão respiratório 
 *Tempo Expiratório 
 *Presença de esforço 
 
 
Paciente com acidose grave normalmente tem Ritmo 
de Cantani ou Ritmo de Kussmaul. 
Kussmaul tem algumas pausas. 
 
▪ TEMPERATURA 
 
Temperatura Oral – média de 37°C (35,8 a 37,3°C) 
Temperatura Retal – 0,4 a 0,5°C maiores que as orais. 
Temperatura de Membrana Timpânica – 0,8°C maior 
que a oral. 
Temperatura axilar – 0,5°C menos que a oral. 
 
A temperatura ideal deve olhar dentro do contexto. 
 
 *Hipotermia – abaixo de 35, 35,5 
 *Hipertermia – acima de 40,0 °C. Normalmente tem 
um fator externo para ocorrer aquilo, que os nossos 
mecanismos de controle de temperatura não 
conseguem contrabalancear. 
 *Síndrome Febril – é uma síndrome. Tem outros 
achados (taquicardia, indisposição, fraco, inapetência, 
etc). 
 
Termômetro: 
Desinfecção, abaixar a coluna de mercúrio até 35°C, 
secar a região axilar se necessário, bulbo no oco axilar, 
manter 5min. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Semiologia Médica – Fev. 2022 
4 
 
▪ NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
 
Glasgow 
Mini-exame de estado mental. 
 *Normal 
 *Alterada – Sonolenta, torporoso 
 *Inconsciente – coma, Glasgow 3 +- 
 
Para o dia a dia, a maioria o Glasgow é 15. Então acaba 
fazendo um exame mais subjetivo. 
Avaliar mais profundamente quando identificar sinais 
alterados, inconsciente. 
 
▪ OXIMETRIA DE PULSO 
 
Aparelho Oxímetro de Pulso. 
Em ar ambiente, normalmente 95 a 100%. 
Intoxicação por monóxido de carbono muitas vezes a 
oximetria está normal e a pessoa não está bem. 
Esmalte na unha pode alterar a medição.

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