Buscar

Filosofia da Educação - Aula 5

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Aula 05
*
CURSOS DE LICENCIATURA – LETRAS E PEDAGOGIA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
PROF. RENATO JOSÉ DORNELLAS SOBRINHO
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Aula 05 - O NASCIMENTO DO PENSAMENTO MODERNO E A IDÉIA DE MODERNIDADE
Aula 05
*
*
Aula 05
*
OBJETIVOS:
Compreender as mudanças profundas que trouxeram a ideia de progresso e valorização do indivíduo, na modernidade.
Compreender o papel de Lutero como provocador de uma mudança no panorama político e religioso europeu alterando profundamente as discussões filosóficas, teológicas e doutrinárias como um dos fatores propulsores da modernidade. 
Analisar a reação da Igreja Católica, identificando as consequências.
Enumerar e analisar os diferentes fatores que permitiram a revolução científica. 
Analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do início da modernidade e verificar as suas principais características.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
A IDEIA DE MODERNIDADE
Foi sendo construída ao longo da história da cultura ocidental.
Moderno já era usado na Filosofia Medieval.
O conceito de modernidade vem de duas noções fundamentais relacionadas: a ideia de progresso e a valorização do indivíduo.
Três fatores históricos que contribuíram para a construção do pensamento moderno: 
Humanismo Renascentista (século XV)
Reforma protestante (século XVI) 
Revolução Científica (século XVII) e a redescoberta do ceticismo.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
O conceito de modernidade está quase sempre associado a um sentido positivo de mudança, transformação e progresso, na verdade os grandes pensadores do século XVII, considerados como revolucionários e inovadores como Bacon e Descartes jamais se autodenominaram modernos. 
No entanto, se tratou de um processo lento de transição já que as concepções tradicionalistas ainda continuam a vigorar. 
Aula 05
*
*
Aula 05
*
CONTEXTO HISTÓRICO
Transformações no mundo europeu do séc. XV-XVI
Descoberta do Novo Mundo (Américas)
Surgimento de grandes núcleos urbanos em algumas regiões (Florença – Itália)
Desenvolvimento da atividade econômica, sobretudo mercantil e industrial.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
HUMANISMO RENASCENTISTA - SÉC. XV E XVI
Retomada do ideal clássico greco-romano em oposição à escolástica medieval.
Valorização do homem como indivíduo, de sua iniciativa e de sua criatividade.
Renascimento é visto como detentor de uma identidade própria desenvolvendo uma concepção específica de Filosofia e do estilo de filosofar.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
O Renascimento foi buscar o lema do humanismo em Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”.
Os temas pagãos são centrais nas obras de arte, afastando-se da temática religiosa e aproximando a arte do Cristianismo à Antiguidade Clássica.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Os humanistas se inspiraram em Platão e rejeitaram o pensamento filosófico de Aristóteles (referência da Escolástica).
Trata-se de um Platão poeta, estilista da língua grega, dialético, com dons literários.
O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico-medieval.
Valorização do homem considerado um ser em si mesmo.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Ruptura com a importância dada às ciências naturais após a redescoberta de Aristóteles ao final do séc. XII
O tema da “dignidade humana” opõe-se ao tema da “miséria do homem”, ou seja, do “ser caído”, descendente de Adão, marcado pelo pecado original.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Humanismo na Literatura
“O homem é um Deus não em um sentido absoluto, porque é homem, mas é um Deus humano”. (Nicolau de Cusa)
As obras “De conjectures” (Nicolau de Cusa) e “Oração sobre a dignidade do homem” de Giovanni Pico della Mirandola, são obras de caráter ético que valorizam a liberdade humana, veem o homem como centro da Criação, e lhe atribuem uma dignidade natural, inerente à sua natureza enquanto ser humano.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Tese Humanista
“O homem é um microcosmo que reproduz em si a harmonia do cosmo”.
O afresco A Escola de Atenas reúne os mais importantes filósofos gregos da antiguidade, tendo ao centro as figuras de Platão (em sua mão a obra Timeu) e de Aristóteles (em sua mão a ética).
Aula 05
*
*
Aula 05
*
ARTE RENASCENTISTA
Inicia-se na Arquitetura que realiza o projeto de reconstrução de Florença.
Trata-se de uma arte voltada para o homem (artesão, artífice, cidadão)
A arquitetura dos Palácios e Igrejas foram inspiradas nas linhas geométricas da arquitetura clássica.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Humanismo na Política
Erasmo de Rotherdan (1466-1533) e Thomas Morus (1478-1535) preocuparam-se em aplicar os princípios da virtude inspirados na moral estóica e epicurista – a ética do equilíbrio e da moderação.
A Utopia de Morus formula a imagem de um estado ideal, em que não há propriedade privada, defendendo a tolerância religiosa, criticando o autoritarismo dos reis e da Igreja e favorecendo a razão e a virtude naturais.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Nicolau Maquiavel (1469-1527)
“Os fins justificam os meios”
O Príncipe, dedicado a Leonardo de Médici, a quem pretende aconselhar na arte de assegurar e manter o poder político.
Sua preocupação é pragmática e empírica, separando a política da moral.
O governante deve ser implacável no exercício do poder, e este exercício de poder justifica a si mesmo.
A principal qualidade do poder é a virtude que pressupõe coragem, habilidade e persistência.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
REFORMA PROTESTANTE - SÉCULO XVI
Lutero ao visitar Roma (1510) ficou chocada com a corrupção da sede da Igreja e propõe uma reforma.
Traduziu a Bíblia para o alemão.
Defesa da ideia de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem divina nos textos sagrados (regras da fé) não necessitando da intermediação da Igreja, dos teólogos, da doutrina dos Concílios – representa a defesa do individualismo contra a autoridade externa, contra o saber adquirido, contra as instituições tradicionais, todos colocados sob suspeita.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
A ÉTICA PROTESTANTE
A ética calvinista ao considerar os protestantes como predestinados e valorizar a liberdade individual, a livre iniciativa e a austeridade influenciará o desenvolvimento econômico da Europa, permitindo a acumulação do capital.
Calvino defende que a “riqueza é um dom ou uma graça divina” e vale todo e qualquer esforço para reproduzir a mesma como forma de agradecimento a Deus.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
CONTRA-REFORMA
CONCÍLIO DE TRENTO (1543-63)
Estabelece as bases doutrinárias e litúrgicas do catolicismo, reforça a autoridade do papa e dá a Igreja o perfil que prevalecerá até o Concilio do Vaticano (1962-65).
A obra de São Tomás de Aquino é colocada no altar ao lado da Bíblia.
A inquisição ganha nova força.
Surgem ordens religiosas de caráter militante como a Companhia de Jesus de Santo Inácio de Loyola (1534). 
Aula 05
*
*
Aula 05
*
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
Nascimento da Ciência Moderna - Revolução Copernicana
Nicolau Copérnico rejeita o modelo geocêntrico (modelo Ptolomaico) de cosmo e defende o modelo heliocêntrico.
Galileu Galilei provou por cálculos matemáticos a validade do modelo copernicano e defendeu a visão da natureza como possuindo uma “linguagem matemática”.
“A natureza é um livro escrito em linguagem geométrica; para compreendê-la é necessário apenas aprender esta linguagem”.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Este parece ser o ponto de partida para o desenvolvimento do mecanicismo como modelo físico do universo.
O mecanicismo vê a natureza como um mecanismo, constituído de elementos que, como as engrenagens de um relógio, a fazem funcionar impulsionadas por uma força externa.
A função da ciência é descrever a natureza desses elementos e as leis e princípios que explicam seu funcionamento.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
Conclusão
Superação do modelo de uma Ciência Contemplativa (Antiga e Medieval) e defesa de uma Ciência Ativa.
A Ciência Ativa moderna rompe com a separação antiga entre a ciência (episteme) e a técnica (téchne), fazendo com que problemas práticos no campo da técnica, levem a desenvolvimentos científicos, bem como com que hipóteses teóricas sejam testadas na prática, a partir de sua aplicação
na técnica.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
RETOMADA DO CETICISMO CLÁSSICO - Séc. XVI - XVII
Os céticos se destacaram na antiguidade pelo questionamento das pretensões dogmáticas ao saber e por apontarem a inexistência de um critério decisivo para resolver disputas e conflitos entre teorias rivais.
A crise da escolástica, a rivalidade entre protestantes e católicos, aristotélicos e platônicos, bem como a oposição entre ciência antiga e ciência moderna, reproduziram o cenário de conflito de doutrinas discutido pelos céticos.
Principal representante – Michel de Montaigne.
Aula 05
*
*
Aula 05
*
MICHEL DE MONTAIGNE
(1533-1592)
Sua visão cética tem uma visão mais ética do que epistemológica ao defender um ideal de vida equilibrado e moderado.
Defendeu a adoção de uma tolerância religiosa no momento em que a França se encontrava dividida entre católicos e protestantes em guerra.
Para ele, não temos argumentos racionais para a defesa da religião, pois a defesa de uma ou outra religião tem um sentido radical que leva à guerra, à destruição e à morte.
Sua visão é considerada como ponto de partida do subjetivismo e do individualismo que encontramos nas obras filosóficas do século XVII como Descartes.
Aula 05
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais