Recursos físicos de aquecimento profundo (Diatermia)

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POR: DÉBORA STHER | @STHERDEBORA | 5° PERÍODO FISIOTERAPIA
20/7/22
Recursos físicos em fisioterapia – Recursos físicos de aquecimento profundo (Diatermia)
Recursos físicos de aquecimento profundo (Diatermia)
Diatermia
Aplicação de energia eletromagnética de alta frequência, podendo gerar efeitos térmicos ou não térmicos. Os efeitos térmicos tratam tecidos mais profundos em que outras formas de transferência de calor não alcançam (irradiação e condução)
Efeitos térmicos
O efeito das diatermias é, primordialmente, térmico por serem incapazes de gerar despolarização e contração, uma vez que os comprimentos de ondas são muito curtos para esse fim. 
Cerca de 5 cm de profundidade
Máximo de 43°
Os benefícios primários da diatermia são os mesmos do calor em geral:
· Aumento da temperatura corporal;
· Aumento do fluxo sanguíneo;
· Aumento do metabolismo e reações enzimáticas;
· Diminuição da rigidez muscular;
· Aumento no limiar da dor;
· Aceleração na recuperação da lesão (subaguda ou crônica)
Efeitos Não Térmicos
A diatermia por ondas curtas pulsadas, para fins não térmicos, são para tratamento de:
· Lesões do tecido mole
· Controle da dor
· Controle do edema
O mecanismo da diatermia ocorre a nível celular
· Maior perfusão microvascular
- Aumentando a perfusão microvascular e a circulação local, pode se aumentar a oxigenação tecidual local, a disponibilidade de nutriente e a fagocitose
- Reabsorção de edema e hematoma
- Redução dos sinais inflamatórios
· Função alterada da membrana celular e atividade celular
- O campo eletromagnético pode afetar a ligação de íon com a membrana desencadeando uma cascata de processos biológicos.
- Mitose celular
- Deposição de colágeno e fibrina
- Angiogênese
- Aceleração do processo cicatricial
Um dos usos comprovados dos efeitos não térmicos da diatermia é para o manejo da osteoartrite de joelho.
O fator que determina se o aparelho de diatermia vai aumentar a temperatura ou não é a quantidade de energia absorvida pelo tecido. Isso é modulado pela intensidade do campo eletromagnético e pelo tecido em que o campo é aplicado.
Para efeitos não térmicos: potências <38W
A diatermia é feita por aparelhos de microondas (sem fabricante no Brasil) e de ondas curtas (poucos fabricantes com aparelhos antigos).
Radiação eletromagnética
Basicamente há duas formas de radiação eletromagnética:
1. De baixa frequência, ou seja, não ionizante (ondas curtas, micro ondas radiação IV, luz visível e UV)
2. De alta frequência, ou seja, ionizante (raio-x e raio gama)
Apesar das 3 frequências de diatermia por ondas curtas existentes, a modulação mais comum é:
Frequência = cerca de 1 8 a 30 MHz
Comprimento de onda = 3 a 200 m
ONDAS CURTAS
Nada mais é do que um aparelho de dois eletrodos e dois cabos que transmite uma corrente elétrica de alta frequência produzindo ondas curtas (dentro do espectro eletromagnético). 
O padrão de força da maioria dos aparelhos está em torno de 80 a 120W, sendo divididas em doses, lembrando que a quantidade de energia absorvida pelo tecido é o que determina se haverá aquecimento ou não:
· Dose I (mais baixa): s/ sensação de aquecimento
· Dose II (baixa): sensação de aquecimento
· Dose III (média): sensação de aquecimento
· Dose IV (alta): aquecimento vigoroso
A administração das ondas curtas pode ser por duas técnicas diferentes, que afetam diferentes tecidos biológicos. A seleção dos eletrodos adequados é importante para o sucesso do tratamento. 
1. Técnica de indução: aplicado por meio de uma bobina ao redor do membro ou enrolado dentro de um eletrodo onde flui corrente elétrica alternada. Isso forma um campo magnético em forma de pequenos campos circulantes que provoca o aquecimento. 
- O campo magnético é mais forte do que o campo elétrico. Por isso, é conhecida como um método de campo magnético, já que a corrente elétrica é resultado dela.
- A força das correntes parasitas é determinada pela força do campo magnético na área e pela condutividade elétrica do tecido.
São produzidas em duas formas básicas: eletrodo de cabo ou de tambor 
2. Técnica de capacitância: cria um campo elétrico mais forte do que um campo magnético. Aplicado com duas placas em que passa uma corrente elétrica alternada de alta frequência. O paciente se torna parte do circuito.
- Aplicado por meio (1) de placas de espaço de ar, em que partes do corpo pobres em gordura subcutânea (pés, punhos, tornozelos) são mais indicadas ou (2) de eletrodos de coxim (placas). Quanto mais próximo for a distância dos coxins, mais alta será a densidade de corrente e a profundidade de penetração nos tecidos.
- Para a aplicação dessa técnica, o método sanduíche (transversal) não é indicado. No método longitudinal, a corrente trafega por maiores áreas do corpo. No método coplanar, os eletrodos estão no mesmo plano distantes entre si, com 8 a 10 cm e a área de interesse entre eles.
Preparo do paciente
1. Examinar sensibilidade térmica
2. Excluir contra indicações
3. Retirar objetos metálicos da área de tratamento
4. Remover auxílios auditivos
5. Remover bandagens e roupas
6. Pele seca (secar o suor caso haja durante aplicação)
7. Pedir relato ao paciente durante a aplicação
8. Manter distância entre placa e pele (suporte do aparelho ou toalha seca)
Preparo do local e equipamento
1. A maca ou cadeira utilizada deverá ser preferencialmente ser de madeira (não colocar suporte metálico)
2. Não encostar os cabos em superfícies metálicas
3. Não se deve cruzar os fios do aparelho
4. Certificar sobre a conexão dos cabos
5. A aplicação deve ocorrer longe de outros eletroportáteis em uso
Contraindicações
- A todas as formas de DOC: 
· estimuladores implantados ou transcutâneos
· gestação
· implantes de metal
- Ao DOC em nível térmico:
· malignidades
· olhos
· testículos
· epífises de crescimento 
- Ao DOC pulsado não térmico:
· órgãos
· substituição da terapia convencional por edema e dor
Precauções 
· Equipamentos magnéticos ou eletrônicos próximos 
· Obesidade
· DIU de cobre