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POR: DÉBORA STHER | @STHERDEBORA | 5° PERÍODO FISIOTERAPIA 20/7/22 Recursos físicos em fisioterapia – fototerapia Fototerapia Fototerapia = laser e LED A luz é um tipo de energia eletromagnética, portanto é uma onda, e os seus diferentes comprimentos de onda lhe garantem características diferentes podendo estar ou não dentro da faixa visível ao olho humano. Esse tipo de energia eletromagnética (luz) causa níveis baixos de diatermia, portanto, utiliza mecanismos não térmicos para alcançar seus efeitos. Esses tipos de energia eletromagnética (luz) causam mudanças nas células pela alteração da função da membrana celular e sua permeabilidade. Essas mudanças ocorrem pelo processo de quimiotaxia. Essa energia provoca mudanças conformacionais nas proteínas, favorecendo o transporte ativo das membranas das células e acelera a síntese de ATP. A luz é formada por partículas elementares denominadas fótons. Ou seja, um fóton representa uma espécie de “pacote de energia”, responsável pelo transporte da energia contida nas radiações eletromagnéticas de acordo com o seu comprimento de onda (cor). LASER O laser é uma forma de energia eletromagnética (luz) dentro da faixa de luz infravermelha (invisível) e também parte da porção visível do espectro (luz vermelha). A diferença do laser para as outras formas de luz são: 1. Monocromática: só tem um único comprimento de onda, por isso, só tem a cor vermelha, ao contrário da luz LED. 2. Coerente: todas as ondas que saem do laser vão na mesma direção e são sincronizadas (se movem simultaneamente). Contudo, quando penetra no tecido ela perde a coerência. Os fótons de luz emitindo são do mesmo comprimento de onda. 3. Colimação ou paralelismo: as ondas são paralelas e com a mesma distância entre elas, sem divergir ou convergir. Os tipos Existem diversos tipos de laser a partir da intensidade da energia que fornecem (potência). Para usos terapêuticos, o laser utilizado é o de baixa frequência (entre 5-500 miliwatts ou classificação 3B). A finalidade deles é, principalmente, dor e feridas. Não há efeito térmico, somente fotoquímico. Lasers de alta potência (tipo 4) são danosos e utilizados em cirurgias. Potência Dentro da faixa terapêutica de 5-500 mW existe sim efeito fisiológico. Contudo, potências baixas dentro dessa faixa (abaixo de 100mW), o tempo necessário de aplicação do laser é muito maior. Por isso, é importante investir em aparelhos acima desse valor. A potência é definida pelo aparelho, ou seja, independente do comprimento de onda (infravermelho ou vermelho). A diferença proporcionada por esses dois tipos é a penetração nos tecidos orgânicos. Comprimento de onda do Laser A luz infravermelha tem comprimento de onda maior e, portanto, penetra mais profundamente que a luz vermelha e é mais indicada para tecidos mais profundos, por isso são mais usados em lesões musculoesqueléticas. São melhor absorvidos por tecidos com mais água. A luz vermelha, por seu comprimento de onda menor, é mais indicada para tecidos superficiais como pele e tecido subcutâneo. São melhor absorvidos por tecidos com pigmento, como melanina, hemoglobina e citocromos, por isso são mais utilizados em lesões cutâneas. Laser infravermelha = 700 - 1.000 nm Laser vermelho = 600 - 700 nm Energia e densidade de energia energia (J) = potência ( W) X tempo (t) A densidade de energia é a quantidade de potência por unidade de área, e é medida em Joules por centímetro quadrado (J/cm2) A densidade de energia é a medida da dosagem para tratamento mais utilizada. Hoje os fabricantes têm usado a energia total (J), pois a área de radiação varia muito de caneta para caneta. Em geral, dosagens mais baixas de energia são recomendadas para distúrbios agudos e superficiais, enquanto dosagens maiores são para distúrbios crônicos e mais profundos. O tratamento deve iniciar abaixo da faixa recomendada para aquele quadro e ir aumentando nos tratamentos seguintes de acordo com a tolerância. · Estimulação ótima do laser: 2 a 10 J, aproximadamente. · Efeito analgésico usar doses mais altas (a partir de 10 J) – não usar acima de 30J. · Cicatrização: 1-3 J/ponto · Inflamação: 0,5-4 J/ponto · Regeneração nervos periféricos: até 4 J/ponto (agudo); 6 – 10 J/ponto (crônico) Efeitos da radiação laser A luz interage com as mitocôndrias, favorecendo a síntese de ATP, permitindo-nos os subsídios necessários para a resposta fisiológica dos tecidos (cascata bioquímica) e, assim, para os vários benefícios clínicos da terapia: · Aumento da proliferação celular; · Aumento da síntese de fibroblastos; · Aumento da síntese de fatores de crescimento; · Deposição de matriz extra celular; · Controle da inflamação. Método de aplicação O método de gradeamento é o mais indicado. · Não se deve aplicar o laser sobre os pontos desenhos na pele do paciente. · Aplicação pontual · Em feridas abertas, manter distância menor que cm da pele · Proteger a ponta da caneta com plástico filme pelo risco de infecção · Aplicar perpendicular a pele (90°) LED Ao contrário da luz laser, as caraterísticas da luz LED são: · não é coerente · policromático (produz luz de várias cores) · baixa potência · útil para áreas de tratamento grandes e superficiais Apesar da ação terapêutica da fototerapia não ser térmica, há maior probabilidade dos diodos usados aquecerem quando usados por período prolongado. Essa chance maior pelo LED ser de baixa potência. Contraindicações da fototerapia · Irradiação direta sobre os olhos (exceto LED) · Malignidade (tumores) · Quatro a seis semanas após radioterapia · Tireóide ou outras glândulas endócrinas · Regiões com hemorragias e/ou infecções · Gravidez (na região lombar e abdome) Indicações clínicas da fototerapia · Cicatrização de Feridas Cutâneas e Promoção da Produção de Colágeno Há aumento na proliferação de fibroblastos e, assim, da produção de colágeno, além do aumento da síntese de ácidos nucleicos e divisão celular. · Aumento da força de tensão Através da mediação dos fibroblastos acontecem algumas ações desejados na fase inicial de cicatrização como contração da ferida, síntese de colágeno e aumento da força de tensão. · Controle da Inflamação Podem controlar a inflamação por reduzirem a atividade de prostaglandina e, assim, reduzir o edema. · Alteração da Velocidade de Condução Nervosa e Promoção da Regeneração Há aumento nas velocidades de condução nervosa periférica e, então, a ativação do tecido nervoso. O laser induz a regeneração axonal (útil no tratamento da paralisia facial periférica) · Controle da Dor Os efeitos na dor podem ser mediados por seus efeitos na inflamação, na recuperação dos tecidos e na condução nervosa. A terapia com laser e luz pode reduzir e incapacidades relacionadas a vários distúrbios musculoesqueléticos como artrites, neuropatias, epicondilite, ponto gatilho, etc.
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