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O Nascimento de um tributo e sua exigibilidade

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O Nascimento de um tributo e sua exigibilidade 
 
Tudo tem um início. No direito tributário não é diferente. 
No tocante aos tributos, qual é o marco de seu nascimento? 
De toda sorte, este é um tema de grande relevância, uma vez quer, tanto o 
operador do Direito quanto as pessoas leigas tendem a se confundir quanto ao 
marco de início de um tributo. 
Para solucionar esta dúvida, trazemos à baila a Constituição Federal, que nos 
reza: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (...)” 
Este instituto nos mostra que o marco de nascimento do tributo é a sua 
instituição por via de uma Lei. Assim temos o chamado princípio da legalidade. 
Vindo a regular este princípio constitucional, traz o Código Tributário Nacional 
em seu artigo 96, e 97, “in verbis”: 
“Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e 
as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
O que quis mostrar o legislador infraconstitucional, foi que apenas a Lei pode 
trazer a alma do tributo ao Ordenamento jurídico brasileiro, todavia, sempre há 
a questão: mas que tipo de lei? 
É pacífico o tema, no tocante a resposta da indagação supra, uma vez que a 
própria lei maior traz em seu bojo qual o papel a ser desempenhado pelas Leis 
Complementares ao Direito Tributário, qual seja, sucintamente, organizar a 
aplicação do tributo, bem como eventuais conflitos (inteligência esta advinda do 
artigo 146 da CF/88). 
Assim, podemos dizer entender que, o tipo legal específico, em regra, para 
criar um tributo, é a LEI ORDINÁRIA. 
Devemos destacar, ainda, que existe apossibilidade de criação de uma exação 
tributária através de outros trâmites legais, todavia, estas são definidas 
expressa e taxativamente pela própria Carta Magna de 1988. 
Outrossim, no que tange ao nascedouro de um tributo, uma das grandes 
confusões é o momento de sua efetiva aplicabilidade. Para tanto, há o princípio 
constitucional da anterioridade, previsto no artigo 150, III e alíneas, como 
segue: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que 
os houver instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Com este dispositivo é possível determinar a vifência e aplicabilidade da lei 
tributária. 
Destarte, como ditame supra bem mostra, há uma clara distinção entre criar 
um tributo e apicar a exação. 
Há a necessidade desta distinção, uma vez que, por se tratar de efetiva 
cobrança de uma fato gerador, bem como “agressão” ao patrimônio do 
contribuinte, pode haver dúvida por parte das pessoas quanto ao marco de 
início da possibilidade de incidência da exação. 
De mais a mais, sem o dito princípio da anterioridade, fatalmente existiria um 
abuso de poder por parte do Estado no tocante a exigência exacerbada dos 
tributos. 
Assim, restam claramente demonstradas as vias de criação de um tributo, em 
face das vias de sua efetiva exigência. 
 
FONTE: Lucas Araújo Pineda

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